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O USO DO ÍNDICE DE ANOMALIA DE CHUVA (IAC) PARA ANALISAR NOMALIAS DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO
OESTE GOIANO
Washington Silva Alves Doutorando em Geografia UFG/REJ, Docente da UEG-Campus de Iporá
Valdir Specian Doutorando em Geografia UFG/REJ, Docente da UEG-Campus de Iporá
Thiago Rocha Doutorando em Geografia UFG/REJ
Resumo
Estudar a variabilidade das chuvas e compreender o seu ritmo sobre uma determinada região é muito importe, pois é um elemento fundamental para o planejamento agrícola, urbano, rural, ambiental e na gestão dos recursos hídricos. Sua variação no tempo, no espaço e suas anomalias tem provocado problemas na produção agrícola, para a geração de energia hidroelétrica e para o abastecimento de água em várias regiões do Brasil, inclusive na região do estado de Goiás denominada de Oeste Goiano, conforme foi noticiado em jornais impressos e online do estado de Goiás. Para estudos que fundamentaram esta pesquisa foram: Marcuzo e Goulart (2012) que estudaram o IAC no estado do Tocatins; Gross (2015), que aplicou o IAC para os municípios do estado do Rio Grande do Sul, afetados pela seca de 2011/2012; Fonseca (2016) que aplicou para a cidade Blumenal-SC e Costa e Silva (2017) que estudaram a variabilidade e as anomalias das chuvas no estado do Ceará por meio da aplicação do IAC. O objetivo desta pesquisa consistiu em identificar as anomalias de chuva na região de planejamento do estado de Goiás, Oeste Goiano, por meio da aplicação do Índice de Anomalia de Chuva - IAC. Este índice foi aplicado para sete localidades desta região e a série histórica dos dados de chuva, utilizada para análise foi de 1980 a 2014, totalizando 35 anos. Os dados de chuva foram obtidos junto a Agência Nacional de Águas – ANA. Estes dados foram organizados em planilhas de cálculo do Microsoft Excel e também foi aplicada a estatística descritiva para obter informações sobre medidas de tendência central e dispersão. Para o preenchimento das falhas dos dados de chuva foram utilizados dados do posto vizinho mais próximo, conforme foi sugerido por Franceschine (2016), pois dessa maneira não se trabalha com dados simulados por procedimentos estatísticos e sim com dados reais. Os resultados demonstraram que as médias anuais de precipitação pluviométrica, no Oeste Goiano, variaram entre 1.415,9 mm registrados em Britânia (P1), ao norte e 1.644,5 mm em Iporá (P6), localizada no centro da Região. Com relação ao desvio padrão os menores desvios de chuva foram registrados no posto pluviométrico de Iporá (274,4 mm) e os maiores valores no posto pluviométrico de Caiapônia (528,4 mm), localizada ao sul da região. Em todos os postos a maioria dos anos da série histórica analisada apresentaram anomalias negativas, com destaque para Caiapônia que 68,5% dos anos apresentaram anomalias negativas e para Turvânia que 48,6% dos anos registraram anomalias positivas. Palavras chave: Chuva, Variação, Anomalias
Introdução
A compreensão da distribuição espacial e as irregularidades dos elementos
climáticos no tempo são relevantes, não apenas do ponto de vista climáticos, mas
segundo Baldo (2006) principalmente devido sua relação com o desconforto térmico
em áreas urbanas, com os problemas de ordem econômica oriundos da produção
agrícola, do abastecimento de água e da geração de energia hidroelétrica.
Nesta perspectiva, estudos tem sido desenvolvido com o intuito em aplicar o
Índice de Anomalia de Chuva – IAC como uma ferramenta para analisar as
anomalias da precipitação pluviométrica em vários municípios e regiões do Brasil.
Segundo Gross (2015), o IAC foi proposto por Roy (1965) e incorpora um
procedimento de classificação para ordenar magnitudes de anomalias de
precipitações positivas e negativas, ou seja, anos excessivamente secos ou
chuvosos. Portanto, possibilita identificar a tendência da precipitação para o
município ou região analisada. Ainda conforme Gross (2015, p. 32),
Esse índice é considerado muito simples, dada a sua facilidade de procedimento computacional, que consiste da determinação de anomalias extremas. O IAC é calculado na escala de tempo semanal, mensal ou anual. A escolha da escala de tempo é feita com base na distribuição da precipitação.
Marcuzzo e Goularte (2012) analisaram a variação do IAC da precipitação
pluvial no estado de Tocantins. Os resultados revelaram que para o período de
estudo de 30 anos (1977 a 2006) houve maior número de anos secos do que de
anos úmidos, ou melhor, houve uma tendência de diminuição das chuvas no estado
do Tocantins para o período estudado.
Gross (2015) analisou as relações entre os decretos de situação de
emergência e o Índice de Anomalia de Chuva (IAC) nos municípios do estado do Rio
Grande do Sul afetados pelas estiagens no período de 1991 a 2012. Os resultados
demonstraram que a maioria dos decretos de situação de emergência avaliados
foram registrados após três meses consecutivos de estiagem com intensidades
variando de suave a moderada, e que os eventos de estiagem ocorreram em sua
maioria no setor oeste do estado, principalmente nas estações do verão, outono e
inverno.
Costa e Silva (2017) estudaram a variabilidade e os extremos de chuvas no
estado do Ceará utilizando o IAC. Os resultados demonstraram que na maioria dos
anos de El Niño foi verificado o regime seco para quase todo estado do Ceará, já
nos anos de La Niña foram verificadas anomalias positivas de chuva para extensão
de quase todo estado.
Neste sentido, o objetivo desta pesquisa consistiu em identificar as anomalias
anuais da precipitação pluviométrica na Região de Planejamento do Estado de
Goiás; denominada de Oeste Goiano. Acredita-se que os resultados obtidos
poderão servir de subsídios para o planejamento agrícola e a gestão dos recursos
hídricos na região.
Caracterização da área de estudo
A região de planejamento do Estado de Goiás denominada Oeste Goiano,
localizada entre as coordenadas geográficas 14º 30’ 00” e 17º 30’ 00” Sul / 49º 30’
00” e 53º 00’ 00” Oeste, constituída por 43 municípios (Figura 1), que segundo o IMB
(2015) – Instituto Mauro Borges, possuem sua economia baseada na agricultura, na
pecuária (de corte e leiteira) e no agronegócio.
Figura 1 – Localização da região de planejamento do estado de Goiás Oeste Goiano
Fonte: Sistema Estadual de Geoinformação – SIEG (2017)
Elaboração: Os autores (2019)
A região é drenada por importantes bacias hidrográficas (Rio Caiapó, Rio
Claro e Rio Vermelho), que pertencem a bacia do rio Araguaia-Tocantins. A partir
dos anos 2000 o Oeste Goiano tem sido alvo de investimentos particulares voltados
para construção de empreendimentos hidrelétricos, mais precisamente Pequenas
Centrais Hidrelétricas – PCHs. Também tem se tornado uma área de expansão para
a produção agrícola (soja, milho e cana de açúcar).
Materiais e Procedimentos Metodológicos
Inicialmente, foi acessado o portal Hidroweb, da Agência Nacional de Águas –
ANA para identificar os postos pluviométricos existentes na Região. Foram
encontrados 18 (dezoito) postos pluviométricos com série histórica superior a 30
anos. Entretanto, para este estudo, optou-se por utilizar informações de 07 (sete)
postos (Quadro 1), durante o período de (1980 a 2014), por apresentarem série de
dados mais concisas.
Quadro 1 – Postos pluviométricos utilizados no estudo
Nº Nome Município Cód. do posto
Latitude
Longitude
Altitude
1 Britânia Britânia-GO 01551000 481992 8315076 297
2 Itapirapuã Itapirapuã-GO 01550000 540979 8250864 343
3 Montes Claros
de Goiás Montes Claros de Goiás-GO
01551001 458852 8231536 400
4 Turvânia Turvânia-GO 01650003 592745 8162366 700
5 Peres do
Aragarças Aragarças-GO 01551002 367495 8242198 299
6 Iporá Iporá-GO 01651001 492426 8182476 602
7 Caiapônia Caiapônia-GO 01651000 412918 8124040 713 Fonte: ANA (2018)
Organização: Os autores (2018)
Em seguida foi organizado o banco de dados e realizado o preenchimento
das falhas com informações do posto vizinho mais próximo. Para identificar as
anomalias anuais de chuva, foi aplicado o IAC proposto por Rooy (1965), expresso
pelas equações seguintes.
𝐼𝐴𝐶 = 3(𝑁 − �̅�)/(�̅� − �̅�) (1) para anomalias positiva e,
𝐼𝐴𝐶 = −3(𝑁 − �̅�)/(�̅� − �̅�) (2) para anomalias negativas.
Onde 𝑁 corresponde a precipitação total (mm) do ano que está sendo
analisado o IAC; �̅� corresponde à média de toda a série histórica analisada; �̅�
corresponde à média das dez maiores precipitações do ano que está sendo
analisado e; �̅� corresponde à média das dez menores precipitações do ano que está
sendo analisado.
Para identificar a intensidade das anomalias positivas e negativas foi adotada
a tabela de referência utilizada por Gross et al. (2012). Nesta tabela, os valores
obtidos pelo IAC foram ordenados em faixas e cada faixa expressa uma classe de
intensidade (Tabela 1).
Tabela 1 – Classes de intensidade do índice de anomalia de chuvas
Índice de Anomalia de Chuva
Faixa do IAC Classe de Intensidade
≥ 4,1 Extremamente úmido
2,1 a 4 Muito úmido
0 a 2 Úmido
-0,1 a -2 Seco
-2,1 a -4 Muito seco
≤ −4,1 Extremamente seco Fonte: Gross et al. (2012)
Os resultados da aplicação do IAC, para cada posto pluviométrico escolhido
para análise, foram organizados em planilhas de cálculo e representados em
gráficos para apresentação nos resultados.
Resultados e discussões
Os resultados demonstraram que em Britânia, 13 anos apresentaram
anomalias positivas e 22 anomalias negativas. O maior valor de anomalia positiva foi
registrado no ano de 1980 (7,4) e indica que este ano foi extremamente úmido,
conforme a tabela de referência do IAC. O maior valor de anomalia negativa foi
registrado no ano de 1993 (-4,7) e foi classificado como o um ano extremamente
seco. (Figura 2).
Figura 2 - IAC para Britânia entre o período de 1980 a 2014
Fonte: Os autores (2019)
No posto de Itapirapuã, em 15 anos da série histórica foram registradas
anomalias positivas e em 20 anos anomalias negativas. O maior valor de anomalia
positiva foi registrado no ano 1983 (6,0) e o maior valor de anomalia negativa foi
encontrado no ano de 1984 (-5,5). (Figura 3).
Figura 3 – IAC para Itapirapuã-GO entre o período de 1980 a 2014
Fonte: Os Autores (2019)
Em Britânia, é importante ressaltar que do ano de 2005 até o final da série
histórica predominou anomalias negativas na precipitação pluviométrica, porém em
Itapirapuã os anos finais da série histórica foram intercalados por anomalias
positivas nos anos de 2011 (0,9), classificado como um ano úmido e 2013 (2,4)
classificado com muito úmido e anomalias negativas nos anos de 2010 (-2,9), 2012
(-2,9) ambos classificados como muito secos e 2014 (-1,8) como seco.
No posto pluviométrico de Montes Claros de Goiás 16 anos registraram
anomalias positivas e 19 anos anomalias negativas. Assim como em Britânia e
Itapirapuã, na maior parte dos anos da série histórica, foram registradas anomalias
negativas nos totais anuais de chuva. Os anos de 1983 e 1993 se destacaram por
registrarem os valores extremos, sendo que em 1983 o total anual de chuva foi de
2237,8 mm. Neste ano também foi registrado a maior anomalia positiva do IAC em
Montes Claros de Goiás (5,1), fato que o classificou o ano de 1983 como um ano
extremamente úmido.
Ao contrário do ano de 1983, em 1993, dez anos depois, foi registrado o
menor total anual de chuva da série histórica 896,3 mm e maior valor de anomalia
negativa do IAC (-4,9), que o classificou como um ano extremamente seco. (Figura
4).
Figura 4 – IAC para Montes Claros de Goiás-GO entre o período de 1980 a 2014
Fonte: Os autores (2019)
Nos anos finais da série histórica, os anos de 2010, 2012 e 2014,
apresentaram anomalias negativas e o ano de 2011 e 2013 anomalias positivas.
Em Turvânia 17 anos registraram anomalias negativas e 18 anos anomalias
positivas, sendo que o maior valor positivo foi registrado no ano de 1983 (7,5) e o
maior valor das anomalias negativas foi encontrado no ano de 2007 (-3,4). (Figura
5).
Figura 5 - IAC para Turvânia-GO entre o período de 1980 a 2014
Fonte: Os autores (2019)
O ano de 1983 foi o mais chuvoso em Turvânia, registrou 2353,8 mm de
chuva acumulada e foi classificado como extremamente úmido. Já o ano de 2007 foi
o mais seco de toda a série histórica, registrou 1135,1 mm de chuva acumulada e foi
classificado como um ano muito seco.
Em Turvânia, entre os últimos anos da série histórica (2010 – 2014), os anos
de 2010 e 2012 registraram anomalias negativas (-2,0) e (-2,3), e as anomalias
positivas foram registradas nos anos de 2011 (0,2), 2013 (0,5) e 2014 (0,6).
Para a cidade de Aragarças-GO foi identificado 24 anos com anomalias
negativas e 11 anos com anomalias positivas. O maior valor de anomalia negativa
foi registrado no ano de 1981 (-4,4) e a maior anomalia positiva no ano de 1983
(7,2). (Figura 6).
Figura 6 - IAC para Aragarças-GO entre o período de 1980 a 2014
Fonte: Os autores (2019)
Esse resultado indica que o ano de 1981 foi o mais seco da série histórica
analisada e registrou 903,0 mm de chuva acumulada. Já o ano de 1983 foi o mais
chuvoso de todo o período analisado e registrou 2078,3 mm de chuva acumulada.
Em Iporá-GO, 23 anos da série histórica apresentaram anomalias negativas e
12 anos anomalias positivas. (Figura 7).
Figura 7 - IAC para Iporá-GO entre o período de 1980 a 2014
Fonte: Os autores (2019)
O maior valor de anomalia negativa foi registrado no ano de 2012 (-4,0) e a
maior anomalia positiva foi encontrada no ano de 1989 (5,4).
Conforme as faixas de classificação do IAC, estes resultados indicam que,
durante os 35 anos da série histórica, o ano de 2012 foi o mais seco e registrou
1185,6 mm de chuva. O ano de 1989 foi o mais úmido e registrou 2272,1 mm de
chuva.
No posto pluviométrico de Caiapônia foram registradas anomalias positivas de
precipitação em 11 anos da série histórica e anomalias negativas em 24 anos.
(Figura 8).
Figura 8 - IAC para Caiapônia-GO entre o período de 1980 a 2014
Fonte: Os autores (2019)
O maior valor de anomalia positiva foi registrado no ano de 2003 (6,7) e o
maior valor de anomalia negativa ocorreu no ano de 2013 (-4,9).
Da mesma forma como ocorreu em Britânia, em Caiapônia do ano de 2005
até o final da série histórica analisada predominou anomalias negativas na
precipitação pluviométrica.
Até o início dos anos 2000 os valores de anomalias negativas não passaram
de -2,5, porém a partir de 2006 houve o aumento das anomalias negativas de chuva.
Este resultado apontou que durante estes anos os totais de chuva acumulada foram
diminuindo e revelou a formação de um período mais seco dentro da série histórica
analisada para Caiapônia como para Britânia.
Considerações finais
Baseado nos resultados apresentados foi possível chegar as seguintes
considerações finais sobre o estudo das anomalias dos totais anuais de chuva no
Oeste Goiano:
a) Nota-se que em todos os pontos amostrais analisados houve uma
tendência da elevação das anomalias negativas de precipitação. Isso
indicou que ouve uma diminuição do volume de chuva precipitado em
cada localidade analisada ao longo da série histórica.
b) O ano de 1983, ano marcado por um El Niño de intensidade muito forte,
foi identificado como extremamente úmido nos postos pluviométricos de
Britânia, Itapirapuã, Montes Claros de Goiás, Turvânia, Aragarças e Iporá.
Isso nos leva a crer que o fenômeno El Niño Oscilação Sul – ENOS
influencia na variabilidade das chuvas na região.
c) Nos postos pluviométricos de Caiapônia, localizada ao sul e Britânia ao
norte da região foi registrado acentuado aumento das anomalias negativas
de chuva entre os anos finais da série histórica (2005 e 2014).
d) Portanto, para se conhecer mais sobre a variabilidade das chuvas no
Oeste Goiano é necessário que outros estudos sejam realizados.
Agradecimentos
Agradecemos a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás pelo
apoio financeiro e em especial a professora orientadora Zilda de Fátima Mariano (in
memorian) pelos ensinamentos e compreensão.
Referências Bibliográficas
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