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O SOBREIRO E A CORTIÇA

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O SOBREIRO E A CORTIÇA

O que é o sobreiro

• O sobreiro é uma árvore

perene da família das

Fagáceas (Quercus

suber), a que também

pertencem o

castanheiro e o

carvalho.

• A cortiça extrai-se da

espécie Quercus suber L.

Como nascem os sobreiros?

• O sobreiro pode ser

semeado, plantado

ou propagar-se

espontaneamente

como acontece com

frequência nos

montados, graças às

bolotas que caem no

solo.

Quais as condições ideais para o desenvolvimento do sobreiro?

• O sobreiro é originário da Bacia do Mediterrâneo Ocidental, onde encontra as condições ideais para o seu crescimento:

• Solos arenosos sem calcário, com baixo nível de azoto e fósforo, elevado nível de potássio e valores de pH entre 4,8 e 7,0;

• Precipitação de

400-800 mm por ano;

• Temperatura entre

-5º C e 40º C;

• Altitude de 100-300 m.

Quanto tempo vive um sobreiro?• Um sobreiro vive, em média, mais de

200 anos.

• O mais antigo e mais produtivo sobreiro

existente no mundo é o Assobiador, em

Águas de Moura, no Alentejo.

• Plantado em 1783, este sobreiro tem mais de 14 metros de altura e 4,15 metros de perímetro do tronco.

• Deve o seu nome ao som originado pelas numerosas aves canoras que abriga na sua ramagem.

• Desde 1820, já foi descortiçado mais de vinte vezes.

• Em 1991, o seu descortiçamento resultou em 1200 kg de cortiça, mais do que a produção registada pela maioria dos sobreiros em toda a sua vida. Só esta extração deu origem a mais de cem mil rolhas.

O que é o descortiçamento?• O descortiçamento é o

processo ancestral de extração da casca do sobreiro - a cortiça. Ainda hoje, este trabalho é feito por profissionais especializados, com uma precisão absoluta, recorrendo a uma única ferramenta: o machado.

• Esta operação delicada decorre entre maio e agosto, quando a árvore se encontra numa fase mais ativa do crescimento e a casca é mais facilmente retirada do tronco.

Quando é que se faz o primeiro descortiçamento?

• O primeiro descortiçamento, ou «desboia»,

ocorre quando o sobreiro tem 25 anos e o

tronco tenha atingido um perímetro de 70

centímetros, medidos a 1,3 metros do solo.

Os descortiçamentos posteriores são feitos

com um intervalo de, pelo menos, nove anos.

• É comum encontrarmos, em viagens pelo

Alentejo, florestas de sobreiros (ou

montados de sobro) cujos troncos, depois de

descascados, apresentam um número

pintado. Este número indica o último digito

do ano em que foi feito o corte, para que

saibamos, nove anos depois, quando o

devemos fazer novamente. o devemos fazer

novamente.

Quantos descortiçamentos podem ser feitos a um sobreiro?

• Ao longo da sua vida, o sobreiro pode ser descortiçado cerca de 17 vezes, com intervalos de nove anos, o que significa que a exploração de cortiça durará, em média, 150 anos.

• O primeiro descortiçamento chama-se desboia e dele obtém-se a cortiça virgem, que apresenta uma estrutura muito irregular e uma dureza que a torna difícil de trabalhar.

• Nove anos depois, aquando do segundo descortiçamento, a cortiça, designada de secundeira, já tem uma estrutura regular, menos dura.

• A cortiça destas duas primeiras extrações é imprópria para o fabrico de rolhas, sendo utilizada em aplicações para isolamentos, pavimentos, objetos decorativos, entre outros.

• A partir do terceiro descortiçamento e seguintes obtém-se a cortiça amadia ou de reprodução. Só esta apresenta uma estrutura regular, com costas e barriga lisas, e com as características ideais para a produção de rolhas naturais de qualidade.

Assim que é retirada do sobreiro a cortiça é imediatamente usada?

• Não. Depois do descortiçamento, as pranchas são empilhadas em estruturas próprias e permanecerão ao ar livre durante pelo menos seis meses para que a cortiça estabilize.

Além da cortiça que outras partes do sobreiro são aproveitadas e

para que finalidades?• Do sobreiro nada se desperdiça, todos os seus

componentes têm uma utilidade ecológica ou económica:

• A bolota, fruto do sobreiro, é utilizada como propagação da espécie e também como forragem para animais e para o fabrico de óleos culinários;

• As folhas são utilizadas como forragem e fertilizante natural;

• O material que resulta da poda das árvores e os exemplares mais decrépitos fornecem lenha e carvão vegetal;

• Os taninos e os ácidos naturais existentes na madeira da árvore são usados em produtos químicos e produtos de beleza.

Filme animado dedicado às crianças e jovens e que

relata a história de uma rolha e de um menino – o David

https://www.youtube.com/watch?v=jIs2ajO7AGw

Informações recolhidas no site da Corticeira Amorim

http://www.amorim.com/a-cortica/mitos-e-curiosidades/Sobreiro-e-Arvore-Nacional-de-Portugal/110/433/#collapse405