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O Programa Educativo Individual NÃO É UM BICHO DE 7 CABEÇAS Agrupamento Amadeo de Souza-Cardoso| Departamento de Educação Especial

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O Programa Educativo Individual

NÃO É UM BICHO DE 7 CABEÇAS

Agrupamento Amadeo de Souza-Cardoso| Departamento de Educação Especial

Este documento pretende constituir um instrumento de apoio a todos quantos participam, ou podem vir a participar, no processo de elaboração de um Programa Educativo Individual (PEI) e inscreve-se no âmbito do Plano Anual de Atividades do Departamento de Educação Especial.

Agrupamento Amadeo de Souza-Cardoso| Departamento de Educação Especial

PEI | Quais os alunos que podem beneficiar de um PEI?

Alunos que, como tal, se encontram ao abrigo do decreto-lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro

Ou seja

Alunos com Necessidades Educativas Especiais de caráter permanente

Alunos com limitações significativas ao nível da atividade e participação num ou vários domínios da vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de caráter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social

PEI | Em que consiste este documento?

PEI

Documento estruturado de acordo com o previsto no Decreto-lei nº 3/2008, de 7 de janeiro

É um documento formal desenhado para responder à especificidade das necessidades de cada aluno com NEE

Descreve o perfil de funcionalidade, atividade e participação do aluno

Estabelece a resposta educativa específica requerida pelo aluno com NEE, bem como as formas de avaliação do Programa

Operacionaliza as medidas educativas

Responsabiliza escola e os Encarregados de Educação pela implementação das medidas educativas

PEI|Qual é a relação entre a inclusão e o Programa Educativo Individual?

Uma educação inclusiva pressupõe a individualização e personalização do processo de ensino e aprendizagem, enquanto forma de promover o desenvolvimento de competências universais que permitam o exercício da autonomia e o acesso à cidadania plena por parte de todos os alunos;

O Programa Educativo Individual (PEI), definido no âmbito do decreto-lei nº 3/2008, de 7 de janeiro, fixa e fundamenta as respostas educativas, para os alunos com Necessidades Educativas Especiais, de caráter permanente.

PEI

Procura assegurar o acesso e sucesso educativo dos alunos com NEE

PEI |É um documento importante porquê?

Referencial para alunos NEE Documento de referência para os alunos com NEE

Organização e gestão educativa

É o único documento válido para a Distribuição do serviço docente e não docente e autorização da redução de nº de alunos por turma

Adequação processo ensino-aprendizagem

Não é permitida a aplicação de qualquer adequação do processo de ensino-aprendizagem sem a sua existência

ponto 2 do art.º 12 do Decreto – lei n.º 3/2008 de 7 de Janeiro

PEI |Como se formula este documento e que dados integra?

O PEI é formulado (em documento) no modelo aprovado por deliberação do Conselho Pedagógico

Este documento integra um conjunto estruturado de dados com pertinência para a caracterização do aluno e para a operacionalização da intervenção educativa

• Identificação do aluno;

• Resumo da história escolar e outros antecedentes relevantes;

• Perfil de funcionalidade, atividade e participação do aluno , por referencia à CIF-CJ;

• Identificação dos fatores ambientais que funcionam como barreira e como facilitadores à participação e aprendizagem do aluno;

• Definição das medidas educativas a implementar;

• Definição do nível de participação do aluno nas atividades educativas da escola;

• Definição do processo de avaliação da implementação do PEI;

• Identificação dos participantes na elaboração do PEI;

• Autorização expressa dos encarregados de educação, consubstanciada no próprio PEI;

PEI | Quais são as fases de elaboração deste documento?

Atualizar a caracterização do aluno, no início do ano letivo

Elaborar o PEI de forma colaborativa tendo como referencia a informação recolhida sobre o aluno e o conteúdo do relatório circunstanciado (do ano letivo anterior)

Em novembro, submeter o PEI à aprovação do Conselho Pedagógico e à homologação pelo Diretor

Implementar o PEI

Nos momentos de avaliação sumativa interna, avaliar a eficácia das medidas previstas no PEI

No final do ano letivo, avaliar a eficácia das medidas educativas implementadas e elaborar o relatório (anual) circunstanciado

PEI |Quem são os elementos responsáveis pela sua elaboração?

Titular turma

Diretor de turma

Docente EE

Encarregado

Educação

Em suma, integram a equipa de elaboração do PEI os elementos que melhor conhecem o aluno e quem trabalha diretamente com ele.

PEI |Quem é responsável pela sua coordenação ?

Titular de turma

ou

Diretor de turma

Artigo 13º do Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro

PEI |Como se processa o seu acompanhamento?

Monitorização continua da implementação do PEI

Recolha de informação através de observação direta, construção de portfólios, provas de avaliação, autoavaliação, avaliação dos pares,…

Revisão do PEI – pode ocorrer a qualquer momento

A avaliação permite obter os dados essenciais para a monitorização da eficácia das medidas educativas, podendo a qualquer momento, se necessário introduzir alterações às medidas inicialmente definidas

Avaliação do PEI

Assume um caráter de continuidade e processa-se obrigatoriamente em cada um dos momentos de avaliação sumativa

Relatório Circunstanciado

Incide sobre Melhoria resultados escolares , Progresso desenvolvimento biopsicossocial, Avaliação da eficácia das medidas implementadas, Medidas previstas para o próximo ano letivo

PEI |Qual é o papel da cooperação entre os diferentes Intervenientes?

PEI

Intervenção contextualizada e concertada

Definição cooperativa das medidas educativas

Caracterização cooperativa da

Atividade e participação do

aluno, em diferentes contextos

Caracterização cooperativa dos

Facilitadores e das Barreiras ao

desempenho do aluno

PEI |Em que consistem as adequações do processo de ensino e aprendizagem?

A adequação do processo de ensino e aprendizagem tem por objetivo facilitar o acesso ao currículo, à participação social e à vida autónoma das crianças e jovens com NEE de caráter permanente;

Pressupõe uma abordagem assente nos princípios de diferenciação e da flexibilização ao nível do currículo: áreas curriculares e disciplinas; objetivos e competências; conteúdos; metodologias; modalidades de avaliação, bem como dos elementos de acesso ao currículo, tais como, organização e gestão do espaço, do tempo dos recursos humanos e materiais;

Todas as modificações no processo de ensino e aprendizagem devem partir do principio dum menor para um maior afastamento do currículo comum;

O decreto-lei nº 3/2008, de 7 de janeiro prevê 6 medidas educativas de adequação do processo de ensino e aprendizagem

art.º 17º Apoio pedagógico personalizado

art.º18º Adequações curriculares individuais *

artº.19º Adequações no processo de matrícula

art.º 20º Adequações no processo de avaliação

art.º 21º Currículo Específico individual *

art.º 22º Tecnologias de apoio

PEI|Quais são as medidas educativas que consubstanciam

a adequação no processo de ensino e aprendizagem?

• As medidas supramencionadas, com exceção da medida «currículo específico individual», pretendem

constituir um suporte não só adicional, mas também específico, para que os alunos com NEE caráter

permanente possam alcançar os objetivos fundamentais, ou aprendizagens essenciais, estabelecidos pelas

metas curriculares

• As medidas educativas podem ser aplicadas cumulativamente, com exceção das medidas assinaladas com *

PEI |Como se procede à adequação do processo de ensino e aprendizagem ?

Identificação das Medidas Educativas ( constantes do relatório Técnico-Pedagógico ou relatório circunstanciado)

Operacionalização das medidas educativas no PEI

Implementação das medidas educativas

Avaliação da eficácia das medidas

Art.º 16º do decreto-lei nº 3/2008, de 7 de janeiro

PEI | Em que consiste a medida educativa Apoio Pedagógico Personalizado?

Apoio

Peda

gógic

o P

ers

onalizado

A

rt.º 1

do D

ecr

eto

-lei nº

3/2008

Professor da turma

ou disciplina

Reforço das estratégias utilizadas na turma ao nível da organização, do espaço e das atividades

Estímulo e reforço das competências e aptidões necessárias à aprendizagem

Antecipação e reforço da aprendizagem de conteúdos lecionados no âmbito da turma

Professor

de Educação Especial

Reforço e desenvolvimento de competências específicas (leitura e escrita em Braille, orientação e mobilidade, (…)

conteúdos conducentes à autonomia pessoal e social dos alunos com currículo específico individual

PEI | Quando é que o Apoio Pedagógico Personalizado (APP) envolve a

intervenção direta do docente de educação especial?

Só quando o PEI do aluno preveja a necessidade de realizar atividades que se destinem ao reforço e desenvolvimento de competências específicas, não passíveis de serem efetuadas pelo docente responsável de grupo, turma ou disciplina;

Entende-se por competências especificas, entre outras, as que são desenvolvidas no âmbito da aprendizagem de braille, da orientação e mobilidade, leitura escrita para alunos surdos, da comunicação aumentativa e alternativa;

O desenvolvimento de competências de autonomia pessoal e social do aluno, exigem atividades de cariz funcional, com tempos e espaços próprios e sistematização de estratégias especificas, devem também ser asseguradas pelo docente de educação especial.

PEI| Em que consiste a medida Adequações Curriculares Individuais?

Adequa

ções

Curr

icula

res

Indiv

idua

is

Art

.º 1

do D

ecr

eto

-lei nº

3/2

00

8

Não podem colocar em causa o currículo comum ou as Orientações Curriculares

Podem ser introduzidas disciplinas ou áreas curriculares específicas que permitam acesso ao currículo

Língua gestual, atividade motora adaptada, estratégias metacognitivas, literacia…

Introdução de objetivos e conteúdos intermédios

Em função das competências terminais de ciclo, das características de aprendizagem e dificuldades do aluno

Dispensa das atividades de difícil execução

Exclusivamente quando o recurso a tecnologias de apoio não é suficiente para assegurar a participação do aluno

PEI |As adequações curriculares podem ser subtrativas?

A medida «adequações curriculares individuais» não pode em circunstância alguma legitimar a eliminação de conteúdos ou de objetivos estabelecidos no currículo nacional. Pelo contrário, as adequações em causa preveem a introdução de objetivos ou de conteúdos que se afigurem necessários, ou que funcionem como facilitadores para que um aluno possa atingir as metas curriculares definidas para o ano de escolaridade que frequenta.

Manual de Lançamento do Ano Letivo 2014-2015 , MEC

Ad

equa

ções

Pro

cess

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atr

ícula

Art

.º 1

do d

ecr

eto

-lei nº

3/2

00

8, d

e 7

de ja

neir

o

Condições especiais de matricula

Alunos com NEE podem frequentar

qualquer escola independentemente da

sua área de residência

Adiamento

escolaridade obrigatória

1 ano

Em situações excecionais devidamente

fundamentadas

Matrícula por disciplinas

no 2º e 3º CEB

Desde que esteja salvaguardada a

sequencialidade do regime educativo

comum

Frequência de Unidades de Ensino

Especializado independentemente da

área de residência (ex. UAEM)

Alunos cegos, surdos, multideficentes ou com

perturbações dentro do espectro do autismo

PEI |Em que consiste a medida Adequações no Processo de Matricula?

Adequa

ções

no P

roce

sso d

e A

valia

ção

Art

.º 1

do d

ecr

eto

-lei nº

3/2

00

8, d

e 7

de ja

neir

o

Alunos com Currículo Específico Individual

Alunos que não estão sujeitos ao regime de avaliação e transição de ano escolar característico do regime educativo comum

Avaliação processa-se de acordo com os critérios específicos definidos no PEI

Restantes alunos com NEE

Avaliação segue as normas vigentes para os diferentes níveis e anos de escolaridade

Pode proceder-se a adequações na processo de avaliação

Tipo de prova, instrumentos de avaliação, condições de avaliação

(formas e meios de comunicação, periodicidade, duração , local,…)

PEI|Em que consiste a medida educativa Adequações no Processo Avaliação?

Curr

ículo

Esp

ecí

fico

Indiv

idua

l (C

EI)

Art

.º 2

do D

ecr

eto

-lei nº

3/2

00

8, d

e 7

de ja

neiro

Substitui as competências

definidas para cada nível de

educação e ensino, mediante o

parecer do conselho de docentes

ou conselho de turma

Pressupõe

alterações

significativas no

currículo comum

Priorização de determinadas áreas ou conteúdos curriculares

Eliminação de competências e conteúdos

Introdução de conteúdos e competências complementares

Eliminação de disciplinas ou áreas curriculares

PEI |Em que consiste a medida educativa Currículo Especifico Individual?

PEI |Quando e como é possível aplicar a medida CEI?

• Evitar a aplicação prematura, inadequada e imponderada da medida CEI;

• A medida CEI apenas deve ser aplicada de forma residual e criteriosa.

Orientações Gerais

• Significativa limitação cognitiva ( devidamente documentada com avaliação psicológica)

• Terem sido aplicadas de forma sistemática as medidas menos restritivas previstas no decreto-lei nº 3/2008, de 7 de janeiro;

• As medidas menos restritivas são manifestamente insuficientes para assegurarem o sucesso educativo e a otimização do potencial de desenvolvimento do aluno (opinião partilhada pelo TT/DT, educação especial, SPO e Encarregado de Educação)

• Consentimento informado do Encarregado de Educação;

Critérios de Elegibilidade

para aplicação da medida

Tecn

olo

gia

s d

e A

poio

Dispositivos

facilitadores

Pretendem melhorar a funcionalidade e permitir a atividade e participação em diferentes situações e contextos

Podem ser utilizadas nos domínios da aprendizagem, vida social e profissional (cuidados pessoais, mobilidade, adaptações para mobiliário e espaço físico, comunicação. informação, recreação)

PEI | Em que consiste a medida Tecnologias de Apoio?

PEI|Quais são os critérios que orientam a elaboração de um CEI?

Manter o contacto com os elementos da turma de origem, em todas as

situações formais e informais que sejam benéficas para os diversos

intervenientes no processo;

Garantir aos alunos com NEE a mesma carga horária semanal e sempre

que possível, a mesma distribuição diária de tempos, letivos e não

letivos, que a turma de referencia;

Garantir currículo diferenciado, coerente e diversificado, desenhado

um função do perfil de funcionalidade, atividade e participação e do

interesses do aluno, e tanto quanto possível, das expectativas das

famílias.

Procuramos mostrar que PEI não é um bicho, e muito

menos de 7 cabeças. Será que conseguimos

?

Coloquem as vossa dúvidas.

Procuraremos dar-lhes resposta

Afinal como é esse

PEI? Com quem é que

se parece?

Obrigada pela

vossa atenção.