o terror está no ar

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Produções dos alunos do 7º ano.

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textos escritos por alunos dos 7º anos da escola Municipal Prof. Otávio Batista

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Page 1: O terror está no ar

Produções dos alunos do 7º ano.

Page 2: O terror está no ar

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Produções dos alunos dos 7º anos E, F, G, H,

sob supervisão da professora Júlia Magalhães.

Laboratorista: Lucimar Pires Supervisora: Dagmar I. Carmo Professora: Júlia Magalhães

Novembro/2012

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Jack morava numa fazenda que tinha um rio próximo. Um dia, ele estava vendo televisão e a janela se abriu. Ele não ligou muito, porque pensou que fosse o vento. Minutos depois, a maçaneta da porta começou a girar. Assustado, foi até o quarto de seus pais e contou a eles. Eles não acreditaram e disseram:

— Filho, volte a dormir. — Eu não estava dormindo. — Foi só um pesadelo, você adormeceu no sofá. Jack foi para o seu quarto, deitou-se em sua cama, pegou o cobertor e

cobriu todo seu corpo, até a cabeça. Abriu a janela, porque estava abafado. De longe, ele avistou um vulto saindo do rio. Ele veio em sua direção e Jack fechou a janela, desesperadamente.

Minutos depois, a janela se abriu sozinha e o vulto entrou. Era uma senhora simpática que lhe disse: — Você é meu neto. — Não pode ser! — Eu morri afogada nesse rio em 1968, e você não me conheceu. — Vá embora! — Mas eu preciso de sua ajuda. Ele negou. Anos depois, sua avó voltou e pediu novamente sua ajuda. Novamente, ele negou.

Depois, um dia, sua família estava viajando para a cidade, para visitar seus parentes. Sofreram um acidente. Jack, que estava ensanguentado, caído no chão, olhou para os lados desesperadamente, procurando ajuda.

No meio da estrada, avistou uma luz e nessa luz estava sua avó. — Socorro! — Quando eu pedi sua ajuda, você negou. — Desculpe-me vovó, mas seu filho, que é meu pai, está em perigo também. — Eu pouparei sua vida, mas levarei meu filho, pelo fato de você não ter me ajudado. Jack adormeceu e, no outro dia, um caminhoneiro que estava transportando animais, avistou a

família no chão e os levou para o hospital. Jack se recuperou no mesmo dia e ficou esperando seus pais melhorarem. Ele estava assustado por ter visto sua avó e perguntou aos médicos se seus pais já estavam bem. O médico disse:

— Meu filho, sua mãe está bem. Mas seu pai não resistiu. Jack ficou muito assustado porque a avó realmente tinha levado seu pai. Contou tudo para

sua mãe que achou que o filho estava imaginando coisas por causa do acidente. Muitos anos depois, novamente vendo televisão, ele ouviu um barulho na janela. Ele a abriu e

viu seu pai e sua avó do lado de fora. Ele não ficou assustado porque já tinha se acostumado e já estava convivendo com essas aparições de forma quase normal. Chamou sua mãe para conversar com eles e sua mãe finalmente acreditou. A avó de Jack disse:

— Viemos para nos despedir. A mãe de Jack chorava muito e não conseguia falar nada. A avó e o pai foram embora para o

rio e Jack ficou consolando sua mãe. Durante três dias, Jack foi até o cemitério visitar os túmulos de seu pai e avó, que estavam enterrados lado a lado. Depois de fazer isso, ele nunca mais os viu. Porém, tudo que aconteceu ficou em sua memória, para sempre.

João Victor Rodrigues Reis

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Em 1927, Marcelo estava no quintal de sua casa, brincando com sua bola de basquete, perto da casa dos Vieiras, uma família que tinha morrido com suas cabeças decepadas.

O povo, na época, comentava que o senhor Vieira tinha matado sua esposa e seus filhos porque a mesma o tinha traído e ele queria acabar com todas as lembranças que o faziam lembrar-se de sua família.

Todos comentam que o senhor Vieira nunca mais apareceu depois do ocorrido. Alguns falam que se matou enforcado e o corpo desapareceu.

Todas as noites, as famílias que moram perto da casa dos Vieiras, escutavam barulhos de pessoas pedindo por misericórdia, outros falam que eram seus filhos pedindo para o pai não acabar com suas vidas, mas Marcelo jamais acreditou nessa história. Para ele, era tudo besteira.

Até que um dia, ele chamou seu amigo Marcos para entrarem na casa dos Vieiras. Marcos aceitou porque também não acreditava em contos de terror.

Marcelo marcou a visita à casa dos Vieiras no dia seguinte, à meia noite, junto com Marcos, o amigo, em noite de Halloween. No dia seguinte, Marcos e Marcelo estavam muitos curiosos para verem como seria a dita casa por dentro.

A caminho, Marcelo teve um mau pressentimento, como se alguma coisa o avisasse sobre o mal que viria a acontecer. Ele ficou meio assustado, mas preferiu seguir em frente.

Os dois estavam caminhando tranquilos pela rua deserta rumo à casa dos Vieiras. Quando os dois chegaram à entrada da casa, Marcelo escutou a voz de uma mulher, uma voz agradável, dizendo para eles não entrarem na casa, porque teria um final triste junto ao seu amigo.

Ele sentiu um arrepio no fundo da alma, até pensou em desistir naquele momento, mas ao mesmo tempo pensou que seria um covarde.

Ao abrir o portão, Marcelo viu o vulto de um homem alto, mais ou menos um metro e noventa. Ele ficou curioso para saber quem era. Caminhando até a entrada da casa, avistaram a porta aberta. Marcos achou muito estranho. Eles pensaram que alguém queria assustá-los.

Ao entrarem na casa, Marcelo pressentiu a morte ao seu lado. Com os olhos lacrimejantes, com as suas pernas paralisadas, ele sentia que algo de ruim viria a acontecer com os dois, naquele momento.

Ele começou a se lembrar das mensagens que foram enviadas de que algo aconteceria.

Marcos foi até a cozinha para verificar se tinha água, porque sua boca estava muito seca e não aguentava de tanta sede. Marcelo preferiu esperá-lo na sala.

Por já ter passado mais de uma hora e Marcos não ter voltado da cozinha, Marcelo, assustado, pensou que tinha acontecido algo de estranho para Marcos demorar tanto e, ao chegar à cozinha, viu-o sentado na mesa.

Ao seu redor estava cheio de sangue. Aproximando-se de Marcos, a cabeça dele caiu.

Marcelo ficou desesperado, suas pernas não obedeciam e, quando olhou para trás, viu um homem com um machado na mão, com o pescoço quebrado. Seu rosto estava todo deformado, sua pele podre e sem vida e com uma corda amarrada no pescoço – era o corpo do senhor Vieira.

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Marcelo desmaiou de tanto medo e quando acordou estava na cama de um hospital com seu pai ao lado.

Ao se lembrar do amigo com a cabeça decepada, Marcelo ficou desesperado.

Com o passar do tempo, ele se lembrou de que quando viu o corpo do senhor Vieira, viu o espectro de uma mulher que ele achou ser a senhora Vieira, que salvou sua vida.

Marcelo, com o passar do tempo, desequilibrou-se de tanto pensar em como tudo aquilo acontecera.

E com a eterna culpa de que matou seu amigo Marcos, por ter recebido avisos e não ter dado atenção, ficou louco.

Alguns anos depois, esse problema piorou, fazendo assim com que sua família o internasse numa clínica psiquiátrica para se tratar.

Depois de dois anos e meio na clínica, ele fugiu, ainda mais atordoado com o que havia acontecido com Marcos, deixando toda sua família desesperada e à procura dele.

Dias mais tarde, tiveram notícias que, lamentavelmente, não foram nada boas. Ele havia sido atropelado por um taxista. Foi imediatamente socorrido, mas morreu a caminho do hospital.

A polícia avisou à família do ocorrido que, embora sofrendo muito, se refez, começando tudo do zero. Como deve ser.

Grazielle da Silva Perez

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Conta a lenda que existia uma fazenda mal-assombrada bem distante da cidade. Nesta fazenda havia um espírito de um fazendeiro chamado Robbis, que já havia morrido há muito tempo. O espírito aterrorizava os animais e pessoas que ali moravam e visitavam.

Certo dia, uma família foi visitar os parentes que ali moravam. Muito alegres, as crianças brincaram, os adultos conversaram e, com muita fome, foram saborear o delicioso jantar que a avó da família havia feito. Depois de um longo dia, todos foram dormir.

No meio da noite, escutaram barulhos muito estranhos como panelas caindo, a televisão ligando sozinha e pessoas conversando. Com muito medo, nem quiseram ver o que estava acontecendo, levantaram-se todos da cama, foram para o quarto de hóspedes e, trancados, ficaram até o amanhecer.

Na manhã seguinte, foram para a mesa tomar café e discutiram sobre o barulho que haviam ouvido à noite. Os que ali moravam, falaram que sempre estava acontecendo isso. Para eles, tudo isso era muito estranho, mas já haviam se acostumado.

As crianças foram brincar e viram que todos os animais estavam deitados e que seus brinquedos estavam espalhados pela fazenda. Chamaram o veterinário e este disse que estava tudo bem com os bichos, deu-lhes remédio para energizá-los e, mais tarde, já estavam recuperados do susto. As crianças recolheram todos os brinquedos e os guardaram no quarto para que não voltasse a acontecer aquilo novamente.

Mas tarde, quiseram fazer uma festa para esquecerem o que havia acontecido. As mulheres cuidaram da cozinha e os homens da decoração. Convidaram muitas pessoas da cidade para a festa e, quando os convidados chegaram, viram que a fazenda estava muito bonita. Eles comeram, beberam, dançaram, trocaram presentes e se divertiram muito, até quando as crianças os chamaram para ver que todos os animais estavam em forma de espírito juntamente com Robbis.

Com muito medo, alguns conseguiram correr para o quarto de hóspedes, outros ficaram lá fora e acabaram mortos ali mesmo. Todos ouviram os gritos, o choro de seus parentes e amigos. Até que o dono teve uma ideia, e disse:

Já sei o que podemos fazer! Como o espírito do fazendeiro pode atravessar a parede, vamos todos para dentro dos carros, e fugiremos para a cidade para buscar ajuda.

Assim fizeram. Fugiram e buscaram ajuda, chamaram os caça-fantasmas, a polícia, e contrataram a funerária e todos foram rápidos para a fazenda. Chegando lá, viram que todos estavam enterrados, com algumas partes do corpo para fora. Começaram a chorar e os caça-fantasmas e os policiais começaram a investigar o caso.

De repente, Robbis apareceu na frente deles com um machado, querendo matá-los. Sem saída, foram correndo para a estrada pedir mais ajuda. E, enquanto estavam fugindo, encontraram os caça-fantasmas lutando com Robbis. Assim, sem outra possibilidade, o fazendeiro além de matar um caça-fantasmas matou todos de uma vez só, inclusive os policiais e agentes de funerária e levou os corpos para a fazenda. Na manhã seguinte, todos os espíritos estavam com Robbis lutando para matar mais pessoas.

Depois de muito tempo, algumas pessoas encontraram os corpos e os enterraram na fazenda mesmo. Interditaram-na para que ninguém a visitasse mais porque talvez pudesse acontecer algo com eles. E Robbis, sem maiores explicações, desapareceu.

Esse episódio jamais foi esquecido e a fazenda ficou conhecida como: A FAZENDA MAL-ASSOMBRADA.

Alanna Souza Magalhães, Ana Paula Lima Lemos, Mariane Martins Menezes, Samara de Souza Santos

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Em uma noite sombria e chuvosa, estava Ana em casa, pensando no quanto sua irmã, falecida

há três anos, lhe fazia falta. Em poucos segundos, Ana recebeu uma ligação. – Alô. Ninguém respondeu, mas tornou a insistir e disse: – Alô, quem fala? Ninguém respondeu, Ela esperou um tempo, e ninguém respondeu. Ana,

muito nervosa, disse: – Quem é? Diga, senão eu desligo. Ninguém respondeu. Ana desligou o telefone. Pegou sua lista telefônica para ver se reconhecia

o número que ligou pra ela. Procurou, procurou... achou e se surpreendeu, percebendo que aquele número era o de sua irmã falecida. Ana não acreditou no que estava acontecendo. Cláudia era apaixonada pelo seu celular e pediu que fosse enterrado junto dela e assim foi.

Ana queria confirmar se aquele realmente era telefone de sua irmã e ligou para o número. Alguém atendeu e disse:

– Alô! Ana não acreditou no que estava ouvindo, pois a voz era igual a de sua irmã falecida e sem

saber bem o que fazer, desligou o telefone e chorou de saudades. Sem pensar duas vezes, ela pegou o telefone e tornou a ligar para o número, dizendo com uma voz soluçante:

– Alô, quem fala? – perguntou Ana. Chorou novamente e desligou. A garota pensou, pensou e não resistiu. Ligou novamente para

o número. Alguém disse: – Alô, Aninha, é você? Desesperada, disse: – Vamos acabar com a brincadeirinha, diga logo quem é. – Sou eu, Aninha, a Cláudia. Venha até mim, venha me receber! Irmã, estou na porta de casa

venha, venha... Ana não acreditou muito, mesmo assim foi descendo as escadas correndo com muito medo e

quando chegou ao fim da escada se surpreendeu muito quando viu a irmã com trajes sangrentos, abrindo os braços para abraçá-la. A menina disse:

– Olá, querida! Chegou a sua hora. Vamos! Ana, assustada, gritou muito alto: – Aonde vamos? E aquela foi a última vez que se teve notícia de Ana. Ela foi encontrada morta, na porta de

sua casa com vários celulares enfiados pelo corpo.

Lara Renieli Mendes Silva

Maria Eduarda Gomes Ribeiro

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Marta era uma estudante de Psicologia que no final de seu curso

ficou responsável por pesquisar o comportamento das pessoas nos velórios e enterros. Primeiro, ela estudou várias teorias sobre este assunto. Mas, depois, a estudante resolveu partir para a prática, visitando, discretamente, velórios e enterros de estranhos.

O primeiro velório foi de um senhor de idade, que tinha sido um professor famoso. Esta cerimônia foi cheia de discursos. Porém, uma pessoa em especial chamou atenção de Marta: era uma idosa, meio obesa, de cabelos brancos, vestida de preto, com um manto negro e antigo na cabeça. A primeira vez que a estudante olhou para esta velhinha, observou que ela não tinha pernas e estava flutuando. Depois, viu as pernas normais e concluiu que aquilo poderia ter sido uma ilusão de ótica.

O segundo velório, visitado por Marta foi o de uma criança de classe baixa, num bairro muito popular. Estava observando o comportamento das pessoas quando viu, novamente, a estranha senhora do primeiro velório. Então, Marta resolveu olhar para a mulher com mais cuidado. Porém, a velhinha olhou em sua direção e a estudante teve a impressão de ter visto duas estrelas no lugar de seus olhos.

O terceiro velório que Marta visitou foi o de um empresário milionário, amigo de sua família. Por ser um velório de gente importante, só entrava quem fosse conhecido. A estudante entrou, mas dentro do local, teve uma surpresa. A idosa estranha também estava no local.

Após o enterro, a estudante decidiu seguir aquela figura esquisita que ficou algum tempo andando pelo cemitério até que parou num túmulo marrom. Então, Marta notou que a mulher da foto do túmulo era aquela mesma velhinha estranha e, sem querer, soltou uma exclamação:

— Ave! Assim, a idosa olhou para trás e disse: — Ave, minha filha! Assustada Marta falou: — Como é possível? A foto da mulher enterrada neste túmulo é a cara da senhora! A velha explicou: — Bem, isto faz sentido porque esta mulher aqui que está enterrada sou eu... Então, a estudante disse: — Isso não é possível... Só pode ser alucinação minha... E por que vai a tantos enterros? Calmamente, a velha respondeu: — Eu nasci há algum tempo atrás... A minha

vida foi preguiçosa e sem graça... Nunca fiz nada de bom nem nada de mal, por isso, quando eu morri, não me aceitaram nem no céu nem no inferno. A minha missão é ir aos enterros e mostrar aos mortos um filme de suas vidas.

De repente, Marta acordou no hospital. Ela teve uma parada cardíaca no cemitério e quando olhou para o lado viu aquela mesma senhora. Como pode isso?

Bruna Gonçalves Nunes

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Adam Jhones morava em uma cidadezinha chamada Venu Del La Corte e estava sofrendo vários problemas com a família: o seu irmão mais novo, Gordon Jhones, foi morto de forma brutal, degolado, e seu pai e sua mãe ficaram sem casa, tudo por culpa da família Tompson. Adam estava cheio disso, não queria ter mais isso na cabeça e resolveu fazer vingança contra eles.

Na noite seguinte à morte do irmão, vestiu um casaco preto e uma máscara e foi atrás dos Tompson. Soube onde a primeira vítima, Allison Tompson, morava e resolveu ir a uma fazenda, que ainda pertencia a sua família, para pegar armas. Quando chegou lá, só encontrou uma pistola antiga, mas mesmo assim pegou-a. Bolou rapidamente um plano para passar pelos seguranças sem ser percebido e, como planejou, conseguiu chegar pelos portões dos fundos. Deu um tiro na tranca do portão e entrou na casa. Chegando lá, estava tudo escuro e quieto, até que a senhora Tompson acordou, dizendo:

─ Olá! Tem alguém aí? ─ Bem, você deve me conhecer pela minha voz. Sou aquele garoto alegre que morava em

uma casa aqui perto e que sempre brincava com o irmão. Até que um dia, eu vi, com os meus olhos, um Tompson degolando-o.

─ O que? Você é um Jhones? ─ Sim, é claro que sou e hoje você terá o que merece. A senhora saiu correndo, mas Adam, com um tiro certeiro, acertou sua perna fazendo-a cair e

assim falou: ─ Agora você vai sentir na sua pele o que meu irmão sentiu. ─ Não! Adam foi até a cozinha, pegou uma faca, aproximou-se da senhora Tompson e, friamente,

degolou-a. Depois, Adam correu atrás de sua próxima e última vítima. Antes, descobriu que o outro

Tompson, chamado Fred, saíra da cidade já fazia alguns meses e foi para Espãna Yudid, uma cidade bem maior que Venu Del La Corte.

Adam foi à estação de trem e comprou sua passagem.

Chegando em Espãna Yudid, alugou uma casa bem longe de onde Fred morava. No dia seguinte, foi até a casa dele e pulou o muro. Andou bem devagar até se esconder na garagem. Quando ele viu a vítima se aproximando, escondeu-se atrás do carro e, quando teve oportunidade, atirou na sua perna fazendo-o cair. Depois, chegou perto dele e disse:

─ Você gostaria de visitar Deus? ─ Não. Eu não acredito em Deus. ─ Que pena! E Adam atirou em sua cabeça, matando-o. Chegando

na casa que alugara, ele ligou para o dono dizendo que iria sair da cidade e que o dinheiro do aluguel estava no armário da cozinha. Assim voltou para Venu Del La Corte, completando a sua vingança.

Dizem que ficou louco... Vingança não leva a nada!!!

Luís Guilherme Pestana Scarcela Matheus Santos Franqueiro

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Um grupo de estudantes do 7° ano E de uma grande escola foi acampar na fazenda do avô de Lucas. Logo que chegaram, ficaram sabendo, pelo caseiro, que uma mulher tinha se suicidado lá após ser abandonada no dia do seu casamento e que há alguns dias ela estava vagando pelo pasto, vestida de noiva.

Quando ouviram isso, os meninos acharam bobagem e caíram na gargalhada. Seguindo o passeio, foram acampar perto da cachoeira mais próxima. Divertiam-se muito, mas não podiam se esquecer de montar suas barracas antes do anoitecer.

Já de noite, eles tinham montado as barracas e feito uma fogueira. Como não tinham nada pra fazer, todos se sentaram em volta da fogueira e começaram a contar histórias de suspense. Foi quando ouviram um barulho que vinha lá do pasto. Um dos garotos disse que era só algum animal que estava lá perto. Mais sossegados, voltaram a contar histórias. Minutos depois, ouviram o mesmo barulho e decidiram ver o que era. E então foram procurar. Guiados pelo som suspeito, caminharam até o pasto.

Quando chegaram lá, viram um vulto que chamava pelo avô de Lucas, assim: ─ Maaax, Maaax... Ouvindo esse barulho, correram até a cachoeira para pegar as suas coisas. Depois que fizeram

isso, correram para a casa de Max. Chegando lá, contaram para ele tudo que viram. Ele não acreditou em nada que os meninos disseram. Após toda a discussão, exaustos, foram dormir.

No dia seguinte, os meninos se reuniram e foram lá no pasto novamente para ver se viam aquilo de novo. Seu Antônio achou bobagem procurar algo que era praticamente impossível de existir, e foi dormir no sofá da sala. Chegando ao pasto, os meninos esperaram por horas e não viram nada. Quando voltaram para a casa da fazenda, depararam-se com a porta fechada e quando a abriram levaram um susto: o avô de Lucas estava MORTO no chão da sala.

Todos ficaram paralisados, ninguém suspeitava de alguém, pois quem iria matar o seu Max, uma pessoa tão gentil e alegre? Porém, neste momento, Lucas percebeu que havia uma foto de Max e de outra mulher, ao lado do cadáver.

Ele não entendeu o motivo da foto estar do lado do avô e por isso perguntou ao caseiro, que disse que tinha acabado de voltar, pois estava apanhando algumas frutas lá na mata. Quem era aquela mulher da foto? E ele respondeu:

─ É a senhora Lílian. Foi ela quem se suicidou e pode ser muito bem a pessoa que matou o seu Max.

─ Como? retrucou Lucas. ─ Ela não está morta? ─ Sim, está. Mas seu fantasma está assombrando esta fazenda desde que se suicidou por aqui.

E agora ele é encontrado morto aqui. Só pode ter sido ela. Essa ideia não estava entrando muito bem na cabeça de Lucas que saiu e ligou para a polícia.

Os investigadores e os policiais chegaram logo depois, recolheram o corpo e revistaram o local em busca de pistas.

Lucas levou seus amigos até o cemitério da cidade para ver se aquela mulher existia mesmo. Ao chegarem lá, encontraram seu túmulo. Sabendo que aquela mulher tinha existido, saíram do cemitério e voltaram para a casa do avô. Durante o caminho, Lucas falou:

─ Vocês repararam que as botinas de seu Antônio (caseiro) não estavam sujas de barro e que lá nos pés de manga, goiaba, mexerica o chão está todo lamacento?

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Essas e outras dúvidas mexiam com a cabeça de Lucas que ficava mais desconfiado sobre quem matara seu avô. Ele estava com muita raiva e queria que o criminoso pagasse pelo crime, pois não havia motivo para matar um senhor tão simpático.

No outro dia, Lucas, procurando pistas, mexeu nas coisas de seu Antônio, que não estava por perto, e achou um caderno dele. Ele usava esse caderno como um diário e lá estava escrito:

“Que inveja tenho desse Max, tem uma linda mulher, uma fazenda... e eu não tenho dinheiro e ainda trabalho como caseiro dessa casa. Esse Max vai ver, vou desgraçar sua vida, vou acabar com ele. Eu o mato e ponho a culpa no fantasma de uma mulher. Ninguém vai desconfiar de mim, um senhor que trabalha há anos na casa de Max, nunca arranjou uma briga, mas isso está prestes a mudar."

Lendo isso, Lucas falou: ─ Eu sabia, NÃO HAVIA FANTASMA NENHUM, era só o Antônio querendo nos enganar e

nos fazer pensar que quem matou Max foi Lílian, a mulher fantasma. Lucas contou para seus amigos e juntos foram até a polícia contar o que descobriram. A polícia

foi até a fazenda de Max e fizeram várias perguntas a seu Antônio que acabou se entregando e sendo condenado à prisão perpétua pelos dois assassinatos, uma vez que também confessou a morte de Lílian, que seria seu álibi.

Com seu Antônio preso, Lucas já se sentia mais aliviado com a situação, mas, por outro lado, estava muito triste pela morte do avô.

E assim, todos voltaram para sua rotina normal na cidade e o mistério do acampamento foi resolvido.

Bruna Ribeiro Troitino Vasquez Lucas André Silva Santos

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Em 1969, num bairro ainda em construção, viciados em drogas iam lá para fumar e para matar outras pessoas. Nesse mesmo ano, desapareceram 145 pessoas que eram usuárias de drogas.

2012. Uma mulher tinha acabado de se mudar para uma nova casa no bairro Perigo, na Rua Cuidado. À noite, essa mulher estranhou a vizinhança pois todos deixaram as luzes de suas casas apagadas. Impressionada, ela foi assistir à TV.

8h30 da manhã seguinte: Socoooorroooo!!! O grito apavorante da casa vizinha assombrou toda a rua.

9h: Muitas viaturas da PM ficaram em volta da casa, enquanto a mulher do dono de um supermercado depunha para a polícia. A mulher foi até lá, curiosa. Perguntou:

─ Senhora, o que foi? Eu ouvi o seu grito apavorante da minha casa e fiquei com medo, o que aconteceu?

─ Não os deixe pegar você, porque eles matam! ─ Eles, quem? A mulher fez uma careta medonha e caiu no chão, desmaiada. ─ Alguém! Alguém chame uma ambulância! 26 minutos depois um policial, solícito, lhe diz: ─ Senhora, sinto muito, ela não está mais com a gente, não sabemos a causa da morte. A mulher ficou com medo, pois não se esclareceu quem eram “eles”. Amedrontada, antes de

dormir, ouviu um barulho vindo da casa da vizinha que tinha acabado de falecer. No dia seguinte, ela foi até a casa e interfonou:

─ Oi! ─ Eu sou a nova vizinha e queria um pouco de açúcar, por favor. Logo o interfone ficou mudo. Passaram-se três meses e uma nova pessoa se mudou para a casa

ao lado. A moça aparentava ter 20 anos. ─ Oi, sou sua vizinha! Prazer em conhecê-la. ─ O prazer é todo meu. Nessa mesma noite, a luz acabou no bairro. Com muito medo, ela ficou falando no celular

com seus pais até que ele descarregasse. Finalmente, ela foi dormir e não ficou confiante de que a luz fosse voltar.

─ Ah, que clarão é esse? Ela olhou para a rua e viu muitas pessoas vagando, andando a esmo. Logo, ela olhou para o

lado e viu que a casa da vizinha estava pegando fogo. ─ Chamem os bombeiros!!! Chamem os bombeiros!!! Ninguém parou e chamou os bombeiros. No outro dia, ela quis investigar o caso, pois já tinha

perdido duas vizinhas. ─ Que frio! Não sei a razão de estar aqui! Podia estar na minha cama quentinha e dormindo.

Acelerada, correu para a cama. Imediatamente, caiu no sono. Quando acordou, várias pessoas, que tinham a face muito séria.

estavam lá. ─ Quem são vocês? Preciso sair daqui, estou me sentindo sufocada. Deixem-me ir... Deixem-

me passar... Ela saiu correndo, mas apareceram pessoas em todo lugar. Ela entrou no banheiro, trancou a

porta, mas nada adiantou, pois eles eram fantasmas e atravessaram as paredes, o que a deixou quase morta. Inconformada, saiu do banheiro e lembrou-se de um livro que poderia ajudá-la a banir os fantasmas daquele espaço.

Page 13: O terror está no ar

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Procurou em todo lugar e descobriu que no fundo de uma gaveta, na casa da vizinha, estava o livro.

Encontrou-o e enlouquecida, finalmente, o pegou. Leu o trecho que tirava os fantasmas de circulação. Estava em uma estranha língua:

“Σας πυροβολούν σε κυκλοφορία” | Eu tiro vocês de circulação Με τη δύναμη του Θεού. | Pelo poder de Deus.

Ela decifrou os procedimentos, e depois de muito sufoco, afugentou os fantasmas, para sempre, ela esperava.

Apavorada, e não muito convicta, vendeu a casa, mudou-se e foi feliz até a morte. É claro, depois de queimar o livro.

João Pedro Portilho Silva

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Havia um homem muito infeliz que se chamava Arthur. Sua única felicidade era sua f ilha Gabriela que ele não via há muito tempo. Certo dia, ao amanhecer, recebeu a notícia de que sua amada f ilha estava morta. Lamentando a irreparável perda, foi para seu quarto onde encontrou um envelope lacrado

por uma caveira. Nele, havia uma carta com uma mensagem: “Caro Arthur, se quiser recuperar sua f ilha, encontre-me hoje no cemitério, à meia noite.

Venha soz inho.” E assim Arthur, com o desejo de rever sua f ilha, foi ao cemitério. Chegando lá, avistou duas cadeiras, sendo que uma estava ocupada por um homem de

manto preto com uma foice ao seu lado. Sem se preocupar, sentou-se ao seu lado. Ele disse: ─ Se você quiser recuperar sua f ilha, terá que matar três pessoas em sete dias. Se conseguir,

eu a devolverei, mas, se falhar, você terá que ser o meu servo no inferno, para sempre. Arthur aceitou e assinou um contrato com o pacto de morte. Sua primeira vítima era sua mãe. Arrependido, tentou desfazer o contrato, mas já era tarde

demais. Sua arma era uma foice. O primeiro dia se passou. Ele estava sem coragem, mas no segundo, executou sua mãe. Sua segunda vítima era sua ex-mulher, que morava na cidade viz inha. No terceiro dia, Arthur partiu em busca de seu alvo para exterminá-la. E assim aconteceu, sua vítima morreu no quarto dia. Sem saber o que fazer, decidiu voltar para casa. Antes de sair daquela casa, avistou uma

trilha de sangue que levava ao quintal. Seguindo a trilha, viu outra mensagem. Dessa vez estava escrito: “Este é um desaf io. Você deve seguir as minhas ordens, caso contrário, irá se arrepender e

terá uma punição tão severa que deixará de viver. Aqui lhe digo que minha ordem é lei, por isso, um último desaf io deixarei. Ao por do sol, na sua porta, uma pista vai aparecer, no sétimo dia, uma vítima irá sofrer. Prepare-se, pois esse desaf io você também sofrerá, será dif ícil, mas vai ter que executar. As pistas aparecerão no sétimo dia, lembre-se bem. Então, essa é a sua missão.”

Arthur foi para casa. E, como estava previsto, ao por do sol do sétimo dia, uma trilha de ossos se formou em frente a sua porta. Essa trilha levava a um parque, onde havia uma menina chorando, sentada no banco.

Prestes a matá-la, ela se virou e mostrou seu rosto. Era Gabriela. Sem coragem de matar sua f ilha, sentou-se ao seu lado e se matou junto a ela.

Naquele momento, seus corpos viraram espír itos que foram ao encontro da morte. Em uma sala escura, havia uma cadeira de balanço que aparentava ser velha. Nela, a morte falou: ─ Arthur, eu lhe avisei das consequências, você assinou o meu contrato. Portanto, sua missão

não foi completada. E agora, Arthur, chegou a sua hora. Levantando-se de sua cadeira, empunhou sua foice e estendeu sua mão, fazendo com que as

almas de Arthur e Gabriela saíssem de seus corpos. E com um simples ato de fechar as mãos, aquelas almas foram sugadas para o submundo dos mortos, onde f icariam presos por toda a eternidade.

Ao chegar, encontraram as almas de sua mãe e de sua ex-mulher. Ele se ajoelhou e começou a chorar.

Inconformada, Gabriela tentou apagar as mágoas do pai dizendo: ─ Pai, sei o que você fez por mim, ag radeço por sua tentativa de me levar de volta. Mas, o

importante é que você sacrif icou sua vida para tentar me salvar. Assim, ela lhe deu um beijo como forma de g ratidão.

Lorena Pacheco Lopes, Ricardo Zamboni Silva, Rodrigo Zamboni Silva

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Em uma cidade muito distante, várias pessoas

saiam à rua para comemorar o aniversário da cidade. Só que lá havia o Jack, Mutilador, que no ano anterior tinha matado muitas pessoas presentes num salão de festas com quatro bombas que detonaram o local.

O medo era muito, mas as pessoas gostavam de feriados, ainda mais esse. Nesse ano, o prefeito tinha colocado cinquenta homens em volta das ruas onde aconteceria a comemoração. Mas o Jack ainda ia atacar. Muitos o tratavam como monstro.

E ele era mesmo um monstro, ou melhor, assombração.

Havia uma antiga lenda que dizia que Jack era um homem que pegava pessoas alegres por terem tido sucesso em alguma coisa e as faziam pagar por estarem felizes. Isso era estranho, mas a explicação era que, quando mais novo, Jack nunca se dava bem com nada e, por isso, começou a odiar todos que tinham sucesso em suas vidas.

A seu ver, Deus tirou dele toda a alegria e glória e deu aos outros. Ele achava que as pessoas não mereciam o sucesso enquanto ele não era nada. E, para resolver essa

questão, decidiu que cada vez que visse pessoas felizes, daria um jeito de destruir isso, torturando-as até a morte. Algumas vezes, ele as mutilava sem dó nem piedade.

Até que finalmente o pegaram e o mataram, mas dizem que ele não morreu e volta sempre com mais ódio para infernizar a vida de quem está feliz.

Nesse ano seria diferente, diziam, pois ele nunca mais tinha aparecido para ninguém, mas agora, iria mostrar seu rosto.

No ano anterior, ele tinha assassinado inúmeras pessoas, atacado outras tantas e uma, apenas, sobreviveu. Mas enlouqueceu e soube-se, depois, que esta pessoa se matou sem querer, brincando com o garfo, no hospício.

Temeroso, o prefeito mandou pessoas à antiga casa de Jack. Ela estava toda destruída e cheia de sangue e os oficiais que foram para lá mandados não saíram de lá em sã consciência.

Eles se tornaram zumbis que foram mandados para “proteger” a casa. Mas eles exageraram e acabaram protegendo a rua toda. Uma criança que jogou a bola na rua e foi buscá-la, acabou sendo morta. No outro dia, acharam apenas o crânio do menino no meio da rua e dentro dele estava a bola murcha.

Depois disso, policiais interditaram aquela rua para proteger os moradores da vizinhança, mas os moradores queriam era sair daquele lugar. Alguns compraram passagem para outro continente. Embarcaram felizes, mas Jack não os perdoou e fez todos os aviões explodirem no ar.

As pessoas que restaram foram morrendo aos poucos, quando ficavam felizes. Por fim, só sobraram o prefeito, dois soldados e quatro pessoas corajosas e elas foram à casa de Jack para se vingarem do maldito. Quando entraram, as luzes apagaram e a porta se fechou. Um dos soldados ficou cego quando apareceu uma luz que disse:

— Vocês vieram morrer? E, num piscar de olhos, os dois soldados viraram zumbis. E, então, Jack disse:

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— Ele vai voltar ao normal e sofrer, pois eu sei que ele teve essa ideia... ele vai sofrer diante de seus olhos.

E de repente lá estava o soldado numa espécie de cama com seus pés e mãos presos e cada um de seus membros foi girando até que cada um deles foi arrancado. Não satisfeito, Jack colocou um pouco de ácido nele e depois o acertou com quarenta facadas. A última acertou-lhe o coração, matando-o.

O soldado mais corajoso, chamado Mike disse: — Mostre o seu rosto, covarde. — Eu mostrarei, mas isso terá um preço. Ele mostrou e todos puderam ver que não era nenhum ser das trevas. Era o farmacêutico que

somente queria o poder. Ele, em sua mente insana, planejou tudo. Mataria todos e seria o dono da cidade. Todavia, foi dominado, preso, e, dizem, se matou na cadeia.

Assim, acaba a lenda de Jack, o mutilador.

Henrique Miranda Onofre Marcus Vinícius Miata

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Três amigas iam fazer uma viagem e para tal alugaram uma casa. Chegando lá foram ao

encontro do responsável pela casa que era um vizinho sinistro, chamado Clô, um senhor magrelo, baixinho de cabeça branca, que usava um macacão preto ensebado e um chapéu roxo, que aparentava ser tão velho quanto ele.

Ele informou que a casa ficava bem ao lado da que ele morava, apontando para ela com a sua bengala. Disse também que ficava em um lugar, onde, agora, só moravam mortos. Ninguém acreditou naquela história mal contada.

Ele entregou a chave, recebeu o pagamento e as meninas Laura, Eduarda e Júlia se dirigiram, destemidas, ao local indicado. Entraram e encontraram móveis todos brancos, antigos e empoeirados e o ambiente tinha um indefinível cheiro muito forte.

Mais tarde, Laura foi tomar banho e, de repente, o sabonete ficou preto e depois vermelho. Aí, começou a derreter e virar sangue.

– Aaah... gritou Laura. As amigas foram até o banheiro, viram a poça de sangue e disseram que era só o sabonete

que havia derretido com o vapor do chuveiro. Então, ela se acalmou. Mais tarde, elas foram dormir. Júlia sentiu sede na madrugada e foi buscar um copo d´água.

Ela acendeu a luz da cozinha e ouviu uns gritos, clamando por socorro. Foi até a garagem e viu algumas sombras se mexerem, voltou assustada e contou para as amigas. Eduarda disse que ela estava delirando.

Na manhã seguinte, bem cedo, o celular de Eduarda tocou. Ela atendeu e a voz de um menino disse:

— Você e suas amigas estão com os dias contados... Ela desligou o telefone rapidamente, falou o que ouviu para as amigas e, apavoradas, elas

saíram gritando: — Aaah, vamos sair daqui, eu estou com medooo... Reuniram-se na sala e resolveram ir embora após o almoço. Quando elas estavam arrumando

as malas, apareceu um menino de olhos vermelhos, dentes extremamente brancos, roupas pretas rasgadas, pele branca e mãos sangrando que disse:

— Vocês vão sofrer aqui, junto a mim, não quero viver os últimos dias de minha nova “vida” só... Eu tinha sete anos quando a minha mãe me matou...

As meninas ficaram catatônicas, mas depois de meia hora, ouviram um ruído, um barulho de correntes, o afiar de uma faca, um trovão, um raio, o telefone tocando insistentemente. Atenderam e ouviram:

— Adeus... A criança deu uma gargalhada, soltou um raio e ficou feliz com a morte das meninas. O

menino esbravejou para si mesmo: — Ah! Ah!!! Quem serão as próximas vítimas da minha coleção??? Depois de três meses, de novo, veio um grupo de adolescentes e a história se repetiu... e

muitas vezes mais. Até que um dia, o vizinho sinistro morreu e deixou uma carta em que dizia: “Essa casa não pode ser alugada por ninguém, ela é habitada por fantasmas, eu não sou louco

e escapei por pouco.” Mas, ninguém acreditou nele. Deste dia em diante, a casa foi alugada por muitas pessoas

ainda, mas, o boato, que corre nas redondezas, é que quem fica na casa por mais de uma noite MORRE. Será???

Ana Laura Lima de Jesus, Maria Eduarda Soares de Oliveira, Maria Júlia do Nascimento Sena

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Em uma noite fria e de lua cheia, na cidade de Nova York,

uma mulher grávida vagava pela rua, pensando em abortar a criança, mas encontrou uma macumbeira e essa mulher lhe disse:

— Minha filha, não faça isso. — Não faça isso, o quê? E a macumbeira falou: — O aborto desta criança que você carrega dentro de seu

ventre. A mulher retrucou: — Mas, como você sabe que eu estava pensando em

abortar essa criança? E a macumbeira retrucou: — Eu sei o futuro e o presente. Não faça isso, pois tenho

uma proposta a lhe fazer. Conheço um abrigo e se você me prometer que vai deixar a criança nesse abrigo, quando ela nascer, eu lhe dou o endereço. Mas, você terá que dar o meu nome a ela.

— Mas o que você quer em troca disso? - — Eu só quero a sua amizade. - Passaram-se nove meses... E a menina nasceu. A mãe levou a criança para o abrigo. Quando chegou lá, deixou-a em um cesto, próximo à

porta, com um bilhete que pedia para que ela se chamasse Amanda Azevedo. Triste sina... A mãe não sabia que quando a filha fizesse quinze anos, se ela tivesse ódio da

mãe, as duas iriam morrer dentro de uma banheira com facas e velas ao lado, pois esta era a maldição que a macumbeira destinou a elas. Porém, se a menina não odiasse a mãe, teria tudo que desejasse.

Passaram-se sete anos... e a menina cresceu muito mas não o bastante para ter ódio de sua mãe verdadeira, pois nem sabia quem era ela.

O tempo foi passando e surgiu uma angústia em seu peito e ela não sabia a razão. A macumbeira estava ciente do que estava acontecendo, pois fora ela que planejara tudo isso.

Na verdade, a criança tinha o seu nome e a mãe tinha o sobrenome Azevedo, por isso ela herdara este sobrenome. Entretanto, sua mãe não sabia quem era seu pai, mais um motivo para Amanda ter raiva de sua mãe, quando soubesse de tudo.

Os anos foram passando, até que Amanda fez os quinze anos esperados pela macumbeira. Nessa altura dos acontecimentos, sozinha, Amanda odiava profundamente a sua mãe por tê-la

deixado em um abrigo sendo criada sem amor e sem carinho. O seu ódio pela mãe era imenso... exatamente o que a macumbeira esperava.

No exato dia do aniversário, uma amiga da dona do abrigo viu quando Amanda foi para o banheiro tomar um banho para se acalmar.

Acelerada, passou na frente da garota, tampou-lhe a boca para que não gritasse e afogou-a na banheira que estava cheia de água quente e muita espuma.

Em outro canto da cidade, o mesmo acontecia com a sua mãe. A maldição se cumprira. E vocês, querem saber a razão dessa carnificina? Não há nenhuma razão... somente a maldade que mora no coração de muitas pessoas e que

destrói tudo que pode ser bom.

Ana Júlia Oliveira Rodrigues, Laura Cruvinel Reis, Ynara Gomes de Souza

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Um dia, dois amigos estavam passeando pelo Parque Sabiá. Pegaram um atalho pelo meio

dele e, quando estavam atravessando a ponte, escutaram um som vindo da mata. Pararam, escutaram de novo o mesmo som, aí, assustados, chamaram alguém, mas o barulho continuava e ninguém respondia. Os dois voltaram correndo para a sede do Parque Sabiá.

Contaram às pessoas que estavam ali o que havia acontecido e seis delas foram ver de perto o que poderia ser junto com dois meninos.

Quando chegaram ao local, ninguém escutou nada. Esperaram... O segurança iluminou a mata com a lanterna e v iram só um vulto. Os seguranças miraram as armas no vulto e f icaram a postos, com elas engatilhadas.

Todos f icaram com olhos bem atentos para ver se v iam a pessoa que estava ali. De repente, um dos seguranças foi puxado para baixo e sumiu.

Todos f icaram quietos e com medo. Deram-se as mãos, pois acharam que teriam mais resistência contra o homem que estavam enfrentando, chamaram pelo amigo que tinha sumido, escutaram g ritos dele, v indos da mata. Ficaram todos em silêncio até escutarem novos g ritos do homem.

Todos f icaram com muito medo. Ouviram o amigo dizer: “Fujam, ele vai pegar todos vocês!”

Todos escutaram os g ritos de dor do amigo e f icaram muito mais assustados. Um dos meninos foi puxado e somente não foi para a mata, pois se segurou na ponte e os seguranças o puxaram para cima. Escutaram vozes estranhas. Era do homem que estava na mata. Ele falou: “Deixe minha mata ou matarei todos vocês, agora”.

Um segurança mais equilibrado respondeu: — Nós vamos embora! Antes, temos uma oferta a lhe fazer: saia da mata, com

tranquilidade, pois nada faremos a você. Pode sair, em segurança. Só há uma condição: liberte o nosso amigo!

Ele aceitou porque era somente um homem faminto.

Juan Gomes

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Certo dia, um garoto chamado Diego estava indo para a escola. Ao chegar lá, foi para sala de aula e viu seus colegas mortos. Observou que a professora estava com um machado e saiu correndo para contar à diretora, mas notou que ela estava com uma foice e um revólver na calça.

Ele foi correndo para o banheiro masculino. Lá, ele viu o professor de Educação Física e se escondeu numa passagem secreta que ninguém sabia, só ele, e o professor não o viu. De repente, o professor foi puxado pela mãe dele, que era a diretora.

A passagem secreta que Diego pegou deu no 2º andar da casa da diretora da escola. Ele viu seus dois filhos: um estava com uma faca e o outro com um serrote. Ele desviou dos dois e correu em direção à janela. Ao cair no chão, quebrou o braço e nem ligou, saiu correndo em direção a sua casa e mesmo assim foi morto com um tiro do revólver da diretora que foi atrás dele.

À noite, a mãe ficou preocupada, pois Diego não voltou para casa. Foi à escola falar com a diretora e quando chegou lá, ela estava escondida e matou a mãe de Diego. Ela era uma seriall killer louca.

Este é o final do pequeno conto de terror!

Paulo Roberto Ribeiro Fiori

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Olá! Meu nome é Zac. Tenho uma adorável esposa e meus dois filhos. Minha esposa se chama Jamila e meus filhos se chamam André e Patrick.

— Jamila, finalmente nós vamos viajar com nossa família e amigos. — É, meu bem! Já preparei a mala. A gente já pode dormir. À noite, Zac teve a premonição de que o navio iria bater numa calota de gelo e afundar e eles

morreriam. Pi... pi... — Af! Eu odeio esse despertador. — Calma, meu bem, hoje nós vamos viajar. — Ah! É mesmo! Saíram saltitantes para o porto, mas ao

chegar lá, Zac reparou que tudo estava igual no sonho dele.

— Jamila, eu acho melhor a gente não entrar nesse navio.

— Por que, Zac? — Estou com o terrível pressentimento de que esse navio vai afundar. — Não, Zac! Não vai afundar! — Jamila, eu e meus filhos não vamos entrar nesse navio. Em você, eu não posso mandar,

mas mesmo assim, aconselho-a a não fazer esta bobagem. Meu pressentimento está muito forte. É como se eu visse a tragédia anunciada!

— Tá bom, Zac! Não vou entrar nesse navio também, seguirei seus conselhos, pois estou ficando amedrontada com a sua insistência.

— Obrigado, Jamila. Vou falar para os nossos amigos. Eles chamam Paulo, Davi, João, Marcos e Marco Túlio. — Gente, tenho que falar uma coisa... — O que, Zac? – disse Paulo. — Estou com o pressentimento de que o navio vai afundar. Todos começaram a rir. Zac, já bem preocupado, começou a gritar: — Gente! Eu tô falando a verdade! Minha família e eu não vamos entrar nesse navio! E todos os amigos também não foram. Voltaram para casa, juntamente com os amigos para um lanche. Ao chegar, enquanto Jamila

preparava a comida, Zac ligou a TV para ver o noticiário. A surpresa calou todos que conversavam na sala. Exatamente nessa hora, o repórter falava sobre o navio no qual eles viajariam. Como ele havia previsto, o navio colidira com um iceberg e todos que nele estavam morreram sem nenhuma chance de se salvarem.

Jamila, curiosa, também foi para a sala para ver a notícia. Sem perceber, deixou o gás ligado sem a chama acesa. Depois que a notícia acabou, e foi bastante demorada, ela voltou para a cozinha para o preparo do lanche.

Na hora em que Jamila apertou o botão para ligar o gás, houve uma explosão que levou a casa pelos ares e matou todos que lá estavam: Zac, toda a sua família e seus amigos.

Esta premonição ele não teve!

Amadeu de Oliveira, Jonathan Rodrigues da Silva, Paulo Silas Claro Porcino

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Edson foi fazer uma viagem de avião com seus amigos Eliel, Matheus, João Vitor e a namorada de Matheus, Mariane. Quando todos estavam arrumando as malas, Edson teve uma visão. Parecia ter visto um avião decolando e, logo após, explodindo. Edson quis contar o que viu aos outros e logo disse:

─ Pessoal, tive uma visão de que na hora da decolagem o avião explodirá. ─ Bobagem! Foi só uma visão, o que pode acontecer? - E João Vitor foi logo concordando: ─ Eu não estou nem aí por causa disso. Eu

vou viajar de qualquer jeito com ou sem vocês. E vocês, Mariane e Matheus?

─ Bem, eu já vi algo assim na internet, eu vou ficar. -

─ E eu vou ficar com meu namorado. -Mariane.

─ Ok! Então, até mais gente. - ─ Até. Edson e seus amigos, que ficaram, tiveram muita preocupação com Eliel e João Vitor. Foram para casa, e, ao chegar, ligaram a TV e colocaram no noticiário, que mostrava uma

reportagem no aeroporto da cidade, falando sobre uma explosão de um avião que acabara de decolar. Mariane começou a chorar pela perda dos amigos que morreram. Já Edson disse assim: ─ Bem que eu avisei, se eles tivessem me escutado, não teriam morrido. Dias depois, com a morte de seus dois amigos, Edson começou a pensar nos fatos que

ocorreram no passado e concluiu que talvez acontecesse mais uma de suas visões, tudo poderia ser verdade.

Na noite seguinte, enquanto dormia, ele teve outra premonição. Num sonho desconfortável, viu que um caminhão capotava em algum lugar. Não viu a cena por muito tempo, então, ao amanhecer, foi contar para os amigos:

─ Gente, tive outra visão em que um caminhão capotava em algum lugar. ─ Ei, vamos à loja de jogos comprar “Call of duty”? - ─ Mas, eu tive uma visão! ─ Não sei. Foi só um caminhão capotando em um lugar que não deu pra identificar. ─ Ah! Vamos à loja. Não vai acontecer nada! ─ Tudo bem, mas eu não vou. - ─ Tá, ninguém liga se você vai ou não. -

Foram à loja de jogos e, saindo de lá, avistaram um caminhão vindo em alta velocidade que bateu em um carro e começou a capotar. O caminhão, desgovernado, caiu em cima do carro onde Mariane e Matheus estavam, matando todos que estavam dentro dele.

Depois disso, ele passou não só a anotar suas previsões como analisar todas elas. Ele pensava em salvar pessoas.

Será que conseguirá?

Edson José Dias Júnior, Eliel de Souza Carvalho

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Na brincadeira do copo, os partic ipantes colocam números de 0 a 9, letras de A a Z e as palavras SIM e NÃO em forma de círculo sobre uma mesa. No meio, é colocado um copo de boca para baixo, sobre o qual todos devem tocar levemente o dedo indicador enquanto fazem perguntas a um espír ito, chamado minutos antes com orações em voz alta e de mãos dadas. Misteriosamente, o copo se move em direção às letras e números, respondendo às perguntas.

Um g rupo de amigos resolveu jogar. Eles se reuniram na casa de um deles e realizaram

todos os procedimentos. No começo, faziam perguntas muito simples. Mas Thiago, o mais novo do g rupo, resolveu perguntar se eles ir iam morrer. Todos f icaram assustados com a pergunta, mas acharam que não ir ia acontecer nada. Infelizmente o copo foi na direção da palavra SIM e caiu no chão. Assustados, decidiram parar com a brincadeira.

No outro dia, Thiago não conseguia se concentrar em nada, pensando na resposta à pergunta que tinha feito. Ele resolveu falar com os amigos sobre isso. Todos falaram que era bobagem e ele estava preocupado por nada. Ele parou de pensar nessa situação e decidiu se divertir com seus amigos em uma festa. A caminho da festa, eles sofreram um acidente de car ro. Felizmente, ninguém se machucou. Mas todos f icaram preocupados, pensando na possibilidade de ser verdade aquela brincadeira. Depois, todos diziam que era bobagem e não passava de uma brincadeira estúpida.

Thiago acreditava que era verdade. Então, decidiu se isolar em casa e livrar-se de todos os objetos perigosos que havia lá. Seus amigos acharam inútil toda essa proteção já que era apenas uma brincadeira. Durante alguns dias, tentaram convencer Thiago a sair, mas não conseguiram tirar aquela ideia f ixa de que logo eles ir iam morrer.

Uma das integ rantes do g rupo, Alice, namorada de Thiago, não aguentava mais ver o sofr imento do namorado. Então, se juntou aos amigos e decidiram internar Thiago numa clínica psiquiátr ica para que ele pudesse, um dia, voltar a v iver como antes. A clínica era em uma cidade perto de onde eles moravam. E, para não apavorar Thiago, resolveram que ir ia somente Alice e

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ele. Quando chegou à clínica, Thiago ag iu calmamente e fez tudo o que eles mandaram. Alice saiu com o coração partido por ter deixado ali o amor de sua vida.

No caminho de volta, ela se distraiu e acabou sofrendo um g rave acidente, morrendo no local. Quando souberam da notíc ia, seus amigos f icaram arrasados e em dúvida se contariam a Thiago. Decidiram contar para ele, acharam que ele tinha o direito de saber.

Ao chegar lá, contaram a Thiago a tr iste notíc ia. Ele não queria acreditar que ela estava morta e ele não pode nem dizer adeus. Saiu correndo para o meio da mata que havia no local, desesperado. Seu amigo correu atrás dele. Ele f icou muito triste com a morte de Alice e falava que isso tinha acontecido por causa daquela brincadeira. Por mais que dissesse aquelas coisas, seus amigos o acharam melhor e decidiram tirá-lo de lá.

Ele estava muito feliz por sair dali, mas muito tr iste pela morte de sua amada. Ele voltou a trabalhar como antes, porém agora em um cemitério, pois se sentia mais perto de Alice. Todos diziam que ele era louco e devia ser internado novamente numa clinica psiquiátr ica. Ele queria muito encontrar com seus amigos, mas tinha medo de que se os encontrassem, morressem.

O tempo passou... Seus amigos estavam bem sucedidos e com famílias constituídas e felizes, mas também

tinham vontade de se reencontrarem. Decidiram procurá-los na internet e onde fosse preciso para que se encontrassem novamente e relembrassem os velhos tempos.

Depois de uma longa procura, marcaram um encontro, porém sabiam que se Thiago soubesse que eram eles, não ir ia. Então falaram que era Lara, irmã de Alice.

Thiago, muito desconf iado, foi ao encontro e quando chegou encontrou seus velhos amigos. Ele estava com bastante medo, mas também com muita saudade deles. Foram a uma chácara passar o f inal de semana juntos e continuaram se encontrando sempre, mas uma tragédia mudou tudo. Certa vez, quando estavam indo para um encont ro, o car ro em que eles estavam bateu em um caminhão e morreram todos.

Fim trág ico... Será que a brincadeira do copo foi a razão?

Amanda Soares Igor Santos Resende

Júlia Faria Soares Vinícius Fernando da Silva

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13 de maio de 1967, um dia normal como qualquer outro. Isabel e suas amigas se preparavam para a prova de História que ocorreria dia 16. Elas teriam

que falar sobre as condições da mulher no Islamismo. Era um domingo ensolarado, de manhã. Enquanto Isabel, Amanda e Clara estudavam, Nina foi

ao quarto de Isabel para pegar alguns livros para pesquisarem. Lá, ela ouviu barulhos estranhos. Quando voltou, nada comentou com suas amigas. Depois de estudarem, tomavam umas das outras para ver se realmente sabiam. Elas tinham combinado irem ao clube, à tarde.

Enquanto se dirigiam ao clube, Nina não parava de escutar tais barulhos estranhos. Logo, elas entraram na piscina. Assustada, Nina contou tudo para suas amigas e elas disseram que era coisa da sua imaginação.

Após saírem da piscina, Nina falou para suas amigas que teria que voltar, pois tinha esquecido sua presilha. Depois de um tempo, suas amigas, preocupadas, foram procurá-la e a encontraram desmaiada. Foram para o hospital. No começo Nina não estava consciente, mas logo já sabia o que tinha acontecido. Ela ficou algumas horas no hospital, em observação, e fizeram alguns exames que não constataram nada.

Após ser liberada, Nina foi para sua casa. No caminho, ela ainda ouvia tais barulhos estranhos. Nada contou para seus pais. À noite, ela ficou sendo observada por uma enfermeira que seus pais contrataram.

Enquanto dormia, ela teve pesadelos. No outro dia, que era segunda, Nina pediu para sua mãe para não ir à escola, e claro que ela deixou. A manhã passou bem. À tarde, quando sua mãe estava preparando o lanche, Nina comentou sobre tais barulhos estranhos. Sua mãe fez uma cara de preocupação, misturada com medo. Mas nada comentou.

A tarde foi pesada, pois além dos barulhos estranhos, para piorar, Nina foi ler livros de vampiros. Ela não estava com medo das revistinhas, mas sim dos barulhos. No final da tarde, suas amigas foram a sua casa para ver se estava tudo bem com ela e para passar a matéria do dia. Já era noite e suas amigas foram embora, Nina tomou banho e foi dormir.

No outro dia, o susto. A enfermeira disse que ela tinha dormindo tranquila, mas que Nina não acordava para ir à escola. Seus pais logo ligaram para o hospital e veio uma ambulância e Nina e seus pais foram para lá. No hospital, novamente não constataram nada. Nina iria passar a noite lá em observação. Nessa tarde sua mãe resolveu contar o que eram esses barulhos estranhos e essas coisas que sentia.

Ela começou falando que era uma maldição que veio da avó da sua tataravó e que também tinha passado por isso. Que uma vez Lindy (avó da sua tataravó) se apaixonou por um homem muito bonito. Ele era um vampiro, mas ela não sabia. Apaixonada, ela se entregou a esse amor e nada a demoveria da possibilidade de viver essa paixão.

Após um tempo, ela morreu e tinha umas marcas de mordida em seu corpo. Lindy descobriu que ele era um vampiro antes e escreveu uma carta para sua família. Ela disse que só não terminou tudo, pois o amor era mais forte. Na carta, que ela guardava até hoje estava escrito:

“Bom dia, meus pais! Sei que estão sofrendo por mim, mas peço que não sofram porque eu sabia que isso iria acontecer. Ele, o meu amor, é perigoso, é um vampiro. Mesmo que não acreditem em mim, mantenham-se longe dele, para o bem de todos. Não contem isso para ninguém, quero que seja segredo. E passe essa história para todos da família, quero que seja uma tradição. E outra, fiz isso tudo por amor.”

A mãe de Nina disse que o vampiro a matou e, depois, desaparecera. E o pior que ela disse foi que o espírito desse monstro assombra todas as meninas da família dela, pois acha que irá reconquistar Lindy. Mas, sua mãe disse que iria passar. Isso a aliviou. Porém, o pior de tudo é que essa maldição até hoje ronda a família de Nina.

Ana Laura Caixeta Almeida

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Havia um homem humilde chamado Yuri que não era casado e jogava na loteria todos os dias.

Num dia de Natal, ele recebeu uma ligação de um amigo dizendo: ─ Yuri, vão anunciar os números da loteria. Coloca no canal 8 de sua TV. Yuri foi correndo até sua sala, pegou os seus números da loteria e ligou a TV. O locutor falou os seguintes números: 12 – 23 – 27 – 38 – 49 – 52 Os números eram idênticos aos de Yuri. Vendo isso, ele pulou no sofá. Cheio de alegria, foi

até seu quarto, vestiu um terno, pegou duas maletas e saiu em busca da casa lotérica mais próxima. Chegando ao local, foi até o caixa, entregou os números e levou para casa cento e trinta e oito milhões de dólares.

Uma semana depois, ele estava de olho em uma mansão que custava em torno de setenta mil dólares. Yuri, satisfeito, a comprou. Depois de se mudar completamente, ele foi em busca de segurança para sua casa. Chamou um eletricista e mandou fazer um cofre em seu quarto e fazer um alarme em sua casa.

Um mês depois, Yuri começou a ouvir barulhos enquanto tentava dormir. Então, desceu as escadas bem devagar e viu o vulto de uma pessoa vestida de mordomo que carregava uma faca. Esse vulto sumiu nas paredes. Yuri subiu novamente as escadas e tentou esquecer o que viu.

No dia seguinte, ouviu os mesmos barulhos. Desceu de novo as escadas e viu o mordomo com a faca. Só que, dessa vez, ele não foi embora. Yuri o encarou e o mordomo fez o mesmo. Então, finalmente, ele começou a avançar e Yuri a recuar. Quando viu que o mordomo estava indo em sua direção, Yuri subiu as escadas, entrou em seu quarto, e trancou a porta.

Yuri começou a achar que estava ficando louco e chamou um psiquiatra. O psiquiatra disse que poderia ser uma alucinação, indicou um remédio e marcou o retorno.

No dia do retorno, o psiquiatra perguntou se os sintomas tinham melhorado e Yuri disse que não. Depois de uma série de exames constatou-se que não havia nenhum problema com o rapaz.

Yuri pagou o psiquiatra, que foi embora, mas ele não o viu sair. Ao descer as escadas, viu o corpo do psiquiatra no chão em cima de uma poça de sangue.

Yuri foi até o espelho e viu que sua garganta estava cortada. Desesperado, pensou em ligar para a polícia, mas quando ele se levantou, o mordomo estava atrás dele com uma faca cheia de sangue na mão. O mordomo tentou cortar a garganta de Yuri também, mas ele desviou e saiu correndo. Em vão... o mordomo era fantasma e passou entre as paredes. Sem saber ao certo como, o rapaz conseguiu sair da clínica.

Yuri foi até o jardim e parou de correr, virou para trás e não viu ninguém. Continuou a correr e foi até o posto de polícia mais próximo e falou que tinha um homem morto em sua casa. Os policiais o seguiram. O corpo do psiquiatra foi recolhido e, enquanto os policiais procuravam pistas, Yuri fazia as malas.

No dia seguinte, mandou um caminhão pegar a sua mudança e colocou uma placa na grade da frente:

Vende-se.

Arthur Franzon

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Jacobina é uma cidade situada na região noroeste da Bahia, no

extremo norte da Chapada Diamantina. É rodeada por serras, morros, lagos, rios, fontes e cachoeiras. Além das belezas naturais e das minas, Jacobina possui um rico patrimônio histórico-cultural.

Além de ser uma cidade típica do interior, Jacobina é muito visitada por turistas, principalmente pelas suas belezas naturais e culturais. Entre as atrações principais está a cachoeira Véu de Noiva, muito procurada pelos turistas pela enorme quantidade de água que cai por entre as pedras, formando uma figura parecida com um véu de noiva.

Nas proximidades da cachoeira, morava a família de Hupert: o pai Roberto, a mãe Lindsay, o irmão Borin e a irmã Mei.

Hupert, Mei e Borin gostavam muito de brincar perto da cachoeira. Nadavam todo dia, no final de tarde, pulando do alto das pedras que rodeavam o local. Chegando o anoitecer, saíam da cachoeira e voltavam para casa.

Hupert e seus irmãos estudavam na escola pública no centro da cidade. Tinham que ir a pé porque seus pais não tinham condições financeiras suficientes para pagar um transporte e também não tinham um carro. Eles estudavam no período da manhã e tinham que levantar ainda de madrugada para chegar à escola no horário certo, pois as aulas começavam às sete horas.

A casa de Hupert ficava longe da escola e o caminho era longo e perigoso, pois passavam no meio da mata, por entre as rochas e atravessavam o córrego antes de chegar à cidade. A cidade também oferecia seus perigos: as ruas desertas com possibilidade de assaltantes.

Num certo dia, quando chegaram da escola, seus pais conversavam durante o almoço. Hupert disse:

— Sobre o que estavam conversando, papai? E Roberto disse: — Nada, filho. Era besteira, deixa pra lá. Então insistiram querendo que eles falassem sobre o assunto. Roberto não teve outra escolha e contou-lhes a história que rolava na cidade. — Antigamente, meus pais contavam que uma moça, na hora do casamento, foi abandonada

no altar pelo seu noivo. Ela ficou muito desorientada com este fato e fugiu atravessando toda a cidade, indo parar na cachoeira. Vendo suas águas límpidas que refletiam as paisagens por perto, pensou estar atravessando o campo e mergulhou nas águas do lago onde cai a cachoeira. Como não havia ninguém por perto e ela não sabia nadar, morreu afogada e seu corpo foi encontrado uma semana depois todo desfigurado. Desde então, o povo fala que quando é noite de lua cheia, a noiva retorna das águas e fica rondando as matas em volta da cachoeira. Por isso, por ocasião da lua cheia, as pessoas se afastam do local quando cai a noite por medo do espírito dela.

Me perguntou: — Mas isso é mesmo verdade? Roberto respondeu: — Eu nunca vi, mas também nunca fiquei zanzando por estes arredores nas noites de lua

cheia. Por isso, quando chega esta época do mês, faço questão de acompanhar vocês no caminho da escola.

E Borin, curioso, perguntou: — Então, é por isso que a cachoeira se chama Véu de Noiva?

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Lindsay respondeu: — Não, é porque a água que corre do alto da rocha tem a forma do véu de uma noiva. Hupert, Borin e Mei ficaram assustados, mas Roberto disse a eles que não se preocupassem

porque não se sabia se era verdade. O tempo passou e Roberto continuava acompanhando os filhos até a escola nas madrugadas

de lua cheia. Um dia, Roberto passou muito mal, teve febre alta e não pôde acompanhar os filhos no

caminho da escola. Então foram sozinhos naquele dia. Saindo de casa como um dia normal, eles foram para escola porque tinham prova. Ao passarem pela cachoeira, sentiram muito medo. E, de repente, ouviram um barulho perto dela. Era uma linda moça vestida de noiva, mas com uma expressão desorientada, andando em volta da cachoeira. Então, voltaram para casa desesperados, gritando:

— Mamãe, papai, socorro! A noiva os viu gritando e os perseguiu, mas não conseguiu pegá-los antes que chegassem a

casa. E Hupert disse à mãe: — Nós vimos uma moça linda de vestido de noiva, rondando a cachoeira. Não acreditando neles, a mãe respondeu: — Vocês ficaram obcecados pela história do Roberto e estão imaginando isso. E Mei e Borin disseram juntos: — Confia na gente, mãe. Mas, se não confiar, então vai até lá conosco. Lindsay resolveu levá-los até lá para acabar com a cisma. De repente, ouviu um barulho perto

da casa dela, mas o ignorou e, chegando à cachoeira, ouviu uma voz ao lado dela. Lindsay disse: — Vamos ao outro lado da cachoeira pra ver o que é. Então foram ver. Chegando lá, ela viu a sombra de uma moça bonita vestida de noiva,

chorando. Ela olhou para Lindsay com um olhar desesperado, um olhar ela nunca iria esquecer. Os quatro saíram correndo e decidiram não ir à aula naquele dia.

Contaram tudo ao Roberto. Então ele disse aos filhos: — Na época da lua cheia, mesmo se tiver coisas importantes na escola, não saiam sem mim. Depois desse dia não iam nadar mais na cachoeira com a mesma frequência, mas só em

ocasiões em que pediam para os pais irem junto, para terem segurança. Sabe-se, agora, que na lua cheia, uma jovem moça ronda a cachoeira onde foi morta pelas

ilusões que sua imaginação teve. A família de Roberto se mudou dali porque ele conseguiu um cargo muito bom e agora tem

ótimas condições. Eles sempre se lembram da cachoeira e da noiva que vaga pela floresta nas noites de lua cheia.

Hugo Cunha de Oliveira

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Em dezembro, dia 19 de 1982, uma garota

chamada Clarice estava indo para sua casa e viu uma pessoa pedindo dinheiro na rua. O moço disse:

— Moça, me ajude, por favor, estou com fome. — Não, nada tenho. -

grosseria. — Já que você não vai me ajudar, eu vou lançar

um feitiço sobre você. Você será seguida por espíritos até ter pena de mim.

Ela ficou calada e seguiu para sua casa sem ter medo. Quando chegou a sua casa, teve uma surpresa. Sua casa toda estava desarrumada, bagunçada, parecia que passara um tornado por lá.

Ela foi correndo falar com aquele moço, mas ele já tinha saído para outro lugar. No outro dia, ela foi para seu trabalho, trabalhava em uma loja de bombons, mas quando

chegou lá seus bombons estavam todos no chão e ela disse: — Meu Deus, que bagunça é essa? Às 7 horas, ela foi embora para sua casa e pensou naquele moço, estaria na rua de novo. No mesmo lugar, lá estava ele, pedindo dinheiro novamente e ela disse para ele: — Olha aqui, se você for à minha casa e à minha loja bagunçar, vai se ver comigo. — Não fui eu, foram os espíritos que eu lhe mandei. — Pare com isso, isso não existe! — Claro que existe! Se não existisse, por que tudo isso estaria acontecendo com você? — Está acontecendo, mas é você que está fazendo. Então ela foi arrumar a casa dela que estava toda bagunçada. No outro dia, Clarice foi trabalhar, mas não tirou essa ideia fixa de espírito da cabeça. Quando chegou em casa, foi pesquisar na internet sobre espíritos e começou a acreditar. Com

isso, os espíritos perceberam que não era preciso fazer tantas maldades com Clarice. No outro dia, Clarice estava atravessando a rua para ir a sua loja de bombons quando, de

repente, um carro veio muito rápido e não conseguiu frear. Com isso Clarice foi atropelada e o moço que estava no carro ligou para a ambulância. Chegando lá, ela foi atendida e os médicos fizeram tudo para reanimá-la, mas depois de alguns minutos ela não resistiu e morreu.

Então os espíritos a receberam em um bom lugar e combinaram com ela que iriam ajudá-la a fazer uma vingança contra o homem que a amaldiçoou.

Essa vingança consistia em dar de volta a ele tudo que ele fizera contra ela. Então, os espíritos passaram a azucriná-lo, tornando a vida dele um inferno. Com isso a vingança de Clarice foi satisfeita e, daí por diante, sua vida foi melhor em seu novo

mundo. Mas, a vida do moço ficou muito ruim depois que ela morreu. Antes, as pessoas lhe davam

ajuda como cobertores, alimentos, água etc. Agora, ninguém dá mais nada a ele! Moral do texto: O feitiço virou contra o feiticeiro!

Ester Couto Santana, Janaina Alves Paulista, Thaynara Teixeira Silva

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Desde tempos imemoriais, histórias, ou até fatos reais de ter ror acompanham o homem. Cada se r humano será acompanhado por um fato de ter ror, que nunca saberemos se foi verdade. Esse conto de ter ror, não posso af irmar se é invenção, pois nele há coisas que me fazem duvidar se é mentira.

Na cidade do Rio de Janeiro tem uma

família, ou o patr iarca dela, que gosta de acampar. Estou falando da família Garden. Essa família é composta por Melissa Garden irmã de Pedro Garden, que são f ilhos de Mariana e Paulo, o casal Garden.

Paulo decide ir acampar com sua família no interior do Rio de Janeiro, mas essa v iagem terá g randes emoções.

Chegando ao local, observam um lindo lago azul margeado por uma bela vegetação. Mariana pede para os f ilhos não irem muito longe, e de preferência, não entrarem na f loresta.

Ao entardecer, Melissa convida os pais para fazerem uma tr ilha. Paulo aceita a proposta da f ilha, e v inte minutos mais tarde, eles dão entrada na f loresta. Como sempre, Paulo não é bom em olhar mapas e esse fato faz com que a família não consiga sair da f loresta. Ao se verem perdidos, começam a f icar preocupados, pois só têm um saquinho de balas, uma gar raf inha de água de 300 ml e uma caixa de fósforos.

Mariana aconselha a todos f icarem perto e pede para dar uma olhada no mapa. Consegue achar o er ro que Paulo cometeu, pois em vez de virarem à direita, que seria a saída perto do acampamento, seguiram mais para frente e viraram à esquerda.

Começa a esfr iar e Melissa é muito fr iorenta. Mariana está com o fósforo, então pede para os homens buscarem lenha para fazerem uma fogueira. Melissa e Mariana avistam algumas frutas e vão buscar.

Depois que todos adormecem, Melissa escuta uma voz chamando-a. Essa voz vai f icando distante e depois volta em outra direção. Ela f ica bastante assustada e acorda os pais. Eles acham que não é nada, mas o irmão acredita nela porque também tinha escutado, só que pensou ser imag inação.

No outro dia, depois do ocorr ido, sem saber o que era, os irmãos Garden passam a observar tudo naquela f loresta com um olhar mais cr iter ioso. Mariana decide seguir na frente com o mapa, os meninos no meio e Paulo atrás, para garantir que os meninos não saiam da tr ilha. Melissa e Pedro passam a escutar a voz outra vez, falando que, se fosse seguida, já estar iam fora da f loresta, perto de seu acampamento.

Melissa, um pouco ingênua, vai andando. Pedro chama os pais e vão todos atrás, mas chegam em um lugar que não tem saída e parece que nem entrada. Estão desorientados. Pedro só sabe que ali tem todas as comidas preferidas de cada um da família. Melissa, nem aí para a comida, f ica pensando em quem poderia estar falando com ela e fazendo-a ir a um lugar com suas comidas favoritas.

Anoitece e todos adormecem, exceto Melissa que f ica pensando na voz. Mas pensa que poderia ser algum amiguinho. Depois desse pensamento, ela acorda Paulo e conta a ele o que pensou.

Melissa continua escutando a voz, mas dessa vez não só ela e sim toda a família.

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Nesse momento, a voz pede para ela ir em direção à árvore menor, pois ao lado existe uma das entradas da f loresta e obviamente uma das saídas. Realmente, a voz levou-os à saída e bem ali tinha um pescador e Melissa passa a pensar que a voz controla tudo, pois logo o pescador pergunta se está tudo bem porque observou que não havia movimento da família no último dia.

O pai af irma que se perderam na f loresta e conta o restante. O pescador decide contar a lenda da Floresta Azul.

Há muito tempo atrás, um número assustador de pessoas que sabiam andar na f loresta começou a desaparecer e poucas se salvaram. Além de terem alegado ter escutado a voz, que guiava, que mandava, que controlava, que fazia tudo acontecer. Depois de contar fatos que convenceram a família, Pedro pensa porque então só ele e Melissa escutaram a voz. O pescador nada responde. Melissa f ica ref letindo. O silêncio de ambas as partes toma conta e o pescador fala que Melissa saberá a resposta de todos os seus porquês depois.

A família resolve ir embora, depois do f inal de semana macabro. Melissa e Pedro, ao darem as costas ao pescador, escutam: “Sempre estou ao lado de vocês, eu estarei onde vocês estiverem, tenho o controle de tudo, e sim Melissa, você me daria muito trabalho pois sou a ‘VOZ’ e você é uma garota muito curiosa!”

E agora, a quem pertence a VOZ?

Polyana Fontes Rodrigues

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Joana estava copiando os números dos telefones de seus amigos e parentes de uma agenda velha para uma nova quando viu o número do telefone de sua melhor amiga, Ivete, que sofrera um acidente de carro e morrera há alguns meses, voltando de um aniversário com seu namorado Eduardo, que estava em coma até aquela data.

O acidente se deu porque um motorista embriagado dirigia em alta velocidade. O motorista furou o sinal e acabou batendo na lateral do carro de Eduardo e Ivete e o motorista, bêbado e sem cinto, somente sofreu aranhões.

Joana, triste, resolveu ligar para o número de Ivete, pois talvez escutasse a gravação com a voz dela. Então, ela discou para o número. O telefone chamou duas vezes, fez que ia desligar e aí alguém atendeu.

Joana disse: — Alô! — Oi, Joana! - Assustada, apavorada mesmo, Joana perguntou: — Quem está falando? E a pessoa falou: — Quem mais poderia ser? É a Ivete. Joana retrucou: — É impossível! Ivete então falou: — Como assim? Você telefonou para meu número,

quem esperava que atendesse? Assustada e sem saber o que fazer, Joana continuou

a conversa que foi pequena, pois ela estava aterrorizada de medo. Nos próximos meses, ela continuou a telefonar para o número sempre atendido pela adorada amiga morta. As conversas sempre eram rápidas. Eduardo havia saído do coma, mas se encontrava no hospital recuperando-se dos ferimentos.

Três dias depois de Eduardo sair do hospital, Joana decidiu ligar e perguntar sobre o acidente, se Ivete se lembrava de algo. Elas começaram a conversar e Ivete perguntou sobre o Eduardo.

— Joana, você tem visto o Edu, tem notícias dele? Por que ele não me liga? Ele me prometeu estar sempre ao meu lado. Ele sumiu e não me liga mais, sento-choramingou Ivete com voz de tristeza.

Joana estava paralisada, não sabia o que falar e falou a primeira coisa que lhe veio no pensamento.

— Por quê? Porque você faleceu em um acidente de carro. - A última coisa que escutou foi um grito de pânico de sua amiga e logo em seguida o sinal de

ocupado. Rapidamente Joana discou o número de Ivete, mas dessa vez a voz do outro lado da linha lhe disse:

— Este número não existe!!! *Baseada na história de Paulo Garcia: Telefone dos mortos.

Pedro Henrique Zardini de Souza

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Em uma bela noite, uma família foi viajar e deixou o casal de filhos, Laura e Miguel, e um cachorro chamado Lup sozinhos em casa. Eles viram filmes, tomaram banho, esquentaram o jantar e, após comerem, foram para cama.

Quando eles estavam dormindo, Laura escutou alguns barulhos na sala de estar e falou: — Deve ser só o Lup que esbarrou em alguma coisa. Então a menina voltou a dormir. Escutou o mesmo barulho, foi direto à cama de Miguel e

falou para ele: — Miguel, o Lup está fazendo muito barulho lá em baixo, vá ver o que ele está fazendo. E Miguel respondeu: — Daqui a pouco vou lá, mas espera um pouco. Por que que esse medo todo? É só o Lup,

não precisa disso. Então Laura pegou um colchão que tinha no quarto de Miguel e foi dormir lá, para ver se o

irmão ia lá mesmo e também por causa do medo. Miguel desceu. Passaram-se dez minutos e nada de o Miguel voltar, passaram-se vinte minutos

e nada. Então, Laura ligou para seus pais, mas só caía na caixa postal. Amedrontada, ela resolveu ir lá

embaixo para ver se tinha acontecido algo. Quando estava descendo, viu um vulto e subiu o mais rápido possível. Esperou mais um pouco, e, ao descer, viu o mesmo vulto novamente, só que desta vez ela continuou. Chegando na sala, não achou o Lup nem o Miguel e começou a gritar:

— Lup, Miguel, cadê vocês? Parem agora mesmo com essas brincadeiras e apareçam! Então ela ficou bem quietinha esperando algum movimento e escutou várias pessoas dizendo: — Laura, venha até a cozinha. Ela, sem falar nada, foi até a cozinha e escutou de novo: — Venha até a varanda, Laura. Só que, desta vez, Laura voltou para o quarto deitou-se e não se mexeu, esperando algum

movimento suspeito. Então ela escutou o barulho da campainha tocando, olhou pela janela e viu um cara. Olhou

para a porta e quando voltou a olhar para a janela não viu mais o cara por lá. A campainha voltou a tocar e ela sussurrou:

— Meu Deus, o que eu faço agora? Meu pais não atendem o telefone e o meu irmão não volta com o Lup, o que eu faço?

O dia amanheceu e ela desceu novamente pensando que ia encontrar o seu irmão Miguel. Só que, quando ela estava descendo, viu o mesmo vulto que falou para ela:

— Você foi muito esperta de ficar aqui em cima, quieta, mas também foi muito burra de mandar o seu irmão lá para baixo, pois existe uma mulher que fica assombrando casas onde estão crianças que ficam sozinhas.

E ela respondeu: — O que houve com ele e com o Lup? O vulto sumiu e ela foi lá em baixo. Atordoada, viu seu

irmão Miguel e o seu cachorrinho Lup mortos, sem que ela soubesse quem praticara tal crueldade.

Acaba, assim, a noite de terror!

Carla Martins Fernandes

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Certo dia, um polic ial estava andando tranquilamente com seu car ro por uma rua sem casas, pessoas ou animais, afas tada da c idade. De repente, vê dois homens que pareciam ser mendigos.

O polic ial resolveu abordá-los, pois naquele local nunca havia pessoas caminhando. Ao chegar próximo deles, o polic ial, com a arma em punho, disse para eles colocarem as mãos na parede, pois era um polic ial.

Os mendigos, obedecendo às ordens dele, colocaram as mãos na parede. Então, o polic ial começou a fazer um inter rogatório e perguntou como eles se chamavam. Um deles respondeu Toni, o outro falou que seu nome era João. O polic ial, com seu instinto investigativo, perguntou de onde eles estavam vindo. Eles responderam que vinham da Bahia. O polic ial, então, v iu duas malas no chão e perguntou o que tinha nelas e os mendigos responderam que ali estavam suas roupas e sapatos.

O polic ial, com dureza, foi verif icar e, quando ele as abriu, encontrou corpos humanos mutilados. O polic ial então chamou reforço pelo rádio e os dois foram presos.

Chegando à delegacia, os polic iais foram verif icar as f ichas dos presos. Foi aí que eles descobriram que se tratava dos assassinos da ser ra elétr ica.

Esses bandidos já haviam assassinado mais de c inquenta pessoas e estavam sendo procurado há mais de dez anos. Agora, com a prisão deles, outros casos ser iam resolv idos. Várias famílias que tiveram seus parentes desaparecidos foram até a delegacia para saber sobre o paradeiro de seus entes queridos.

Dona Antônia, que não via seu f ilho há muitos anos, chegou cedo à delegacia e f icou sabendo que seu garoto foi um dos mortos pelos assassinos. Eles contaram aos polic iais onde tinham colocado os restos mortais dele. Mesmo triste, ela disse que agora f icar ia em paz, podendo, pelo menos, enterrar seu f ilho sem ter mais esperança de vê-lo voltar para casa.

Este caso repercutiu muito na imprensa e foi v isto como uma das maiores tragédias já v istas no país, mas que agora fora resolv ido.

Tudo g raças a um brilhante polic ial que, no exercíc io da sua função, colocou f im aos assassinatos que assustavam as pessoas. Agora, toda população pode andar com tranquilidade nas ruas daquela c idade.

Lucas Nascimento do Prado

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Há muito tempo atrás, em Sidney, um garoto chamado Leonardo morava com seus pais. Um dia, eles o deixaram trancado em casa e nunca mais voltaram e, sem alimento e água, ele morreu. Passaram-se vinte anos e uma nova família foi morar naquela casa, sem saber de sua história.

Jonathan, o f ilho do casal, f icava sozinho à noite, pois seus pais trabalhavam. Ele já estava acostumado a f icar sozinho, e nem se preocupou com sua primeira noite naquela casa . Ele estava tranquilo, assistindo à TV, mas logo se lembrou de que seus colegas falavam que aquela casa era mal-assombrada. Então, decidiu fazer uma pesquisa na internet.

Olhou e se assustou! Mas, precisava ser forte: seus pais só voltar iam muitas horas depois. Foi para o banho. Quando entrou na banheira, a água virou sangue! Correu para seu

quarto, vestiu-se, tentou ligar para seus pais, mas estava sem sinal. As luzes começaram a piscar, tentou abrir a porta, mas estava emperrada! Assustado, foi para a s ala e deu de cara com Leonardo!

Jonathan entrou em pânico! Mas, quando olhou já era tarde, Leonardo entrou em seu corpo! Passou-se uma semana e seus pais estranharam o seu comportamento e suas roupas. Seus pais conversaram com ele, mas ele se revoltou cont ra eles.

Certa noite, sua mãe estava preparando o jantar quando... ele contorce sua cabeça e r i. Sua mãe desmaia. Ele não perde tempo, esfaqueia sua mãe e esconde o corpo no porão.

Com seu pai foi mais simples. Ele estava arrumando seu car ro, Jonathan pegou o machado e acertou sua cabeça.

Satisfeito com o que fez, Leonardo saiu do corpo de Jonathan. Este, vendo que seus pais estavam mortos, se revoltou e declarou vingança! Imediatamente teve que sair da casa com seus tios, uma vez que era ainda tão pequeno.

Dez anos se passaram e Jonathan voltou para aquela casa. Ao entrar, Leonardo sentiu sua presença e tentou matá-lo.

Jonathan tentou atacá-lo com uma faca, mas percebeu que Leonardo era apenas um espír ito. Lembrou-se da história daquela casa e lembrou-se de que os pais de Leonardo deixaram um colar de infância com o nome dele em cima do túmulo. Então correu para o cemitério, pegou o colar, voltou para casa. Desesperado, o espír ito de Leonardo g ritou:

— Me deixe em paz! Não quero saber de meus pais... Eles me deixaram aqui sozinho!

Mas eles o amavam, não sei o motivo porque o deixaram... Mas deixaram esse colar em cima do túmulo, toma é seu!

O espír ito pegou o colar das mãos de Jonathan e saiu daquela casa. Jonathan não realizou a vingança, mas se livrou de Leonardo. Depois, f icou muito orgulhoso do que fez. A paz voltou a reinar em sua vida.

Ana Luiza Borba Petrag lia Anna Luiza do Nascimento Senna

Bárbara Rodrigues Batista Victoria Rodrigues Batista

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Uma turma de quatro amigos foi comemorar o aniversário de um colega. Quando chegaram

ao local, a festa ainda não havia começado. Na festa, havia muitas bebidas alcoólicas e drogas. Estava correndo tudo certo até que chegou o fim. Essa turma de amigos, como estava bêbada e drogada, queria curtir mais e continuar a andar pela região onde havia acontecido a festa.

Às 03h48min, eles viram um homem passando na frente deles e, em seguida, um barulho de tiro. Quando olharam de novo para o homem, ele estava ferido, caído no chão. Eles ficaram muito assustados, mas continuaram a andar em direção a ele para tentar socorrê-lo. Quando se aproximaram, ele havia desaparecido. Os amigos acharam que era coisa da imaginação deles e continuaram a andar pelas ruas.

Eles seguiram uma estrada de terra para ver onde iam parar, e quando o efeito da droga e do álcool já havia passado, os jovens se deram conta de que estavam numa cidade desconhecida.

Quando olharam para trás, não havia mais nada, apenas uma neblina muito intensa. Eles foram em direção da neblina, para tentar achar o caminho de casa. Enquanto eles andavam no meio da neblina, viram outro homem correndo desesperado. Resolveram segui-lo, viram-no entrar numa casa abandonada.

E eles foram atrás do homem. De repente, observaram que ele estava olhando para eles. Ficaram espantados e viram que era

o mesmo homem que eles tinham visto, levando um tiro. O homem sacou uma arma e atirou num dos jovens, atingindo-o no peito e depois desapareceu.

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Os amigos do ferido foram socorrê-lo para que o amigo não perdesse muito sangue e morresse. Os jovens, depois de socorrer o amigo, tentaram sair da casa, mas, quando chegaram à porta da frente, ela estava emperrada. Desesperados, eles tentaram arrombar a porta, mas tudo foi em vão.

Às 06h11min (2 horas depois do aparecimento na casa), o rapaz que estava ferido não conseguiu sobreviver, morreu porque perdeu muito sangue. Todos estavam muito tristes e juraram vingança pela sua morte.

Numa sala pequena, havia um piano velho que começou a tocar sozinho. Eles chegaram perto para ver o que era, quando ouviram um barulho de porta batendo.

Olhando para trás, viram que a porta estava aberta e o corpo do amigo tinha desaparecido. Ao chegarem onde estava o corpo, eles perceberam que tinha um rastro de sangue no chão que acabava na porta que agora estava aberta.

Eles foram correndo para fora da casa. Quando se deram conta, tinha um homem observando-os e, possivelmente, seria o fantasma. Havia um carro no fundo da casa. E eles foram correndo para ele e tiveram que quebrar a janela para entrar. Eles observaram que tinha um papel com algumas palavras em latim.

Estava escrito “Res modo formosae foris, intus erunt maculosae”. E, embrulhado dentro do papel, havia um crucifixo. Seria uma arma mágica para expulsar o fantasma de suas vidas para sempre?

Eles saíram do carro e foram em direção ao homem que os observava. Assustados, perceberam que ele não estava mais lá. Eles pegaram o crucifixo e começaram a falar a frase em latim: “Res modo formosae foris, intus erunt maculosae”.

O fantasma apareceu atrás deles, fez um barulho muito alto e começou a sumir, ficando apenas uma luz muito forte que cegou os amigos por um tempo.

Depois dessa experiência nada boa, eles juraram entre si que nunca mais iriam beber nem usar drogas.

Quando acabou aquele pesadelo horrível, foram pesquisar na internet e em livros o que significava aquela frase que usaram para eliminar aquele ser estranho e estava assim: “Cruz no peito, diabo nos feitos”.

Fhelipe Faria Mendonça Gustavo Alves Cardoso Oliveira

Rafael Carlos Rodrigues Yan Teles Assis

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Em 1964, numa escola dos Estados Unidos,

havia um jardineiro que odiava tudo: as crianças, o seu trabalho, o diretor da escola, odiava todas as pessoas do mundo, até mesmo sua família.

Estas crianças que ele odiava também o odiavam e eles falavam:

– Seu otário. Não serve pra nada!!! E todos começavam a rir na cara dele: – Ah ah... Seu otário... Até que um dia, esse jardineiro, enquanto

capinava, por acidente, cortou a mão fora e sangrou até a morte. Ele jurou vingança a todos que um dia debocharam dele.

As pessoas não acreditavam nisso, mas, depois, todos ouviram em suas cabeças uma voz grossa e esquisita dizendo:

– Vou matar todos vocês!!! Vocês todos vão se arrepender de terem nascido!!! E de me chamarem de otário e de idiota.

Depois disso, todos começaram a correr e gritar de medo. Até que o diretor da escola falou: – Vocês vão acreditar nisso? Esse jardineiro sempre foi um mentiroso, inútil. Era um jardineiro

imprestável. Vocês têm que ficar calmos. Isso não existe. Isso tudo é só enrolação, não acreditem nisso! Depois que o diretor falou isso todos se acalmaram. Até que um aluno falou: – É? Como você sabe? Você sabe que ele nos odiava e a gente sempre falou muito mal dele.

Por que você acha que ele não vai se vingar? Eu nunca acreditei naquele jardineiro, mas agora eu acredito e estou apavorado e morrendo de medo. E não falo só por mim, tem muita gente com medo aqui, não sou só eu, isso eu garanto.

Depois disso, a maioria das crianças voltou a correr e gritar que nem loucos desesperados e amedrontados.

Foi quando todos começaram a ouvir aquela mesma voz dizendo: – Você não acredita em mim, diretor, então você vai ser o primeiro a morrer. Duvida disso?

Responda agora. Está com medo? O diretor da escola ficou com tanto medo que saiu correndo, mas não correu muito. Na saída

da escola, o jardineiro soltou um raio em cima da cabeça dele e ele acabou morrendo. Todos se apavoraram até que a voz grossa e esquisita voltou e disse: – Ninguém se mexa, senão eu mato! Ninguém se mexia até que um aluno falou: – Eu não aguento mais, me mata logo! Prefiro morrer a ficar aqui nesse lugar! Estou sofrendo

demais! Mate-me logo! Então o jardineiro disse: – Está bom. Cheio de ira, o jardineiro soltou várias cobras pela boca, e em um instante elas devoraram

todo o corpo do menino e só sobraram os ossos. Todos começaram a tremer e a morrer de medo. Muitos não aguentaram e desistiram, somente sobrou um pequeno grupo de cinco pessoas. Esse grupo estava difícil de desistir. Então ele falou:

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– Vocês são fortes, não desistem nunca. Vou lhes fazer uma proposta. Quem desistir agora, eu não vou matar hoje.

Quatro pessoas desistiram e no dia seguinte estavam mortas pelo jardineiro. Mas aquela outra pessoa que não desistiu, ficou quieta, nem se mexia, e não desistia até que o

jardineiro fez outra proposta para ele. O jardineiro falou: – Ei garoto, se você desistir agora vou lhe dar mais um ano de vida. O que você acha disso? O garoto nem teve reação. O jardineiro foi ficando com raiva. Ele ficou esperando, esperando e esperando, mas o menino

nem se mexia, então ele falou para o menino: – Desisto de você, vou deixá-lo morrer sozinho. Então o menino ficou tranquilo e foi embora. Mas, cinco anos depois o jardineiro voltou enquanto ele estava dormindo, cortou-lhe a cabeça

e disse: – Ei, garoto, nunca acredite em fantasmas!!! A vingança estava consumada...

Diego Leite Tiago João Victor Pereira Delfino

Maiky Lourenço Elias Pereira

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Antigamente, em um bairro da periferia da cidade de Uberlândia, havia uma família de pessoas

muito humildes, desprovida de bens materiais e, principalmente, de religião. Era um casal, vindo da zona rural com sete filhos. Moravam numa casa abandonada por não sei quem. Não havia água encanada, banheiro, energia, nem na rua nem na casa. Cada dia da semana, uma das crianças era responsável por buscar água na cisterna para esquentarem no fogão de lenha e tomarem um belíssimo banho de bacia.

Os dois filhos mais novos não podiam buscar água porque o balde era muito grande e pesado, os cinco filhos mais velhos buscavam meio que com preguiça, mas iam sem reclamar, já o filho mais novo dos cinco, saía nervoso, furioso, reclamava que aquilo não era vida, que ser humano nenhum merecia aquilo e, todas as vezes, saía xingando, mas era cada palavrão que não tenho nem coragem de repetir.

Essa história se repetiu por muitos e muitos anos, até que um dia, a mãe pediu para que o xingador buscasse a água antes que escurecesse e ele, para pirraçar não foi. Quando deu a hora do banho, a água não estava lá e a mãe furiosa foi reclamar com o filho, que respondeu muito mal, e mais uma vez saiu xingando e falando palavras horríveis para sua mãe.

Ao chegar à cisterna, tudo o que ele havia falado se materializou: um monstro horrível, soltando fogo pela boca, garras enormes e afiadas apontadas para ele, com chifres pontudos, exalando um cheiro horrível de enxofre.

O menino saiu correndo para dentro de casa, gritando tanto que não conseguia explicar o que havia acontecido. Todos ficaram muito assustados e foram lá fora para verem o que podia ser, mas não viram nada. Naquela noite, o menino dormiu entre seus pais e no outro dia, ao amanhecer, ele contou o que tinha visto.

Nunca mais falou asneiras nem deu uma má resposta a sua mãe, e no seu dia de buscar a água, pedia, com toda educação, para que um de seus irmãos fosse com ele.

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Daí em diante, os pais viram que era preciso falar mais de Deus para seus filhos, porque a boca fala daquilo que o coração está cheio e vem pra perto de nós tudo que nós chamamos para perto de nós. E foi aí que o pai da família contou um fato que aconteceu quando ele ainda morava na roça.

Além de falar palavrões, Catarino, o pai dos meninos, não acreditava em Deus e zombava de tudo. Um dia ele chegou em casa e sua esposa lhe contou:

— Sua avó morreu. E ele respondeu na maior falta de educação: — O couro dela é seu. Sem dar atenção, foi dormir e no outro dia, deu só uma passadinha no velório e nem se

entristeceu por ter perdido um parente tão próximo. Passados alguns dias, já era bem tarde e ele, como não temia nada, estava voltando para casa

sozinho e, ao passar por uma capoeira, sentiu que algo estava andando atrás dele. Ele acelerava e os passos aceleravam também até que ele começou a correr e resolveu olhar para trás. Teve uma grande surpresa ao ver sua avó que havia morrido indo atrás dele. Catarino quase engoliu a língua e correu o que deu conta, passou por debaixo de uma cerca de arame farpado, rasgou sua camisa e deixou um bom pedaço do couro de suas costas lá.

Chegou em casa sem falar, igual ao filho, e depois de tomar um copo de água com açúcar, pode contar para a esposa o que havia acontecido. Ela se lembrou da frase de deboche que ele havia dito ao saber da morte de sua avó.

Todas as vezes que Catarino passava pela capoeira, subia um arrepio dos pés à cabeça e ele rezava um Pai Nosso e acelerava, mas isso só durante o dia, porque, à noite, ele nunca mais passou por lá sozinho.

Ficou bem claro para aquela família que devemos tomar cuidado com o que falamos. Se chamarmos pelo bichão, podemos esperar que um dia ele aparece.

Mariana Silva de Andrade Stela Matos Silva

Vitória Coimbra Carrijo

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Numa linda fazenda, moravam o Seu Antônio e sua mulher Eliza. Lá havia muitas vacas

leiteiras e bois, porcos, galinhas e codornas. Eles também tinham plantações de milho, arroz e café para vender em feiras e manter as suas criações de animais.

Eles eram bem conhecidos pela comunidade, que estava localizada na zona rural do município de Indianópolis. A fazenda deles ficava perto do rio Araguari. A rotina da família era praticamente o trabalho. Quando davam quatro horas em ponto, Seu Antônio levantava da cama, fazia o café e comia o típico pão de queijo e o bolo de fubá. Depois, ia tirar leite e fazer as outras obrigações de sempre. Eliza levantava mais tarde e ia cuidar da horta e da casa. A família levava a vida assim na tranquilidade do campo.

Num final de semana, Seu Antônio foi, no final de seu expediente, trancar a casinha feita de barro onde guardava as ferramentas e começou a ouvir um barulho estranho que vinha de longe. Era como se fosse areia voando em redemoinho. Nem ligou. Depois de ter trancado a casinha, ele olhou pra trás e viu um vulto que acendeu o lampião velho que tinha dentro da casinha. Com muito medo começou a correr em disparada até sua casa onde havia outro lampião. Chegou em casa e logo disse a Eliza:

─ Eu ouvi uma voz e logo depois vi um vulto que acendeu aquele lampião velho! Ele falou tão apavorado que Eliza não acreditou e falou: ─ Você deve estar cansado, deve ter escutado algum bicho, vai tomar banho e descanse. Seu Antônio, mesmo sem concordar, certo de que tinha visto alguma coisa, foi tomar banho e

dormir. No outro dia bem cedo, Eliza já estava de olho em Antônio, ela nem tinha dormido à noite, pois estava muito preocupada.

Depois de algum tempo, essas visões de Antônio vinham se repetido até que Eliza resolveu ir à casa de seu vizinho, Marcos, perguntar quem tinha morado naquela casa antes de Eliza e Antônio. Marcos disse:

─ Quem morou aí foi um senhor que ninguém sabia o seu nome. Ele era muito estranho e ficava guardando alguma coisa importante porque ele sempre andava armado e com a casa toda fechada. Muitas pessoas dizem que ele mexia com magia negra, pois nas árvores havia bonecas e sempre que ele ia deitar essas bonecas mudavam de lugar.

Eliza, bem assustada e sem o que fazer porque não queria assustar Antônio, foi para um lugar bem escondido da fazenda para pensar e pôr as emoções em dia.

Quando estava lá e decidida a contar pra Antônio sobre a história da casa, encontrou uma boneca velha que tinha um papel na cabeça onde se lia Eriberto Oliveira da Silva. Pegou a boneca e o papel, correu pra casa e, quando chegou lá, Antônio estava todo apavorado com um papel e uma boneca na mão. Nesse papel, estava escrito ‘já morou’.

Eles, apavorados, pegaram a boneca e uniram as frases que deu ‘Eriberto Oliveira da Silva já morou’. Eles ficaram conversando e Eliza contou para ele sobre a história da casa e então os dois, com muito medo, decidiram procurar outra boneca. Acharam uma galinha morta com uma boneca e um papel onde estava escrito ‘aqui e sempre vai morar’.

Foram dormir com medo, mas certos de que iriam resolver a situação. No outro dia, cedo, eles tiveram uma longa conversa e decidiram se mudar para a cidade. No mesmo dia, à tarde, já foram a Indianópolis procurar uma casa para alugar, só que não acharam e tiveram que voltar e passar mais uma noite lá na fazenda.

No meio da noite, Eliza acordou gritando e logo disse: ─ Minhas costas e meus braços estão machucados.

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Seu Antônio logo foi ver os machucados das costas e esses ferimentos formavam uma frase: ‘Agora, sabem demais não podem mudar e, se desobedecerem, vão sofrer consequências drásticas’.

Eles conversaram muito e mesmo assim decidiram mudar e esquecer essa história. Depois de algumas semanas foram a Indianópolis e encontraram uma casa. Já no dia seguinte, mudaram.

Depois de alguns dias, começaram a ficar estranhos. Tinham pesadelos, ficavam sonâmbulos, começaram a aparecer aves mortas na casa. A vida deles não era mais a mesma, as pessoas olhavam pra eles de forma estranha.

Passou muito tempo e o povo de Indianópolis não via mais Eliza e Antônio. A casa deles foi vasculhada e nem corpos foram encontrados. Depois de muito tempo de busca, sem sucesso, deram-nos como mortos.

E essa foi a consequência drástica. Onde estão? Até hoje, nunca mais foram vistos.

Victor Aparecido Pereira

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Rosana era uma jovem campeã de natação e tinha um f ilho chamado Eduardo, de sete

anos, também campeão de natação. Era sozinha, seu marido havia morrido na Segunda Guerra Mundial.

Eles moravam numa casa g rande e velha que f icava distante da c idade. Nela, havia móveis antigos. Tinha seis cômodos e um grande porão. No quintal, havia algumas árvores, muitas plantas.

No porão da casa havia algumas caixas de roupas velhas e usadas e algumas fotos dos antigos donos da casa. Certo dia, ela descobriu que todo mundo que morou nessa casa havia morrido e ela f icou muito assustada com isso.

Um dia, Rosana estava andando em sua casa e ouviu alguns barulhos na sala e na cozinha e foi ao quarto de seu f ilho ver se estava tudo bem. Ao chegar ao quarto, v iu alguns vultos ao redor da cama de Eduardo. Apavorada, correu para pegá-lo.

Ao chegar à cama de seu f ilho, um vulto foi em sua direção e numa batida forte atravessou-a e a empurrou, desestabilizando-a por completo. Ela pegou seu f ilho rapidamente e saiu de casa, indo parar numa estrada deserta sem nenhuma vista de casas ou de cidade, apenas um velho cemitério abandonado, onde havia vários túmulos e corpos fora dos caixões.

Muito longe desse cemitério, havia um grande r io e um pequeno barco, dentro do qual havia o corpo de uma pessoa, alguns urubus e um cachorro enorme. Como Rosana estava muito cansada, ela v irou esse barco com a ajuda de Eduardo e o limpou. Em seguida, entraram na embarcação e saíram navegando.

Assim que estavam no meio do rio, Eduardo começou a passar mal porque a f loresta estava muito fedida e ela não sabia por qual razão. Quando ela olhou para c ima, v iu milhares de urubus voando em cima da f loresta e ela remou com mais v igor.

Quando chegou ao outro lado, v iu milhares de corpos sang rando e ao seu lado havia um leão g igante e faminto. Saíram do barco e pularam dentro do rio, nadando muito rápido até chegar à terra f irme do outro lado. Correram o mais rápido que puderam, mas o leão não desistia. Eduardo caiu e se machucou muito. O leão montou em cima dele e, de repente, uma f lecha atravessou o corpo do animal.

Quando ela olhou ao seu lado, v iu um arqueiro. A mulher, muito apavorada, perguntou o seu nome e ele respondeu que era Pier ry.

Pier ry a levou para a sua casa. A chegar lá, havia muitas famílias e cr ianças que haviam perdido seus pais por causa daquele leão g igante. Rosana colocou Eduardo para dormir e quando ele acordou foi brincar com as outras cr ianças.

O dia passou célere e á noite comeram para dormir. No outro dia, Rosana acordou, percebendo que na verdade estava em sua casa... Foi ao

quarto de seu f ilho e percebeu que tudo fora um sonho. Quanto alív io... A segurança de sua casa e de sua vida!

Igor de Souza Rabelo

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Em uma pequena cidade do Condado de Somerset, na Inglaterra, com cerca de nove mil

moradores, chamada Glastonbury, havia um homem chamado Stefan. Um dia, ele se encontrou com um homem de 68 anos chamado Jhon: — Olá, Stefan! Como você está? — Bem, obrigado. E você, Jhon? — Bem também, obrigado. Mas e a família, como está? — Não tenho mais família, eles morreram há quatro meses, quando moravam em New York.

Você se lembra daquela vez em que eu viajei para lá? — Lembro, sim. — Então, foi para ir ao enterro deles. — Como eles morreram? — Morreram atacados por um vírus, criado por cientistas, que mataram milhares de pessoas e

muitas outras se transformaram em algo ainda não identificado até hoje. Fiquei sabendo por uma pessoa, que não se identificou, que tudo aconteceu quando pesquisadores descobriram a possibilidade de ajudar as pessoas que perderam parte de seu corpo, ou seja foram mutilados.. Era para a parte mutilada do corpo se regenerar e se reconstruir, porém algo deu errado e acabaram criando um vírus que matou muitas pessoas.

— Você deve ter ficado muito mal com tudo isso. — Sim, realmente fiquei, mas a vida continua. E, por ironia do destino, recebi uma proposta de

trabalho de lá. Viajarei depois de amanhã bem cedo. Estou muito ansioso para chegar ao novo trabalho. Os dois homens se despediram... No dia da viagem, Stefan já se encontrava no aeroporto bem cedo e foi comprar sua

passagem. A moça do atendimento logo disse: — Para onde vai, senhor? — Para New York. — Nossa, me desculpe dizer, mas você é louco de ir lá! Sabe a quantidade de mortos e

aquelas coisas estranhas que estão por lá!? — Bom, eu sei, mas tudo bem, estou indo a trabalho justamente para ajudar a descobrir algo

pra mudar essa situação. — Qual é o seu nome? — Meu nome é Stefan. — Você e o único passageiro para New York. Aliás, tem uma mulher também. — Como assim, apenas dois passageiros? — Ao ficarem sabendo do acontecimento, muitas pessoas cancelaram suas viagens! — Ok! Todo bem então! — Faça uma boa viagem, senhor! Quando a atendente entregou a passagem para Stefan, algo inesperado aconteceu. Um grupo

de zumbis invadiu o aeroporto e Stefan saiu correndo. Ele sempre carregava uma arma para matar os zumbis existentes naquela região. Porém, eles desistiram de correr atrás dele e voltaram para matar muitas outras pessoas. De longe, ele via os monstros arrancando a cabeça e os braços das pessoas. Ele ouvia os gritos de desespero, pedidos de socorros e, de longe, ele visualizou uma bela garota que estava sendo atacada e logo atirou no zumbi e o matou. Perguntou à garota:

— Você está bem? — Sim, estou! — E qual e o seu nome?

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— Meu nome é Helena. Mas, e você está bem? Aquele zumbi o atacou?

— Sim, estou bem! Mas tenho certeza de que ele não está. Você está indo viajar pra onde, Helena?

— Para New York, mas acho que não terá mais jeito, não é?

Helena mal terminou o que dizia quando uma voz muito grossa disse:

— Em 15 minutos o avião com destino a New York sairá. Todos os passageiros se dirijam à plataforma B6.

Meio assustados com a voz, os dois foram para a plataforma indicada.

Entraram no avião e visualizaram que seriam realmente os únicos passageiros a seguir para New York. A viagem foi um pouco longa e cansativa.

Helena disse a Stefan em determinado momento: — Nossa, já estamos quase chegando! E olha, a cidade está vazia! — É verdade! O que está acontecendo com o meu braço, ele esta meio que vermelho e dolorido! — Deve de ter sido na hora que você entrou em combate com aquele zumbi, ele deve ter se

encostado em você. Ao descer no aeroporto, do nada, eles foram atacados por uma multidão de seres estranhos e

saíram correndo. Entraram em uma casa e perguntaram alto: — Tem alguém aqui? De repente, uma sombra passou várias vezes sobre eles, dizendo: — Saiam daqui ou se arrependerão! Eles ignoraram a voz e continuaram. De repente, as portas e janelas começam a abrir e fechar, fato

que os deixou apavorados. Inesperadamente, surgiu, na frente deles, um homem muito esquisito que disse: — Por que vocês não saíram quando eu mandei! — Então, era você que estava fazendo isso? - — Quem é você? — Eu sou um pesquisador da cidade de Glastonbury, na Inglaterra! Vim ajudar na descoberta

da cura para este vírus que matou milhares de pessoas. — Mas o que é isso no seu braço, Stefan? — Não sei dizer, mas fui atacado por um zumbi antes de vir para cá, no aeroporto. — Lamento dizer rapaz, mas você tem poucas chances de sobreviver. Provavelmente você vai

morrer, pois ao se encostar em um zumbi, você se contaminou. Enquanto os dois homens conversavam, seres estranhos invadiram a casa, pegaram Helena e

arrancaram a sua cabeça. Stefan se desesperou e gritou: — Nãããããããããããão!!!!!!!! Helena, Helena, Helena... Stefan pegou uma granada que estava em cima da mesa, tirou o pino e jogou-a na direção

daqueles seres estranhos. Stefan e o outro homem correram e se esconderam. Com a explosão da granada, mataram todos que estavam naquela casa.

A explosão deixou algumas partes dos corpos daquelas criaturas estranhas espalhadas na sala. E o homem, que disse depois, ser também um cientista que estava à procura do antídoto para a praga que assolava a cidade, conseguiu um soro para curar Stefan e outro para curar aquelas pessoas que se transformaram, espalhando assim a cura em todo o território de New York.

Stefan o ajudou na distribuição, colocando o soro em água, depois espalhada como chuva nas pessoas, na cidade, em todos os lugares.

Mas, a tristeza de não ter conseguido ter Helena em sua vida o atormentou por toda a sua vida.

Nathan Myzael Santos Cardoso

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Era um dia tranquilo, todos estavam folgados. À noite, soprava um vento fresco, momento

perfeito para ver as baleias. Nesse dia, um garoto chamado Rafael e sua irmã, Joana foram a um parque. — Será que a gente não vai encontrar nenhum fantasma? — Não, é claro, não existem fantasmas! — Eu acredito nisso, mas todo cuidado é pouco. Quando os dois chegaram lá, acharam um porto brilhando, mas, em uma caixa de areia, Joana

viu que estava escrito alguma coisa em romeno. E como Joana sabe romeno, leu: “Quem abrir essa porta, vai ver coisas horripilantes que olhos humanos não devem ver!” — Ah! Isso só pode ser brincadeira de alguém. — É verdade, mas só vendo para crer. — Vamos abrir então! Sim ou não? — Bom, vamos abrir, né! O Rafael abriu. Tamparam os ouvidos e viram uma caixa com detalhes interessantes. Pegaram

a caixa, foram embora. Chegaram em casa e a mãe deles disse: — Onde vocês estavam? — Por aí, andando, mãe. — É assim que se fala com a sua mãe? — Não, mas estou apressado agora. E, desculpa! — Desculpado, meu filho. Os dois subiram para o quarto e Rafael disse: — O que será que tem mais dentro da caixa? — Somente amanhã, depois da aula, nós vamos vasculhá-la! — Tá, mas vamos abri-la no parque. — Como quiser, então! Eles foram dormir. Rafael estava tão louco para abrir a caixa que nem conseguia pegar no sono. Joana, tranquila, pegou no sono direto, nem acordou com o barulho da vizinhança.

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De manhã, tomaram café e foram para o ônibus escolar. Chegando à escola, a professora deles não estava. A professora substituta só pegava no pé do Rafael.

Rafael, todo arrepiado, já pensava no que a professora ia dizer: “Você estudou para a prova de hoje ou somente estava aqui brincando”.

O tempo da escola se arrastou... Mais tarde, Rafael e Joana foram para o parque. Abriram a caixa e nela tinha uma chave e um endereço. Dirigiram-se ao endereço, que não

ficava longe de onde estavam. A chave abria a porta que tinha ali atrás. Entraram, e logo tinha algo batendo nela.

Cautelosamente, Rafael abriu a abriu e viu um monstro com sede de sangue, louco para matar. Inexplicavelmente, apareceu um homem, do nada, e deu um tiro na criatura. O monstro ficou deitado no chão e aí Rafael perguntou:

— Como se mata essa criatura? — Com bala de prata, mas não é uma boa hora de se

falar disso! — É mesmo, mas de onde veio isso? — Do mais profundo do inferno, de dentro da terra. O monstro recobrou a consciência. Rafael lutou contra ele loucamente. Um velho chegou com

uma bazuca de prata, atirou na criatura e disse: — Adeus, monstrengo! Eles conseguiram fugir. Joana, dando pulos de alegria, disse: — Nós o destruímos! Obrigada ao senhor que tanto nos ajudou! — E aí, vamos à montanha russa dos monstros? — Não, já gastamos muita energia por hoje. Esse foi o fim da aventura macabra.

Amanda Aparecida Silva Gonçalves Camila Cândido Guimarães

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Essa é a história de um amigo caminhoneiro que mora em Goiânia. Ele sempre está na estrada ganhando o pão da família e uma ou outra vez me conta histórias de arrepiar que acontecem em suas viagens. Vou compartilhar com vocês uma dessas histórias que ele me contou recentemente.

Eis que uma vez, estava Ronaldo fazendo o trecho São Paulo – Goiânia. Parou em um posto de gasolina para abastecer e comer algo. Sentou-se no balcão da lanchonete e fez seu pedido. Enquanto estava comendo, uma mulher bonita e até bem vestida sentou-se ao seu lado e puxou conversa.

Conversa vai, conversa vem, deu a hora de ir embora. Ele se despediu e saiu da lanchonete. Quando ligou o caminhão ali estava a mulher. Ele abaixou o vidro para ver o que ela queria, e ela pediu uma carona, disse que morava na cidade vizinha e não queria andar até lá, pois apesar de perto, já eram duas da manhã.

Sem hesitar, ele aceitou. A cidade era realmente perto, dez minutos depois de sair do posto chegaram ao trevo. Apontando uma esquina ali no trevo, pediu para parar e desceu do caminhão.

Ronaldo se assustou quando viu que ali era o muro de um cemitério.

─ Como você tem coragem de ficar aqui? Vamos embora, eu a levo em casa, não importa que seja longe. – disse ele com medo de deixá-la ali.

─ Eu já estou em casa – disse a mulher, andando em direção ao muro do cemitério e desaparecendo.

Contando essa história e conversando com os outros caminhoneiros, descobriu que aquele era o fantasma de uma prostituta que residia na cidade onde ele a deixou. Ela teria sido estuprada e morta por um caminhoneiro que a pegou naquele posto. Dizem que seu fantasma fica assombrando caminhoneiros como forma de vingança.

Hoje, Ronaldo sempre desvia do trecho onde encontrou a mulher com medo de vê-la novamente.

E você? Daria carona a um estranho na estrada?

Lucas Dias da Silva

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Imagine um grupo de pessoas que habita o interior de uma caverna subterrânea. Eles estão de

costas para a entrada e acorrentados no pescoço e nos pés, de sorte que tudo o que eles veem é a parede dos fundos. Atrás delas, ergue-se um muro alto e por trás desse muro passam figuras de formas humanas, sustentando outras figuras que se elevam para além da borda do muro.

Como há uma fogueira queimando atrás dessas figuras, elas projetam sombras bruxuleantes na parede da caverna. Assim, a única coisa que as pessoas acorrentadas podem ver é este “teatro de sombras”. E como essas pessoas estão ali desde que nasceram, acham que as sombras que veem são a única coisa que existe.

Imagine agora que um desses habitantes da caverna consiga se libertar dessa prisão. Primeiramente, ele se pergunta de onde vêm aquelas sombras projetadas na parede da caverna, depois consegue se libertar das correntes que o prendem. O que você acha que acontece quando eles se viram para as figuras que se elevam para além da borda do muro?

Primeiro, a luz é tão intensa que eles não conseguem enxergar nada, depois, a precisão dos contornos das figuras, de que ele até então só vira as sombras, ofusca a sua visão. Se ele conseguir escalar o muro e passar pelo fogo para poder sair da caverna, terá mais dificuldade ainda para enxergar devido à abundância de luz.

Mas, depois de esfregar os olhos, ele verá como tudo é bonito. Pela primeira vez, verá cores e contornos precisos, verá animais e flores de verdade, verá que as figuras na parede da caverna não passam de imitações baratas. Então, ele começa a se perguntar de onde vêm os animais e as flores. Ele vê o Sol brilhando no céu e entende que o Sol dá vida às flores e aos animais da natureza, assim como também era graças ao fogo da caverna que ele podia ver as sombras refletidas na parede.

Agora, o feliz habitante da caverna pode andar livremente pela natureza, desfrutando da liberdade que acabara de conquistar. Mas as outras pessoas que ainda continuam lá dentro da caverna não lhe saem da cabeça. E, por isso, decide voltar. Assim que chega lá, tenta explicar aos outros que as sombras na parede não passam de trêmulas imitações da realidade.

Mas, ninguém acredita nele. As pessoas apontam para a parede da caverna e dizem que aquilo que veem é tudo o que existe.

Por fim, acabam matando-o.

Kamilla Alvarenga Sobral

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Um dia, nasceu uma criança com características sobre-humanas. Porém, de pouco lhe serviam essas características já que ele ainda não sabia usá-las.

Certa vez, em sua escola, ele estava no laboratório de ciências tentando fazer um composto químico capaz de torná-lo super forte e assim ativar suas habilidades. Na sua escola, ninguém sabia deste seu projeto. Até que um dia conseguiu finalizar suas pesquisas e resolveu testar seus resultados. Inseriu a droga em um chiclete e deu para seu amigo da sala ao lado. Após uma sobrecarga de adrenalina, ele deu um chute no ar e destruiu tudo na direção do chute.

Felizmente para todos, ele perdeu a consciência e também não havia nenhum aluno na direção de seu chute. Após recobrar a consciência, dois minutos depois, ele disse que de nada se lembrava e o efeito para ele foi passageiro. Isso apavorou os colegas, exceto seu “amigo” que foi quem lhe deu a droga, e já esperava esse efeito colateral.

— Perfeito. – disse ele em voz baixa. Mais tarde, reverteu o efeito da perda de memória e

consciência e inseriu a droga em si mesmo. Só depois ele resolveu ler o bilhete que lhe foi deixado em sua mesa e que dizia: “Seu melhor amigo foi encontrado hoje, morto, na calçada próxima à sua casa”.

O silêncio tomou conta do laboratório. Ele estava perplexo e duvidava do que acabava de acontecer. Além de saber que poderia morrer por usar essa droga pensou por que diabos seu amigo foi procurá-lo. Talvez tenha suspeitado de alguma coisa. Naquele momento, um súbito calafrio gelou sua espinha. O fantasma de seu amigo estava atrás dele. Porém ele não parecia ter consciência, e estava lá apenas parado.

Depois de certo tempo, ele tentou tocá-lo. Isso despertou tamanha fúria no fantasma, que ele repetiu o mesmo chute que dera no colégio. Seu amigo, com muita facilidade, defendeu-se, pois nele os efeitos eram dez vezes menores.

Mas havia algo diferente em seu amigo. Ele estava mais... voraz, como se isso deixasse o seu poder mais intenso. Ele resolveu estudar o fantasma para conhecer seus limites. Depois de quase dois meses, não obteve nenhum resultado. O fantasma não podia ser tocado e seu poder ficava mais forte a cada dia. Não era difícil notar que estava atrás de vingança, mas, se realmente estivesse, como é que saberia que fora seu amigo que lhe transformara naquele monstro? Mais impressionante ainda, por que só seu amigo morreu e não ele? Algum gene talvez? Afinal já nascera com habilidades incomuns e isto o havia protegido.

Naquele dia, no meio de um de seus pensamentos, o fantasma escapou. Ele imaginava que uma hora ou outra isso aconteceria. Só aí se deu conta da razão de ele não tê-lo atacado antes: a cada exatos dez minutos ele perdia a memória.

Ele só estava lá, sem fazer nada, porque não se lembrava do que fazer. Pois agora ele se lembrou. E percebeu que ele ainda tinha plenos sete minutos para fazer sua vingança. Com um poder mais forte, matou seu amigo com apenas um golpe. Pego de surpresa, de nada serviram suas habilidades, enfim.

Até hoje, os dois amigos estão entrelaçados, presos ao colégio que fora parcialmente destruído, esperando que mais alguém tome o composto para se juntar a eles. Só quando outros dois garotos ficarem em seu lugar, eles poderão se libertar.

Porém esses dois não podem, de forma alguma, abandonar a escola a qual estão presos. E, reza a lenda, que esses dois zumbis passarão a ser livres da escola no dia 12/12/12 e se até lá não acharem quem os substitua, serão as pontas da flecha do armaggedon...

Paulo Victor Silva Ferreira

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Há muito tempo, uma garota, chamada Judy, vivia em uma fortaleza como uma criada, mas

na verdade era a filha de um Rei que morrera em uma guerra. Essa guerra aconteceu por causa da divisão de algumas terras e quem perdesse teria que fazer o sacrifício de dar sua filha como oferenda para o Rei que ganhasse. Como o pai de Judy perdeu a guerra, ela ficou como oferenda para Tallyssan.

Tallyssan era louco por Judy, que era linda, mas ela tinha outro amor, David. Tallyssan, ao descobrir esse amor, matou David. Judy o esqueceu e, depois de muito tempo,

Tallysan confiou a ela nove folhas de ouro, dizendo que eram dez. Passado um tempo, Tallysam lhe pediu as folhas de volta, mas Judy só tinha nove folhas.

Tallysan lhe disse que a perdoaria se ela se casasse com ele, mas ela disse que não. Então, Tallysan jogou Judy dentro de um poço. Ela morreu na hora. Tallysan pensou que se

ele se jogasse no poço, iria viver com Judy para sempre. E ele viveu até uma família herdeira dele se mudar para a mansão. Isso aconteceu na

companhia dela 1790 e, como nesse tempo todos eram muito supersticiosos, diziam que naquela mansão havia espíritos da garota e de Tallyssan.

O pai da família, que se chamava Felisberto, acordava toda noite, à meia noite em ponto, com Tallyssan escondido atrás da cortina, vendo aquela cena, de Judy chorando e contando as folhas, e quando ela chegava aos nove, dava o grito da morte.

Esse grito era tão forte que acordava todos da casa, mas o mais engraçado era que o gato, que morava ali há muito tempo, não acordava, e isso se repetia cotidianamente.

Em uma sexta-feira, 13, Felisberto acordou com Ioni, sua filha mais nova, chorando e ela estava com um gato preto morto e coberto de sangue sobre sua cama.

Naquela noite, à meia noite, a garota não apareceu, mas seu mestre Tallyssan sim. Ele apareceu mais furioso do que já aparentava ser. E Felisberto disse:

— Por que você está assim? Eu não fiz nada. Quando Felisberto falou isso, Tallyssan perdeu a paciência e ficou mais furioso ainda e tentou

matar toda a família. Inesperadamente, acabou encontrando Judy que se escondia dele em um poço atrás da mansão e, quando a viu, ela lhe disse:

— Tallysan, pare. Eu não vou mais continuar com isso. Tudo acaba aqui e agora, você já me aterrorizou muito e eu estou cansada das suas maldades.

Tallyssan respondeu: — Minha querida, eu a amo, mas acho que não posso atender a seu desejo.

Judy retrucou: — Eu não sou sua querida,

estou cansada e você não tem escolha. Tallyssan ficou tão furioso que

acabou descontando sua raiva mais uma vez em Judy, mas dessa vez foi para sempre porque Judy teve seu espírito solto e disse para a família:

— Obrigada, agora eu vou me juntar a minha família no céu!!

E, a partir daquele dia, Tallyssan nunca mais voltou.

Brenda Mendes Coelho

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Paula era uma garota muito bonita mesmo. Tinha lindos olhos verdes, cabelos cor de mel,

encaracolados, corpo bem desenhado, era, de verdade, linda. Até que um dia, encontrou um sujeito para amar. Ele era bastante bonito, mas sem um tostão e a menina se apaixonou perdidamente por ele. O pai de Paula não aceitou a aproximação dos dois e eles, cheios de amor, planejaram fugir no meio de uma noite tempestuosa.

Um vestido velho da mãe serviu muito bem para a fuga. Afinal, quem tem amor não precisa de bens materiais, exceto poucas coisas, por precaução, como as joias da família, um anel de um milhão de reais, muitas notas de dólares.

Madrugada, junto ao cemitério, sob o flamboaiã, forte nevoeiro, Paula pronta, mas o galã não apareceu.

Esperou... e, de repente, no meio das sombras, ela viu um rapaz. Coração batendo forte, chegara o grande momento... tudo ficou escuro.

Ao abrir os olhinhos, estava morta, já estava noutra. As joias roubadas, que desilusão! Ela jurou que iria esperar por um amor verdadeiro que viesse salvá-la e vingar a morte tão

estúpida. Sempre assim, esperando, ia seguindo em paz. Um dia, conheceu um distinto rapaz, Mateus. Ele juntou-se a ela, mas soube que precisava

morrer para consumar amor tão bonito. Ela não queria que ele morresse, todavia, cheio de calor, o rapaz quis que a sina se cumprisse.

Disse, comovido, que por ela morreria feliz. No dia da cerimônia, Mateus deveria tomar um vinho envenenado. Porém... Cada coisa que acontece!!! Na hora da cerimônia, Mateus descobriu que aquela por quem estava prestes a morrer era a

garota que ele matara, na porta do cemitério, sob o flamboaiã, por causa de joias e dinheiro. Triste destino. Agora, não poderia ficar com a mulher por quem se apaixonara. Reviravolta: Paula o perdoa, ele toma o vinho e, dizem, suas almas flanam felizes no além.

Bárbara Raquel de Jesus Segatto

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Há algum tempo atrás, a família Pereira foi fazer uma viagem que seria muito boa, cheia de

coisas novas, lugares novos, uma maravilha. Durante a viagem, algo muito estranho aconteceu: a estrada que tinha uma paisagem tão bela

passou a ser o terror dos terrores. De repente, ficou cheia de árvores secas, pessoas estranhas à beira da pista, fantasmagórica.

Subitamente, um congestionamento ocorreu na estrada e todos que andavam por ali, desceram pra ver o que estava acontecendo. Todos seguiram em direção ao carro que estava causando todo o problema.

Quando chegaram perto dele, começou todo o terror. Havia marcas de sangue no banco e, repentinamente, o carro que não tinha motorista, começou a andar disparadamente e foi embora.

Todos que estavam ali seguiram a viagem, mas estavam com muito medo de que aquele carro aterrorizante aparecesse de novo.

E, quando menos esperavam, o carro apareceu com marcas de sangue no vidro que eram usadas para descrever uma mensagem que dizia assim:

"Vocês não viram o que eu sou capaz de fazer."

E então, todos ficaram apavorados e o carro aterrorizante foi embora outra vez.

A família Pereira seguiu em frente já com muito medo. Era noite e estavam com sono, por isso pararam em frente a um posto velho. O senhor Pereira desceu do carro para ver se tinha alguém para dar informações sobre aquela região. Chegando lá, o terror ficou ainda maior. Tinham umas dez pessoas mortas e, ao lado, o carro louco. O senhor Pereira voltou correndo e contou para todos da sua família o que viu. Sem alternativa, seguiram viagem.

No outro dia, logo cedo, eles chegaram em frente a uma lanchonete e desceram do carro para ver se tinha alguma coisa de comer. Chegando lá, um homem bem velhinho os recebeu. O lugar não tinha boa aparência, mas o senhorzinho parecia ser de confiança e o senhor Pereira perguntou se ele nunca tinha visto alguma coisa estranha por aquelas bandas. O velhinho respondeu:

— Sim, ultimamente tem aparecido um carro fantasma por aqui. Dizem que é dirigido pelo espírito de uma mulher que mata todos os viajantes dessa região. Conta-se que ela pediu uma carona a dois homens e foi morta por eles, depois de apanhar muito. Assim, o espírito dela ficou assombrando essa região.

O senhor Pereira, cheio de temor, colocou sua família dentro de seu carro e foi embora para casa, percorrendo, rapidamente, toda aquela longa e tenebrosa estrada.

Ana Beatriz Sartes de Carvalho Martins João Marcos Fernandes

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Numa tarde gélida de outono, em 1965, na pacata cidade de Canterbury, Inglaterra, ocorreu

um assassinato que encheu a cidade de repórteres: O Caso Boudeller. Cercado de pistas indecifráveis, Frederick Murfin, detetive da cidade, teve um colapso nervoso:

sua mulher, Sara Murfin Boudeller, fora violentamente assassinada. Logo cedo, uma semana antes da tragédia, ela recebeu um telefonema, ou melhor, o

telefonema. Dizendo ser um colega de faculdade de Sara, um homem muito nervoso, ligou para casa de Frederick, exigindo falar com ela. Mas, a Sra. Boudeller estava fora. Ainda mais nervoso, o homem misterioso desligou sem dizer o nome, nem deixar recado. Naquela mesma tarde, Sara ligou para Frederick, dizendo que iria se atrasar para o jantar.

Horas depois do telefonema, Frederick recebeu outra ligação ainda mais misteriosa. Atendeu ao telefone com um educado “alô”. Fazendo inúmeras ameaças, a pessoa do outro lado da linha, contou o que aconteceu. Explicou que após a ligação, sequestrou Sara. Logo após, desligou o telefone subitamente, dando assim início a uma desesperada sequência de fatos.

Tantas perguntas a serem decifradas, tantas provas, mas sem nenhuma resposta. Pistas incoerentes deixavam Frederick angustiado e sem poder fazer quase nada. Ele já não dormia, não comia ou sequer colocava um único sorriso em seu rosto. Mas ele não iria deixar isso assim. Tomou uma atitude e resolveu juntar todas as pistas que já havia coletado, procurou mais provas e tentou fazê-las ter um sentido lógico.

Mesmo sem a ajuda ou compreensão por parte de qualquer pessoa que fosse, resolveu agir sem esperar ninguém, começando assim sua investigação. Pensou, pensou e foi tirando suas conclusões pouco a pouco. Analisou detalhe por detalhe, cada pedra daquela cena de horror.

Após semanas de procura, Frederick encontrou pistas que por mais insignificantes que fossem, poderiam mudar o rumo daquela pesquisa sem fim. Ele encontrou em três pedras no acostamento da estrada, onde sua mulher fora assassinada, fragmentos de DNA e tufos de cabelo. Sua vida ficou cada vez mais angustiante. Sendo detetive, tinha acesso a todas as provas e objetos que sua mulher portava. Revendo as fotos, lembrou o instante em que chegou à cena do crime e viu aquela coisa tenebrosa: sua mulher com uma faca cravada no pescoço, suas roupas rasgadas e seu corpo ensanguentado.

Frederick fez um exame na faca, e o resultado lhe surpreendeu: o sangue encontrado não pertencia a sua mulher, mas sim a outra mulher e a um sujeito de nome Albert Suchsberry.

Por mais que se esforçasse, aquele nome não ecoou na sua memória, não se lembrava de ninguém com tal nome. Então resolveu pesquisar sobre a vida de sua mulher, desde seu nascimento até sua morte. Conseguiu descobrir que Albert era um colega de faculdade de Sara, que a amava compulsivamente.

A pessoa que desgraçou a vida de Frederick havia sido encontrada, agora restava saber o porquê de tudo isso. Então Frederick descobriu uma carta que Sara havia deixado para ele.

Na verdade, a mulher morta não era Sara, e sim, alguém de semelhança inquestionável. Com a leitura da carta, descobriu que Albert e Sara ainda se

amavam e que se encontravam às escondidas. Albert teve a ideia de inventar um sequestro e forjar a morte de sua amante, mas, na realidade, haviam planejado uma fuga para a Itália para viver sem farsas.

Frederick passou o resto de sua vida sofrendo, sem nunca saber que o avião em que Albert e Sara estavam havia caído.

Os corpos e os destroços do avião jamais foram encontrados.

Igor Costa Vieira, Isabela Ferreira Faria, Maria Eduarda Lima Alves Hathenher

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Era uma vez uma garota que se chamava Vivian. Ela morava em Paris há mais ou menos

quinze anos. Certo dia, ligou o seu computador e entrou em um site de troca de casa. Ela conheceu uma garota chamada Karlot, que morava em nova York. Vivian, sem saber que

Karlot era uma assassina perigosa, trocou sua casa pela dela por um mês. A viagem foi muito longa e Vivian ficou muito cansada. Chegando ao seu destino, sonolenta,

não olhou a casa de Karlot. Ao amanhecer, Vivian estava passando muito mal e resolveu tomar um banho bem gelado. De

repente, vários policiais entraram na casa e a levaram para a delegacia, achando que Vivian era Karlot. Na delegacia, começaram os interrogatórios. Vivian, sem saber nada, falou que não morava naquela casa, que eles estavam enganados.

O delegado perguntou, cheio de braveza: ─ O que você estava fazendo lá, naquela casa? Vivian falou, contou toda a história, mas eles não acreditaram e a prenderam. Antes de ir para

a cela, ela falou para os policiais: ─ Por que vocês não fazem alguns exames para ver se eu estou realmente falando a verdade? Os policiais ficaram o tempo todo pensando naquilo. No outro dia, resolveram fazer os

exames. Chegando à cela, Vivian pegou uma faca, fez refém um policial e fugiu. Todos os policiais da cidade de Nova York foram comunicados.

Vivian, cheia de planos mirabolantes, assaltou uma mulher, levou-lhe a bolsa e o carro, pedindo a senha do cartão. Vivian sacou um dinheiro para comprar roupas de homem para vestir. Na loja em que Vivian comprou as roupas o dono ficou amigo dela.

Vivian começou a investigar a vida de Karlot. Ligou para sua mãe, pedindo a ela que fosse até sua casa para ver o que a moça estava aprontando em sua casa parisiense. Pegando uma arma, a mãe de Vivian foi e, ao chegar lá, foi direto ao quarto da filha. Quando ela abriu a porta, tinha a cabeça de um rapaz em cima da cama. A mãe de Vivian ficou desesperada, mas ao se virar, viu Karlot atrás dela. Karlot, sem nenhuma razão, matou a mãe de Vivian.

Karlot voltou para Nova York. Lá, Vivian foi ao mercado comprar algumas coisas, mas Karlot a viu, pegou-a e a levou para um lugar estranho. Amarrou-lhe os pés e as mãos, com muita violência.

Karlot começou a contar por que matou aquele rapaz. Ela gostava dele, mas ele não gostava dela e também contou que Vivian era irmã do rapaz que estava em cima da cama.

Nesse intervalo, os policiais estavam procurando Vivian e conseguiu chegar onde Vivian e Karlot estavam. Eles falaram para Karlot soltar a arma que ela segurava. Apavorada, amedrontada, Karlot tentou fugir, mas todos os policiais atiraram nela e ela morreu. Eles levaram Vivian ao hospital, pediram desculpas por não terem acreditado nela e tudo ficou certo.

Thalía Barcelos

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Era uma vez um menino chamado Gustavo. Ele estava planejando ver um f ilme de ter ror

com seus amigos. O f ilme era sobre a morte e suas várias facetas. Depois da sessão f icaram curiosos e combinaram uma ida a um cemitério.

No dia combinado, eles foram, amedrontados, para ver se a película mostrava a verdade. Chegando lá, o local estava fechado. Eles pularam o muro, v iram uma sombra e f icaram ater rorizados. Quando estavam voltando para suas casas, combinaram de voltar no outro dia para ver o que seria aquela sombra.

Na manhã seguinte, eles estavam se lembrando da sombra da noite anterior e resolveram assistir ao f ilme novamente para analisar as imagens. Já de tarde, conversaram sobre os fatos e, depois de pensarem bastante, decidiram voltar novamente ao cemitério.

Chegando lá, v iram novamente a sombra. Eles foram até o lugar onde a sombra estava, mas ela desapareceu.

Porém, os jovens aventureiros encontraram várias pistas sobre quem poderia ser a sombra. À meia noite, um barulho de sino e vários morcegos apareceram. Alguma coisa puxou o pé de Gustavo, ele estava apavoradíssimo, rapidamente teve a ideia de tirar seu sapato para salvar sua vida. Ainda em pânico, e tremendo de medo, foi logo resmungando baixinho para seus amigos:

— Vamos nos mandar desse lugarzinho macabro! No dia seguinte, eles voltaram outra vez ao cemitério, onde avistaram um túmulo

aberto. Cheios de coragem e de curiosidade entraram lá e encontraram uma caverna misteriosa. Enquanto observavam a caverna, eles foram percebendo que o túmulo estava se fechando. Correram para sair, mas o túmulo se fechou totalmente. A coragem sumiu e os garotos f icaram apavorados, g r itando:

— Socorro! Socorro, alguém nos ajude. Depois de um tempo, recuperando o fôlego, Gustavo pegou uma pedra e a jogou no

túmulo. Ele se abriu e os meninos foram embora para suas casas com bastante medo. Eles f icaram um bom tempo sem ir a lugar algum.

Meses depois, voltaram ao cemitério para ver se a sombra ainda estava lá, mas, quando chegaram, viram a mesma sombra, perseguindo-os. Olharam ao redor para ver se encontravam provas de quem poderia ser aquela sombra, mas não encontraram nada. Eles só foram embora quando estavam com bastante sono.

E assim f izeram durante algum tempo. Porém, em uma dessas idas, perceberam algo estranho. Quando a turma olhou embaixo do túmulo, alguém estava lá. Eles deram um g rito e saíram pegando tudo que encontravam na frente para acertar naquele homem. Até que Gustavo pegou um pedaço de madeira e acertou bem na testa do desconhecido. O homem desmaiou, eles pegaram uma corda e o amararam numa árvore.

Chamaram a políc ia e a televisão, mas tiveram que se explicar porque aquele estranho homem, dono daquela estranha sombra, era apenas o coveiro que se escondia para descansar nos dias quentes e nas noites fr ias em uma antiga e vazia sepultura que havia descoberto por acaso.

Sobre o túmulo ter se fechado quando os garotos estavam lá, e também sobre a sombra que aparecia e desaparecia, ele disse ter feito isso pensando serem alguns pichadores que estavam estragando as sepulturas do cemitério.

O mistério foi desfeito! Nesse caso, não havia assombração!

Ana Júlia Nogueira dos Santos, Henrique Alves de Moraes, João Victor Albuquerque Lima Cruz, João Vitor Nogueira dos Santos

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Em uma faculdade, estudavam duas garotas muito amigas e ótimas estudantes, Clar ice e

Fernanda. Clar ice era a melhor estudante da sala sem dif iculdade nas matérias e, se tivesse alguma

dúvida, ia direto a seus livros para achar a resposta. Já Fernanda, era mais baladeira e trocava qualquer tipo de estudo por uma festa com os amigos.

Um dia antes de uma prova importante, Fernanda resolveu passar a noite em uma balada com um amigo da classe. Quando estava se arrumando para sair Clar ice falou:

— Você não deve sair, temos prova amanhã e precisamos estudar. — Quando eu chegar, eu estudo e acho que você deveria fazer o mesmo. Clar ice respondeu: — Não posso, tenho que estudar para tirar uma nota boa. Fernanda, então, retrucou: — Então, está bem! A gente se vê de manhã! Tchau! — Tchau, vejo você amanhã! Quando Fernanda chegou, de madrugada, com a consciência pesada, pensou em estudar

um pouquinho. Foi ao seu quarto pegar seu livro, procurou-o e não o encontrou. Ia acender a luz para procurá-lo melhor quando pensou:

— Não vou procurar esse livro agora, não vai dar tempo de estudar mesmo. No outro dia, Fernanda foi para a faculdade e não viu Clar ice. Ficou preocupada com

amiga, pois ela não era de perder prova nem se estivesse doente. Após o horário da prova, Fernanda voltou para casa. Correu ao seu quarto e viu a amiga

deitada de barr iga para baixo. Fernanda virou Clar ice e viu um enorme buraco em sua bar r iga e também escr ito com sangue na parede:

“ESTÁ FELIZ POR NÃO TER ACENDIDO A LUZ?” Quem poderá resolver esse mistério?

Wanderley Gabriel Santos Bastos

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Na casa dos Homes, que f ica em uma f loresta, Madaleine Homes descobriu que estava

g rávida pela 13a vez. Não querendo o bebê, pensou ''Tomara que seja do diabo''. Ela não sabia que isso poderia prejudicar todos ali da f loresta.

Nove meses depois, Homes Jr. nasceu, tendo lindos olhinhos azuis, pele clar inha e um cabelo tão loir inho que parec ia ouro.

Porém, pela evocação da mãe, na mesma hora em que Homes nasceu começou a se transformar numa estranha cr iatura: seus olhos se avermelharam, seus cabelos se tornaram chifres longos e af iados, suas lindas e delicadas mãos se tornaram fortes patas e sua face mais parecida com uma f isionomia de cavalo.

O pai do monstro chegou entusiasmado para ver seu lindo f ilho mas, teve uma surpresa...

— Ah, o que você quer, cr iatura, não me mate! Os vizinhos, pelos g ritos que ouviram na noite anterior, foram ver o que aconteceu: — O que é isso, meu Deus... Os vizinhos v iram Madaleine e seu marido todo ensanguentados, com muitos coices e

chifradas e com suas cabeças ar rancadas. Então, decidiram chamar a políc ia. Quando a políc ia chegou, saiu à procura do indivíduo, pela f loresta, mas depois de 12

horas de espera, o povo foi à procura do polic ial, encontrando-o na mesma condição dos Homes. Apavorados, perceberam alguma coisa voando rapidamente atrás deles. Decidiram deixar isso assim mesmo e foram para suas casas.

Três messes depois, a manchete de todos os jornais era uma só: ''Criatura ataca novamente!'' Realmente, eram muitos desaparecimentos. O povo de Nova Jersey percebeu que havia

um demônio entre eles e resolveu investigar. Foram em direção à f loresta. Viram de novo aquele vulto voador, mas, desta vez, ele deixou cair alguma coisa de sua

boca. Era a cabeça do prefeito da c idade. Os vizinhos se assustaram, porém não retornaram, viram que a cr iatura havia ido para o norte. Foram em sua captura.

Depois de longos dias de viagem, chegaram a uma reg ião onde caía neve. Ouviram g ritos:

— Socorro, socorro... Os vizinhos foram correndo ver o que era e viram um senhor muito machucado que

disse: — Ajudem-me! Consegui escapar do monstro, mas ele ainda deve estar me procurando. — Quem o está procurando, meu bom senhor? — Ainda não sabem do DIABO DE NOVA JERSEY? — Não, mas na nossa c idade estão acontecendo muitos desaparecimentos e mortes... — É ele que está fazendo isso. Se vieram para encontrá-lo, reg ressem, porque se ele nos

encontrar, estamos perdidos. — RRRRRRRRRR. — É ele! Corram!!!

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Mas não dava mais tempo. O animal capturou um por um, mas não os matou, levou-os para sua caverna. Olharam em volta e viram que todos os desaparecidos estavam lá.

O Diabo de Nova Jersey fechou um portão que havia na caverna e os moradores perguntaram à cr iatura o que ele queria com eles. Ele deu uma r isada sinistra e saiu.

Lá dentro começou a f icar quente, quente e eles perceberam que era uma espécie de forno. Depois de um tempo, a cr iatura abriu a caverna. Estavam todos vivos, mas muito queimados. Todos estavam querendo pedir ajuda, mas não conseguiam. Então, a cr iatura, como previsto pelo velhinho, matou todos ali só que da pior maneira: com chif radas, coices e arrancando suas cabeças.

Na cidade só sobraram alguns habitantes, a f loresta f icou deserta, mas muitos, sem saber da história, mudaram-se para lá. Até hoje se ouvem histórias dessa cr iatura, e também já desapareceram mais pessoas no século XX.

Às vezes, lendas são muito bobas para serem acreditadas, mas às vezes, essas lendas podem ser reais.

Felipe de Souza Fer reira

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Certa vez, Larissa, João Vitor, Fláv ia e Lucas foram para a

fazenda de sua avó Dinê. Numa tarde, eles estavam andando a cavalo e o celular de

Larissa tocou insistentemente. Ela parou e o atendeu. Disse “alô” e ninguém respondeu. Depois de várias tentativas, uma voz estranha sussur rou no celular:

— Vá até o milharal ao anoitecer e terá uma surpresa. Logo após a ligação, ela comunicou o fato a seus primos. Eles f icaram surpresos e acha ram

que era só uma brincadeira de mau gosto. Passadas algumas horas, Fláv ia disse aos seus primos: — E se não for uma brincadeira de mau gosto? E se for real!? E seus primos responderam: — Só indo ao milharal, quando anoitecer, para saber. Passaram-se algumas horas e chegou o momento tão esperado. Larissa ansiosamente

decidiu ir sozinha. Ao chegar lá, não encontrou nada. Continuou andando ansiosamente com seu celular

iluminando o caminho. De repente, do nada, passou um vulto e derrubou o celular. Então, ela começou a f icar com medo.

Continuou a andar, sem seu celular, e quando chegou ao f im do milharal deu de cara com um vulto.

Depois de alguns minutos, seus primos, sentindo a sua falta, foram até o milharal a sua procura. Ao chegarem lá, encontraram o celular de Larissa com uma nova mensagem, que dizia:

— Vão até o f im do milharal e terão notíc ias de sua prima. E eles foram, mas... surpresa, encontraram a garota morta. Depois de algumas semanas, voltaram até o milharal para tentar descobrir pistas da

morte da menina. Encontraram uma árvore onde havia um espantalho com o mesmo rosto de Larissa e com uma faca no pescoço e, na árvore, estava escr ito:

“Nunca mais voltem aqui! Assinado: Larissa.” A frase começou a sumir e outra mais sinistra começou a aparecer, dizendo: “Estou sempre esperando, ao anoitecer. Assinado: ...” E começou a desaparecer novamente. Até hoje, nunca mais voltaram ao milharal.

Isabela Silva Naves Cunha, Maria Eduarda Borges Alves, Renata Maria Naves Nascimento

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Era uma vez um homem bem moreno chamado Silvio, casado

com uma bela mulher. Viveram trinta anos juntos e tiveram um filho chamado Martin, mas ele morreu, e sua mãe entrou em uma profunda depressão. Passados três meses da morte do filho, ela não suportou a dor e suicidou-se com uma corda no pescoço.

O senhor Silvio, que ficou conhecido como “Nego d´água”, depois de se afogar no lago negro, fez, antes de morrer, um juramento afirmando que quem nadasse no lago não sairia de lá vivo.

Espalhou-se o terror por toda cidade e as pessoas não sabiam ao certo o que estava acontecendo.

Mas a verdade é que as mortes por afogamento no lago não paravam de acontecer.

Houve pânico por todo lado e as pessoas já nem saíam mais de casa, pois tinham medo de que o Nego d´água saísse do lado e fosse para a cidade matar as pessoas e isso virou noticiário na cidade.

Na cidade, que antes era pacata e sossegada, já não cabia mais tantos repórteres e jornalistas, querendo saber quem era o Nego d´água e porque ele estava matando as pessoas.

O lago foi interditado para que não houvesse mais tantas mortes e a segurança em volta dele ficou muito rígida para que ninguém pudesse chegar perto. Apesar de interditarem o lago, as mortes continuaram a acontecer na cidade e todos que morriam ficavam com a língua preta, fato que ninguém sabia explicar. Muitos diziam que a língua preta era a marca que definia o Nego d´água como assassino.

Mas, um dia, uma pessoa descobriu como fazê-lo parar. Para tal, deveriam enterrar seu corpo perto do de sua mulher e do de seu filho. Mas a pergunta que não queria calar era onde estava enterrado o corpo de sua mulher e de seu filho.

E a cidade inteira foi à procura do túmulo da mulher, mas não o encontraram e o Nego d´água não parava de matar as pessoas. Quando ele viu que as pessoas estavam se afastando cada vez mais do lago negro, cheio de maldade, passou a sair para matar as pessoas nos parques, na rua, até em suas casas.

E as pessoas não paravam de procurar o túmulo da mulher no cemitério, nas igrejas... mas o único lugar em que não procuraram foi na casa do Nego d’água.

Quando imaginaram que os corpos estivessem lá, o medo tomou conta deles e ninguém teve coragem de efetuar a procura.

Paralisados pela falta de coragem, mas na tocaia, um dia viram uma pessoa andando pela casa. Era a mãe do Nego d’água e todos se espantaram porque nunca tinham visto aquela mulher na cidade. Bateram na porta, a mulher misteriosa apareceu e eles perguntaram se era ali que o corpo da mulher e do filho de Nego d’água estavam enterrados. Ela, secamente, respondeu que sim. E, misteriosamente se desfez no ar. Fantasma?

Eles pegaram os corpos, profundamente decompostos. No caminho, alguns não suportaram o cheiro e desmaiaram, mas alguns ficaram firmes e os levaram para o lago negro. Jogaram os corpos lá não sabendo se poderia dar certo.

Passaram-se semanas sem nenhum acontecimento digno de nota. Confiante, a população passou a frequentar o lago negro.

Conta-se que o espírito de Nego d´água, enfim, teve sossego. Ele sumiu para sempre e não mais assombra as pessoas que podem, tranquilamente, nadar no, agora famoso, lago da cidade.

Daniel Henrique Mello Silva, João Vitor Miranda Cabral, Joatan Alves dos Santos

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Em uma noite de sábado, nas casas dos cidadãos da pequena cidade de Zabelê, todas as crianças estavam em casa com seus pais, prestes a sair para o baile de fantasia dado pelo Conde Stuart.

Ao voltarem, na madrugada, os casais com filhos notaram a ausência deles, mas, mesmo assim foram descansar. Na manhã seguinte, perceberam que aquilo não fora um sonho e seus filhos haviam mesmo sumido. Foram procurá-los, mas eles não estavam em nenhum lugar.

Como essa cidade era muito pequena e ainda cercada por uma reserva florestal, as buscas foram dificultosas e sem resultado. Os pais passaram a pensar no pior que poderia ocorrer a seus filhos, terem sido sequestrados. “Mas, todos ao mesmo tempo?”.

E, durante quatro meses, a polícia local investigava o desaparecimento e suspeitava do Conde Stuart que havia dado a festa no dia do desaparecimento e que também era conhecido pela péssima fama de não gostar de crianças. Ele achava que elas eram criaturinhas terríveis e insuportáveis.

Mas, até então, qualquer um podia ter sido o autor de tal crime, pois nessa cidade, aparentemente, todos eram amigos e as casas não possuíam trancas. Quer dizer, não ficavam trancadas, dando livre acesso a qualquer um.

Depois de mais dois meses, completando-se assim seis meses de busca, ainda não haviam achado as crianças e somente o Sr. Stuart tinha sido julgado, mas não existiam provas concretas contra ele.

Então, os pais de algumas crianças se juntaram em grupos, deixando as esposas em casa e entraram floresta adentro. Após vários meses de investigação e buscas acharam corpos, na beira de um riacho, dilacerados, como se tivessem sido atacados.

Perceberam que aquilo era um cemitério ao ar livre e ali havia vários corpos, até uns meio estranhos, irreconhecíveis parecendo inumanos e, mais adiante, usando seus lampiões, porque era tarde da noite, encontraram corpos pequenos e com a pele rasgada e também todo sujos de sangue. Eram seus filhos. Ali, mortos como animais e jogados em qualquer lugar. Só que, não eram todas as crianças que estavam ali, abandonadas.

Ainda havia chances para algumas famílias e outros que perderam seus filhos estavam decididos a descobrir o causador de tantas perdas e a calamidade desse massacre de criancinhas inocentes.

Quando voltaram para casa, contaram para todos o que haviam visto, e comentaram seu plano de descobrir quem tinha assassinado seus filhos. Então, em grupos pequenos, eles faziam um revezamento de turnos para ver quem depositava os corpos ali.

Na madrugada, este momento ocorreu. Um dos homens, que estava de tocaia, no seu turno, viu uma criatura com aparência humana que andava curvada. A criatura o atacou, mordeu sua pele, mas, com o alarde que ele fez, o ser se afastou. Um dos homens mais velhos e sábios lhes disse que aquilo era um canibal, ou seja, quem come a carne humana. Só que ele também disse que não sabia por que haviam pegado as crianças e porque tinham aquela aparência mortífera e sem luz.

No dia seguinte, eles invadiram a tribo que ficava na reserva do outro lado do rio, mas, inutilmente, porque estes canibais eram muitos e acabaram matando algumas daquelas pessoas e, ao atacarem esses seres, notaram algo incomum: eles eram assombrações que viviam da desgraça de outros e sobreviviam pelas almas de doces crianças e, dos vinte que foram atacá-los, somente dois voltaram.

Uma pergunta não foi silenciada: “Por que pegaram aquelas inocentes e alegres crianças na noite de 14 de Março de 1970?”.

Essa pergunta nunca foi respondida. Por isso, fique alerta porque até hoje esses seres existem e podem estar próximos de você. Portanto, nunca fique sozinho com suas portas abertas! Eles podem estar observando-o, só esperando para atacá-lo.

Você pode ser a próxima vítima. Só que, hoje em dia, não pode identificá-los, já que agora vivem como pessoas normais como eu e você. Eles ainda têm seu instinto animalesco e querem suas vidas!

Fim?... Você ainda pode ser uma vítima dessa maldade, porque essas criaturas vivem espalhadas no nosso

mundo ameaçando a nossa segurança.

Ana Júlia Costa Santana

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Em uma cidade, havia um casal muito feliz que desejava ter um filho. A esposa engravidou,

mas não sabia que morreria após o parto, uma vez que tinha um problema gravíssimo. O homem entrou em depressão e deixou o bebê com Leda, a avó, matando-se logo depois.

Leda lhe deu o nome de Estevan e, aos nove anos, o garoto ficou sabendo a verdade. Ele chorou bastante e pediu a Leda para ir ao túmulo de seus pais.

Chegando ao cemitério, Estevan se deparou com os túmulos, mas se perdeu de Leda. E só encontrou um vulto preto. Achou que era sua avó e quando foi chegando perto, se deparou com um espírito.

Preocupada, pois já fazia duas horas que perdera o menino, Leda, que estava na portaria do cemitério, ligou a lanterna e gritou muito, chamando o neto. Ele a viu, correu e conseguiu sair do cemitério, antes que o espírito o pegasse.

Essa alma penada era conhecida como Zé do Caixão, pois ficava perto dos caixões com o intuito de pegar os parentes dos mortos para matar ou até mesmo entrar nos corpos deles.

Estevan, encontrando sua avó, contou-lhe sobre a perseguição, mas ela achou que o menino estava mentindo. Ela pensou que ele havia inventado o fato, uma vez que ficava imaginando esse ser todos os dias em seus pesadelos.

No aniversário de 20 anos do garoto, sua avó perguntou o que ele queria de presente e ele disse que queria voltar ao cemitério para ver se via aquele vulto outra vez e descobrir o que ele significava.

Ganhou de presente essa volta ao local pedido. Depois de duas horas procurando o vulto, Estevan o encontrou. Tentou encostar nele, mas ele

o matou. O corpo de Estevan foi encontrado por sua avó com um bilhete. Quando se passaram 45 dias, o corpo do rapaz foi sepultado, porém ele acabou virando um

zumbi. A partir da notícia de que o rapazinho virara um zumbi, ninguém teve coragem de ir ao local. Passaram-se cinco anos. Todos se esqueceram desses boatos e, apenas um repórter teve

coragem de ir ao cemitério. Não viu nada de espíritos, no princípio, todavia, depois de um tempo, eles começaram a aparecer. O repórter conversou com o espírito de Estevan, dizendo-lhe que estavam próximos do Halloween.

Na uma noite de Halloween, todos os espíritos têm seus desejos satisfeitos e o rapaz estava indeciso se escolhia viver de novo ou ver seus pais antes de eles morrerem.

Escolheu viver de novo e contar a sua avó toda a verdade, porém o desejo durava só um dia. Pena... Ele voltou a ser espírito, aterrorizando toda a cidade.

Anos depois, após muita reza de todos os habitantes, os espíritos resolveram descansar deixando a cidade em paz.

Matheus Machado Ferreira

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Era um dia frio... Três crianças passeavam por uma

rua de seu bairro, na perdida cidade de Waterloo, Inglaterra. Lá tinha uma casa que todos diziam ser mal-

assombrada e nela vivia um velho arrogante, Helder, que não se preocupava com ninguém. E os meninos eram cheios de curiosidade sobre tudo que acontecia naquele lugar.

Um dia, os meninos invadiram esta casa, mas o velho os expulsou e eles planejaram entrar novamente... porém não sabiam que a casa tinham poderes... era assombrada.

Meses depois, cheios de planos, os meninos tentaram invadi-la novamente. Quando eles pisaram na grama, a casa inflou, ficou enorme e fez menção de que ia atacá-los. Assustados, puseram-se a correr desabaladamente e o velho os seguiu. A casa, fechando as portas e janelas, não permitiu a entrada nem do velho, que ficou na rua.

As crianças, solícitas e amigáveis, levaram-no para uma casa abandonada onde brincavam. O velho, agradecido, pela primeira vez, disse aos garotos que deixassem a casa de lado. Disse-

lhes que lá aconteciam muitas coisas macabras, ali moravam seres das trevas. Prometeu, ainda, que, se eles realmente quisessem, ele os ajudaria a livrar a casa do mal.

Combinaram tudo. No dia escolhido, entraram pela porta dos fundos. No primeiro cômodo, encontraram vários monstros que atacaram todos. As crianças, usando armas de madeira, destruíram o que puderam: mesas, cadeiras, paredes.

Continuaram entrando naquela casa estranha. Em outro cômodo, os garotos viram um robô que controlava os seres do mal. Observaram que ele, embora cheio de olhos, tinha um lado cego.

Pararam para elaborar um plano que realmente pudesse funcionar. Luzes bruxuleantes iluminavam a sala. Os meninos viram que em um canto daquela sala havia muita dinamite. Com a ajuda do velho, detonaram-na e o robô foi pelos ares.

Saíram dali, enjoados com o forte cheiro da explosão. Chegando a uma varanda, vasos de plantas voaram por todos os lados. Percebia-se uma nítida tentativa de acertar algum dos presentes.

Mais dinamite deu conta da confusão. Inexplicavelmente, dois garotos desapareceram como num passe de mágica. Wester, vendo-se

sozinho, entrou em pânico, mas com a ajuda do velho, descobriu-os escondidos no sótão. No sótão, Helder agora com os três garotos, começou a rezar e evocar as forças do bem.

Rapidamente, o lugar foi ficando claro, iluminado. Os seres malignos, sem o robô controlador e

com as orações, nada puderam fazer a não ser sair correndo daquela casa tão maltratada.

Hoje, a casa está reformada, linda. Nela, moram crianças abandonadas que ali encontraram um lar. Flores enfeitam toda a varanda e os jardins.

Monstros? Nunca mais!!!

Matheus Ferreira Reis Victor Hugo Morais da Silva

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Quatro amigos foram fazer uma viagem e, por descuido, perderam-se no meio da neve. E os quatro amigos Jack, Emily, Matthew e Lisa, desorientados, encontraram uma cabana

velha. Nessa cabana havia um livro estranho e dentro desse livro havia uma moeda antiga. Amanheceu e eles saíram para ver se encontravam alguma coisa e então acharam estranhas

pegadas de sangue na neve. Essas pegadas levavam até uma churrasqueira e dentro dela havia uma cabeça de uma pessoa e nela tinha um bilhete escrito:

“Se vocês acharam a moeda, devem enterrá-la a 100 quilômetros deste lugar e se não enterrá-la, meus soldados zumbis irão matar vocês, um por um”.

Quando eles acabaram de ler isso, zumbis vestidos de soldado apareceram e eles começaram a correr. Todavia, Matthew, que era gordinho, não aguentou correr por muito tempo, caiu e os zumbis o pegaram. Dolorosamente, mataram-no.

E eles continuaram a correr, mas viram um zumbi morto e nele havia outro bilhete em que estava escrito:

“Peguei a sua moeda e coloquei-a num envelope, e também coloquei um botão da camisa de Matthew em outro envelope. Você deverá pegar o envelope com a moeda e enterrá-la, mas não pode olhar se não, você morrerá”.

Eles saíram e começaram a jornada e os zumbis apareceram novamente. Emily e Lisa caíram e os zumbis pegaram Lisa, mas Emily conseguiu se levantar, porém não foi rápida o suficiente e os zumbis atacaram-na com um machado e fizeram Lisa de escrava.

Jack conseguiu fugir e então finalmente chegou ao local. A viagem havia sido muito longa, então, ele rezou.

Os zumbis, escondidos, viram Jack rezando e pararam de correr. Jack percebeu a presença dos zumbis, e, assustado, conseguiu achar uma caverna, se escondeu nela sem os zumbis verem.

No chão da caverna, Jack viu um envelope. Abriu-o e nele havia a moeda e quando ele olhou para o lado, estavam os zumbis.

Quando eles iam matar Jack, chegaram cinco caveiras com um facão cada uma, e com a arma defenderam Jack. Elas feriram os zumbis e levaram Jack embora, para ajudá-lo.

E as caveiras levaram-no para um abrigo e lá o chefe daquelas caveiras disse: — Jack... — Como você sabe meu nome? — Simples, eu sou do mal, e agora, para protegê-lo dos zumbis, você tem que fazer tudo o

que eu quiser. — E se eu não fizer? — Quer mesmo saber? Acabarei com você e você virará picadinho. Jack ficou morrendo de medo da caveira e pensou: “Já sei, vou fingir que vou fazer tudo o que ele quiser.” E disse para a caveira: — Está bem, eu topo. A primeira tarefa de Jack era cortar a perna de uma pessoa, então Jack pensou em ir ao

cemitério e pegar a perna de alguém morto. E deu tudo certo. Conseguiu pegar a perna, mas o chefe das caveiras o seguiu, e viu tudo o

que ele fez.

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E ao chegar ao abrigo, todas as caveiras estavam vendo um vídeo e era o vídeo de Jack, pegando a perna no cemitério.

Jack ficou tremendo de medo e o chefe disse: — Eu não sou bobo, Jack. Várias pessoas já tentaram me enganar, mas não conseguiram. E a caveira lhe entregou um envelope dizendo que a morte estava perto. Matou-o, e depois,

foi até os zumbis e entregou a Lisa o mesmo envelope e matou-a. Os quatro amigos, antes de morrer, no próprio pensamento disseram:

“Sempre me lembrarei de você, amigo!”, lembrando-se dos outros três. A morte os chamou!!! E eles ficaram enjaulados no lago de enxofre para sempre e sofreram com o fogo por tudo o

que eles não fizeram. E, apenas um dia, poderão sair e viver a vida novamente, mas dessa vez como zumbis, para atazanar as pessoas que forem para onde eles, um dia, viajaram.

Luiz Gustavo Nascimento Guerra Wanderson Marques de Souza Júnior

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Uma escola ofereceu uma excursão aos alunos, um passeio a uma fazenda. Ali aconteceriam muitos passeios, muita diversão e cinco meninas, muito amigas, foram ao baile, uma das festividades, juntas.

Eram elas: Sarah, muito amigável e irritante; Lúcia, muito metida e criativa; Karina, sempre muito curiosa e animada; Patrícia, inocente e muito agitada e Sophie, uma menina vingativa e inspirada.

As cinco amigas se arrumaram e desceram para o salão. Dançaram, ouviram música boa e às três horas da manhã foram para o seu quarto dormir.

Só que Lúcia não voltou para o quarto e elas ficaram muito preocupadas. Esperaram algumas horas para ver se ela voltava do baile para seu quarto.

Passaram-se mais de 24 horas e, não aguentando mais, foram até a polícia para que ela ajudasse a procurar Lúcia. Passou-se uma semana e, sem encontrá-la, a polícia parou de procurá-la.

Depois, movidas por um impulso indescritível, elas voltaram ao salão onde acontecera o baile e se separam em duas duplas: Sophie e Patrícia, Karina e Sarah. Sophie e Patrícia foram para fora do salão e, no mesmo instante em que saíram, o celular de Sarah recebeu uma mensagem. Era de Lúcia, mas a mensagem não tinha nada a ver com ela e dizia:

“Parem de procurar, ou terei que apagar suas memórias também!!! L.” Depois de um longo dia de procura, à noite, as quatro amigas se reuniram no quarto para

comentar a nova mensagem emitida por “L”, e no instante em que elas falaram sobre isso, os celulares das quatro garotas tocaram ao mesmo tempo, com uma mensagem. E em cada uma tinha algumas palavras, que juntas, formaram outra frase de L:

“Aqui vai uma pista para quem não faz ideia: o assassino está mais perto do que você pensa. E alguém queria alguma coisa de Lúcia? Eu sei de tudo! – L.”

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Todas estavam desconfiadas de Sofhie, pois ela era a mais vingativa, mas porque ela iria assassinar a amiga? E quem era L? Todos esses pensamentos vieram à cabeça de Sarah.

Mais à noite, Patrícia desceu para o salão e foi até um bosque que ficava perto do local. Karina seguiu os passos da amiga, em segredo, até que viu o corpo de Lúcia sendo colocado no caixão por Patrícia. Então, Karina entrou em ação, atacando-a com força. O celular de Lúcia caiu no chão e foi aí que ela descobriu. Karina ia correndo contar para as meninas, mas Patrícia a matou com um pedaço de madeira, e as últimas palavras de Karina foram:

— O segredo que ela nunca lhe contou foi... E, sem vida, os olhos da menina se fecharam, lentamente.

Depois de alguns dias Patrícia, de tanto arrependimento, se suicidou, mas ninguém achou seu corpo. Sophie e Sarah souberam por que Patrícia matou Lúcia. Depois de um tempo, depois que essa história passou, elas receberam uma nova mensagem de um celular desconhecido dizendo:

“Eu ainda estou aqui, então não fique muito a vontade. Nem tudo está acabado até que eu diga que está... L.”

Elas ligaram para o celular desconhecido e perceberam que o celular estava no mesmo cômodo que elas. Olharam para trás e viram o celular de Patrícia tocando, sobre uma foto. Elas o pegaram e tinha nela uma imagem do bosque, no dia do baile, e nela tinha uma marcação de sangue, que mostrava uma pessoa com uma faca na mão. Não mostrava o rosto da pessoa, mas elas a reconheceram: era Karina. Elas sabiam que não fora Patrícia quem matou Lúcia por causa de um segredo. Lúcia estava beijando o namorado de Karina, por isso ela a matou.

É esta uma boa razão para matar alguém? Responda, se puder!!!

Fernanda Martins Fernandes Lavínia Ramos Pereira

Melissa Naomi Takemori Barbosa Valéria Ferreira dos Santos

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Uma garota chamada Emma viveu uma longa e extremamente perigosa possessão, juntamente

com sua amiga Rose e seu namorado Stephen. Certo dia, em seu aniversário, seus amigos, à procura de aventura, começaram a invocar o seu

maior e misterioso inimigo, o grande demônio. Emma e seus amigos tinham bebido muito nesse dia, escondido de seus pais. No meio da noite,

Emma chegou bêbada e desnorteada a sua casa. Sua mãe, Lucy, acordou e percebeu o barulho que ela fez e resolveu se levantar para ver o que estava acontecendo. Vendo o estado da garota, começou a brigar com ela por ter saído e bebido escondido.

Passou um bom tempo. Emma pediu a seus pais que a deixassem ir a um show com seus amigos em Londres. Sua mãe não deixou, pois disse que iria viajar a trabalho e seu pai iria trabalhar e ela teria que ficar com seu irmão Mark.

Aborrecida com tudo isso, Emma se lembrou de ter aprendido a invocar o demônio com o seu tio Christopher Taylor, um padre. Sendo assim, Emma foi para o banheiro se cortar e fez o símbolo do demônio “TABBO ORIGEAM”. Tudo isso porque seus pais não a deixaram ir ao show com seus amigos.

Uns dias depois, Emma começou a ter convulsões e apresentar vozes diferentes, porque ela estava totalmente incorporada pelo seu pior inimigo. Seus pais, Lucy e John, se assustaram e procuraram um psicólogo imediatamente.

Emma, com medo, pediu ajuda para sua amiga Rose pelo telefone. Até que chegou o dia de ela ir ao médico. A garota foi hipnotizada e começou a falar com aquela

sua voz amedrontadora. Ela ironizou o psicólogo, zombou dele e tanto fez que o levou à morte. Depois disso, Emma sentou com seus pais e falou tudo que ela e seus amigos fizeram em seu

aniversário, do quanto ela bebera e também contou que evocara o demônio, novamente, em represália por não ter ido ao show em Londres. Lucy e John não acreditaram nisso.

Assim, Lucy procura seu irmão Chris. Lucy o chamou e ele fez com que acreditassem que era um bom e grande padre. Chris fez a cabeça dos pais de Emma, falando que podia exorcizá-la.

Trabalhando os pensamentos com astúcia, Chris fez com que todos acreditassem que estava tirando o demônio de Emma, mesmo não estando certo disso, pois, ao contrário, estava chamando mais o demônio para ela.

Algum tempo depois, Emma, possuída, tentou matar Mark, afogando-o. Ele conseguiu se safar da morte. Sua mãe, inconformada, queria saber o que estava acontecendo com seus filhos. Emma esclareceu tudo juntamente com seus pais e seu tio.

Com tudo isso, Mark teve que sair de sua casa indo para casa de sua tia, para não ver as crises de sua irmã. Até que um dia, sua irmã estava escutando música no parque de sua casa. Mark estava jogando

bola e lançou-a longe, o que a fez parar nos pés de Emma. Totalmente possuída, ela pegou a bola e pediu um beijo no rosto para que a devolvesse. Mark, não aceitando, pediu rapidamente a bola, por estar com medo. Então, ela pegou a bola e lançou-a no meio da rua, o que fez com que Mark fosse pegá-la. Não dando certo, Mark foi atropelado por um caminhão, causando sua morte.

Depois, em uma noite insana, Emma matou seu pai a facadas. No outro dia, sua mãe descobriu o que aconteceu e enlouqueceu.

Certa tarde, Emma saiu com seu namorado, Stephen, para contar o que estava acontecendo. Ela, tendo alucinações, matou seu namorado com uma barra de ferro.

Apavorado, Chris pediu a um padre conhecedor de exorcismo, com mais poderes, que viesse à casa de Emma para ajudá-lo a resolver esse grande problema.

Finalmente, Emma foi libertada, mas jamais foi feliz. Ela sabia que todas as tragédias acontecidas com ela e sua família tinham sido arquitetadas por ela.

Não se evoca forças do mal... nem de brincadeira!!!

Iagathy Cristine Gomes Pereira, Júlia Cristina Souza Oliveira, Maria Julia Guimarães Vilela, Matheus Nunes Vieira

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Uma menina chamada Isabelly, de 16 anos, estava andando normalmente na rua. De repente, ela

começa a desconfiar que está sendo seguida. Ela começa a olhar e não vê ninguém, e a cada passo que dá fica com medo. Então ela resolve

virar em uma esquina e mudar seu caminho. A rua em que passa não é movimentada e, de repente, uma pessoa chega por trás de Isabelly e a ataca. Ela desmaia.

Depois de algum tempo, Isabelly começa a acordar e percebe que está em um lugar desconhecido. Então, ela abre bem os olhos e começa a gritar, mas não adianta por que onde ela está é afastado.

Passadas algumas horas, uma pessoa se aproxima e Isabelly fica com medo. Quando a porta se abre, Isabelly reconhece o rapaz na hora, é seu ex-namorado.

A garota, sem entender nada, pergunta a ele por que está fazendo isso com ela. Ele explica que ficou com raiva dela por que ela se separou dele e nunca mais falou com ele... aí decidiu fazer vingança.

Então, ela explica para ele que sofreu demais quando eles estavam namorando e que estava triste, aí resolveu se separar dele para que aliviasse seu sofrimento. Também fala que sofreu muito quando eles se separaram, que quase entrou em depressão, mas nunca quis falar isso com ninguém, para que evitasse comentários inúteis.

O rapaz fica emocionado e pergunta por que ela nunca falou pra ele e que, se ela tivesse falado, ele tentaria mudar, pois quando uma pessoa ama, faz tudo para agradar o seu amado.

Mas, Isabelly, muito triste, fala: ─ Agora é tarde, já não o amo mais. Quando Isabelly fala isso, o rapaz pega uma arma, e aponta para a cabeça dela. Ela, com muito

medo, pergunta se pode fazer um pedido antes de ele matá-la. Ele responde que pode e ela pede para fazer uma ligação para sua mãe. Ele, sem alternativa, liga

para a mãe dela. Isabelly fala com a sua mãe e começa a chorar. O rapaz fala para Isabelly que o seu tempo está acabando e ela fala para a mãe que foi sequestrada e o rapaz, com muita raiva, toma o celular da menina e o quebra. Apavorada, ela começa a chorar.

Enquanto isso, a mãe de Isabelly, a senhora Fernandes, fica desesperada ao saber que a filha está sequestrada. Rapidamente liga para a polícia e conta a situação. Os policiais vão até a casa da senhora Fernandes, para saber mais informações, mas descobrem que ela não sabe nada mais de concreto. Ali mesmo, fazem um plano para procurar a garota.

Enquanto eles procuram a menina, a senhora Fernandes começa a passar mal, e tem que ser levada urgentemente para um hospital, chegando com a suspeita de infarto.

Os policiais começam a busca e nem desconfiam que ela está mais perto do que imaginam. De repente, começam a escutar gritos de socorro. É Isabelly, gritando, pedindo socorro. Descobrem onde ela está e fazem um plano para deter o “sequestrador”.

Eles arrombam a porta e entram, mas uma coisa inesperada acontece. Pasmem: o sequestrador era filho de um dos policiais.

Muito chateado, o policial começa a chorar e o filho, muito assustado e triste, larga a arma, e pede para conversar com o pai.

Enquanto isso, os outros policiais desamarram Isabelly e a tiram daquele lugar, salvando-lhe a vida. Mas, chegando a casa, a garota percebe que sua mãe não está, e pergunta por ela. Os policias falam que ela está no hospital, então ela resolve ir até lá para ver como a mãe está.

Chegando lá, pergunta ao médico o que aconteceu, ele explica que ela teve um infarto e está em coma. Isabelly, muito triste, meio desnorteada, resolve ir para casa. Chegando lá, entra em seu quarto, pega um

papel e uma caneta e escreve uma carta de despedida. Vai até a cozinha, pega uma faca e se mata. Passados alguns dias, a senhora Fernandes se recupera, volta para casa e vai até o quarto da

menina. Ela lê a carta... Muito emocionada, tem outro infarto e morre. Não é uma enorme tragédia?

Amanda Caroline Alves

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Meu nome é Louizze Vicenti Rayle e essa história aconteceu comigo. Era uma fria manhã de março de 1798 em Gênova, na Itália. E eu tinha apenas oito anos. Lembro-me de que estava frio, escuro, e tinha muita neblina em minha cidade. Eu estava em

um banco, lendo um livro e esperando meu pai que, por acaso, estava bastante atrasado. Já estava escurecendo e fui procurar um telefone público para ligar para ele. Liguei, mas não era bem o que eu esperava, caiu na caixa postal. Então, deixei a seguinte mensagem:

“Pai, o senhor está atrasado. Vou andando e nos encontramos em casa. A propósito, achei um livro em um banco, então estou procurando o dono, e o legal é que está escrito o nosso sobrenome nele, parece que temos uma maldição. Vejo você em casa. Beijos.”

Chegando perto de minha casa, avistei o meu quarteirão repleto de jornalista e policiais. Cheguei mais perto e disse a um policial:

─ Senhor, o que está acontecendo em minha casa? Ele respondeu: ─ Um homem foi sequestrado, aparentemente era um vereador, bastante importante,

conhece? Naquele momento comecei a chorar, era o meu pai que fora sequestrado. O tal policial me

levou a sua casa para investigarmos, mas não descobrimos nada. Ele me adotou, tornando-se meu pai de criação. Durante sete anos, voltamos àquele local para

procurar pistas, mas não encontramos nada, nunca. Oito anos se passaram. Certo dia, eu e aquele policial fomos levar flores em minha antiga casa,

pois neste ano arquivariam o processo e a morte do meu pai ficaria impune. Nesse dia mesmo, jurei vingança.

Em10 de abril, voltamos àquele lugar pela ultima vez e vi um homem que prometeu me ajudar se eu desse a ele aquele livro ridículo que achei alguns anos atrás, no dia em que meu pai..., bom, não quero me lembrar...

Mas, enfim, entreguei o tal livro e o homem caloteiro me levou a uma floresta e me deixou lá. Fiquei perdida, andando em círculos durante horas, até que encontrei uma casa, entrei e vi meu pai morto!

Saí correndo e vi uma pegada, era grande. Fui seguindo as pegadas que não deram em nada, sentei e comecei a chorar, mas, quando me levantei, literalmente, vi a luz no fim do túnel. Vi algo parecendo um portal, entrei.

Era um castelo! Até hoje não sei bem onde, mas nunca me esquecerei daquele lugar. Era muito estranho, parecia que eu estava no século XIII, e tinham ainda vassalos trabalhando para os suseranos. Não entendi nada. E então, continuei andando por aquele castelo.

Vi um grande livro em um quarto. Nunca fui curiosa, mas desta vez, abri o livro e..., tudo ficou muito confuso. No tal livro, estava escrito que tudo estava predestinado. O meu pai era o herdeiro de um mundo mágico, bom e todos tinham poderes lá, inclusive eu. O tal cara que me largou na floresta era meu tio, um homem que queria vingar a morte do meu pai também e tudo era um teste.

Ele havia me abandonado lá, pois assim saberia se eu conseguiria ou não enfrentar um cara louco que estava dominando o tal mundo, e que havia matado o meu pai. Naquele momento, só eu podia matar esse cara e meu tio havia pedido o livro para que o cara não viesse me matar e sim a ele. Meu tio estava morto e salvou a minha vida, o tal cara queria o livro para roubar os poderes que eu tinha e eu nem sabia, e conseguiu.

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Naquele momento, peguei o livro e fui atrás do cara vingar a minha família. Encontrei-o, fiquei cara a cara e nem tremi. Ele pegou uma espada e colocou em meu peito. Por acaso, eu tinha uma faca no bolso e quando o cara percebeu, estava morrendo.

Então, peguei o livro e acabei de lê-lo. Na última pagina, havia uma ressalva que dizia que, para salvar minha família, eu deveria dar minha vida em troca. Então, pulei pela janela do castelo.

Para minha sorte, não morri, mas não consegui trazer meu pai de volta, apenas meu tio. Agora, sou rainha!

Sou feliz. Comigo moram meu pai de consideração, o policial que me criou, o meu tio, meu marido e meu filho. Apesar de ter ficado paraplégica com a queda, posso afirmar que sou feliz. Tenho súditos que me veneram, um homem lindo que me ama, enfim, uma família que minhas perdas me deram.

Essa é a vida!!!

Ana Luiza Martins Borges Silva Fernanda Florency Lisboa Giselle Fernandes Ferreira

João Vitor Amorim

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Amanda, Beatryz, Giselle e Kamila eram quatro amigas que adoravam festas, principalmente as

animadas. Um dia, em noite de lua cheia, elas foram à festa de aniversário de uma colega. Chegando à festa, elas se encontraram com Ana Laura, que era a aniversariante.

Cumprimentaram-na, deram-lhe parabéns e se sentaram. Passou meia hora e todos escutaram um grito ensurdecedor, vindo do banheiro. Foram ver o

que tinha acontecido. Chegando ao banheiro, encontraram Marcela, amiga de Ana Laura, morta! Chamaram a polícia, que encerrou a festa para investigar o crime.

Amanda, Giselle, Beatryz e Kamila não foram embora e nem saíram do salão, pois elas adoravam terror, principalmente quando tinha suspense, e por isso, elas queriam ajudar.

Os policiais aceitaram, mas disseram que era para ajudar e não atrapalhar. No banheiro, os policiais encontraram a arma do crime, uma faca, que foi usada para matar Marcela.

Eles investigaram as digitais e encontraram o assassino, ou melhor, a assassina, que era Nathalia, a melhor amiga de Marcela. Nathalia matou Marcela porque ela descobriu que a garota tinha ficado com Matheus, que era namorado dela. Traída por sua amiga e seu namorado, Nathalia ficou com muita raiva, mas ficou com mais raiva da Marcela por ter ficado com seu namorado e ter tido coragem de contar para ela. Nathalia ficou com raiva do Matheus também, mas ela não teria coragem de matá-lo, pois o amava.

Depois de tudo descoberto e a investigação resolvida, os policiais liberaram Amanda, Beatryz, Giselle e Kamila.

Elas foram embora para o apartamento delas, pois moravam juntas, mas não foram dormir. Amanda fez pipoca, Beatryz fez suco, Giselle pegou os travesseiros e os cobertores e Kamila pôs um filme de vampiros no DVD novo.

Assim terminaram a noite! Como gostam de animação!!!

Amanda Gabrielle da Silva Ribeiro

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Em uma cidade do interior de Goiás, chamada Cachoeira Alta, viviam pessoas simples e

trabalhadoras do campo que dependiam da agricultura. Em uma determinada fazenda da região, aconteciam fatos bem misteriosos, assim diziam quase todos os moradores da cidade.

Num certo dia, um jovem forasteiro chamado Jorge, chegou à cidade à procura de emprego. Depois de visitar vários lugares e não conseguir nada resolveu ir até a delegacia para pedir uma informação, pois precisava de emprego e lugar para morar. O delegado Mendonça, que conhecia todas as pessoas da cidade e das proximidades, depois de conversar com o rapaz, indicou-o para um amigo fazendeiro, Bento Neves, que talvez pudesse ajudá-lo, pois estava procurando uma pessoa para trabalhar em sua fazenda, por onde já passaram vários jovens.

Os dois foram até a fazenda e tudo ficou acertado entre o fazendeiro e Jorge. Como a fazenda era muito grande, o rapaz cuidaria da horta, onde se cultivavam muitos tipos de hortaliças e frutas, como alface, couve, tomate, melancia, etc..

Passaram-se mais ou menos três meses e Jorge continuava na fazenda e ia à cidade uma vez por mês para cortar o cabelo e comprar roupas. Na fazenda morava o fazendeiro, sua esposa e agora Jorge, o casal não tinha filhos. Todos os dias, Rita ia levar almoço para os dois que estavam trabalhando. Então o fazendeiro começou a sentir ciúmes de Rita com Jorge. Rita era uma mulher jovem e bonita, Jorge era um rapaz de boa aparência e educado, já o fazendeiro, que era bem mais velho e de péssima aparência, ficava louco vendo Rita conversando com o rapaz.

O fazendeiro já não sabia como se livrar do rapaz, que era trabalhador e honesto. Então resolveu colocar veneno na comida de Jorge na hora do jantar. No dia seguinte, Jorge amanheceu morto e o fazendeiro, para se livrar do corpo do rapaz, enterrou-o na horta, perto da plantação de melancia.

E o fazendeiro, para ninguém desconfiar, foi até a delegacia e disse que o rapaz não dera conta do serviço e fora embora da fazenda, dias atrás.

Então, o delegado falou ao fazendeiro: — Bento, é o terceiro rapaz que eu arrumo para trabalhar para você e eles vão embora. Passaram-se alguns dias. Na horta que Jorge cuidava, começou a crescer, bem rápido, uma

melancia que brilhava mais do que as outras e bem maior. O fazendeiro resolveu levar a melancia de presente para o amigo delegado, para lhe fazer uma surpresa e, ao chegar à delegacia, o fazendeiro Bento foi logo dizendo:

— Delegado Mendonça, neste saco tem uma coisa de que você gosta muito.

O delegado pegou o saco com a melancia e, ao partir, uma surpresa: a cabeça do jovem Jorge dentro da melancia. O fazendeiro foi preso na hora.

Até hoje, depois de muito tempo, as pessoas da cidade, continuam dizendo que fora o espírito do rapaz que voltou para fazer justiça.

Filipe Augusto Sousa e Silva Kalil Aguiar Abdulmassih

Mathews Marques Silva Barbosa Valter Elias da Cunha Neto

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Um dia, um menino chamado Vinícius, estava fazendo aniversário. Ele queria muito uma festa

bem grande, com todos os colegas. Foi para a escola como todos os dias, sem nenhuma expectativa de algo diferente.

À tardezinha, chegando a casa, uma surpresa o esperava. Quando entrou, viu todos os seus amigos.

Antes de se encontrar com eles, suado, foi tomar um banho e se preparar para a festa. Ele ficou tão feliz por sua mãe ter-lhe dado a festa de aniversário que ele sempre quis, que

deu uma gargalhada muito assustadora. Quando ele entrou na banheira, a água começou a virar sangue. Ele começou a se afogar, a

ficar tonto e, quando conseguiu sair da banheira, escorregou, batendo a cabeça no espelho. Escorregou novamente, batendo, agora, a cabeça no vaso.

Sua mãe, esperando a presença de seu filho para a festa começar, percebeu que ele estava demorando muito. Então, foi até seu quarto, bateu na porta e falou:

— Vinícius, você está demorando muito, está todo mundo esperando-o. Então, sua mãe, percebendo que seu filho não respondia, chamou-o de novo: — Vinicius!!! E, outra vez, ele não respondeu. Ela o chamou de novo, desta vez gritando: — Vinícius!!! Assustada, foi a sua cozinha e pegou outra chave para abrir seu quarto. Ao abrir a porta, viu o seu filho perto do vaso do banheiro, jogado no chão, cheio de sangue. O garoto morreu, mas... não totalmente. A alma dele não saiu daquela casa e ele assustava todo mundo que ia lá, fazendo a casa

tremer, objetos caírem no chão, fazendo todos os seus amigos, até mesmo sua mãe, ter pesadelos enormes, e ele fazia as pessoas ouvirem risos assustadores.

Certo dia, ele pediu às pessoas que libertassem sua alma atormentada. Por meio de uma mensagem deixada na parede do banheiro, ele falou:

“Para livrar de minha alma, é importante que vocês retirem o espelho e o vaso onde bati a cabeça, e levem-nos para uma capela bem perto”.

Assim, sua mãe reuniu os seus amigos e eles a ajudaram a retirar o espelho e o vaso, levando-os para uma capela.

Chegando lá, depositaram os objetos na entrada do local. A imagem do garoto apareceu no espelho, deu uma de suas gargalhadas apavorantes... e esta foi a última vez que esses fenômenos aconteceram... ao mesmo tempo o espelho e o vaso também desapareceram.

Assim, tudo voltou ao normal e o espírito do aniversariante, finalmente, encontrou a paz.

Gabriela Barbosa e Silva, Lilia Nogueira Veron Martins,

Maria Júlia Fernandes Rodrigues, Willian Nogueira Veron Martins

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Dizem que, há muito tempo atrás, um homem andava silenciosamente em um trilho e de

repente sumiu, do nada. Sem explicações, um trem assustador apareceu cheio de pessoas mortas: cr ianças,

adultos, idosos... Dizem que toda noite o trem passava por ali, sem exceção, à meia noite em ponto. Isto aconteceu anos seguidos. Um dia parou.

Ao lado do tr ilho, existia uma casa esquisita, onde moravam três garotas lindas: Michele, Laura e Luciana.

Em certo dia, elas estavam conversando em seus quartos, quando ouviram um barulho bem estranho, no porão. Desceram correndo para ver o que era e deram de cara com o homem que desaparecera no tr ilho, anos atrás. Ficaram assustadas, mas uma delas disse para deixar o homem passar a noite por ali. Fecharam o porão todo e ele f icou por lá.

No dia seguinte, desceram para ver o rapaz, e ele tinha sumido completamente... Meia noite. Começou a ventar bastante e a relampejar. As garotas se levantaram da

cama para ver o que estava acontecendo. Olharam para um lado, olharam para o outro, mas não viram nada. Segundos depois, voltaram e viram o trem assustador que há anos não passava por ali. Os mortos começaram a se levantar e seguir em na direção a casa delas. Desesperadas, começaram a fechar tudo... janelas, portas.

Mas não foi o suf ic iente. Os mortos começaram a quebrar tudo. As meninas se esconderam embaixo da cama. Os mortos vasculharam tudo, menos embaixo da cama. Como não encontraram ninguém, resolveram ir embora.

No dia seguinte, olharam ali no tr ilho e nem vestíg io do trem. Esperaram a meia noite. Então, apareceu o trem assustador de novo, indo, célere, na direção da casa delas.

Só que dessa vez, não tinha ninguém dentro dele. As meninas chegaram perto, olharam, subiram nele, mas não havia nada ali.

Amanhecendo, foram ver o que tinha acontecido com o trem, mas ele tinha sumido outra vez.

Á noite, o trem apareceu, entrando na casa e matando as meninas. Sumiu... para sempre? Ninguém sabe, mas reza a lenda que o trem assustador nunca mais apareceu.

Igor Marques da Silva Marcelo Higor Dorneles Araújo

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Numa cidade chamada Alto Araguaia acontecia um mistério que estava sendo chamado de “Os Fazendeiros Canibais” e se dava em uma fazenda bem longe do centro da c idade chamada Olhos D’água.

Certo dia, um homem chamado Rômulo foi tirar o leite das vacas e escutou um barulho vindo de trás do curral. Mas, lá atrás do curral, só tinha um buraco g rande com uma ovelha morta. Ele foi investigar o barulho e tinha um cara machucado, sang rando, mas ele era mudo e não conseguia dizer o que aconteceu naquela hora.

No outro dia, quando ele ia contar o gado, foi sequestrado e, vendado, foi levado para outra fazenda dentro de um furgão, era a fazenda Ouro Fino. Lá tinha um galpão onde ele foi amarrado por muitos homens mascarados e todos de preto.

Eles já tinham pegado muitos prisioneiros em outras fazendas, do mesmo jeito, mas um prisioneiro chamado Raimundo fug iu. Ele selou um cavalo e foi até a c idade mais próxima que chamava Ituverava, mas ele não sabia o nome e nem como chegar a nenhum lugar deste lugar. Foi andando até chegar a um bar e perguntou para um senhor:

— Você sabe onde f ica a delegacia? — Sim. Você pega a Avenida Principal, v ira à direita e você vai chegar perto de uma

quadra. Passando duas ruas, v ire à direita, depois v ire à esquerda, você está lá. — respondeu o Senhor.

E assim Raimundo fez o trajeto. Chegou e fez a denúncia do cr ime na fazenda Ouro Fino e disse que tinha mais pessoas presas no cativeiro com dois homens mascarados vig iando a saída. Ele também explicou que conseguiu fug ir de lá e podia levá-los até o local onde estavam os prisioneiros.

Chegando lá, os detetives e os polic iais cercaram o galpão e negociaram com os cr iminosos as trocas pelos prisioneiros. Depois de uma hora de espera, os cr iminosos falaram que não queriam nada em troca. E, por isso, os polic iais decidiram invadir o galpão. E aí começaram as trocas de tiros. Eles deixaram um dos cr iminosos fer ido e um deles matou alguns prisioneiros.

Os cr iminosos fug iram e os polic iais invadiram o galpão e se depararam com corpos esquartejados e alguns restos de órgãos no chão. Com isso, os polic iais descobriram que eles eram “Os Fazendeiros Canibais”.

Fazenda Olhos D’água

Fazenda Ouro Fino

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Os polic iais inter rogaram o cr iminoso que f icou fer ido. — O que você sabe sobre os criminosos? — perguntou o polic ial. — Nós somos uma quadrilha que mata pessoas para retirar órgãos para vender e

também comemos a carne deles. — disse o cr iminoso. Os polic iais prenderam o cr iminoso. Eles contrataram um g rupo de detetives para

investigar o caso e f izeram o teste de DNA dos vestíg ios de sangue encontrados no galpão. Com isso, descobriram que os cr iminosos já tinham f icha cr iminal na políc ia, e f icou mais

fác il achá-los. Eles foram encontrados em Rio Verde e foram condenados a 58 anos de prisão, mas como as leis brasileiras não são muito r igorosas, eles cumprir iam só 30 anos.

Os polic iais fecharam a fazenda Ouro Fino, mas quando ela foi reaberta, f icou assombrada pelos espír itos dos mortos.

Quanto à ovelha morta, ela só tinha sofrido um infarto porque já era muito velha e, por isso, morreu.

Os cr iminosos, depois de c inco anos, morreram na cadeia e f icaram assombrando as duas fazendas.

Frederico de Oliveira Marzinotto Gabriel Macedo de Faria

João Victor Alves Arantes Dutra

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Era uma noite de um inverno muito frio. Acordei com um barulho estranho do lado de fora.

Olhei para o relógio e vi que eram 4h da manhã e estava muito longe da hora de o dia clarear. Fui até a sala e vi que não tinha ninguém. Pensei “será que é um ladrão?”. Então fui ver se as portas estavam trancadas e ouvi o mesmo barulho, só que dessa vez era na

porta da frente. Corri para olhar e vi: era um bicho enorme, marrom, cheio de pelos, tinha garras enormes. Fiquei com tanto medo que esbarrei no abajur. Quando vi que ele estava virando, pulei para trás do sofá e fiquei olhando pelos cantos dos olhos.

Foi então que vi como ele era mesmo: os olhos brilhavam de tão vermelhos que eram, presas enormes e cheias de sangue, boca enorme cheia de dentes afiados, orelhas pontudas, parecendo as de um lobo.

O meu pai ouviu o barulho que o abajur fez e veio ver o que estava acontecendo. O bicho rapidamente saiu correndo para o outro lado da casa. Eu, querendo saber o que era, corri até a janela do meu quarto. Ai, gritei para meu pai ir onde eu estava.

Chegando, ele perguntou o que tinha acontecido. Eu contei tudo para ele, só que como adulto não acredita em tudo que as crianças falam, ele disse:

— Meu filho, isso foi só um pesadelo! Volte a dormir, é muito cedo ainda! Eu passei o resto da noite acordado, tentando descobrir o que era. No outro dia, de manhã,

fiquei andando em volta da casa, tentando achar uma prova do acontecido, só que não encontrei nada. Porém, no dia seguinte, quando eu estava dormindo, acordei novamente no meio da noite com o mesmo barulho. Corri novamente até lá, mas, dessa vez, não vi nada. E noites e noites eu tentei descobrir o que era aquilo, todavia nunca achava nada.

Procurei informações com as pessoas que moravam ali perto e eles falavam que nunca viram nada desse tipo. Entretanto, eu nunca perdi a esperança de saber o que era aquilo, e cada dia ia tentando descobrir mais coisas, lendo livros sobre animais daquele tipo. Pensava se aquilo que eu vi naquela noite era um animal, um monstro ou coisa do tipo.

Então, um dia, decidi sair pela floresta para tentar ver alguma coisa. Fui andando e andando até me afastar muito de casa. Com muito medo daquela floresta fria e assustadora, tomei coragem pela curiosidade e continuei.

Quando cheguei num certo ponto na floresta, vi uma coisa correndo e saí correndo atrás. O bicho correu até entrar em uma toca.

Quando me aproximei, vi que era uma família de ursos que morava lá, e deduzi que devia ser o macho que, nas noites frias, sentindo fome, ia até o lixo da minha casa para pegar comida e isso provocava os barulhos.

Quando eu derrubei o abajur, ele deve ter se assustado e ficou em alerta, por isso ficara em pé, parecendo um monstro horrível. A parti daí, percebi que o meu medo fazia com que aqueles ursos famintos parecessem monstros horríveis.

Agora que cresci, aprendi a lidar com meus medos e a diferenciar coisas corriqueiras de coisas criadas pela imaginação e só tenho medo do que é real.

Silas Emanuel