o uso de matriz de valoração no levantamento espeleológico

12
ANAIS do 34º Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto SP, 13-18 de junho de 2017 - ISSN 2178-2113 (online) O artigo a seguir é parte integrando dos Anais do 34º Congresso Brasileiro de Espeleologia disponível gratuitamente em www.cavernas.org.br/34cbeanais.asp Sugerimos a seguinte citação para este artigo: BARBOSA, E. P.; et al.. O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico de cavidades naturais subterrâneas do município de Paripiranga, Bahia. In: RASTEIRO, M.A.; TEIXEIRA-SILVA, C.M.; LACERDA, S.G. (orgs.) CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA, 34, 2017. Ouro Preto. Anais... Campinas: SBE, 2017. p.181-191. Disponível em: <http://www.cavernas.org.br/anais34cbe/34cbe_181-191.pdf>. Acesso em: data do acesso. A publicação dos Anais do 34º CBE contou com o apoio do Instituto Brasileiro de Mineração. Acompanhe a cooperação SBE-IBRAM em www.cavernas.org.br/sbe-ibram Esta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Espeleologia. Consulte outras obras disponíveis em www.cavernas.org.br

Upload: others

Post on 04-Oct-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto SP 13-18 de junho de 2017 - ISSN 2178-2113 (online)

O artigo a seguir eacute parte integrando dos Anais do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia disponiacutevel gratuitamente em wwwcavernasorgbr34cbeanaisasp

Sugerimos a seguinte citaccedilatildeo para este artigo BARBOSA E P et al O uso de Matriz de Valoraccedilatildeo no levantamento espeleoloacutegico de cavidades naturais subterracircneas do municiacutepio de Paripiranga Bahia In RASTEIRO MA TEIXEIRA-SILVA CM LACERDA SG (orgs) CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA 34 2017 Ouro Preto Anais Campinas SBE 2017 p181-191 Disponiacutevel em lthttpwwwcavernasorgbranais34cbe34cbe_181-191pdfgt Acesso em data do acesso

A publicaccedilatildeo dos Anais do 34ordm CBE contou com o apoio do Instituto Brasileiro de Mineraccedilatildeo Acompanhe a cooperaccedilatildeo SBE-IBRAM em wwwcavernasorgbrsbe-ibram

Esta eacute uma publicaccedilatildeo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Consulte outras obras disponiacuteveis em wwwcavernasorgbr

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

181

O USO DE MATRIZ DE VALORACcedilAtildeO NO LEVANTAMENTO

ESPELEOLOacuteGICO DE CAVIDADES NATURAIS SUBTERRAcircNEAS DO

MUNICIacutePIO DE PARIPIRANGA BAHIA

THE USE OF AN ASSESSMENT MATRIX IN THE ESPELEOLOGICAL SURVEY OF UNDERGROUND

NATURAL CAVES IN THE MUNICIPALITY OF PARIPIRANGA BAHIA

Elvis Pereira BARBOSA (1) Maacutercio Santana SANTOS (2) Fernando Andrade SILVA (3)

Heacutercules Silva SANTOS (3) Autran Matos SANTANA (3) Osmar Rosa da CONCEICcedilAtildeO (3)

(1) Universidade Estadual de Santa Cruz ndash UESC Ilheacuteus BA

(2) Universidade do Estado da Bahia ndash UNEB Eunaacutepolis BA

(3) Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash GMSE Paripiranga BA

Contatos barbosaelvisgmailcom marciosantanasantoshotmailcom fernandoaslivecom

Resumo

Este trabalho procura demonstrar como a aplicaccedilatildeo da Matriz de Valoraccedilatildeo com base nos atributos

estipulados pela IN 0022009 MMA facilita a anaacutelise das cavidades naturais subterracircneas atraveacutes da

aplicaccedilatildeo de valores preacute estabelecidos visto que se adota uma posiccedilatildeo exclusivamente teacutecnica para a anaacutelise

das cavernas Ponderando os quesitos de classificaccedilatildeo de niacutevel de relevacircncia das cavidades naturais

encontradas e de acordo com a legislaccedilatildeo vigente eacute possiacutevel garantir o uso sustentaacutevel dos recursos naturais

presentes na aacuterea viabilizando as atividades da induacutestria extrativa de calcaacuterio em harmonia com a

preservaccedilatildeo ambiental

Palavras-Chave matriz de valoraccedilatildeo cavernas Paripiranga

Abstract

This work seeks to demonstrate how the application of the Valuation Matrix based on the attributes

stipulated by the IN 0022009 MMA facilitates the analysis of the underground natural cavities through the

application of pre-established values since an exclusively technical position is adopted for the analysis of

the caves Considering the criteria for classification of the level of relevance of the natural cavities found

and in accordance with current legislation it is possible to guarantee the sustainable use of the natural

resources present in the area enabling the activities of limestone extraction industry in harmony with

environmental preservation

Key-words valuation matrix cave Paripiranga

1 INTRODUCcedilAtildeO

A presente comunicaccedilatildeo refere-se aos

trabalhos de campo realizados nas cavidades

naturais subterracircneas do municiacutepio de Paripiranga

Bahia ao longo de quatro expediccedilotildees (11 a

25042012 16 a 23102012 28 a 01022013 19 a

22042013) envolvendo estudos de localizaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas que

subsidiaram posteriormente a valoraccedilatildeo das

cavidades e consequentemente o zoneamento

espeleoloacutegico da ADA e AID do Complexo Minero

Industrial de Paripiranga cujo objetivo era a

instalaccedilatildeo de uma faacutebrica de cimento Portland no

referido municiacutepio

Desta forma as expediccedilotildees objetivaram a

realizaccedilatildeo do diagnoacutestico de propensatildeo

espeleoloacutegica na Aacuterea Diretamente Afetada ndash ADA

do Complexo Minero Industrial de Paripiranga

visando atender o Termo de Referecircncia do Instituto

do Meio Ambiente e Recursos Hiacutedricos ndash INEMA

oacutergatildeo que normatiza e fiscaliza os estudos

ambientais no estado da Bahia e ao Decreto

995561990 alterado pelo Decreto 66402008

seguindo a IN 022009 do MMA que dispotildeem

sobre a proteccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas

existentes no territoacuterio nacional

Paripiranga eacute um municiacutepio do estado da

Bahia localizado na zona fisiograacutefica do nordeste

territoacuterio integrante do ldquoPoliacutegono das Secasrdquo

fazendo divisa a leste e sul com o Estado de

Sergipe a oeste com Adustina e a norte com

Coronel Joatildeo Saacute A sede municipal tem altitude de

430 metros e coordenadas geograacuteficas 24 L 624593

UTM 8818459i De acordo com dados de 2016 do

portal IBGE Cidades sua extensatildeo territorial eacute de

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

182

435698 km2 contando com 29980 habitantes uma

densidade demograacutefica de 6376 habkmsup2 e IDHM

de 0577 (2010) sendo a maioria residente da zona

rural distribuiacutedos em 56 povoados ndash os mais

expressivos por aacuterea territorial e ocupaccedilatildeo satildeo

Conceiccedilatildeo de Campinas Lagoa Preta Maritaacute

Apertado de Pedras e Baixa Funda

Sua economia estaacute sustentada pelos negoacutecios

agropecuaacuterios seguida dos serviccedilos e uma tiacutemida

induacutestria A produccedilatildeo de destaque na regiatildeo

destinada agrave exportaccedilatildeo eacute o milho a aboacutebora e o

feijatildeo sendo ainda encontrada a criaccedilatildeo de bovinos

e a agricultura de subsistecircncia entre a populaccedilatildeo

menos favorecida

As receitas municipais provecircm

basicamente da agricultura pecuaacuteria

avicultura e induacutestria Na agricultura o

municiacutepio eacute o quinto produtor baiano de

feijatildeo e deacutecimo de milho Os maiores

rebanhos satildeo os bovinos suiacutenos equinos e

ovinos Na avicultura destaca-se a produccedilatildeo

de galinaacuteceos (CPRM 2005)

A geologia do municiacutepio estaacute representada

por rochas Neoproterozoacuteicas da faixa de

dobramentos Sergipana que incluem metacalcaacuterios

metadolomitos intercalaccedilotildees de metapelitos e niacuteveis

subordinados de metacherts da Formaccedilatildeo Jacoca

(Grupo Miaba) metarenitos metagrauvacas filitos

siltosos filitos seixosos e quartzitos (Grupos Simatildeo

Dias e Miaba Indivisos) filitos metarenitos

metarritmitos e metagrauvacas da Formaccedilatildeo Frei

Paulo (Grupo Simatildeo Dias) metadiamictitos de

matriz grauvaacutequica filitos em parte seixoso e lentes

de quartzito (Formaccedilatildeo Palestina) e maacutermores

metarritmitos metapelitos em parte calciacuteferos e

metacherts subordinados da formaccedilatildeo Olhos

DrsquoAacutegua (Grupo Vaza-Barris)

No Municiacutepio de Paripiranga podem-se

distinguir dois domiacutenios hidrogeoloacutegicos

carbonatosmetacarbonatos e

metassedimentosmetavulcanitos o primeiro

ocupando cerca de 60 da aacuterea municipal Os

carbonatosmetacarbonatos constituem um sistema

aquiacutefero desenvolvido em terrenos com

predominacircncia de rochas calcaacuterias calcaacuterias

magnesianas e dolomiacuteticas que tecircm como

caracteriacutestica principal a constante presenccedila de

formas de dissoluccedilatildeo caacuterstica (dissoluccedilatildeo quiacutemica

de rochas calcaacuterias) formando cavernas

sumidouros dolinas e outras feiccedilotildees erosivas tiacutepicas

desses tipos de rochas Fraturas e outras superfiacutecies

de descontinuidade alargadas por processos de

dissoluccedilatildeo pela aacutegua propiciam ao sistema

porosidade e permeabilidade secundaacuteria que

permitem acumulaccedilatildeo de aacutegua em volumes

consideraacuteveis (CPRM 2005)

As cavidades estudadas localizam-se na

Proviacutencia Espeleoloacutegica do Supergrupo Canudos

(AULER et al 2001) Distrito de Lagoa Preta O

contexto regional abrange territoacuterios da regiatildeo dos

municiacutepios de Paripiranga Adustina e Faacutetima na

Bahia e do municiacutepio de Simatildeo Dias em Sergipe De

acordo com os dados pesquisados no ICMBIO-

CECAV hoje o municiacutepio de Paripiranga possui

105 cavidades naturais subterracircneas cadastradas

Pouco se sabe sobre o periacuteodo preacute-histoacuterico

da regiatildeo buscas realizadas no Cadastro Nacional

de Siacutetios Arqueoloacutegicos ndash Sistema de

Gerenciamento do Patrimocircnio Arqueoloacutegico ndash

Instituto Patrimocircnio Histoacuterico e Artiacutestico Nacional ndash

CNSASGPAIPHAN natildeo revelam nenhuma

informaccedilatildeo a respeito da localidade De acordo com

a historiografia encontrada (em grande parte textos

memorialistas) o territoacuterio era ocupado por

indiacutegenas conhecidos como ldquovermelhosrdquo que

estariam fixados as margens do Coiteacute Velho (rio

localizado na entrada da cidade vindo pelo estado

de SE) Ainda natildeo se conseguiu chegar a uma

identificaccedilatildeo cultural precisa no entanto eacute consenso

afirmar que se tratavam em termo geneacuterico dos

Tapuia No baixo Irapiranga (Vaza-barris) estavam

localizados os Tupinambaacute em terras feacuterteis Haacute

registros nos documentos oficias da presenccedila das

tribos Munguru e Ceriacaacute na regiatildeo de Jeremoabo e

dos Caimbeacute na regiatildeo de Euclides da Cunha

O processo de povoamento deste territoacuterio no

periacuteodo histoacuterico estaacute relacionado a estrateacutegia de

ocupaccedilatildeo adotada pelos portugueses das terras

interioranas do Brasil no seacuteculo XVI com guerra

declarada agrave populaccedilatildeo indiacutegena que neste processo

foi em parte exterminada e em outra escravizada

gerando um ecircxodo das populaccedilotildees nativas sertatildeo

adentro Com a adaptaccedilatildeo do sistema de capitanias

hereditaacuterias e a distribuiccedilatildeo de sesmarias novos

colonos migraram em direccedilatildeo a regiatildeo organizando-

se as primeiras fazendas e siacutetios e assim comeccedilam a

surgir as primeiras feiras para trocas comerciais

Em meados do seacuteculo XVII quando o lugar

era conhecido por Malhada Vermelha implantaram-

se as primeiras lavouras de cana-de-accediluacutecar cafeacute e

algodatildeo florescendo na regiatildeo principalmente a

cultura canavieira e seus engenhos Em 1846 o

Major Antocircnio de Menezes manda construir a

capela de Nossa Senhora de Patrociacuteneo do Coiteacute

surgindo ao redor da capela algumas casas e as

primeiras ruas

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

183

No seacuteculo XVIII Paripiranga tinha os seus

engenhos Santa Cruz do capitatildeo Joseacute

Vitorino de Menezes irmatildeo de Ana Francisca

de Menezes Coiteacute de Joaquim Joseacute de

Carvalho e Lagoa Salgada de Joatildeo Fraga

Pimentel (ABREU 2007 p 20)

Nas proximidades de Paripiranga haacute grande

registro da escravidatildeo de africanos nestes engenhos

Lugares como Simatildeo Dias Cotinguiba Laranjeiras

Nossa Senhora do Socorro Maruim Santo Amaro

Rosaacuterio do Catete Japaratuba Capela tiveram suas

senzalas e ateacute hoje eacute forte a presenccedila da cultura

afro-brasileira nessa regiatildeo contando com algumas

comunidades quilombolas Em 1871 eacute estabelecido

por lei provincial o distrito de Patrociacutenio do Coiteacute

elevado a vila em 1886 transmutando-se o nome

para Paripiranga apenas em 1931

Durante a Repuacuteblica Velha (1889-1930) no

contexto do Coronelismo surge a figura

emblemaacutetica de Virgulino Ferreira da Silva mais

conhecido como Lampiatildeo e o seu bando armado que

ficou conhecido com cangaceiros contestando a

ordem poliacutetica vigente O Cangaccedilo pode ser

entendido como um fenocircmeno social que emana das

peacutessimas condiccedilotildees soacutecias nordestinas entregue a

latifundiaacuterios chamados de coroneacuteis que produziam

suas proacuteprias leis gerando um quadro de injusticcedilas e

condiccedilotildees de exclusatildeo social para a maioria da

populaccedilatildeo

Existem registros orais da passagem de

Lampiatildeo pelas terras de Paripiranga Este episoacutedio

estaacute fortemente arraigado na memoacuteria da populaccedilatildeo

mais antiga que conta histoacuterias muito curiosas a

respeito dos embates da Volante (como era chamado

o bando de Lampiatildeo) contra os Macacos (como

eram chamados os policiais militares pelo bando de

Lampiatildeo)

Alguns lugares ligados a este evento histoacuterico

estatildeo cercados de misticismo como eacute o caso da

Gruta de Lampiatildeo no povoado Ponta da Serra onde

seu bando teria se escondido e deixado alguns

pertences identificados pela comunidade como

tesouros punhais de ouro e prata aleacutem da maacutequina

de costura do bando que segundo contam foi

enterrada no lugar Existe uma romaria anual para

esta gruta na qual foi construiacuteda uma capela que

acontece no dia 25 de dezembro A populaccedilatildeo local

guarda muito respeito e alguns demonstram medo

desta gruta associando a ela maus espiacuteritos

Outro episoacutedio emblemaacutetico para a

constituiccedilatildeo da memoacuteria coletiva local foi a

passagem de Antocircnio Vicente Mendes Maciel mais

conhecido como Antocircnio Conselheiro por essas

terras Ao fundar o Arraial de Canudos na margem

norte do rio Vaza-barris durante os anos de 1893-

1897 Conselheiro saiu pelo sertatildeo reunindo

camponeses iacutendios e escravos receacutem-libertos

viacutetimas das grandes secas de 1877-1879 1889

1891 1898 para construir uma comunidade mais

justa chamada de Belo Monte na qual pudessem

fugir da miseacuteria sede e fome que assolava a regiatildeo

De Simatildeo Dias e Paripiranga foram muitos

os que foram para o Arraial de Canudos Laacute

construiacuteram casas tiveram filhos A grande

comunidade foi feita A cada novo dia

chegava em Belo Monte o arraial tinha esse

nome dado por Antocircnio Conselheiro os filhos

da escravidatildeo os sem-terra os em teto Isso

passou a ser uma afronta ao poder e aos

latifundiaacuterios os coroneacuteis da terra entre eles

o Baratildeo de Jeremoabo coronel Ciacutecero Dantas

(ABREU 2007 p 30)

Em 1897 a comunidade de Canudos foi

exterminada sob a alegaccedilatildeo de que Antocircnio

Conselheiro era monarquista Dez mil homens do

Exeacutercito Brasileiro ficaram alojados em Simatildeo Dias

sustentados pelos coroneacuteis Pedro Freire de Carvalho

e Sebastiatildeo da Fonseca Andrade Alguns

sobreviventes do massacre foram morar como

agregados na Fazenda Santa Rosa em Simatildeo Dias

2 METODOLOGIA

A metodologia foi dividida em duas etapas

Levantamento da documentaccedilatildeo da aacuterea de estudo e

Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica O Levantamento da

documentaccedilatildeo envolveu a anaacutelise detalhada de

informaccedilotildees geoloacutegicas geomorfoloacutegicas de

cobertura vegetal entre outros coletadas junto ao

banco de dados eletrocircnicos (digitais eou

analoacutegicos) a utilizaccedilatildeo de cartas topograacuteficas

mapas temaacuteticos fotografias aeacutereas imagens de

sateacutelite relatoacuterios teacutecnicos atuais e registros

histoacutericos locais

A Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica consistiu na

pesquisa arguitiva com moradores das fazendas

proacuteximas agraves aacutereas de estudo com o intuito de

identificar as cavidades jaacute conhecidas pela

populaccedilatildeo local e soacute apoacutes o resultado desta

pesquisa arguitiva foi realizado a prospecccedilatildeo fiacutesica

in loco segundo criteacuterios estabelecidos

previamente como o caminhamento

georreferenciado com o uso de aparelhos GPS

(Datum SAD 69) que objetivou o registro de todo o

percurso principalmente nas aacutereas de maior

probabilidade de ocorrecircncia do exocarste onde

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

184

foram localizadas e identificadas as feiccedilotildees

espeleoloacutegicas das cavidades objeto deste estudo

Os trabalhos de prospecccedilatildeo visaram aferir as

informaccedilotildees obtidas na fase de Levantamento das

informaccedilotildees primaacuterias e permitir seu registro e

processamento As entrevistas com moradores

locais principalmente aqueles que por

desenvolverem atividades como pesca extrativismo

vegetal ou mineral costumam se embrenhar nas

matas possuem um conhecimento da aacuterea objeto de

estudo e que auxiliou na localizaccedilatildeo de cavernas

que na regiatildeo normalmente recebem denominaccedilotildees

proacuteprias como furna lapa toca buraco gruta gruna

ou grota

3 DISCUSSOtildeES E RESULTADOS

Os dados obtidos em campo satildeo apresentados

a seguir atraveacutes da breve descriccedilatildeo das cavidades

seguido de ilustraccedilotildees que possam facilitar a

compreensatildeo e as dimensotildees das cavidades

analisadas A abordagem espeleoloacutegica teve por

objetivo descrever as caracteriacutesticas geoloacutegicas do

carste ndash tipo de rocha e controles estruturais ndash e as

feiccedilotildees geomorfoloacutegicas exoendocaacutersticas presentes

na aacuterea de estudo procurando assim relacionar os

aspectos morfogeneacuteticos das cavidades

caracterizando os tipos de sedimentos identificados

no interior e no entorno delas Foram caracterizados

os tipos de depoacutesitos sedimentares e suas relaccedilotildees

com possiacuteveis evidecircncias ou vestiacutegios

paleontoloacutegicos

31 Cavidades Estudadas

No processo de caracterizaccedilatildeo espeleoloacutegica

da ADA e AID foi possiacutevel identificar cavidades

naturais subterracircneas no entorno da ADA e no

interior da ADA No entorno ndash dentro da AID ndash

foram identificadas cinco cavidades Caverna do

Cupinzeiro Caverna do Descanso Gruta do Zumbi

Gruta do Encanto e Toca Boca de Forno No interior

da ADA foram identificados dois sumidouros e sete

cavidades naturais subterracircneas Gruta do Alto do

Morro Abismo Entupido Caverna da Presa I

Caverna da Presa II Fenda da Costura Fenda do

Maacutercio Toca do Escondido (Figura 1)

As cavidades objeto do estudo satildeo

apresentadas na tabela 1 com as suas respectivas

coordenadas geograacuteficas

Figura 1 Localizaccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas na ADA e na AID Fonte Preserv Ambiental

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

185

Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas

Cavidade Coordenadas UTM

Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094

Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038

Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006

Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036

Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986

Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101

Abismo Entupido 24 L 623058 8824017

Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133

Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107

Fenda da Costura 24 L 623047 8824006

Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024

Toca do Escondido 24 L 622749 8823926

32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas da ADA e AID

Para um melhor entendimento da importacircncia

das cavidades identificadas na ADA e na AID foi

utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)

de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas

Assim procurando seguir o que determina o artigo

5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto

66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de

agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio

ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o

modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores

para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN

022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque

regional e local seguindo as especificaccedilotildees para

maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia

espeleoloacutegica

Desta forma as cavidades foram avaliadas

segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e

variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009

Assim foram atribuiacutedos valores para as

caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1

(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com

valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas

caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo

final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute

visto na tabela 2

Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e

AID nos atributos que determinam o grau de

relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar

para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional

(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do

empreendimento natildeo existem cavidades naturais

subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o

modelo adotado

Superada a primeira etapa aquela que

enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia

empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e

o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas

tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos

considerados na anaacutelise Regional e Local para

definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA

e AID

As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas

8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de

relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque

regional e local e importacircncia significativa sob o

enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica

para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12

a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o

contexto regional e local Este modelo eacute visto como

o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de

forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes

de valores matemaacuteticos determinados para a sua

presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo

final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas existentes na ADA e AID do

empreendimento

Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009

Etapa Atividade Resultado

Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto

regional e local

Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia

Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Regional

Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Local

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

186

Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa

Relevacircncia

Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da

aacuterea de influecircncia das cavidades

Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia

Sigla Atributos

GEN Gecircnese uacutenica ou rara

MOR Morfologia uacutenica

DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume

ESP Espeleotemas uacutenicos

ISO Isolamento geograacutefico

ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em

risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais

HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou

relictos

TRO Habitat de trogloacutebio raro

INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas

CAV Cavidade testemunho

HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa

Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional

Sigla Classificaccedilatildeo

IAR Importacircncia Acentuada Regional

ISR Importacircncia Significativa Regional

IBR Importacircncia Baixa Regional

Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local

Sigla Classificaccedilatildeo

IAL Importacircncia Acentuada Local

ISL Importacircncia Significativa Local

IBL Importacircncia Baixa Local

Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Acentuada

Sigla Atributo

LOC Localidade tipo

ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante

TAX Presenccedila de taacutexons novos

RIQ Alta riqueza de espeacutecies

ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies

COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna

TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos

EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

187

TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio

PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho

ERR Presenccedila de espeacutecie rara

AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo

CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas

INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico

IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima

REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional

Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Significativa

Sigla Atributo

SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional

MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na

mesma unidade espeleoloacutegica

ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da

cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo

SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico

RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

188

Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de

Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta

Boca de

Forno

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do Zumbi

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Descanso

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Cupinzeiro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da Presa I

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do Maacutercio

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os

atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome

No

ta Classif

icaccedilatildeo

Gruta do

EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR

Gruta Boca

de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do

MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

INF

IRM

RE

C

VIS

AP

H

VO

L

EE

S

LA

G

DIV

CE

S

TR

G

ES

T

TO

B

PE

X

ER

R

AH

Z

LO

C

EC

I

TA

X

RIQ

AB

U

CO

M

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

189

Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os

atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto IBR ISL ISL

Toca Boca

de Forno IBR IBL IBL

Gruta do

Zumbi IBR IBL IBL

Caverna do

Descanso IBR IBL IBL

Caverna do

Cupinzeiro IBR IBL IBL

Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Alto do

Morro

IBR ISL ISL

Abismo

Entupido IBR ISL ISL

Caverna da

Presa I IBR IBL IBL

Caverna da

Presa II IBR IBL IBL

Fenda da

Costura IBR ISL ISL

Fenda do

Maacutercio IBR IBL IBL

Toca do

Escondido IBR IBL IBL

4 CONCLUSOtildeES

O municiacutepio de Paripiranga devido as suas

caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma

propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades

naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o

Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash

GMSE conseguiu registrar junto ao

CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades

Mesmo considerando-se que a maior parte deste

patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas

de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de

abismos alguns com profundidade variando entre

15 e 30 metros

Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em

campo e destacando a importacircncia da sua

localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os

seguintes pontos

por apresentarem as melhores condiccedilotildees de

deslocamento e principalmente de espaccedilo foram

topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta

do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do

Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no

Anexo

confrontando-se os dados obtidos em campo

com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-

se que as cavidades identificadas no interior da

ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa

Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da

Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido

ndash enquadram-se como cavidades naturais

subterracircneas com grau de relevacircncia baixo

conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e

Artigos 11 e 12

Art 6deg Entende-se por cavidade natural

subterracircnea com grau de relevacircncia baixo

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

190

aquela cuja importacircncia de seus atributos

seja considerada

I ndash significativa sob enfoque local e baixa

sob enfoque regional ou

II ndash baixa sob enfoque local e regional

(hellip)

Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque local natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque regional natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Recomendou-se levar adiante os estudos de

cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para

conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das

cavidades situadas dentro da ADA

Para as cavidades da AID que foram

topografadas apoacutes o cruzamento das

informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto

na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas

cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do

Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do

Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se

tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas

com grau de relevacircncia baixo conforme o

disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e

12

Para as demais cavidades que estatildeo situadas

fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de

ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se

a topografia completa das cavidades

o levantamento da fauna e flora caverniacutecola

atraveacutes de estudos de bioespeleologia

a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do

conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave

comunidade de Paripiranga atraveacutes de um

programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de

palestras nas escolas da regiatildeo e para a

populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade

foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma

praacutetica emprestada das pesquisas de

Arqueologia quando ao final das atividades eacute

sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave

populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia

Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e

acompanhada da produccedilatildeo de materiais

educativos como cartilhas e cartazes para serem

distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de

despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da

preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da

regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das

propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem

realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos

impactos causados pela atividade mineradora ao

patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio

despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do

meio ambiente entre a os moradores da zona

rural

Ainda dentro das conclusotildees a respeito do

estudo realizado observou-se que o uso de uma

matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por

Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados

referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de

laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de

valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de

outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo

AGRADECIMENTOS

A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional

ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo

apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees

Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento

do projeto

REFEREcircNCIAS

ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE

Aracaju J Andrade 2007

AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute

2001

CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea

Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]

Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga

Page 2: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

181

O USO DE MATRIZ DE VALORACcedilAtildeO NO LEVANTAMENTO

ESPELEOLOacuteGICO DE CAVIDADES NATURAIS SUBTERRAcircNEAS DO

MUNICIacutePIO DE PARIPIRANGA BAHIA

THE USE OF AN ASSESSMENT MATRIX IN THE ESPELEOLOGICAL SURVEY OF UNDERGROUND

NATURAL CAVES IN THE MUNICIPALITY OF PARIPIRANGA BAHIA

Elvis Pereira BARBOSA (1) Maacutercio Santana SANTOS (2) Fernando Andrade SILVA (3)

Heacutercules Silva SANTOS (3) Autran Matos SANTANA (3) Osmar Rosa da CONCEICcedilAtildeO (3)

(1) Universidade Estadual de Santa Cruz ndash UESC Ilheacuteus BA

(2) Universidade do Estado da Bahia ndash UNEB Eunaacutepolis BA

(3) Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash GMSE Paripiranga BA

Contatos barbosaelvisgmailcom marciosantanasantoshotmailcom fernandoaslivecom

Resumo

Este trabalho procura demonstrar como a aplicaccedilatildeo da Matriz de Valoraccedilatildeo com base nos atributos

estipulados pela IN 0022009 MMA facilita a anaacutelise das cavidades naturais subterracircneas atraveacutes da

aplicaccedilatildeo de valores preacute estabelecidos visto que se adota uma posiccedilatildeo exclusivamente teacutecnica para a anaacutelise

das cavernas Ponderando os quesitos de classificaccedilatildeo de niacutevel de relevacircncia das cavidades naturais

encontradas e de acordo com a legislaccedilatildeo vigente eacute possiacutevel garantir o uso sustentaacutevel dos recursos naturais

presentes na aacuterea viabilizando as atividades da induacutestria extrativa de calcaacuterio em harmonia com a

preservaccedilatildeo ambiental

Palavras-Chave matriz de valoraccedilatildeo cavernas Paripiranga

Abstract

This work seeks to demonstrate how the application of the Valuation Matrix based on the attributes

stipulated by the IN 0022009 MMA facilitates the analysis of the underground natural cavities through the

application of pre-established values since an exclusively technical position is adopted for the analysis of

the caves Considering the criteria for classification of the level of relevance of the natural cavities found

and in accordance with current legislation it is possible to guarantee the sustainable use of the natural

resources present in the area enabling the activities of limestone extraction industry in harmony with

environmental preservation

Key-words valuation matrix cave Paripiranga

1 INTRODUCcedilAtildeO

A presente comunicaccedilatildeo refere-se aos

trabalhos de campo realizados nas cavidades

naturais subterracircneas do municiacutepio de Paripiranga

Bahia ao longo de quatro expediccedilotildees (11 a

25042012 16 a 23102012 28 a 01022013 19 a

22042013) envolvendo estudos de localizaccedilatildeo e

identificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas que

subsidiaram posteriormente a valoraccedilatildeo das

cavidades e consequentemente o zoneamento

espeleoloacutegico da ADA e AID do Complexo Minero

Industrial de Paripiranga cujo objetivo era a

instalaccedilatildeo de uma faacutebrica de cimento Portland no

referido municiacutepio

Desta forma as expediccedilotildees objetivaram a

realizaccedilatildeo do diagnoacutestico de propensatildeo

espeleoloacutegica na Aacuterea Diretamente Afetada ndash ADA

do Complexo Minero Industrial de Paripiranga

visando atender o Termo de Referecircncia do Instituto

do Meio Ambiente e Recursos Hiacutedricos ndash INEMA

oacutergatildeo que normatiza e fiscaliza os estudos

ambientais no estado da Bahia e ao Decreto

995561990 alterado pelo Decreto 66402008

seguindo a IN 022009 do MMA que dispotildeem

sobre a proteccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas

existentes no territoacuterio nacional

Paripiranga eacute um municiacutepio do estado da

Bahia localizado na zona fisiograacutefica do nordeste

territoacuterio integrante do ldquoPoliacutegono das Secasrdquo

fazendo divisa a leste e sul com o Estado de

Sergipe a oeste com Adustina e a norte com

Coronel Joatildeo Saacute A sede municipal tem altitude de

430 metros e coordenadas geograacuteficas 24 L 624593

UTM 8818459i De acordo com dados de 2016 do

portal IBGE Cidades sua extensatildeo territorial eacute de

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

182

435698 km2 contando com 29980 habitantes uma

densidade demograacutefica de 6376 habkmsup2 e IDHM

de 0577 (2010) sendo a maioria residente da zona

rural distribuiacutedos em 56 povoados ndash os mais

expressivos por aacuterea territorial e ocupaccedilatildeo satildeo

Conceiccedilatildeo de Campinas Lagoa Preta Maritaacute

Apertado de Pedras e Baixa Funda

Sua economia estaacute sustentada pelos negoacutecios

agropecuaacuterios seguida dos serviccedilos e uma tiacutemida

induacutestria A produccedilatildeo de destaque na regiatildeo

destinada agrave exportaccedilatildeo eacute o milho a aboacutebora e o

feijatildeo sendo ainda encontrada a criaccedilatildeo de bovinos

e a agricultura de subsistecircncia entre a populaccedilatildeo

menos favorecida

As receitas municipais provecircm

basicamente da agricultura pecuaacuteria

avicultura e induacutestria Na agricultura o

municiacutepio eacute o quinto produtor baiano de

feijatildeo e deacutecimo de milho Os maiores

rebanhos satildeo os bovinos suiacutenos equinos e

ovinos Na avicultura destaca-se a produccedilatildeo

de galinaacuteceos (CPRM 2005)

A geologia do municiacutepio estaacute representada

por rochas Neoproterozoacuteicas da faixa de

dobramentos Sergipana que incluem metacalcaacuterios

metadolomitos intercalaccedilotildees de metapelitos e niacuteveis

subordinados de metacherts da Formaccedilatildeo Jacoca

(Grupo Miaba) metarenitos metagrauvacas filitos

siltosos filitos seixosos e quartzitos (Grupos Simatildeo

Dias e Miaba Indivisos) filitos metarenitos

metarritmitos e metagrauvacas da Formaccedilatildeo Frei

Paulo (Grupo Simatildeo Dias) metadiamictitos de

matriz grauvaacutequica filitos em parte seixoso e lentes

de quartzito (Formaccedilatildeo Palestina) e maacutermores

metarritmitos metapelitos em parte calciacuteferos e

metacherts subordinados da formaccedilatildeo Olhos

DrsquoAacutegua (Grupo Vaza-Barris)

No Municiacutepio de Paripiranga podem-se

distinguir dois domiacutenios hidrogeoloacutegicos

carbonatosmetacarbonatos e

metassedimentosmetavulcanitos o primeiro

ocupando cerca de 60 da aacuterea municipal Os

carbonatosmetacarbonatos constituem um sistema

aquiacutefero desenvolvido em terrenos com

predominacircncia de rochas calcaacuterias calcaacuterias

magnesianas e dolomiacuteticas que tecircm como

caracteriacutestica principal a constante presenccedila de

formas de dissoluccedilatildeo caacuterstica (dissoluccedilatildeo quiacutemica

de rochas calcaacuterias) formando cavernas

sumidouros dolinas e outras feiccedilotildees erosivas tiacutepicas

desses tipos de rochas Fraturas e outras superfiacutecies

de descontinuidade alargadas por processos de

dissoluccedilatildeo pela aacutegua propiciam ao sistema

porosidade e permeabilidade secundaacuteria que

permitem acumulaccedilatildeo de aacutegua em volumes

consideraacuteveis (CPRM 2005)

As cavidades estudadas localizam-se na

Proviacutencia Espeleoloacutegica do Supergrupo Canudos

(AULER et al 2001) Distrito de Lagoa Preta O

contexto regional abrange territoacuterios da regiatildeo dos

municiacutepios de Paripiranga Adustina e Faacutetima na

Bahia e do municiacutepio de Simatildeo Dias em Sergipe De

acordo com os dados pesquisados no ICMBIO-

CECAV hoje o municiacutepio de Paripiranga possui

105 cavidades naturais subterracircneas cadastradas

Pouco se sabe sobre o periacuteodo preacute-histoacuterico

da regiatildeo buscas realizadas no Cadastro Nacional

de Siacutetios Arqueoloacutegicos ndash Sistema de

Gerenciamento do Patrimocircnio Arqueoloacutegico ndash

Instituto Patrimocircnio Histoacuterico e Artiacutestico Nacional ndash

CNSASGPAIPHAN natildeo revelam nenhuma

informaccedilatildeo a respeito da localidade De acordo com

a historiografia encontrada (em grande parte textos

memorialistas) o territoacuterio era ocupado por

indiacutegenas conhecidos como ldquovermelhosrdquo que

estariam fixados as margens do Coiteacute Velho (rio

localizado na entrada da cidade vindo pelo estado

de SE) Ainda natildeo se conseguiu chegar a uma

identificaccedilatildeo cultural precisa no entanto eacute consenso

afirmar que se tratavam em termo geneacuterico dos

Tapuia No baixo Irapiranga (Vaza-barris) estavam

localizados os Tupinambaacute em terras feacuterteis Haacute

registros nos documentos oficias da presenccedila das

tribos Munguru e Ceriacaacute na regiatildeo de Jeremoabo e

dos Caimbeacute na regiatildeo de Euclides da Cunha

O processo de povoamento deste territoacuterio no

periacuteodo histoacuterico estaacute relacionado a estrateacutegia de

ocupaccedilatildeo adotada pelos portugueses das terras

interioranas do Brasil no seacuteculo XVI com guerra

declarada agrave populaccedilatildeo indiacutegena que neste processo

foi em parte exterminada e em outra escravizada

gerando um ecircxodo das populaccedilotildees nativas sertatildeo

adentro Com a adaptaccedilatildeo do sistema de capitanias

hereditaacuterias e a distribuiccedilatildeo de sesmarias novos

colonos migraram em direccedilatildeo a regiatildeo organizando-

se as primeiras fazendas e siacutetios e assim comeccedilam a

surgir as primeiras feiras para trocas comerciais

Em meados do seacuteculo XVII quando o lugar

era conhecido por Malhada Vermelha implantaram-

se as primeiras lavouras de cana-de-accediluacutecar cafeacute e

algodatildeo florescendo na regiatildeo principalmente a

cultura canavieira e seus engenhos Em 1846 o

Major Antocircnio de Menezes manda construir a

capela de Nossa Senhora de Patrociacuteneo do Coiteacute

surgindo ao redor da capela algumas casas e as

primeiras ruas

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

183

No seacuteculo XVIII Paripiranga tinha os seus

engenhos Santa Cruz do capitatildeo Joseacute

Vitorino de Menezes irmatildeo de Ana Francisca

de Menezes Coiteacute de Joaquim Joseacute de

Carvalho e Lagoa Salgada de Joatildeo Fraga

Pimentel (ABREU 2007 p 20)

Nas proximidades de Paripiranga haacute grande

registro da escravidatildeo de africanos nestes engenhos

Lugares como Simatildeo Dias Cotinguiba Laranjeiras

Nossa Senhora do Socorro Maruim Santo Amaro

Rosaacuterio do Catete Japaratuba Capela tiveram suas

senzalas e ateacute hoje eacute forte a presenccedila da cultura

afro-brasileira nessa regiatildeo contando com algumas

comunidades quilombolas Em 1871 eacute estabelecido

por lei provincial o distrito de Patrociacutenio do Coiteacute

elevado a vila em 1886 transmutando-se o nome

para Paripiranga apenas em 1931

Durante a Repuacuteblica Velha (1889-1930) no

contexto do Coronelismo surge a figura

emblemaacutetica de Virgulino Ferreira da Silva mais

conhecido como Lampiatildeo e o seu bando armado que

ficou conhecido com cangaceiros contestando a

ordem poliacutetica vigente O Cangaccedilo pode ser

entendido como um fenocircmeno social que emana das

peacutessimas condiccedilotildees soacutecias nordestinas entregue a

latifundiaacuterios chamados de coroneacuteis que produziam

suas proacuteprias leis gerando um quadro de injusticcedilas e

condiccedilotildees de exclusatildeo social para a maioria da

populaccedilatildeo

Existem registros orais da passagem de

Lampiatildeo pelas terras de Paripiranga Este episoacutedio

estaacute fortemente arraigado na memoacuteria da populaccedilatildeo

mais antiga que conta histoacuterias muito curiosas a

respeito dos embates da Volante (como era chamado

o bando de Lampiatildeo) contra os Macacos (como

eram chamados os policiais militares pelo bando de

Lampiatildeo)

Alguns lugares ligados a este evento histoacuterico

estatildeo cercados de misticismo como eacute o caso da

Gruta de Lampiatildeo no povoado Ponta da Serra onde

seu bando teria se escondido e deixado alguns

pertences identificados pela comunidade como

tesouros punhais de ouro e prata aleacutem da maacutequina

de costura do bando que segundo contam foi

enterrada no lugar Existe uma romaria anual para

esta gruta na qual foi construiacuteda uma capela que

acontece no dia 25 de dezembro A populaccedilatildeo local

guarda muito respeito e alguns demonstram medo

desta gruta associando a ela maus espiacuteritos

Outro episoacutedio emblemaacutetico para a

constituiccedilatildeo da memoacuteria coletiva local foi a

passagem de Antocircnio Vicente Mendes Maciel mais

conhecido como Antocircnio Conselheiro por essas

terras Ao fundar o Arraial de Canudos na margem

norte do rio Vaza-barris durante os anos de 1893-

1897 Conselheiro saiu pelo sertatildeo reunindo

camponeses iacutendios e escravos receacutem-libertos

viacutetimas das grandes secas de 1877-1879 1889

1891 1898 para construir uma comunidade mais

justa chamada de Belo Monte na qual pudessem

fugir da miseacuteria sede e fome que assolava a regiatildeo

De Simatildeo Dias e Paripiranga foram muitos

os que foram para o Arraial de Canudos Laacute

construiacuteram casas tiveram filhos A grande

comunidade foi feita A cada novo dia

chegava em Belo Monte o arraial tinha esse

nome dado por Antocircnio Conselheiro os filhos

da escravidatildeo os sem-terra os em teto Isso

passou a ser uma afronta ao poder e aos

latifundiaacuterios os coroneacuteis da terra entre eles

o Baratildeo de Jeremoabo coronel Ciacutecero Dantas

(ABREU 2007 p 30)

Em 1897 a comunidade de Canudos foi

exterminada sob a alegaccedilatildeo de que Antocircnio

Conselheiro era monarquista Dez mil homens do

Exeacutercito Brasileiro ficaram alojados em Simatildeo Dias

sustentados pelos coroneacuteis Pedro Freire de Carvalho

e Sebastiatildeo da Fonseca Andrade Alguns

sobreviventes do massacre foram morar como

agregados na Fazenda Santa Rosa em Simatildeo Dias

2 METODOLOGIA

A metodologia foi dividida em duas etapas

Levantamento da documentaccedilatildeo da aacuterea de estudo e

Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica O Levantamento da

documentaccedilatildeo envolveu a anaacutelise detalhada de

informaccedilotildees geoloacutegicas geomorfoloacutegicas de

cobertura vegetal entre outros coletadas junto ao

banco de dados eletrocircnicos (digitais eou

analoacutegicos) a utilizaccedilatildeo de cartas topograacuteficas

mapas temaacuteticos fotografias aeacutereas imagens de

sateacutelite relatoacuterios teacutecnicos atuais e registros

histoacutericos locais

A Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica consistiu na

pesquisa arguitiva com moradores das fazendas

proacuteximas agraves aacutereas de estudo com o intuito de

identificar as cavidades jaacute conhecidas pela

populaccedilatildeo local e soacute apoacutes o resultado desta

pesquisa arguitiva foi realizado a prospecccedilatildeo fiacutesica

in loco segundo criteacuterios estabelecidos

previamente como o caminhamento

georreferenciado com o uso de aparelhos GPS

(Datum SAD 69) que objetivou o registro de todo o

percurso principalmente nas aacutereas de maior

probabilidade de ocorrecircncia do exocarste onde

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

184

foram localizadas e identificadas as feiccedilotildees

espeleoloacutegicas das cavidades objeto deste estudo

Os trabalhos de prospecccedilatildeo visaram aferir as

informaccedilotildees obtidas na fase de Levantamento das

informaccedilotildees primaacuterias e permitir seu registro e

processamento As entrevistas com moradores

locais principalmente aqueles que por

desenvolverem atividades como pesca extrativismo

vegetal ou mineral costumam se embrenhar nas

matas possuem um conhecimento da aacuterea objeto de

estudo e que auxiliou na localizaccedilatildeo de cavernas

que na regiatildeo normalmente recebem denominaccedilotildees

proacuteprias como furna lapa toca buraco gruta gruna

ou grota

3 DISCUSSOtildeES E RESULTADOS

Os dados obtidos em campo satildeo apresentados

a seguir atraveacutes da breve descriccedilatildeo das cavidades

seguido de ilustraccedilotildees que possam facilitar a

compreensatildeo e as dimensotildees das cavidades

analisadas A abordagem espeleoloacutegica teve por

objetivo descrever as caracteriacutesticas geoloacutegicas do

carste ndash tipo de rocha e controles estruturais ndash e as

feiccedilotildees geomorfoloacutegicas exoendocaacutersticas presentes

na aacuterea de estudo procurando assim relacionar os

aspectos morfogeneacuteticos das cavidades

caracterizando os tipos de sedimentos identificados

no interior e no entorno delas Foram caracterizados

os tipos de depoacutesitos sedimentares e suas relaccedilotildees

com possiacuteveis evidecircncias ou vestiacutegios

paleontoloacutegicos

31 Cavidades Estudadas

No processo de caracterizaccedilatildeo espeleoloacutegica

da ADA e AID foi possiacutevel identificar cavidades

naturais subterracircneas no entorno da ADA e no

interior da ADA No entorno ndash dentro da AID ndash

foram identificadas cinco cavidades Caverna do

Cupinzeiro Caverna do Descanso Gruta do Zumbi

Gruta do Encanto e Toca Boca de Forno No interior

da ADA foram identificados dois sumidouros e sete

cavidades naturais subterracircneas Gruta do Alto do

Morro Abismo Entupido Caverna da Presa I

Caverna da Presa II Fenda da Costura Fenda do

Maacutercio Toca do Escondido (Figura 1)

As cavidades objeto do estudo satildeo

apresentadas na tabela 1 com as suas respectivas

coordenadas geograacuteficas

Figura 1 Localizaccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas na ADA e na AID Fonte Preserv Ambiental

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

185

Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas

Cavidade Coordenadas UTM

Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094

Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038

Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006

Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036

Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986

Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101

Abismo Entupido 24 L 623058 8824017

Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133

Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107

Fenda da Costura 24 L 623047 8824006

Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024

Toca do Escondido 24 L 622749 8823926

32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas da ADA e AID

Para um melhor entendimento da importacircncia

das cavidades identificadas na ADA e na AID foi

utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)

de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas

Assim procurando seguir o que determina o artigo

5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto

66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de

agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio

ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o

modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores

para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN

022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque

regional e local seguindo as especificaccedilotildees para

maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia

espeleoloacutegica

Desta forma as cavidades foram avaliadas

segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e

variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009

Assim foram atribuiacutedos valores para as

caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1

(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com

valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas

caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo

final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute

visto na tabela 2

Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e

AID nos atributos que determinam o grau de

relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar

para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional

(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do

empreendimento natildeo existem cavidades naturais

subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o

modelo adotado

Superada a primeira etapa aquela que

enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia

empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e

o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas

tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos

considerados na anaacutelise Regional e Local para

definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA

e AID

As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas

8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de

relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque

regional e local e importacircncia significativa sob o

enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica

para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12

a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o

contexto regional e local Este modelo eacute visto como

o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de

forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes

de valores matemaacuteticos determinados para a sua

presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo

final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas existentes na ADA e AID do

empreendimento

Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009

Etapa Atividade Resultado

Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto

regional e local

Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia

Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Regional

Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Local

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

186

Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa

Relevacircncia

Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da

aacuterea de influecircncia das cavidades

Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia

Sigla Atributos

GEN Gecircnese uacutenica ou rara

MOR Morfologia uacutenica

DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume

ESP Espeleotemas uacutenicos

ISO Isolamento geograacutefico

ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em

risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais

HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou

relictos

TRO Habitat de trogloacutebio raro

INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas

CAV Cavidade testemunho

HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa

Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional

Sigla Classificaccedilatildeo

IAR Importacircncia Acentuada Regional

ISR Importacircncia Significativa Regional

IBR Importacircncia Baixa Regional

Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local

Sigla Classificaccedilatildeo

IAL Importacircncia Acentuada Local

ISL Importacircncia Significativa Local

IBL Importacircncia Baixa Local

Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Acentuada

Sigla Atributo

LOC Localidade tipo

ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante

TAX Presenccedila de taacutexons novos

RIQ Alta riqueza de espeacutecies

ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies

COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna

TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos

EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

187

TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio

PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho

ERR Presenccedila de espeacutecie rara

AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo

CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas

INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico

IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima

REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional

Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Significativa

Sigla Atributo

SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional

MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na

mesma unidade espeleoloacutegica

ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da

cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo

SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico

RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

188

Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de

Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta

Boca de

Forno

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do Zumbi

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Descanso

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Cupinzeiro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da Presa I

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do Maacutercio

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os

atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome

No

ta Classif

icaccedilatildeo

Gruta do

EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR

Gruta Boca

de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do

MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

INF

IRM

RE

C

VIS

AP

H

VO

L

EE

S

LA

G

DIV

CE

S

TR

G

ES

T

TO

B

PE

X

ER

R

AH

Z

LO

C

EC

I

TA

X

RIQ

AB

U

CO

M

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

189

Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os

atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto IBR ISL ISL

Toca Boca

de Forno IBR IBL IBL

Gruta do

Zumbi IBR IBL IBL

Caverna do

Descanso IBR IBL IBL

Caverna do

Cupinzeiro IBR IBL IBL

Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Alto do

Morro

IBR ISL ISL

Abismo

Entupido IBR ISL ISL

Caverna da

Presa I IBR IBL IBL

Caverna da

Presa II IBR IBL IBL

Fenda da

Costura IBR ISL ISL

Fenda do

Maacutercio IBR IBL IBL

Toca do

Escondido IBR IBL IBL

4 CONCLUSOtildeES

O municiacutepio de Paripiranga devido as suas

caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma

propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades

naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o

Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash

GMSE conseguiu registrar junto ao

CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades

Mesmo considerando-se que a maior parte deste

patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas

de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de

abismos alguns com profundidade variando entre

15 e 30 metros

Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em

campo e destacando a importacircncia da sua

localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os

seguintes pontos

por apresentarem as melhores condiccedilotildees de

deslocamento e principalmente de espaccedilo foram

topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta

do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do

Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no

Anexo

confrontando-se os dados obtidos em campo

com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-

se que as cavidades identificadas no interior da

ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa

Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da

Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido

ndash enquadram-se como cavidades naturais

subterracircneas com grau de relevacircncia baixo

conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e

Artigos 11 e 12

Art 6deg Entende-se por cavidade natural

subterracircnea com grau de relevacircncia baixo

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

190

aquela cuja importacircncia de seus atributos

seja considerada

I ndash significativa sob enfoque local e baixa

sob enfoque regional ou

II ndash baixa sob enfoque local e regional

(hellip)

Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque local natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque regional natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Recomendou-se levar adiante os estudos de

cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para

conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das

cavidades situadas dentro da ADA

Para as cavidades da AID que foram

topografadas apoacutes o cruzamento das

informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto

na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas

cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do

Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do

Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se

tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas

com grau de relevacircncia baixo conforme o

disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e

12

Para as demais cavidades que estatildeo situadas

fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de

ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se

a topografia completa das cavidades

o levantamento da fauna e flora caverniacutecola

atraveacutes de estudos de bioespeleologia

a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do

conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave

comunidade de Paripiranga atraveacutes de um

programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de

palestras nas escolas da regiatildeo e para a

populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade

foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma

praacutetica emprestada das pesquisas de

Arqueologia quando ao final das atividades eacute

sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave

populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia

Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e

acompanhada da produccedilatildeo de materiais

educativos como cartilhas e cartazes para serem

distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de

despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da

preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da

regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das

propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem

realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos

impactos causados pela atividade mineradora ao

patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio

despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do

meio ambiente entre a os moradores da zona

rural

Ainda dentro das conclusotildees a respeito do

estudo realizado observou-se que o uso de uma

matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por

Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados

referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de

laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de

valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de

outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo

AGRADECIMENTOS

A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional

ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo

apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees

Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento

do projeto

REFEREcircNCIAS

ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE

Aracaju J Andrade 2007

AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute

2001

CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea

Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]

Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga

Page 3: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

182

435698 km2 contando com 29980 habitantes uma

densidade demograacutefica de 6376 habkmsup2 e IDHM

de 0577 (2010) sendo a maioria residente da zona

rural distribuiacutedos em 56 povoados ndash os mais

expressivos por aacuterea territorial e ocupaccedilatildeo satildeo

Conceiccedilatildeo de Campinas Lagoa Preta Maritaacute

Apertado de Pedras e Baixa Funda

Sua economia estaacute sustentada pelos negoacutecios

agropecuaacuterios seguida dos serviccedilos e uma tiacutemida

induacutestria A produccedilatildeo de destaque na regiatildeo

destinada agrave exportaccedilatildeo eacute o milho a aboacutebora e o

feijatildeo sendo ainda encontrada a criaccedilatildeo de bovinos

e a agricultura de subsistecircncia entre a populaccedilatildeo

menos favorecida

As receitas municipais provecircm

basicamente da agricultura pecuaacuteria

avicultura e induacutestria Na agricultura o

municiacutepio eacute o quinto produtor baiano de

feijatildeo e deacutecimo de milho Os maiores

rebanhos satildeo os bovinos suiacutenos equinos e

ovinos Na avicultura destaca-se a produccedilatildeo

de galinaacuteceos (CPRM 2005)

A geologia do municiacutepio estaacute representada

por rochas Neoproterozoacuteicas da faixa de

dobramentos Sergipana que incluem metacalcaacuterios

metadolomitos intercalaccedilotildees de metapelitos e niacuteveis

subordinados de metacherts da Formaccedilatildeo Jacoca

(Grupo Miaba) metarenitos metagrauvacas filitos

siltosos filitos seixosos e quartzitos (Grupos Simatildeo

Dias e Miaba Indivisos) filitos metarenitos

metarritmitos e metagrauvacas da Formaccedilatildeo Frei

Paulo (Grupo Simatildeo Dias) metadiamictitos de

matriz grauvaacutequica filitos em parte seixoso e lentes

de quartzito (Formaccedilatildeo Palestina) e maacutermores

metarritmitos metapelitos em parte calciacuteferos e

metacherts subordinados da formaccedilatildeo Olhos

DrsquoAacutegua (Grupo Vaza-Barris)

No Municiacutepio de Paripiranga podem-se

distinguir dois domiacutenios hidrogeoloacutegicos

carbonatosmetacarbonatos e

metassedimentosmetavulcanitos o primeiro

ocupando cerca de 60 da aacuterea municipal Os

carbonatosmetacarbonatos constituem um sistema

aquiacutefero desenvolvido em terrenos com

predominacircncia de rochas calcaacuterias calcaacuterias

magnesianas e dolomiacuteticas que tecircm como

caracteriacutestica principal a constante presenccedila de

formas de dissoluccedilatildeo caacuterstica (dissoluccedilatildeo quiacutemica

de rochas calcaacuterias) formando cavernas

sumidouros dolinas e outras feiccedilotildees erosivas tiacutepicas

desses tipos de rochas Fraturas e outras superfiacutecies

de descontinuidade alargadas por processos de

dissoluccedilatildeo pela aacutegua propiciam ao sistema

porosidade e permeabilidade secundaacuteria que

permitem acumulaccedilatildeo de aacutegua em volumes

consideraacuteveis (CPRM 2005)

As cavidades estudadas localizam-se na

Proviacutencia Espeleoloacutegica do Supergrupo Canudos

(AULER et al 2001) Distrito de Lagoa Preta O

contexto regional abrange territoacuterios da regiatildeo dos

municiacutepios de Paripiranga Adustina e Faacutetima na

Bahia e do municiacutepio de Simatildeo Dias em Sergipe De

acordo com os dados pesquisados no ICMBIO-

CECAV hoje o municiacutepio de Paripiranga possui

105 cavidades naturais subterracircneas cadastradas

Pouco se sabe sobre o periacuteodo preacute-histoacuterico

da regiatildeo buscas realizadas no Cadastro Nacional

de Siacutetios Arqueoloacutegicos ndash Sistema de

Gerenciamento do Patrimocircnio Arqueoloacutegico ndash

Instituto Patrimocircnio Histoacuterico e Artiacutestico Nacional ndash

CNSASGPAIPHAN natildeo revelam nenhuma

informaccedilatildeo a respeito da localidade De acordo com

a historiografia encontrada (em grande parte textos

memorialistas) o territoacuterio era ocupado por

indiacutegenas conhecidos como ldquovermelhosrdquo que

estariam fixados as margens do Coiteacute Velho (rio

localizado na entrada da cidade vindo pelo estado

de SE) Ainda natildeo se conseguiu chegar a uma

identificaccedilatildeo cultural precisa no entanto eacute consenso

afirmar que se tratavam em termo geneacuterico dos

Tapuia No baixo Irapiranga (Vaza-barris) estavam

localizados os Tupinambaacute em terras feacuterteis Haacute

registros nos documentos oficias da presenccedila das

tribos Munguru e Ceriacaacute na regiatildeo de Jeremoabo e

dos Caimbeacute na regiatildeo de Euclides da Cunha

O processo de povoamento deste territoacuterio no

periacuteodo histoacuterico estaacute relacionado a estrateacutegia de

ocupaccedilatildeo adotada pelos portugueses das terras

interioranas do Brasil no seacuteculo XVI com guerra

declarada agrave populaccedilatildeo indiacutegena que neste processo

foi em parte exterminada e em outra escravizada

gerando um ecircxodo das populaccedilotildees nativas sertatildeo

adentro Com a adaptaccedilatildeo do sistema de capitanias

hereditaacuterias e a distribuiccedilatildeo de sesmarias novos

colonos migraram em direccedilatildeo a regiatildeo organizando-

se as primeiras fazendas e siacutetios e assim comeccedilam a

surgir as primeiras feiras para trocas comerciais

Em meados do seacuteculo XVII quando o lugar

era conhecido por Malhada Vermelha implantaram-

se as primeiras lavouras de cana-de-accediluacutecar cafeacute e

algodatildeo florescendo na regiatildeo principalmente a

cultura canavieira e seus engenhos Em 1846 o

Major Antocircnio de Menezes manda construir a

capela de Nossa Senhora de Patrociacuteneo do Coiteacute

surgindo ao redor da capela algumas casas e as

primeiras ruas

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

183

No seacuteculo XVIII Paripiranga tinha os seus

engenhos Santa Cruz do capitatildeo Joseacute

Vitorino de Menezes irmatildeo de Ana Francisca

de Menezes Coiteacute de Joaquim Joseacute de

Carvalho e Lagoa Salgada de Joatildeo Fraga

Pimentel (ABREU 2007 p 20)

Nas proximidades de Paripiranga haacute grande

registro da escravidatildeo de africanos nestes engenhos

Lugares como Simatildeo Dias Cotinguiba Laranjeiras

Nossa Senhora do Socorro Maruim Santo Amaro

Rosaacuterio do Catete Japaratuba Capela tiveram suas

senzalas e ateacute hoje eacute forte a presenccedila da cultura

afro-brasileira nessa regiatildeo contando com algumas

comunidades quilombolas Em 1871 eacute estabelecido

por lei provincial o distrito de Patrociacutenio do Coiteacute

elevado a vila em 1886 transmutando-se o nome

para Paripiranga apenas em 1931

Durante a Repuacuteblica Velha (1889-1930) no

contexto do Coronelismo surge a figura

emblemaacutetica de Virgulino Ferreira da Silva mais

conhecido como Lampiatildeo e o seu bando armado que

ficou conhecido com cangaceiros contestando a

ordem poliacutetica vigente O Cangaccedilo pode ser

entendido como um fenocircmeno social que emana das

peacutessimas condiccedilotildees soacutecias nordestinas entregue a

latifundiaacuterios chamados de coroneacuteis que produziam

suas proacuteprias leis gerando um quadro de injusticcedilas e

condiccedilotildees de exclusatildeo social para a maioria da

populaccedilatildeo

Existem registros orais da passagem de

Lampiatildeo pelas terras de Paripiranga Este episoacutedio

estaacute fortemente arraigado na memoacuteria da populaccedilatildeo

mais antiga que conta histoacuterias muito curiosas a

respeito dos embates da Volante (como era chamado

o bando de Lampiatildeo) contra os Macacos (como

eram chamados os policiais militares pelo bando de

Lampiatildeo)

Alguns lugares ligados a este evento histoacuterico

estatildeo cercados de misticismo como eacute o caso da

Gruta de Lampiatildeo no povoado Ponta da Serra onde

seu bando teria se escondido e deixado alguns

pertences identificados pela comunidade como

tesouros punhais de ouro e prata aleacutem da maacutequina

de costura do bando que segundo contam foi

enterrada no lugar Existe uma romaria anual para

esta gruta na qual foi construiacuteda uma capela que

acontece no dia 25 de dezembro A populaccedilatildeo local

guarda muito respeito e alguns demonstram medo

desta gruta associando a ela maus espiacuteritos

Outro episoacutedio emblemaacutetico para a

constituiccedilatildeo da memoacuteria coletiva local foi a

passagem de Antocircnio Vicente Mendes Maciel mais

conhecido como Antocircnio Conselheiro por essas

terras Ao fundar o Arraial de Canudos na margem

norte do rio Vaza-barris durante os anos de 1893-

1897 Conselheiro saiu pelo sertatildeo reunindo

camponeses iacutendios e escravos receacutem-libertos

viacutetimas das grandes secas de 1877-1879 1889

1891 1898 para construir uma comunidade mais

justa chamada de Belo Monte na qual pudessem

fugir da miseacuteria sede e fome que assolava a regiatildeo

De Simatildeo Dias e Paripiranga foram muitos

os que foram para o Arraial de Canudos Laacute

construiacuteram casas tiveram filhos A grande

comunidade foi feita A cada novo dia

chegava em Belo Monte o arraial tinha esse

nome dado por Antocircnio Conselheiro os filhos

da escravidatildeo os sem-terra os em teto Isso

passou a ser uma afronta ao poder e aos

latifundiaacuterios os coroneacuteis da terra entre eles

o Baratildeo de Jeremoabo coronel Ciacutecero Dantas

(ABREU 2007 p 30)

Em 1897 a comunidade de Canudos foi

exterminada sob a alegaccedilatildeo de que Antocircnio

Conselheiro era monarquista Dez mil homens do

Exeacutercito Brasileiro ficaram alojados em Simatildeo Dias

sustentados pelos coroneacuteis Pedro Freire de Carvalho

e Sebastiatildeo da Fonseca Andrade Alguns

sobreviventes do massacre foram morar como

agregados na Fazenda Santa Rosa em Simatildeo Dias

2 METODOLOGIA

A metodologia foi dividida em duas etapas

Levantamento da documentaccedilatildeo da aacuterea de estudo e

Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica O Levantamento da

documentaccedilatildeo envolveu a anaacutelise detalhada de

informaccedilotildees geoloacutegicas geomorfoloacutegicas de

cobertura vegetal entre outros coletadas junto ao

banco de dados eletrocircnicos (digitais eou

analoacutegicos) a utilizaccedilatildeo de cartas topograacuteficas

mapas temaacuteticos fotografias aeacutereas imagens de

sateacutelite relatoacuterios teacutecnicos atuais e registros

histoacutericos locais

A Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica consistiu na

pesquisa arguitiva com moradores das fazendas

proacuteximas agraves aacutereas de estudo com o intuito de

identificar as cavidades jaacute conhecidas pela

populaccedilatildeo local e soacute apoacutes o resultado desta

pesquisa arguitiva foi realizado a prospecccedilatildeo fiacutesica

in loco segundo criteacuterios estabelecidos

previamente como o caminhamento

georreferenciado com o uso de aparelhos GPS

(Datum SAD 69) que objetivou o registro de todo o

percurso principalmente nas aacutereas de maior

probabilidade de ocorrecircncia do exocarste onde

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

184

foram localizadas e identificadas as feiccedilotildees

espeleoloacutegicas das cavidades objeto deste estudo

Os trabalhos de prospecccedilatildeo visaram aferir as

informaccedilotildees obtidas na fase de Levantamento das

informaccedilotildees primaacuterias e permitir seu registro e

processamento As entrevistas com moradores

locais principalmente aqueles que por

desenvolverem atividades como pesca extrativismo

vegetal ou mineral costumam se embrenhar nas

matas possuem um conhecimento da aacuterea objeto de

estudo e que auxiliou na localizaccedilatildeo de cavernas

que na regiatildeo normalmente recebem denominaccedilotildees

proacuteprias como furna lapa toca buraco gruta gruna

ou grota

3 DISCUSSOtildeES E RESULTADOS

Os dados obtidos em campo satildeo apresentados

a seguir atraveacutes da breve descriccedilatildeo das cavidades

seguido de ilustraccedilotildees que possam facilitar a

compreensatildeo e as dimensotildees das cavidades

analisadas A abordagem espeleoloacutegica teve por

objetivo descrever as caracteriacutesticas geoloacutegicas do

carste ndash tipo de rocha e controles estruturais ndash e as

feiccedilotildees geomorfoloacutegicas exoendocaacutersticas presentes

na aacuterea de estudo procurando assim relacionar os

aspectos morfogeneacuteticos das cavidades

caracterizando os tipos de sedimentos identificados

no interior e no entorno delas Foram caracterizados

os tipos de depoacutesitos sedimentares e suas relaccedilotildees

com possiacuteveis evidecircncias ou vestiacutegios

paleontoloacutegicos

31 Cavidades Estudadas

No processo de caracterizaccedilatildeo espeleoloacutegica

da ADA e AID foi possiacutevel identificar cavidades

naturais subterracircneas no entorno da ADA e no

interior da ADA No entorno ndash dentro da AID ndash

foram identificadas cinco cavidades Caverna do

Cupinzeiro Caverna do Descanso Gruta do Zumbi

Gruta do Encanto e Toca Boca de Forno No interior

da ADA foram identificados dois sumidouros e sete

cavidades naturais subterracircneas Gruta do Alto do

Morro Abismo Entupido Caverna da Presa I

Caverna da Presa II Fenda da Costura Fenda do

Maacutercio Toca do Escondido (Figura 1)

As cavidades objeto do estudo satildeo

apresentadas na tabela 1 com as suas respectivas

coordenadas geograacuteficas

Figura 1 Localizaccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas na ADA e na AID Fonte Preserv Ambiental

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

185

Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas

Cavidade Coordenadas UTM

Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094

Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038

Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006

Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036

Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986

Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101

Abismo Entupido 24 L 623058 8824017

Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133

Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107

Fenda da Costura 24 L 623047 8824006

Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024

Toca do Escondido 24 L 622749 8823926

32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas da ADA e AID

Para um melhor entendimento da importacircncia

das cavidades identificadas na ADA e na AID foi

utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)

de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas

Assim procurando seguir o que determina o artigo

5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto

66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de

agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio

ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o

modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores

para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN

022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque

regional e local seguindo as especificaccedilotildees para

maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia

espeleoloacutegica

Desta forma as cavidades foram avaliadas

segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e

variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009

Assim foram atribuiacutedos valores para as

caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1

(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com

valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas

caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo

final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute

visto na tabela 2

Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e

AID nos atributos que determinam o grau de

relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar

para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional

(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do

empreendimento natildeo existem cavidades naturais

subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o

modelo adotado

Superada a primeira etapa aquela que

enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia

empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e

o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas

tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos

considerados na anaacutelise Regional e Local para

definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA

e AID

As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas

8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de

relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque

regional e local e importacircncia significativa sob o

enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica

para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12

a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o

contexto regional e local Este modelo eacute visto como

o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de

forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes

de valores matemaacuteticos determinados para a sua

presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo

final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas existentes na ADA e AID do

empreendimento

Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009

Etapa Atividade Resultado

Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto

regional e local

Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia

Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Regional

Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Local

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

186

Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa

Relevacircncia

Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da

aacuterea de influecircncia das cavidades

Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia

Sigla Atributos

GEN Gecircnese uacutenica ou rara

MOR Morfologia uacutenica

DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume

ESP Espeleotemas uacutenicos

ISO Isolamento geograacutefico

ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em

risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais

HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou

relictos

TRO Habitat de trogloacutebio raro

INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas

CAV Cavidade testemunho

HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa

Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional

Sigla Classificaccedilatildeo

IAR Importacircncia Acentuada Regional

ISR Importacircncia Significativa Regional

IBR Importacircncia Baixa Regional

Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local

Sigla Classificaccedilatildeo

IAL Importacircncia Acentuada Local

ISL Importacircncia Significativa Local

IBL Importacircncia Baixa Local

Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Acentuada

Sigla Atributo

LOC Localidade tipo

ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante

TAX Presenccedila de taacutexons novos

RIQ Alta riqueza de espeacutecies

ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies

COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna

TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos

EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

187

TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio

PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho

ERR Presenccedila de espeacutecie rara

AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo

CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas

INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico

IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima

REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional

Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Significativa

Sigla Atributo

SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional

MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na

mesma unidade espeleoloacutegica

ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da

cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo

SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico

RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

188

Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de

Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta

Boca de

Forno

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do Zumbi

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Descanso

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Cupinzeiro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da Presa I

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do Maacutercio

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os

atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome

No

ta Classif

icaccedilatildeo

Gruta do

EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR

Gruta Boca

de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do

MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

INF

IRM

RE

C

VIS

AP

H

VO

L

EE

S

LA

G

DIV

CE

S

TR

G

ES

T

TO

B

PE

X

ER

R

AH

Z

LO

C

EC

I

TA

X

RIQ

AB

U

CO

M

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

189

Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os

atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto IBR ISL ISL

Toca Boca

de Forno IBR IBL IBL

Gruta do

Zumbi IBR IBL IBL

Caverna do

Descanso IBR IBL IBL

Caverna do

Cupinzeiro IBR IBL IBL

Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Alto do

Morro

IBR ISL ISL

Abismo

Entupido IBR ISL ISL

Caverna da

Presa I IBR IBL IBL

Caverna da

Presa II IBR IBL IBL

Fenda da

Costura IBR ISL ISL

Fenda do

Maacutercio IBR IBL IBL

Toca do

Escondido IBR IBL IBL

4 CONCLUSOtildeES

O municiacutepio de Paripiranga devido as suas

caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma

propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades

naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o

Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash

GMSE conseguiu registrar junto ao

CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades

Mesmo considerando-se que a maior parte deste

patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas

de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de

abismos alguns com profundidade variando entre

15 e 30 metros

Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em

campo e destacando a importacircncia da sua

localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os

seguintes pontos

por apresentarem as melhores condiccedilotildees de

deslocamento e principalmente de espaccedilo foram

topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta

do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do

Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no

Anexo

confrontando-se os dados obtidos em campo

com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-

se que as cavidades identificadas no interior da

ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa

Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da

Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido

ndash enquadram-se como cavidades naturais

subterracircneas com grau de relevacircncia baixo

conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e

Artigos 11 e 12

Art 6deg Entende-se por cavidade natural

subterracircnea com grau de relevacircncia baixo

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

190

aquela cuja importacircncia de seus atributos

seja considerada

I ndash significativa sob enfoque local e baixa

sob enfoque regional ou

II ndash baixa sob enfoque local e regional

(hellip)

Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque local natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque regional natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Recomendou-se levar adiante os estudos de

cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para

conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das

cavidades situadas dentro da ADA

Para as cavidades da AID que foram

topografadas apoacutes o cruzamento das

informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto

na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas

cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do

Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do

Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se

tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas

com grau de relevacircncia baixo conforme o

disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e

12

Para as demais cavidades que estatildeo situadas

fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de

ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se

a topografia completa das cavidades

o levantamento da fauna e flora caverniacutecola

atraveacutes de estudos de bioespeleologia

a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do

conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave

comunidade de Paripiranga atraveacutes de um

programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de

palestras nas escolas da regiatildeo e para a

populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade

foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma

praacutetica emprestada das pesquisas de

Arqueologia quando ao final das atividades eacute

sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave

populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia

Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e

acompanhada da produccedilatildeo de materiais

educativos como cartilhas e cartazes para serem

distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de

despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da

preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da

regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das

propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem

realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos

impactos causados pela atividade mineradora ao

patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio

despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do

meio ambiente entre a os moradores da zona

rural

Ainda dentro das conclusotildees a respeito do

estudo realizado observou-se que o uso de uma

matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por

Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados

referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de

laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de

valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de

outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo

AGRADECIMENTOS

A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional

ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo

apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees

Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento

do projeto

REFEREcircNCIAS

ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE

Aracaju J Andrade 2007

AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute

2001

CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea

Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]

Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga

Page 4: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

183

No seacuteculo XVIII Paripiranga tinha os seus

engenhos Santa Cruz do capitatildeo Joseacute

Vitorino de Menezes irmatildeo de Ana Francisca

de Menezes Coiteacute de Joaquim Joseacute de

Carvalho e Lagoa Salgada de Joatildeo Fraga

Pimentel (ABREU 2007 p 20)

Nas proximidades de Paripiranga haacute grande

registro da escravidatildeo de africanos nestes engenhos

Lugares como Simatildeo Dias Cotinguiba Laranjeiras

Nossa Senhora do Socorro Maruim Santo Amaro

Rosaacuterio do Catete Japaratuba Capela tiveram suas

senzalas e ateacute hoje eacute forte a presenccedila da cultura

afro-brasileira nessa regiatildeo contando com algumas

comunidades quilombolas Em 1871 eacute estabelecido

por lei provincial o distrito de Patrociacutenio do Coiteacute

elevado a vila em 1886 transmutando-se o nome

para Paripiranga apenas em 1931

Durante a Repuacuteblica Velha (1889-1930) no

contexto do Coronelismo surge a figura

emblemaacutetica de Virgulino Ferreira da Silva mais

conhecido como Lampiatildeo e o seu bando armado que

ficou conhecido com cangaceiros contestando a

ordem poliacutetica vigente O Cangaccedilo pode ser

entendido como um fenocircmeno social que emana das

peacutessimas condiccedilotildees soacutecias nordestinas entregue a

latifundiaacuterios chamados de coroneacuteis que produziam

suas proacuteprias leis gerando um quadro de injusticcedilas e

condiccedilotildees de exclusatildeo social para a maioria da

populaccedilatildeo

Existem registros orais da passagem de

Lampiatildeo pelas terras de Paripiranga Este episoacutedio

estaacute fortemente arraigado na memoacuteria da populaccedilatildeo

mais antiga que conta histoacuterias muito curiosas a

respeito dos embates da Volante (como era chamado

o bando de Lampiatildeo) contra os Macacos (como

eram chamados os policiais militares pelo bando de

Lampiatildeo)

Alguns lugares ligados a este evento histoacuterico

estatildeo cercados de misticismo como eacute o caso da

Gruta de Lampiatildeo no povoado Ponta da Serra onde

seu bando teria se escondido e deixado alguns

pertences identificados pela comunidade como

tesouros punhais de ouro e prata aleacutem da maacutequina

de costura do bando que segundo contam foi

enterrada no lugar Existe uma romaria anual para

esta gruta na qual foi construiacuteda uma capela que

acontece no dia 25 de dezembro A populaccedilatildeo local

guarda muito respeito e alguns demonstram medo

desta gruta associando a ela maus espiacuteritos

Outro episoacutedio emblemaacutetico para a

constituiccedilatildeo da memoacuteria coletiva local foi a

passagem de Antocircnio Vicente Mendes Maciel mais

conhecido como Antocircnio Conselheiro por essas

terras Ao fundar o Arraial de Canudos na margem

norte do rio Vaza-barris durante os anos de 1893-

1897 Conselheiro saiu pelo sertatildeo reunindo

camponeses iacutendios e escravos receacutem-libertos

viacutetimas das grandes secas de 1877-1879 1889

1891 1898 para construir uma comunidade mais

justa chamada de Belo Monte na qual pudessem

fugir da miseacuteria sede e fome que assolava a regiatildeo

De Simatildeo Dias e Paripiranga foram muitos

os que foram para o Arraial de Canudos Laacute

construiacuteram casas tiveram filhos A grande

comunidade foi feita A cada novo dia

chegava em Belo Monte o arraial tinha esse

nome dado por Antocircnio Conselheiro os filhos

da escravidatildeo os sem-terra os em teto Isso

passou a ser uma afronta ao poder e aos

latifundiaacuterios os coroneacuteis da terra entre eles

o Baratildeo de Jeremoabo coronel Ciacutecero Dantas

(ABREU 2007 p 30)

Em 1897 a comunidade de Canudos foi

exterminada sob a alegaccedilatildeo de que Antocircnio

Conselheiro era monarquista Dez mil homens do

Exeacutercito Brasileiro ficaram alojados em Simatildeo Dias

sustentados pelos coroneacuteis Pedro Freire de Carvalho

e Sebastiatildeo da Fonseca Andrade Alguns

sobreviventes do massacre foram morar como

agregados na Fazenda Santa Rosa em Simatildeo Dias

2 METODOLOGIA

A metodologia foi dividida em duas etapas

Levantamento da documentaccedilatildeo da aacuterea de estudo e

Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica O Levantamento da

documentaccedilatildeo envolveu a anaacutelise detalhada de

informaccedilotildees geoloacutegicas geomorfoloacutegicas de

cobertura vegetal entre outros coletadas junto ao

banco de dados eletrocircnicos (digitais eou

analoacutegicos) a utilizaccedilatildeo de cartas topograacuteficas

mapas temaacuteticos fotografias aeacutereas imagens de

sateacutelite relatoacuterios teacutecnicos atuais e registros

histoacutericos locais

A Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica consistiu na

pesquisa arguitiva com moradores das fazendas

proacuteximas agraves aacutereas de estudo com o intuito de

identificar as cavidades jaacute conhecidas pela

populaccedilatildeo local e soacute apoacutes o resultado desta

pesquisa arguitiva foi realizado a prospecccedilatildeo fiacutesica

in loco segundo criteacuterios estabelecidos

previamente como o caminhamento

georreferenciado com o uso de aparelhos GPS

(Datum SAD 69) que objetivou o registro de todo o

percurso principalmente nas aacutereas de maior

probabilidade de ocorrecircncia do exocarste onde

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

184

foram localizadas e identificadas as feiccedilotildees

espeleoloacutegicas das cavidades objeto deste estudo

Os trabalhos de prospecccedilatildeo visaram aferir as

informaccedilotildees obtidas na fase de Levantamento das

informaccedilotildees primaacuterias e permitir seu registro e

processamento As entrevistas com moradores

locais principalmente aqueles que por

desenvolverem atividades como pesca extrativismo

vegetal ou mineral costumam se embrenhar nas

matas possuem um conhecimento da aacuterea objeto de

estudo e que auxiliou na localizaccedilatildeo de cavernas

que na regiatildeo normalmente recebem denominaccedilotildees

proacuteprias como furna lapa toca buraco gruta gruna

ou grota

3 DISCUSSOtildeES E RESULTADOS

Os dados obtidos em campo satildeo apresentados

a seguir atraveacutes da breve descriccedilatildeo das cavidades

seguido de ilustraccedilotildees que possam facilitar a

compreensatildeo e as dimensotildees das cavidades

analisadas A abordagem espeleoloacutegica teve por

objetivo descrever as caracteriacutesticas geoloacutegicas do

carste ndash tipo de rocha e controles estruturais ndash e as

feiccedilotildees geomorfoloacutegicas exoendocaacutersticas presentes

na aacuterea de estudo procurando assim relacionar os

aspectos morfogeneacuteticos das cavidades

caracterizando os tipos de sedimentos identificados

no interior e no entorno delas Foram caracterizados

os tipos de depoacutesitos sedimentares e suas relaccedilotildees

com possiacuteveis evidecircncias ou vestiacutegios

paleontoloacutegicos

31 Cavidades Estudadas

No processo de caracterizaccedilatildeo espeleoloacutegica

da ADA e AID foi possiacutevel identificar cavidades

naturais subterracircneas no entorno da ADA e no

interior da ADA No entorno ndash dentro da AID ndash

foram identificadas cinco cavidades Caverna do

Cupinzeiro Caverna do Descanso Gruta do Zumbi

Gruta do Encanto e Toca Boca de Forno No interior

da ADA foram identificados dois sumidouros e sete

cavidades naturais subterracircneas Gruta do Alto do

Morro Abismo Entupido Caverna da Presa I

Caverna da Presa II Fenda da Costura Fenda do

Maacutercio Toca do Escondido (Figura 1)

As cavidades objeto do estudo satildeo

apresentadas na tabela 1 com as suas respectivas

coordenadas geograacuteficas

Figura 1 Localizaccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas na ADA e na AID Fonte Preserv Ambiental

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

185

Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas

Cavidade Coordenadas UTM

Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094

Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038

Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006

Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036

Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986

Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101

Abismo Entupido 24 L 623058 8824017

Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133

Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107

Fenda da Costura 24 L 623047 8824006

Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024

Toca do Escondido 24 L 622749 8823926

32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas da ADA e AID

Para um melhor entendimento da importacircncia

das cavidades identificadas na ADA e na AID foi

utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)

de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas

Assim procurando seguir o que determina o artigo

5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto

66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de

agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio

ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o

modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores

para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN

022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque

regional e local seguindo as especificaccedilotildees para

maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia

espeleoloacutegica

Desta forma as cavidades foram avaliadas

segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e

variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009

Assim foram atribuiacutedos valores para as

caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1

(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com

valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas

caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo

final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute

visto na tabela 2

Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e

AID nos atributos que determinam o grau de

relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar

para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional

(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do

empreendimento natildeo existem cavidades naturais

subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o

modelo adotado

Superada a primeira etapa aquela que

enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia

empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e

o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas

tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos

considerados na anaacutelise Regional e Local para

definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA

e AID

As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas

8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de

relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque

regional e local e importacircncia significativa sob o

enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica

para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12

a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o

contexto regional e local Este modelo eacute visto como

o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de

forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes

de valores matemaacuteticos determinados para a sua

presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo

final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas existentes na ADA e AID do

empreendimento

Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009

Etapa Atividade Resultado

Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto

regional e local

Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia

Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Regional

Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Local

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

186

Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa

Relevacircncia

Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da

aacuterea de influecircncia das cavidades

Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia

Sigla Atributos

GEN Gecircnese uacutenica ou rara

MOR Morfologia uacutenica

DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume

ESP Espeleotemas uacutenicos

ISO Isolamento geograacutefico

ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em

risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais

HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou

relictos

TRO Habitat de trogloacutebio raro

INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas

CAV Cavidade testemunho

HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa

Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional

Sigla Classificaccedilatildeo

IAR Importacircncia Acentuada Regional

ISR Importacircncia Significativa Regional

IBR Importacircncia Baixa Regional

Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local

Sigla Classificaccedilatildeo

IAL Importacircncia Acentuada Local

ISL Importacircncia Significativa Local

IBL Importacircncia Baixa Local

Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Acentuada

Sigla Atributo

LOC Localidade tipo

ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante

TAX Presenccedila de taacutexons novos

RIQ Alta riqueza de espeacutecies

ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies

COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna

TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos

EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

187

TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio

PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho

ERR Presenccedila de espeacutecie rara

AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo

CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas

INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico

IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima

REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional

Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Significativa

Sigla Atributo

SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional

MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na

mesma unidade espeleoloacutegica

ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da

cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo

SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico

RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

188

Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de

Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta

Boca de

Forno

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do Zumbi

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Descanso

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Cupinzeiro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da Presa I

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do Maacutercio

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os

atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome

No

ta Classif

icaccedilatildeo

Gruta do

EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR

Gruta Boca

de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do

MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

INF

IRM

RE

C

VIS

AP

H

VO

L

EE

S

LA

G

DIV

CE

S

TR

G

ES

T

TO

B

PE

X

ER

R

AH

Z

LO

C

EC

I

TA

X

RIQ

AB

U

CO

M

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

189

Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os

atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto IBR ISL ISL

Toca Boca

de Forno IBR IBL IBL

Gruta do

Zumbi IBR IBL IBL

Caverna do

Descanso IBR IBL IBL

Caverna do

Cupinzeiro IBR IBL IBL

Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Alto do

Morro

IBR ISL ISL

Abismo

Entupido IBR ISL ISL

Caverna da

Presa I IBR IBL IBL

Caverna da

Presa II IBR IBL IBL

Fenda da

Costura IBR ISL ISL

Fenda do

Maacutercio IBR IBL IBL

Toca do

Escondido IBR IBL IBL

4 CONCLUSOtildeES

O municiacutepio de Paripiranga devido as suas

caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma

propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades

naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o

Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash

GMSE conseguiu registrar junto ao

CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades

Mesmo considerando-se que a maior parte deste

patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas

de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de

abismos alguns com profundidade variando entre

15 e 30 metros

Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em

campo e destacando a importacircncia da sua

localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os

seguintes pontos

por apresentarem as melhores condiccedilotildees de

deslocamento e principalmente de espaccedilo foram

topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta

do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do

Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no

Anexo

confrontando-se os dados obtidos em campo

com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-

se que as cavidades identificadas no interior da

ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa

Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da

Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido

ndash enquadram-se como cavidades naturais

subterracircneas com grau de relevacircncia baixo

conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e

Artigos 11 e 12

Art 6deg Entende-se por cavidade natural

subterracircnea com grau de relevacircncia baixo

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

190

aquela cuja importacircncia de seus atributos

seja considerada

I ndash significativa sob enfoque local e baixa

sob enfoque regional ou

II ndash baixa sob enfoque local e regional

(hellip)

Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque local natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque regional natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Recomendou-se levar adiante os estudos de

cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para

conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das

cavidades situadas dentro da ADA

Para as cavidades da AID que foram

topografadas apoacutes o cruzamento das

informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto

na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas

cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do

Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do

Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se

tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas

com grau de relevacircncia baixo conforme o

disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e

12

Para as demais cavidades que estatildeo situadas

fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de

ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se

a topografia completa das cavidades

o levantamento da fauna e flora caverniacutecola

atraveacutes de estudos de bioespeleologia

a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do

conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave

comunidade de Paripiranga atraveacutes de um

programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de

palestras nas escolas da regiatildeo e para a

populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade

foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma

praacutetica emprestada das pesquisas de

Arqueologia quando ao final das atividades eacute

sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave

populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia

Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e

acompanhada da produccedilatildeo de materiais

educativos como cartilhas e cartazes para serem

distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de

despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da

preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da

regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das

propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem

realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos

impactos causados pela atividade mineradora ao

patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio

despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do

meio ambiente entre a os moradores da zona

rural

Ainda dentro das conclusotildees a respeito do

estudo realizado observou-se que o uso de uma

matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por

Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados

referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de

laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de

valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de

outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo

AGRADECIMENTOS

A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional

ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo

apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees

Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento

do projeto

REFEREcircNCIAS

ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE

Aracaju J Andrade 2007

AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute

2001

CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea

Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]

Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga

Page 5: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

184

foram localizadas e identificadas as feiccedilotildees

espeleoloacutegicas das cavidades objeto deste estudo

Os trabalhos de prospecccedilatildeo visaram aferir as

informaccedilotildees obtidas na fase de Levantamento das

informaccedilotildees primaacuterias e permitir seu registro e

processamento As entrevistas com moradores

locais principalmente aqueles que por

desenvolverem atividades como pesca extrativismo

vegetal ou mineral costumam se embrenhar nas

matas possuem um conhecimento da aacuterea objeto de

estudo e que auxiliou na localizaccedilatildeo de cavernas

que na regiatildeo normalmente recebem denominaccedilotildees

proacuteprias como furna lapa toca buraco gruta gruna

ou grota

3 DISCUSSOtildeES E RESULTADOS

Os dados obtidos em campo satildeo apresentados

a seguir atraveacutes da breve descriccedilatildeo das cavidades

seguido de ilustraccedilotildees que possam facilitar a

compreensatildeo e as dimensotildees das cavidades

analisadas A abordagem espeleoloacutegica teve por

objetivo descrever as caracteriacutesticas geoloacutegicas do

carste ndash tipo de rocha e controles estruturais ndash e as

feiccedilotildees geomorfoloacutegicas exoendocaacutersticas presentes

na aacuterea de estudo procurando assim relacionar os

aspectos morfogeneacuteticos das cavidades

caracterizando os tipos de sedimentos identificados

no interior e no entorno delas Foram caracterizados

os tipos de depoacutesitos sedimentares e suas relaccedilotildees

com possiacuteveis evidecircncias ou vestiacutegios

paleontoloacutegicos

31 Cavidades Estudadas

No processo de caracterizaccedilatildeo espeleoloacutegica

da ADA e AID foi possiacutevel identificar cavidades

naturais subterracircneas no entorno da ADA e no

interior da ADA No entorno ndash dentro da AID ndash

foram identificadas cinco cavidades Caverna do

Cupinzeiro Caverna do Descanso Gruta do Zumbi

Gruta do Encanto e Toca Boca de Forno No interior

da ADA foram identificados dois sumidouros e sete

cavidades naturais subterracircneas Gruta do Alto do

Morro Abismo Entupido Caverna da Presa I

Caverna da Presa II Fenda da Costura Fenda do

Maacutercio Toca do Escondido (Figura 1)

As cavidades objeto do estudo satildeo

apresentadas na tabela 1 com as suas respectivas

coordenadas geograacuteficas

Figura 1 Localizaccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas na ADA e na AID Fonte Preserv Ambiental

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

185

Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas

Cavidade Coordenadas UTM

Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094

Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038

Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006

Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036

Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986

Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101

Abismo Entupido 24 L 623058 8824017

Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133

Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107

Fenda da Costura 24 L 623047 8824006

Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024

Toca do Escondido 24 L 622749 8823926

32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas da ADA e AID

Para um melhor entendimento da importacircncia

das cavidades identificadas na ADA e na AID foi

utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)

de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas

Assim procurando seguir o que determina o artigo

5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto

66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de

agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio

ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o

modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores

para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN

022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque

regional e local seguindo as especificaccedilotildees para

maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia

espeleoloacutegica

Desta forma as cavidades foram avaliadas

segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e

variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009

Assim foram atribuiacutedos valores para as

caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1

(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com

valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas

caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo

final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute

visto na tabela 2

Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e

AID nos atributos que determinam o grau de

relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar

para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional

(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do

empreendimento natildeo existem cavidades naturais

subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o

modelo adotado

Superada a primeira etapa aquela que

enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia

empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e

o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas

tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos

considerados na anaacutelise Regional e Local para

definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA

e AID

As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas

8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de

relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque

regional e local e importacircncia significativa sob o

enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica

para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12

a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o

contexto regional e local Este modelo eacute visto como

o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de

forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes

de valores matemaacuteticos determinados para a sua

presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo

final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas existentes na ADA e AID do

empreendimento

Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009

Etapa Atividade Resultado

Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto

regional e local

Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia

Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Regional

Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Local

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

186

Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa

Relevacircncia

Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da

aacuterea de influecircncia das cavidades

Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia

Sigla Atributos

GEN Gecircnese uacutenica ou rara

MOR Morfologia uacutenica

DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume

ESP Espeleotemas uacutenicos

ISO Isolamento geograacutefico

ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em

risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais

HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou

relictos

TRO Habitat de trogloacutebio raro

INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas

CAV Cavidade testemunho

HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa

Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional

Sigla Classificaccedilatildeo

IAR Importacircncia Acentuada Regional

ISR Importacircncia Significativa Regional

IBR Importacircncia Baixa Regional

Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local

Sigla Classificaccedilatildeo

IAL Importacircncia Acentuada Local

ISL Importacircncia Significativa Local

IBL Importacircncia Baixa Local

Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Acentuada

Sigla Atributo

LOC Localidade tipo

ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante

TAX Presenccedila de taacutexons novos

RIQ Alta riqueza de espeacutecies

ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies

COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna

TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos

EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

187

TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio

PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho

ERR Presenccedila de espeacutecie rara

AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo

CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas

INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico

IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima

REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional

Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Significativa

Sigla Atributo

SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional

MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na

mesma unidade espeleoloacutegica

ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da

cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo

SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico

RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

188

Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de

Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta

Boca de

Forno

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do Zumbi

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Descanso

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Cupinzeiro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da Presa I

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do Maacutercio

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os

atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome

No

ta Classif

icaccedilatildeo

Gruta do

EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR

Gruta Boca

de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do

MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

INF

IRM

RE

C

VIS

AP

H

VO

L

EE

S

LA

G

DIV

CE

S

TR

G

ES

T

TO

B

PE

X

ER

R

AH

Z

LO

C

EC

I

TA

X

RIQ

AB

U

CO

M

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

189

Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os

atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto IBR ISL ISL

Toca Boca

de Forno IBR IBL IBL

Gruta do

Zumbi IBR IBL IBL

Caverna do

Descanso IBR IBL IBL

Caverna do

Cupinzeiro IBR IBL IBL

Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Alto do

Morro

IBR ISL ISL

Abismo

Entupido IBR ISL ISL

Caverna da

Presa I IBR IBL IBL

Caverna da

Presa II IBR IBL IBL

Fenda da

Costura IBR ISL ISL

Fenda do

Maacutercio IBR IBL IBL

Toca do

Escondido IBR IBL IBL

4 CONCLUSOtildeES

O municiacutepio de Paripiranga devido as suas

caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma

propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades

naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o

Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash

GMSE conseguiu registrar junto ao

CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades

Mesmo considerando-se que a maior parte deste

patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas

de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de

abismos alguns com profundidade variando entre

15 e 30 metros

Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em

campo e destacando a importacircncia da sua

localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os

seguintes pontos

por apresentarem as melhores condiccedilotildees de

deslocamento e principalmente de espaccedilo foram

topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta

do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do

Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no

Anexo

confrontando-se os dados obtidos em campo

com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-

se que as cavidades identificadas no interior da

ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa

Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da

Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido

ndash enquadram-se como cavidades naturais

subterracircneas com grau de relevacircncia baixo

conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e

Artigos 11 e 12

Art 6deg Entende-se por cavidade natural

subterracircnea com grau de relevacircncia baixo

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

190

aquela cuja importacircncia de seus atributos

seja considerada

I ndash significativa sob enfoque local e baixa

sob enfoque regional ou

II ndash baixa sob enfoque local e regional

(hellip)

Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque local natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque regional natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Recomendou-se levar adiante os estudos de

cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para

conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das

cavidades situadas dentro da ADA

Para as cavidades da AID que foram

topografadas apoacutes o cruzamento das

informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto

na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas

cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do

Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do

Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se

tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas

com grau de relevacircncia baixo conforme o

disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e

12

Para as demais cavidades que estatildeo situadas

fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de

ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se

a topografia completa das cavidades

o levantamento da fauna e flora caverniacutecola

atraveacutes de estudos de bioespeleologia

a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do

conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave

comunidade de Paripiranga atraveacutes de um

programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de

palestras nas escolas da regiatildeo e para a

populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade

foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma

praacutetica emprestada das pesquisas de

Arqueologia quando ao final das atividades eacute

sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave

populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia

Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e

acompanhada da produccedilatildeo de materiais

educativos como cartilhas e cartazes para serem

distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de

despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da

preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da

regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das

propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem

realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos

impactos causados pela atividade mineradora ao

patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio

despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do

meio ambiente entre a os moradores da zona

rural

Ainda dentro das conclusotildees a respeito do

estudo realizado observou-se que o uso de uma

matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por

Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados

referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de

laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de

valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de

outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo

AGRADECIMENTOS

A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional

ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo

apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees

Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento

do projeto

REFEREcircNCIAS

ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE

Aracaju J Andrade 2007

AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute

2001

CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea

Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]

Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga

Page 6: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

185

Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas

Cavidade Coordenadas UTM

Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094

Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038

Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006

Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036

Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986

Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101

Abismo Entupido 24 L 623058 8824017

Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133

Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107

Fenda da Costura 24 L 623047 8824006

Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024

Toca do Escondido 24 L 622749 8823926

32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas da ADA e AID

Para um melhor entendimento da importacircncia

das cavidades identificadas na ADA e na AID foi

utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)

de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas

Assim procurando seguir o que determina o artigo

5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto

66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de

agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio

ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o

modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores

para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN

022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque

regional e local seguindo as especificaccedilotildees para

maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia

espeleoloacutegica

Desta forma as cavidades foram avaliadas

segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e

variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009

Assim foram atribuiacutedos valores para as

caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1

(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com

valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas

caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo

final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute

visto na tabela 2

Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e

AID nos atributos que determinam o grau de

relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar

para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional

(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do

empreendimento natildeo existem cavidades naturais

subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o

modelo adotado

Superada a primeira etapa aquela que

enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia

empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e

o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas

tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos

considerados na anaacutelise Regional e Local para

definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA

e AID

As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas

8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de

relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque

regional e local e importacircncia significativa sob o

enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica

para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12

a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o

contexto regional e local Este modelo eacute visto como

o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de

forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes

de valores matemaacuteticos determinados para a sua

presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo

final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais

subterracircneas existentes na ADA e AID do

empreendimento

Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009

Etapa Atividade Resultado

Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto

regional e local

Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia

Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Regional

Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia

Acentuada Significativa ou Baixa Local

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

186

Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa

Relevacircncia

Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da

aacuterea de influecircncia das cavidades

Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia

Sigla Atributos

GEN Gecircnese uacutenica ou rara

MOR Morfologia uacutenica

DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume

ESP Espeleotemas uacutenicos

ISO Isolamento geograacutefico

ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em

risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais

HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou

relictos

TRO Habitat de trogloacutebio raro

INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas

CAV Cavidade testemunho

HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa

Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional

Sigla Classificaccedilatildeo

IAR Importacircncia Acentuada Regional

ISR Importacircncia Significativa Regional

IBR Importacircncia Baixa Regional

Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local

Sigla Classificaccedilatildeo

IAL Importacircncia Acentuada Local

ISL Importacircncia Significativa Local

IBL Importacircncia Baixa Local

Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Acentuada

Sigla Atributo

LOC Localidade tipo

ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante

TAX Presenccedila de taacutexons novos

RIQ Alta riqueza de espeacutecies

ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies

COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna

TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos

EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

187

TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio

PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho

ERR Presenccedila de espeacutecie rara

AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo

CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas

INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico

IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima

REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional

Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Significativa

Sigla Atributo

SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional

MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na

mesma unidade espeleoloacutegica

ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da

cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo

SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico

RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

188

Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de

Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta

Boca de

Forno

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do Zumbi

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Descanso

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Cupinzeiro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da Presa I

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do Maacutercio

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os

atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome

No

ta Classif

icaccedilatildeo

Gruta do

EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR

Gruta Boca

de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do

MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

INF

IRM

RE

C

VIS

AP

H

VO

L

EE

S

LA

G

DIV

CE

S

TR

G

ES

T

TO

B

PE

X

ER

R

AH

Z

LO

C

EC

I

TA

X

RIQ

AB

U

CO

M

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

189

Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os

atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto IBR ISL ISL

Toca Boca

de Forno IBR IBL IBL

Gruta do

Zumbi IBR IBL IBL

Caverna do

Descanso IBR IBL IBL

Caverna do

Cupinzeiro IBR IBL IBL

Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Alto do

Morro

IBR ISL ISL

Abismo

Entupido IBR ISL ISL

Caverna da

Presa I IBR IBL IBL

Caverna da

Presa II IBR IBL IBL

Fenda da

Costura IBR ISL ISL

Fenda do

Maacutercio IBR IBL IBL

Toca do

Escondido IBR IBL IBL

4 CONCLUSOtildeES

O municiacutepio de Paripiranga devido as suas

caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma

propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades

naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o

Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash

GMSE conseguiu registrar junto ao

CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades

Mesmo considerando-se que a maior parte deste

patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas

de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de

abismos alguns com profundidade variando entre

15 e 30 metros

Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em

campo e destacando a importacircncia da sua

localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os

seguintes pontos

por apresentarem as melhores condiccedilotildees de

deslocamento e principalmente de espaccedilo foram

topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta

do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do

Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no

Anexo

confrontando-se os dados obtidos em campo

com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-

se que as cavidades identificadas no interior da

ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa

Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da

Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido

ndash enquadram-se como cavidades naturais

subterracircneas com grau de relevacircncia baixo

conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e

Artigos 11 e 12

Art 6deg Entende-se por cavidade natural

subterracircnea com grau de relevacircncia baixo

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

190

aquela cuja importacircncia de seus atributos

seja considerada

I ndash significativa sob enfoque local e baixa

sob enfoque regional ou

II ndash baixa sob enfoque local e regional

(hellip)

Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque local natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque regional natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Recomendou-se levar adiante os estudos de

cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para

conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das

cavidades situadas dentro da ADA

Para as cavidades da AID que foram

topografadas apoacutes o cruzamento das

informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto

na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas

cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do

Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do

Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se

tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas

com grau de relevacircncia baixo conforme o

disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e

12

Para as demais cavidades que estatildeo situadas

fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de

ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se

a topografia completa das cavidades

o levantamento da fauna e flora caverniacutecola

atraveacutes de estudos de bioespeleologia

a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do

conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave

comunidade de Paripiranga atraveacutes de um

programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de

palestras nas escolas da regiatildeo e para a

populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade

foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma

praacutetica emprestada das pesquisas de

Arqueologia quando ao final das atividades eacute

sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave

populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia

Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e

acompanhada da produccedilatildeo de materiais

educativos como cartilhas e cartazes para serem

distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de

despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da

preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da

regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das

propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem

realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos

impactos causados pela atividade mineradora ao

patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio

despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do

meio ambiente entre a os moradores da zona

rural

Ainda dentro das conclusotildees a respeito do

estudo realizado observou-se que o uso de uma

matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por

Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados

referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de

laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de

valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de

outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo

AGRADECIMENTOS

A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional

ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo

apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees

Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento

do projeto

REFEREcircNCIAS

ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE

Aracaju J Andrade 2007

AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute

2001

CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea

Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]

Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga

Page 7: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

186

Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa

Relevacircncia

Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da

aacuterea de influecircncia das cavidades

Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia

Sigla Atributos

GEN Gecircnese uacutenica ou rara

MOR Morfologia uacutenica

DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume

ESP Espeleotemas uacutenicos

ISO Isolamento geograacutefico

ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em

risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais

HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou

relictos

TRO Habitat de trogloacutebio raro

INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas

CAV Cavidade testemunho

HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa

Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional

Sigla Classificaccedilatildeo

IAR Importacircncia Acentuada Regional

ISR Importacircncia Significativa Regional

IBR Importacircncia Baixa Regional

Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local

Sigla Classificaccedilatildeo

IAL Importacircncia Acentuada Local

ISL Importacircncia Significativa Local

IBL Importacircncia Baixa Local

Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Acentuada

Sigla Atributo

LOC Localidade tipo

ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante

TAX Presenccedila de taacutexons novos

RIQ Alta riqueza de espeacutecies

ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies

COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna

TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos

EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

187

TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio

PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho

ERR Presenccedila de espeacutecie rara

AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo

CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas

INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico

IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima

REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional

Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Significativa

Sigla Atributo

SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional

MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na

mesma unidade espeleoloacutegica

ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da

cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo

SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico

RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

188

Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de

Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta

Boca de

Forno

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do Zumbi

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Descanso

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Cupinzeiro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da Presa I

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do Maacutercio

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os

atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome

No

ta Classif

icaccedilatildeo

Gruta do

EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR

Gruta Boca

de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do

MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

INF

IRM

RE

C

VIS

AP

H

VO

L

EE

S

LA

G

DIV

CE

S

TR

G

ES

T

TO

B

PE

X

ER

R

AH

Z

LO

C

EC

I

TA

X

RIQ

AB

U

CO

M

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

189

Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os

atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto IBR ISL ISL

Toca Boca

de Forno IBR IBL IBL

Gruta do

Zumbi IBR IBL IBL

Caverna do

Descanso IBR IBL IBL

Caverna do

Cupinzeiro IBR IBL IBL

Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Alto do

Morro

IBR ISL ISL

Abismo

Entupido IBR ISL ISL

Caverna da

Presa I IBR IBL IBL

Caverna da

Presa II IBR IBL IBL

Fenda da

Costura IBR ISL ISL

Fenda do

Maacutercio IBR IBL IBL

Toca do

Escondido IBR IBL IBL

4 CONCLUSOtildeES

O municiacutepio de Paripiranga devido as suas

caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma

propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades

naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o

Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash

GMSE conseguiu registrar junto ao

CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades

Mesmo considerando-se que a maior parte deste

patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas

de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de

abismos alguns com profundidade variando entre

15 e 30 metros

Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em

campo e destacando a importacircncia da sua

localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os

seguintes pontos

por apresentarem as melhores condiccedilotildees de

deslocamento e principalmente de espaccedilo foram

topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta

do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do

Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no

Anexo

confrontando-se os dados obtidos em campo

com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-

se que as cavidades identificadas no interior da

ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa

Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da

Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido

ndash enquadram-se como cavidades naturais

subterracircneas com grau de relevacircncia baixo

conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e

Artigos 11 e 12

Art 6deg Entende-se por cavidade natural

subterracircnea com grau de relevacircncia baixo

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

190

aquela cuja importacircncia de seus atributos

seja considerada

I ndash significativa sob enfoque local e baixa

sob enfoque regional ou

II ndash baixa sob enfoque local e regional

(hellip)

Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque local natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque regional natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Recomendou-se levar adiante os estudos de

cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para

conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das

cavidades situadas dentro da ADA

Para as cavidades da AID que foram

topografadas apoacutes o cruzamento das

informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto

na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas

cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do

Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do

Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se

tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas

com grau de relevacircncia baixo conforme o

disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e

12

Para as demais cavidades que estatildeo situadas

fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de

ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se

a topografia completa das cavidades

o levantamento da fauna e flora caverniacutecola

atraveacutes de estudos de bioespeleologia

a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do

conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave

comunidade de Paripiranga atraveacutes de um

programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de

palestras nas escolas da regiatildeo e para a

populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade

foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma

praacutetica emprestada das pesquisas de

Arqueologia quando ao final das atividades eacute

sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave

populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia

Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e

acompanhada da produccedilatildeo de materiais

educativos como cartilhas e cartazes para serem

distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de

despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da

preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da

regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das

propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem

realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos

impactos causados pela atividade mineradora ao

patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio

despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do

meio ambiente entre a os moradores da zona

rural

Ainda dentro das conclusotildees a respeito do

estudo realizado observou-se que o uso de uma

matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por

Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados

referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de

laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de

valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de

outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo

AGRADECIMENTOS

A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional

ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo

apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees

Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento

do projeto

REFEREcircNCIAS

ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE

Aracaju J Andrade 2007

AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute

2001

CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea

Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]

Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga

Page 8: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

187

TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio

PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho

ERR Presenccedila de espeacutecie rara

AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo

CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas

INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico

IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima

REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional

Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e

local em Importacircncia Significativa

Sigla Atributo

SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional

MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma

unidade espeleoloacutegica

MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na

mesma unidade espeleoloacutegica

ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade

espeleoloacutegica

PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras

LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da

cavidade

DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo

SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico

RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade

USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

188

Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de

Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta

Boca de

Forno

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do Zumbi

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Descanso

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Cupinzeiro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da Presa I

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do Maacutercio

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os

atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome

No

ta Classif

icaccedilatildeo

Gruta do

EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR

Gruta Boca

de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do

MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

INF

IRM

RE

C

VIS

AP

H

VO

L

EE

S

LA

G

DIV

CE

S

TR

G

ES

T

TO

B

PE

X

ER

R

AH

Z

LO

C

EC

I

TA

X

RIQ

AB

U

CO

M

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

189

Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os

atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto IBR ISL ISL

Toca Boca

de Forno IBR IBL IBL

Gruta do

Zumbi IBR IBL IBL

Caverna do

Descanso IBR IBL IBL

Caverna do

Cupinzeiro IBR IBL IBL

Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Alto do

Morro

IBR ISL ISL

Abismo

Entupido IBR ISL ISL

Caverna da

Presa I IBR IBL IBL

Caverna da

Presa II IBR IBL IBL

Fenda da

Costura IBR ISL ISL

Fenda do

Maacutercio IBR IBL IBL

Toca do

Escondido IBR IBL IBL

4 CONCLUSOtildeES

O municiacutepio de Paripiranga devido as suas

caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma

propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades

naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o

Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash

GMSE conseguiu registrar junto ao

CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades

Mesmo considerando-se que a maior parte deste

patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas

de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de

abismos alguns com profundidade variando entre

15 e 30 metros

Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em

campo e destacando a importacircncia da sua

localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os

seguintes pontos

por apresentarem as melhores condiccedilotildees de

deslocamento e principalmente de espaccedilo foram

topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta

do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do

Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no

Anexo

confrontando-se os dados obtidos em campo

com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-

se que as cavidades identificadas no interior da

ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa

Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da

Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido

ndash enquadram-se como cavidades naturais

subterracircneas com grau de relevacircncia baixo

conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e

Artigos 11 e 12

Art 6deg Entende-se por cavidade natural

subterracircnea com grau de relevacircncia baixo

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

190

aquela cuja importacircncia de seus atributos

seja considerada

I ndash significativa sob enfoque local e baixa

sob enfoque regional ou

II ndash baixa sob enfoque local e regional

(hellip)

Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque local natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque regional natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Recomendou-se levar adiante os estudos de

cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para

conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das

cavidades situadas dentro da ADA

Para as cavidades da AID que foram

topografadas apoacutes o cruzamento das

informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto

na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas

cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do

Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do

Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se

tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas

com grau de relevacircncia baixo conforme o

disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e

12

Para as demais cavidades que estatildeo situadas

fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de

ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se

a topografia completa das cavidades

o levantamento da fauna e flora caverniacutecola

atraveacutes de estudos de bioespeleologia

a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do

conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave

comunidade de Paripiranga atraveacutes de um

programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de

palestras nas escolas da regiatildeo e para a

populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade

foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma

praacutetica emprestada das pesquisas de

Arqueologia quando ao final das atividades eacute

sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave

populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia

Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e

acompanhada da produccedilatildeo de materiais

educativos como cartilhas e cartazes para serem

distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de

despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da

preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da

regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das

propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem

realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos

impactos causados pela atividade mineradora ao

patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio

despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do

meio ambiente entre a os moradores da zona

rural

Ainda dentro das conclusotildees a respeito do

estudo realizado observou-se que o uso de uma

matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por

Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados

referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de

laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de

valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de

outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo

AGRADECIMENTOS

A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional

ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo

apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees

Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento

do projeto

REFEREcircNCIAS

ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE

Aracaju J Andrade 2007

AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute

2001

CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea

Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]

Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga

Page 9: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

188

Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de

Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta

Boca de

Forno

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do Zumbi

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Descanso

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

do

Cupinzeiro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da Presa I

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna

da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do Maacutercio

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os

atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome

No

ta Classif

icaccedilatildeo

Gruta do

EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR

Gruta Boca

de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna do

CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Gruta do

Alto do

Morro

A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Abismo

EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Caverna da

Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda da

CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Fenda do

MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

Toca do

EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR

INF

IRM

RE

C

VIS

AP

H

VO

L

EE

S

LA

G

DIV

CE

S

TR

G

ES

T

TO

B

PE

X

ER

R

AH

Z

LO

C

EC

I

TA

X

RIQ

AB

U

CO

M

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

189

Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os

atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto IBR ISL ISL

Toca Boca

de Forno IBR IBL IBL

Gruta do

Zumbi IBR IBL IBL

Caverna do

Descanso IBR IBL IBL

Caverna do

Cupinzeiro IBR IBL IBL

Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Alto do

Morro

IBR ISL ISL

Abismo

Entupido IBR ISL ISL

Caverna da

Presa I IBR IBL IBL

Caverna da

Presa II IBR IBL IBL

Fenda da

Costura IBR ISL ISL

Fenda do

Maacutercio IBR IBL IBL

Toca do

Escondido IBR IBL IBL

4 CONCLUSOtildeES

O municiacutepio de Paripiranga devido as suas

caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma

propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades

naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o

Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash

GMSE conseguiu registrar junto ao

CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades

Mesmo considerando-se que a maior parte deste

patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas

de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de

abismos alguns com profundidade variando entre

15 e 30 metros

Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em

campo e destacando a importacircncia da sua

localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os

seguintes pontos

por apresentarem as melhores condiccedilotildees de

deslocamento e principalmente de espaccedilo foram

topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta

do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do

Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no

Anexo

confrontando-se os dados obtidos em campo

com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-

se que as cavidades identificadas no interior da

ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa

Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da

Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido

ndash enquadram-se como cavidades naturais

subterracircneas com grau de relevacircncia baixo

conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e

Artigos 11 e 12

Art 6deg Entende-se por cavidade natural

subterracircnea com grau de relevacircncia baixo

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

190

aquela cuja importacircncia de seus atributos

seja considerada

I ndash significativa sob enfoque local e baixa

sob enfoque regional ou

II ndash baixa sob enfoque local e regional

(hellip)

Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque local natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque regional natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Recomendou-se levar adiante os estudos de

cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para

conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das

cavidades situadas dentro da ADA

Para as cavidades da AID que foram

topografadas apoacutes o cruzamento das

informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto

na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas

cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do

Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do

Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se

tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas

com grau de relevacircncia baixo conforme o

disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e

12

Para as demais cavidades que estatildeo situadas

fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de

ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se

a topografia completa das cavidades

o levantamento da fauna e flora caverniacutecola

atraveacutes de estudos de bioespeleologia

a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do

conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave

comunidade de Paripiranga atraveacutes de um

programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de

palestras nas escolas da regiatildeo e para a

populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade

foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma

praacutetica emprestada das pesquisas de

Arqueologia quando ao final das atividades eacute

sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave

populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia

Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e

acompanhada da produccedilatildeo de materiais

educativos como cartilhas e cartazes para serem

distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de

despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da

preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da

regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das

propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem

realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos

impactos causados pela atividade mineradora ao

patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio

despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do

meio ambiente entre a os moradores da zona

rural

Ainda dentro das conclusotildees a respeito do

estudo realizado observou-se que o uso de uma

matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por

Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados

referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de

laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de

valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de

outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo

AGRADECIMENTOS

A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional

ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo

apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees

Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento

do projeto

REFEREcircNCIAS

ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE

Aracaju J Andrade 2007

AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute

2001

CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea

Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]

Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga

Page 10: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

189

Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os

atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)

Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo

Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL

Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL

Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Encanto IBR ISL ISL

Toca Boca

de Forno IBR IBL IBL

Gruta do

Zumbi IBR IBL IBL

Caverna do

Descanso IBR IBL IBL

Caverna do

Cupinzeiro IBR IBL IBL

Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA

Nome Contexto

Regional

Contexto

Local Classificaccedilatildeo

Gruta do

Alto do

Morro

IBR ISL ISL

Abismo

Entupido IBR ISL ISL

Caverna da

Presa I IBR IBL IBL

Caverna da

Presa II IBR IBL IBL

Fenda da

Costura IBR ISL ISL

Fenda do

Maacutercio IBR IBL IBL

Toca do

Escondido IBR IBL IBL

4 CONCLUSOtildeES

O municiacutepio de Paripiranga devido as suas

caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma

propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades

naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o

Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash

GMSE conseguiu registrar junto ao

CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades

Mesmo considerando-se que a maior parte deste

patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas

de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de

abismos alguns com profundidade variando entre

15 e 30 metros

Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em

campo e destacando a importacircncia da sua

localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os

seguintes pontos

por apresentarem as melhores condiccedilotildees de

deslocamento e principalmente de espaccedilo foram

topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta

do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do

Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no

Anexo

confrontando-se os dados obtidos em campo

com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-

se que as cavidades identificadas no interior da

ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa

Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da

Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido

ndash enquadram-se como cavidades naturais

subterracircneas com grau de relevacircncia baixo

conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e

Artigos 11 e 12

Art 6deg Entende-se por cavidade natural

subterracircnea com grau de relevacircncia baixo

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

190

aquela cuja importacircncia de seus atributos

seja considerada

I ndash significativa sob enfoque local e baixa

sob enfoque regional ou

II ndash baixa sob enfoque local e regional

(hellip)

Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque local natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque regional natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Recomendou-se levar adiante os estudos de

cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para

conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das

cavidades situadas dentro da ADA

Para as cavidades da AID que foram

topografadas apoacutes o cruzamento das

informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto

na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas

cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do

Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do

Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se

tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas

com grau de relevacircncia baixo conforme o

disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e

12

Para as demais cavidades que estatildeo situadas

fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de

ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se

a topografia completa das cavidades

o levantamento da fauna e flora caverniacutecola

atraveacutes de estudos de bioespeleologia

a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do

conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave

comunidade de Paripiranga atraveacutes de um

programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de

palestras nas escolas da regiatildeo e para a

populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade

foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma

praacutetica emprestada das pesquisas de

Arqueologia quando ao final das atividades eacute

sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave

populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia

Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e

acompanhada da produccedilatildeo de materiais

educativos como cartilhas e cartazes para serem

distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de

despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da

preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da

regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das

propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem

realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos

impactos causados pela atividade mineradora ao

patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio

despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do

meio ambiente entre a os moradores da zona

rural

Ainda dentro das conclusotildees a respeito do

estudo realizado observou-se que o uso de uma

matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por

Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados

referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de

laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de

valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de

outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo

AGRADECIMENTOS

A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional

ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo

apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees

Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento

do projeto

REFEREcircNCIAS

ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE

Aracaju J Andrade 2007

AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute

2001

CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea

Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]

Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga

Page 11: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

190

aquela cuja importacircncia de seus atributos

seja considerada

I ndash significativa sob enfoque local e baixa

sob enfoque regional ou

II ndash baixa sob enfoque local e regional

(hellip)

Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque local natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de

atributos sob enfoque regional natildeo for

considerada de importacircncia acentuada ou

significativa seraacute por exclusatildeo considerada

de importacircncia baixa

Recomendou-se levar adiante os estudos de

cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para

conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das

cavidades situadas dentro da ADA

Para as cavidades da AID que foram

topografadas apoacutes o cruzamento das

informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto

na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas

cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do

Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do

Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se

tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas

com grau de relevacircncia baixo conforme o

disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e

12

Para as demais cavidades que estatildeo situadas

fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de

ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se

a topografia completa das cavidades

o levantamento da fauna e flora caverniacutecola

atraveacutes de estudos de bioespeleologia

a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do

conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave

comunidade de Paripiranga atraveacutes de um

programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de

palestras nas escolas da regiatildeo e para a

populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade

foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma

praacutetica emprestada das pesquisas de

Arqueologia quando ao final das atividades eacute

sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave

populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia

Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e

acompanhada da produccedilatildeo de materiais

educativos como cartilhas e cartazes para serem

distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de

despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da

preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da

regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das

propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem

realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos

impactos causados pela atividade mineradora ao

patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio

despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do

meio ambiente entre a os moradores da zona

rural

Ainda dentro das conclusotildees a respeito do

estudo realizado observou-se que o uso de uma

matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por

Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados

referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de

laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de

valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de

outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo

AGRADECIMENTOS

A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional

ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo

apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees

Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento

do projeto

REFEREcircNCIAS

ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE

Aracaju J Andrade 2007

AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute

2001

CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea

Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]

Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga

Page 12: O uso de Matriz de Valoração no levantamento espeleológico

ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia

------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr

191

IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf

icos-informacoes-completas Acessado em 31032017

MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de

2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais

subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71

SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda

Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011

Anexo

Figura AI Gruta do Zumbi

Figura AII Gruta do Alto do Morro

Figura AIII Gruta da Presa I

i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga