obrigaÇÕes - prof roberto figueiredo

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OBRIGAÇÕES Obrigações simbióticas, híbridas ou mistas - Tem os elementos do direito das obrigações e simultâneo elemento dos direitos reais. Três tipos: Obrigações propter rem: Própria da coisa, na coisa ou da coisa. Característica de aderir a coisa e não a pessoa. Ex: IPTU e Taxa condominial. Exemplo: Se uma pessoa compra um imóvel com dívidas do condomínio, o novo proprietário deve pagar, pois a obrigação segue a coisa. O novo proprietário poder ingressar com ação de regresso contra o ex-mutuário. VER: Informativo 291, STJ e REsp. 659.584-SP; AgRg no AG 776.699-SP, a 3ª Turma do STJ Característica de direito real: Sequela ou da aderência ou da inerência Obrigações com ônus real: Restrição a alguns poderes da propriedade, ou seja, alguns poderes são reduzidos. Ex: Encargo Exemplo: Contrato de constituição de renda em favor de Rodrigo, desde que o Rodrigo permita que Caio possa residir com Rodrigo, ou seja, é doado um valor a Rodrigo, porém com uma condição.

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OBRIGAES

Obrigaes simbiticas, hbridas ou mistas - Tem os elementos do direito das obrigaes e simultneo elemento dos direitos reais. Trs tipos: Obrigaes propter rem: Prpria da coisa, na coisa ou da coisa. Caracterstica de aderir a coisa e no a pessoa. Ex: IPTU e Taxa condominial.Exemplo: Se uma pessoa compra um imvel com dvidas do condomnio, o novo proprietrio deve pagar, pois a obrigao segue a coisa. O novo proprietrio poder ingressar com ao de regresso contra o ex-muturio.VER: Informativo 291, STJ e REsp. 659.584-SP; AgRg no AG 776.699-SP, a 3 Turma do STJCaracterstica de direito real: Sequela ou da aderncia ou da inerncia

Obrigaes com nus real:Restrio a alguns poderes da propriedade, ou seja, alguns poderes so reduzidos. Ex: EncargoExemplo: Contrato de constituio de renda em favor de Rodrigo, desde que o Rodrigo permita que Caio possa residir com Rodrigo, ou seja, doado um valor a Rodrigo, porm com uma condio.

Obrigao com eficcia real: erga omnes; Oponvel contra todos. Exemplo: Compra e venda, direito de preferncia, promessa de compra e venda.Exemplo: Art. 33, da lei do Inquilinato: Preferncia

Classificao das obrigaesObrigao natural ou moral (no tem coercibilidade) e confronto com as obrigaes jurdicas: A obrigao jurdica permite a utilizao do patrimnio do devedor para adimplemento da dvida, enquanto nas obrigaes naturais no se pode.Exemplo de obrigaes incompletas, imperfeitas ou naturais: Dvida prescrita; Dvida resultante de jogo ou aposta no legalizados; Gorjeta; Mutuo feito a menor de idade.Duas caractersticas:1. No podem ser cobradas;2. So irrepetveis: Se forem pagas espontaneamente, o devedor no tem o direito de exigir a devoluo. Ex: Uma vez paga a dvida prescrita, no se pode exigir a devoluo.

Obrigaes perfeitas ou completas (Coercibilidade patrimonial):1. Obrigaes positivas: Pressupe uma conduta.1.1 Obrigao de dar: Entregar ou restituirOBRIGAO DE DAR I. Individuada: Coisa certa (arts 233 e 242, CC)1) Perecimento da coisa antes da entrega?2) Deteriorao antes da entrega?3) Valorizao antes da entrega?4) Frutos da coisa antes da entrega? A quem pertence?5) O elemento culpa interfere?

PerecimentoExemplo: Cachorro antes da entrega, morre.Pergunta importante: Houve culpa de algum?IMPORTANTE: Art. 313, CC Credor no obrigado a receber coisa mais valiosa e coisa menos valiosa. (Princpio da exatido: Credor no obrigado a receber coisa diversa)

Se o cachorro morrer sem culpa de algum extingue-se a obrigao, devolve o dinheiro, e o dono do cachorro experimenta o prejuzo do desfazimento. Exemplo: Caso fortuito e fora maiorSe houve culpa, o devedor, obrigado a dar, responde pelo equivalente mais a perdas e danos. Art. 234, CC

E se acontecer a perda parcial?Exemplo: Cachorro ficar manco.Resolve do mesmo modo que a deteriorao total, porm pode pedir abatimento do preo. Art. 235 e 236, CCCom culpa: Abatimento proporcional + perdas e danos OU Equivalente + Perdas e danos

E se valorizar?Exemplo: Cachorro ganha campeonato em 1 Lugar.Complementa o preo ou desfazimento do negcio.E o pacta sunt servanda? mitigado em face do princpio da equivalncia entre a prestao e a contraprestao, bem como a funo social do contrato. Art. 237 e 238, CC - Direito aos acrscimos e melhoramentos para o devedor at a entrega da coisa;Agora se houve a transferncia da propriedade com o fruto pendente, o novo proprietrio e tambm dono dos frutos pendentes.IMPORTANTE: Fruto precipitadamente colhido, responde civilmente ao credor da coisa.

DAR COISA CERTA NA MODALIDADE DE RESTITUIOCredor o proprietrio;Se a coisa deteriora sem culpa ou dolo: No tem obrigao restituir.Se a coisa deteriora com culpa: Equivalente + perdas e danos

OBRIGAO DE DAR DINHEIRO (PECUNIRIA)Modalidade especfica de dar coisa. Art. 315 e 947, CC

II. Gnero: Coisa Incerta ou Genrica (arts 243 a 246, CC)IMPORTANTE: Qual a diferena da obrigao de dar coisa genrica? O gnero no deteriora, ou seja, no pode alegar perecimento, deteriorao, valorizao, frutos, direitos aos cmodos, caso fortuito ou fora maior.A escolha dever guiar-se por um critrio mdio. Art. 113. Via de regra a escolha feita pelo devedor.A partir do momento da escolha da coisa incerta, a coisa passa a ser certa.Dao em pagamento: Se o credor admitir receber coisa diversa. Art. 356, CCOBRIGAO DE FAZER (Obligatio Ad Faciendum) Neste tipo de obrigao juridicamente possvel lanar mo da TUTELA JURISDICIONAL ESPECFICA. Art. 12, CC + 250 e SS do CC; Art 273 e 461, CPC; CDC, art. 84. Deve-se verificar se a obrigao fungvel e infungvel.I. Fungvel: SubstituvelPrestao uma atividade que possa ser feita por aquele devedor o por qualquer outra pessoa; Se o devedor no fizer, uma outra pessoa pode fazer por ele.Pode fazer um pedido para que o devedor faa, sob pena de multa, ou que o juiz estipule outra pessoa, sem prejuzo das perdas e danos.Em casos de urgncia, o credor da obrigao substituvel pode obter a prestao de outra pessoa e cobrar das despesas do devedor. nico, art. 249, CC.

II. Infungvel: InsubstituvelEmbora a obrigao seja insubstituvel, o credor no pode obrigar o devedor a fazer, porm tem direito a perdas e danos. Com culpa do devedor: No havendo interesse do credor: Perdas e danosCom culpa do devedor: Havendo interesse no cumprimento: Tutela especfica + Perda e danos.

2. Obrigaes negativas: Pressupe uma absteno.Exemplo 1: Franqueado no pode estabelecer outra franquia no mesmo raio. (Clausula de raio)Exemplo 2: No pode construir mais de 3 andares.Obrigao instantnea: Uma vez descumprida no d mais pra voltar atrs. Resolve-se com perda e danos.

OBRIGAO E MEIO, DE FIM E DE RESULTADONa obrigao de meio o devedor assume apenas o dever jurdico de realizar uma atividade da melhor maneira possvel, no obrigado a obter um resultado; Responsabilidade civil subjetiva (Deve provar o dolo); Exemplo: AdvogadoNa obrigao de resultado o devedor assume a obrigao de dar um resultado, independente de dolo ou culpa. Ex: Cirurgia esttica, ortodontista, contrato de transporte (art. 737, CC)A obrigao de garantia: acessria. Um terceiro que no o devedor se compromete a pagar se o devedor no pagar. Ex: hipoteca, fiador

O caso fortuito e a fora maior pode ser alegado nos casos em que a responsabilidade for objetiva? A nica hiptese em que no possvel alegar caso fortuito e fora maior e nos casos de responsabilidade civil por risco integral. Para as outras modalidades, possvel alegar caso fortuito e fora maior.A atividade de risco uma situao jurdica que acarreta responsabilidade civil objetiva, na forma do nico do art. 927, CC que pode envolver duas modalidades de risco: Risco integral e Risco no integral. Risco integral: Dano ambiental; Dano nuclear; DPVAT (seguro social); Perecimento da posse de m-f; (No cabe caso fortuito e fora maior). Art. 927Risco no integral: Devedor pode alegar caso fortuito e fora maior. CDC; 931,932, 933, CCArt. 393, CC Exclui o dever de reparar o dano.Art. 393 Caso fortuito e fora maior so colocadas como sinnimos neste artigo. Exclui o deve de reparar o dano, caso o risco seja de no integral.IMPORTANTE: STJ entende que o fortuito pode ser dividido em duas modalidades:A) Interno: Fortuito interno guarda relao jurdica com a atividade desenvolvida pelo devedor; risco do negcio.B) Externo: Exclui o dever de indenizar. No guarda qualquer relao jurdica com a atividade desenvolvida pelo devedor; No risco do negcio.

Obrigaes simples:Sujeito ativo: CredorSujeito passivo: Devedor

OBRIGAES COMPOSTASAs obrigaes podem ser compostas pela multiplicidade de sujeitos ou de prestaes.

Multiplicidade1) Prestaes: Alternativas. Art. 252, CCBasta adimplir uma das vrias para quitar a obrigao2) Sujeitos/Solidrias: Art. 264, CCSolidariedade ativaSolidariedade passivaSolidariedade mista: Ativo e passivoCredor pode cobrar de qualquer devedor; Devedor que pagar, se sub-roga, e pode cobrar dos outros devedores.Obrigaes solidrias no se presume.

A quem compete a escolha da prestao? Ao devedor, salvo se coisa diversa tiver sido combinado pelas partes.Pode pedir na inicial que o devedor seja citado para indicar a alternativa escolhida, sob pena de que inverta a escolha. Escolha da prestao: Em regra, do devedor. Princpio da Indivisibilidade das prestaes. Exemplo: Se foi combinado a entrega de 2 cavalos ou 2 guas, o devedor no pode entregar 1 cavalo e 1 gua. Peridicas de trato sucessvel Escolha pode ser confiada a um terceiro ou um grupo de terceiros.E se o terceiro ou grupo de pessoas no escolher? 3, do art. 252 Deve ter acordo unnime, se no houver o juiz dar um prazo para unanimemente decidir, se no decidirem o magistrado decidir. 4, art. 252 Se o terceiro estiver impossibilitado de decidir, caber ao credor e o devedor, se no decidirem, o magistrado decidir.Art. 288, CPC Para no confundir pedido alternativo com pedidos sucessivos.Quando a obrigao for alternativa, o pedido na inicial ser alternativa. Art. 252, CC + Art. 288, CPC.Art. 253 O perecimento de uma prestao, transforma a obrigao composta em obrigao simples.Se houver culpa: Art. 254 Pagar o valor da prestao que por ltimo se impossibilitou + Perdas e danos.

OBRIGAES SOLIDRIASArt. 264, CC a composta pela multiplicidade de sujeitos nos polos. Qualquer credor pode cobrar de qualquer devedor. processualmente possvel o chamamento ao processo. Art. 777, CPCSolidariedade no se presume, decorre de lei ou da vontade das partes.Exemplo: O credito alimentar pode ser cobrado subsidiariamente de certos parentes quando o credor criana ou adolescente; Somente a benefcio de ordem e no solidariedade. No estatuto do idoso o legislador fala que o idoso devedor solidrio.STJ disse que a solidariedade no se presume, portanto se no houve lei nem vontade das partes, portanto no se pode estender a solidariedade dos alimentos do idoso no estatuto do idoso, aos alimentos a criana e ao adolescente.Duas diretrizes:i) A solidariedade no se presume, decorre de lei (solidariedade legal ou da vontade das partes (solidariedade convencional) CC, art. 265. Pode decorrer da lei, por exemplo, quando consequente de um ato ilcito, a exemplo dos arts...ii) Decorrendo da autonomia privada, nada impede que a solidariedade de pura... IMPORTANTE: Se B um dos credores solidrios cobrar judicialmente o devedor, o credor D pode cobrar extrajudicialmente o devedor? Se a questo est subjudice, o pagamento extrajudicial proibido. Fundamentao: Art. 268, CC e art. 219, CPC.

Art. 270, CC Refrao do crdito solidrioCredor solidrio que morre passa a ser esplio; O valor do credor esplio ser partilhado entre os herdeiros; Contudo cada herdeiro s poder exigir a sua cota parte. Tambm assim com o dbito solidrio. Se um dos devedores solidrios morrem, os herdeiros s devem a sua cota parte, o credor no poder cobrara toda a dvida apenas de um herdeiro, e sim apenas a sua cota parte. Art. 1792, CC A morte cessa a solidariedade!!!! Art. 270, 276, CC

Excees pessoaisDefesas exclusivas de uma das partes, por uma situao de peculiaridade.Exemplo: A defesa do devedor no caso de coao.Somente este devedor poderia se utilizar desta defesa, e os outros co-devedores no se aproveita para estes; No se comunica. Art. 281, CCS que pode alegar que for vtima da exceo pessoal; uma defesa intuito persone. Art. 273, 274, CC.Art. 201, CC Prescrio: A prescrio no se aproveita aos outros devedores, ao menos que a obrigao seja indivisvel.VER: Art. 204, CCArt. 275, CC No pagamento parcial os outros devedores ficaram responsveis por todo o resto.

O que fazer na hiptese de perda culposa do objeto na obrigao solidria? Se por culpa de um dos devedores, todos subsistem solidariamente obrigados a indenizar o credor pelo equivalente da perda. Todavia, em relao s perdas e danos, apenas ser devida pelo culpado. Art. 279, CC

Indivisibilidade: Pode ser natural, jurdica, autonomia privada.Exemplo Natural: Cavalo, carro, boiExemplo jurdica: EsplioExemplo autonomia privada: CondomnioQuando a indivisibilidade deixa de existir por culpa de um dos devedores, as perdas e danos so pagas pelo autor do ato ilcito.

FONTES DAS OBRIGAES Lei ContratosContrato descumprido: Usar os artigo do contrato + os artigos das obrigaes. Atos ilcitos: Subjetivo ou objetivo Obrigaes podem surgir de atos ilcitos. Subjetivo: Art. 186 Exige o dolo ou a culpa Estado de conscincia M-fObjetivo: Art. 187 No exige dolo nem culpa Regra de conduta Abuso de direito. Atos Unilaterais tambm so fontes de obrigaes. Ttulos de crdito;

TEORIA DO ADIMPLEMENTO OU PAGAMENTO DAS OBRIGAESPagamento: Cumprimento da prestao; No significa se seja em pagamento em dinheiro.Quem deve pagar?A quem pagar?Onde pagar?Quando deve pagar?Como deve pagar?

1) Quem deve pagar?Art. 304, CC Sujeito ativo do pagamento o devedor (solvens). Mas no apenas o devedor, o representante, o interessado, o prejudicado. Terceiro interessado e o no interessado podem pagar a dvida, podem inclusive se utilizar dos meios coercitivos para realizar o pagamento. (Consignao em pagamento).Exemplo: Interessado - Seguradora, fiador, devedor de garantia real, scio da empresaO terceiro interessado que paga se sub-roga, e poder cobrar do devedor; Tem direito de regresso.

Terceiro no interessado: No tem o mesmo tratamento do terceiro interessado; Pode pagar em nome do devedor ou em nome prprio; Se pagar a obrigao do devedor em nome do prprio devedor no tem direito a regresso, pois o pagamento considerado doao. Porm se pagar em nome prprio, tem direito a mero reembolso. 2) A quem pagar (accipiens)?Art. 308, CCI. Credor

II. Representante delePode ser legal ou convencionalPais, curador, tutor Se estiver diante de representao legal, o pagamento s pode ser feito apenas ao representante legal.Representante convencional Contratual: Mandato Podem ser feito pagamento tanto ao mandante ou mandatrio, representante ou representado, autor da demanda ou ao advogado (se tiver poderes para receber e dar quitao)

III. TerceiroTerceiro interessado pode ingressar com ao de consignao em pagamento. Credor putativo Credor aparente; Parece ser o credor.O verdadeiro credor que deve cobrar do credor aparente, pois o devedor est liberado da dvida.

Se no pagou ao credor, representante convencional ou credor putativo, o devedor pagou mal e por isso o verdadeiro credor deve ratificar, reverter o valor em proveito do credor; Art. 310: art. 3 e 4, CC; 171 e 166, CC.

Onde pagar? Lugar do pagamentoEm regra, no domicilio do devedor. Exceo: Domiclio do credor, deve estar expresso. No domicilio do devedor: Querble QuesvelNo domiclio do credor Portable (Exceo)Art. 330 Combinaram o pagamento em Salvador, porm o credor est aceitando reiteradamente o pagamento em outro lugar, essa pratica considerada de renncia tcita ao local do pagamento.Quando pagar? Em regra, imediatamente. Exceo: Parcelamento expresso.

Do objeto do pagamento1) Princpio da exatido: Credor no obrigao a aceitar prestao diversa, ainda que mais valiosa. Art. 313, CCMas o credor pode anuir a aceitar coisa diversa. (Dao em pagamento)2) Princpio da identidade fsica ou indivisibilidade da prestao3) Princpio do nominalismo: Regra, pagamento em dinheiro nacional. Em regra proibido o pagamento em ouro ou moeda estrangeira. Art. 3184) Clusula de escalonamento ou escala mvel: Aumento progressivo das prestaes, diante da autonomia privada das partes, correes monetrias,etc.

Teoria da imprevisoArt. 317Vedao ao empobrecimento sem causa e o enriquecimento sem causa.Princpio da equivalncia material ou da igualdade substancial;Onerosidade excessiva na celebrao do negcio (estado de perigo, 156, CC) e (leso, 157, CC) (171, II pode anular) Poder ser anulado no prazo de 4 anos, combinao dos artigos 171, II e 178 Ao ordinria anulatria desconstitutiva do negocio jurdico.

Desequilbrio do decorrer do negcio (supervenientemente) Extino (resoluo) ou de reviso do negcio jurdico Ao ordinria Reviso do negcio jurdico art. 317, CC No quer anular Ao revisional O fato deve ser supervenienteNo pode ter dado causaEvento deve ser imprevisvel e inevitvel Resoluo: Art.478, CC

Rebus sic stantibusQuando as bases negociais estiverem dentro do mesmo padro, o contrato ser mantido, porm, se superveniente o contrato apresentar desequilbrio, o contrato deve ser resolvido ou revisto; Para contratos diferidos; Execuo continuada.a) Teoria da impreviso: Art. 317, a finalidade ser a reviso;b) Teoria da onerosidade excessiva: Art. 478, para a situao de resoluo (extino);c) Teoria da base negocial: Art. 6, CDC para nulidade de clusulas (Relao de consumo)- Todas so aes ordinrios;- O recibo o instrumento de quitao. (Prova do pagamento)- Art. 333, CPC Antecipao do dbito - Instrumento particular recibo.

Pagamento indireto ou adimplemento indireto- Extingue a obrigao por uma via oblqua, no pela satisfao da obrigao ajustada.- Consignao em pagamento, novao, compensao, remisso, etc.Modalidades de pagamento indiretoa) Consignao em pagamento: Art. 334, CC e Art. 890, CPC , Art. 304, CC HibridoSe presta para obter a quitao ou muitas vezes utilizada cumulativamente para revisar clusulas contratuais, para consignar os valores que acha justo.Procedimento comum ordinrio: Cumulao de dois pedidos de procedimentos diferentes. Exemplo: Pedido de reviso e pedido de consignao.Consignante: Autor da demanda (devedor) para purgar a mora, quitao...Consignatrio: Ru da demanda (credor)Consignado: Objeto da consignaoExemplo: Dvida sobre quem o verdadeiro credor. O credor morre e aparece para receber a esposa e a concubina. Entra com ao contra a esposa e a concubina para consignar.Lei de locao: Locatrio quer consignar, tem um fundamento prprio previsto na lei de locao. Art. 58 e 57 da lei de locao.Modalidades de consignao: Extrajudicial e judicialCabimento da consignao: Art, 335, CCi) Mora do credor;ii) Circunstncias inerentes a figura do credor;iii) Se o credor no for, nem mandar receber a coisaiv) Pagamento de credor incapaz, se for desconhecido, ausente, se mora em local incerto ou perigoso.v) Dvida sobre quem o credor.vi) Quando a litgio sobre o objeto da consignaob) Imputao ao Pagamento; a identificao de qual prestao est sendo liquidada quando o devedor tem mais de uma prestao lquida e certa.Direito de quem pagar Indicar qual est pagando.Pagamento no integral de toda a dvida.

c) Pagamento com sub-rogao;Substituio que pode ser pessoa (sujeitos) ou real, objetiva, material (para a prestao).i) Pessoa: Sujeitos da relao; Substituio de sujeitosExemplo: Fiador que paga e ocupa o lugar do credor. (IMPORTANTE)ii) Real ou objetiva: Sobre a prestao; Troca ocorre no objeto da prestao.Sub-rogao pode ser legal ou convencional.iii) Legal: Art. 346, CCLei diz que o terceiro interessado que paga a dvida se sub-roga. Art. 304, CCiv) Convencional: Art. 347, CC Brota do contrato; Da vontade das pessoasTransferncia da qualidade da pessoa ou da prestao para outro sujeito.

Art. 1.112, CPC Sub-rogao para bens inalienveis. Exemplo: Herana com clusula de inalienabilidade, mas pode sub-rogar. Ajuizando ao, que no h ru, com qualquer tipo de fundamento ftico, apresentando uma razo para sub-rogar o bem.

d) Dao em pagamentoModalidade de pagamento indireto que exige a presena dos seguintes requisitos:Art. 356, CCi) Dvida vencida e exigvel;ii) Entrega de coisa diversa com a anuncia do credor; (Art. 313)iii) Animus solvendi Desejo de quitar a dvida;iv) Consentimento do credor.

e) Novao;Criar obrigao nova obrigao; Art. 361, CCAnimus novandi Inovar;Substituir toda a obrigao primitiva e substituir por uma nova obrigao;Requisitos:i) Dvida primitiva que ser extinta;ii) Criao de dvida nova;iii) Vontade de novar;Se a obrigao primitiva tem um fiador, na obrigao nova o fiador continua obrigado? NO. Art. 114, CC Acessrio segue a sorte do principal.Obrigao primitiva nula No possvel novao de obrigao primitiva nula, pois no teve efeitos no mundo jurdico. Nulidade absoluta tem efeito ex-tunc.Os negcios jurdicos anulveis geram efeitos no mundo jurdico. Art. 366 e 367, CCModalidades de novao:i) Objetiva: Art. 369, Iii) Subjetiva: Art. 362, CCAtiva: Quando o credor trocadoPassiva: Quando o devedor trocado; Por expromisso e por delegao.Subjetiva mista: Inova tanto na figura do credor quanto na figura do devedor.iii) Mista: Art. 360, I e III, CC f) CompensaoForma indireta de extino das obrigaes, atravs da tcnica do ajuste de contas.Requisitos:i) Reciprocidade de dvidasii) Liquidez das dvidas; (No h como compensar dvidas ilquidas)iii) ExigibilidadeATENO: H situaes jurdicas incompensveis: Comodato, crime, alimentosExemplo: Art. 21, CPC Sucumbncia recproca.

g) RemissoTanto a remisso quanto a confuso so modalidades de extino da obrigao sem o pagamento da dvida.Perdo extingue a obrigaoDevedor deve anuir

h) ConfusoQuando rene-se em uma s pessoa a qualidade de credor e devedor.

INADIMPLEMENTOEspcies de inadimplemento:1) Absoluto: Prestao se torna intil, resolve pela tcnica das perdas e danos.Art. 389 e 402.Exemplo: contratei uma banda para tocar no meu aniversrio, se a banda no for, a prestao se torna intil. Resolve-se com perdas e danos.2) Relativo: Mora o inadimplemento parcial; Mora o adimplemento atrasado. Ser relativo quando a prestao ainda for til; Exige-se a tutela jurisdicial especifica + perdas e danos. Art. 394, CC; art. 461, CPCIMPORTANTE: Tanto o inadimplemento absoluto quanto o relativo envolvem responsabilidade civil subjetiva, que exige a presena de conduta, dano injusto, nexo de causalidade e culpa lato senso (dolo ou culpa no sentido estrito).Art. 392 Responsabilidade civil contratual subjetiva (dolo ou culpa grave) Smula 145, STJ Carona um contrato.3) Quebra da boa-f objetiva: Inadimplemento insatisfatrio. Art. 113, 187, 422, CC.Responsabilidade civil contratual ou negocial: Inadimplemento ou crise da obrigao. Aplica-se o art. 389 e ss do CC.

TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIALA lei manda extinguir a obrigao pelo inadimplemento (Art. 404, CC), contudo a doutrina orienta manter se o inadimplemento for mnimo. (Princpio da razoabilidade, proporcionalidade).

MORA a falha relativa do credor ou do devedor. Desrespeito ao art. 313, CC, ou seja, a exatido. Desrespeito ao pacta sunt servanda. Toda e qualquer situao que configura desrespeito ao pacta sunt servanda ao princpio da exatido.Mora do devedor Geralmente acontece nas obrigaes positiva de dar ou fazer.Smula 380 STJ O simples ajuizamento de ao revisional no afasta a mora.

Mora do credor Se o credor est em mora, o devedor est desobrigado...

Momento da moraResponsabilidade civil Extracontratual ou aquiliana A partir do ato ilcito. Art. 398 e smula 54, STJ. Exemplo: Batida que carro, os juros de mora incidem desde a data do ato ilcito.

Responsabilidade civil Contratual Incidncia de mora e juros.I) Contrato por tempo determinado: Contrato com prazo de validade e eficcia com data pr-fixada = Mora ex re a mora automtica. Art. 397, caput.II) Contrato por tempo indeterminado: Prazo para vencimento no foi previsto pela parte; Contrato por trato sucessivo = necessrio INTERPELAO, os juros moratrios s incidiram no momento da interpelao. - Mora ex personae.- Smulas 76, STJ Exemplo: comodato por prazo indeterminado. Purgar a mora Purgao (emenda) da Mora Fazer desaparecer o estado de atraso. Art. 401 quando para o principal e os acessrios. Smula 43, STJ Exceo da mora: Motivo que gera a mora deixa de existir diferente de purgao da mora.

PERDAS E DANOS - Art. 402, CCAquilo que a pessoa efetivamente perdeu Dano emergente. Exemplo: Perdeu 1000,00 por um contrato que deixou de assinar por um dano causado.O que razoavelmente deixou de ganhar Lucros cessantes.Exemplo: Taxista deixou de ganhar dia aps dia pelo dano causado no veculo.OBSERVAO: Dano emergente e lucros cessantes so espcies de perdas e danos.O dano moral exige angustia e dor? No. Exemplo: Negativao do nome, a mera negativao gera dano moral.

Negativao devida Exerccio regular de direito

JUROS (Art. 404)1. Juros de mora ou moratrios Art. 406 Se aplicam automaticamente; Decorre de lei e tem como finalidade complementar o valor nominal da dvida; No se confunde com a correo monetria, que tem finalidade diferente dos juros moratrios, objetiva atualizar o valor nominal da moeda para evitar que sofra a corroso da inflao.Valor principal + correo monetria + juros moratrios

2. Juros compensatrios ou remuneratrios: Decorre da vontade negocial; Juros decorrente da utilizao consentida do capital.No confundir com juros reais.Smula 254, STF; Art. 293, CPC; Art. 407, CC; Art. 405, CC

CLUSULA PENALArt. 408 416A Clusula penal brota da vontade das partes.

Dignidade da justia Art. 14, CPCA multa fixada para justia, no convertida em favor das partes. E pode ser inscrito na dvida ativa.Clusula penal acessria e no obrigatria, significa dizer que a clusula penal no pode ser superior ao valor principal. Art. 412, CCArt. 413 O juiz da causa pode reduzir equitativamente o valor da clusula penal.Art. 408 De pleno direito = automaticamente; Culposamente: culpa presumida; Prejuzo presumido absolutamente, ou seja, no precisa comprovar nem a culpa, nem o prejuzo.

Espcies de clusula penal:1. Compensatria: art. 410, cc Pr-fixar perdas e danosInadimplemento absoluto; No pode cumular a clusula penal com perdas e danos (bis in idem) 2. Moratria: art. 411, cc Inadimplemento relativoPode cumular uma coisa com a outra coisa.Smula 616, STFArt. 409 A clusula penal pode surgir com uma das clusulas do contrato ou posteriormente com um aditamento do contrato; Pode envolver o descumprimento de uma clusula penal ou o descumprimento total.Envolve as obrigaes divisveis ou indivisveis; Se for indivisvel todos incorrem na clusula penal;Art. 415 Na obrigao divisvel s incorre aquele que descumpriu, na proporo da sua parte.Art. 416 Em regra, no cabe indenizao suplementar, apenas se o contrato prev desde que comprove a necessidade de suplementao.

ARRAS OU SINALArtigos 417 a 420, CC. uma importncia econmica, que pode ser em dinheiro ou coisa dada por um contratante ou outro na celebrao do contrato.Serve para garantir o adimplemento da prestao ou serve para pr-fixar perdas e danos.Inicio de pagamento Arras confirmatrias.Pr-fixar perdas e danos Arras penitencial As erras confirmatrias envolvem contrato sem clusula de arrependimento.Art. 420 Arras penitenciais;Art. 417 a 419 Arras confirmatrias;

A POSSEDireitos reais e direito das coisasFuno social um princpio que norteia todo o cdigo civil art. 5, inc 22 e 23. (IMPORTANTE FALAR NA PROVA)Smulas 364 e 486 do STF.Conceito da posse: art. 1196, cc O que o possuidor.Tem de fato: no precisa de registro.Poderes inerentes a propriedade: Usar, gozar, reivindicar e dispor. Art. 1.228, CC Se tem alguns destes poderes possuidor. Art. 1.196, CCSe tiver todos os poderes ser o proprietrio. Art. 1.228, CC