oab/rs apoia projeto que regula as carreiras jurídicas · vidade pelos oficiais da brigada militar...

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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA BRIGADA MILITAR I ANO 1 I NÚMERO 4 I ABRIL DE 2015 OAB/RS APOIA PROJETO QUE REGULA AS CARREIRAS JURÍDICAS

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iNf O R M At i V O d A A S S O c i A ç ã O d O S O f i c i A i S d A B R i g A d A Mil i tA R i A N O 1 i N Ú Me R O 4 i A B R il d e 2015

OAB/RS ApOiA pROjetO que RegulA AS

cARReiRAS juRídicAS

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E D I t O R I A L

viva voz é uMa puBlicação Mensal Da associação Dos oFiciais Da BrigaDa Militar coM DistriBuição gratuita aos associaDos enDereço: travessa Francisco De leonarDo truDa, 40 conj. 28 porto alegre/rs Brasil cep 90010-050 Fone: 51 3221.9768 eMail: [email protected] coorDenação: Marcelo goMes Frota eXecução: inForMare coMunicação eMpresarial jornalista responsÁvel: vanessa pagliarini goMes (MtB 10.585) eDição: FernanDa Doering revisão: carine prates projeto grÁFico e DiagraMação: luciane trinDaDe iMpressão: grÁFica pallotti

Nesta edição do informativo “Viva Voz”, estimado sócio – preparatória à AGE de 18 de abril, às 14h, no Clube Far-rapos –, estão em relevo os movimen-tos realizados pela Diretoria em busca da concretização do sonho de todos nós, qual seja o de elevar ao Cânone Constitucional a Carreira Jurídica Militar dos Ofi ciais Estaduais, já assentada em Lei Complementar desde 1997.

Nesse sentido, estivemos na Assem-bleia Legislativa, tanto com o presiden-te da casa, Deputado Estadual Edson Brum, que vivamente encampou os es-forços, quanto com o deputado Estadu-al Enio Bacci, que se autoincumbiu de protocolar o Projeto de Emenda Consti-tucional, conforme compromisso assu-mido na ASOFBM ainda em campanha, em meados de agosto de 2014.

Na Casa Civil, com o Secretário de Estado, Deputado Estadual Márcio Biolcchi, avançamos bastante e sur-giu do encontro aquilo que a autorida-de chamou de “Pacote Legislativo da Brigada Militar e Corpo de Bombeiros Militar” – PEC da Carreira Jurídica, LOB BM e Bombeiros, Lei de Promoções –, entre outros dispositivos que são bus-cados há muito tempo pela ASOFBM, não somente enquanto prerrogativas,

mas especialmente como forma de melhor prestar serviços à sociedade do Rio Grande, qualifi cando e motivando devidamente os Ofi ciais do Quadro de Estado Maior.

Com o Dr. Marcelo Bertoluci, presi-dente da OAB/RS, na sede da entidade, que tem por missão, dentre outras, a elevada tarefa de concretizar efetiva-mente os rumos democráticos da so-ciedade gaúcha, a identifi cação com o pleito trazido pelos Ofi ciais foi ime-diata – a complexidade de nossas atri-buições, as decisões em tempo real, a tutela e a garantia dos bens jurídicos indisponíveis – a vida, a liberdade e o patrimônio – foram imediatamente reconhecidos pela OAB/RS e, como tal, passou a Ordem a ombrear com a ASO-FBM na direção da alteração do texto Constitucional de forma a promover o ganho social proposto.

De outra banda, a guisa de informa-ção, o Escritório Coelho Silva e Cente-no Advogados é a nova aquisição da ASOFBM à disposição dos associados. Conheça um pouco do escritório lendo a matéria – acerca da banca que já chega garantindo em sede de Manda-do de Segurança preventivo o não par-celamento ou atraso nos vencimentos

dos associados. A ASOFBM foi, na lavra dos Drs. Centeno e Coelho, a primeira entidade a obter do órgão especial do Pleno do tribunal de Justiça decisão nesse sentido.

Outro artigo desta edição de autoria do Cel RR PM SP Elias Miler da Silva que estará presente na AGE merece atenção dos nossos associados, leia o artigo e o conheça melhor, pois esse é um homem importante, presente nas mais relevantes conquistas, em nível federal, dos Corpos de Bombeiros e das Polícias Militares.

Quanto ao artigo do Cap Detoni, é um luxo perceber, a partir da postura e dos conhecimentos do Ofi cial, a Briga-da Militar que teremos no futuro. Leia e se permita o regozijo.

Por fi m, a partir desta edição, os associados terão mais vez e voz, acompanhe.

Colho o ensejo para desejar uma boa AGE a todos, façam dos momentos de sadia construção uma oportunidade de união e de fortalecimento do espírito de corpo. A AGE se presta para que saia-mos maiores enquanto categoria do que nela entramos. Glória na Paz!

ASOfBM geStãO de ReSultAdO

pReSideNte dA ASOfBM

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M O B I L I Z A Ç Ã O

Na tarde do dia 16 de março, o presi-dente da ASOFBM, Cel Marcelo Gomes Frota, acompanhado do Cel RR Milton Weyrich, ex-Comandante-Geral da BM e dos Diretores, Major Marcelo Pinto Specht e Capitã Leticia Dall’Igna, esteve reunido com o Chefe da Casa Civil do Go-verno do Estado, Deputado Márcio Biol-chi e com o Chefe da Casa Militar, ten Cel Everton Oltramari.

Na ocasião, foram deliberados diver-sos assuntos de interesse afeto aos ofi -ciais integrantes da Carreira de Nível Su-perior da BM, tais como a PEC da Carreira Jurídica e a adequação do calendário de pagamento de reajuste salarial aprovado até 2018 em uma parcela, no mês de ja-neiro, nos moldes do que acontece com outros órgãos vinculados à SSP, dentre

outros aspectos fundamentais na se-dimentação e no aperfeiçoamento das prerrogativas funcionais da categoria.

Dada a importância do tema, atrela-da às demandas da população gaúcha quanto à segurança pública, o Chefe da Casa Civil anunciou a criação, por parte do Governo, de um grupo de trabalho que, de forma célere, analisará o contexto e as necessidades, buscando o aprimora-mento das legislações afetas aos órgãos vinculados a SSP, com a participação ativa da ASOFBM. O deputado ainda agra-deceu a visita dos Ofi ciais, reafi rmando o compromisso do governo em manter um canal de diálogo aberto de forma perma-nente entre aquela autoridade e a ASO-FBM, em todos os assuntos relacionados à área da segurança pública.

Ao comparecer na ASOFBM, ainda como candidato a Deputado Estadual, o então Depu-tado Federal Enio Bacci (PDt) se comprome-teu a encaminhar no início do ano, proposta de Emenda Constitucional com o objetivo de fortalecer e consolidar a carreira do Ofi cial QOEM, que já tem como requisito de ingres-so o Bacharelado em Direito e cuja atuação depreende conhecimentos jurídicos prepon-derantemente, alçando-a ao patamar das de-mais carreiras jurídicas do Estado.

Assim o fez, e a ASOFBM reconhece no de-putado o valor da palavra empenhada, com o Projeto de Emenda Constitucional de baixo do

braço recolheu 19 assinaturas necessárias para que fosse protocolada a PEC 234/2015.

Assinaram a PEC junto com o Deputado Enio Bacci os seguintes parlamentares: Adolfo Brito (PP), Any Ortiz (PPS), Bombeiro Bianchini (PPL), Dr. Basegio (PDt), Eduardo Loureiro (PDt), Elton Weber (PSB), Frederico Antunes (PP), Gerson Borba (PP), João Fis-cher (PP), Juliana Brizola (PDt), Juliano Roso (PCdoB), Manuela d’Ávila (PCdoB), Mário Jar-del (PSD), Marlon Santos (PDt), Missionário Volnei (PR), Regina Becker Fortunati (PDt), Sérgio Peres (PRB) Sérgio turra (PP) e Zilá Breitenbach (PSDB).

Na manhã do dia 12 de fevereiro, a diretoria da ASOFBM fez uma visita cortesia ao presidente da Assembleia Legislativa do RS, deputado Edson Brum. Em nome dos Ofi ciais da Bri-gada Militar, o presidente da ASOFBM, Cel Marcelo Gomes Frota desejou sucesso no mandato e manifestou a plena disponibilidade da Associação para contribuir em tudo o que for ne-cessário, considerando que a área da Segurança Pública, na qual a entida-de está inserida, exige conhecimento técnico local e nacional, estando entre as demandas que mais interessam e afetam a comunidade gaúcha. Por sua vez, o presidente da Assembleia, men-cionou a relevância das relações entre as instituições do Estado e se colocou a disposição da ofi cialidade da Bri-gada Militar referente às demandas inerentes as prerrogativas funcionais da carreira dos ofi ciais. O presidente da ASOFBM, Cel Frota, estava acompa-nhado do diretor de divulgação, Major Marcelo Specht, e da 2ª secretária da associação, Capitã Letícia Dall’Igna.

eNcONtRO ReÚNe ASOfBM e O chefe dA cASA ciVil

liDeranças Da associação são receBiDos pelo cheFe Da casa civil e DeliBeraM soBre a carreira De nível superior Da BrigaDa Militar

diRetORiA dA ASOfBM ReAliZA AudiêNciA cOM O pReSideNte dA Al/RS

eNiO BAcci pROtOcOlA pec dA cARReiRA juRídicA

DeputaDo enio Bacci acoMpanhaDo Do cel erlo Dos santos pitrosKY

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OAB/RS ApOiA pROjetO que RegulA cARReiRAS juRídicAS dOS OficiAiS dA BM

Uma proposta reconhece, em definiti-vo, a obrigação do título de bacharel em Direito nas funções públicas jurídicas exercidas com exclusividade pelos ofi-ciais da corporação.

O presidente da ASOFBM, Cel Marce-lo Gomes Frota, acompanhado do vice--presidente, Cap Roger Nardys de Vas-concellos, e do diretor de marketing da entidade, Rodrigo Dutra, estiveram na tarde de 25 de março, na sede da OAB/RS. Na oportunidade, foram re-cebidos pelo presidente da entidade, Marcelo Bertoluci.

Aproveitando o encontro, além de uma visita de cortesia, a diretoria da ASOFBM solicitou apoio da Ordem gaúcha à PEC, que visa reconhecer, em definitivo, a obrigação do título de bacharel em Direito nas funções pú-

blicas jurídicas exercidas com exclusi-vidade pelos Oficiais da Brigada Militar e a participação da Ordem dos Advo-gados do Brasil no concurso público. “Estamos aqui buscando a simpatia desta causa, o comprometimento da OAB para encampar essa bandeira. Nossa proposta é a espinha dorsal do Comando dos órgãos da Polícia Militar formação jurídica. Já é assim na Lei, queremos assentar na Constituição. Já temos uma PEC aqui no Estado. E com a OAB, emprestando a sua legiti-midade e seu conhecimento social na causa, temos absoluta certeza de que ela avança”, afirmou o vice-presiden-te da ASOFBM.

“A proposta segue apenas ao que já está assentado em Lei Complementar desde 1997, no Estatuto dos Militares

Estaduais do Rio Grande do Sul, e à se-melhança de outros Estados como San-ta Catarina e Minas Gerais. Com a Cons-tituição de 1988, a concepção à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar envolve a intervenção estatal nos direi-tos e liberdades constitucionais pres-supondo conhecimento jurídico como forma de assegurar a máxima eficiência do serviço público e a máxima efetivida-de da cidadania”, explicou Frota.

Bertoluci manifestou o apoio da OAB/RS para o pleito. “Ao exigir conhecimento jurídico no início da carreira dos Oficiais da Brigada Militar, se fortalece e dignifi-ca não apenas a função, mas também a instituição. Esta medida valoriza a Bri-gada Militar, órgão de suma importância do nosso Estado e fundamental para a cidadania”, afirmou.

C A P A

Diretores Da asoFBM ForaM receBiDos pelo presiDente Da oaB/rs Marcelo Bertoluci

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pROpOStA de eMeNdA cONStituciONAlA Proposta de Emenda Constitucional

que está sendo construída pela entidade objetiva inserir no texto magno aquilo já assentado em Lei Complementar desde 1997, no Estatuto dos Militares Estaduais do Rio Grande do Sul. Inspirados no mode-lo adotado pelo Rio Grande, outros Esta-dos, como Santa Catarina e Minas Gerais, já avançaram nessa linha. Encaminhada no início do ano, tem o objetivo de fortale-cer e consolidar a carreira do Oficial QOEM, que já tem como requisito de ingresso o Bacharelado em Direito e cuja atuação depreende conhecimentos jurídicos pre-ponderantemente, alçando-a ao patamar das demais carreiras jurídicas do Estado, conforme já definido pela Resolução nº 75/2009 do CNJ. Salienta-se que a PEC, por si só, não implica remuneração na for-ma de subsídio. Contudo, a referida forma de remuneração é contingência do § 9º do art. 144 da Carta Magna.

ReMuNeRAçãO pOR SuBSídiOSubsídio é a forma de remuneração

de algumas categorias dentro da estru-tura de Estado, prevista na Constituição Federal, que engloba todas as verbas remuneratórias inerentes ao respectivo cargo, à exceção de outras parcelas in-denizatórias previstas em lei. Com o sub-sídio, tornam-se definitivas as parcelas pagas a título de gratificações que, após absorvidas, não mais poderão ser retira-das ou alteradas. Além disso, com o sub-sídio é mantida a paridade para quem se aposenta, visto que sendo o subsídio a única forma de remuneração, o reajuste de ativos e inativos deverá se dar no mes-

F I Q U E P O R D E N t R O

cONfiRA OS teMAS que fORAM tRAtAdOS NAS AudiêNciAS eM deStAque NeSSA ediçãO

mo índice. Ou seja, a adoção do subsídio impede que sejam criados abonos ou in-centivos remuneratórios exclusivamente para os oficiais da ativa. Carreiras que já percebem pela forma do subsídio no RS, em âmbito estadual: Poder Judiciário: Lei 12910/08; MP: Lei 12911/08; Defensoria Pública: Lei13301/09; PGE: Lei13326/09; Polícia Civil: Leis14514/14 e 14072/12.

lei de ORgANiZAçãO BÁSicA e fiXAçãO de efetiVODiante das demandas impostas pela

sociedade e pelo recrudescimento da criminalidade no Estado, impõe-se a atualização e adequação da lei de orga-nização básica da Brigada Militar, Lei Es-tadual n° 10.991/97, bem como da lei de fixação do efetivo da Brigada Militar, Lei Estadual nº 10.993/97, com a finalidade de adequar estrutural e funcionalmente a Instituição em prol dos anseios atuais da comunidade gaúcha, qualificando e imprimindo eficiência ao serviço público.

SuBStituiçãO hORiZONtAlA implementação da substituição ho-

rizontal tem por objetivo dar tratamento isonômico às demais carreiras jurídicas de Estado. É fundamental a institucio-nalização da substituição horizontal, proporcionando a justa retribuição pe-cuniária aos oficiais que acumulam mais de uma função atinente ao mes-mo posto, visto que tal situação deman-da mais tempo, envolvimento e respon-sabilidade do profissional.

ApeRfeiçOAMeNtO dA lei de pROMOçÕeSCom a atuação determinante da enti-

dade, especialmente em âmbito judicial, algumas importantes alterações estão sendo implementadas na Lei de Promo-ções, buscando transparência, impesso-alidade, meritocracia e assegurar o má-ximo acesso à carreira. Note o associado que a ASOFBM não pretende adentrar ao fulcro dos atos administrativos que de-vem ser preparados pelo Comando da Bri-gada Militar e praticados pelo Governador do Estado. As linhas mestras, aquilo que converge com os princípios da adminis-tração e se encontram consagrados no texto constitucional assegurando segu-rança jurídica em favor, não só da catego-ria, mas em perfeito alinhamento com os interesses sociais, fazem parte da nossa vigilância coletiva, todavia mesmo reco-nhecendo que individualmente um ou outro Oficial possa não ter recebido a jus-ta avaliação – a entidade de classe ofere-ce toda a sustentação jurídica adequada, com banca de advogados à disposição – mas não encontra legitimidade para ação coletiva, senão quando o todo é afetado.

As alterações propostas pelo Co-mando sofreram modificações perti-nentes sugeridas pelo quadro social (que recebeu tratamento científico, le-vando em consideração a coleta e aná-lise de dados na forma como conheci-da na metodologia científica). O que foi realizado visando o não prejuízo ao 1º certame de 2015 e ainda não promover alterações na Lei 10.990 de 1997, vez que não percebemos o cenário político como propício a discussão do nosso Estatuto da Brigada Militar.

Outras legislações que se propõem a aperfeiçoar estrutura e carreira estão à disposição do Governo e do Comando, fruto de esforço de construção no atual momento nacional e, especialmente es-tadual em que certamente o leitor reco-nhece como extremamente delicado e de limitações sócio-financeiras.

É a ASOFBM produzindo uma “Pauta Positivo-Propositiva” em favor da Car-reira do Nível Superior, do Rio Grande e do Brasil.

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Nesta edição, conversamos com os oficiais de diversas regiões do Rio Gran-de do Sul, com o objetivo de comprovar a influência de um Oficial da Brigada Militar no local em que atua e como isso pode ser contabilizado em favor da CNS. Os depoimentos mostram a abrangên-cia e a responsabilidade destes homens que exercem, além de seus compromis-sos habituais, a responsabilidade de se-rem formadores de opinião.

quAl A iMpORtâNciA dA pARticipA-çãO ASSOciAtiVA?

Maj Soligo: A participação associativa é de extrema importância, pois só assim podemos reivindicar nossos anseios.

Maj Zambonato: Sem dúvida nenhu-ma que a participação associativa tem sido fundamental para que pudésse-mos avançar muito enquanto categoria de Oficiais da BM do Nível Superior. Devi-do às vedações constitucionais impos-tas aos policiais militares, a associação tem a legitimidade e o poder de ser a porta-voz da oficialidade. Sua missão vai muito além de ser somente uma mera defensora dos direitos, mas sim de aglutinar o pensamento e permitir que possamos agir de forma unificada, orga-nizada e forte na expressão dos nossos projetos e visão de Estado.

Maj Aguiar: A importância da partici-pação associativa é fundamental nos dias de hoje, pois é um mecanismo de-mocrático e legal que representa uma categoria. Uma voz uníssona e forte. Mas só será forte se os associados acre-ditarem na sua força.

ten cel Ribas: A participação associa-tiva é importante, pois através das asso-ciações as pessoas congregam esfor-ços e interesses na busca de melhorias para a sua carreira profissional.

ten cel trevisan: As práticas as-sociativas da sociedade brasileira ganharam especial relevo diante do processo de mobilização e de nego-

C O M A P A L A V R A O S ó C I O

A iMpORtâNciA dO eNVOlViMeNtO dOS OficiAiS eM SuAS RegiÕeSparticipativa”, cujo princípio de admi-nistração é a descentralização das ações governamentais e o alargamen-to do processo decisório, essa dimen-são política do associativismo parece não predominar em relação às demais formas de associação baseadas no clientelismo, no assistencialismo e na instrumentalização da participa-ção. A ASOFBM não poderia, de forma alguma, estar de fora desse processo. Vivemos momentos de muitas incer-tezas, e a união, a camaradagem, o respeito aos nossos pares e dirigentes serão os grandes balizadores do nos-so futuro. Os Oficiais que fazem parte do “Grupo Golfinho”, no Litoral Norte, depositam integral confiança em nos-sa associação de classe, ansiosos e esperançosos do diálogo permanente na busca e no fortalecimento de nos-sas reivindicações.

quANtAS peSSOAS O SeNhOR iN-flueNciA NA SuA RegiãO?

Maj Soligo: Em minha área de atua-ção, tenho a possibilidade de trabalhar com cerca de 100 mil pessoas.

Maj Zambonato: É difícil falar em nú-meros, mas devido a ter sido candidato em duas eleições e ter feito 9.375 votos na primeira e 19.133 votos na segunda, acredito que já possa ter criado uma rede de simpatizantes.

Maj Aguiar: O Oficial no interior do Estado representa e influência muito mais do que imaginamos. Ele vive uma região, participa nos momentos bons e ruins. Interage e por isso passa a ser re-ferência. Enaltece a imagem da Corpora-ção com atitudes positivas, assim como sem dúvida, prejudica a imagem, caso desvirtue das condutas legais.

ten cel Ribas: É difícil mensurar em números, pois me envolvo com ativida-des diversas da minha profissão. Cito como exemplo a coordenação do PPC na região, Presidente da Comissão da Feira

ciação dos movimentos sociais da década de 1980, especialmente em algumas regiões do País, que conferi-riam à sociedade civil uma expressiva densidade associativa embebida no ideário de luta por direitos e cidadania. As práticas reivindicatórias dos movi-mentos sociais que escapavam aos esquemas tradicionais de clientelismo político imporiam uma nova dimensão à ação associativa – a dimensão po-lítica –, aquela que remete a práticas políticas mais complexas e universais. Passadas duas décadas da criação de espaços públicos de participação, característicos da chamada “gestão

Major QoeM jaiMe roBerto soligo Filho – coManDante Do 35º BpM, localizaDo eM cachoeira Do sul

Major QoeM carlos alBerto c. De aguiar júnior – suBcoManDante Do 39°BpM – palMeira Das Missões

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A iMpORtâNciA dO eNVOlViMeNtO dOS OficiAiS eM SuAS RegiÕeSNacional da Soja, como Secretário Exe-cutivo do Gabinete de Gestão Integrada Municipal de Santa Rosa, entre outros.

quANtAS e quAiS AutORidAdeS que iNflueNciA NA SuA RegiãO?

Maj Soligo: Autoridades do poder judi-ciário estadual (4 Juízes, 4 promotores e 2 defensores), judiciário federal (1 juiz e 1 Procurador da República).

Maj Zambonato: O fato de ter passado pela Casa Militar, Secretaria da Seguran-ça Pública e estar desde 2011 na AL/RS e ter servido nas unidades da Brigada Militar de Erechim e Passo Fundo, aca-bou criando uma grande capilaridade de relações com a classe política e lide-ranças da sociedade das mais variadas áreas.

Maj Aguiar: Há influência geral na área de um Batalhão. Os Oficiais que se desta-cam passam sua influência de liderança e de líder de uma instituição respeitada para todos os órgãos públicos nos níveis federais, estaduais e municipais.

teM AlguM pROjetO cOM AlguMA AutORidAde de SuA RegiãO?

Maj Soligo: O Batalhão possui projetos junto ao Judiciário estadual através dos recursos do Juiz Especial Criminal (JE-crim) para melhorias das instalações do Quartel (Sede do Batalhão) e auxílio ao PROERD.

Maj Zambonato: Sim, juntamente com a classe política e lideranças da sociedade estamos atacando em duas frentes, a viabilidade de Passo Fundo ser contemplada com uma base da aviação da Brigada militar e a retomada do pro-jeto da construção de um novo presídio regional de Passo Fundo.

Maj Aguiar: tivemos a honra de inves-tir em um grande projeto chamado todos na Escola, por meio do qual levamos Edu-cação e cidadania para as Escolas, proje-to este premiado pela instituição e alvo de minha monografia no CAAPM 2012.

Participaram Poder Judiciário. MP, Polícia Civil, Prefeituras e órgãos privados.

teNS AlguMA pARticipAçãO NA Mí-diA? quAl? cOM que fRequêNciA? eM quAl cidAde?

Maj Soligo: Sim, em torno de 15 em 15 dias, na Cidade de Cachoeira do Sul (Rá-dio Fandango), com audiência regional; Mídia escrita (Jornais).

Maj Zambonato: Somente quando con-tatado. Escrevo para os jornais Diário da Manhã e O Nacional. também para as rá-dios de Passo Fundo, Erechim e da região.

Maj Aguiar: Sou colunista do Jornal Folha de Noroeste de Frederico Wes-tphalen, com uma coluna semanal nas sextas-feiras. Circula em uma região de mais de 300 mil pessoas. tínhamos, até ano passado, um programa de Segu-rança Pública na Rádio Luz e Alegria AM 1160, todas as sextas-feiras.

ten cel Ribas: Sim, escrevo para o Jor-nal O Noroeste, eventualmente, dando prioridade a matérias relacionadas com as atividades que desempenho. Participo junto a Rádio Noroeste de Santa Rosa, Mais FM de Horizontina e Cidade Canção de três de Maio, de forma eventual tra-tando dos assuntos profissionais.

pARticipA de eVeNtOS NA RegiãO Ou cOMO pAleStRANte?

Maj Soligo: Sim. Sindilojas, CDL e em-presas da cidade.

Maj Zambonato: Participo da maioria dos eventos da região, às vezes como palestrante.

Maj Aguiar: Sim, sempre participa-mos como palestrantes em escolas e para professores sobre cidadania, pre-venção às drogas e violência.

ten cel Ribas: Sim, participo dos eventos organizados pela sociedade civil como representante, e algumas vezes sou convidado a palestrar sobre temas como meio ambiente e relaciona-dos à família.

ten cel vlaDiMir riBascoManDante Do 4°BpaF – santa rosa

ten cel rr josé carlos trevisan – grupo golFinho – litoral norte

Major evanDro egíDio zaMBonato, passo FunDo

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J U R Í D I C O

O escritório Coelho Silva e Centeno Advogados tem suas raízes na vivên-cia profi ssional e nos valores compar-tilhados há mais de dez anos por seus sócios Fernando Coelho Silva e Nicola Streliaev Centeno, na busca do melhor atendimento para seus clientes.

Inspirado pela trajetória do pai, o procurador aposentado Roberto Ge-raldo Coelho Silva, ao lado de quem iniciou a carreira profi ssional em 1985, Fernando Coelho Silva exerce, desde então, o cotidiano da advoca-cia pautado pela preocupação com o atendimento efi ciente e personaliza-do de seus clientes. É conhecido, ain-da, pela longa carreira na docência universitária, tendo formado suces-sivas turmas de alunos na disciplina de Direito Empresarial na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), ministrada por mais de 25 anos.

Partilhando dessa visão da ativi-dade profi ssional do advogado como um elemento-chave para êxito dos negócios de seus clientes, em 2001, o advogado Nicola Streliaev Centeno, egresso dos estudos junto à Univer-

eScRitóRiO cOelhO SilVA e ceNteNO AdVOgAdOS AteNde ASSOciAdOS

sidade Federal de Pelotas (UFPel) e diplomado pela Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul (AJURIS), iniciou com o sócio Fernan-do, uma bem-sucedida e prolongada colaboração profi ssional.

Coelho Silva e Centeno Advogados é um escritório com forte atuação na advocacia, que reúne sólidas traje-tórias profi ssionais. É composto por uma equipe motivada e comprometi-da com a geração de resultados por meio de uma visão sistêmica das ne-cessidades dos seus clientes.

Sua equipe conta com profi ssio-

toDas as Quartas-

Feiras, o aDvogaDo

Do escritório estÁ

À Disposição Dos

associaDos na asoFBM

nais qualifi cados e experientes nas áreas de Direito Empresarial, Civil, tri-butário, Administrativo, Direito do tra-balho e Direito Coletivo do trabalho, Família e Sucessões, bem como com uma rede de parceiros estratégicos capazes de gerar valor e proporcionar êxito aos negócios de seus clientes.

Ao assumir o atendimento dos sócios da ASOFBM a equipe procura pautar o seu agir não somente de for-ma a atacar os problemas pontuais dos sócios, mas também oferecendo soluções jurídicas que possam ser do interesse à vida cotidiana de todos.

Por fi m, ao assumir a defesa, a equi-pe já depara-se com uma situação importante na realidade da Associa-ção. Momento de instabilidade da ca-tegoria, pois pretendia o Governador iniciar o parcelamento dos salários, o que atingiria em cheio a totalidade dos sócios. Porém, em ação rápida, a ASO-FBM foi a primeira entidade a ajuizar o Mandado de Segurança Preventivo. Em um primeiro momento, a liminar foi negada, mas em Agravo Regimen-tal para o órgão Especial do tribunal Pleno do tJRS, teve-se a satisfação de ver provido o recurso. A ASOFBM, atra-vés do escritório Coelho Silva e Cente-no Advogados é a primeira entidade a conseguir um julgamento no tribunal Pleno, o que certamente fortalece a nossa posição.

Os Ofi ciais sócios da ASOFBM po-derão sempre contar com o escritório Coelho Silva e Centeno Advogados na defesa de seus interesses.

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S I C R E D I

A Sicredi Mil – Instituição Cooperativa de Crédito dos Militares Estaduais do RS, realizou, no último dia 31 de março, a sua 16ª As-sembleia Geral Ordinária (AGO). O evento foi realizado na sede da Associação Benefi cente Antônio Mendes Filho (ABAMF), propician-do que os associados que lá compareceram pudessem conhecer a nova Unidade Sicredi Mil, inaugurada em novembro do ano pas-sado. Na Assembleia, os associados presentes puderam apreciar o balanço de 2014, além de tomar conhecimento das realizações por meio do relatório apresentado pela administração da Coopera-tiva. também foi eleita a nova diretoria e o Conselho de Administra-ção para os próximos quatro anos, que fi caram assim constituí dos Presidente: ten Cel RR Rudy da Silva Martins, vice-presidente ten Cel RR Luiz Antônio Fouchi de Leon, Conselheiros Maj Cleber Ro-drigues dos Santos, Cel RR Hildebrando Antônio Sanfelice, Cel RR Carlos Frederico Azevedo Hirsch e Cel RR Jarbas Rogério Carvalho Vanin. Como conselheiros suplentes, foram eleitos o ten Cel QOEM Rogério Augusto Paese, Maj QOEM Marcelo Pinto Specht, Cel QOEM João Diniz Prates Godoi e Cap QOEM Hermes Volker.

Um dos pontos mais importantes, além dos temas anteriores, foi a decisão do colegiado sobre a forma de distribuição dos re-sultados da cooperativa. Como em anos anteriores, a AGO deci-diu sobre os percentuais de distribuição dos recursos na conta corrente (60%) e na conta de capital (40%) de cada associado. Escolher a Sicredi Mil para fazer suas operações fi nanceiras, mo-vimentar seus salários, seguros, cartões de crédito, etc. É mais do que uma decisão inteligente, é um investimento e, principal-mente, uma fonte adicional de renda.

SicRedi Mil ReAliZA ASSeMBleiA

Esta peça contém informações gerais e indicativas. Os direitos e as obrigações das partes estão definidos na proposta e nas condições gerais do seguro. Seguro Residencial garantido por MAPFRE Seguros Gerais S.A., CNPJ 61.074.175/0001- 38, processo SUSEP n° 15414.004192/2004-71 (de acordo com a apólice contratada). A MAPFRE Seguros Gerais S.A. é proprietária de Títulos de Capitalização emitidos pela MAPFRE Capitalização, CNPJ 09.382.998/0001-00, processo SUSEP nº 15.414.000961/2008-95. O registro destes planos na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. Seguros intermediados por Corretora de Seguros Sicredi Ltda., CNPJ 04.026.752/0001-82, registro SUSEP nº 10.0412376. SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.

Sicredi Seguro Residencial

Corretora de Seguros Sicredi

associaDos FicaM por Dentro Das ações Do sicreDi

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pOR MAuRíciO pARABONi detONi

Os legisladores romanos ao criarem o brocardo ubi societas ibi jus, afirmaram a impossibilidade de existência de uma sociedade minimamente civilizada sem um conjunto de regras de comporta-mento, expressadas através dos pos-tulados do direito. O homem é um ser gregário, não pode viver senão em so-ciedade. Logo, fez-se necessário a exis-tência de um poder a fim de disciplinar e restringir as condutas humanas, sob pena de instalar-se o caos.

Assim, o Estado dividiu funcional-mente seu poder (executivo, legislati-vo e judiciário) e, através do direito, o limitou e disciplinou. Hodiernamente, no âmbito do executivo, incumbe às Policias Militares, através da atividade de polícia ostensiva, a importante ta-refa de preservar a ordem pública. Por sua vez, no tocante ao Judiciário, é re-servado o poder jurisdicional, sempre com a finalidade de dirimir os confli-tos de interesses, sendo na esfera pe-nal, oriundo de um direito subjetivo de punir do Estado em razão da violação das normas penais existentes.

A razão em acima mencionar ape-nas essas duas Instituições deve-se ao fato de uma posicionar-se no elo inicial da persecução penal e a outra, responsável pelo jus puniendi do Esta-do, através do processo penal. Como é sabido, o caminho percorrido pelo Es-

tado para que seja aplicada uma pena àquele que cometeu uma infração penal, permitindo, posteriormente, o retorno ao convívio social, chama-se persecução penal, consubstanciando--se em cinco fases:

a.Cominação legal;b.Investigação preliminar;c. Instrução criminal;d. Execução penal;e. Reabilitação criminal.A persecução penal no Brasil apre-

senta-se semelhante a uma “roda qua-drada”, ou seja, algo que funciona aos tombos, ineficaz, pois todo o aparato estatal destinado a infligir uma punição ao cidadão que comete um delito acaba se retroalimentando, gerando cada vez mais insegurança à população e gastos para o Estado. Em consequência, o le-gislador pátrio trouxe ao ordenamento jurídico uma ferramenta para diminuir a cifra de quase 200 mil presos provisó-rios no Brasil, na tentativa de reservar as casas prisionais exclusivamente aos sentenciados em definitivo ou àque-les em que é indispensável a prisão cautelar. tratam-se das medidas cau-telares pessoais, inseridas pela Lei n.º 12.403/11, homenageando o princípio da presunção de inocência e o princípio da liberdade.

Como é sabido, a prisão no curso do processo é um mal necessário, pois corre-se o risco de privação de liberda-de de um inocente, logo deve ser relega-

A R t I G O

A pOlíciA MilitAR cOMO óRgãO eSSeNciAl pARA A efetiVidAde dAS MedidAS cAutelAReS peSSOAiS

da a situações extremas, ultima ratio. A partir deste novo cenário, o magistrado possui um iter gradual entre a liberdade e a prisão processual, podendo esta-belecer uma série de medidas a fim de tutelar os bens jurídicos do processo, jamais como antecipação de pena, ten-do como balizador o art. 282 do CPP. Por sua vez no art. 319, incisos I a IX, do CPP, são elencadas nove medidas cautela-res alternativas à prisão, com destaque às seguintes:

a. Proibição de acesso ou de frequên cia a determinados lugares;

b. Proibição de manter contato com pessoa determinada;

c. Proibição de ausentar-se da co-marca;

d. Recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga;

e. Monitoramento eletrônico.Porém, cabe a indagação: na prá-

tica, quem fiscalizará tais medidas, a fim de possibilitar a aplicação por parte do magistrado, garantido a efe-tividade do sistema?

Nesse ponto, reside a contribuição do presente texto. trazer a baila possi-bilidade de colaboração efetiva da Po-lícia Militar para alcançar o fim propos-to quando da decretação das medidas cautelares ao indiciado ou acusado.

As Polícias Militares são as únicas Instituições de Estado presentes em praticamente todos as cidades do país, em operação 24 horas por

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dia, sete dias por semana. Acresce--se a isso a unidade de comando, hierarquia e disciplina ungidas pelo sistema militar, propiciando uma real possibilidade de coordenação nacio-nal de todos aqueles indiciados ou acusados restringidos por alguma medida cautelar.

Assim, extrai-se uma fórmula quase perfeita para garantir ao magistrado que as medidas cautelares decretadas terão a devida fiscalização, possibili-tando, por via de consequência, o es-vaziamento do sistema penitenciário brasileiro, uma vez que terá segurança que a medida alcançará o fim proposto, pois efetivamente fiscalizada.

Porém, o leitor mais atento deve estar se perguntando, por que fórmula QUASE perfeita? Porque na atual condição de investimentos destinado às Polícias Mi-litares, não há possibilidade alguma de repassar essa nova e importante atri-buição à Milícia de tiradentes.

É ilusório imaginar, mesmo em comarcas de menor porte, que o ma-gistrado, ao oficiar à Polícia Militar informando as medidas cautelares impostas, haverá uma efetiva fiscali-zação. Há ainda aqueles que sugerem que a Polícia Militar vá de porta em porta, numa típica atividade delivery, verificar o cumprimento das medidas cautelares impostas. Ora, operacio-nalmente inimaginável, pois assim desvirtuada estaria a atribuição prin-cipal da Polícia Militar de exercer a pre-venção e repressão penal imediata, já que estaria realizando visitas aos milhares de indiciados ou acusados sujeitos às medidas cautelares.

Logo, devem ser vencidos empiris-mos e práticas que não colaborarão para a eficiência desse importante sis-tema de medidas cautelares pessoais. Primeiramente, deve-se realizar um termo de Cooperação entre o Conselho Nacional de Justiça - CNJ (art. 103-B, §4º, da CF), Ministério da Justiça, atra-

Maurício paraBoni Detoni é

capitão Da BrigaDa Militar

e proFessor De processo

penal na unc – concórDia/

sc. Mestre eM eDucação – upF,

especialista eM segurança

púBlica – pucrs, especialista

eM Direito púBlico – uri.

vés da Secretaria Nacional de Seguran-ça Pública (SENASP), no qual todas as Polícias Militares que aderissem ao pre-sente termo, passariam a integrar um Sistema Nacional de Fiscalização das Medidas Cautelares.

Uma vez concretizadas as primei-ras ações, dotar-se-iam o Poder Judi-ciário e as Instituições Policiais Milita-res de aplicativos informatizados que permitissem o lançamento e a consul-ta das medidas cautelares decretadas em desfavor do indiciado ou acusado, em caráter nacional, bem como recur-sos tecnológicos para operacionalizar toda espécie consultiva em tempo real na própria viatura policial, agili-zando a prestação do serviço.

Ainda, haveria necessidade de aporte de recursos financeiros para a criação de Centros de Monitoramento Eletrônico junto aos Batalhões de Po-lícia Militar, onde todos os indiciados ou acusados das comarcas que fazem parte da área de ação do respectivo órgão Policial Militar ficariam monito-rados junto aos Centros, possibilitan-do fiscalização imediata, bem como trabalho integrado com as Agências de Inteligência da Polícia Militar.

Medidas dessa robustez e complexi-dade, sem medo de errar, garantiriam pleno êxito às ações fiscalizatórias, alcançando o fim proposto quando da decretação da medida cautelar (dimi-nuir o risco de fuga, garantia da prova e evitar a prática de infrações penais), nos termos do art. 282, I, do CPP.

Por fim, inadmissível o status quo, em que, muitas vezes, o magistrado “lava as mãos” remetendo ofícios à Policia Militar para fiscalizar as medi-das cautelares. Conforme já asseve-rado, é ilusório imaginar a efetividade desta prática, faz-se necessário um trabalho integrado, sistêmico, fruto de cooperação em nível nacional entre Ministério da Justiça, CNJ e Polícias Militares.

pOR eliAS MileR dA SilVA

A Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais – FENEME, criada no dia 14 de dezembro de 2006, é uma instituição com representativida-de nacional, devidamente instituída nos termos da legislação e do ordenamento jurídico brasileiro, congrega mais de 34 entidades de Oficiais Militares Estaduais – Polícias Militares e Corpos de Bombei-ros Militares Estaduais e do Distrito Fede-ral – com cerca de 33.000 (trinta e três mil) Oficiais associados, que tem como objetivos fundamentais, dentre outros, o de exercer a representação dos seus entes federados junto aos Poderes da União, de congregar seus representados, estimulando a defesa dos seus interes-ses, e o de promover o desenvolvimento e a defesa institucional das Instituições Militares dos Estados e do Distrito Federal e de seus Oficiais.

A ideia da criação da Entidade ocorreu no Estado de Santa Catarina, durante a realização do III Encontro Nacional de Entidade de Oficiais Militares Estaduais – ENEME. Nesta ocasião, foi iniciada a discussão e viabilização da proposta de criação da Federação Brasileira das En-tidades de Militares Estaduais, sendo os trabalhos conduzidos pelos então ten Cel PMSC Marlon Jorge teza, Presidente da ACORS, e pelo ten Cel BMRS Altair de Frei-tas Cunha, Presidente da ASOFBM.

Nesta linha de representação política dos oficiais militares estaduais e do Dis-trito Federal, teríamos que fazer menção a tantos veteranos de todos os estados, mas, neste momento, desejamos fazer menção a memória do saudoso Cel Bono, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que sempre lutou para a criação de enti-dades locais e nacionais, inclusive tendo contribuído para a criação da AMEBRASIL e do CNCG, Conselho de Comandantes Gerais. tendo terminado a sua carreira neste mundo lutando no Congresso Na-

A iMpORtâNciA dA RepReSeNtAçãO dOS OficiAiS MilitAReS pelA feNeMe

A R t I G O

cional pelas Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares do Brasil.

A partir da Constituição Cidadã de 1988, tivemos os fundamentos do Estado De-mocrático, e uma das formas de repre-sentação popular é o associativismo, que é uma maneira nobre de afirmar valores e viver a cidadania plena, zelando pela ética profissional, cuidar dos interesses dos profissionais associados, promover a cidadania, defender a vida, o patrimônio e a liberdade da sociedade. As Entidades são criadas por idealizadores de um mun-do melhor, pessoas que acreditam que a valorização profissional é possível e que muito podem contribuir com a qualidade de vida dos associados e da sociedade beneficiária da prestação de serviço.

Em um mundo que convida cada vez mais à individualidade, onde mais pes-

soas são levadas a viver cada um por si, é, sem dúvida, um ato de coragem e de grande dignidade humana o papel que assumem os dirigentes associati-vos que, pelo seu trabalho voluntário, contribuem para manter vivos estes espaços culturais e de solidariedade profissional e social.

A FENEME foi criada com base nesses ideais e desempenha o seu papel em ní-vel local por meio das entidades filiadas, em nível nacional, junto aos Poderes Constituídos (Executivo – Ministérios; Legislativo - Congresso Nacional; Judici-ário – Supremo e tribunais Superiores).

No Poder Executivo, tem representa-ção no Conselho Nacional de Seguran-ça Pública, órgão fiscalizador e de as-sessoramento do Ministro da Justiça, participa de comissões que deliberam sobre assuntos de interesse dos mili-tares estaduais/DF.

No Poder Judiciário, atua como ami-cus curiae ou ingressando com Ações Diretas de Inconstitucionalidade, em especial as leis que violam direitos dos associados ou afetam a competência constitucional das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares.

No Poder Legislativo, atua apresen-tando e acompanhando todas as pro-posições de interesse da classe, par-ticipando de audiências públicas, dos debates nas comissões ou no plenário, apresentando emendas e subsídio para elaboração dos pareceres.

A FENEME não atingiu a adolescência, mas já é reconhecida e respeitada pelos representantes dos Poderes Constituídos e pelas demais entidades de classes, e o seu fortalecimento e das demais enti-dades representativas dos militares vem em benefício não somente dos seus as-sociados, mas da consolidação do Estado Democrático de Direito e da defesa dos direitos fundamentais do povo brasileiro numa área essencial e vital como a segu-rança pública.

cel rr pM sp elias Miler Da silva é

Diretor De assuntos parlaMentares

e aDvogaDo Da FeneMe. Bacharel eM

segurança e orDeM púBlica, eM Direito

e eM peDagogia. MestraDo Militar

(pM/unB) e DoutoraDo Militar

(pM/ucB). aléM De proFessor De

graDuação e pós-graDuação – Direito

constitucional, De curso preparatório

para carreira juríDica e especialista

eM processo legislativo

o cel rr pM sp elias Miler Da silva é presença conFirMaDa na aBertura Da age