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1 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle SUMÁRIO PÁGINA Independência 02 Resumão 08 Questões 09 Gabarito 13 Questões Comentadas 14 Esta aula contem: 20 páginas Páginas de teoria 06 Páginas de questões comentadas 07 Questões FCC 03 Questões ESAF 05 Questões CESPE 01 Questões FGV 01 Questões VUNESP - Questões DIVERSAS 01 Observação importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Galera!!! Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos apenas pelo site do 3D CONCURSOS!

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  • 1 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

    Prof. Rodrigo Fontenelle

    SUMÁRIO PÁGINA

    Independência 02

    Resumão 08

    Questões 09

    Gabarito 13

    Questões Comentadas 14

    Esta aula contem:

    20 páginas

    Páginas de teoria

    06

    Páginas de questões comentadas

    07

    Questões FCC

    03

    Questões ESAF

    05

    Questões CESPE

    01

    Questões FGV

    01

    Questões VUNESP

    -

    Questões DIVERSAS

    01

    Observação importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Galera!!! Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos apenas pelo site do 3D CONCURSOS!

  • 2 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

    Prof. Rodrigo Fontenelle

    Independência

    A Resolução CFC nº 1.311/10 aprovou a NBC PA 290, que trata da Independência, estabelecendo condições e procedimentos para cumprimento dos requisitos de independência profissional nos trabalhos de auditoria. Em 2014 e 2017 o CFC alterou essa norma, sendo a atualmente vigente denominada NBC PA 290 (R2). Em 21/11/19 o CFC editou NBC PA 400, que substituiu a NBC PA 290 (R2) a partir de 01/01/2020. Essa alteração faz parte da primeira revisão do Código de Ética Profissional do Contador, baseado no Código Internacional de Ética para Contadores Profissionais, emitido pela Federação Internacional de Contadores (Ifac, na sigla em inglês).

    Embora seja uma norma nova, não houve mudanças significativas no entendimento do conceito e atributos da independência, razão pela qual aqueles que já estudavam a norma antiga podem ficar despreocupados. Alguns pontos relevantes que sejam novos, chamarei atenção nessa aula. O principal deles se refere à rotação de sócios encarregados do trabalho, pois o prazo mudou.

    Os conceitos sobre a independência devem ser aplicados por auditores para:

    Quando o auditor avalia que salvaguardas apropriadas não estão disponíveis ou não podem ser aplicadas para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável, o auditor deve eliminar a circunstância ou relacionamento que cria as ameaças, declinar ou descontinuar o trabalho de auditoria. O auditor deve usar julgamento profissional ao aplicar estes conceitos sobre a independência.

    Em suma, Independência é a capacidade que a entidade de auditoria tem de julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho.

    Um aspecto interessante quanto à independência, que é tratado na norma, é que não basta ser independente, sendo necessário parecer ser independente, já que a independência compreende:

    Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável

    Avaliar a importância das ameaças identificadas

    Identificar ameaças à independência

  • 3 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

    Prof. Rodrigo Fontenelle

    a) independência de pensamento - Postura que permite a apresentação de conclusão que não sofra efeitos de influências que comprometam o julgamento profissional, permitindo que a pessoa atue com integridade, objetividade e ceticismo profissional.

    b) aparência de independência - evitar fatos e circunstâncias significativos a ponto de um terceiro bem informado, tendo conhecimento de todas as informações pertinentes, incluindo as salvaguardas aplicadas, concluir dentro do razoável que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da entidade de auditoria ou de membro da equipe de auditoria ficaram comprometidos.

    Se lembram da estória da mulher de César, que não bastava ser honesta, também deveria parecer honesta?

    Então, para o auditor não basta ser independente, é necessário parecer ser independente, já que a independência exige:

    a) independência de pensamento; e

    b) aparência de independência.

    A independência, conforme exigido na NBC PA 400, deve ser mantida durante:

    ✓ o período de contratação. ✓ o período coberto pelas demonstrações contábeis.

    O período de contratação se inicia quando a equipe de auditoria começa a realizar a auditoria. O período de contratação termina quando o relatório de auditoria é emitido.

    As ameaças à independência são criadas se o serviço que não é de asseguração (consultoria, por exemplo) foi prestado para cliente de auditoria durante, ou após, o período coberto pelas demonstrações contábeis, mas antes de a equipe de auditoria começar a realizar a auditoria, e o serviço não seria permitido durante o período de contratação.

    A equipe de auditoria não deve incluir pessoa que, durante o período coberto pelo

    relatório de auditoria, foi:

    ✓ conselheiro ou diretor do cliente de auditoria; ou ✓ empregado em posição de exercer influência significativa sobre a elaboração dos

    registros contábeis ou das demonstrações contábeis do cliente sobre as quais a firma emitirá uma opinião.

  • 4 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

    Prof. Rodrigo Fontenelle

    A NBC PA 290 (R2) considera as seguintes categorias que podem gerar ameaça à independência:

    Observação: embora a NBC PA 400 não trate das definições abaixo, ela continua citando esses cinco tipos de ameaças ao longo de toda a norma, razão pela qual entendo pertinente manter as definições.

    São criadas ameaças à independência quando um familiar imediato1 de membro da

    equipe de auditoria é empregado em cargo que exerce influência significativa sobre a

    posição financeira, o desempenho e os fluxos de caixa do cliente. A importância das

    ameaças depende de fatores como:

    ✓ Cargo do familiar imediato.

    ✓ Cargo do profissional na equipe de auditoria.

    A importância da ameaça deve ser avaliada e salvaguardas aplicadas quando necessário

    para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. Exemplos dessas salvaguardas

    incluem:

    ✓ Retirada da pessoa da equipe de auditoria.

    ✓ Definição das responsabilidades da equipe de auditoria de modo que o profissional não trate de assuntos que sejam responsabilidade do familiar imediato.

    1 Cônjuge (ou equivalente) ou dependente.

    • É a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesseinfluenciará de forma não apropriada o julgamento ou ocomportamento do auditor.

    Ameaça de interesse próprio

    • É a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente osresultados de julgamento dado ou serviço prestadoanteriormente por ele nos quais o auditor confiará para formarum julgamento como parte da prestação do serviço atual.

    Ameaça de autorrevisão

    • É a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posiçãode seu cliente a ponto em que a sua objetividade fiquecomprometida.

    Ameaça de defesa de

    interesse do cliente

    • É a ameaça de que, devido ao relacionamento longo oupróximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aosinteresses dele ou aceitará seu trabalho sem muitoquestionamento.

    Ameaça de familiaridade

    • É a ameaça de que o auditor será dissuadido de agirobjetivamente em decorrência de pressões reais ou aparentes,incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre oauditor.

    Ameaça de intimidação

  • 5 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

    Prof. Rodrigo Fontenelle

    Quando são identificadas ameaças, exceto aquelas, claramente, insignificantes, devem ser definidas e aplicadas salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. Essa decisão deve ser documentada. A natureza das salvaguardas a aplicar varia conforme as circunstâncias.

    Já o Código de Ética do Contabilista prescreve que, no desempenho de suas funções, é vedado ao Profissional da Contabilidade renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho.

    A NBC PA 01, que trata do Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes determina a necessidade de implementação e a manutenção de políticas e procedimentos de supervisão e controle interno de qualidade que forneçam segurança razoável do cumprimento das normas profissionais, regulatórias e legais, particularmente, nesse caso, quanto à necessária independência do auditor, exigindo uma declaração individual dos profissionais da entidade de auditoria da existência, ou não, das seguintes questões relacionadas a entidades auditadas:

    ✓ Interesses financeiros; ✓ Operações de créditos e garantias; ✓ Relacionamentos comerciais relevantes estreitos com a entidade auditada; ✓ Relacionamentos familiares e pessoais; e ✓ Membros da entidade de auditoria que já foram administradores, executivos

    ou empregados da entidade auditada.

    Assim, podemos concluir que a independência do auditor está intimamente ligada não apenas à ética profissional, mas também à qualidade das auditorias realizadas.

    Por fim, cabe ressaltar que a independência do auditor frente à entidade salvaguarda a

    capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por influências

    que poderiam comprometer essa opinião. A independência aprimora a capacidade do

    auditor de atuar com integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo

    profissional.

    Rotação dos Responsáveis Técnicos

    Aqui tivemos a maior alteração da NBC PA 400.

    Para questões até 2019 (ou editais lançados até 31/12/2019), valia o que se segue.

  • 6 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

    Prof. Rodrigo Fontenelle

    Segundo a NBC PA 290 (R2), de forma geral, objetivando impedir o risco de perda da

    objetividade (imparcialidade) e do ceticismo do auditor, é necessária a aplicação das

    seguintes ações, no caso de entidade de interesse do público2:

    (a) Rotação do sócio encarregado do trabalho e do revisor de controle de qualidade a intervalos menores ou iguais a cinco anos consecutivos; e

    (b) Intervalo mínimo de dois anos para o retorno desses responsáveis técnicos à equipe de auditoria.

    Durante esse período de dois anos, a pessoa não deve participar da auditoria da

    entidade, efetuar controle de qualidade para o trabalho, consultar a equipe de trabalho

    ou o cliente sobre assuntos técnicos ou específicos do setor, transações ou eventos ou

    de outra forma influenciar diretamente o resultado do trabalho.

    A partir de 01/01/2020, ou seja, com a vigência da NBC PA 400, com relação à auditoria

    de entidade de interesse público, a pessoa não deve desempenhar nenhum dos papéis

    a seguir, ou a combinação desses papéis, por período superior a sete anos cumulativos

    (período em exercício):

    (a) sócio do trabalho; (b) pessoa nomeada como responsável pela revisão do controle de qualidade do trabalho; ou (c) qualquer outro sócio-chave da auditoria.

    Após o período em exercício, a pessoa deve observar “período de carência”, de acordo com as disposições que falaremos mais adiante.

    Há algumas exceções na norma, dentre as quais destaco quando a firma tem apenas

    poucas pessoas com o conhecimento e a experiência necessários para atuar como sócio-

    chave da auditoria na auditoria de entidade de interesse público, uma vez que, nesse

    caso, a rotação de sócios-chave da auditoria pode não ser possível.

    Se o órgão regulador independente na jurisdição relevante (CVM, para entidades

    listadas em bolsa) previu a isenção da rotação de sócios nessas circunstâncias, a pessoa

    pode continuar sendo sócio-chave da auditoria por mais sete anos, de acordo com essa

    2 Para fins da NBC PA 290 (R2), entidades de interesse do público são:

    (a) todas as entidades listadas.

    (b) qualquer entidade que (a) seja definida por regulamento ou legislação como entidade de interesse público, ou (b) para a qual o regulamento ou a legislação requer auditoria e que seja conduzida de acordo

    com os mesmos requerimentos de independência que se aplicam à auditoria de entidade listada. Esse

    regulamento pode ser promulgado por qualquer órgão regulador competente, incluindo órgão regulador de

    auditoria.

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    Prof. Rodrigo Fontenelle

    isenção, desde que o órgão regulador independente tenha especificado outros

    requisitos que devem ser aplicados, como o período de tempo que o sócio-chave da

    auditoria pode ficar isento da rotação ou uma revisão externa independente periódica.

    Período de carência

    Se a pessoa atuou como sócio do trabalho por sete anos cumulativos, o período de

    carência deve ser de cinco anos consecutivos.

    Quando a pessoa foi nomeada como sendo responsável pela revisão do controle de

    qualidade do trabalho e atuou como tal por sete anos cumulativos, o período de

    carência deve ser de três anos consecutivos.

    Se a pessoa atuou como sócio-chave da auditoria em funções diferentes das descritas

    nos itens anteriores por sete anos cumulativos, o período de carência deve ser de dois

    anos consecutivos.

    Honorários

    A natureza e o nível dos honorários e de outros tipos de remuneração podem criar uma

    ameaça de interesse próprio ou de intimidação.

    Quando o total de honorários gerados de um cliente de auditoria pela firma que emite

    a opinião de auditoria representa grande proporção do total de honorários dessa firma,

    a dependência nesse cliente e a preocupação em perdê-lo criam uma ameaça de

    interesse próprio ou de intimidação.

    Um exemplo de ação que pode ser uma salvaguarda no tratamento dessa ameaça de

    interesse próprio ou de intimidação é o aumento da base de clientes da firma para

    reduzir a dependência no cliente de auditoria.

    Cliente de auditoria que é entidade de interesse público

    Quando o cliente de auditoria é entidade de interesse público e, por dois anos

    consecutivos, o total de honorários do cliente e de suas entidades relacionadas

    representa mais de 15% do total de honorários recebidos pela firma que expressa a

    opinião sobre as demonstrações contábeis do cliente, a firma deve:

    (a) divulgar para os responsáveis pela governança do cliente de auditoria o fato de que o total desses honorários representa mais de 15% do total de honorários recebidos pela firma; e

    (b) discutir se uma das ações a seguir pode ser uma salvaguarda no tratamento da ameaça criada pelo total de honorários recebidos do

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    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

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    cliente pela firma e, se for o caso, aplicá-la: (i) antes da emissão da opinião de auditoria sobre as demonstrações

    contábeis do segundo exercício, um profissional da contabilidade, que não é membro da firma que expressa a opinião sobre as demonstrações contábeis, realiza a revisão do controle de qualidade do trabalho, ou órgão profissional realiza a revisão desse trabalho que é equivalente à revisão do controle de qualidade do trabalho (revisão anterior à emissão); ou

    (ii) lapós a emissão da opinião de auditoria sobre as demonstrações contábeis do segundo exercício, e antes da emissão da opinião de auditoria sobre as demonstrações contábeis do terceiro exercício, um profissional da contabilidade, que não é membro da firma que expressa a opinião sobre as demonstrações contábeis, ou órgão profissional, realiza a revisão da auditoria do segundo exercício que é equivalente à revisão do controle de qualidade do trabalho (revisão posterior à emissão).

    Quando o total de honorários descrito anteriormente exceder significativamente a 15%,

    a firma deve determinar se o nível da ameaça é tal a ponto de que uma revisão posterior

    à emissão não reduziria a ameaça a um nível aceitável. Se esse for o caso, a firma deve

    fazer uma revisão anterior à emissão.

    Acesse agora nosso podcast com o Resumão abaixo. Click para ouvir

    RESUMÃO

    ❖ Para o auditor não basta ter independência de pensamento. Também deve

    aparentar independência.

    ❖ Independência é a capacidade que o auditor tem de julgar e atuar com integridade e objetividade.

    ❖ Categorias que podem gerar ameaça à independência: interesse próprio;

    autorrevisão; defesa de interesse do cliente; familiaridade e intimidação.

    ❖ Quando são identificadas ameaças significantes devem ser definidas e aplicadas salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável.

    ❖ Apesar de existirem exceções, a rotação do sócio encarregado do trabalho e

    do revisor do controle de qualidade não deve ser superior a 7 anos, podendo retornar à equipe de auditoria após 5, 3 ou 2 anos, conforme o caso.

    https://soundcloud.com/3dconcursos/resumo-independencia-do-auditor-ok

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    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

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    QUESTÕES FCC

    1 - (FCC / ISS-SP / 2012) – A independência do auditor externo da empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações:

    I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S.A. e de consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile.

    II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do diretor presidente da empresa Aquisição S.A.

    III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa Aquisição S.A. em suas contingências tributárias.

    Afeta a independência do auditor externo o que consta em:

    (A) III, apenas.

    (B) II, apenas.

    (C) I, II e III.

    (D) I, apenas.

    (E) II e III, apenas.

    2 - (FCC / TRF – 1ª Região / 2011) – Considere as assertivas a seguir:

    I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação.

    II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na administração da empresa auditada, parentes em nível de segundo grau.

    III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas legais de auditoria.

    Está correto o que se afirma SOMENTE em:

    (A) II e III.

  • 10 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

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    (B) I e II.

    (C) I.

    (D) II.

    (E) III.

    3 - (FCC/TRT-SP/2018) - Para a realização dos trabalhos de auditoria, a existência da independência é pressuposto necessário entre os membros das equipes de auditoria e os clientes de auditoria. Nesse contexto, é correto afirmar que

    (A) em relação à documentação comprobatória da independência dos trabalhos de auditoria, o auditor sempre pode dispensá-las quando as conclusões extraídas demonstrarem que as ameaças observadas à emissão de sua conclusão forem substanciais.

    (B) os conceitos sobre a independência devem ser aplicados pelos auditores a fim de identificar as ameaças; avaliar a importância das ameaças identificadas e aplicar as salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.

    (C) as ameaças à independência podem ser enquadradas em um único tipo, que se resume, basicamente, à ameaça de emitir um parecer inadequado, frente ao conjunto de fatos observados antes do início dos trabalhos de auditoria.

    (D) a independência compreende a construção do pensamento burocrático, especificando detalhadamente os passos para que os objetivos estabelecidos sejam alcançados dentro dos limites contratados com o cliente de auditoria.

    (E) a independência é opcional durante o período de contratação coberto pelas demonstrações contábeis, iniciando-se com um ano de antecedência à escolha da organização que irá realizar os trabalhos de auditoria e terminando em até dois anos após e emissão do relatório de auditoria.

    QUESTÕES CESPE

    1 - (CESPE/CAGE-RS/2018) - A independência do auditor pressupõe

    A) autorrevisão.

    B) familiaridade com a entidade auditada.

    C) moderação na emissão de opinião.

    D) preservação dos interesses das entidades auditadas.

    E) integridade e objetividade na emissão de relatórios.

  • 11 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

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    QUESTÕES FGV

    1 - (FGV/TCM-SP/2015) - Uma determinada firma de auditoria iniciou os trabalhos em uma entidade, a partir de um contrato que prevê execução de auditoria por cinco anos. Um dos auditores, ao executar o trabalho de auditoria inicial nessa entidade, atestou argumentos apresentados pela empresa auditada de tal forma a indicar comprometimento da objetividade do seu trabalho. O posicionamento do auditor constitui ameaça à independência em decorrência de:

    (A) autorrevisão do trabalho;

    (B) defesa de interesse do cliente;

    (C) familiaridade;

    (D) intimidação profissional;

    (E) interesse próprio.

    QUESTÕES ESAF

    1 - (ESAF / RFB / 2012) - A empresa Betume S.A. é uma empresa de interesse público que vem sendo auditada pela empresa Justos Auditores Independentes, pelo mesmo sócio-principal há sete anos. Considerando a NBC PA 290, deve a firma de auditoria externa:

    a) ser substituída por outra, não podendo retornar a fazer a auditoria da empresa no prazo de dez anos.

    b) fazer a substituição desse sócio-principal, podendo o mesmo retornar a fazer trabalhos de auditoria nessa companhia somente após cinco anos.

    c) substituir toda a equipe de auditoria, podendo retornar aos trabalhos nessa companhia, decorridos no mínimo três anos.

    d) trocar o sócio-principal e demais sócios-chave do trabalho, podendo retornar a fazer auditoria após decorrido o prazo de dois anos.

    e) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal, ficando a cargo do órgão regulador a determinação ou não da substituição.

    2 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma ação capaz de eliminar a perda de independência da entidade de auditoria por interesse financeiro direto.

    a) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro, a extensão desse interesse.

    b) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade.

    c) Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se membro da equipe de auditoria.

  • 12 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

    Prof. Rodrigo Fontenelle

    d) Alienar o interesse financeiro ou transferi-lo temporariamente até a conclusão dos trabalhos.

    e) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse interesse e aguardar pronunciamento.

    3 - (ESAF / CVM / 2010) - Visando manter a qualidade e a credibilidade do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a seguinte providência:

    a) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas as providências necessárias à sua eliminação.

    b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável, documentando-as.

    c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das ameaças mediante acordo entre as entidades.

    d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e controle do setor em que atua a entidade auditada.

    e) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu parecer.

    4 - (ESAF / CGU-Correição / 2006) - Em uma Auditoria Independente, a perda de independência pode-se dar pela ocorrência dos seguintes fatos, exceto:

    a) operações de créditos e garantias com a entidade auditada.

    b) relacionamentos comerciais com a entidade auditada.

    c) relacionamentos familiares e pessoais com a entidade auditada.

    d) atuação como administrador ou diretor de entidade auditada.

    e) recebimento dos honorários devidos pelos serviços de auditoria prestados à entidade auditada.

    5 - (ESAF / SEFAZ-CE / 2006) - É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa:

    a) o auditor ser importante acionista da empresa auditada.

    b) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa.

    c) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com imparcialidade.

    d) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas.

    e) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas.

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    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

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    QUESTÕES DIVERSAS

    1 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – De acordo com a NBC PA 290 – Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão, as ameaças à independência do auditor se enquadram nas categorias a seguir, exceto:

    a) Interesse próprio – ocorre quando o interesse financeiro ou outro interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor.

    b) Autorrevisão – ameaça que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual.

    c) Defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente, a ponto em que a sua objetividade fique comprometida.

    d) Familiaridade é a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento.

    e) Integridade é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir com honestidade em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.

    Gabarito - FCC

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    D E B

    Gabarito - CESPE

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    E

    Gabarito - FGV

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    B

    Gabarito - ESAF

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    D C B E A

    Gabarito - DIVERSAS

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    E

  • 14 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

    Independência – 2020 Teoria e exercícios comentados

    Prof. Rodrigo Fontenelle

    QUESTÕES COMENTADAS

    QUESTÕES FCC

    1 - (FCC / ISS-SP / 2012) – A independência do auditor externo da empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações:

    I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S.A. e de consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile.

    II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do diretor presidente da empresa Aquisição S.A.

    III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa Aquisição S.A. em suas contingências tributárias.

    Afeta a independência do auditor externo o que consta em:

    (A) III, apenas.

    (B) II, apenas.

    (C) I, II e III.

    (D) I, apenas.

    (E) II e III, apenas.

    Comentários:

    Em relação ao item I, conforme determina a NBC PA 290 (R2), serviços complementares, fiscais (consultoria tributária) ou judiciais (due diligence), não necessariamente causariam perda de independência. Depende da forma como esses serviços afetariam as demonstrações contábeis e sua materialidade, dentre outros fatores. De qualquer forma, a questão não deu essas informações e considerou que, em regra, há perda de independência no cenário demonstrado.

    No item II não há a figura do auditor. Repare que estamos falando das duas empresas (adquirente e adquirida). Portanto, não há que se falar em perda de independência do auditor.

    Por fim, apenas uma indicação, conforme item III, nao afeta a Independência.

    Resposta: D

    2 - (FCC / TRF – 1ª Região / 2011) – Considere as assertivas a seguir:

    I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação.

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    II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na administração da empresa auditada, parentes em nível de segundo grau.

    III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas legais de auditoria.

    Está correto o que se afirma SOMENTE em:

    (A) II e III.

    (B) I e II.

    (C) I.

    (D) II.

    (E) III.

    Comentários:

    Para o item I ficar correto, basta inserir a palavra não após “A auditoria”. Sabemos que a Auditoria não é uma investigação de suposto delito, e por isso mesmo o auditor não tem poder de busca.

    Embora a nova legislação (NBC PA 400) não fale mais em grau de parentesco para questões de independência, as provas ainda continuam cobrando esse conhecimento. A NBC P 1 (revogada) determinava que estava impedido de aceitar o trabalho o auditor que tivesse vínculo conjugal ou de parentesco consanguíneo em linha reta, sem limites de grau, em linha colateral até o 3º grau e por afinidade até o 2º grau, com administradores, acionistas, sócios ou com empregados que tenham ingerência na sua administração ou nos negócios ou sejam responsáveis por sua contabilidade. Portanto, o item II está incorreto.

    Atualmente, o auditor tem que verificar a posição do familiar imediato ou próximo na empresa auditada (se é conselheiro, diretor, etc.), assim como relacionamento próximo com essas pessoas, independentemente de parentesco e também o papel do próprio auditor naquela firma de auditoria (sócio encarregado do trabalho, etc.).

    O item III está correto, já que não há como reduzir o risco de auditoria à zero.

    Resposta: E

    3 - (FCC/TRT-SP/2018) - Para a realização dos trabalhos de auditoria, a existência da independência é pressuposto necessário entre os membros das equipes de auditoria e os clientes de auditoria. Nesse contexto, é correto afirmar que

    (A) em relação à documentação comprobatória da independência dos trabalhos de auditoria, o auditor sempre pode dispensá-las quando as conclusões extraídas demonstrarem que as ameaças observadas à emissão de sua conclusão forem substanciais.

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    (B) os conceitos sobre a independência devem ser aplicados pelos auditores a fim de identificar as ameaças; avaliar a importância das ameaças identificadas e aplicar as salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.

    (C) as ameaças à independência podem ser enquadradas em um único tipo, que se resume, basicamente, à ameaça de emitir um parecer inadequado, frente ao conjunto de fatos observados antes do início dos trabalhos de auditoria.

    (D) a independência compreende a construção do pensamento burocrático, especificando detalhadamente os passos para que os objetivos estabelecidos sejam alcançados dentro dos limites contratados com o cliente de auditoria.

    (E) a independência é opcional durante o período de contratação coberto pelas demonstrações contábeis, iniciando-se com um ano de antecedência à escolha da organização que irá realizar os trabalhos de auditoria e terminando em até dois anos após e emissão do relatório de auditoria.

    Comentários:

    A letra B traz de forma quase literal a redação da NBC PA 290 (R2) sobre o assunto em tela, razão pela qual é o gabarito.

    As outras alternativas não são condizentes com a norma supracitada, sendo que a independência não é opcional (letra E), não tem nada a ver com pensamento burocrático (letra D), não são de um único tipo (letra C) e o auditor não deve dispensá-la (letra A).

    Resposta: B

    QUESTÕES CESPE

    1 - (CESPE/CAGE-RS/2018) - A independência do auditor pressupõe

    A) autorrevisão.

    B) familiaridade com a entidade auditada.

    C) moderação na emissão de opinião.

    D) preservação dos interesses das entidades auditadas.

    E) integridade e objetividade na emissão de relatórios.

    Comentários:

    Segundo a NBC PA 290 (R2), versão revisada, a independência do auditor pressupõe a integridade e objetividade na emissão de relatórios. A NBC PA 400 mantém esse entendimento.

    Resposta: E

    QUESTÕES FGV

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    1 - (FGV/TCM-SP/2015) - Uma determinada firma de auditoria iniciou os trabalhos em uma entidade, a partir de um contrato que prevê execução de auditoria por cinco anos. Um dos auditores, ao executar o trabalho de auditoria inicial nessa entidade, atestou argumentos apresentados pela empresa auditada de tal forma a indicar comprometimento da objetividade do seu trabalho. O posicionamento do auditor constitui ameaça à independência em decorrência de:

    (A) autorrevisão do trabalho;

    (B) defesa de interesse do cliente;

    (C) familiaridade;

    (D) intimidação profissional;

    (E) interesse próprio.

    Comentários:

    Segundo a NBC PA 290 (R2), ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida.

    Resposta: B

    QUESTÕES ESAF

    1 - (ESAF / RFB / 2012) - A empresa Betume S.A. é uma empresa de interesse público que vem sendo auditada pela empresa Justos Auditores Independentes, pelo mesmo sócio-principal há sete anos. Considerando a NBC PA 290, deve a firma de auditoria externa:

    a) ser substituída por outra, não podendo retornar a fazer a auditoria da empresa no prazo de dez anos.

    b) fazer a substituição desse sócio-principal, podendo o mesmo retornar a fazer trabalhos de auditoria nessa companhia somente após cinco anos.

    c) substituir toda a equipe de auditoria, podendo retornar aos trabalhos nessa companhia, decorridos no mínimo três anos.

    d) trocar o sócio-principal e demais sócios-chave do trabalho, podendo retornar a fazer auditoria após decorrido o prazo de dois anos.

    e) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal, ficando a cargo do órgão regulador a determinação ou não da substituição.

    Comentários:

    Atenção! A questão deixa claro que a norma a ser utilizada é a NBC PA 290, ou seja, trata de rotação dos responsáveis técnicos.

    Embora a NBC PA 290, que trata do tema, estabeleça em seu texto algumas situações em que o rodízio do sócio-principal pudesse ser exigido em prazo diferente, a

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    regra é que essa alternância ocorra em cinco anos. Da mesma forma, em regra, o prazo para o retorno desse sócio e dos sócios-chave para o trabalho é de dois anos.

    Nesse contexto, como o caput da questão deixa claro que já se passaram até mais de cinco anos, a única alternativa é a expressa na opção D.

    Cuidado com os novos prazos dados pela NBC PA 400, conforme explicado na parte teórica!

    Resposta: D

    2 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma ação capaz de eliminar a perda de independência da entidade de auditoria por interesse financeiro direto.

    a) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro, a extensão desse interesse.

    b) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade.

    c) Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se membro da equipe de auditoria.

    d) Alienar o interesse financeiro ou transferi-lo temporariamente até a conclusão dos trabalhos.

    e) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse interesse e aguardar pronunciamento.

    Comentários:

    Segundo a NBC PA 02, vigente à época e que tratava da independência do auditor, interesses financeiros são a propriedade de títulos ou qualquer outro tipo de investimento adquirido ou mantido pela entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de auditoria ou membros imediatos da família destas pessoas, relativamente à entidade auditada, suas controladas ou integrantes de um mesmo grupo econômico. A mesma norma estabelece que as únicas ações disponíveis para eliminar a perda de independência são:

    • Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se membro da equipe de auditoria;

    • Alienar o interesse financeiro indireto relevante em sua totalidade ou alienar uma quantidade suficiente dele para que o interesse remanescente deixe de ser relevante antes de a pessoa tornar-se membro da equipe de auditoria; ou

    • Afastar o membro da equipe de auditoria do trabalho da entidade auditada.

    Dessa forma, a única alternativa que se enquadra nos itens previstos pela norma é a letra “c”.

    A norma que trata do assunto atualmente estabelece que a importância de qualquer ameaça deve ser avaliada e salvaguardas devem ser aplicadas quando necessário para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável.

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    Resposta: C

    3 - (ESAF / CVM / 2010) - Visando manter a qualidade e a credibilidade do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a seguinte providência:

    a) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas as providências necessárias à sua eliminação.

    b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável, documentando-as.

    c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das ameaças mediante acordo entre as entidades.

    d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e controle do setor em que atua a entidade auditada.

    e) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu parecer.

    Comentários:

    Segundo a NBC PA 02, vigente à época, a independência do auditor pode ser afetada por ameaças de interesse próprio, autorrevisão, defesa de interesses da entidade auditada, familiaridade e intimidação. A mesma norma determina que “quando são identificadas ameaças, exceto aquelas, claramente, insignificantes, devem ser definidas e aplicadas salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. Essa decisão deve ser documentada”. Dessa forma, a letra “b” é a resposta correta.

    As outras opções estão erradas porque o auditor não deve comunicar à entidade auditada nem a órgãos de supervisão e controle do setor em que esta atua acerca de uma ameaça de independência, já que quem deve aplicar as salvaguardas adequadas é o próprio auditor. Além disso, não há que se falar em acordo entre as entidades de auditoria e auditada para supressão das ameaças.

    O mesmo entendimento vale para as novas normas de auditoria.

    Resposta: B

    4 - (ESAF / CGU-Correição / 2006) - Em uma Auditoria Independente, a perda de independência pode-se dar pela ocorrência dos seguintes fatos, exceto:

    a) operações de créditos e garantias com a entidade auditada.

    b) relacionamentos comerciais com a entidade auditada.

    c) relacionamentos familiares e pessoais com a entidade auditada.

    d) atuação como administrador ou diretor de entidade auditada.

    e) recebimento dos honorários devidos pelos serviços de auditoria prestados à entidade auditada.

    Comentários:

  • 20 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

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    Prof. Rodrigo Fontenelle

    Apesar de a questão ter sido elaborada antes da edição da NBC PA 290 (R2) e da NBC PA 400, que tratam de independência, vamos resolvê-la a partir do que determina a primeira norma, para trazermos conhecimento atualizado sobre o assunto.

    Segundo a norma vigente atualmente, as ameaças à independência se enquadram em uma ou mais categorias a seguir:

    a) ameaça de interesse próprio é a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor; b) ameaça de autorrevisão é a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele, ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual; c) ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida; d) ameaça de familiaridade é a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento; e) ameaça de intimidação é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir objetivamente em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.

    Das situações verificadas na questão, podemos enquadrar as letras “a” e “b” como ameaças de interesse próprio, a alternativa “c” como ameaça de familiaridade e a letra “d” como ameaça de autorrevisão.

    Entretanto, mesmo que não soubéssemos nada do que foi falado até agora, a alternativa “e” nunca poderia ser considerada como uma situação em que há perda de independência, uma vez que, se a empresa de auditoria prestou os serviços pelos quais foi contratada, obviamente deverá receber os honorários acordados.

    Resposta: E

    5 - (ESAF / SEFAZ-CE / 2006) - É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa:

    a) o auditor ser importante acionista da empresa auditada.

    b) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa.

    c) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com imparcialidade.

    d) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas.

    e) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas.

    Comentários:

  • 21 PROFESSOR RODRIGO FONTENELLE

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    Prof. Rodrigo Fontenelle

    Questão bastante simples, cuja leitura atenta nos indica claramente a alternativa correta – letra “a”. Conforme determina a NBC PA 400, que trata de independência do auditor, essa situação acarretaria em um interesse financeiro direto do auditor na entidade auditada, o que faz com que ele deva recusar o trabalho.

    As alternativas “b”, “c” e “d” descrevem situações favoráveis ao trabalho do auditor, e não importariam em recusa ao serviço.

    A existência de erros ou fraudes nas demonstrações contábeis, letra “e”, não seria motivo para a recusa pelo auditor, pois a detecção dessas distorções faz parte de seu trabalho.

    Resposta: A

    QUESTÕES DIVERSAS

    1 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – De acordo com a NBC PA 290 – Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão, as ameaças à independência do auditor se enquadram nas categorias a seguir, exceto:

    a) Interesse próprio – ocorre quando o interesse financeiro ou outro interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor.

    b) Autorrevisão – ameaça que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual.

    c) Defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente, a ponto em que a sua objetividade fique comprometida.

    d) Familiaridade é a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento.

    e) Integridade é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir com honestidade em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.

    Comentários:

    A letra E trocou ameaça de INTIMIDAÇÃO por INTEGRIDADE, tornando-a incorreta. O resto está literal da NBC PA 290 (R2), que trata de independência.

    Resposta: E