o sistema de gestão da qualidade na estg -...
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I N S T I T U T O P O L I T É C N I C O D A G U A R D A E S C O L A S U P E R I O R D E T E C N O L O G I A E G E S T Ã O
O Sistema de Gestão da
Qualidade na ESTG
VÂNIA CRISTINA CANOTILHO DA SILVA DIAS
Dezembro/2007
RELATÓRIO FINAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIATURA
EM CONTABILIDADE
Relatório Final para a obtenção do grau de Licenciatura em Contabilidade
Nome: Vânia Cristina Canotilho da Silva Dias
Aluna nº 7410
Local de Estágio: Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda (ESTG)
Orientador de Estágio na Instituição: Prof. Doutor Constantino Mendes Rei
Orientador no IPG: Prof. Pedro Nogueira Cardão
Duração do Estágio: 12 semanas
Início: 1 Outubro de 2007
Conclusão: 31 Dezembro de 2007
Dedicatória
Aos MEUS PAIS
A Vocês, que me deram a vida e me ensinaram
a vivê-la com dignidade.
A Vocês, que se deram por inteiro e
renunciaram aos vossos sonhos para que
muitas vezes pudesse realizar os meus.
A Vocês, por todo o amor, não bastaria dizer
que não tenho palavras para agradecer tudo
isto. Pois só a Vocês devo tudo o que sou e o
que serei no futuro.
Os méritos desta conquista, são tanto meus,
quanto Vossos.
Muito Obrigada
Agradecimentos
Este trabalho é o culminar de uma longa jornada, resultante do muito esforço, mas que
nunca teria realizado com sucesso sem o contributo e apoio de diversas pessoas que de
forma directa ou indirecta, nele colaboraram.
Em primeiro lugar, quero agradecer aos meus pais, pelo seu amor, presença e apoio
incondicional. E à minha irmã, pelo exemplo que é para mim, por todo o amor e
amizade, bem como a paciência para todos os momentos menos bons, as palavras de
consolo que me deram muita força para superar os obstáculos. Um profundo obrigado.
Quero também agradecer à Salete e ao Rui, pelo apoio que disponibilizaram de todas as
formas possíveis ao longo destes anos. Por todo o incentivo e força que me deram e por
toda a amizade.
A todos os meus amigos, não vou citar nomes porque seria injusto, eu sei que vocês
sabem quem são. Por todos os momentos, mesmo todos, pela presença, apoio, incentivo,
disponibilidade e amizade. Com vocês vivi anos que vou recordar toda a vida.
Agradeço em especial, ao Prof. Doutor Constantino Rei, orientador do estágio, pelo
estágio que me proporcionou, pela sua disponibilidade, apoio e atenção que sempre
demonstrou, tornando possível a realização deste trabalho.
Para que não me esqueça de ninguém, no que diz respeito às pessoas que trabalham na
ESTG, com as quais eu lidei diariamente, não poderia deixar de endereçar o meu
sincero obrigado a todos sem excepção, pela disponibilidade e pelos ensinamentos que
directa ou indirectamente me foram incutidos. Pela compreensão, boa disposição e
amizade sempre demonstrada, para uma melhor integração quer no estágio, quer no
mundo empresarial.
A todos os professores que me acompanharam ao longo do curso, por tudo aquilo que
me ensinaram.
A todos, eu dirijo o meu sincero e saudoso Muito Obrigado, porque tenho consciência
que sem vocês nada disto seria possível.
“ O teu êxito depende muitas vezes do êxito das pessoas que te rodeiam.”
(Benjamin Franklin)
Resumo
Ao longo dos últimos anos a Qualidade tem vindo a assumir um papel cada vez mais
importante na sociedade. As empresas, instituições e o público em geral, falam deste
tema solicitando cada vez mais produtos e serviços de Qualidade. Ao estabelecermos
contacto com a sociedade apercebemo-nos que a Qualidade nos serviços começa a
adquirir outra dimensão, as pessoas deixam de associar a Qualidade apenas aos
produtos, e passam a dar muita importância à Qualidade nos serviços recebidos.
A Certificação de Qualidade é um processo um pouco complexo, exige investimentos e
implica sobretudo alterações na organização. Tendo em conta estes factores, é
importante averiguar se é vantajoso para as organizações certificarem-se. Uma vez
certificadas, as organizações demonstram capacidade interna e externa de prestar
serviços de Qualidade.
Assim, na procura de um maior grau de satisfação dos seus clientes internos e externos,
a Escola Superior de Tecnologia e Gestão adoptou uma Política da Qualidade que se
fundamenta na busca contínua da melhoria no processo de ensino/aprendizagem e na
formação integral do ser humano, promovendo os valores indispensáveis ao exercício de
cidadania e ao exercício de uma profissão.
Estando a aluna a finalizar o Curso de Contabilidade, achámos que seria interessante
aprofundar conhecimentos sobre Certificação da Qualidade, pois refere-se a uma
actividade que é do conhecimento da aluna e que, no futuro desempenho da sua
actividade profissional, poderá ser útil toda a informação adquirida ao longo deste
estágio.
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I
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Índice
Índice de Anexos .........................................................................................................................III
Glossário de Siglas ...................................................................................................................... IV
Índice de Figuras ......................................................................................................................... V
Índice de Quadros ...................................................................................................................... VI
Introdução ....................................................................................................................................1
Capítulo I ......................................................................................................................................2
1. O Estágio na Escola Superior de Tecnologia e Gestão ..............................................................3
1.1- Plano de Estágio ................................................................................................................3
1.2- Duração do Estágio ...........................................................................................................3
1.3- Objectivo do Trabalho .......................................................................................................3
1.4- Caracterização da Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda .............................4
1.4.1 - A Instituição...............................................................................................................4
1.4.2 - Organização Interna ..................................................................................................7
Capítulo II .....................................................................................................................................8
2.A Qualidade ...............................................................................................................................9
2.1 – A Importância da Qualidade ............................................................................................9
2.2 – Conceito de Qualidade ..................................................................................................10
2.2.1 – Dimensões da Qualidade ........................................................................................12
2.2.2 – Qualidade do Produto versus Qualidade do Serviço...............................................14
2.3 – Controlo da Qualidade...................................................................................................18
2.4 – Produção da Qualidade .................................................................................................20
2.4.1 – Concepção de um Sistema da Qualidade ................................................................22
2.4.2 – Modelo de um Sistema de Gestão da Qualidade Baseado em Processos ...............23
Capítulo III ..................................................................................................................................26
3.Sistemas de Gestão da Qualidade na Educação ......................................................................27
3.1- A Qualidade nos Serviços ................................................................................................27
3.1.1- Indicadores da Qualidade .........................................................................................28
3.2- A Qualidade no Ensino Superior ......................................................................................33
3.2.1- Norma ISO 9001:2000 – Requisitos para as Organizações Educativas .....................37
Capítulo IV ..................................................................................................................................39
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II
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4.A Qualidade na ESTG ...............................................................................................................40
4.1- Missão, Visão, Valores e Política da Qualidade ...............................................................40
4.2- O Sistema de Gestão da Qualidade da ESTG ...................................................................42
4.3- Abordagem por Processos ..............................................................................................43
4.3.1- Descrição dos Processos ...........................................................................................46
4.3.2- Os Indicadores da Qualidade na ESTG ......................................................................47
4.4- Trabalho Desenvolvido ....................................................................................................48
Conclusão ...................................................................................................................................52
Bibliografia .................................................................................................................................53
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III
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Índice de Anexos Página
Anexo 1 – Descrição dos Processos…………………………………………………..56
Anexo 2 – Análise e Classificação ABC dos Fornecedores…………………….…….57
Anexo 3 – Avaliação dos Fornecedores…………………………………………....…58
Anexo 4 – Taxa de Execução e Substituição das Aulas……….……………………..59
Anexo 5 – Taxa de Aprovação (Alunos Inscritos vs Alunos Avaliados)……….……60
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IV
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Glossário de Siglas
ABC – Activity Based Costing
CET – Curso de Especialização Tecnológica
ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão
GAQ – Gabinete de Avaliação da Qualidade
GESP – Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais
GPD – Gabinete de Promoção e Divulgação
I&D – Investigação e Desenvolvimento
IES – Instituições de Ensino Superior
IPG – Instituto Politécnico da Guarda
ISO – International Standard Organization
LIIA – Laboratório de Internet e Informática Aplicada
MQ – Manual da Qualidade
SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade
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V
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Índice de Figuras Páginas
Figura 1 – Organização Interna da ESTG…………………………………………… 7
Figura 2 – Dimensões da Qualidade………………………………………………... 12
Figura 3 – O Modelo da Norma ISO 9001:2000………………………………….... 23
Figura 4 – Estrutura Documental…………………………………………………… 43
Figura 5 – Mapa e Interacção dos Processos….…………………………………….. 45
Figura 6 – Print Screen do programa Sophia………………………………………... 49
Figura 7 – Print Screen do programa INQ.NET…………………………………….. 51
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VI
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Índice de Quadros Página
Quadro 1 - Diferenças entre Produto e Serviços…………………………………….. 27
Quadro 2 – Indicadores do Ponto de Vista dos Clientes……………………………. 29
Quadro 3 – Indicadores da Qualidade no Processo…………………………………. 30
Quadro 4 – Indicadores da Qualidade dos Recursos Humanos……………………... 31
Quadro 5 – Indicadores Financeiros da Qualidade………………………………….. 32
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Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Introdução
Os relatórios definem assuntos e ocorrências e reúnem os factos relevantes a fim de os
apresentar de uma forma tão completa e precisa quanto possível.
O estágio estabelece a ligação e a aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo do
curso, permitindo ao aluno reflectir sobre a relação entre a formação recebida e a
formação exigida na vida profissional.
Deste modo, o estágio foi desenvolvido na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, e
este relatório pretende dar a conhecer o percurso efectuado na instituição, assim como
dotar o leitor de uma visão geral das actividades desempenhadas.
Pretende-se também, embora de uma forma resumida, apresentar um estudo aos
Sistemas de Gestão de Qualidade, quer ao nível da produção de bens quer da prestação
de serviços, e ainda nos serviços prestados por uma organização educacional.
O relatório está dividido em quatro capítulos, em que no primeiro será feita uma breve
apresentação da instituição; no segundo capítulo será feito um estudo desde o conceito
de Qualidade a um Modelo de um Sistema de Gestão da Qualidade; no terceiro capítulo
será abordada a Qualidade na Prestação de Serviços, nomeadamente no Ensino
Superior; e no quarto capítulo abordaremos o Sistema de Gestão da Qualidade
implementado na ESTG, assim como as tarefas desempenhadas pela estagiária.
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Escola Superior de Tecnologia e Gestão
1. O Estágio na Escola Superior de Tecnologia e Gestão
1.1- Plano de Estágio
As actividades desenvolvidas durante o período de estágio baseiam-se no apoio à
implementação do Sistema de Gestão da Qualidade da ESTG, desenvolvendo entre
outras as seguintes actividades:
Análise e classificação ABC dos fornecedores;
Cálculo de indicadores e recolha de informação para diversos processos do
SGQ;
Controlo de pagamento de clientes;
Circularização de dívidas de clientes.
1.2- Duração do Estágio
O estágio foi realizado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG no distrito da
Guarda. O estágio teve a duração de 12 semanas, com o início no dia 1 de Outubro de
2007 e tendo o seu fim em 31 de Dezembro de 2007.
1.3- Objectivo do Trabalho
O objectivo principal deste estágio foi dar apoio e colaborar na implementação e
certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) na Escola Superior de
Tecnologia e Gestão e consequentemente aplicar todos os conhecimentos que a
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Escola Superior de Tecnologia e Gestão
estagiária adquiriu ao longo dos cinco anos académicos nas diversas áreas de
conhecimento do curso de Contabilidade.
1.4- Caracterização da Escola Superior de Tecnologia e Gestão da
Guarda
1.4.1 - A Instituição
A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), criada em 1985, através do Decreto
do Governo nº 46/85, de 22 de Novembro (ME, 1985), é uma unidade orgânica do
Instituto Politécnico da Guarda (IPG), possuindo autonomia administrativa, científica,
pedagógica e financeira (a partir de 1 de Janeiro de 2008 a ESTG deixa de ter
autonomia financeira), conforme estabelecido nos respectivos estatutos e demais
legislação em vigor.
A ESTG é uma escola inserida na rede nacional de ensino superior localizada na região
interior, centro, sediada na cidade da Guarda, no campus do IPG. A Escola está dotada
de instalações construídas de raiz e engloba para além das salas de aula e gabinetes para
docentes, vários laboratórios nas áreas de Engenharia Civil, Mecânica e Informática, e
ainda, um laboratório de Línguas e Culturas.
A Escola dispõe também de um conjunto de gabinetes de apoio à Direcção,
nomeadamente: o Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais (GESP); o Gabinete de
Promoção e Divulgação (GPD); o Laboratório da Internet e Informática Aplicada
(LIIA); o Gabinete de Avaliação e Qualidade (GAQ); e as oficinas e os serviços
administrativos, os quais se têm evidenciado como sendo fundamentais ao bom
desempenho da missão da Direcção da ESTG.
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Escola Superior de Tecnologia e Gestão
A natureza e o valor académico dos graus conferidos pela ESTG (Licenciatura e
Mestrado), de acordo com a actual legislação, são os estabelecidos na Lei de Bases do
Sistema Educativo (Lei nº 49/2005 de 30 de Agosto) e no Dec-Lei 74/2006 de 24 de
Março, legislação que veio colocar ponto final aos cursos de Bacharelato e abrir a
possibilidade de as instituições de ensino superior politécnico ministrarem cursos de 2º
ciclo conducentes ao grau de Mestre.
Actualmente na ESTG são ministrados os seguintes cursos:
Cursos de Especialização Tecnológica (CET):
Técnico de Contabilidade,
Gestão de Vendas,
Condução de Obra,
Desenvolvimento de Produtos Multimédia,
Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos.
Licenciaturas:
Contabilidade (regime diurno e nocturno),
Design de Equipamento,
Engenharia do Ambiente,
Engenharia Civil,
Engenharia Informática,
Engenharia Mecânica,
Engenharia Topográfica,
Gestão,
Gestão de Recursos Humanos (regime diurno e nocturno),
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Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Marketing,
Secretariado e Assessoria de Direcção.
Mestrados:
Gestão
Computação Móvel
Todas as licenciaturas ministradas pela ESTG encontram-se adequadas ao denominado
Processo de Bolonha, nos termos do previsto no Dec-Lei 74/2006 de 24 de Março. Para
além dos cursos conferentes de grau atrás enunciados, a ESTG tem vindo a leccionar
algumas pós-graduações e cursos de especialização, encontrando-se no corrente ano
lectivo a funcionar uma Pós-Graduação em Gestão de Recursos Humanos.
Sendo a única instituição de ensino superior público do Distrito, o IPG, em geral, e a
ESTG, em particular, desempenham um papel de extrema importância no processo de
formação dos jovens da região, constituindo um factor de desenvolvimento sustentável
de uma região interior, na qual é fundamental criar emprego e qualidade de vida às
populações, contribuindo naturalmente para tal um elevado grau cultural e científico dos
cidadãos.
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1.4.2 - Organização Interna
Tendo em conta os estatutos da ESTG, onde constam os órgãos que constituem a
Escola, os serviços existentes e ainda os gabinetes de apoio à Direcção da Escola,
entretanto criados, pode elaborar-se um esquema da organização interna da ESTG.
Figura 1 – Organização Interna da ESTG
(Fonte: Manual de Qualidade da ESTG)
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Escola Superior de Tecnologia e Gestão
2.A Qualidade
2.1 – A Importância da Qualidade
Nos dias de hoje as organizações têm de responder, a um crescente número de
exigências. As suas actividades mais importantes relacionam-se com a concepção de
produtos/serviços e com o seu próprio funcionamento. As organizações para darem uma
melhor resposta às exigências do mercado têm de conceber produtos/serviços melhores
e num menor espaço de tempo, contando com o envolvimento de toda a organização e
não se esquecendo que a Qualidade é cada vez mais determinante na competitividade
das organizações. É cada vez mais importante para a organização sobreviver no
mercado e evoluir, passando pela Qualidade, a qual é cada vez mais uma forma de
diferenciação. Dentro da organização, a Qualidade deve ser vista como um objectivo e
uma filosofia de toda a organização, existindo uma colaboração de todos.
O meio envolvente actual obriga as empresas a pensarem e produzirem Qualidade, isto
aplica-se a todo o tipo de empresas. A rápida transformação que se tem verificado na
sociedade, leva a que as empresas não se possam alhear, de forma alguma, da
problemática da Qualidade. A Qualidade tem um grande impacto na actividade das
empresas, permite-lhes aumentar a produtividade e melhorar a posição competitiva que
têm no mercado. Hoje em dia, é extremamente importante para as empresas colocarem
no mercado produtos/serviços de Qualidade, num curto espaço de tempo.
Se as organizações apostarem na Qualidade Total, garantem o envolvimento de toda a
organização no processo produtivo, e asseguram a melhoria contínua das actividades
desenvolvidas, conseguindo assim uma maior capacidade para darem resposta às
necessidades dos clientes e obtendo custos mais baixos.
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As organizações devem apostar em estratégias que vejam a Gestão da Qualidade como
um dos aspectos mais importantes para se ser competitivo. Para serem mais
competitivas e para darem uma resposta mais adequada às necessidades e exigências do
mercado, as organizações devem apostar em modelos de gestão participativa, tendo
como base o elemento humano e o desenvolvimento do trabalho em equipa. A
Qualidade é o caminho para a competitividade.
2.2 – Conceito de Qualidade
Definir um conceito tão abrangente como Qualidade é difícil. Dado o número de
possíveis alternativas disponíveis, não existe um consenso para encontrar uma definição
precisa para Qualidade. Alguns dizem que a Qualidade é um conceito subjectivo o qual
depende do gosto e hábitos de cada pessoa. De entre as várias definições, pode
considera-se a Qualidade de um produto ou serviço como a aptidão para satisfazer as
necessidades explícitas ou implícitas dos seus utilizadores. A Qualidade, segundo Juran
e Gryna (1991), também se pode definir como sendo as características do
produto/serviço, que não apresentam defeitos ou falhas e visam dar resposta às
necessidades dos utilizadores e assim proporcionar a satisfação em relação ao
produto/serviço adquirido.
Na perspectiva de Pires (2000), a Qualidade de um produto ou serviço está ligada a
dois aspectos fundamentais, um deles é a satisfação das necessidades e expectativas dos
consumidores e o outro é o facto de ser oferecida por um valor que o utilizador esteja
disposto a pagar. Podemos dizer que a Qualidade de um produto ou serviço, varia de
acordo com o grau de satisfação do seu utilizador, com as suas características e
desempenho técnico dos produtos/serviços, por aspectos relacionados, entre outros,
com a segurança, preço, durabilidade e prazos de entrega.
A Qualidade comporta componentes objectivas e subjectivas. Podemos dizer que nem
sempre é subjectiva, pois pode ser provado objectivamente, através da Certificação de
produtos/serviços e empresas.
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Devemos estabelecer um conjunto de acções sistemáticas e planeadas para dar um nível
de confiança adequado aos produtos/serviços, de modo a que estes atendam às
necessidades especificadas em termos de Qualidade. Quando isto se verifica estamos a
falar em Garantia da Qualidade, que pretende dar confiança na obtenção da Qualidade
requerida e que pretende garantir que a Qualidade desejada seja alcançada.
Segundo Pires (2000, pág. 21), devemos começar por definir ou especificar a Garantia
da Qualidade, para que esta possa existir, o que implica as seguintes divisões:
“A qualidade da concepção deve ser a medida do que o consumidor quer,
em termos funcionais, e em termos técnicos.
A qualidade do fabrico/prestação de serviço deve ser a medida em que o
produto/serviço esteja de acordo com as especificações.
A qualidade na utilização deve ser a medida em que o produto desempenhe
as tarefas ou preste os serviços que o utilizador espera dele.
Uma quarta divisão tem a ver com a qualidade relacional, medida da
eficácia dos contactos com os clientes (a qualidade é afectada por todas as
pessoas que contactam os clientes). Neste conceito, estão incluídos os
clientes internos”.
Na opinião do mesmo autor, as características da Qualidade podem ser divididas:
Características Funcionais, as que são directamente úteis ao consumidor e que
fazem com que o produto possa dar resposta às suas necessidades.
Características Técnicas, as que resultam da solução técnica encontrada.
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2.2.1 – Dimensões da Qualidade
Garantir a Qualidade não é fácil, porque os consumidores podem entender a Qualidade
de várias maneiras e porque a Qualidade assume de forma crescente uma maior
abrangência e utiliza conhecimento de diversas áreas. Na figura 2 podemos observar as
Dimensões da Qualidade.
Figura 2 – Dimensões da Qualidade
(Fonte: Pires 2000, pág. 20)
Observando a figura anterior, podemos concluir que os clientes ao escolherem os
produtos/serviços, têm em conta as suas características principais e secundárias, o
aspecto do produto, o preço, a garantia que lhe é dada relativamente à Qualidade
requerida, a assistência de que poderá beneficiar durante a vida do produto e o impacto
que os produtos/serviços têm no meio ambiente.
Segundo Fey e Gogue (1989), podemos agrupar as componentes da Qualidade nas
seguintes classes:
Características: agrupa as componentes da Qualidade, que não dizem
directamente respeito ao funcionamento do produto.
Desempenho Funcional: agrupa as componentes da Qualidade que dizem
respeito à função principal do produto.
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Disponibilidade: agrupa as componentes da Qualidade que fazem intervir o
factor tempo. É dividida em fiabilidade (período em que o produto funciona
correctamente) e manutibilidade (são os períodos de manutenção e de reparação dos
produtos). Na prestação de serviços, a disponibilidade está relacionada com a
capacidade para respeitar prazos.
Segurança: agrupa as componentes da Qualidade que relacionam a
segurança do produto com o que as pessoas dele esperam nesses termos. Exprime-se
em termos da probabilidade de acidentes.
Factores Sensoriais: agrupa as componentes da Qualidade que permitem o
conforto e prazer dos seus utilizadores.
A Qualidade no mesmo sentido do desempenho funcional, da fiabilidade, da segurança
e dos factores sensoriais positivos.
O conceito de Qualidade evoluiu ao longo dos tempos, passando a ser constituído pelas
seguintes fases:
1.Inspecção: actividades de medição, comparação e verificação.
2.Controlo da Qualidade: conjunto de actividades que visam analisar os
desvios e repor os parâmetros de processos nas condições desejadas.
3.Garantia da Qualidade: conjunto de actividades planeadas e sistemáticas que
de uma forma integrada podem garantir que a Qualidade desejada está a ser obtida ao
mínimo custo.
4.Gestão da Qualidade: actividades que coincidem com as da Garantia da
Qualidade mas em que é feita a sua integração na gestão global da empresa. Está em
todos os momentos de fabrico.
5.Qualidade Total: cultura da empresa capaz de assegurar a satisfação dos
clientes fornecendo-lhes produtos/serviços que satisfaçam as suas necessidades e
expectativas.
A Qualidade dos produtos/serviços, tem cada vez mais peso na tomada de decisões do
consumidor e, no futuro, provavelmente, poderá ser o primeiro factor de decisão. A
Qualidade não pode estar só presente no produto/serviço final, tem de estar presente no
seio da empresa e não ser só um objectivo.
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2.2.2 – Qualidade do Produto versus Qualidade do Serviço
Ao falar-se da Qualidade de produtos/serviços associamo-la sempre às necessidades dos
clientes, visto serem estes os destinatários dos respectivos produtos e serviços e os que a
avaliam. Já por várias vezes foi referida a Qualidade como a Qualidade de
produtos/serviços, por isso é importante clarificar as diferenças entre produtos e
serviços e entre a Qualidade de produtos e Qualidade de serviços.
Um produto, segundo Juran e Gryna (1991, pág. 11), é “o resultado de qualquer
processo. O produto é composto em diferentes graus por bens, software e serviços.
Bens caracterizam-se pela tangibilidade. O software está associado aos procedimentos
lógicos para executar tarefas e os serviços são os trabalhos executados para atender a
terceiros”.
A Qualidade de um produto deve ter em conta os elementos a seguir mencionados,
devendo a empresa identificar e apostar nos mais importantes, no mercado em que
compete, para assim ser a melhor. Segundo Pires (1999), existem vários elementos
importantes, na definição da Qualidade de um produto:
Desempenho: são as características principais, é a razão porque foi criado o
produto;
Características: são as características secundárias, as quais complementam
o funcionamento do produto, que ou são necessárias para cumprir as principais ou
satisfazer certas exigências dos clientes;
Conformidade: tem a ver com o cumprimento das especificações das
necessidades declaradas e é medida pelo número de defeitos que o processo de
produção possa apresentar;
Confiabilidade: é o desempenho ao longo do tempo, isto é, a probabilidade
de não apresentar falhas dentro de um determinado período de tempo;
Durabilidade: tem a ver com a vida útil do produto. Período de tempo em
que o cliente utiliza o produto antes de considerar que é melhor optar pela aquisição de
outro em vez de efectuar a sua reparação;
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Assistência Técnica: tem a ver com a rapidez, a capacidade, a facilidade de
reparação dos produtos e a forma como são feitas as reparações e a atenção dada ao
cliente;
Estética: são as características sensoriais, baseadas na preferência
individual em relação por exemplo à aparência, ao cheiro, ao toque.
Um serviço caracteriza-se por ser um bem intangível, e está relacionado com as
actividades que não têm como objectivo final produzir um bem material, mas sim
prestar um serviço directamente ao cliente.
Os serviços prestados pelas organizações são cada vez mais, e a concorrência é cada vez
mais feroz, logo se a empresa se quiser diferenciar tem de prestar serviços com um certo
nível de Qualidade. Por outro lado, os serviços são prestados e conhecidos pelos clientes
em tempo real, isto é, a avaliação dos serviços é feita no momento em que são
recebidos, o que faz com que a primeira impressão seja muito importante e que por
vezes pequenos detalhes façam a diferença e fidelizem o cliente.
No entanto, quando se opta pela diversificação dos serviços, deve-se pensar muito bem,
porque isso vai fazer com que a empresa passe a ter menos tempo para controlar todas
as suas acções, podendo existir um aumento do número de falhas, que levará à
insatisfação dos clientes e a que o mesmo não volte a procurar as serviços da empresa.
Podemos falar em três tipos de serviços: serviços diferenciados, são os que a empresa
fornece antes dos seus concorrentes, assumindo um carácter inovador; serviços
facilitadores, fazem parte dos serviços base e facilitam a vida dos clientes; e temos os
serviços de base, são a razão de ser da empresa e aqui o serviço tem de ser mesmo bom
senão está-se condenado ao fracasso.
A Qualidade dos Serviços é muitas vezes definida segundo as suas características, o
desempenho, a pontualidade, a cortesia, a simpatia e a ausência de erros do pessoal, bem
como o tempo de resposta e a reputação da empresa.
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Escola Superior de Tecnologia e Gestão
A Qualidade nos Serviços pode ser medida tendo em conta as seguintes ópticas:
QUALIDADE CONCEBIDA: tem a ver com aquilo que planeou para o cliente,
seguindo um conjunto de procedimentos.
QUALIDADE FORNECIDA: é a que a empresa consegue efectivamente
oferecer.
QUALIDADE PERCEBIDA: é a Qualidade que o cliente efectivamente percebe
e que vai motivar as suas escolhas.
A mais importante é sem dúvida a Qualidade Percebida, visto esta ser a que conta para o
cliente, pois a sua satisfação está ligada à coerência entre o que ele espera, o que lhe é
oferecido e o que realmente recebe.
Existe a ideia de que um bom serviço está relacionado com as pessoas, pois o serviço é
prestado por pessoas da organização, sendo consumido pelo cliente, tendo este contacto
directo com o prestador do serviço.
Balducci (2004) considera ainda que para uma gestão eficaz dos serviços, algumas
características específicas devem ser analisadas, assim como a intangibilidade, a
produção e consumo simultâneos, e a participação do cliente. Pois, a simultaneidade
entre produção e consumo e o grau de contacto entre cliente e organização são maiores
do que na produção de bens.
São enumerados no quadro apresentado alguns termos comparativos entre os produtos
ou serviços adquiridos:
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Quadro 1 - Diferenças entre produto e serviços
(Fonte: Elaboração Própria com base …)
No entanto, ainda que o conceito de Qualidade comporte diferentes abordagens na
estruturação da sua definição, a qualidade é um termo essencialmente técnico, que
envolve elementos básicos de um processo produtivo, como equipamento ou mão-de-
obra, e estratégias gerais da empresa, como definição da faixa de mercado onde actuar.
E é em relação a estes aspectos que pode ser desenvolvido o raciocínio que fundamenta
a importância da qualidade, que justifica o empenho em produzi-la, muito antes do que
apenas controlá-la.
PRODUTO SERVIÇO
Produto tangível, concreto Serviço intangível
Depois de adquiridos, permanecem com os
clientes
São consumidos no momento do seu
fornecimento
O cliente raramente se envolve na produção
O cliente é frequentemente envolvido nos
serviços, e normalmente participa do
fornecimento do serviço
São fabricados em especificações
basicamente estabelecidas
Embora tenham um padrão, dependem
directamente da interface fornecedor/cliente
e podem ser adaptados às necessidades dos
clientes
O produto adquirido pode ser devolvido
reparado ou trocado
O serviço uma vez fornecido, não pode ser
novamente trabalhado ou devolvido
O produto pode ser produzido e em stock,
estando disponível para entrega
Os serviços são “produzidos” no acto,
normalmente frente a frente com o cliente,
sendo altamente “perecíveis”. Além disso,
muitas vezes, só acontece com a percepção
do cliente (qualidade percebida)
Orienta-se pelo capital e/ou equipamento Orienta-se pelas pessoas
O resultado da produção está directamente
ligado ao planeamento e controle do projecto
de fabricação
O resultado da prestação de serviço depende
em grande parte do desempenho do
funcionário que presta serviço ao cliente
O cliente ao adquirir o produto pode analisá-
lo para decidir pela compra
O cliente de serviços compra “uma
promessa” que só vai ser efectivada após a
prestação do serviço
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2.3 – Controlo da Qualidade
O Controlo de Qualidade pode ser definido como sendo um sistema dinâmico e
complexo, que abrange todos os sectores da fábrica, de forma directa ou indirecta. O
controlo de qualidade é dinâmico porque apresenta uma evolução causada por
motivações internas e externas. Internamente, as partes do sistema o levam a alterações
significativas geradas por melhor qualificação de mão-de-obra, obtenção de novas
tecnologias que aperfeiçoam equipamentos, descoberta de materiais mais adequados,
desenvolvimento de métodos mais eficientes para a produção de bens e serviços. Por
outro lado como motivações externas, o sistema tende a acompanhar as modificações do
padrão de consumo, as alterações das preferências dos clientes, enfim, as mudanças nas
tendências de mercado. Como uma estrutura organizada, o sistema deve garantir que
suas partes se alterem e se tornem adequadas às novas situações, com o objectivo de
melhorar a qualidade do produto final e manter essa melhoria, operando em níveis
economicamente aceitáveis.
O Controlo de Qualidade abrange toda a fábrica, pois que, como se viu, a qualidade
depende de todos, é tarefa de todos. O sistema, portanto, não pode ser confundido com o
Sector de Controlo de Qualidade, que vem a ser a estrutura técnica de apoio à fábrica,
ou seja, o sector que desenvolve os meios e técnicas de se obter qualidade nos produtos
e serviços da empresa e os coloca à disposição de todos para o esforço pela qualidade
seja eficiente e produtivo.
O sistema envolve tanto os que têm acção directa sobre o processo produtivo, porque
sua acção tem reflexos directos sobre a qualidade do produto, quanto aqueles que têm
acção apenas indirecta, porque, ainda assim, suas actividades afectam a qualidade.
A Qualidade é controlada porque ela é fundamental para a empresa. E como um dos
aspectos essenciais a serem observados no produto, ela deve ser acompanhada de perto,
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avaliada, analisada, discutida e estudada. Além disso há factores relevantes que
requerem o controlo da qualidade, como:
O desgaste dos equipamentos sobre variações ao longo do tempo, afectando o
seu funcionamento;
Os materiais utilizados não são sempre homogéneos, apresentando uma ou outra
característica alterada;
A mão-de-obra instável, que por razões aparentemente irrelevantes sobre bruscas
alterações nos seus padrões de desempenho;
O método de trabalho, pode conduzir a situações que permitem mais de uma
acção a executar, naquele caso, naquele momento, induzindo às variações
observadas no processo ou no produto;
As pequenas alterações no ambiente de trabalho podem afectar o desempenho de
pessoas ou de máquinas ou modificar as condições de uso dos materiais em
geral.
Entre outros factores que fazem com que seja praticamente impossível obter completa
uniformização dos processos industriais, que dispensaria o controlo.
Portanto, qualquer um dos elementos básicos de um processo produtivo pode ser
alterado e, com isso, provocar reflexos negativos na qualidade do produto que, desta
forma, requer controlo e, consequentemente da má qualidade podem resultar prejuízos.
Assim, pensando em termos de minimização ou até da eliminação destes custos, a
qualidade precisa ser controlada. É preciso, portanto ter uma consciência colectiva para
a qualidade. Por sua importância, na verdade, a qualidade, muito antes de ser
controlada, precisa ser produzida. A produção da qualidade deve ser, na verdade a meta
prioritária da empresa. Afinal, se não for produzida, não há como se controlar a
qualidade.
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2.4 – Produção da Qualidade
Segundo Pires (2000, pág. 35), um Sistema da Qualidade é “o conjunto das medidas
organizacionais capazes de transmitirem a máxima confiança de um determinado nível
de qualidade aceitável está sendo alcançado ao mínimo custo”. Mais ainda, ele também
diz que “o sistema da qualidade é um subsistema da gestão porque atribui
sistematicamente recursos e responsabilidades, de modo a que a organização para a
qualidade se torne viável, efectiva e competitiva”.
O Sistema da Qualidade permite a organização e coesão dos diferentes procedimentos
da Qualidade na empresa.
A implementação de um Sistema da Qualidade prende-se com razões internas e
externas. A razão externa tem a ver com o facto de querer transmitir ao cliente, com a
máxima confiança, de que a Qualidade está a ser alcançada. A razão interna prende-se
com o facto de dar a máxima confiança, à gestão, que a qualidade está a ser obtida ao
mínimo custo.
Para além destas razões, podem ser apontadas outras para que a empresa implemente
um Sistema da Qualidade. Pires (2000, pág.43), aponta as seguintes:
“Clientes ou potenciais clientes exigem-no. Situação que se espera que aumente
nomeadamente a partir das grandes empresas, forças armadas, empresas
importadoras;
Os concorrentes já têm sistemas da qualidade e estão a usá-los com sucesso
como argumento comercial;
A posição competitiva está afectada ou mesmo comprometida pelos custos da
não qualidade (reparações, retoques, sucata, atrasos, reclamações…);
O uso de marcas de conformidade para os produtos exige um sistema formal da
qualidade (mesmo que não certificado);
A obtenção da certificação da Empresa (certificação do sistema) exige um
sistema da qualidade.”
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Uma outra razão tem a ver com o facto de reforçar e melhorar os canais de
comunicação, gerando informação precisa e rigorosa dentro de empresa, tendo efeitos
notáveis na eficiência global de toda a Organização.
Na abordagem de Pires (2000, pág. 45), “ uma empresa deve estabelecer um sistema da
qualidade com três objectivos básicos:
Estabelecer uma abordagem sistemática dos problemas (da concepção ao
fabrico e pós-venda);
Privilegiar as acções de prevenção em vez de confiar apenas nos resultados da
inspecção;
Fornecer a evidência objectiva de que a qualidade foi alcançada”.
O Sistema da Qualidade deve definir e abranger todos os aspectos relacionados com as
operações de uma Organização, desde a identificação das necessidades dos clientes,
design, planeamento, compras, produção, embalagem, stocks, distribuição e serviços,
juntamente com todas as actividades relevantes desenvolvidas dentro de cada uma das
funções.
O Sistema da Qualidade deve ser organizado fisicamente, a sua estrutura começa com a
identificação dos problemas que devem ser solucionados, a seguir definem-se os
objectivos e, numa terceira fase, temos a noção, na qual se definem vários aspectos tais
como responsabilidades, organização e administração do departamento do Controlo da
Qualidade, modo de implementação e planeamento das actividades de Qualidade,
formação dos recursos humanos, posicionamento hierárquico do sector da Qualidade e
definição do seu grau de autoridade, referir a ligação do sector da Qualidade com as
restantes áreas. A estruturação do Sistema da Qualidade integra também o planeamento
do sistema, que após a sua implementação sofre várias avaliações que permitem
encontrar o melhor resultado.
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2.4.1 – Concepção de um Sistema da Qualidade
Todas as empresas procuram fornecer produtos ou prestar serviços com um certo nível
de Qualidade, e como esta não aparece automaticamente, é necessário seguir certas
orientações.
Um Sistema da Qualidade é formalizado em três elementos:
Manual da Qualidade (MQ) – é o documento mais importante do sistema, que
contém as normas do sistema, onde se definem os princípios e se formulam os
objectivos para se cumprir os requisitos aplicáveis à Qualidade.
Manual de Procedimentos – é o conjunto de operações fundamentadas,
designadas instruções de trabalho, que em cada posto de trabalho, todos os dias,
aplicam as normas de Qualidade e a actualizam.
Planos de Qualidade, são documentos que definem onde, como e quem aplica as
actividades relacionadas com a Qualidade. Representam previsões de actuação
periódica, em diferentes áreas, necessárias ao controlo e verificação do sistema.
O pensamento teórico em torno da Qualidade defende estratégias de implementação de
um Sistema da Qualidade, baseadas na articulação entre, a Organização, os
trabalhadores e os gestores de topo, e toma como base um conjunto de pressupostos, a
que um Sistema da Qualidade deve obedecer, que a seguir são mencionados:
- É Mais Caro Produzir sem Qualidade do que com Qualidade: Aumentar a
Qualidade e diminuir os custos de produção são objectivos que se complementam, pois
produzir com baixa Qualidade pode ter custos, que em alguns casos, podem ser
superiores aos proveitos.
- A Qualidade é um Conceito Social: Os produtos possuem características
observáveis, que podem ser mais ou menos valorizadas, reconhecidas e desejadas. A
Qualidade dos produtos resulta sempre da avaliação que as pessoas fazem recorrendo às
suas ideias explícitas e implícitas. Para onde quer que olhemos deparamo-nos sempre
com pessoas movidas por diferentes vontades e orientadas por várias razões
- A Qualidade é um Problema de toda a Organização: A Qualidade só é
possível quando é uma visão de toda a Organização, pois a sua melhoria é uma
estratégia global. A Qualidade tem de ser estruturada, deve marcar a cultura da empresa
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e ser actualizada nas práticas diárias, nos diferentes postos de trabalho. Existe uma
relação entre os Sistemas da Qualidade e os restantes sistemas da Organização.
- A Qualidade Depende das Práticas de Participação das Pessoas na
Organização: A melhoria da Qualidade exige a participação activa de todas as pessoas
que trabalham na empresa e a criação de valores comuns que favoreçam os
comportamentos para com a Qualidade. A participação mais activa das pessoas nos
objectivos da Organização, diminui os conflitos e aumenta o envolvimento na resolução
de problemas.
- A Qualidade Depende das Culturas Organizacionais: Todas as
Organizações têm a sua cultura, traduzida num conjunto de crenças e valores. A
consciencialização das pessoas para a importância da Qualidade e a responsabilidade
pessoal na sua construção, é o maior recurso da empresa, e isto é feito através de acções
de formação e de participação, as quais vão facilitar a comunicação e partilha de
valores. Nas Organizações em que a Qualidade é elevada, normalmente existe uma
estrutura Organizacional mais simples, com menos burocracia e com trabalhadores
orgulhosos de fazerem parte desta Organização.
Qualquer Organização ao implementar um Sistema da Qualidade deve ter presente os
aspectos referidos.
2.4.2 – Modelo de um Sistema de Gestão da Qualidade Baseado em
Processos
O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), é um conjunto de actividades planeadas e
realizadas pela empresa que garantem o fornecimento de produtos/serviços em
conformidade com as especificações definidas pelos clientes.
Para que uma Organização funcione bem, ela tem de identificar e gerir diversas
actividades interligadas. Uma actividade que usa recursos e que é gerida com o fim de
possibilitar a transformação de entradas em saídas, pode considerar-se um processo.
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A aplicação de um sistema de processos na empresa, em conjunto com a identificação e
interacção desses processos e a sua gestão é considerada uma abordagem por processos,
e uma das vantagens da aplicação desta abordagem, é que permite fazer o controlo
contínuo sobre a ligação entre os processos individuais dentro do sistema de processos e
também a sua combinação e interacção.
A norma ISO (International Standard Organization) 9001:2000 – Sistemas de Gestão da
Qualidade – Requisitos, apresenta o Modelo de um Sistema de Gestão da Qualidade
Baseado em Processos, que pode ser visualizado na Figura 3, e cuja meta é a melhoria
contínua.
Figura 3 – O Modelo da Norma ISO 9001:2000
(Fonte: Dossier da Disciplina de Gestão da Qualidade do Curso de Marketing do ano lectivo 2005/2006)
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O que este modelo pretende é descrever os movimentos regulares das principais
actividades da organização e as suas interacções, identificar os dados de entrada,
processá-los e transformá-los em dados de saída e garantir que forneçam o valor
esperado. A empresa identifica os aspectos que os clientes consideram mais importantes
num produto, e no sentido de satisfazer as suas exigências, esses aspectos são tidos em
conta na elaboração dos produtos. Mais tarde, analisando a satisfação do cliente
relativamente ao produto fornecido, é feita a medição, a análise e a Melhoria da
Qualidade.
Se a empresa implementa Sistemas de Gestão da Qualidade a nível interno, significa
que opera segundo certas normas. O Sistema de Gestão da Qualidade é concebido de
acordo com uma das Normas ISO 9000. A avaliação do sistema é obtida através da
Certificação, que não é mais do que o reconhecimento que a empresa certificada, tem
um sistema que foi avaliado e aprovado, por uma entidade acreditada, com base em
normas estabelecidas pela normalização, isto é, a empresa está em condições de
fornecer um determinado nível de Qualidade pelo Sistema de Gestão da Qualidade.
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3.Sistemas de Gestão da Qualidade na Educação
3.1- A Qualidade nos Serviços
O resultado final de um serviço é sempre um sentimento. Os clientes ficam satisfeitos
ou não conforme as suas expectativas. Portanto a qualidade do serviço é variável de
acordo com o tipo de pessoa. Observa-se que os serviços possuem dois componentes de
qualidade a observar: o serviço, propriamente dito (Qualidade Fornecida), e a forma
como é percebido pelo cliente (Qualidade Percebida). (Balducci, 2004).
A qualidade do serviço, entendida como qualidade percebida do serviço, resulta da
avaliação que é feita pelo cliente e que para diversos autores é mais difícil de fazer
relativamente aos serviços, do que relativamente aos bens. Esta dificuldade é justificada
por dois motivos: um, pelo facto do cliente avaliar a qualidade do serviço não somente
pelo resultado do serviço, mas também pela avaliação do processo de prestação do
serviço; e outro, que se prende com o menor número de características experienciais que
integram uma oferta de serviço, como o facto de certos atributos que apenas são
conhecidos após a compra do bem ou durante o seu consumo.
A Qualidade Percebida do Serviço é o grau e a direcção da discrepância entre as
expectativas e as percepções dos consumidores. A qualidade é percebida pelos clientes
através da comparação que estes fazem entre expectativas e experiências, relativamente
a uma série de dimensões da qualidade. Não é mais que uma forma de atitude
relacionada com, mas não equivalente à satisfação, e resulta da comparação entre
expectativas e percepções de desempenho.
Os clientes avaliam a qualidade do serviço relativamente a uma série de atributos que
podem ser caracterizados numa de duas dimensões: a dimensão técnica, relacionada
com o resultado do serviço, e a dimensão funcional, relacionada com o processo. A
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dimensão técnica da qualidade é constituída por aquilo que os clientes recebem nas suas
interacções com a empresa, é o resultado da prestação do serviço. A dimensão funcional
da qualidade encontra-se na forma como o cliente experimenta e recebe o serviço.
3.1.1- Indicadores da Qualidade
A análise das medições da qualidade exige um conjunto de categorias que têm de estar
sempre presentes na avaliação da qualidade de serviço. Essas categorias são: a medição
da qualidade do ponto de vista dos clientes, a medição da qualidade no processo, a
medição da qualidade dos recursos humanos e a medição financeira da qualidade.
3.1.1.1- Indicadores do Ponto de Vista dos Clientes
Identificar e medir as necessidades dos clientes (internos ou externos) envolve duas
fases. A primeira em que se determinam as necessidades e desejos dos clientes, só
depois é possível executar a segunda fase de medição das percepções da qualidade.
Os indicadores de qualidade do ponto de vista do cliente devem constituir o ponto de
partida e o ponto de chegada dos programas de qualidade. O ponto de partida, para
revelar as melhorias que o cliente deseja, e o ponto de chegada para avaliar a resposta
do cliente às melhorias implementadas.
A medição da Qualidade do ponto de vista dos clientes pode assumir diversas formas,
nomeadamente, análise de reclamações, conversas com empregados de primeira linha
(aqueles que contactam directamente com os clientes) e análise do incidente crítico bem
como questionários de satisfação dos clientes, taxas de chamadas de serviço (e seu
conteúdo) e o nível de desempenho dos departamentos dentro da organização.
Medir a satisfação do cliente continua a ser uma tarefa complexa. Quando esta
informação é baseada apenas nos comentários e reclamações voluntárias dos clientes, é
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necessário ter em consideração algumas limitações. A generalidade das opiniões
(voluntárias) dos clientes provém de indivíduos excessivamente satisfeitos ou
excessivamente decepcionados com a prestação do serviço. A maioria dos
consumidores portugueses não tem o hábito de reclamar, mesmo quando sujeitos a más
experiências de serviço, talvez por não esperar resultados dessas mesmas reclamações.
Em vez de o fazer, apenas relatam o ocorrido aos seus amigos (passa – palavra).
Apresentamos no quadro 2 alguns exemplos de indicadores que podem ser recolhidos
nesta categoria de medição da qualidade do serviço.
Quadro 2 – Indicadores do ponto de vista dos clientes
(Fonte: Pinto 2003, pág. 65)
3.1.1.2- Indicadores da Qualidade no Processo
A informação sobre a qualidade do serviço recolhida na perspectiva do cliente deve ser
traduzida em especificações concretas do processo, naquilo que a empresa deve fazer
para responder às expectativas dos clientes. Desta forma, uma melhoria verificada no
processo, reflecte-se numa melhoria da satisfação das necessidades dos clientes.
A medição da qualidade no processo é muito útil para a gestão da qualidade do serviço.
Por um lado, pelo facto de os indicadores recolhidos no processo se relacionarem com
aspectos concretos que podem ser geridos, isto é, analisados e alterados. Por outro,
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porque esta medição ao ser feita com maior frequência do que a medição de qualidade
junto dos clientes, permite a obtenção de informação oportuna para o programa de
melhoria da qualidade.
No quadro 3 encontram-se alguns exemplos de indicadores de qualidade no processo.
Quadro 3 – Indicadores da qualidade no processo
(Fonte: Pinto 2003, pág.67)
3.1.1.3- Indicadores da Qualidade dos Recursos Humanos
A medição da qualidade na perspectiva dos clientes deve ser traduzida, à semelhança do
que se advoga para a medição da qualidade no processo, em competências e
desempenhos específicos dos recursos humanos. Esta interpretação de qualidade em
termos de capacidades técnicas, humanas ou outras, é tanto mais importante quanto
mais relevantes forem os recursos humanos para a prestação do serviço.
Apesar da categoria de medição da qualidade dos recursos humanos não ser considerada
de forma independente, ela é justificada pela importância dos recursos humanos na
generalidade das prestações dos serviços.
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Os indicadores da qualidade dos recursos humanos dão-nos informação tão diversa
como os níveis de desempenho de qualidade, as melhorias verificadas no desempenho e
na qualidade dos colaboradores, bem como as percepções diversas dos recursos
humanos.
Uma medição da qualidade dos recursos humanos pode, em alguns serviços,
caracterizar a capacidade da organização para continuar a melhorar e a criar valor
através do seu potencial de aprendizagem e inovação.
Quadro 4 – Indicadores da Qualidade dos Recursos Humanos
(Fonte: Pinto 2003, pág.68)
3.1.1.4- Indicadores Financeiros da Qualidade
A qualidade solicitada e esperada pelos clientes deve ter correspondência num conjunto
de especificações do processo, serviço e competências dos recursos humanos. Esta
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ligação tem igual tradução num conjunto de custos e benefícios, através daquilo que
designamos a medição financeira da qualidade. Assim, esta categoria de indicadores de
qualidade não é mais do que a agregação de todos os indicadores que são susceptíveis
de tradução monetária.
A principal virtude desta medição da qualidade é a sua inteligibilidade por um conjunto
grande de pessoas internas (trabalhadores, gestores intermédios e de topo, accionistas)
ou externas (investidores e entidades financeiras) à organização. No entanto, a sua
utilidade estende-se para além desta. Ela permite aferir da eficiência das melhorias da
qualidade implementadas através da contabilização dos custos de prevenção e de
melhoria.
Quadro 5 – Indicadores Financeiros da Qualidade
(Fonte: Pinto 2003, pág. 69)
O estudo da medição da qualidade do serviço leva-nos à clarificação do conceito de
qualidade percebida do serviço e consequentemente das dimensões dessa mesma
qualidade. No entanto, não permite evidenciar qualquer distinção existente entre
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diferentes tipos de serviços. Pois, mais que as exigências de competitividade, são as
características da operação que ditam formas diferentes de avaliar a qualidade.
Os investimentos em melhorias de qualidade não se traduzem em retorno consistente
num curto prazo, mas apenas num médio e longo prazo. Os clientes não percepcionam
essas melhorias de forma imediata, efeito desfasado que é tanto mais reforçado quanto
maior for o ciclo de compra. Assim, a gestão precisa de definir as medições através das
quais o progresso dessas iniciativas possa ser avaliado.
3.2- A Qualidade no Ensino Superior
O conceito de qualidade surgiu associado ao controle da qualidade na produção e ao uso
da inspecção de produtos acabados. Num segundo momento, este conceito evoluiu do
controlo localizado para a acção de garantia da qualidade, quando houve o
entendimento de que é fundamental ter qualidade desde a fase de projecto de um
produto até o uso deste pelo consumidor. Passando, a seguir, pela incorporação da ideia
da qualidade percebida pelo cliente, ou seja, não existe produto de qualidade se ele não
atende ao mercado. A evolução para a qualidade total caracterizou-se pela busca do
aperfeiçoamento constante, pelo cuidado com os detalhes, pela administração
participativa, pelo comprometimento da alta direcção, pelo facto de não aceitar erros,
pela cooperação em todas as áreas da organização, pelo enfoque total no cliente e pelo
compromisso de fazer bem.
As organizações modernas pautam-se por uma gestão orientada para a Qualidade, em
que a melhoria contínua é a chave para a sua sobrevivência e crescimento, pois a
velocidade com que as mudanças vêm ocorrendo exige das organizações flexibilidade e
desprendimento.
No sentido de convergir esforços em busca da excelência académica, surge o
movimento pela Gestão da Qualidade Total no Ensino Superior, baseado no sucesso
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desta abordagem no meio empresarial, como uma filosofia que venha a promover
mudanças positivas no campus a somar aos esforços da corrente pela avaliação
institucional.
As Escolas de Ensino Superior, são um universo de ideias e acções em prol do saber,
geram vários produtos e serviços e desempenham diversas funções, com várias e
diferenciadas finalidades para atender as necessidades do seu principal cliente, o aluno.
Mesmo tendo como produto final o ensino, deve desenvolver a investigação e a
cooperação com o exterior de forma que os resultados se reflictam sensivelmente na
melhoria do aprendizado do aluno e na qualidade do profissional que se prepara para o
mercado de trabalho.
No entanto, estas organizações que se caracterizam pela grande amplitude de
conhecimento de diferentes áreas do saber, apresentam uma estrutura organizacional
diferenciada, onde se evidencia a sua complexidade.
Determinados factores que caracterizam a actividade académica, no desempenho de
suas funções, tais como individualidade, excesso de autonomia e estrutura
departamental, ocasionam um sistema adverso à avaliação, mudanças e trabalho em
equipa.
Para que haja uma mudança no sistema organizacional actual, deve-se trabalhar
inicialmente a cultura organizacional, com a finalidade de se estabelecer um novo
paradigma em prol da qualidade e produtividade na educação superior. Sensibilização,
motivação, liderança, paciência, comprometimento e trabalho em equipa são
ingredientes fundamentais neste processo.
Cada instituição deve ter um programa próprio de Gestão da Qualidade, devido à
natureza das suas actividades, escolhendo os objectivos específicos a atingir com vista
ao cumprimento da missão assumida e a identificar os seus pontos fortes e
oportunidades de melhoria, implementando um modelo de gestão orientado para a
qualidade no ensino.
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As instituições de ensino superior que pretendem atingir a excelência nos seus serviços
por meio de um sistema de gestão da qualidade devem reunir as seguintes
características:
Objectivo centrado no aluno;
Forte liderança;
Visão estratégica dos valores, missão e objectivos, claramente definidos e
disseminados;
Plano político - pedagógico oriundo da visão estratégica e definido pelo
consenso da equipa de trabalho;
Clima positivo de expectativas quanto ao sucesso;
Forte espírito de equipa;
Equipa de trabalho consciente do papel que desempenha na organização, bem
como das suas atribuições;
Investimento na capacidade e trabalho de equipa;
Planeamento, acompanhamento e avaliação sistemática dos processos;
Preocupação constante com inovações e mudanças.
A qualidade é uma questão de opção de todos e de cada um. É uma questão de
sobrevivência e respeito pelas pessoas envolvidas no processo de ensino/ aprendizagem.
A busca da melhor qualidade está vinculada à fidelidade da instituição à própria missão,
visão e objectivos. Vendo a qualidade como uma propriedade ou um conjunto de
propriedades de um produto ou serviço que o torna adequado à missão de uma
organização comprometida como o pleno atendimento das necessidades de seus
clientes. As escolas necessitam de metodologias de gestão que representem a base para
o acompanhamento e para a avaliação das práticas de melhoria, contemplando as
características de excelência em serviços e, ao mesmo tempo, levando a uma maior
legitimidade social da instituição.
Dos princípios para o Ensino Superior, surgiram os conceitos: o estabelecimento da
Missão, busca contínua da Qualidade, que envolve os seguintes passos:
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Identificação dos clientes: os clientes/fornecedores internos e externos são:
alunos, professores, funcionários técnico - administrativos, governo, sociedade, órgãos
externos de fomento à I&D, outras universidades, institutos de I&D, empresas,
produtores, os quais assumem o papel de clientes ou fornecedores, internos ou externos,
ou de ambos dependendo da situação específica que envolve as operações do processo
de produção e disseminação do conhecimento. Isto acontece desde a concepção da ideia
(projecto) até o seu resultado (projecto concluído e divulgado, definindo como cliente o
potencial usuário, a instituição, pessoa, comunidade que receberá os benefícios deste
produto ou serviço e como fornecedor, o cliente do processo anterior).
Reconhecimento do processo: lembrando-se que processo: é um conjunto de
causas que produzem um efeito. Isto equivale a dizer que um processo é constituído por
pessoas, equipamentos, materiais, métodos, combinados de modo a produzirem algo
(material ou não). O processo de produção e disseminação do conhecimento envolve as
seguintes áreas: Académica – investigadores, professores, alunos e funcionários técnico
-administrativos afectos nas suas respectivas subunidades (departamentos académicos,
coordenações de cursos de graduação e pós-graduação e órgãos suplementares),
Institucional – A administração central, gabinete do director e Direcções dos Centro de
ensino, as quais são responsáveis pelo estabelecimento das políticas de ensino; Gerência
– compreende as subunidades, biblioteca central e sectoriais, laboratórios de ensino,
laboratórios de informática, órgãos de divulgação e gabinetes de projectos. Prestam
serviços de apoio a produção e difusão do saber. Cada uma destas áreas exerce um papel
específico na organização, mas devem actuar em sintonia, com procedimentos
uniformes e integrados.
Enfocando a Organização como um sistema: partindo-se da ideia que as
barreiras encontram-se no sistema e não nas pessoas, ao visualizar-se o processo de
produção e disseminação do conhecimento, sob um enfoque sistémico, significa
promover a integração das áreas académicas, institucional e da gestão, incentivando a
convergência de esforços de modo corporativo, objectivando o estabelecimento de
políticas que integrem as diferentes áreas do saber a vocação regional das Instituições
de Ensino Superior (IES), evitando-se dessa forma a ausência ou duplicidade de
processos e funções que causam o desperdício e o dobro do trabalho;
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Usando a análise sistemática: a análise sistemática dos dados (ou
informações), que integram o processo é feita através do uso de várias ferramentas e
técnicas de qualidade, que ajudam a identificar e avaliar de forma sistemática os
processos, produtos e serviços visando a melhoria contínua destes.
3.2.1- Norma ISO 9001:2000 – Requisitos para as Organizações Educativas
Um bom ponto de partida para determinar os requisitos do cliente é sugerido pelo 1º
Projecto de Norma, “Sistemas de gestão de qualidade – Requisitos particulares para a
aplicação da Norma ISO 9001:2000 para as organizações educacionais”, onde os
clientes são os alunos de uma instituição de ensino:
1. O desenvolvimento intelectual;
2. A qualificação profissional;
3. O desenvolvimento de competências;
4. A promoção da sociabilidade;
5. O desenvolvimento da cidadania.
A abordagem do SGQ direcciona a organização a identificar os principais processos
necessários à realização do sistema; definir as suas entradas e saídas; estabelecer as suas
ligações permitindo o fluxo de informação e material; controlar, fornecer recursos;
promovendo assim a melhoria contínua, tanto individual de cada processo, como do
sistema como um todo cooperando com a política da qualidade e objectivos da
qualidade da organização e promovendo a satisfação do cliente.
Como sugere a Norma ISO 9000:2000, a abordagem para desenvolver e implementar
um sistema de gestão da qualidade consiste de várias etapas, apresentadas a seguir:
a) Determinação das necessidades e expectativas dos clientes e das outras partes
interessadas;
b) Estabelecimento da política da qualidade e dos objectivos da qualidade da
organização;
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c) Determinação dos processos e responsabilidades necessários para atingir os
objectivos da qualidade;
d) Determinação e fornecimento dos recursos necessários para atingir os objectivos da
qualidade;
e) Estabelecimento dos métodos para medir a eficácia e eficiência de cada processo;
f) Aplicação dessas medidas para determinar a eficácia e eficiência de cada processo;
g) Determinação dos meios para prevenir não - conformidades e eliminar suas causas;
h) Estabelecimento e aplicação de um processo para melhoria contínua do SGQ.
A norma recomenda ainda a aplicação de certas medidas para todos os processos:
Planear: estabelecer os objectivos e processos necessários para entregar
resultados de acordo com os requisitos;
Fazer: implementar os processos;
Verificar: analisar os processos e relatar os resultados;
Agir: tomar acções para promover continuamente a melhoria do desempenho do
processo.
Sugerir uma proposta de acções da qualidade com base num modelo de excelência,
provavelmente, é mais fácil do que a implantar. Se observados os factores políticos,
legais, administrativos e, principalmente, humanos, compreende-se que são muitas as
barreiras entre a gestão possível e a ideal. Apesar dessa complexidade, não procurar a
excelência condena as escolas, quase sempre, ao desperdício, à ineficiência e ao não
atendimento das necessidades da sociedade.
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4.A Qualidade na ESTG
O Sistema de Gestão de Qualidade implementado na Escola Superior de Tecnologia e
Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), encontra-se baseado na
Norma ISO 9001:2000, de forma a garantir o nível desejado de satisfação dos seus
principais clientes, os alunos.
Consciente do compromisso que assumiu, a gestão de topo da Escola é representada
pela Direcção, tendo como principais responsabilidades:
Definir e divulgar a política da Qualidade, e proceder à sua análise permanente,
através do desempenho do sistema e do acompanhamento dos objectivos
estabelecidos;
Aprovar os documentos do sistema;
Assegurar a implementação do sistema de gestão da qualidade em conformidade
com a Norma ISO 9001:2000, a legislação aplicável e os Regulamentos
Internos;
Melhorar continuamente, a eficácia da gestão;
Comunicar à organização a importância de ir ao encontro dos requisitos dos
clientes e outras partes interessadas;
Conduzir as análises críticas pela gestão;
Assegurar a disponibilidade dos recursos;
Assegurar o estabelecimento de canais de comunicação apropriados dentro da
organização.
4.1- Missão, Visão, Valores e Política da Qualidade
Ao estabelecer a missão, a visão e os valores, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão
pretende, por um lado, explicitar a razão de ser da existência da organização e, por
outro, definir um conjunto de intenções e de aspirações para o futuro, de forma a servir
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de inspiração para todos os membros da organização, através da aplicação de padrões de
conduta, que norteiam a actuação das pessoas na organização.
A Política de Qualidade tem em conta os princípios estabelecidos pela Norma ISO
9001:2000 e os princípios orientadores adoptados pela Escola, que são incorporados na
cultura da Instituição e traduzem-se na procura constante da satisfação dos alunos e na
permanente melhoria da qualidade dos serviços que presta.
Assim, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão define como:
Missão – Formar profissionais de elevado nível, privilegiando o “saber”, o “saber fazer”
e o “saber ser”, estimulando o desenvolvimento regional.
Visão – Ser reconhecida como um centro de excelência.
Valores:
1. Proximidade com o aluno e comunidade envolvente
2. Motivação
3. Trabalho em equipa
4. Inovação e proactividade
5. Ética e profissionalismo
6. Responsabilidade
7. Orgulho de pertencer à organização
A Política da Qualidade da ESTG fundamenta-se na:
Busca contínua da melhoria e excelência no processo de ensino/aprendizagem e na
formação integral do ser humano, promovendo os valores indispensáveis ao
exercício da cidadania e ao exercício de uma profissão;
Satisfação dos clientes internos e externos.
Para tal a Direcção da ESTG, com o apoio de todos os colaboradores da Escola, pois a
responsabilidade pela Qualidade não é exclusiva do Gestor da Qualidade, compromete-
se a:
Promover uma boa formação de base e uma sólida formação especializada
que permita aos seus diplomados enfrentar com sucesso um ambiente
profissional altamente competitivo e em rápida evolução;
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Assegurar a formação e motivação dos seus colaboradores com vista a
alcançar a excelência do seu desempenho e a qualidade do ensino e
aprendizagens;
Proporcionar a toda a comunidade escolar bom ambiente de trabalho;
Assegurar a melhoria da gestão administrativa e da comunicação interna;
Estabelecimentos de parcerias com o mundo empresarial e outras
organizações nacionais e transnacionais;
Cumprimento dos requisitos que garantam a qualidade/excelência da
prestação dos serviços e respeito pela legislação e normas aplicáveis;
Cumprir com os requisitos e melhorar continuamente o seu Sistema de
Gestão da Qualidade;
Implementar, rever e comunicar a Política e os Objectivos da Qualidade a
toda a organização, para que todos possam compreender e cumprir com os
compromissos que ela estabelece.
4.2- O Sistema de Gestão da Qualidade da ESTG
O Sistema de Gestão da Qualidade da ESTG abrange:
Educação superior e pós graduada nas áreas de tecnologia e gestão,
Formação tecnológica pós-secundária
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Os documentos constituintes do Sistema de Gestão da Qualidade encontram-se
organizados da seguinte forma:
PROCEDIMENTOS
PROCEDIMENTOS
Figura 4 - Estrutura Documental
(Fonte: Manual da Qualidade da ESTG)
Manual da Qualidade (MQ) – Documento que especifica o sistema de gestão da
qualidade de uma organização. O MQ é preparado pelo Gestor da Qualidade e aprovado
pelo Director da ESTG.
Processos – conjunto de actividades inter-relacionadas e inter-actuantes que
transformam entradas em saídas.
4.3- Abordagem por Processos
O SGQ é entendido como um conjunto de processos inter-relacionados e inter-
actuantes. É propósito desta metodologia de abordagem por processos, propiciar um
enquadramento que permita a compreensão das suas interacções e a determinação e
prossecução efectua-se regularmente, de acordo com o definido no Mapa de
MQ
PROCESSOS
IMPRESSOS
REGULAMENTOS, LEGISLAÇÃO
PROCEDIMENTOS, INSTRUÇÕES DE TRABALHO
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Indicadores, com o objectivo de melhorar continuamente a eficiência e a eficácia dos
processos e, consequentemente, da organização.
A descrição de processos foi realizada tendo por base uma matriz de processo onde são
definidos:
Os inputs e os outputs de cada processo;
As actividades principais associadas a cada processo;
As funções que executam e/ou participam em cada uma das actividades;
Os registos resultantes de cada actividade;
O(s) indicador(es) de desempenho do processo.
As oportunidades de melhoria identificadas nos vários processos, são convertidas em
planos de melhoria.
Os processos identificados e descritos de acordo com esta metodologia foram agrupados
em quatro grupos:
1. Processos de Gestão – relacionados com a gestão da organização.
2. Processos Operacionais – directamente relacionados com a execução dos serviços.
3. Processos de Suporte – dão suporte aos processos operacionais, assegurando os
recursos necessários.
4. Processos de avaliação e feedback – dão informação sobre a satisfação dos clientes
e outras partes interessadas.
Um dos benefícios da abordagem por processos é permitir uma maior transparência nas
actividades realizadas, pois prevê uma gestão horizontal, promovendo comunicação e
interacção entre diferentes unidades funcionais e uniformizando os objectivos a atingir.
Cada processo tem um gestor, identificando na matriz de processo, que é responsável
pelo seu desempenho e por concretizar os seus objectivos, ao qual cabe:
Assegurar a implementação do processo;
Promover a melhoria do desempenho do processo;
Assegurar a medição do(s) respectivo(s) indicador(es);
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Assegurar a realização das actividades, de acordo com o descrito na matriz de
processo, mantendo-a actualizada;
Responder pelo processo em auditoria.
O conjunto de processos que caracterizam os serviços da ESTG e o seu sistema de
gestão da qualidade, encontram-se representados num mapa de processos, apresentado a
seguir.
Requisito
s Clie
nte
s
Satisfa
ção C
liente
s
Gestão do Sistema
Gestão Financeira InformáticaGestão RH
Aquisição de Bens
e Serviços
Formação de Alunos
Criação
de CursosDivulgação
Ensino
AprendizagemInserção na Vida
Activa
Manutenção
Avaliação e Qualidade
Figura 5 - Mapa e Interacção dos Processos
(Fonte: Manual da Qualidade da ESTG)
Toda a rede de processos é estabelecida tendo em conta aquilo que constituem os
requisitos dos clientes, com vista à sua satisfação.
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4.3.1- Descrição dos Processos
Nos Processos de Gestão, obviamente relacionados com a gestão da organização,
temos:
A Gestão do Sistema, com o objectivo de assegurar a conformidade do Sistema
de Gestão da Qualidade com os requisitos da Norma ISO 9001:2000, avaliar a sua
eficácia e promover a melhoria contínua do desempenho.
Nos Processos Operacionais, que vão de encontro aos serviços prestados pela ESTG
aos seus clientes mais directos, os alunos, encontramos processos tal como o são:
A Criação de Cursos, com o objectivo de criar novos cursos, alterar planos de
estudos e elaborar/gerir conteúdos programáticos das unidades curriculares dos cursos.
A Divulgação com o objectivo de divulgar a ESTG e actividades nela
promovidas ou nas quais participa.
O Ensino/Aprendizagem, que tem como objectivo fazer a distribuição/dispensa
do serviço docente, elaborar horários, gerir alunos, planear e implementar acções de
ensino/aprendizagem, calendarizar avaliações e realizar estágios curriculares.
A Inserção na Vida Activa, com o intuito de inserir Estudantes, Diplomados e
Ex-Estudantes da ESTG na sua vida Activa. Assim como realizar o acompanhamento
no percurso profissional de formação e expectativas actuais e futuras, após a conclusão
do curso.
Nos Processos de Suporte, que dão apoio aos processos operacionais, são:
A Aquisição de Bens e Serviços, designada pela compra desses mesmos bens e
serviços.
A Informática, que gere a infra-estrutura e o parque informático da Escola.
A Manutenção, com o objectivo de gerir a manutenção de instalações e
equipamentos, necessária ao bom funcionamento da Escola.
A Gestão de Recursos Humanos, que procura adequar o desempenho do pessoal
docente e não docente às necessidades da Escola.
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A Gestão Financeira, para garantir os recursos necessários à actividade da
escola, prestar informação financeira exigida e garantir a correcta execução e controlo
orçamental.
E finalmente nos Processos de Avaliação e Feedback:
A Avaliação e Feedback, que se fundamenta em caracterizar os alunos e a sua
satisfação, obtendo assim as respostas necessárias para continuar a ter serviços com
mais qualidade.
4.3.2- Os Indicadores da Qualidade na ESTG
Após uma análise de todos os processos integrantes deste Sistema de Gestão da
Qualidade, os indicadores da Qualidade permitem relatar os resultados procurados pela
instituição com o objectivo principal de satisfazer e responder às expectativas dos seus
clientes.
Este não é de todo o fim de todo um estudo da Qualidade na Escola, os indicadores
tanto demonstram os objectivos já atingidos como apresentam aspectos nos quais é
necessário continuar este trabalho.
A partir destes indicadores surgem propostas de acções da qualidade, com base na
política da qualidade com que a instituição se comprometeu inicialmente, promovendo
continuamente a melhoria no desempenho de todos os processos. (Anexo 1)
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4.4- Trabalho Desenvolvido
Durante todo o percurso de Estágio decorrido na Escola Superior de Tecnologia e
Gestão da Guarda, efectuei as seguintes tarefas:
- Análise ABC dos fornecedores, que visa a divisão dos fornecedores em três
grupos;
- Cálculo de indicadores e recolha de informação para diversos processos do
SGQ;
- Controlo de pagamento de clientes;
- Circularização de dívidas de clientes.
Sendo assim, de forma a especificar pormenorizadamente o trabalho realizado no
âmbito do Sistema de Gestão da Qualidade passo a evidenciar os procedimentos
adoptados.
Num primeiro contacto com esta realidade, foi-me pedido que fizesse uma análise e
classificação ABC dos fornecedores da ESTG. Assim com a ajuda das funções do
programa Excel, antes de proceder de imediato à classificação de qualquer fornecedor,
foi feita inicialmente uma reorganização dos fornecedores por ordem decrescente, do
que apresentava maior até ao menor valor transaccionado. Para de seguida proceder ao
cálculo de percentagem dos custos com cada fornecedor comparado ao total dos custos.
E finalmente definir uma fórmula para atribuir uma classificação dos fornecedores.
(Anexo 2)
Com os principal objectivo, relacionado com a facilidade e precisão que a direcção terá
para apurar e controlar os seus custos reais das actividades da organização, fazer um
levantamento sobre a oportunidade para eliminar desperdícios, melhorar a base de
informações para tomada de decisões, e estabelecer um conjunto de indicadores capaz e
medir a eficiência e a eficácia sob aspectos comerciais e financeiros.
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Depois de num primeiro momento identificar os fornecedores mais importantes no que
respeita ao volume de vendas (A), estes foram depois submetidos a um processo de
avaliação numa escala de 0 a 5. (Anexo 3)
No que diz respeito ao controlo de pagamento de clientes, foi necessária informação
recolhida ou conferida através do programa Sophia, quer na vertente de Tesouraria,
Recursos Humanos e Alunos. O objectivo era o de nos certificarmos da sua situação de
tesouraria perante a Escola e proceder com as acções necessárias, afim de regularizar as
dividas desses mesmos clientes.
Figura 6 – Print Screen do programa Sophia
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Quanto ao trabalho realizado no âmbito do SGQ, foi feita uma recolha de informação
para efectuar o cálculo de indicadores para os diversos processos, principalmente para o
processo ensino/aprendizagem, como por exemplo:
A taxa de execução das aulas,
A taxa de substituição das aulas (Anexo 4);
A taxa de alunos avaliados,
Taxa de aprovação (vs. Alunos inscritos),
Taxa de aprovação (vs. Alunos avaliados) (Anexo 5);
Entre outros.
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A par do cálculo de todos estes indicadores, havia uma série de dados, inclusive
referentes à formação de todos os colaboradores da Escola, que era necessário introduzir
no programa INQNET, permitindo assim um acesso mais rápido e simples a toda a
informação da Escola no que respeita à Qualidade.
Figura 7 - Print Screen do programa INQ.NET
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Conclusão
A experiência é um factor preponderante no mundo do trabalho. Torna-se
imprescindível, portanto, que a aluna possa consolidar os conhecimentos teóricos com a
actividade prática, numa aproximação à realidade do Mercado de trabalho.
Existem muitas situações que necessitam ser vividas para melhor serem compreendidas.
Deste modo, o estágio surge como uma mais-valia para o estudante em final de curso,
na medida em que permite o contacto directo com a realidade laboral e todos os seus
intervenientes, a inserção em equipas, o cumprimento de tarefas e horários e a
confrontação com situações imprevistas, o que justifica plenamente a sua realização.
A realização deste estágio foi uma experiência gratificante, pois deu a conhecer uma
realidade que toma cada vez mais importância no mercado actual, relativamente aos
Sistemas de Gestão de Qualidade, nomeadamente no Ensino Superior.
O estágio realizado na ESTG, contribui para o percurso profissional traçado pela aluna,
proporcionou à aluna aplicar e aprofundar conhecimentos adquiridos em diversas áreas
de conhecimentos, contribuindo assim para o crescimento e valorização profissional.
No que diz respeito ao futuro da instituição, penso e assim espero, será risonho, uma
instituição que procura a satisfação de todos os seus colaboradores e clientes, terá pela
frente muitos sucessos. É uma escola com cada vez mais prestígio, com serviços de
qualidade e dinâmica, com um vasto leque de ofertas para os seus alunos, para os quais
contribui muito na formação profissional.
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Bibliografia
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Sílabo, 2ª Edição, Lisboa
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www.apcer.pt (29-12-2007)
www.ipq.pt (29-12-2007)
www.philipcrosby.com.br (29-12-2007)
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ANEXO 2
Análise ABC dos Fornecedores
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ANEXO 3
Avaliação dos Fornecedores
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ANEXO 4
Taxa de Execução e Substituição da s Aulas