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O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA ENSINAR HISTÓRIA ANTIGA

AOS ALUNOS DO 6º ANO Ilza Maria Ribeiro Bonacin de Oliveira1

RESUMO

O presente artigo faz parte das atividades do PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional - da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e busca relatar os resultados do projeto de intervenção pedagógica desenvolvido no primeiro semestre de 2017 com alunos do sexto ano do Ensino Fundamental II do Colégio Estadual Barbosa Ferraz, na cidade de Andirá- Paraná. Esta proposta tem como principal objetivo principal contribuir com atividades de análise de imagens e fazer com que essas experiências em sala de aula criem situações que façam os alunos interagir, trocar informações e indagar, formando um ambiente de aprendizagem mais prazeroso e significativo. A implementação deste material visa despertar uma motivação nos alunos, efetivando a aprendizagem. Acredita-se que este trabalho poderá propor aos alunos formas diferentes de compreender a disciplina de História. Proporcionar a interpretação a partir da exposição de várias imagens da História Antiga, contribuindo para que os alunos, em seu cotidiano, busquem um olhar mais crítico. Palavras-chave: Imagem; Metodologia; Aprendizagem.

1- INTRODUÇÃO

Vivemos num tempo em que as imagens produzidas por meio das

técnicas de reprodutibilidade tendem a suplantar o signo escrito. A fotografia,

as imagens reproduzidas na televisão, e na internet, o cartaz, a publicidade

são meios de chamar atenção dos homens pelos olhos, por mensagens

instantâneas e abreviadas que exigem uma rápida interpretação, moldando

novas formas de ver e de sentir.

1 Professora de História com licenciatura em História- pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Jacarezinho- Paraná, Pós-Graduada em Metodologia do Ensino de História. Atua no Col. Estadual Barbosa Ferraz, concluinte do PDE 2016/17.

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Num mundo de representações, as imagens se inserem cada vez

mais na tentativa de apreensão e compreensão do real. Aparentemente, a

documentação visual se transmite sem a mediação verbal. Contudo, essa

transmissão se detém muito rapidamente, exigindo ou procurando

complementar-se ou ser substituída por outras linguagens.

Considerando que a imagem ocupa um espaço privilegiado de

formação e informação na sociedade atual, compreende-se que cabe ao

professor de História promover análise com discussão aprofundada sobre os

processos de produção, distribuição e recepção da imagem. Tendo em vista

que os livros didáticos trazem várias imagens que permitem o uso de uma

metodologia capaz de mostra-se relevante para a construção da criticidade

nos alunos, já que ao ler e analisar uma imagem estará exigindo do aluno

uma participação na aula de História, o objetivo deste trabalho é discutir o

papel e a importância que a imagem tem ocupado no processo de ensino-

aprendizagem e apresentar uma proposta para uso de imagens na sala de

aula.

Em sala de aula o uso de imagens para o estudo dos conteúdos se

torna instigante por proporcionar o contato direto com fontes documentais e

possibilitar acesso a construção do conhecimento. Ler imagens é ampliar a

percepção do passado.

Entender que a História é uma disciplina que permite a utilização de

diversas linguagens é um desafio para os professores. Assim para Maria

Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli alertam: Esses profissionais tiveram

de, além de compreender a natureza das novas linguagens e incorporá-las,

perceberem-nas legitimadas como fonte para o estudo e a reconstrução do

passado. (SCHMIDT, CAINELLI, 2009.)

Por isso, ao analisar uma imagem, devemos perceber seus silêncios e

decifrar seus códigos, visto que a mesma não reproduz a realidade, mas a

reconstrói a partir de uma linguagem própria.

Page 4: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

Essas imagens, com suas especificidades, são produzidas

diferentemente, sendo algumas delas criadas como material didático e

outras, posteriormente, transformadas em recursos didáticos, como é o caso

de filmes de ficção ou fotos. (BITTENCOURT-2005.)

Levando em conta que a imagem não é a representação do real, mas

sim criar uma nova crítica que possa contribuir com a aprendizagem em sala

de aula. Bittencourt (2005) sugere que:

Toda imagem é histórica. O marco de sua

produção e o momento da sua execução estão

decalcados nas superfícies da foto, do quadro,

da escultura, da fachada do edifício. A história

embrenha as imagens, nas opções realizadas

por quem escolhe uma expressão e um

conteúdo, compondo através de signos de

natureza não verbal, objetos de civilização,

significados de cultura. (BITTENCOURT, 2005,

p.384)

Sabendo trabalhar corretamente com as imagens, portanto, o professor

pode tirar vantagem de como vão auxiliar na aprendizagem dos alunos em

sala de aula. Bittencourt (2005) afirma que:

Diferentes imagens completaram e integraram as

aulas, transformando o projeto em importante

prática de ensino que merece ser compartilhada

por todos os que acreditam nas contribuições

que a História pode oferecer na formação

intelectual de nossos alunos. Ele é exemplar

também como um trabalho comprometido com

as questões de discriminação e preconceitos

presentes em nossa sociedade nos dias atuais.

(BITTENCOURT, 2005, p.387).

Page 5: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

Diante da extensão de conteúdos que abrange a História Antiga,

daremos destaque para a Mesopotâmia e o Egito Antigo, os quais serão

trabalhadas atividades didáticas baseadas nas imagens que o livro didático

contempla e outras inseridas e explicadas pelo professor. Um dos principais

objetivos da disciplina de história é levar os alunos a conseguirem verbalizar

e escrever sobre os conteúdos estudados, utilizando-os para melhor

entender ou explicar sua realidade, relacionando o presente com o passado,

posicionando-se diante dessa realidade, situando-se diante dela e

questionando-a, quando necessário.

2- IMAGEM E HISTÓRIA

O ensino de História tem o objetivo proporcionar aos alunos a

oportunidade de reconhecer e analisar o campo social, econômico, cultural e

político no qual está inserido, portanto se faz necessário dar instrumentos

para que isso ocorra, assim o indivíduo pode perceber que tem o seu espaço

na sociedade, tornando-se um cidadão crítico e consciente. É importante

que os alunos saibam como ocorre a produção do conhecimento histórico,

como afirmam as Diretrizes Curriculares da Educação básica de História,

“(...) a finalidade do ensino de História é a formação de um pensamento

histórico a partir da produção do conhecimento” (Paraná, 2008, p.47).

No estudo de uma imagem destacamos a necessidade de se fazer

uma descrição atenta do que se está observando, enfatizando os traços

importantes e que podem ajudar no sentido geral da imagem. Observar as

construções e as paisagens e estabelecer ligações entre esses elementos e

os personagens retratados. Isso pode fornecer pistas para uma investigação

mais profunda. É importante interpretar o significado do que está sendo

representado, nesta hora é importante fazer uso da imaginação. O título ou a

legenda, o autor, o tipo de imagem, a sua origem e a data que foi produzida,

Page 6: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

podem trazer informações importantes. Quem são as pessoas que

aparecem representadas? Que funções podem ter os objetos que

aparecem? O que o uso desses objetos pode indicar? Como se relacionam

com o contexto histórico em que foram produzidos? São questões que

podem auxiliar na interpretação da imagem.

Bittencourt (2004) em sua obra analisa a utilização das imagens no

ensino de História. Esta autora relata que imagens mesmo sustentadas em

diferentes suportes, como quadros, vitrais, desenhos rupestres, etc. podem

formar uma série de representações iconográficas. Tais representações são

reproduzidas por grande quantidade de técnicas e se distinguem das

chamadas “imagens tecnológicas”, são importantes registros para o

conhecimento da arte e das formas de comunicação de sociedades e grupos

diversos. Os métodos de análise dessas diferentes imagens necessitam

estabelecer relações com outras fontes, notadamente com os textos

escritos.

Parafraseando (Bittencourt, 2004) as propostas pedagógicas para o uso

da imagem são, em síntese, as seguintes: a) na seleção de imagens, um

primeiro ponto a levar em conta é a escolha de imagens fortes que sejam

capazes de causar um impacto visual, para motivá-los e de trazer

informações substantivas sobre o tema ou gerar questionamentos; b) o

estudo da fotografia pode favorecer o entendimento das mudanças e

permanências, por intermédio de um estudo comparativo; c) com base em

fotos de dois períodos, os alunos podem identificar o espaço e as mudanças

ocorridas, além das diferenças entre as fotos no aspecto mais técnico; d)

pinturas em diferentes suportes, como quadros, vitrais, desenhos rupestres e

toda uma série de representações iconográficas, que são produzidas por

grande quantidade de técnicas e se distinguem das chamadas imagens

tecnológicas, são importantes registros para o conhecimento da arte e das

formas de comunicação de sociedades e grupos diversos. Os métodos de

análise dessas diferentes imagens necessitam estabelecer relações com

outras fontes, notadamente com os textos escritos.

Page 7: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

O trabalho com imagens históricas em sala de aula conforme nos

orientam Maria Auxiliadora Schmidt & Marlene Cainelli (2004), depende da

concepção que se tem a seu respeito, dos objetivos que se querem atingir e

das estratégias propostas para sua concretização. Assim, a utilização do

documento histórico em sala de aula segundo as autoras, contribui para

ilustrar o tema trabalhado no que se refere à natureza do documento

histórico ou a sua concepção, para reforçar o que for falado pelo professor,

que é a fonte de informação que desenvolve no aluno a capacidade de

absorver, descrever, memorizar, criticar, pertencer, inserir-se, modificar e

atuar. Portanto, a confrontação entre diferentes tipos de documentos

escritos, iconográficos e depoimentos orais é importante porque o aluno

pode construir relações de semelhanças e diferenças, ajuda ainda buscar

informações sobre as gerações. Essa estratégia desenvolve a capacidade

de comparar, localizar, classificar e abstrair conhecimentos históricos.

O professor conforme dizem Maria Auxiliadora Schmidt & Marlene

Cainelli (2004), pode estabelecer regras mais abertas, estimulando a

participação do aluno individual e em grupos, mas os documentos ao serem

apresentados devem ser selecionados de modo que provoquem a

admiração e o interesse dos alunos, mobilizem referencias e contribuam

para a construção de novas argumentações históricas. Essa estratégia pode

ajudar a desenvolver no aluno a capacidade de estabelecer relações e

generalizações, perceber localizações históricas, observar mudanças e

permanências e construir enunciados, mobilizando assim o seu

conhecimento, porém, será necessária a compreensão do mesmo, pois

também é um veículo, um instrumento que não revela nada por si só, mas

serve para responder as questões do aluno e do professor. As atividades

desenvolvidas no estudo dos documentos como fonte de respostas para as

hipóteses ou problemas, podem ajudar a construir interferências –

raciocínios.

Page 8: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

3- IMAGEM NA ESCOLA.

Sabemos que estamos vivendo num contexto rodeados de imagens,

os educadores maneira geral ainda não utilizam métodos de ensino, que

façam da imagem o ponto de partida para a construção do conhecimento.

Segundo Bittencourt (2005), no ensino de história, as imagens que ilustram

os livros didáticos de História têm tido um significativo crescimento desde a

segunda metade do século XX. Embora se constate uma crescente

produção iconográfica à serviço da educação, pesquisas envolvendo a

aplicação dessas imagens no campo dos estudos históricos ainda são

incipientes. A maior parte dessas pesquisas tem envolvido investigações

cuja problemática corresponde utilização de métodos que integrem a história

escolar e as pesquisas historiográficas.

A autora Circe Bittencourt (2005) vê a emergência das novas

tecnologias da informação como ferramentas importantes no ensino de

História, porém com certas ressalvas. Na concepção da autora as propostas

de renovação dos métodos de ensino pelos atuais currículos, inclui tanto

uma articulação entre conteúdo e método, quanto uma articulação entre

ensino e as novas tecnologias. Porém, a Tecnologia por si só, sem a

mediação do professor não poderá dar conta da aprendizagem. Ela é

apenas instrumento para favorecer a aprendizagem, se for usada

adequadamente. O professor fica como mediador entre o objeto a ser

conhecido e o aluno e este assume papel ativo e participante. Assim a

tecnologia é ferramenta, devendo o professor introduzi-la da melhor maneira

à sua prática de ensino, dentro de sua metodologia de trabalho.

O principal objetivo desta proposta não é ler uma imagem

identificando apenas seus elementos formais isoladamente, mas reconhecer

as manifestações e expressões de cada povo da antiguidade.

É importante salientar que esta mudança nos paradigmas

educacionais, enfocando a imagem como recurso metodológico parte da

Page 9: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

formação dos professores, a qual ainda caminha a passos lentos e muitas

vezes não acompanha o processo de evolução ou os problemas que surgem

no dia- a- dia de sala de aula, por isso este programa do PDE é fundamental

para que esta mudança ocorra de forma que atenda as reais necessidades

da escola.

4- MATERIAL DIDÁTICO

A partir das considerações sobre as necessidades de uma

metodologia no ensino com imagens, e como uma das etapas do PDE

desenvolveu-se uma unidade didática com sugestões de atividades

direcionadas aos professores, abordando diferentes possibilidades de

leituras. Foram então escolhidas algumas imagens enfocando temas

específicos sobre a história antiga, dando destaque para os conteúdos:

Mesopotâmia e Egito Antigo. É importante ressaltar que estes exercícios de

leitura de imagem tem como finalidade o estímulo da observação para

melhor compreensão da época dos conteúdos levando o aluno a entender e

participar da proposta de trabalho.

4.1 MESOPOTÂMIA

IMAGEM 1: Relevo mesopotâmico datado de 630 a. C representando

agricultores trabalhando em plantação de palmeiras.

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Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012

Na área rural, os mesopotâmicos plantavam principalmente trigo

e cevada. O gergelim e a palmeira eram cultivados para a

extração de óleo usado na alimentação e na iluminação. A

atividade pecuária também era muito importante. Eles criavam

porcos, carneiros e cabritos para a produção de carne, lã, leite e

seus derivados. Outros animais, como bois e jumentos, serviam

para o transporte e para puxar o arado. Os cavalos e os camelos

eram utilizados principalmente no transporte.

ATIVIDADES

Observe a imagem acima e responda o que se pede.

1- Qual o produto em destaque na imagem e para que servia?

2-O que se pode saber sobre os mesopotâmicos a partir desse relevo?

3-O que é um relevo?

4-Escreva um pequeno texto sobre a pecuária dos mesopotâmicos.

IMAGEM 2- A estrutura das sociedades mesopotâmicas.

Page 11: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012.

ATIVIDADES

1-Pesquise na imagem acima e escreva a que classe pertence cada

membro da sociedade mesopotâmica.

1 2 3

4 5 6

1_____________________ 2 ____________________ 3__________________

4_____________________ 5____________________ 6 __________________

Page 12: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

2- Como as pessoas se transformavam em escravos na Mesopotâmia?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

IMAGEM 3- Detalhe de uma placa de argila com uma inscrição cuneiforme

mesopotâmica.

Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012.

http://historia7keditfundamental.jimdo.com/un-2-as-primeiras-cidades/painel-6-primeiras-cidades-e-

primeiros-imp%C3%A9rios/

Usando a escrita cuneiforme dos mesopotâmicos, escreva:

1-O seu nome:____________________________________________

2- O nome do seu melhor amigo:______________________________

3- O nome da sua escola:____________________________________

Page 13: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

IMAGEM 4 - Painel mesopotâmico datado de 2500 a. C, representando

diferentes cenas de uma guerra.

Fonte: Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012.

O painel acima mostra soldado lutando em carros de guerra,

puxados por animais e levando prisioneiros para o rei. As

vestes desses personagens caracterizam o contexto de guerra.

Há pessoas caídas no chão, provavelmente feridas. Esses

elementos indicam que os mesopotâmicos eram povos

belicosos.

Atividades:

1-Relacione cada letra destacada à sua descrição correta.

a) Figura central de maior tamanho, junto ao seu carro de combate e

seus generais. ( )

b) Soldados com elmo e espadas curtas combatiam a pé. ( )

c) Inimigos presos. ( )

d) Inimigos pisoteados pelos carros de combate. ( )

e) Carro de guerra puxado por onagros e levando dois homens. ( )

f) Chefe nu sendo conduzido ao rei. ( )

F B

D A

E C

Page 14: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

2- Observando o estandarte acima, qual a característica do povo

mesopotâmico? ________________________________________________

4.1 EGITO ANTIGO

IMAGEM 1 - Pintura representando agricultores egípcios trabalhando no

cultivo de trigo, as margens do rio Nilo.

Fonte: Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012

A agricultura era a principal atividade econômica do Antigo

Egito. A produção era diversificada: plantavam alface, cebola,

alho, trigo, cevada, uva, tâmara, papiro, linho, algodão. Os

egípcios complementavam sua alimentação com pesca,

realizada com arpões, redes e anzóis. Eles faziam pão, vinho,

cerveja, tecidos, cordas, esteiras, sandálias e folhas, que

utilizavam como papel para escrever. Também fabricavam

tijolos, utensílios de argila e cerâmica, além de objetos de

couro. Utilizavam ouro, cobre, bronze, madeira, marfim e

pedras preciosas para fazer armas, joias e móveis.

ATIVIDADES

Leia o texto e observe a imagem e responda.

1-Que produto os egípcios estão colhendo?

2-Para plantar este produto eles dependiam de qual rio?

3-Qual parte da sociedade está trabalhando nesta colheita?

4-Cite outros produtos cultivados pelos egípcios?

Page 15: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

5-O que os egípcios fabricavam com seus produtos?

6-Escreva um pequeno texto sobre os Felás?

IMAGEM 2 - Papiro do livro dos mortos que retratam o julgamento do

coração de um escriba de nome Hanufer.

Fonte: Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012

ATIVIDADES

1-Proponha aos alunos, divididos em grupos, a realização de uma pesquisa

sobre os deuses do Egito, abaixo indicados. Cada grupo ficará com um

deles.

a) Rá b) Osíris c) Isis d) Hórus

e) Anúbis f) Set g) Nephthis h) Hathor

Depois, os alunos deverão montar uma apresentação com os dados e

imagens da pesquisa.

2-Esse aspecto da religião do Antigo Egito é semelhante a alguma religião

atual?

3-Diante deste tribunal julgava-se o coração da pessoa para ser absolvido, como deveria ser esta pessoa? Escreva um pequeno texto.

Page 16: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

IMAGEM 3 - Fotografia que retrata as grandes pirâmides egípcias.

Fonte: Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012

Os túmulos dos faraós e da família eram as pirâmides. Construídas

com grande blocos de pedra, tinham seu interior decorados com

pinturas, moveis, armas e joias. Quanto maior e mais luxuosa fosse a

pirâmide, maior o poder do faraó que mandara construí-la. Alguns

deles passaram toda a vida organizando a construção de seus

futuros túmulos. Ordenavam seus auxiliares e escravos que

colocassem dentro das pirâmides alimentos, animais de estimação,

roupas e objetos pessoais, acreditando que precisariam de tudo na

vida após a morte.

ATIVIDADES

1-Para que serviam as pirâmides?

2-Quem mandava construí-las?

3-O que representava, quanto a grandiosidade das pirâmides?

4-Explique a frase: Ordenavam seus auxiliares e escravos que colocassem

dentro das pirâmides alimentos, animais de estimação, roupas e objetos

pessoais, acreditando que precisariam de tudo na vida após a morte.

IMAGEM 4 - O processo de mumificação no Egito Antigo.

Page 17: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

Fonte: Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012

ATIVIDADES

Destacar as etapas do processo de mumificação.

http://www.historiadigital.org/atividades/atividade-etapas-da-mumificacao-egipcia/

O Bá,

frequentemente

representado

como um ser

híbrido com corpo

de ave, cabeça

humana e mãos e

braços humanos,

sobrevoando o

túmulo ou o corpo

do defunto.

Etapa 6______ ___________________________

Page 18: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

RESULTADOS DAS ATIVIDADES EM SALA DE AULA

As atividades da unidade didática foram aplicadas com alunos do

sexto ano do Ensino fundamental do Colégio Estadual Barbosa Ferraz,

durante o primeiro semestre de 2017.

A implementação iniciou com a apresentação do projeto à equipe

pedagógica e professores, esta etapa foi importante para que o grupo

ficasse ciente da proposta. Esse momento teve a intenção de haver uma

troca de ideias e a possibilidade de interação com outras disciplinas e

também com a equipe pedagógica.

Logo após o início do ano letivo iniciou a fase de contato com a turma

envolvida e a oportunidade de esclarecer para os alunos os objetivos da

proposta, principalmente os motivos da escolha do tema a Mesopotâmia e o

Egito Antigo através de “leitura de imagem”, os conteúdos fazem parte do

plano anual.

Nesse momento foram apresentados alguns conceitos sobre a palavra

imagem, seu papel na história, como influenciou e influencia as sociedades,

utilizando uma linguagem acessível aos alunos também procurou-se mostrar

alguns conceitos a respeito do tema, a importância das imagens na

contemporaneidade.

A etapa seguinte consistiu em desenvolver as primeiras atividades

propostas na unidade didática sobre a Mesopotâmia. Para isto o uso dos

recursos materiais existentes na escola, como a TV pendrive, foi

fundamental para que as imagens pudessem ser reproduzidas vistas de

forma adequada pelos alunos.

No início das atividades houve certo estranhamento, pois muitos não

estavam habituados a terem aulas onde as imagens eram os centros para se

chegar à aprendizagem, cujo foco era estimular a percepção através da

observação de detalhes, alguns não conseguiam enxergar aspectos que

Page 19: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

exigiam um olhar mais atento, mas aos poucos isto foi superado e muitos se

mostravam surpresos com as descobertas que iam fazendo ao longo das

observações. Nesta primeira etapa pode-se perceber que no cotidiano os

alunos não olham as imagens de forma mais atenta, explorando pequenas

sutilezas e detalhes, a imagens são vistas de forma superficial, isto ocorre

principalmente porque muitos não conseguem se concentrar por muito

tempo num mesmo objeto, dificultando uma análise mais aprofundada. Para

a realização das atividades percebeu-se que os alunos tiveram dificuldades

em algumas e outras realizaram tranquilamente, “a imagem da escrita

cuneiforme na Mesopotâmia, os alunos relataram o quanto era difícil para

esta sociedade se comunicar”.

Já na segunda parte das atividades sobre o Egito Antigo houve um

interesse maior porque após as explicações e apresentação das imagens, os

alunos despertaram com uma curiosidade bem maior, visto o fascínio pelo

conteúdo.

No decorrer das explicações sobre as imagens do Egito Antigo um

aluno trouxe uma dobradura de um sarcófago com uma múmia dentro, neste

momento a atividade completou a aprendizagem, onde os alunos pintaram e

colaram no caderno. Todas as atividades do referido conteúdo foram

realizadas com grande entusiasmo por parte dos alunos.

A última etapa foi a mais produtiva, depois de toda atividade realizada

e diante de tanto entusiasmo por parte dos alunos, foi editado um vídeo

explicando todas as etapas do processo de mumificação no final um teste

objetivo de perguntas e respostas de múltiplas escolhas sobre o conteúdo

para ver se realmente obteve aprendizado por parte dos alunos, nesta

atividade o Núcleo Regional de Educação esteve presente e observou a

alegria em que os alunos participaram.

A participação dos alunos foi de fundamental importância, pois as

atividades dependiam diretamente do envolvimento do grupo, partindo do

Page 20: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

olhar e da observação de todos é que pode-se obter os resultados aqui

apresentados.

CONCLUSÕES FINAIS

Os resultados deste projeto demonstram alguns aspectos abordados

na fundamentação teórica deste trabalho. Primeiro ficou comprovado que a

escola ainda não está pronta para trabalhar as imagens em sala de aula,

durante o desenvolvimento das atividades ficou claro que as imagens foram

trabalhadas apenas no andamento do projeto, o que impede que os alunos

criem hábitos e aprendam a lê-las de forma crítica. Lembrando que por

serem crianças que estão iniciando o Ensino fundamental anos finais, ficou

claro a falta de maturidade para analisar as imagens.

Outro ponto importante é que para que o aluno tenha uma real

compreensão das imagens que lhe são apresentadas é necessário que

tenha acesso a um repertório amplo de imagens, o que não aconteceu visto

o processo de iniciação no sexto ano, o projeto coube somente ao professor

selecionar o conteúdo e realizar uma pesquisa de imagens e adequá-las a

suas aulas e a realidade dos alunos.

Pôde-se perceber que deve haver um estímulo por parte do professor

para que os alunos percebam as características de cada imagem, pois

durante o processo ficou evidente que se não fossem feitas as atividades

propostas, os alunos somente ficariam com as interpretações de observação

levantadas apenas de observação da imagem de como ela foi apresentada

sem nenhuma possibilidade aprendizagem somente a observação. Também

foi observado o quanto a escola tem o papel fundamental de incentivar os

professores ao trabalho com imagens, estimular e criar estratégias de leitura

de imagens, envolvendo todas as disciplinas, fazendo com que os alunos

passem a ter um repertório de imagens mais rico e consequentemente

passe a observá-las de forma mais aprofundada.

Page 21: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

Apesar dessas constatações é importante ressaltar que os objetivos

propostos foram alcançados, pois no decorrer do processo houve uma

evolução que aconteceu gradativamente, onde aos poucos os alunos foram

se familiarizando com cada imagem, passando a vê-las não só como meras

ilustrações, mas como fonte de conhecimentos e de mensagens que fazem

parte da história dos povos estudados.

Também é importante ressaltar que o presente estudo não pretendeu

confirmar nenhum método exclusivo de leitura de imagens, mas mostrar que

essas leituras podem ser feitas sob diversos pontos de vista, dependendo

dos objetivos que o professor quiser atingir em suas aulas e também dentro

dos conteúdos trabalhados.

A experiência aqui relatada mostra, portanto a real obrigação de se

descobrir métodos de trabalho nos quais o uso de imagens esteja mais

presente no cotidiano da escola, favorecendo a educação do olhar,

proporcionando ao indivíduo entender o mundo a sua volta não apenas

como expectador indiferente mas como personagem importante para esta

ação.

Page 22: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BITTENCOURT, Circe Maria F. Ensino de História: fundamentos e

métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

_________________________. Ensino de História: fundamentos e

métodos. São Paulo: Cortez, 2005.

__________________________. O Saber Histórico na Sala de Aula. São

Paulo: Contexto, 2005.

KUEZER, Acácia (Org.) Ensino Médio: construindo uma proposta para

os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação

Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Curitiba:

SEED, 2008.

PELLIGRINI, Marcos Cesar. Vontade de Saber História, 6º, 7º,8º e 9º. São

Paulo: FTD, 2012.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Construindo a relação conteúdo método no

ensino de História no Ensino Médio. In: KUEZER, Acácia (org.) Ensino

Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São

Paulo: Cortez, 2005. p.p 203-230.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São

Paulo: Scipione, 2004.

SITES UTILIZADOS:

Disponível em: http://www.infoescola.com/historia/piramides-do-egito/

Page 23: O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

Disponível em: http://www.historiaeimagem.com.br/

Disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/mesopotamia-

evolucao-economica-politica-e-militar.htm/

Disponível em: http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/estandarte-de-ur/

Disponível em: http://www.fascinioegito.sh06.com/agricola.htm/

Disponível em: http://professor-josimar.blogspot.com.br/2009/05/o-processo-

de-mumificacao egipcia.html/

Disponível em: http://www.historiadigital.org/atividades/atividade-etapas-da-

mumificacao-egipcia/

Disponível em: http://pt.hellokids.com/c_27151/desenhos-para-

colorir/paginas-para-colorir-paises/paginas-para-colorir-sobre-o-

egito/desenho-da-piramides-de-gize-para-colorir/

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lOenCD1sQ88/