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ANÁLISE E PROPAGAÇÃO DE ERROS
06 do 02/2013
Miquéias Gomes dos Santos
OBJETIVO
Determinar experimentalmente o valor numérico de uma grandeza e o grau de
confiabilidade dessa medida, bem como compreender o que a mesma significa,
entendendo, para isso, o significado de “algarismos significativos” e “erros de medida”.
INTRODUÇÃO
Para determinar o valor numérico de uma grandeza é preciso registrar com
confiabilidade o resultado das medidas feitas durante uma experiência. Para isso, é
essencial valer-se dos métodos estatísticos de tratamento de dados experimentais, pois
somente a partir desses métodos é possível de se trabalhar considerando os erros de
medida cometidos.
Para trabalhar esses métodos estatísticos as grandezas comprimento, diâmetro e
massa de dois cilindros diferentes (maciço e vazado) constituídos de materiais
diferentes (maciço-alumínio; vazado-cobre), foram medidas para se chegar a outras
duas grandezas, volume e densidade, assim como seus respectivos erros propagados.
No processo as grandezas são medidas com auxilio de dois aparelhos
paquímetro (diâmetro) e micrometro (comprimento). Para cada medida os erros de
escala e erro aleatório (este, se houver) são calculados e expressos na representação
final das medidas. Com esses valores o volume de cada cilindro e seu respectivo erro
propagado, e a densidade de cada material e seu respectivo erro propagado, por fim, são
encontrados.
PROCEDIMENTOS
Para o cilindro maciço:
Com o paquímetro o diâmetro do cilindro maciço é medido em quintuplicata
(cada medida é feita pegando pontos diferentes do cilindro);
Com o micrometro o comprimento do cilindro maciço é medido também em
quintuplicata (pontos diferentes do cilindro são percorridos pelo micrometro na
hora da medição, visando encontrar pequenas diferenças nas medidas caso
existam.);
Já a massa do cilindro é pesada em triplicata.
O mesmo processo de medição é feito para essas mesmas grandezas no cilindro
vazado, entretanto, há duas medidas de diâmetro pra esse cilindro, uma vez que o
diâmetro interno também precisa ser medido, tendo-se assim medidas de diâmetro
interno e externo.
Uma vez todos os dados obtidos, calcula-se os erros para as medidas.
Inicialmente calcula-se o erro dos aparelhos utilizados. Como se tratam de aparelhos de
escalas, tem-se para os aparelhos apenas os erros escalares.
Erro de escala do paquímetro:
Eesc= ±t . MDE
2 = ± 0.025 = ± 0.03, onde MDE é a menor divisão de escala
do paquímetro e o t de Student é adotado como 1.
Obs.: Observe que pelos critérios de arredondamento tem-se que Eesc=
±0.02, entretanto a pretensão é a de determinar o máximo erro cometido,
logo, deve-se arredondar o valor inicialmente obtido para cima: Eesc=± 0.03.
Erro de escala do micrometro:
Eesc= ±t . MDE
2 = ±0.005
Análise do cilindro maciço
O diâmetro mais provável para o cilindro maciço é a média aritmética das diversas
medidas do diâmetro, sendo representada por D:
D= 1n
. ∑Di
Para a altura (comprimento L) além de calcular a altura mais provável o erro aleatório
também será calculado- comprimentos diferentes foram medidos. Logo, o erro total para
a medida mais provável será representado pela soma de todos os erros encontrados no
processo de medição.
Altura mais provável:
L= 1n
. ∑Li
Desvio de cada medida de comprimento, uma vez que houve apuração de
medidas que variam de valor:
∆Li= Li-L
Desvio Padrão do comprimento
ῡ= √∑(∆ xi)
2
√(n¿−1)¿
Desvio aleatório da média
ῡm= ῡ√n
Erro total: Et=ESist+EAl+EEsc
Após os erros calculados as medidas devem ser representadas da seguinte forma:
D=(D ±Eesc) mm
L= (L ± Et) mm
Para calcular o volume substitui-se o valores de D e L em:
V= L. π .D2
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Por último calcula-se a propagação de erro para o volume encontrado:
Como V=(D,L)
∆V= ∂V∂ D
∆D + ∂V∂ L
∆L
O resultado final é expresso como:
V=(V±∆V) cm3
Para a densidade do cilindro maciço calcula-se a massa mais provável (média
das massas) e como a balança analítica é instrumento não analógico o seu erro
de escala corresponde apenas a menor divisão de escala da balança (MDE).
Como não houve variação nos pesos das massas:
M=(M±Eesc)g
Joga-se o volume e a massa encontrados na equação:
d= MV
, e assim encontra-se a densidade do cilindro.
Propagação do erro para a densidade
∆d= ∂d∂m
∆m + ∂d∂v
∆v
Análise do cilindro vazado
As mesmas etapas são executadas para o cilindro vazado, entretanto, para o
cilindro vazado são calculados os volumes para diâmetro interno e externo, e a
subtração de um pelo outro resulta no volume real;
Para calcular o erro propagado do volume no cilindro vazado, usa-se o volume
real encontrado e DR(diâmetro real- diferença entre o diâmetro interno e
externo);
Para o cálculo da densidade do cilindro vazado o processo é o mesmo feito para
o cilindro maciço, porem, com a média das massas do cilindro vazado e o
volume real do cilindro e seu respectivo erro propagado.
MATERIAL UTILIZADO
Paquímetro;
Micrometro;
Cilindro de alumínio maciço;
Cilindro de cobre vazado;
Balança analítica.
DADOS EXPERIMENTAIS
Cilindro Vazado (Cobre)
M(Massa) De(diâmetro Di (Diâmetro L (Comprimento)
externo) interno)
69.0205 g 37.75 mm 21.20 mm 10.078 mm
69.0205 g 37.75 mm 21.20 mm 10.050mm
69.0205 g 37.75 mm 21.20 mm 10.049mm
37.75 mm
37.75 mm
21.20 mm
21,20mm
10.131 mm
10.049mm
37.75 mm 21.20 mm 10.049 mm
Cilindro maciço (Alumínio)
M(Massa) D❑(Diâmetro) L (Comprimento)
30.0661g 37.90 mm 10.918mm
30.0661g 37.90 mm 10.968mm
30.0661g 37.90 mm 10.980mm
37.90 mm
37.90 mm
10.948 mm
10.968mm
37.75 mm 21.20 mm 10.049 mm
ANÁLISE DOS DADOS
Para o cilindro maciço os resultados obtidos foram:
D=(37.90 ±0.03) mm
L= (10.95 ±0.02) mm
V=(12 ±0.04) cm3
M=(30.06±0.01)g
d=(2.434 ±0.008) g/cm3
Para o cilindro vazado:
De=(37.75 ±0.03) mm
Di=(21.20 ±0.03) mm
D=(16.55±0.03) mm De-Di
L= (10.07 ±0.02) mm
V=(7.71 ±0.004) cm3
M=(69.02±0.01)g
d=(8.95 ±0.006) g/cm3
Observa-se que os erros propagados de volume em ambos os cilindros são
muito pequenos, o que indica que as medidas possuem um bom nível de precisão.
CONCLUSÃO
As grandezas comprimento, diâmetro e massa dos dois cilindros (maciço e
vazado) constituídos de materiais diferentes (maciço-alumínio; vazado-cobre), foram
medidas para se chegar a outras duas grandezas, volume e densidade, assim como seus
respectivos erros propagados.
Com base nos erros observados verificou-se que as grandezas desejadas foram
medidas com um bom grau de precisão, tornado-as confiáveis para uso em qualquer
procedimento no qual as mesmas sejam precisas, uma vez que realizar medidas com
precisão consiste apenas na etapa inicial e fundamental para qualquer experimento bem
realizado.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
ÁREA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI
ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA
MIQUÉIAS GOMES DOS SANTOS
TRABALHO DE FÍSICA EXPERIMENTAL
ANÁLISE E PROPAGAÇÃO DE ERROS
GURUPI-TO
2013