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CÉLIA ANDRÉIA CERON DALABRIDA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
O RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DA NOTA FISCAL ELETRONICA NA EMPRESA PERDIGÃO AGROINDUSTRIAL S.A.
ITAJAÍ (SC) 2008
UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí CECIESA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas
CÉLIA ANDRÉIA CERON DALABRIDA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
O RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DA NOTA FISCAL ELETRONICA NA EMPRESA PERDIGÃO AGROINDUSTRIAL S.A.
Estágio desenvolvido e supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.
ITAJAÍ – SC, 2008
Dedico este trabalho primeiramente à Deus, o
responsável maior por tudo, aos meus pais Célia e
Alberto, meus Irmãos Caroline e Almir pelo
incentivo constante desde o início e ao meu Marido,
Alann, pelo apoio e credibilidade.
EQUIPE TÉCNICA
a) Nome do estagiário
Célia Andréia Ceron Dalabrida
b) Área de estágio
Departamento Controladoria Fiscal
c) Supervisor de campo
Laurita Zago
d) Orientador de estágio
Prof. Ranieri Angioletti
e) Responsável pelos Estágios em Administração
Prof. Eduardo Krieger da Silva
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
a) Razão Social
Perdigão Agroindustrial S.A.
b) Endereço
Rua Jorge Tzachel, 475, Bairro Fazenda
Itajaí
c) Setor de desenvolvimento do estágio
Departamento Controladoria Fiscal
d) Duração do estágio
240/ horas
e) Nome e cargo do supervisor de campo
Laurita Zago
f) Carimbo e visto da empresa
AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA
A empresa Perdigão Agroindustrial S/A. declara, para devidos fins, que
concorda com o projeto de estágio apresentado pela estagiária Célia Andréia Ceron
Dalabrida, aluna do curso de Administração do Centro de Educação Superior de
Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí, e se propõe a oferecer
as condições necessárias para o bom andamento do mesmo.
Itajaí, 02 de Dezembro de 2008.
Laurita Zago
RESUMO
Devido ao ambiente de constantes mudanças que as organizações estão inseridas, surge a necessidade de adaptarem-se rapidamente as novas situações, visando garantir o bom andamento das funções da organização e de forma a garantir sua permanência no mercado competitivo. A realização desta pesquisa teve como principal objetivo conhecer, interpretar e analisar as melhores formas para implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica na empresa Perdigão Agroindustrial S.A. que substituirá o processo atual feito em papel, para a conversão em meio eletrônico, esclarecer quanto aos benefícios e desvantagens, as mudanças ocorridas e as normas a serem seguidas. A pesquisa teve como característica os métodos quantitativos que visam análise de grandes mudanças nas organizações, de situações, pesquisas que buscam medir as relações entre as variáveis e ou avaliar os resultado em algum projeto. Outro método é o qualitativo que é deliberadamente interpretativa, sendo assim utilizado para facilitar a análise dos dados coletados. O modelo de pesquisa a ser utilizado foi à avaliação de resultados que consiste acompanhamento da implementação de um projeto de inovação. Esse modelo tem como principal objetivo analisar a efetividade do plano, as ações a serem aplicadas o resultado obtido pela organização e os impactos provocados. A apresentação dos dados foi realizada de forma interpretativa para proporcionar maior clareza e entendimento. Como Método de coleta de dados foi realizada entrevista com o responsável pela implantação do projeto da Nota Fiscal Eletrônica na Empresa Perdigão Agroindustrial S.A. O questionário foi realizado com os funcionários da empresa que utilizam o processo de emissão da Nota Fiscal Eletrônica. A implantação do processo de emissão da Nota Fiscal Eletrônica envolve diretamente nos processos relacionados às áreas fiscais, contábil, logística e tecnologia da informação. Esse processo resultará em total controle da Receita Federal e Secretarias dos estados no que se refere às operações realizadas pela empresa.
Palavras-chave: NF-e, Inovação, Processos, Sistemas.
LISTA DE SIGLAS
COFINS - Contribuição para Seguridade Social
DANFE - Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica
DIRJ - Declaração de Informações Economicos-Fiscais da Pessoa Juridica
FLOW - Software de Suporte e Assinatura Digital
HSM - Hardware Security Module
IPI - Imposto Produto Industrializado
J1B1N - Criar Nota Fiscal (Transação R3)
LT06 - Criar Ordem Carregamento (Transação R3)
NF-e - Nota Fiscal Eletrônica
PAFS - Pedido de Aquisição de Formulários de Segurança
PIS/PASEP - Contribuição Programa Integração Social e Formação do Patrimônio do Servidor Público
SAP XI / SAP R3 - Software Conversor de Dados / Sistema Integrado
SEFAZ - Secretária Estadual da Fazenda
SINTEGRA - Cópia digital do livro entrada e saída
SPED - Sistema Público de Escrituração Digital
VA01 - Criar Ordem de Venda (Transação R3)
VL01N - Criar Remessa (Transação R3)
VL02N - Modificar Remessa (Transação R3)
VL10A - Criar Remessa em Massa (Transação R3)
VT01N - Criar Transporte (Transação R3)
XML - Formato Universal de Dados
Z142 - Imprimir Nota Fiscal (Transação R3)
Z2C9 - Criação Automática Pedido (Transação R3)
Z331 - Expedição Frigoríficos (Transação R3)
ZWM25N - Monitor Carregamento (Transação R3)
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Processo utilizado na implantação NF-e Perdigão Agroindustrial S.A. .... 44
Figura 2: DANFE a ser utilizado na implantação da NF-e ......................................... 45
Figura 3: Processos a serem incorporados ao processo da NF-e, com relação ao
SPED ........................................................................................................ 52
Figura 4: Processos Nota Fiscal Convencional ......................................................... 59
Figura 5: Macro do Processo Atual. .......................................................................... 60
Figura 6: Macro do processo futuro. .......................................................................... 61
Figura 7: Macro do Processo Futuro. ........................................................................ 61
Figura 8: Macro Processo Atual. ............................................................................... 62
Figura 9: Macro Processos Futuros. ......................................................................... 62
Figura 10: Macro Processos Futuros. ....................................................................... 63
Figura 11: Macro do Processo Atual. ........................................................................ 63
Figura 12: Macro Processo Futuro. ........................................................................... 64
Figura 13: Macro Processo Futuro. ........................................................................... 64
Figura 14: Maleta. ..................................................................................................... 65
Figura 15: Impressora. .............................................................................................. 65
Figura 16: Receptor Infra Vermelho. ......................................................................... 65
Figura 17: Celular / Palm Top. ................................................................................... 65
Figura 18: Ilustração do Processo de Venda Através do RCA .................................. 65
Figura 19: Organograma. .......................................................................................... 77
Figura 20: Canais de Distribuição. ............................................................................ 78
Figura 21: Market Share. ........................................................................................... 79
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Quadro de Setores/Pessoas Projeto Nota Fiscal Eletrônica Perdigão ...... 20
Tabela 2: Formação do Pensamento Administrativo. ................................................ 29
Tabela 3: Modelo E-mail Solicitação de Emissor Nfe. ............................................... 43
Tabela 4: Tabela Custo Médio por Nota / Custo Anual ............................................. 67
Tabela 5: Prêmios Recebidos no Ano de 2006 ......................................................... 74
11
LISTA DE GRÁFICO
Gráfico 1: Possui pleno conhecimento com relação ao processo de Emissão de
Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e). ................................................... 84
Gráfico 2: Em sua opinião o processo da Nota Fiscal Eletrônica trará resultados
positivos para organização. .................................................................... 84
Gráfico 3: Considera o processo da Nota Fiscal Eletrônica de fácil entendimento e
aplicação. ............................................................................................... 85
Gráfico 4: A organização vem se preparando para integrar o novo processo da Nota
Fiscal Eletrônica. .................................................................................... 85
Gráfico 5: Com a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica os processos
internos da organização passaram por melhorias. ................................. 86
Gráfico 6: Com relação às informações internas da organização, o processo da Nota
Fiscal Eletrônica poderá oferecer maior confiabilidade. ......................... 86
Gráfico 7: Você busca informações com relação ao processo da Nota Fiscal
Eletrônica. .............................................................................................. 87
Gráfico 8: Está ciente da importância e responsabilidade de seu trabalho nos elos
que constituem o processo da Nota Fiscal Eletrônica. ........................... 87
Gráfico 9: Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica
resulta em melhoria no serviço do usuário. ............................................ 88
Gráfico 10: Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica
resulta em economia de tempo e maior produtividade. .......................... 88
Gráfico 11: Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica
resulta em economia de tempo e maior produtividade. .......................... 89
Gráfico 12: Em sua opinião as condições oferecidas para realização do trabalho
estão de acordo com a necessidade. ..................................................... 89
Gráfico 13: Você busca interar-se de assunto relacionados à implantação do
processo Nota Fiscal Eletrônica através de algum tipo de mídia (tv,
jornal, internet ) ...................................................................................... 90
Gráfico 14: Você sente-se preparado com relação à utilização do processo da Nota
Fiscal Eletrônica na Perdigão Agroindustrial S/A. .................................. 90
Gráfico 15: Você tem liberdade para expressar suas dúvidas e sugestões
relacionadas ao processo da Nota Fiscal Eletrônica. ............................. 91
12
Gráfico 16: Em sua opinião os treinamentos oferecidos pela organização propiciam
pleno desenvolvimento profissional e pessoal. ...................................... 91
Gráfico 17: Você acredita que o novo processo da Nota Fiscal Eletrônica
proporcionara maior agilidade nas transações comerciais. .................... 92
Gráfico 18: Em sua opinião o repasse das informações está sendo feito com
agilidade e clareza. ................................................................................ 92
Gráfico 19: Em sua opinião a área de TI possui recursos para a conversão do novo
processo de Emissão de Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e). ........... 93
Gráfico 20: Com relação ao documento auxiliar (DANFE) que serve para
acompanhar da mercadoria, qual seu nível de conhecimento. .............. 93
Gráfico 21: Em sua opinião o formulário de segurança é indispensável para garantir
a confiabilidade do novo processo da Nota Fiscal Eletrônica................. 94
Gráfico 22: Você está ciente dos procedimentos para efetuar o cancelamento das
Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e). ........................................................... 94
Gráfico 23: Você possui conhecimento com relação emissão da carta de correção. 95
Gráfico 24: Você considera o processo de consulta as Notas Fiscais Eletrônicas
(NF-e) como uma atividade complexa. ................................................... 95
Gráfico 25: Em sua opinião o andamento dos treinamentos estão em compasso com
a implantação do processo de Emissão de Notas Fiscais Eletrônicas
( NF-e). ................................................................................................... 96
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................ 16
1.1 Problema de Pesquisa / Justificativa .......... ............................. 17
1.2 Objetivo Geral e Específicos .................. .................................. 18
1.3 Aspectos Metodológicos ........................ .................................. 19
1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio ....... ............................. 19
1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ........ ............................. 20
1.3.3 Procedimento e instrumento de coletas de dado s ................. 21
1.3.4 Tratamento e Análise dos Dados .............. ............................... 22
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................... ............................ 24
2.1 Administração geral ........................... ....................................... 24
2.1.1 Contexto histórico .......................... ........................................... 27
2.1.2 Abordagens Clássicas ........................ ...................................... 30
2.1.3 Administração Científica .................... ...................................... 30
2.1.4 Burocracia .................................. ............................................... 31
2.1.5 Gestão Administrativa ....................... ....................................... 31
2.1.6 Relações Humanas............................. ....................................... 32
2.1.7 Abordagens Contemporâneas ................... .............................. 32
2.1.8 Comportamento Organizacional ................ .............................. 33
2.1.9 Teoria dos Sistemas ......................... ......................................... 33
2.1.10 Teoria da Contingência ..................... ................................... 34
2.1.11 Gestão da Qualidade Total .................. ................................. 34
2.1.12 Organizações Inteligentes .................. .................................. 35
2.1.13 Reengenharia ............................... ......................................... 35
2.2 Conceitos e Funções ........................... ..................................... 36
2.3 A Nota Fiscal Eletrônica ...................... ..................................... 37
14
2.4 Características Nota Fiscal Eletrônica ........ ............................. 41
2.4.1 Autorização do Uso de NF-e .................. ................................... 42
2.4.2 Documento Auxiliar – DANFE .................. ................................ 44
2.4.3 Formulário de Segurança ..................... .................................... 46
2.4.4 Guarda dos Documentos ....................... ................................... 47
2.4.5 Cancelamento de NF-e ........................ ...................................... 48
2.4.6 Carta de Correção ........................... .......................................... 48
2.4.7 Consulta NF-e ............................... ............................................. 49
2.4.8 Consulta Status NF-e ........................ ........................................ 50
2.4.9 Validade Jurídica NF-e ...................... ........................................ 50
2.5 SPED .......................................................................................... 51
2.6 Escrituração Digital .......................... ......................................... 52
2.6.1 Escrituração Contábil Digital ............... ..................................... 53
2.6.2 Escrituração Fiscal Digital ................. ....................................... 54
2.6.3 NF-e - Ambiente Nacional .................... ..................................... 55
2.7 Reforma tributária ............................ ......................................... 55
2.8 A Nota Fiscal Eletrônica ...................... ..................................... 57
2.8.1 Processo Perdigão ........................... ......................................... 59
2.8.2 Processo de Venda ........................... ........................................ 60
2.8.3 Processo de Transferência de Mercadorias .... ........................ 61
2.8.4 Notas Fiscais Manuais ....................... ....................................... 63
2.8.5 Venda Pronta Entrega ........................ ....................................... 64
2.9 Processo de Implantação NF-e .................. .............................. 66
2.9.1 Desenvolvimento Projeto ..................... .................................... 67
3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ............ ....... 69
3.1 Caracterização da organização ................. ............................... 69
3.1.1 Cronologia .................................. ............................................... 70
3.1.2 Prêmios Recebidos como Forma de Reconheciment o .......... 73
15
3.1.3 Visão, Missão e Valores ..................... ....................................... 74
3.1.4 Estrutura Organizacional .................... ...................................... 75
3.1.5 Clientes e Concorrentes ..................... ...................................... 77
3.1.6 Responsabilidade Social ..................... ..................................... 79
3.2 Resultados Gerais em Tabelas .................. ............................... 80
3.2.1 Percepção dos funcionários .................. ................................... 83
3.2.2 Percepção da Perdigão Agroindustrial S.A. ... ......................... 96
3.3 Sugestões/ Recomendações ...................... .............................. 98
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................ ...........................100
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................... ....................102
6 APÊNDICES ..............................................................................104
7 ANEXOS ....................................................................................108
16
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho vem com o intuito de demonstrar que devido à busca por
qualidade, eficiência e principalmente rapidez nos processos administrativos as
organizações necessitam de constante atualização. Tudo isso devido às rápidas
mudanças e ao ambiente organizacional que se torna cada dia mais competitivo,
exigindo extraordinária competência, que deve ser sinônimo de planejamento
eficiente, busca por melhorias e implantação de novos processos e sistemas.
Sendo assim muitas organizações estão preocupadas com essas rápidas
mudanças e partem para o desafio, que é a busca pela qualidade total da
globalização, que envolve principalmente o fator econômico e a questão tecnológica.
Faz-se de fundamental importância manter a organização atualizada, mesmo sendo
difícil é necessário acompanhar o ritmo acelerado do desenvolvimento, pois de outra
forma com o passar do tempo perderá vantagem competitiva e posições perante o
mercado.
Devido a rápidas e constantes mudanças no mercado é perceptível a
importância da atualização das organizações, pois alguns processos principalmente
tecnológicos que proporcionam maior agilidade e controle estão sendo impostos por
lei a serem implantados, sendo o caso da implantação do sistema da Nota Fiscal
Eletrônica.
Reforçando assim a questão de manter a organização atualizada, para não
passar por dificuldades no momento em que for exigido algum método de trabalho
diferenciado, onde a organização não está inserida e nem preparada, evitando
principalmente que a organização passe por problemas estruturais que podem
acarretar desde enormes prejuízos até o fechamento da organização, sendo assim
fundamental contar com uma administração bem estruturada, preparada e com
disponibilidade de recursos.
O intuito da realização deste trabalho é proporcionar, maior conhecimento
com relação ao projeto da Nota fiscal Eletrônica, buscar reconhecer através das
pesquisas e identificar os impactos que a empresa Perdigão Agroindustrial S.A.
poderá sofrer, tanto no âmbito positivo como negativo e as possíveis dificuldades.
A realização do referido trabalho busca através das informações coletadas na
empresa, com relatos e questionamentos identificar que mudanças podem ser
17
ainda pouco foi encontrado, buscando informações no site das secretárias e da
Receita Federal.
Como objetivos deste trabalho pode-se citar como principais a busca
pelos menores impactos possíveis para empresa e para seus colaboradores, sendo
assim mantendo ritmo normal sem afetar suas metas e produção. Buscar identificar
as principais dúvidas, quanto sua execução. Buscar informações concretas que
possam oferecer melhorias no processo, por ser algo inovador e afetar o fluxo total
da empresa.
1.1 Problema de Pesquisa / Justificativa
As organizações atualmente possuem uma visão de que existe uma constante
necessidade de atualização, para que consigam se manter competitivas num
ambiente caracterizado pela acirrada concorrência e mercados globalizados.
O problema de Pesquisa tem como característica pelo contexto do próprio
trabalho, reflexão sobre a propostas e enfoque na problematização. Justificar o
estágio através da oportunidade e viabilidade, buscando melhoria na qualidade dos
métodos e técnicas da Administração.
Quais as variáveis de maior impacto no processo de implantação da Nota
Fiscal Eletrônica na empresa Perdigão Agroindustrial S.A?
As empresas necessitam atingir seus objetivos, para manterem-se ativas no
mercado, para isso sendo de fundamental importância seu ótimo desempenho nos
processos produtivos e integração de sistemas. Assim através do trabalho de
estágio, poderá ser identificado as melhores formas de implantação, melhor
percepção das dificuldades e possíveis soluções mais rápidas e adequadas.
A justificativa geralmente é o elemento que contribui mais diretamente na aceitação da pesquisa pela pessoa ou entidades que vão financiá-la. Consiste numa exposição sucinta, porém completa, das razões de ordens teóricas e dos motivos de ordem pratica que tornam importante a realização da pesquisa. (MARCONI, LAKATOS, 2007 p.221)
Para a realização do trabalho, os acessos às informações foram facilitados,
devido ao fato da estagiaria trabalhar no setor Controladoria /Fiscal, onde foi
desenvolvido o projeto. O repasse das informações será de ordem imediata e com
base em total clareza.
18
1.2 Objetivo Geral e Específicos
Segundo Marconi, Lakatos (2007 p. 221) “Está ligado a uma visão global e
abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos
e eventos, quer das idéias estudadas. Vincula-se diretamente à própria significação
da tese proposta pelo projeto”.
O objetivo principal deste estágio, Implantação Nota Fiscal Eletrônica é a
análise da implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico, que
substitua a sistemática atual do documento fiscal em papel, com validade jurídica
para todos os fins, simplificando as obrigações acessórias dos contribuintes, ao
mesmo tempo em que permite um controle em tempo real das operações comerciais
pelo Fisco.
Analisar a implantação do sistema da Nota Fiscal Eletrônica, através da
pesquisa bibliográfica e estudos de casos, definindo sua forma de utilização que
benefícios trarão para a organização, tal como rapidez e agilidade nas transações
comerciais.
Segundo Marconi, Lakatos (2007, p.221) “apresentar caráter mais concreto e têm
função intermediaria e instrumental, permitindo de um lado, atingir o objetivo geral e
de outro, aplicá-lo a situações particulares”.
Sendo assim o trabalho apresentado tem como objetivos específicos:
• Analisar o uso do sistema de nota fiscal eletrônica como ferramenta de
Planejamento e Controle fiscal das aplicações comerciais da organização.
• Analisar e identificar as vantagens na utilização do sistema de nota fiscal
eletrônica.
• Fazer um estudo exploratório, a fim de obter informações sobre o processo de
implantação do sistema de nota fiscal eletrônica.
• Destacar as vantagens da implantação do sistema de nota fiscal eletrônica e
seus benefícios.
• Destacar nas fases da implantação, resultados obtidos na utilização do
sistema de nota fiscal eletrônica.
• Procurar métodos para simplificar as operações diárias com a implantação do
sistema de notas fiscais eletrônicas.
19
1.3 Aspectos Metodológicos
Os aspectos metodológicos que compõem esse capítulo do trabalho de
Estágio Supervisionado são divididos em quatro sub-itens: Caracterização do
trabalho de Estágio, Contexto e participação da pesquisa, Procedimentos e
instrumentos de coleta de dados, Tratamento e análise de dados.
Cuja principal finalidade é um melhor esclarecimento com relação ao tema
escolhido, etapas para alcançar dados concretos através da investigação. Segundo
Richardson (1999, p.22) “a metodologia são as regras estabelecidas para o método
científico, por exemplo: a necessidade de observar, a necessidade de formular
hipóteses, a elaboração do instrumento, etc”. Abrange uma grande variedade de
itens e proporciona assim a resposta de inúmeras questões referentes a possíveis
duvidas na composição da pesquisa.
1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio
A caracterização do trabalho de estágio vem com o propósito de associar
causa-efeito ou avaliar o resultado de algum sistema ou projeto, visando utilizar
sempre as melhores estratégias para garantir que o resultado da pesquisa tenha boa
interpretação e clareza. Segundo Roesch (1999) esses aspectos são de suma
importância.
O modelo de pesquisa a ser utilizado para reavaliação do trabalho de Estágio
em questão e a Avaliação de Resultados, que consiste no acompanhamento da
implementação de um projeto de inovação.
O objetivo principal, desse método é analisar a efetividade do plano, as ações
a serem aplicadas e o resultado obtido pela organização e os impactos provocados.
Avaliar significa atribuir valor a alguma coisa. É importante, pois, estabelece critérios de avaliação claros no projeto, e definir do ponto de vista de quem será feita a avaliação. Avaliar envolve sempre uma comparação. A comparação pode ser entre uma situação anterior e posterior à utilização de determinados sistema ou plano. SYLVIA ROESCH (2007, pg. 68).
Segundo Roesch (2007), o método quantitativo é recomendado para avaliar
grandes mudanças nas organizações, analise de situações, pesquisa que buscam
medir as relações entre as variáveis e ou avaliar os resultados em algum projeto. O
20
analítico é indicado para explorar as associações entre variáveis especificas. O
descritivo é um tipo de pesquisa conclusiva que tem como objetivo a descrição de
algo, normalmente características ou funções de mercado.
Segundo Erickson (1990), a pesquisa qualitativa é deliberadamente
interpretativa, uma vez que interprete é inerente ao ato de investigar. Esse tipo de
abordagem trabalha questões relacionadas a “significados, motivos, aspirações,
crenças, valores e atitudes” (MINAYO, 2002) o foco do trabalho investigativo é
entender os sentidos das ações nas perspectivas dos participantes do encontro
social.
1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa
Na fase inicial da pesquisa, a abordagem dos dados foi caracterizada de
forma exploratório, considerando sua abordagem qualitativa, o contexto dos
participantes do trabalho de estágio estão ligados à área Fiscal, Informática,
Logística, Consultores e Contratos Terceiros.
Setores Número de Pessoas
Fiscal 3
Informática 5
Logística 6
Consultores 3
Terceiros 13
Tabela 1: Quadro de Setores/Pessoas Projeto Nota Fiscal Eletrônica Perdigão Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Responsabilidade dos setores no Projeto Nota Fiscal Eletrônica, em sua fase
inicial:
1. Fiscal, determinar se as modificações previstas que se enquadram ao
processo da tributação brasileira;
2. Informática, comunicação de homologação entre o servidor SAP R3
(Software de Informações Integradas da empresa Perdigão), responsável
pelos sistemas da empresa, com o servidor SAP XI (Software conversor
de dados) para XML (formato universal de dados), que envia os dados
para o FLOW (Software de suporte a assinatura digital integrado) ao
21
hardware HSM (Hardware Security Module) que faz a conexão final dos
dados da empresa com o servidor de homologação da SEFAZ (Secretaria
Estadual da Fazenda);
3. Logística, analise de impacto referentes à nota fiscal eletrônica no
processo de abastecimento.
4. Consultores fazem parte desse grupo as pessoas responsáveis pela
coordenação de idéias, proposição do plano de ação, trabalham com a
verificação de possíveis falhas e auxiliam em todas as áreas, buscando
sempre alcançar o objetivo da organização.
5. Terceiros: esse grupo tem como principal responsabilidade a aplicação do
projeto, sua implantação e o funcionamento pleno.
A população é definida como fator abrangente da totalidade dos indivíduos ou
objetivos de determinado caso que se esteja analisando. Neste contexto, a
população foi constituída pelo total de funcionários dos setores de Expedição das
unidades de Itajaí, Capinzal em Santa Catarina, Cuiabá em Mato Grosso e Rio
Verde em Goiás, totalizando 31 colaboradores que participaram da pesquisa.
Roesch (2007, p. 138) define população como sendo “um grupo de pessoas
ou empresas que interessa entrevistar para o propósito específico de um estudo”.
Em razão da pesquisa ter sido aplicada com todos os funcionários envolvidos
na implantação do projeto, foi classificada como censo. De acordo com Malhotra
(2001, p. 301) “um censo envolve a enumeração completa dos elementos de uma
população”.
1.3.3 Procedimento e instrumento de coletas de dados
Para Roesch (2007), para obter uma resposta positiva e real com relação aos
resultados da pesquisa exploratória é imprescindível a presença de lógica no
assunto em questão, clareza em sua forma de aplicação e alto grau de
confiabilidade na entrevista.
Com a utilização desse método à maior facilidade de verificação e análise da
pesquisa referente ao processo de Implantação da Nota Fiscal Eletrônica na
empresa Perdigão Agroindustrial S.A. Quanto à utilização de dados primários,
consistem na coleta dos mesmos, especificando a fonte dos dados, quando serão
22
levantados e os instrumentos usados. Quanto a utilização de dados secundários se
deve levar em consideração a sua natureza e especificações.
Num próximo momento na avaliação do resultado ou na medição do
resultado obtido, perante um novo sistema ou projeto, utiliza-se preferencialmente o
enfoque da pesquisa quantitativa.
Pesquisas de caráter descritivo não procuram explicar alguma coisa ou mostrar relações casuais, como as pesquisas de caráter experimental. Censos, levantamentos de opinião publica ou pesquisas de mercado procuram fatos descritivos; buscam informação necessária para a ação ou predição. Pesquisas descritivas não respondem bem ao por que, embora possam associar certos resultados a grupos de respondentes (ROESCH, 2007, p.137)
1.3.4 Tratamento e Análise dos Dados
A apresentação dos dados foi realizada de forma interpretativa, através de
textos, quadros, figuras, gráficos, bibliografia selecionada e documentos, pois estes
darão maior clareza e mais entendimento para o desenvolver da pesquisa.
Na análise de dados, segundo Richardson (1999), deve ser eficaz, rigorosa
e precisa, aprofundando-se em suas características, baseando-se nas teorias
relevantes que servirão de marco para as futuras analises do pesquisador. Em
termos gerais está análise nada mais é do que a aplicação dos métodos científicos
para uma evidência documentária.
Para a coleta de dados a opção escolhida foi a realização de uma entrevista
com as pessoas envolvidas diretamente na implantação do projeto da NF-e e
também um questionário para identificar o impacto causado nas áreas que sofreram
as mudanças.
O método da entrevista que foi utilizado consiste na técnica da coleta de
dados e informações. Segundo autoras:
Analisando a entrevista como uma técnica de coleta de dados, podemos afirmar que não se trata de um simples dialogo, mas, sim de uma discussão orientada para um objetivo definido, que, através de um interrogatório, leva o informante a decorrer sobre temas específicos, resultando em dados que serão utilizados na pesquisa. (ARNOLDI-ROSA 2006 pg. 17).
Para se obter os resultados esperados com relação à entrevista são de
fundamental importância que exista inter relação de confiança, do contrário os dados
obtidos não serão totalmente confiáveis e corretos. É importante manter dialogo,
23
estabelecer um feedback com o entrevistado, podendo assim encontrar respostas
nas entre linhas, algo mais que pré-estabelecido no roteiro.
Para a realização dessa pesquisa a melhor opção a ser utilizada é na
entrevista estruturada que consiste em roteiro pré-estabelecido com questões já
elaboradas e de preferência fechada para obtenção de respostas curtas e concisas.
A análise que melhor se adequar a esse tipo de entrevista é a quantitativa,
que consiste na comparação das respostas que serão facilitados através de análise
e verificação dos dados pelo uso estatístico e de porcentagens, dando assim
margem a discussão e ao resultado.
É de fundamental importância que o entrevistador tenha pleno conhecimento
do assunto abordado para que se possa conduzir a entrevista com tranqüilidade. Na
realização da entrevista o entrevistador indaga, registra respostas e reações e o
entrevistado organiza e seleciona idéias.
Antes de iniciar a entrevista é necessário que se esclareça os procedimentos
a serem realizados e na utilização dos resultados obtidos.
Ressaltando a colocação do autor Biasoli-Alves (1998, apud Rosa-Arnoldi,
2006, pg. 46) colocam que:
O roteiro / protocolo deve permitir captar a gama de informações que o projeto pretende e da forma que necessita. Concomitantemente, precisa garantir a obtenção do mesmo conjunto dos dados de todos os sujeitos.
Quanto à realização da entrevista, deve ser num ambiente agradável,
individualmente e com horário agendado, sendo assim será reservado para
entrevista numa sala de reunião na própria organização, respeitando a
disponibilidade de cada entrevistado.
Dentre os instrumentos de coletas de dados, pode-se destacar o
questionário, que na opinião Gil (2007, p. 128) pode ser definido como:
A técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.
Para Richardson (2007, p. 189), está muito claro que o questionário possui
duas funções importantes e que servem para descrever as características e medir
as variações do meio em que estão inseridos os participantes da pesquisa.
24
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O curso de Administração busca apresentar aos acadêmicos sempre novos
modelos e técnicas para auxiliar na implantação e melhoria dos processos
organizacionais e a busca por atualizações contínuas. Porém cada profissional tem
sua responsabilidade de adequar os métodos e técnicas de maneira que seja eficaz
pra sua organização, mesmo que necessite de algumas mudanças com relação ao
projeto original.
A revisão da literatura permite entre outros propósitos levantar soluções alternativas para tratar de uma problemática. Por exemplo, levantar dados e informações contextuais para dimensionar e qualificar a problemática em estudo; levantar métodos e instrumentos alternativos de análise e assegurar ao seu autor que o trabalho tem alguma originalidade (ROESCH, 2007 p. 105).
A revisão da literatura busca principalmente esclarecer e justificar o problema
em estudo, orientar o método do trabalho e os procedimentos de coleta de dados.
Inicialmente buscam-se temas referentes ao projeto, para que seja feita mais tarde
uma possível filtragem dos temas mais pertinentes ao projeto. Permite o
levantamento de soluções e alternativas para resolução de problemas, mensurar a
dimensão e propor resoluções com certa originalidade.
2.1 Administração geral
A prática da administração exige o conhecimento da organização inteira,
permitindo a compreensão dos reflexos que as decisões e ações dos
administradores têm sobre toda a organização. As organizações são regidas por
aspectos de natureza humana e social, pela confiança, pelo entendimento mútuo e
pela motivação.
Para Drucker (2001) a administração é prática como a medicina, a advocacia
e a engenharia, apoiando-se sobre uma teoria, que precisa ter o rigor científico.
Essa prática consiste em aplicação, focando-se no específico, no caso singular e
exige experiência e intuição. É necessário ter conhecimentos científicos e teóricos
25
consistentes assim como ter o “olho clínico”. Devemos saber “por que fazer”, “o que
fazer” e “como fazer”.
Importante afirmar que administração não é administração de empresas. A
administração é pertinente a todo o tipo de empreendimento humano que reúne, em
uma única organização, pessoas com diferentes saberes e habilidades, sejam
vinculadas às instituições com fins lucrativos ou não. A administração precisa ser
aplicada aos sindicatos, às igrejas, às universidades, aos clubes, agências de
serviço social, tanto como nas empresas, sendo responsável pelos seus
desempenhos.
Segundo Drucker (2001), os administradores que entenderem os princípios
essenciais da administração e trabalharem por eles orientados, serão bem-formados
e bem-sucedidos. Ele apresenta os seguintes princípios:
1• A administração trata dos seres humanos. Sua tarefa é capacitar as
pessoas a funcionar em conjunto, efetivar suas forças e tornar irrelevantes
suas fraquezas. É disso que trata uma organização, e esta é a razão pela
qual a administração é um fator crítico e determinante. Hoje em dia,
praticamente todos nós somos empregados por instituições administradas,
grandes ou pequenas, empresariais ou não. Dependemos da
administração para nossa sobrevivência. E a nossa capacidade de
contribuição à sociedade também depende tanto da administração das
organizações em que trabalhamos quanto de nossos próprios talentos,
dedicação e esforço.
2• A administração está profundamente inserida na cultura, porque ela
trata da integração das pessoas em um empreendimento comum. O que
os administradores fazem na Alemanha Ocidental, no Reino Unido, nos
EUA, no Japão, ou no Brasil é exatamente o mesmo. Como eles fazem é
que pode ser bem diferente. Assim, um dos desafios básicos que os
administradores enfrentam em países em desenvolvimento é descobrir e
identificar as parcelas de suas próprias tradições, história e cultura que
possam ser usadas como elementos construtivos da administração. A
diferença entre o sucesso econômico do Japão e o relativo atraso da Índia
é explicado, em grande parte, porque os administradores japoneses
26
conseguiram transplantar conceitos administrativos importantes para seu
próprio solo cultural e fazê-los crescer.
1• Toda empresa requer compromisso com metas comuns e valores
compartilhados. Sem esse compromisso não há empresa, há somente
uma turba. A empresa tem de ter objetivos simples, claros e unificantes. A
missão da empresa tem de ser suficientemente clara e grande para
promover uma visão comum. As metas que a incorporam devem ser
claras, públicas e constantemente reafirmadas. A primeira tarefa da
administração é pensar, estabelecer e exemplificar esses objetivos, valores
e metas.
2• A administração deve também capacitar a empresa e cada um de seus
componentes a crescer e se desenvolver à medida que mudem
necessidades e oportunidades. Toda empresa é uma instituição de
aprendizado e de ensino. Treinamento e desenvolvimento precisam ser
instituídos em todos os níveis da sua estrutura – treinamento e
desenvolvimento incessantes.
3• Toda empresa é composta de pessoas com diferentes capacidades e
conhecimento, que desempenham muitos tipos diferentes de trabalho.
Deve estar ancorada na comunicação e na responsabilidade individual.
Todos os componentes devem pensar sobre o que pretendem alcançar –
e garantir que seus associados conheçam e entendam essa meta. Todos
têm de considerar o que devem aos outros – e garantir que esses outros
entendam. E todos têm de pensar naquilo que eles, por sua vez, precisam
dos outros – e garantir que os outros saibam o que se espera deles.
4• Nem o nível de produção nem a “linha de resultados” são, por si sós,
uma medição adequada do desempenho da administração e da empresa.
Posição no mercado, inovação, produtividade, desenvolvimento do
pessoal, qualidade, resultados financeiros, todos são cruciais ao
desempenho de uma organização e à sua sobrevivência. Também as
instituições não-lucrativas precisam de medições em algumas áreas
específicas às suas missões. Tanto quanto um ser humano, uma
organização também necessita de diversas medições para avaliar sua
27
saúde e seu desempenho. O desempenho tem de estar entranhado na
empresa e na sua administração; precisa ser medido – ou ao menos
julgado – além de ser continuamente melhorado.
Finalmente, a única e mais importante coisa a lembrar sobre qualquer
empresa é que os resultados existem apenas no exterior. O resultado de uma
empresa é um cliente satisfeito. O resultado de um hospital é um paciente curado. O
resultado de uma escola é um aluno que aprendeu alguma coisa e a coloca em
funcionamento dez anos mais tarde. Dentro de uma empresa só há custos. “
Limitações de comunicação e transportes retardaram o crescimento dos
primeiros negócios. Conseqüentemente, os aperfeiçoamentos nas técnicas de
administração não melhoram substancialmente seus desempenhos. Entretanto, a
Revolução Industrial modificou esse panorama. As empresas cresceram e se
tornaram mais complexas, aperfeiçoamentos menores em táticas administrativas
produziram aumento avassaladores na quantidade e qualidade da produção.
O surgimento das economias de escala, reduções no custo médio de uma
unidade de produção à medida que o volume total cresce. Levou os administradores
a lutarem por mais crescimento. As oportunidades para produção em massa criadas
pela Revolução Industrial geraram um pensamento intenso e sistemático sobre
problemas e questões administrativas, particularmente eficiência, processos de
produção e redução de custo.
2.1.1 Contexto histórico
As instituições privadas ou públicas, com ou sem fins lucrativos, não existem
por conta própria, mas para satisfazer uma necessidade exclusiva da sociedade, da
comunidade ou do indivíduo. Existem para cumprir uma finalidade social definida;
não são fins em si, são meios para que as necessidades sejam atendidas. Assim, a
administração é o órgão da instituição que, como tal, só pode ser descrito e definido
por sua função e contribuição, devendo cumprir as seguintes tarefas:
• atingir a finalidade e a missão específicas da instituição, seja uma
empresa comercial, hospital ou uma universidade;
28
• tornar o trabalho produtivo e transformar o trabalhador em realizador;
• administrar os impactos sociais e as responsabilidades sociais.
Não existem receitas prontas ou fórmulas, teoria em administração é
construída a partir de um conjunto de conhecimentos organizados e sistematizados,
resultantes da experiência prática obtida nas organizações.
Para Maximiano (2000), existem duas fontes principais que originam os
conhecimentos administrativos: a experiência prática e os métodos científicos.
Considera que os conhecimentos resultantes da experiência prática surgiram
com as primeiras organizações humanas, de onde os administradores passaram a
formar um acervo teórico resultante da transmissão de conhecimentos.
A segunda fonte refere-se a aplicação dos métodos científicos à observação
das organizações e dos administradores. Na história da humanidade, verifica-se que
sempre existiu alguma forma de associação entre os homens para, através do
esforço conjunto, atingirem objetivos que, isoladamente não seria possível.
O processo de administrar está vinculado a qualquer situação em que existam
pessoas fazendo o uso de recursos para atingir determinado objetivo.
De tais formas, embora inicialmente rudimentares, já manifestava-se alguma
forma de administrar organizações.
Conforme Maximiano (2000, p. 126), por volta de 10000 a 8000 a. C. na
Mesopotâmia e no Egito, agrupamentos humanos que desenvolviam atividades
extrativistas faziam uma transição para atividades de cultivo agrícola e pastoreio,
iniciando-se a “Revolução Agrícola”. Nesse período surgem as primeiras aldeias,
marcando-se a mudança da economia de subsistência para a administração da
produção rural e a divisão social do trabalho.
Ainda, de acordo com mesmo autor, no período compreendido entre 3000 e
500 a. C. , a “Revolução Agrícola” evoluiu para a “Revolução Urbana”, surgindo as
cidades e os Estados, demandando a criação de práticas administrativas.
Chiavenato (1983, p.18) faz referências às magníficas construções realizadas
na Antigüidade no Egito, na Mesopotâmia, na Assíria indicaram trabalhos de
dirigentes capazes de planejar e orientar a execução de obras que ainda podemos
observar. Também, através de papiros egípcios foi possível verificar a importância
da organização e administração da burocracia pública no Antigo Egito.
29
A influência dos filósofos no pensamento administrativo merece referências a
influência dos filósofos gregos, como Platão (429 a. C. – 347 a. C.) discípulo de
Sócrates, e Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.), discípulo de Platão. Ambos deixaram
contribuições para o pensamento administrativo do Século XX. Platão preocupou-se
com os problemas de natureza política e social relacionados ao desenvolvimento do
povo grego. Aristóteles impulsionou o pensamento da Filosofia e no seu livro Política
estudou a organização do Estado.
Outros filósofos deixaram importantes contribuições para a formação do
pensamento administrativo:
Nicolau Maquiavel 1469 – 1527 Historiador e filósofo político italiano, seu livro mais famoso, O Príncipe (escrito em 1513 e publicado em 1532) refere-se a forma de como um governante deve se comportar. Segundo MAXIMIANO (2000, p.146), Maquiavel pode ser entendido “como um analista do poder e do comportamento dos dirigentes em organizações complexas”. Certos princípios simplificados que sofreram popularização estão associados a Maquiavel
Francis Bacon 1561 – 1626 Filósofo e estadista inglês, considerado um dos pioneiros do pensamento científico moderno, fundador da Lógica Moderna baseada no método experimental e indutivo (do específico para o geral). Segundo CHIAVENATO (1983, p.22) com Bacon é que encontra-se a preocupação com a separação experimental do que é essencial em relação ao que é acidental
René Descartes 1596 – 1650 Filósofo, matemático e físico francês, considerado fundador da Filosofia Moderna. Celebrizado pela sua obra “O Discurso do Método”, em que descreve os principais preceitos do seu método filosófico
Thomas Hobes 1588 – 1679 Filósofo e teórico político inglês, segundo o qual o homem primitivo era um ser anti-social por definição, atirando-se uns contra os outros pelo desejo de poder, riquezas e propriedades – “o homem é o lobo do próprio homem”. O Estado surge como a resultante da questão, que, de forma absoluta, impõe a ordem e organiza a vida social.
Karl Marx 1818 – 1883 Marx, filósofo alemão, e Engels, propuseram uma teoria da origem econômica do Estado. CHIAVENATO (1983, p.23) escreve que, de acordo com Marx e Engels a dominação econômica do homem pelo homem é a geradora do poder político do Estado, que vem a ser uma ordem coativa imposta por uma classe social exploradora.
Friedrich Engels 1820 – 1895 Marx e Engels afirmam que a história da humanidade sempre foi a história da luta de classes, resumidamente, entre exploradores e explorados.
Tabela 2: Formação do Pensamento Administrativo. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A
30
2.1.2 Abordagens Clássicas
Administração Sistemática - Surgiu a partir dos pensamentos de Adam Smith,
que acreditava que a administração das fábricas, o centro do crescimento norte-
americano,era caótica e suas idéias ajudariam a sistematizá-las. A maioria das
tarefas organizacionais era subdividida e executada segundo o trabalho
especializado. Entretanto, a coordenação ruim entre os subordinados e entre os
diferentes níveis administrativos causava problemas freqüentes e paradas no
processo produtivo.
A abordagem da administração sistemática buscou construir procedimentos e
processos específicos nas operações para assegurar a coordenação dos esforços. A
administração sistemática enfatizava operações econômicas, assessoria adequada,
manutenção de estoques para atender à demanda dos consumidores e ao controle
organizacional. Embora a administração sistemática não aborde todas as questões
com que os administradores se
defrontavam, tentou-se elevar a consciência deles a respeito das preocupações
mais urgentes de seu trabalho.
Segundo Robbins (2003, pg. 489) As raízes da administração moderna
residem em um grupo de teóricos e práticos que buscaram criar princípios racionais
que tornassem as organizações mais eficientes.
2.1.3 Administração Científica
Criada por Frederick Winslow Taylor, um jovem engenheiro, que descobriu
que a produção e o pagamento eram ruins, que a ineficiência e as perdas eram
prevalentes e que a maioria das empresas possuía um grande potencial não
utilizado, uma falha da administração sistemática. Ele concluiu que as decisões
administrativas eram assistemáticas e que não existia pesquisa para se
determinarem os melhores meios de produção.
Com isso, Taylor introduziu uma segunda abordagem administrativa,
administração científica. Essa abordagem defendia a aplicação de métodos
científicos para analisar o trabalho e determinar como completar as tarefas de
produção eficientemente. Outro elemento dessa abordagem era o uso de
31
gratificação diferenciada, que consistia no pagamento de quantias adicionais aos
trabalhadores quando eles excedessem níveis-padrão de resultado em cada
trabalho. Taylor concluiu que tanto os trabalhadores quanto a administração
poderiam se beneficiar disso.
De fato, o conceito de organizar o trabalho baseado na análise cuidadosa das tarefas para produtividade máxima está profundamente embutido em nossas organizações. No entanto, porque a administração científica ignorava o contexto social e as necessidades dos trabalhadores, ela levava ao aumento nos conflitos e choques, algumas vezes violentos, entre os administrativos e os trabalhadores. (Taylor, 2005 pg. 32).
Segundo Robbins (2003, pg. 489) o uso do método científico para definir a
“melhor maneira” para um trabalho ser feiro, sendo amplamente aceito por gerentes
do mundo inteiro.
2.1.4 Burocracia
Surge também através da publicação de um livro onde, Max Weber,
sociólogo; advogado e historiador alemão, mostra como a administração em si
mesma poderia ser mais eficiente. Weber acreditava que com a burocracia os
resultados diferentes pudessem ser eliminados, numa organização onde os
administradores possuíssem habilidades variadas. Experiência e objetivos. Weber
recomendava que os cargos fossem padronizados de modo que a mudança de
pessoal não desintegrassem a organização.Ele enfatizava a existência de uma rede
estrutural e formal de relacionamentos entre posições especializadas numa
organização.
Segundo Chiavenato (1936, pg. 58) a teoria pretendeu das as bases de um
modelo ideal e racional de organização que pudesse ser aplicado às empresas,
qualquer que fosse o seu ramo de atividade.
As regras e regulamentações padronizaram o comportamento e a autoridade
agora era sobre as posições e não sobre os indivíduos. Como resultado a
organização não precisaria apoiar-se em apenas um individuo, mas obteria
eficiência e sucesso seguindo as regras e regulamentações.
2.1.5 Gestão Administrativa
32
Defendida por Henry Fayol, engenheiro de minas e executivo francês, surgiu
através de um livro publicado por ele com suas experiências administrativas. Fayol
adicionou uma função básica as quatro já identificadas antes, que são: planejar;
organizar; comandar; coordenar e controlar, e também definiu catorze princípios:
divisão do trabalho; autoridade; disciplina; unidade de comando; unidade de direção;
subordinação do interesse individual ao interesse geral; remuneração; centralização;
hierarquia; ordem; equidade; estabilidade e manutenção do pessoal; iniciativa e
espírito de equipe. A abordagem da gestão administrativa enfatizava a perspectiva
dos altos administradores dentro da organização e sustentava que a administração
era uma profissão e poderia ser ensinada.
2.1.6 Relações Humanas
Essa abordagem deve muito às escolas de pensamento. As idéias de
Gilbreths (administração cientifica), Barnard e Follet (gestão administrativa)
influenciaram o desenvolvimento das relações humanas entre 1930 e 1955. Na
verdade, a abordagem surgiu de um projeto de pesquisa que começou com um
estudo de administração cientifica.
A abordagem de relações humanas visava entender como os processos
psicológicos e sociais interagem com a situação de trabalho para influenciar o
desempenho. Relações Humanas foi a primeira grande abordagem a enfatizar os
relacionamentos de trabalho informal e a satisfação do trabalhador.
Segundo Chiavenato (1936, pg. 58) Deu ênfase ao homem e ao clima
psicológico de trabalho. As expectativas dos empregados, as suas necessidades
psicológicas, a organização informal e a rede não convencional de comunicação.
2.1.7 Abordagens Contemporâneas
Administração Quantitativa Durante a segunda Guerra Mundial, os
planejadores militares começaram a aplicar técnicas matemáticas para defesa e
para problemas logísticos. Após a guerra, corporações privadas constituíram
equipes de especialistas em métodos quantitativos para lidar com as questões
33
complexas que confrontavam a maioria das organizações. Essa abordagem então
chamada de administração quantitativa.
Essa abordagem enfatiza a aplicação de análise quantitativa aos problemas
e decisões administrativas. A administração quantitativa auxilia o administrador a
tomar decisões pelo desenvolvimento formal de modelos matemáticos do problema.
Apesar da promessa que a administração quantitativa traz os administradores não
se baseiam nesses métodos como sendo a principal abordagem para a tomada de
decisão. Muitos utilizam os resultados considerados por eles como consistentes
juntamente com sua experiência, intuito e julgamento, mas rejeitariam resultados
que contradissessem suas crenças.
Segundo Certo, (2005 - pg. 5) administração é o processo que permite
alcançar as metas de uma empresa, fazendo uso do trabalho com e por meio de
pessoas e outros recursos da empresa.
A abordagem comportamental da administração preocupa-se com o aumento da produção por meio de uma maior compreensão de como são as pessoas. De acordo com os teóricos dessa abordagem, se os gerentes compreendem seus funcionários e adaptarem as empresas a eles, o êxito organizacional será uma conseqüência Natural. (CERTO, 2005. pg. 31)
2.1.8 Comportamento Organizacional
Os estudiosos começaram reconhecer que a produtividade do trabalhador e o
sucesso organizacional são baseados em mais coisas do que em satisfação de
necessidades econômicas e sociais. A perspectiva revisada é conhecida como
comportamento organizacional. Essa abordagem estuda e identifica as atividades de
administração e promove a eficácia às atividades de administração e promove a
eficácia do empregado por meio do entendimento a natureza complexa do indivíduo,
do grupo e do processo organizacional.
Segundo Chiavenato (1936, pg. 163) comportamento organizacional é o
estudo do funcionamento e da dinâmica das organizações e como os grupos e os
indivíduos se comportam dentro delas.
2.1.9 Teoria dos Sistemas
Baseada numa abordagem cientifica e voltada para os detalhes da
organização, a teoria dos sistemas fornece um meio para interpretar as
34
organizações, traz uma visão holística de todo o processo e enfatiza os processos.
A teoria dos sistemas possui alguns conceitos importantes, sistemas abertos:
são organizações dependentes de insumos que provêm do mundo externo
(matérias-primas); sistemas fechados: são aqueles que não interagem com o meio
ambiente externo; eficiência: é a razão dos resultados pelos insumos; eficácia: é o
grau em que os resultados de uma organização correspondem às necessidades e
aos desejos do ambiente externo; Subsistemas: é um componente do todo e
interdependente dos outros sistemas; equifinalidade: é o mesmo que existir diversos
caminhos que chegam no mesmo resultado; sinergia: é quando o todo é maior que a
soma das partes.
A Abordagem Sistêmica segundo Robbins e uma visão que por exemplo, reconheceria que não obstante a eficiência do departamento de produção, se o departamento de marketing não antecipar mudanças nos gostos do consumidor e não trabalhar com o grupo de desenvolvimento de produtos para criação daquilo que os consumidores desejam, o desempenho global da organização será bloqueado. (ROBBINS, 2003. pg. 499)
2.1.10 Teoria da Contingência
Construída a partir das idéias dos sistemas, a perspectiva contingencial refuta
os princípios universais da administração pela afirmação de que uma variedade de
fatores que podem afetar o desempenho da organização, sejam eles internos ou
externos. Entender as contingências auxilia o administrador, a saber, quais os
conjuntos de circunstâncias que ditam as ações administrativas.
Com um olho nessas contingências, um administrador pode caracterizar a
situação e depois escolher a estratégia competitiva, a estrutura organizacional ou o
processo administrativo adequado às circunstâncias.
Segundo Chiavenato (1936, pg. 407) nasceu a partir de uma série de
pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estruturas organizacional mais
eficientes em determinados tipos de indústria.
2.1.11 Gestão da Qualidade Total
Muito conhecida por pessoas do ramo dos negócios antigamente como TQM
(total quality management). A gestão de qualidade total refere-se extensamente a
uma abordagem administrativa integrativa para a satisfação dos consumidores por
35
meio de ampla gama de ferramentas e técnicas destinadas a atingir alta qualidade
em bens de serviços. A TQM inclui a prevenção de defeitos antes que eles ocorram
o atingimento de zero-defeito na fabricação, o projeto de produtos para a qualidade
e o fornecimento de serviços de qualidade, bem como o de produtos.
Segundo Certo (2005, pg. 241) A expressão recursos humanos adequados se
refere a pessoas da empresa cuja contribuição é valiosa para o alcance das metas
do sistema administrativo.
2.1.12 Organizações Inteligentes
À medida que as velhas regras de fazer negócios tornam-se obsoletas, as
empresas devem ser flexíveis e adaptáveis aos tempos de rápidas mudanças. Mais
do que realmente reagir às mudanças, elas devem antecipas as mudanças e estar à
frente delas. Na organização inteligente, é dada aos empregados a oportunidade de
saber o que está ocorrendo, de pensar construtivamente sobre importantes
questões, de buscar oportunidades para aprender novas coisas e procurar soluções
criativas para os problemas da organização.
O propósito dessa avaliação não é apenas adquirir perspectivas sobre como as mudanças em si deva ser alterada para aumentar a eficiência da empresa, mas também determinar se os passos tomados na realização das mudanças devem ser modificados para aumentar a eficiência da empresa na vez seguinte em que forem utilizados. (CERTO, 2005. pg. 276)
2.1.13 Reengenharia
Além de as empresas precisarem estar sempre se renovando, mudando e
aperfeiçoando-se, elas precisam de mais, precisam reinventar-se para melhorarem
seu desempenho. E a reengenharia não é nada mais, além disso, ela constitui o
processo de iniciar tudo novamente do zero, reconstruindo a empresa e revisando
seu modo de negociar. De acordo com seus proponentes, a reengenharia esta para
a próxima revolução nos negócios, assim como, a especialização do trabalho de
Adam Smith esta para a Revolução Industrial.
A reengenharia adota uma perspectiva de sistemas, melhorando a qualidade
de matéria prima e de insumos - chaves, assegurando que cada processo de
transformação adicione valor ao produto e também monitorando a satisfação do
mercado.
36
Michael Hammer (1994, p.22) “Reengenharia é o repensar fundamental e a
reestruturação radical dos processos empresariais que visão alcançar drásticas
melhorias em indicadores críticos e contemporâneos de desempenho...”.
2.2 Conceitos e Funções
As demandas da sociedade demonstram que as organizações devem estar se
preparado constantemente para o desenvolvimento de um conjunto de ações que
representem resultados eficientes no sentido de oferecer serviços e produtos de
interesse comum. Neste contexto, o empreendimento de ações públicas deve
acompanhar a evolução dos desejos e necessidades da comunidade, exigindo
austeridade e a melhor aplicação dos recursos empregados.
De acordo com Costa (2004), as constantes transformações retratam que as
organizações públicas estão cada vez mais sujeitas a críticas e julgamentos de certa
forma necessários para garantir a transparência de suas ações, fiscalizadas pela
sociedade e comprometidas com um paradigma de desenvolvimento econômico e
social.
Contudo, a falta de informações necessária para a tomada de decisão e
aplicação de métodos arcaicos e ultrapassados faz com que os vários setores da
administração, não esteja preparada para o desenvolvimento de um gestão pró-
ativa, estruturada e moderna e conseqüentemente eficaz.
Através de ações de modernização, sob o aspecto da gestão fiscal, o Estado
pode otimizar o desempenho da estrutura de fiscalização e arrecadação, visando a
obtenção de resultado mais expressivos no combate à sonegação e aumento nos
níveis de arrecadação do Estado. Para tanto, a modernização tem no investimento
público um forma de busca para o alinhamento, ou realinhamento, necessário para a
conquista de seus objetivos.
De acordo com Pereira (2001, p. 87) a atração de investimentos “é um
processo que vê ser estratégico, seletivo, com marcação de alvos”, sob pena de,
eventualmente resolver problemas conjunturais, nem por isso pouco importantes,
mas não semear as sementes da mudança estável de tipo estrutural, mais
sustentável e durável.
37
Com o advento da sociedade da informação os agentes econômicos aumentaram a
sua mobilidade, exercendo ações em todo o território nacional e deixando de estar
restritos ao conceito de jurisdição territorial. Em decorrência, é comum que
empresas sejam contribuintes, simultaneamente, de diversos governos, em nível
federal, estadual ou municipal. A conseqüência direta deste modelo é que os bons
contribuintes acabam penalizados pela burocracia, pois têm que lidar com
procedimentos e normas diversos em cada unidade da federação ou município.
O atual modelo tributário reflete um sistema extremamente burocrático que
impõe aos empreendedores uma grande perda de tempo para atender às exigências
das autoridades fiscais em seus milhares de normas e regulamentos.
Isso na prática significa tirar do empresário grande parcela da dedicação que
deveria ser colocada na sua atividade fim, que é a venda de mercadorias, produtos e
serviços. Ocorre, portanto, um verdadeiro entrave para o desenvolvimento do país
se comparado aos demais países no atual mundo integrado e globalizado.
Na tentativa de diminuir esses entraves, no Brasil discute-se a reforma
tributária, mas na realidade são aprovadas reformas arrecadatórias, postas em
prática por meio de aumentos na carga tributária, como foi o caso da majoração do
PIS e da COFINS, quando na época falava-se sobre a mini-reforma tributária.
A economia também é afetada com a burocracia causada pelo modelo
tributário atual, pois gera desinteresse e inibição para que o capital seja investido na
atividade produtiva. Pode-se citar como exemplo, o caso da demora para abertura
de empresas no Brasil, cuja média é de 50 dias conforme pesquisa publicada na
Revista Fenacon em Serviços do bimestre maio/junho de 2006. Muitos novos
negócios podem deixar de se realizar em razão dos dias perdidos para iniciar um
novo empreendimento.
2.3 A Nota Fiscal Eletrônica
O setor empresarial já percebeu a necessidade e importância do uso da
tecnologia para auxiliar na redução de custos e maior competitividade, mesmo nas
pequenas empresas onde a tecnologia está presente diariamente em suas
atividades. Algumas empresas já trabalham com sistemas integrados entre clientes,
fornecedores e distribuidores por meio da Internet, onde os pedidos são efetuados
38
eletronicamente, porém isso é considerado muito pouco, muito mais ainda pode ser
feito e com as informações repassadas diretamente as secretárias competentes.
Com a evolução dos meios tecnológicos e modernização a relação entre
particulares e governo tem sido intensificado, principalmente com relação às
obrigações tributárias, que ainda estão em descompasso com a realidade.
Surge assim a Nota Fiscal Eletrônica NF-E, com o objetivo de implantação de
um modelo nacional de documento fiscal eletrônico para substituir o atual sistema de
emissão de documento fiscal em papel. Esse projeto consiste na existência somente
de documento digital, emitido e armazenado eletronicamente para cumprir com as
obrigações fiscais, tendo também assinatura digital do emissor para obter legalidade
jurídica e pela recepção pela Secretaria da Fazenda, antes da circulação da
mercadoria.
A implantação da NF-e constitui um grande avanço para facilitar a vida do contribuinte e as atividades de fiscalização sobre operações e prestações tributadas pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Num momento inicial, a NF-e será emitida apenas por grandes contribuintes e substituirá os modelos, em papel, tipo 1 e 1A. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 24)
Justifica-se a implantação deste sistema devido à busca pela integração e
modernização da Administração Tributária relaciona-se à forma federativa adotada
pelo estado brasileiro. Sendo assim, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios são dotados de autonomia política, administrativa e financeira, estando
suas atribuições, limitações e competências previstas na Constituição Federal, que
concede a cada esfera de governo a competência de instituir e administrar os
respectivos tributos. Com relação a utilização da NF-e pode-se dizer:
Existem soluções conjuntas nas três esferas de Governo, que promovem maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações, facilitando maior eficácia da fiscalização, com possibilidade de realização de ações fiscais coordenadas e integradas, proporcionando o intercâmbio de informações fiscais entre as diversas esferas governamentais, com cruzamento dos dados padronizados e uniformizados de procedimentos. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 27)
Em países como Brasil, com forte grau de descentralização fiscal,
administrações tributárias são pouco discutidas, gerando multiplicidade de trabalho,
burocracia, baixo grau de troca de informações e falta de compatibilidade entre os
dados econômico-fiscais dos contribuintes. A área de jurisdição territorial possui alta
mobilidade, em decorrência disso varias empresas tornam-se contribuintes de vários
39
governos ao mesmo tempo, como federal, estadual ou municipal. Sendo assim bons
contribuintes acabam sendo barrados pela burocracia e obrigados a adaptação de
leis e regulamentações de diversas federações e municípios.
Com a rapidez nos processos de globalização e de digitalização as
transações efetuadas e os montantes de recursos movimentados crescem num ritmo
intenso e, na mesma proporção, aumentam os custos relacionados à necessidade
do Estado de detectar e prevenir a evasão tributária. Existe a necessidade em captar
recursos para armazenar e disponibilizar informações sobre as operações realizadas
pelos contribuintes e controlando assim como um todo o processo das obrigações
acessórias.
O contribuinte por sua vez necessita de recursos humanos e materiais para o
registro, contabilidade, armazenamento, auditoria interna e prestação de
informações ao governo para o cumprimento de obrigações legais. Sendo assim de
fundamental importância, a integração e compartilhamento de informações que
busca racionalizar e modernizar a administração tributária brasileira, reduzindo
custos e burocracias, facilitando o cumprimento das obrigações tributárias e o
pagamento de impostos e contribuições, além de fortalecer o controle e a
fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as administrações. Para a
implantação da NF-e:
Os Estados possuem liberdade para determinar sozinhos quais setores ou faixas de faturamento eles querem que tenham a obrigatoriedade do uso da Nota Fiscal Eletrônica. A tendência é de tomar tal atitude em conjunto, enquanto o ICMS for uma atribuição do Estado é de fazer estas obrigatoriedades em conjunção, como ocorreu com cigarros e combustíveis. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 29 )
Para que se inicie o Projeto da Nota Fiscal Eletrônica é necessário que a
empresa emissora gere um arquivo eletrônico, assinado digitalmente com
informações fiscais, através da Internet o documento eletrônico é enviado a
Secretaria da Fazenda para que seja efetuado o transito da mercadoria. Os
processos para emissão da Nota Fiscal Eletrônica seguem as seguintes etapas:
• Habilitação do contribuinte como emissor, credenciando a empresa como
emissora de Nf-e no estado onde está estabelecida.
• Adquirir um certificado digital nos padrões da Nf-e.
• Adaptar o sistema de faturamento para emitir a Nf-e.
• Emissão e Trasmissão da Nf-e.
40
• Consulta da Nf-e.
• Envio da Nf-e á Receita Federal e a secretária de Fazenda de destino.
• Confirmação de recebimento da Nf-e pelo destinatário.
A Nota Fiscal Eletrônica representa um grande avanço nas relações comerciais
entre contribuintes e no cumprimento das obrigações acessórias correspondentes,
trazendo consigo uma forte mudança de cultura, ao se deixar uma realidade toda
baseada no documento em papel, passando-se para um cenário virtual, baseado no
documento de existência apenas digital, atendendo os requisitos definidos na
Medida Provisória 2.200 da Presidência da República. Segundo anexo 02 Sistema
Público de Escrituração Digital – Sped.
Para a emissão da Nota Fiscal Eletrônica será necessário que a empresa
gere um arquivo eletrônico contendo as informações fiscais da operação comercial,
o qual deverá ser assinado digitalmente, de maneira a garantir a integridade dos
dados e a autoria do emissor. Este arquivo eletrônico, que corresponderá à Nota
Fiscal Eletrônica (NF-e), será então transmitido pela Internet para a Secretaria da
Fazenda de jurisdição do contribuinte que fará uma pré-validação do arquivo e
devolverá um protocolo de recebimento (Autorização de Uso), sem o qual não
poderá haver o trânsito da mercadoria.
A NF-e será transmitida a Receita Federal situação de operação em ambiente
nacional, em caso de movimentações interestaduais, enviados a Secretária da
Fazenda, sendo possível a consulta via Internet para interessados que possuam
acesso ao documento eletrônico. Para acompanhar o transito da mercadoria será
impressa uma única representação gráfica simplificada da Nota Fiscal Eletrônica,
intitulado DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), em papel folha A4,
em única via, que conterá impressa o modo de consulta via Internet.
Esse moderno processo de emissão de Notas Fiscais, chega trazendo
grandes benefícios para os contribuintes e as administrações tributárias, como:
Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e)
� Redução de custos de impressão;
� Redução de custos de aquisição de papel;
� Redução de custos de envio do documento fiscal;
� Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
� Simplificação de obrigações acessórias, como dispensa de AIDF;
41
� Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira;
� Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes.
Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e)
� Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias;
� Planejamento de logística de entrega pela recepção antecipada da
informação da NF-e;
� Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas
fiscais;
� Incentivo ao uso de relacionamentos eletrônicos com fornecedores;
Benefícios para a Sociedade
� Redução no consumo de papel, com impacto positivo no meio ambiente;
� Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;
� Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas;
� Surgimento de oportunidades de negócios e empregos na prestação de
serviços.
Benefícios para as Administrações Tributárias
� Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
� Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio
e compartilhamento de informações entre os fiscos;
� Redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela
fiscalização de mercadorias em trânsito;
� Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação;
� Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Secretaria
da RFB.
� Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Secretaria
da Receita Federal e demais Secretarias de Fazendas Estaduais. (Sistema
Público de Escrituração Digital – SPED).
2.4 Características Nota Fiscal Eletrônica
42
A empresa deve buscar interar-se do assunto, conhecer suas especificações
e se adequar ao novo sistema vigente. Podem ser citadas algumas características e
propostas relacionadas à Implantação da Nota Fiscal Eletrônica, como:
• Documento digital, que atende aos padrões definidos na MP 2.200/01, no
formato XML (Extended Markup Language);
• Garantia de autoria e integridade, certificadas através de assinatura digital do
emitente, definido pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP
Brasil);
• O arquivo da NF-e deverá seguir o leiaute de campos definido em legislação
específica;
• A NF-e deverá conter um “código numérico”, obtido por meio de algoritmo
fornecido pela administração tributária, que comporá a “chave de aceso” de
identificação da NF-e, juntamente com CNPJ do emitente e número da NF-e;
• A NF-e, para poder ser válida, deverá ser enviada eletronicamente e
autorizada pelo fisco, da circunscrição do contribuinte emissor, antes de seu
envio ao destinatário e antes da saída da mercadoria do estabelecimento;
• A transmissão da NF-e será efetivada, via Internet, por meio de protocolo de
segurança ou criptografia;
• A NF-e transmitida para a SEFAZ não pode mais ser alterada, permitindo-se
apenas, dentro de certas condições, seu cancelamento;
• As NF-e deverão ser emitidas em ordem consecutiva crescente e sem
intervalos a partir do 1º número seqüencial, sendo vedado a duplicidade ou
re-aproveitamento dos números inutilizados ou cancelados;
• A critério das administrações tributárias, a NF-e poderá ter o seu recebimento
confirmado pelo destinatário.
2.4.1 Autorização do Uso de NF-e
A autorização pelo uso do novo sistema de NF-e corresponde na habilitação
do contribuinte emissor de NF-e junto a Secretaria da Fazenda, através do acesso
43
ao site da Sefaz, a qual realizará a análise eletrônica do pedido e de possíveis
pendências. A próxima fase a ser seguida pelo contribuinte será o inicio do envio de
Notas Fiscais Eletrônicas, em ambiente de testes, para homologação do seu
sistema.
Segundo site da Receita Federal, para efetuar a homologação da empresa
deverá ser enviado um e-mail para a Secretaria Estadual de Fazenda
correspondente à UF onde a empresa está situada, contendo todas as seguintes
informações:
• Razão Social;
• UF onde o emissor está autorizado a emitir NF-e;
• CNPJ;
• CNPJ matriz;
• Inscrição Estadual.
Abaixo, segue um modelo do e-mail:
De: (Responsável na empresa) Para: (Responsável na Secretaria Estadual de Fazenda) Assunto: Sefaz Virtual: Informações de Cadastro À Sefaz Seguem as informações solicitadas para cadastro do seguinte contribuinte, para atuar como emissor de Nota Fiscal Eletrônica junto à Sefaz Virtual: Razão Social: UF onde o emissor está autorizado a emitir NF-e: CNPJ: CNPJ Matriz: Inscrição Estadual: Em anexo seguem os arquivos com os certificados digitais que serão utilizados pelos aplicativos clientes da empresa acima referida: <nome do arquivo 1.cer>; Contatos do Responsável na Empresa
Tabela 3: Modelo E-mail Solicitação de Emissor Nfe. Fonte site www.receita.fazenda .gov.br
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Após os teste receberá um código de habilitação para emitir NF-e, podendo, a
partir deste instante, iniciar a transmissão de suas NF-e para a Secretaria da
Fazenda.
Efetuar o processo de emissão e transmissão de uma Nota Fiscal Eletrônica,
pelo contribuinte emissor, para a Secretaria de Fazenda, que após sua autorização
de uso, transmitirá o documento eletrônico para a Secretaria da Receita Federal e
Sefaz de destino, no caso de operações interestaduais, permitindo assim o trânsito
da mercadoria.
Figura 1: Processo a ser utilizado na implantação da NF-e na Perdigão Agroindustrial S.A. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A
2.4.2 Documento Auxiliar – DANFE
Para facilitar o controle referente ao trânsito da mercadoria com uma NF-e
autorizada, deverá ser feito acompanhado de um documento auxiliar, impresso em
papel comum, intitulado DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica). O
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DANFE não é uma nota fiscal, nem substitui uma nota fiscal, serve apenas como
instrumento auxiliar para consulta da NF-e por conter impressa a chave de acesso
da NF-e, permitindo assim que a validade da operação e da NF-e seja confirmada,
pelo detentor deste documento auxiliar, através do site da SEFAZ na Internet.
Segundo o livro Manual da Nota Fiscal Eletrônica:
A NF-e terá um documento auxiliar, o DANFE, impresso em papel comum, com o objetivo de acobertar o Trânsito de mercadorias, colher a firma do destinatário/tomador para comprovação de entrega das mercadorias ou prestação de serviço e auxiliar a escrituração da NF-e no destinatário não receptor de NF-e. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 53)
Apesar disto, no primeiro momento de implantação do projeto, o contribuinte
destinatário, não emissor de NF-e, poderá escriturar este documento, sendo que sua
validade fica vinculada a efetiva existência da NF-e nos arquivos das administrações
tributárias envolvidas no processo. O DANFE conterá código de barras
unidimensional (padrão CODE 128C, contendo o número da chave única da NF-e).
Modelo DANFE a ser utilizado quanto ao uso do sistema de emissão de Notas
Eletronicamente.
Figura 2: DANFE a ser utilizado na implantação da NF-e Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A
46
2.4.3 Formulário de Segurança
Além do DANFE, mais uma alternativa que pode ser utilizada para garantir a
confiabilidade do processo na emissão da NF-e é o formulário de segurança. Com
relação a possíveis falhas na emissão da NF-e perante o site da Secretária da
Fazenda, no momento da transmissão de dados, o formulário de segurança torna-se
a forma legal para obter continuidade no processo da emissão das notas e garantir
sua legalidade.
O Formulário de Segurança já existia antes do surgimento da NF-e, é
considerado um papel composto pela impressão da estampa fiscal para fins de
maior segurança e por dispositivos de segurança também impressos. Segundo Site
WWW.sefaz.sc.gov.br, suas características devem ser:
• Papel de segurança com filigrana produzida pelo processo mould made;
• Fibras coloridas e luminescentes;
• Papel não fluorescente;
• Micro cápsulas de reagente químico;
• Micro poros que aumentam a aderência do toner ao papel
Segundo convênio ICMS 58/95 em anexo:
Cláusula primeira Os Estados e o Distrito Federal poderão autorizar o contribuinte a realizar impressão e emissão de documentos fiscais, simultaneamente, sendo este designado impressor autônomo.
§ 1º O impressor autônomo dos documentos fiscais deverá solicitar regime especial junto ao Fisco da respectiva unidade da Federação para fazer uso da faculdade prevista nesta cláusula.
§ 2º Quando se tratar de contribuinte do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, a adoção deste sistema de impressão será comunicada à Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda.
Cláusula segunda A impressão de que trata a cláusula anterior, fica condicionada à utilização de papel com dispositivos de segurança, denominado formulário de segurança. (CONVÊNIO ICMS 58/95)
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Para requerer os formulários de segurança é necessário o preenchimento do
PAFS, (Pedido de Aquisição de Formulário de Segurança). Na hipótese de utilização
de formulário de segurança para impressão de DANFE, devem ser observados
alguns requisitos contidos no Convênio de ICMS 58/95(Anexo 01) como por exemplo
a dispensa perante a exigência da Autorização do uso da Impressão de
Documentos Fiscais – AIDF e da exigência de Regime Especial.
Segundo Portal da Nota Fiscal Eletrônica, (nfe.sefaz.se.gov.br, acesso
07/04/2008 08:00 Hs), não poderá ser impressa a expressão”Nota Fiscal”, devendo,
em seu lugar, constar a expressão”DANFE”. Fica vedada a utilização de formulários
de segurança adquirido para outra destinação, o modelo a ser utilizado deve ser o
55.
O PAFS deve ser adquirido através de fornecedores credenciados perante a
Comissão da União, deve ser informado no campo de observações que seu uso se
reserva à impressão do Documento Auxiliar na Nota Fiscal Eletrônica (DANFE).
Segundo Portal da Nota Fiscal Eletrônica
De posse do PAFS, o contribuinte deve procurar a SEFAZ – GERCONT-(Gerência de Controle Tributário). Será verificado se a situação cadastral do contribuinte é igual a ATIVO ou SUSPENSO; em ambas as situações, a impressão de formulário de segurança para fins de DANFE é permitida; assim sendo, será dado o visto no campo apropriado do PAFS autorizando a impressão; Será retida a 1a via do PAFS; O contribuinte deve retornar ao fabricante e dar seguimento à confecção dos formulários. Lembramos que no formulário não pode conter a expressão "Nota Fiscal", mas sim "DANFE”. O contribuinte não precisa retornar a SEFAZ após a confecção dos formulários. (NFE.SEFAZ.SE.GOV.BR, acesso 10/08/2008, 07:13Hrs)
2.4.4 Guarda dos Documentos
A NF-e após ter sido recebida, armazenada na base de dados da SEFAZ e
disponibilizada para consulta via Internet, será enviada pela SEFAZ de origem para
a Receita Federal do Brasil e, nos casos de operações interestaduais, para a
Secretaria da Fazenda do Estado de destino das mercadorias, via Rede de
Informações Sintegra (RIS). Segundo Decreto 2.870, anexo 11 ”O emitente e o
destinatário deverão manter a NF-e em arquivo digital, pelo prazo estabelecido na
legislação tributária para a guarda dos documentos fiscais, apresentados à
administração tributária, quando solicitado”.
48
Dessa forma, tratando-se de operações interestaduais, os Postos Fiscais de
Fronteira receberão a informação prévia da NF-e, eliminando-se, assim, a
necessidade atual de digitação de notas fiscais, facilitando o controle do Fisco e
reduzindo o tempo gasto pelo contribuinte nestas repartições.
2.4.5 Cancelamento de NF-e
Após ser recebida pela SEFAZ, a Nota Fiscal Eletrônica não pode sofrer
nenhum tipo de alteração. A alteração só pode ser efetuada com autorização prévia
do seu uso pelo Fisco (protocolo “Autorização de Uso”) e que não tenha ainda
ocorrido à saída da mercadoria do estabelecimento, além de determinado período
de tempo, estabelecido pela legislação, após sua emissão e recepção pela SEFAZ.
O contribuinte deve comunicar-se com a SEFAZ, via tecnologia “web service”,
enviando uma mensagem no formato XML (extensible markup language), com
assinatura digital, solicitando o cancelamento de uma NF-e e identificando-a através
da informação de sua respectiva chave de acesso.
Para que o contribuinte tenha conhecimento da resposta para sua solicitação:
A SEFAZ responderá ao contribuinte através se um protocolo de transação com Status de “Cancelamento de NF-e”. Esse protocolo, alem de identificar o Status da Nf-e conterá a identificação da Nf-e através de sua chave de acesso e o momento em que a NF-e teve seu cancelamento registrado pela SEFAZ (data/hora/minuto/segundo). Assim será possível obter todas as informações referentes ao cancelamento da nota ao consumidor o Site da SEFAZ. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 52)
2.4.6 Carta de Correção
A Carta de Correção tem como finalidade a alteração de dados específicos,
informados incorretamente, após a emissão e envio da NF-e á Sefaz. Porém não
são todos os erros que poderão ser alterados, sua utilização é permitida em caso
de irregularidades formais que não tenham repercussões sobre o valor do imposto
devido. Com relação a erros de cálculo ou qualquer outro problema que tenha
elevado ou reduzido o ICMS, as providências deverão ser outras.
O contribuinte pode usar a carta de correção em casos de erro no preenchimento do CNPJ, códigos de produtos, descrição e endereço, entre outros. No caso de erros que tenham reduzido o imposto devido, o contribuinte deverá providenciar, além do protocolo da carta de correção na Secretaria da Fazenda, a emissão de uma nota fiscal complementar. Caso
49
a nota tenha sido emitida com valor maior, é possível, diz Sônia, se creditar da parcela que foi lançada a mais. Para isso, porém, será necessário garantir que o ICMS emitido a mais anteriormente não seja aproveitado como crédito pelo contribuinte da etapa seguinte. ( VALOR ECONÔMICO 10/06/2002).
Segundo site da Receita Federal, após a concessão da Autorização de Uso da
NFe, o emitente poderá sanar erros em campos específicos da NFe, por meio de
Carta de Correção Eletrônica - CC-e transmitida à Secretaria da Fazenda Não
poderão ser sanados erros relacionados:
• Às variáveis consideradas no cálculo do valor do imposto, tais como: valor da
operação ou da prestação, base de cálculo e alíquota;
• A dados cadastrais que impliquem alteração na identidade ou no endereço de
localização do remetente ou do destinatário;
• À data de emissão da NF-e ou à data de saída da mercadoria.
Para atender as normas legais com relação à Carta de Correção Eletrônica -
CC-e, deverão ser observados alguns aspectos:
1. Observar o leiaute estabelecido em Ato Cotepe;
2. Conter assinatura digital do emitente, certificada por entidade credenciada
pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil, contendo
o CNPJ do emitente ou da matriz;
3. Ser transmitida via Internet, com protocolo de segurança ou criptografia.
2.4.7 Consulta NF-e
A consulta da NF-e deve ser efetuada, para que possam ser retificados
possíveis erros após a transmissão das informações e também verificar se o
recebimento pela SEFAZ, foi efetuado com sucesso.
Segundo Portal da Nota Fiscal Eletrônica, a existência de uma NF-e e sua
validade poderão ser verificadas através de uma consulta no site da Secretaria de
Fazenda da Unidade da Federação de origem do emitente da NF-e ou através do
Portal Nacional da NF-e, a partir da informação da chave de acesso da NF-e.
A chave de acesso da NF-e, que consta impressa no DANFE, é composta
pelas informações do código da UF do emitente da NF-e, ano e mês de emissão,
50
CNPJ do emissor; modelo do documento fiscal, série, número da NF-e e código
numérico que compões a chave de acesso.
O código de acesso é uma seqüência de 10 posições numéricas, geradas
pelo emissor da NF-e, no momento de sua emissão e que tem como objetivo tornar
menos previsível a construção da chave de acesso da NF-e. O resultado da consulta
da NF-e no site da SEFAZ ou Portal Nacional, disponibilizará todas as informações
contidas no arquivo XML por um prazo de 180 dias. Após este período a consulta
será mais restrita.
2.4.8 Consulta Status NF-e
O emissor de NF-e terá a sua disposição, via tecnologia “web service”, um
serviço de consulta ao status de uma NF-e, que permite ao emissor certificar-se da
situação de uma NF-e que tenha emitido e enviado para a SEFAZ. Esta consulta
será feita através do envio para a SEFAZ de uma mensagem no formato XML,
solicitando o status de uma NF-e, informando sua correspondente chave de acesso.
A SEFAZ responderá a consulta por intermédio de protocolo de transação,
identificando a NF-e por sua chave de acesso e trazendo o histórico de status desta
NF-e com o correspondente momento de registro (data/hora/minuto/segundo) na
base de dados da SEFAZ. O serviço de consulta da Nf-e terá função de informar ao
emissor a situação da NF-e
Para efetuar essa consulta o emissor deverá enviar para a SEFAZ uma mensagem no!formato XLM solicitando o Status de uma NF- e, informando sua correspondente chave de acesso. A SEFAZ informará o Status da NF-e consultando-a através ta sua chave de acesso trazendo o histórico de Status desta, correspondente ao momento de registro (data/hora/minuto/segundo) na base de dados da SEFAZ. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 53).
2.4.9 Validade Jurídica NF-e
A validade jurídica da NF-e será garantida através da assinatura digital, que
garante ao documento a certeza de sua integridade e pela autorização da
administração tributária da unidade federativa do contribuinte. Com o uso da
assinatura digital é possível identificar no ato o autor de um arquivo e se o mesmo
sofreu algum tipo de alteração. A utilização da senha é fundamental para limitar o
acesso ao sistema de transações eletrônicas.
51
O certificado para utilização da NF-e deve ser adquirido junto a Autoridade
credenciada pela Infra – estrutura de Chaves Públicas Brasileiras – ICP-Brasil, esse
certificado pode ser utilizado tanto pela matriz da empresa como para as filiais.
Segundo artigo sobre. A Segurança no uso da Nota Fiscal Eletrônica
As grandes empresas do Brasil devem seguir padrões abertos na implementação do sistema de NF-e, que devem contemplar assinatura digital para cada NF-e emitida no padrão ICP Brasil - que consiste no conjunto de técnicas, práticas e procedimentos a ser implementado pelas organizações governamentais e privadas brasileiras com o objetivo de estabelecer os fundamentos técnicos e metodológicos de um sistema de certificação digital baseado em chave pública. (CARLOS MAGNO, True Access Consulting 27/09/2007).
2.5 SPED
A evolução na emissão das notas fiscais sem formato digital inicia-se com a
Ementa Constitucional 42, de 19.12.2003 inciso XXII que basicamente determina a
integração da administração tributária entre União, Estados, Distritos Federais,
Estados e Municípios, incluindo compartilhamento de cadastros, leis, convênios e
informações fiscais.
Como forma de cumprimento da regulamentação acima citada, cria-se o
Protocolo de Cooperação ENAT 02/2005. Onde foi criado o Sistema Público de
Escrituração Digital – SPED, que terá como função o registro de certificação da
assinatura digital. Segundo autores do livro Manual da Nota Fiscal Eletrônica
De acordo com esse protocolo, a adoção do SPED trará aos contribuintes o benefício de simplificação e racionalização de obrigações acessórias, alem da agilização dos procedimentos sujeitos a controle das administrações tributarias e redução de custos com armazenamento de documentos em papel. Não será mais obrigatória a impressão em papel especial, pois toda a documentação fiscal passa a residir nos sistemas de informação. Para a administração tributária os benefícios são: maior interação administrativa padronização e melhor qualidade das informações, racionalização de custos e maior eficácia da fiscalização. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 23).
O Projeto do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), consiste na
modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias,
transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos
fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura dos
documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas
na sua forma digital.
52
Instituído pelo Decreto n º 6.022, de 22 de janeiro de 2007, faz parte do
Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e
constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o fisco e os
contribuintes. Sendo assim:
O SPED é instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fluxo único, computadorizado de informações. (DECRETO Nº 6022, de Janeiro de 2007).
Figura 3: Processos a serem incorporados ao processo da NF-e, com relação ao SPED Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A
2.6 Escrituração Digital
Paralelamente ao Projeto da Nota Fiscal Eletrônica, o governo está
desenvolvendo o Projeto da Escrituração Fiscal Digital e da Escrituração Contábil
Digital, onde as empresas de grande porte, a princípio, enviarão para a Receita
Federal todo o movimento fiscal e contábil de forma eletrônica. De acordo com
esses projetos:
53
a) a empresa escritura as Notas Fiscais de Serviços no Portal da Nota Fiscal
Eletrônica das Prefeituras;
b) as Notas Fiscais de venda de mercadorias e produtos, incluindo os itens
das NFs de compra e vendas mais o Registro de Inventário são escrituradas e
enviadas mensalmente para a SEFAZ (Validadores do SINTEGRA);
c) anualmente, após a escrituração dos Livros Diários Eletrônicos e
respectivos livros auxiliares, os mesmos serão enviados para registro nas Juntas
Comerciais de forma digital (CDs, DVDs, Pen- Drives), conforme prevê a Instrução
Normativa DNRC Nº 102, de 25 de abril de 2006, que cria a figura dos Livros
Mercantis Eletrônicos;
d) todas as informações eletrônicas serão enviadas pelos contribuintes e
armazenadas num grande Banco de Dados, gerenciado pela Receita Federal e
demais órgãos da administração tributária em todas as esferas.
Uma vez implantado, esse projeto será um singular Caso de Sucesso para
todos os governos do Mundo. Quando o processo estiver concluído, daqui a poucos
anos, não há a menor dúvida que as autoridades tributárias terão um controle maior
na arrecadação, no combate à sonegação e um crescimento expressivo do volume
de tributos arrecadados. É um pressuposto muito importante para que a carga seja
percentualmente reduzida já que na prática um número maior de empresas sairá das
sombras da sonegação e pagará os impostos comuns a todos que exercem a
atividade empresarial.
2.6.1 Escrituração Contábil Digital
A assinatura digital proporcionará maior agilidade na verificação de integridade e
identificação de arquivos eletrônicos, que serão monitorados para detectar possíveis
alterações. Esse monitoramento será feito através de senha, para permitir acesso
somente aos meios de fiscalização legalizados.
Segundo site da Receita Federal, a legislação tributária federal exige que, além
do Livro Diário, o contribuinte escriture o Livro Razão. Obriga, também, as pessoas
jurídicas não optantes pelo Simples a apresentarem os arquivos eletrônicos que
representem a Contabilidade.
Segundo Site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br, Decreto
3000/99, Anexo 04), “no livro Diário a escrituração é feita em papel, tem seus
54
lançamentos em ordem cronológica, possui termos de abertura e encerramento e
tem transcrição das demonstrações contábeis”. Sendo utilizadas quatro formas de
representar uma mesma realidade, de maneiras diferentes.
No livro Razão a escrituração é feita em papel, os lançamentos em ordem de
conta e data. Os Arquivos eletrônicos são descritos em dois formatos distintos
compostos basicamente, por plano de contas, lançamentos e saldos.
O objetivo da construção do SPED Contábil é substituição da emissão dos
Livros (diário e razão) em formato papel para apenas arquivos digitais. O SPED,
sistema em desenvolvimento pelo Serpro, visa promover a atuação integrada entre
os fiscos, uniformizar a coleta de dados contábeis e fiscais, bem como racionalizar
as obrigações acessórias dos contribuintes. As seguranças, redução de custos e
facilidade de armazenamento, estão entre as vantagens para os contribuintes;
enquanto que tornar mais rápido a identificação de tortuosos tributários é um dos
objetivos do governo.
Segundo Flávio Antônio Araújo, coordenador de estudos e programação da
Secretaria da Receita Federal “Isso vai permitir que as informações contábeis e
fiscais, hoje armazenadas em papel, sejam substituídas por informações em meio
digital, o que introduz mais vantagens para o contribuinte e para o governo”.
2.6.2 Escrituração Fiscal Digital
O principal intuito da Escrituração digital é proporcionar a diminuição na
apresentação das obrigações acessórias do contribuinte, que hoje são apresentadas
de forma impressa e por alguns meios eletrônicos, porém com variados leiautes.
O SPED Fiscal, já é utilizado nas empresas, para que seja feito seus
controles através de arquivos e planilhas no formato digital, sendo os registro em
papel apenas uma obrigação burocráticas, com isso reduzirá o trabalho devido à
dispensa em se apresentar grande parte das informações fornecidas na DIPJ
(Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica) e outras
obrigações acessórias relativas a outros tributos como por exemplo o IPI, PIS e
COFINS, no âmbito federal.
Segundo Site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br, Convênio
ICMS 57/95, Anexo01), algumas obrigações acessórias são atualmente obrigatórias
com relação ao fisco e poderão ser incorporados pelo SPED, como informação do
55
ICMS, guias informativas anuais, livros de escrita fiscal, arquivos do Convênio ICMS
57/95 e informações do IPI.
2.6.3 NF-e - Ambiente Nacional
Nos países com maior grau de descentralização, como o Brasil, a área de
Administração Tributária é muito mais debatida, promovendo maior integração e
cooperação. Sendo assim:
Atualmente, as Administrações Tributárias despendem grandes somas de recursos para captar, tratar, armazenar e disponibilizar informações sobre a emissão de notas fiscais dos contribuintes. Os volumes de transações efetuadas e os montantes de recursos movimentados crescem num ritmo intenso e, na mesma proporção, aumentam os custos inerentes á necessidade do Estado de detectar e prevenir a evasão tributária. (www.sef.sc.gov.br, 10/04/2008, 22:31Hs).
Torna-se necessário maior investimento público voltado para integração do
processo de controle fiscal, buscando assim um melhor compartilhamento de
informações entre os fiscos e controle fiscalização, melhora cumprimento das
obrigações tributárias, pagamentos e contribuição.
2.7 Reforma tributária
Com o passar do tempo vem ocorrendo à rápida evolução da Fiscalização
Tributária com o intuito de melhorar cada vez mais a relação com os contribuintes,
construindo assim novas formas de relacionamento interpessoal, surgindo à
necessidade de se criarem regras de conduta, para impor limites às liberdades
individuais e manter a ordem e legalidade. Segundo artigo publicado,
O desafio de uma Reforma Tributária é que esta deve manter a carga tributária existente, todavia distribuindo-a de maneira mais justa. Mas nessa empreitada não há margens para erros, nem tampouco oportunidade para segunda tentativa, pois a possibilidade de uma falha na condução desse processo lhe retiraria a credibilidade e conseqüentemente o apoio de que necessita para ser aprovada. (DÊNERSON DIAS ROSA, 02/05/2003).
Para um melhor entendimento desse processo, algumas etapas podem ser
citadas, como:
• 1996. Criação da CPMF, sem permissão de cruzamento de dados;
• 1997. Implantação do Siscomex-Importação;
56
• Maio/1997. Criação do Sistema Integrado de Informações sobre Operações
Interestaduais com Mercadorias e Serviços SINTEGRA, sistema implantado
em todo o país, com a finalidade de facilitar o fornecimento de informações
dos contribuintes aos fiscos estaduais e de aprimorar o fluxo de dados nas
Administrações Tributárias e entre elas;
• 1998. Criação do CNPJ em substituição ao CGC, visando a racionalização de
recursos e procedimentos dos diversos cadastros existentes, prevendo a
adesão de todas as administrações tributárias estaduais e municipais, com
posterior integração nacional do cadastro tributário. Entretanto, devido a
questões de legislação e a dificuldades de ordem operacional apontadas à
época, sobretudo no âmbito tecnológico, o CNPJ não conseguiu atender aos
objetivos previstos;
• Dezembro/1999–SINTEGRA - Cadastros de todas UF; informações de
ingresso de mercadorias na Suframa;
• 2000 a 2002. Rede exclusiva interligando as 27 Secretarias de Fazenda e
Secretaria da Receita Federal para efetuar o intercâmbio de informações.
Intensificação da fiscalização com o cruzamento de dados com a arrecadação
da CPMF;
• Agosto/2002. Acesso ao sistema Ambiente de Registro e Rastreamento da
Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR). O sistema objetiva
disponibilizar, em tempo real, informações de natureza aduaneira, contábil e
fiscal que permitam à fiscalização identificar o comportamento e inferir o perfil
de risco dos diversos agentes relacionados ao comércio exterior, tornando-se
uma ferramenta fundamental no combate às fraudes;
• Dezembro/2003. Aprovação da Emenda Constitucional nº42, que introduziu o
inciso XXII ao art. 37 da Constituição Federal, determinando que as
administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de
cadastros e de informações fiscais;
• Julho/2004. Realizou-se, em Salvador, o I Encontro Nacional de
Administradores Tributários (ENAT), reunindo os titulares das administrações
tributárias federal, estaduais, do Distrito Federal e dos Municípios das
capitais;
57
• Agosto/2005. Realizou-se, em São Paulo, o II ENAT, onde foram assinados
novos Protocolos de Cooperação. Dentre eles, o Protocolo de Cooperação
ENAT nº01/2005, onde os signatários se comprometem a envidar esforços
para integrar ao sistema de cadastro sincronizado, além das juntas
comerciais e os cartórios de registro de PJ’s, todos os demais órgãos da
administração tributária e demais entidades que participem do processo de
formalização e legalização de entidades e regulação de atividades
econômicas;
• Agosto/2005. II ENAT. Assinatura de Protocolos de Cooperação, com o
objetivo de desenvolver e implantar o Sistema Público de Escrituração Digital
e a Nota Fiscal Eletrônica;
• 2006. Início do projeto piloto da NF-e, que integra o SPED.
Com a Criação do sistema da Nota Fiscal Eletrônica a Reforma Tributária
passa por um período de mudança de escrituração em papel para eletrônica,
modernizando o sistema e buscando maior integração entre os órgãos de
fiscalização. A evolução na emissão das notas fiscais nos mostra que:
Há algum tempo a legislação passou a autorizar também a tecnologia de impressão a laser para emissão de documentos fiscais. Esse recurso traz ganhos para a empresa em rapidez, devido à impressão mais veloz e a separação de vias automática, e em qualidade, já que a tecnologia laser é mais avançada que a matricial. Além de melhorar os custos, pois o processo, como um todo, é otimizado, diminuindo gastos com pessoal, com erros, retrabalho e com aquisição de formulários pré-impressos. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 22)
Para estar em conformidade com a Receita Federal, foi criado do SPED,
sistema em desenvolvimento pelo Serpro, que busca promover a atuação integrada
entre os fiscos, uniformizar a coleta de dados contábeis e fiscais, bem como
racionalizar as obrigações acessórias dos contribuintes. A fim de buscar maior
segurança, redução de custos, facilidade de armazenamento e a busca por
organizações ilícitas perante os objetivos do governo.
2.8 A Nota Fiscal Eletrônica
A nota fiscal tem como finalidade o registro de transferência de propriedade
sobre um bem ou uma atividade comercial prestada por uma empresa e uma pessoa
58
física ou outra empresa. Nos casos onde ocorre também à transferência de valor
monetário entre as partes, destina-se ao recolhimento dos impostos para que não se
caracterize como sonegação de impostos. É utilizada quanto a regularizações de
transações como doação, serviços, transportes e empréstimos.
Pode se dizer que a nota pode ser usada como cancelamento de outra nota
fiscal, devido a alguma transação efetuada de forma indevida, devoluções e
cancelamento de serviços. A Nota Fiscal hoje é emitida em formulários contínuos,
em sua maioria modelo 1-A contendo 4 vias, segundo a regulamentação do ICMS as
vias das Notas Fiscais devem ser emitidas no mínimo em três vias com a seguinte
destinação:
• 1ª via Acompanhará a mercadoria.
• 2ª via Ficará fixa no bloco.
• 3ª via Será entregue ao posto fiscal e por onde transitar a mercadoria quando
a mercadoria for destinada a outros Estados.
• A 4ª via será recolhida ao primeiro posto fiscal por onde passar o
transportador.
Caso o talonário não tiver a 4ª via esta poderá usar o xerox da 1ª via, para deixar
no posto onde transitar a mercadoria.
O atual sistema de emissão de documentos fiscais no Brasil é considerado
como um sistema tradicional, pois envolve o preenchimento manual de notas fiscais
em talões, ou através de sistemas mecanizados, onde ainda contamos em raras
ocasiões com a tradicional máquina de escrever, datilografando notas solta, ou os
formulários contínuos nos quais os sistemas de informação preenchem
eletronicamente a nota fiscal concomitante com os lançamentos manuais ou
integrados nos livros fiscais.
Em plena era digital, temos o surgimento da Nota Fiscal Eletrônica, onde as
empresas deixarão de utilizar o antigo talonário de notas fiscais e suas cópias para
migrar e fazer o registro da operação através do processamento eletrônico e online
dos dados, o que vai significar que as empresas vão literalmente invadir os portais
das autoridades tributárias municipais, estaduais e federais, homologando as
operações em tempo real.
O processo utilizado atualmente na emissão de Notas Fiscais na Empresa
Perdigão Agroindustrial S.A.
59
Figura 4 : Processos Nota Fiscal Convencional Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A
2.8.1 Processo Perdigão
O processo para emissão de nota fiscal durante a implantação será divido em
duas partes: 1° a que não sofrerá nenhuma alteração , ou seja, não será necessário
modificações ou incrementar novas funcionalidades e a 2° que é a definição dos
processos que serão necessários ajustes e quais ajustes necessários para o seu
funcionamento.
Para iniciarmos podemos relatar rapidamente os processos que compõem a
1° etapa, considerando que a nota fiscal a ser gera da é uma nota fiscal de venda,
então temos a captação do pedido, esta captação também pode ser realizada de 3
principais formas: através dos PalmTops dos vendedores que fazem a visitação aos
clientes Perdigão / Batavo / Eleva, através de clientes que fazem o pedido através
do Site da empresa e através da equipe de apoio a vendas que faz o atendimento
dos vendedores através de uma linha 0800 e processa a digitação de pedidos. Após
o pedido criado o mesmo é transmitido via Palm para o sistema R3, este pedido é
integrado no sistema gerando uma ordem de venda (transação VA01), e após
60
integrado retorna uma mensagem para o vendedor com o status da ordem, este
status informa ao vendedor se o pedido foi aceite, se o cliente possui limite de
crédito para compra, se o preço ou o valor do pedido mínimo foi aceito. Ao final da
tarde é gerada a máquina de alocação de estoque que verifica se há estoque
suficiente na filial para atender a ordem de venda, com a alocação efetuada é criada
as remessas (transação VL01N manual ou VL10A processamento em massa) após
as remessas criadas as mesmas são associadas a transportes (Transação VT01N) a
alocação é efetuada separando os clientes em transportes por rotas, o transporte é
associado a ZWM25N. O processamento da ZWM25N para efetuar as Notas fiscais,
mas estas etapas já são necessárias alterações para adequação do sistema.
2.8.2 Processo de Venda
Através dos PalmTops dos vendedores que fazem a visitação aos clientes
Perdigão / Batavo / Eleva, após o pedido criado o mesmo é transmitido via Palm
para o sistema R3, este pedido é integrado no sistema gerando uma ordem de
venda (transação VA01), é criada as remessas agrupando ordens caso existam
(transação VL01N manual ou VL10A processamento em massa) após as remessas
criadas as mesmas são associadas a transportes e a alocação é efetuada
separando os clientes em transportes por rotas, o transporte é associado a
ZWM25N. O processamento da ZWM25N para efetuar as Notas fiscais, a transação
processa o faturamento, criando documento contábil, imprime a Nota Fiscal e gera o
boleto que é enviado junto à nota fiscal e mercadoria.
Macro do Processo Atual – Emissão de Nota Fiscal
Figura 5: Macro do Processo Atual. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
61
Macro do processo futuro (mudanças em azul) – Emissão Nota Fiscal Eletrônica
Figura 6: Macro do processo futuro. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Macro do Processo Futuro (Mudança me azul) – Retorno da SEFAZ
Figura 7: Macro do Processo Futuro.
Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
2.8.3 Processo de Transferência de Mercadorias
A área responsável pela Logística da empresa Perdigão avalia através de
relatórios do próprio sistema R3 a necessidade de abastecimento de suas unidades
de venda. São criados pedidos de transferências de mercadorias e as remessas de
transferência através da Z2C9 determinando qual a fábrica fornece a mercadoria e
62
qual a filial será a recebedora deste estoque. Processada a transação LT06 para
determinar quais os paletes serão transferindo, obedecendo as regras de estoque
quando a datas de produção / datas de validades. A transação VL02N processa a
baixa de estoque do centro emitente, transferindo o estoque para um depósito
transitório. Com o processamento da Z331 são emitidas as Notas Fiscais.
Macro Processo Atual – Emissão Nota Fiscal
Figura 8: Macro Processo Atual. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Macro Processos Futuros (mudanças em azul) – Emissão Nota Fiscal Eletrônica
Figura 9: Macro Processos Futuros. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Macro Processos Futuros (mudanças em azul) – Retorno da SEFAZ
63
Figura 10: Macro Processos Futuros. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
2.8.4 Notas Fiscais Manuais
O processo da Nota Fiscal Manual consiste no lançamento de pequenas
compras, pagamento de integrado por compra de animais. A nota fiscal manual é
uma nota fiscal, criada no sistema R3, sem possuir um documento de origem valido
no sistema R3, ou seja, a nota fiscal é válida mas com o número da nota fiscal não
consegue identificar o fluxo do processo (etapas do processo até a nota fiscal ser
gerada).
Na transação J1B1N é criada a nota fiscal manual e após a mesma é
impressa na transação Z142.
Macro do Processo Atual – Emissão de Nota Fiscal
Figura 11: Macro do Processo Atual. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Macro Processo Futuro (mudança em azul) – Emissão de nota fiscal
64
Figura 12: Macro Processo Futuro. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Macro Processo Futuro (mudanças em azul) – Retorno da SEFAZ
Figura 13: Macro Processo Futuro. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
2.8.5 Venda Pronta Entrega
Este processo é realizado apenas para a empresa Batávia, somente produtos
lácteos por este motivo não esta sendo tratado como parte do projeto de
implantação de NF-e devido a não necessidade imediata da implantação de
produtos lácteos a NF-e.
Todos os Vendedores Prê-Vendas possuem um Kit com equipamentos para
que possam efetuar a venda no ato para cliente dos produtos disponíveis em
esquete (caminhão) no momento da visita.
65
Maleta
Figura 14: Maleta. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Impressora
Figura 15: Impressora. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Receptor Infra Vermelho
Figura 16: Receptor Infra Vermelho. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Celular / Palm Top
Figura 17: Celular / Palm Top. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Se o vendedor for de uma região longe do Centro de Distribuição é feito um
reabastecimento de produtos para que ele possa continuar vendendo sem ter de ir
ate o CD para pegar mais produtos.
Figura 18: Ilustração do Processo de Venda Através do RCA Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
66
2.9 Processo de Implantação NF-e
O processo de implantação tem como objetivo servir de modelo para a
descrição do projeto lógico do Sistema de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), registrando
de forma consolidada as especificações já definidas pela equipe técnica do projeto.
A busca pela integração e modernização da Administração Tributária
relaciona-se à forma federativa adotada pelo estado brasileiro. Neste contexto, a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são dotados de autonomia
política, administrativa e financeira, estando suas atribuições, limitações e
competências previstas na Constituição Federal, que concede a cada esfera de
governo a competência de instituir e administrar os respectivos tributos.
A integração e cooperação entre administrações tributárias têm sido temas
muito debatidos em países federativos, especialmente naqueles que, como o Brasil,
possuem forte grau de descentralização fiscal. Nesses países, a autonomia tributária
tem gerado, tradicionalmente, multiplicidade de rotinas de trabalho, burocracia, baixo
grau de troca de informações e falta de compatibilidade entre os dados econômico-
fiscais dos contribuintes. Para os cidadãos, o Estado mostra-se multifacetado,
ineficiente e moroso. Para o governo, o controle apresenta-se difícil porque falta a
visão integrada das ações dos contribuintes. Para o País, o custo público e privado
do cumprimento das obrigações tributárias torna-se alto, criando um claro empecilho
ao investimento e geração de empregos.
A implantação da NF-e trará benefícios para o profissional contábil uma vez
que com a integração dos sistemas utilizados para execução dos trabalhos na área
fiscal, não haverá mais necessidade de lançar manualmente o conteúdo da nota
fiscal, pois com a utilização do Código de Barras Bidimensional, o profissional
importará os dados na Nota Fiscal Eletrônica com uma leitora ótica, agilizando o
processamento das obrigações acessórias, reduzindo sensivelmente os erros com a
escrituração das notas fiscais de forma manual.
Um dos principais benefícios com a implantação do Projeto da Nf-e é a
redução de gastos com papel, além do custo financeiro também está sendo levado
em consideração o impacto em termos ecológicos e ambientais. A questão do
espaço físico utilizado para armazenamento é bem significativo, pois devem ser
67
guardados por no mínimo 5 anos para atender a possíveis esclarecimentos
solicitados pelo fisco.
Ano N° Notas Fiscais Custo por NF Custo Total
2005 4.591.335 R$ 0,159 R$ 730.022,26
2006 4.865.737 R$ 0,159 R$ 773.652,18
2007 5.868.665 R$ 0,159 R$ 933.117,73
2008 4.852.562 R$ 0,172 R$ 834.640,66
Tabela 4: Tabela Custo Médio por Nota / Custo Anual Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Além dos benefícios gerados para o profissional contábil, a implantação da
NF-e gerará benefícios também aos contribuintes. Esses benefícios são fortes tanto
no aspecto empresarial quanto de responsabilidade com as autoridades normativas.
No campo fiscal teremos redução de custos com a dispensa de emissão e de
armazenamento de documentos em papel, simplificação e padronização das
obrigações acessórias e uniformização das informações enviadas às diversas
unidades federadas.
2.9.1 Desenvolvimento Projeto
O projeto da NF-e vem sendo desenvolvido em parceria com 19 empresas,
que se habilitaram para participar do Piloto do projeto, a partir do convite que foi
formulado para diversas empresas. O processo para a geração e utilização da NF-e
funcionará da seguinte forma:
a) o empresário gera a NF-e através de um sistema que utiliza linguagem
compatível com a Web, no caso XML;
b) o responsável legal ou o procurador, valida a NF-e com uma assinatura
digital, nível de segurança A-3 (para isso utiliza, por exemplo, o e-CPF ou e-CNPJ);
c) em tempo real, a empresa envia através da Web os dados da NF-e para o
Servidor da Secretaria da Fazenda (SEFAZ de origem) que os validará e autorizará
a emissão da NF-e;
d) a SEFAZ enviará através de e-mail ou consulta no Portal um código de
liberação dessa NF-e;
68
e) no momento em que a SEFAZ autoriza e emissão da NF-e, o contribuinte
pode liberar o transporte da mercadoria ou produto, através da emissão de um
Documento denominado DANFE - Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica.
Esse documento fiscal será emitido em papel comum, em única via, que conterá
impressa, em destaque, a chave de acesso para consulta da NF-e na Internet dentro
de um Código de Barras bi-dimensional, que facilitará a consulta pelas unidades
fiscais da SEFAZ e Receita Federal;
f) o contribuinte (destinatário), não emissor de NF-e, ao receber o DANFE,
poderá escriturar os dados nele contidos para a escrituração da NF-e, sendo que
sua validade ficará vinculada à efetiva existência da NF-e nos arquivos das
administrações tributárias envolvidas no processo, comprovada através da emissão
da Autorização de Uso;
g) as informações da NF-e ficarão armazenadas num Portal Nacional
(WebService) denominado SPED - Sistema Público de Escrituração Digital, para
consulta das partes envolvidas, bem como dos profissionais da contabilidade através
de um aplicativo chamado de "Visualizador da NF-e” que já está disponível para
download no seguinte endereço da Web
O projeto visa possibilitar uma adaptação gradativa dos contribuintes e da
sociedade a este novo modelo, a NF-e será implantada em duas etapas. Na primeira
fase de implantação do projeto, prevista para ocorrer a partir de abril até julho 2006,
dezenove empresas estarão emitindo NF-e que serão autorizadas por seis
Secretarias de Fazenda (BA, SP, RS, SC, GO e MA). Nesta fase, as NF-e serão
emitidas de forma simultânea às suas tradicionais notas fiscais em papel, modelo 1,
e as NF-e e respectivos DANFES não terão validade tributária. Em agosto/2006,
será iniciada a segunda fase, onde será ampliada a quantidade de empresas e
estados emissores da NF-e.
69
3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO
Neste capitulo representa a empresa, sua cronologia e aspectos relevantes
para realização deste trabalho, dando-se inicio na caracterização da organização,
apresentação das análises dos dados coletados e as conclusões finais,
correspondendo assim os objetivos propostos desde o princípio.
3.1 Caracterização da organização
Esta etapa tem como objetivo apresentar informações referente à empresa
Perdigão Agroindustrial S/A, com destaque ao histórico, ramo de atividade, produtos,
visão, missão, valores, filosofia e mercados, dentre outros aspecto pertinentes da
empresa.
De acordo com o site da empresa e seu relatório anual de 2006 divulgado no
primeiro trimestre de 2007, a perdigão é uma das maiores companhias de alimentos
da América Latina, e está entre as principais empregadoras do Brasil, com cerca de
40 mil funcionários. Fundada em 1934, em Santa Catarina, a empresa opera
unidades industriais em cinco Estados brasileiros e sua presença internacional
supera a marca de cem países nos mais diversos continentes.
Com receita bruta de R$ 6,1 bilhões registrada em 2006, a companhia atua
na produção e abate de aves, suínos e bovinos e no processamento de produtos
industrializados, elaborados e congelados de carne, além da fabricação de linhas de
massas prontas, tortas, pizzas, folhados, vegetais congelados e margarinas.
Possui16 unidades industriais de carne, duas processadoras de soja, seis
fábricas de rações e 17 centros de distribuição; estrutura que garante aos clientes e
consumidores um portfólio de mais de mil itens, destinados aos mercados interno e
externo, sob as marcas Perdigão, Chester®, Apreciatta, Toque de Sabor, Turma da
Mônica, Batavo, Borella, Perdix, Confiança, entre outros.
Com permanente visão de futuro, a Perdigão, nos últimos 10 anos, vem
registrando crescimento médio anual de 22% em receitas e 13% em volumes,
pautada nos pilares econômicos, sociais e ambientais. Além disso, gerou na última
década um crescimento médio anual de 20% em faturamento, 28% em lucro líquido,
17% em geração de valor (EBITDA) e 21,5% em retorno para os investidores e
criou, em média, 2,4 mil empregos ao ano. Segundo pesquisa apresentada pela
70
empresa Nielsen, especialista em pesquisa de mercado, a Perdigão encerrou 2006
com market share de 40,7% em pratos prontos; 36,1% em congelados de carnes;
24,9% em industrializados de carnes; 38,1% em pizzas congeladas e 14,5% em
lácteos.
3.1.1 Cronologia
Teve seu surgimento na década de 30, no meio-oeste de Santa Catarina,
quando descendentes de famílias de imigrantes italianos – os Ponzoni e os
Brandalise, - estabeleceram um pequeno negócio, cujo empreendimento deu origem
a um dos maiores complexos agroindustriais no mundo, o qual foi inaugurado na vila
Perdizes, às margens do rio do Peixe, com um armazém de secos e molhados com
o nome Ponzoni, Brandalise & Cia.. Ao final da década de 30 a empresa inicia suas
atividades com um abatedouro de suínos.
Na década de 40, empresa Ponzoni, Brandalise & Cia, adquire Sociedade
Cortume Catarinense, chamando-se Curtume Perdigão, expandindo seus negócios.
E em 1945, juntam-se as duas empresas, formando uma sociedade anônima,
Ponzoni, Brandalise S.A. Em 1947, parte para o ramo madeireiro.
Nos anos 50, a empresa inicia investimentos na criação de animais de
linhagem, inicia abate de aves, e altera sua razão social para Ponzoni, Brandalise
S.A. – Comercio, Indústria e Transporte no ano de 1956 e em 1958 altera
novamente para Perdigão S.A.
Na década e 60, aumenta sua produção de abate, investe em laboratórios
para controle de qualidade, inicia-se o sistema de integração e automatiza so
processo de abate de aves, aumentado significativamente sua produção.
Em 1971, mais uma aquisição. Adquire a Empório Couros S.A. que, junto
com a Curtume Perdigão, forma a Perdigão Couros S.A. Em 1973, constitui a
Perdigão Rações S.A. – Comercio e Indústria, mais tarde chamada de Perdigão
Alimento S.A. A partir de 1975, constrói um abatedouro exclusivo para aves, e inicia
exportação de carne de frango para a Arábia Saudita. Em 1977 incorpora a União
Velosense de Frigorífico – Unifrico S.A., em 1979 incorpora a Rações Pagnoceli S.A.
e, importa dos EUA matrizes de aves para melhoramento genético, surgindo assim a
marca Chester.
71
A partir dos anos 80, inicia-se mais aquisições.
� em 1980 incorpora a Agropecuária Confiança Ltda, a empresa
Comércio e Indústria Saulle Pagnocelli S.A, e a empresa Reunidas
Ouro S.A.;
� em 1981 surge a holding Perdigão S. A., abrindo seu capital ;
� em 19383 lança a Linha Chester;
� em 1984 adquire o Frigorífico Borella e sua marca;
� em 1986 inicia o abate de bovinos e adquire a empresa Frigoplan
Ltda;
� em 1987 adquire uma fabrica de rações na; adquire a Sulina
Alimentos S.A. em Serrafina; constitui a Perdigão da Amazônia S.A. e
a Perdigão Avícola Rio Claro Ltda;
� em 1989 cria a Crediperdigão, cooperativa de crédito voltada para o
interesse de seus associados; os jogos regionais perdigão; cria o
programa “Nossa Gente, Nossa História”;
Nos anos 90 se inicia um período de profissionalização da gestão e
expansão da produção.
� em 1990 ganha aprovação para exportar para a União Européia;
� em 1991 e 1992 morrem os fundadores Saul Brandalise e Angelo
Ponzoni;
� em 1994 o controle acionário é adquirido por um fundo de pensão,
encerrando a fase de administração familiar, tornado-se
profissionalizada;
� em 1995, Nildemar Secches é empossado Diretor-Presidente;
� em 1997 cria a PSPP – Perdigão Sociedade de Previdência Privada;
conclui sua reestruturação societária, resultando numa única empresa
de capital aberto – a Perdigão S.A., e uma única empresa operacional
– a Perdigão Agroindustrial S.A.;
� em 1998 inaugura uma unidade de industrializados em Marau – RS;
inaugura em Videira – SC o CETEC – Centro de Tecnologia de
Carnes;
� em 1999 a fabrica de rações de Catanduvas – SC é ampliada, se
tornado a maior da América Latina; entra no mercado de massas
prontas;
72
A partir do ano 2000 continua sua fase de expansão.
� adquire 51% do controle acionário do Frigorífico Batávia S.A.;
� em 2001adquire os 49% restantes do controle acionário do Frigorífico
Batávia S.A., e o incorpora à Perdigão Agroindustrial S.A., mantendo
a marca Batavo no mercado; Perdigão e Sadia criam a BRF Trading,
uma empresa destinada a comercializar produtos avícolas, e
alimentos em geral produzidos por ambas as companhias em
mercados emergentes; a empresa adere ao Nível I de Governança
Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA);
� em 2002 abre escritório em Dubai, nos Emirados Árabes;
completando 68 anos, a empresa altera sua logomarca; inicia a
exportação de camarão congelado, produzidos por terceiros, com a
linha Freski; dissolve a sociedade com a Sadia na BRF, assumindo o
controle total da empresa que passa a se chamar BRF – Brasilian
Fine Foods;
� em 2003 é inaugurada oficialmente a unidade industrial de Rio Verde
– GO;
� no ano 2004 a empresa comemora seus 70 anos;
� em 2005 estréia nos mercados de margarinas e bovinos; inicia
operações em Brasília – DF; amplia sua presença em Santa Catarina
com a instalação do Centro de Serviços Perdigão (CSP), na cidade de
Itajaí; adquire controle integral do Abatedouro Mary Loise em Nova
Mutum – MT;
� em 2006 a Perdigão estréia no Novo Mercado da Bovespa e adquire
51% do capital da Batávia S.A. Indústria de Alimentos e entra no
mercado de lácteos; realizou oferta pública de ações captando R$
800 milhões para serem destinado a novos investimentos;
� em 2007 a empresa inaugura o Complexo Agroindustrial de Mineiros
– GO; entra no mercado de Pet Food; adquire a Sino dos Alpes
Alimentos Ltda; chega a um acordo com a holding holandesa Cebeco
Groep BV para aquisição da Plusffod Groep BV.; adquire frigorífico de
bovinos em Mirassol D’Oeste – MT; Perdigão e Unilever formalizam a
criação de uma Joint-venture (UP Alimentos) para gerir as marcas
Becel e Becel ProActive; compra, da Unilever , as marcas da
73
margarina Doriana, Delicata e Claybom e os ativos ligados ao
processo das mesmas em Valinhos – SP; compra a empresa Paraíso
Agroindustrial S.A. do grupo Gale em Jataí – GO;
3.1.2 Prêmios Recebidos como Forma de Reconhecimento
O quadro a seguir traz os principais prêmios que a empresa recebeu no ano
de 2006, e a entidade outorgante do mesmo, seguido do motivo:
Prêmio Outorgante Motivo
Top 5 – Governança Corporativa
IR Global Rankings – Mz Consult, JP Morgan, KPMG e Linklaters
Melhor empresa de governança corporativa do Brasil e melhor empresa de governança corporativa do setor de consumo da América Latina.
Melhor Empresa do Setor de Frigorífi co – Anuário Exame de Agronegócio Revista Exame
A Perdigão atingiu o maior número de pontos em sua categoria: 8,3.
Melhores do Agronegócio 2006 Revista Globo Rural
A Empresa recebeu a premiação da Revista Globo Rural.
Prêmio destaque em Responsabilidade Social Empresarial Editora Expressão
Homenagem às empresas com excelência em gestão de responsabilidade social, que atingiram o estágio quatro nos Indicadores Ethos.
Grandes & Líderes Revista Amanhã Perdigão ficou em terceiro lugar no ranking das cem maiores empresas de Santa Catarina
Prêmio Destaque no Marketing
Associação Brasileira de Marketing e Negócios (ABMN)
A campanha publicitária Todo Mundo Adora foi um dos casos vencedores do Prêmio Destaque no Marketing, na categoria marketing institucional.
Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente na categoria Alimentos
Revista Consumidor Moderno
Reconhecimento à Perdigão por sua excelência no relacionamento com o cliente como parte estratégica de negócios.
Procesador Del Año – Setor de Carnicos Revista Indústria Alimentícia Empresa destaque no setor de carnes.
Carrinho Agas Associação Gaúcha de Supermercados (Agas)
Prêmio é concedido às empresas que mais contribuíram para o fortalecimento do varejo no Rio Grande do Sul.
Troféu Ponto Extra 2006
Associação Paulista de Supermercados (Apas)
Antonio Zambelli, diretor de marketing da Perdigão, recebeu o Troféu, na categoria Executivo de Marketing.
Prêmio Fritz Müller Fatma – Fundação do Meio Ambiente
Perdigão é destaque na categoria Controle de Poluição com Ênfase na Água, pela consolidação do Sistema de Tratamento de Efl uentes na unidade industrial de Capinzal (SC).
Ordem do Mérito Industrial
Federação das Indústrias do Estado de Goiás
A Ordem do Mérito Industrial é a mais alta condecoração da indústria goiana. Em 2006 foi entregue a cinco personalidades que muito contribuíram para o desenvolvimento industrial de Goiás, entre elas, o presidente da Perdigão, Nildemar Secches.
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Prêmio Vida Profissional Sodexoh Pass
Classificação entre as dez finalistas na Categoria Benefícios.
Executivo de Valor Jornal Valor Econômico
Nildemar Secches, diretor-presidente da Perdigão, foi eleito Executivo de Valor na área de Agronegócios e Alimentos.
Tabela 5: Prêmios Recebidos no Ano de 2006 Fonte: relatório anual 2006
3.1.3 Visão, Missão e Valores
Em 2006, a Empresa implementou uma série de medidas com o objetivo de
se tornar uma Companhia de classe mundial. No campo conceitual, revisou sua
Visão, Missão e Valores, com o intuito de atualizar o seu perfil diante do novo
momento histórico que a Companhia atravessa, marcado por um longo período de
crescimento e pela expectativa de forte expansão no mercado nacional e
internacional, de forma equilibrada e sustentável. Seu novo perfil está baseado na
implantação de decisões concretas necessárias para construir Perdigão 2020, plano
estratégico delineado até o ano de 2020.
3.1.3.1 Visão
Vamos crescer e expandir nossas operações de forma globalizada; Seremos
a melhor escolha em qualquer lugar. Tornando-nos um empresa de classe mundial;
Para nós da Perdigão o trabalho de hoje faz o mundo de amanhã melhor.
Segundo Susan Kuczmarski e Thomas Kuczmarski (1999, p. v), declaram
que “os líderes precisam cultivar normas e valores a fim de recuperar o
comprometimento dos empregados, o alto desempenho e a produtividade”.
3.1.3.2 Missão
Participar da vida das pessoas, oferecendo alimentos saborosos, de alta
qualidade e a preços acessíveis, em qualquer lugar do mundo. Segundo Oliveira
(1999, pg 118) “Missão é forma de se traduzir determinado sistema de valores em
termos de crenças ou áreas básicas de atuação, considerando as tradições e
filosofias da empresa”.
75
3.1.3.3 Valores
� Confiabilidade: nós somos confiáveis, éticos e transparentes. Cumprimos o
que prometemos e assim construímos relações de respeito mútuo com nossos
clientes, fornecedores, colegas de trabalho e acionistas.
� Qualidade: nós temos obsessão pela qualidade e segurança alimentar.
Perseguimos a inovação para estar na vanguarda e contribuir para o bem-
estar de nossos consumidores em todas as partes do mundo.
� Participação: nós trabalhamos com paixão para sermos uma das melhores
empresas globais de alimentos. Somos comprometidos com o que fazemos e
fazemos com garra, força e determinação.
� Simplicidade: nós acreditamos na simplicidade operacional e a praticamos
como estilo de trabalho. Resolvemos problemas de forma rápida e prática.
� Pessoas: nós somos comprometidos, desenvolvemos e valorizamos o espírito
de equipe e assim construímos o futuro de nossa Empresa.
� Eficiência: nós praticamos uma gestão que valoriza a eficiência e a
lucratividade, evita o desperdício e assim respeita nossos acionistas.
� Responsabilidade Socioambiental: nós temos e teremos, cada vez mais, um
papel importante como agente de desenvolvimento social nas localidades
onde atuamos.
3.1.4 Estrutura Organizacional
Pioneirismo e inovação sempre fizeram parte da história da Perdigão. Em
1994, desde que seu controle acionário passou para um pool de fundos de pensão,
adotou um modelo de gestão que introduziu importantes mudanças em sua
administração, considerada um case em expansão, inovação e solidez. As
conquistas em todas essas frentes se refletiram nos resultados da companhia e em
sua atuação no mercado de capitais.
Em 2006, ao ingressar no Novo Mercado da Bovespa — o mais novo e
importante passo na busca de excelência em gestão e no aperfeiçoamento da
política de governança corporativa —, a Perdigão consolida sua posição de
76
excelência em gestão, sustentada por um crescimento médio anual acima de 10%
registrado nos últimos 11 anos.
Para migrar do Nível 1 para o Novo Mercado, a empresa teve convertida a
totalidade de suas ações preferenciais — sem direito a voto — em ações ordinárias,
na proporção de uma ação preferencial para uma ação ordinária. Com a nova
estrutura de capital, a Perdigão passou a ter controle difuso — em vez de controle
único, na linha adotada com sucesso por grandes corporações internacionais —,
com maior transparência e liquidez para acionistas e investidores, além de criar
bases para o seu crescimento e sustentação de seus negócios. Assim a empresa
definiu sua estrutura organizacional, que, atualmente é constituída de:
� Conselho de administração
o Presidente do Conselho de Administração
o Vice-presidente do Conselho de Administração
o Conselheiros
� Conselho Fiscal
o Presidente conselho Fiscal
o Vice-presidente conselho Fiscal
o Membro do Conselho Fiscal
� Diretoria Executiva
o Diretor Presidente
o Diretor vice-presidente de Finanças, Administração e Relação
com os Investidores
o Diretor Vice-presidente de Operações
o Diretor de Desenvolvimento de Negócios
o Diretor de Logística e Suprimentos
o Diretor de Marketing
o Diretor de Tecnologia
� Diretoria de Áreas
o Diretor de Ralações Institucionais
o Diretor de Exportações
o Diretor de Ralações Humanas
o Diretores Regionais (por região em que a empresa possui
negócios)
77
A estrutura acima apresentada se refere aos cargos de administradores da
Perdigão (grupo). A seguir, na figura 19, compõem-se a estrutura resumida do CSP,
estendendo-se para a área onde o estagiário aplica sua pesquisa-diagnóstico.
Figura 19: Organograma. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico.
A estrutura do CSP, apresentado na figura tem seu gestor, responsável
pelas demais áreas. Junto à área de controladoria, como uma divisão da mesma,
está o setor fiscal, que se divide apenas tecnicamente, ou seja, pelas características
das atividades realizadas, em lançamento e processamento. A pesquisa aplica-se à
atividade de lançamentos, onde dão-se entrada das notas fiscais. Enquanto a área
de processamento faz suas atividades posteriormente à entrada das notas fiscais,
controlando os tributos gerados pelas entradas efetuadas pela área de lançamentos.
3.1.5 Clientes e Concorrentes
A perdigão possui inúmeros Clientes, passando de 80.000 clientes
cadastrados. Porém, assim como qualquer empresa tem seus principais clientes
formando grandes parcerias. Dentre estes, os principais clientes da Perdigão,
considerados como carros-chefe são a rede da empresa Companhia Brasileira de
78
Distribuição, conhecida por Pão de Açúcar, e a rede Carrefour, além de outras redes
(Wal-Mart, etc.). Os clientes estão distribuídos conforme os canais de distribuição na
figura a seguir:
3.1.5.1 Canais de Distribuição
A figura 20, mostrada a seguir, apresenta os setores clientes da empresa:
Ac. 2007 (Soft ware d Ac. 2006
Figura 20: Canais de Distribuição. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.
Como se pode observar na figura 20, a rede de auto-serviço é o canal onde
se concentra a maior distribuição de vendas da empresa.
Como concorrentes, inclui-se outras empresa ligada à atividade de
agronegócio. Assim como a empresa tem seus principais clientes, a Perdigão tem
seus principais concorrentes, os quais disputam acirradamente o mercado onde
atuam, sejam mercados locais ou sejam mercados de nível nacionais. A Perdigão
tem como sua principal concorrente a empresa Sadia, onde as duas disputam
grande parte do mercado, seguidos da Cooperativa Central do Oeste Catarinense
(AURORA), a Cargil (Seara), todas com origens também no estado de Santa
Catarina, e a Avipal, empresa Gaucha. Estas disputam o mercado em uma
proporção maior, além do mercado local. Há também inúmeras outras empresa, que
79
não têm seus nomes tão conhecidos, porém são grandes concorrentes nos
mercados locais, ou seja, nas regiões onde encontram-se instaladas.
3.1.5.2 Participação de Mercado
Na figura 21, a seguir, será demonstrado a participação de mercado da
empresa desde o ano de 2000, divido por segmentos.
Figura 21: Market Share. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A. (www.perdigao.com.br)
Na figura 21, acima demonstra o avanço e/ou recuo das linhas e produtos
Perdigão nos últimos anos. A principal evolução do posicionamento de mercado se
encontra nas linhas de pizzas.
3.1.6 Responsabilidade Social
A Perdigão mantém uma atuação socialmente responsável e alinhada com
os interesses econômico, social e ambiental.
80
Em busca do aprimoramento contínuo de uma postura empresarial
direcionada para a sustentabilidade, a Perdigão procura adotar as melhores práticas
mundiais de gestão nas áreas social, de relações humanas e ambientais. Para cada
uma dessas frentes, a empresa mobiliza recursos intelectuais e materiais, no sentido
de cumprir seu papel como agente de desenvolvimento. Com esta postura
responsável e proativa, a Perdigão acredita estar fazendo a sua parte na construção
de uma sociedade mais justa, contribuindo para o crescimento sustentável
integrado, que alinha interesses econômicos, sociais e ambientais.
3.2 Resultados Gerais em Tabelas
O questionário elaborado tem o intuito de avaliar o nível de conhecimento dos
funcionários que estão envolvidos no processo de emissão da Nota Fiscal
Eletrônica. Os participantes da pesquisa trabalham nos setores: Fiscal, TI, Logística,
Consultores e Terceiros. A população de amostra é composta por 30 colaboradores
que trabalham na empresa Perdigão Agroindustrial S.A, nas filiais de Itajaí, Capinzal
em Santa Catarina, Cuiabá em Mato Grosso e Rio Verde em Goiás.
Com o resultado da pesquisa realizada podemos relatar que no contexto geral
o nível de conhecimento dos usuários com relação sistema da Nota Fiscal Eletrônica
obteve índices de alta concordância. Através destes resultados podemos analisar o
conhecimento dos usuários como um todo, formar opiniões com relação aos pontos
críticos, podendo assim apontar sugestões que possam auxiliar na melhoria do
processo e alcançar o objetivo com maior eficiência.
A pesquisa foi desenvolvida com funcionários ligados diretamente ao
processo, sendo possível identificar onde estão as principais dificuldades entre os
usuários, os pontos a serem melhorados e críticas quanto a forma de implantação
do processo.
Para avaliação do nível de conhecimento se fez necessário à utilização das
seguintes variantes: Concorda, Concorda Parcialmente, Discorda Parcialmente,
Discorda.
Conforme tabelas que demonstram os resultados que correspondem às
perguntas contidas no questionário aplicado junto aos colaboradores, segue breve
análise quanto ao perfil dos colaboradores.
81
Tabela 1 - Distribuição dos funcionários com relação ao sexo
f %
Feminino 10 33,33
Masculino 20 66,67
Total 30 100
Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 2 – Média Idade dos funcionários
f % 18-23 10 33,33 24-29 10 33,33 30-35 4 13,33 36-40 2 6,67 Mais 40 4 13,33 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 3 – Cidade onde residem os funcionários
f % Rio Verde 1 3,33 Itajaí 18 60 Cuiaba 4 13,33 Balneário Camboriú 2 6,67 Capinzal 4 13,33 Navegantes 1 3,33 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 4 – Nível de escolaridade
f % Ensino Médio Incompleto - - Ensino Médio Completo 5 16,67 Superior Incompleto 19 63,33 Superior Completo 3 10 Pós-Graduação 3 10 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual
82
Tabela 5 – É o primeiro emprego? f % Sim 7 23,33 Não 23 76,67 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 6 – Estado Civil
f % Solteiro 14 46,67 Casado 15 50 Divorciado 1 3,33 Viuvo - - Outro - - Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 7 - Tempo de Empresa
f % 1 Ano 5 16,67 2 a 3 11 36,67 4 a 6 5 16,67 7 a 9 2 6,67 10 a 12 1 3,33 Mais 12 6 20 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 8 -Local de Trabalho
f %
Matriz - -
Filial 30 100 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual
83
Tabela 9 – Nível cargo exercido f % Auxiliar 13 43,33 Técnico 13 43,33 Analista 4 13,33 Coodernador - - Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual
Com relação ao perfil dos funcionários, percebe-se que a maioria são do sexo
masculino. A idade predominante na pesquisa feita foi de 18 a 29 anos, este fator é
relacionado à visão da empresa, que busca capacitar e trabalhar em conjunto com
os jovens universitários formados ou próximos a completar a sua formação
acadêmica. Com relação ao estado civil houve predominância para solteiros com
pouca margem para os casados. As unidades escolhidas para a realização da
pesquisa estão situadas nas cidades de Rio Verde GO, Itajaí SC, Cuiabá MT,
Balneário Camboriú SC, Capinzal SC e Navegantes SC. No item escolaridade o
predomínio foi com relação ao Ensino Superior Incompleto e na maioria dos casos
não é o primeiro emprego do participante.
O tempo de empresa é justificado por serem na maioria jovens universitários,
tendo predomínio de 2 a 3 anos trabalhando na organização. Todos os participantes
trabalham nas filiais e seus cargos na grande, maioria são auxiliares e técnicos,
justificado pela idade e formação.
3.2.1 Percepção dos funcionários
A população de amostra é composta por 30 participantes, todos funcionários
da empresa Perdigão Agroindustrial S.A. As Tabelas e gráficos correspondem as
perguntas contidas no questionário aplicado junto aos colaboradores.
84
Gráfico 1: Possui pleno conhecimento com relação ao processo de Emissão de
Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e).
Fonte: Elaborado pelo Acadêmico.
No gráfico 1 pode-se observar que o nível de conhecimento com relação ao
processo de emissão da NF-e resultou-se em um nível de concordância de 46%,
podendo ser observado uma pequena diferença com relação ao segundo maior nível
de 35% no nível de máxima concordância. Através das porcentagens apresentadas
consideramos que os colaboradores deveriam estar mais preparados, levando em
consideração que o processo já foi implantado.
Gráfico 2: Em sua opinião o processo da Nota Fiscal Eletrônica trará resultados positivos para organização. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 2 a predominância percebida com relação ao nível máximo de
concordância foi de 64% dos respondentes que acreditam nos benefícios resultantes
do processo de emissão de notas fiscais eletrônica. Podendo ser salientado que
apenas 10% dos entrevistados apontam que em sua opinião os resultados não
serão positivos.
85
Gráfico 3: Considera o processo da Nota Fiscal Eletrônica de fácil entendimento e aplicação. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 3 pode-se perceber que o nível de concordância foi predominante
com uma porcentagem de 52%, segundo do nível de concordância parcial igual para
os níveis de concordância parcial e concordância de 29%, demonstrando que os
usuários consideram o processo de fácil aplicação.
Gráfico 4: A organização vem se preparando para integrar o novo processo da Nota Fiscal Eletrônica. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
Como se pode observar o nível mais apontado no gráfico 4, foi de
concordância com 68%, relacionado a preparação da empresa para se adaptar a
implantação do sistema de nota fiscal eletrônica. Percebendo-se que a segunda
porcentagem obtida foi 13% no nível de discordância parcial. Podendo assim
interpretar através das respostas que a organização está realmente se preparando
para a implantação da NF-e.
86
Gráfico 5: Com a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica os processos internos da organização passaram por melhorias. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 5 observa-se que a maior porcentagem foi para o nível de total
concordância com 64%, seguido pela opção de concordância parcial de 13%, o que
nos mostra que a opinião dos entrevistados com relação a melhoria nos processos
internos é positivo e acreditam nos resultados e nas melhorias internas.
Gráfico 6: Com relação às informações internas da organização, o processo da Nota Fiscal Eletrônica poderá oferecer maior confiabilidade. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 6 o questionário relacionado a confiabilidade oferecida pela nota
fiscal eletrônica foi percebida de forma positiva com a porcentagem de 64% para o
nível de concordância e em segundo lugar se obteve a igualdade na porcentagem
de 13% concordância parcial e discordância, assim percebendo-se que a maioria
87
dos entrevistados acredita que será uma forma mais segura para tratamento dos
dados da empresa.
Gráfico 7: Você busca informações com relação ao processo da Nota Fiscal Eletrônica. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 7 observa-se que 55% das respostas estão relacionadas ao nível
de concordância, seguido pelo nível de concordância parcial com 19%, no que
refere-se a busca por informações sobre o processo da NF-e. Os dados
representam que os respondentes busca informações com relação ao processo da
NF-e.
Gráfico 8: Está ciente da importância e responsabilidade de seu trabalho nos elos que constituem o processo da Nota Fiscal Eletrônica. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 8, com relação a questão da importância de cada pessoa nos elos
que envolvem a NF-e, a reposta que obteve maior destaque foi o nível de
concordância com 64%, seguido pelo nível de concordância parcial e discordância
88
com 13%. Assim chegando à conclusão que a maioria dos respondentes tem
conhecimento de sua importância e responsabilidade com relação ao processo.
Gráfico 9: Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica resulta em melhoria no serviço do usuário. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
O gráfico 9, refere-se a melhoria no sistema para o usuário e o maior
percentual obtido foi no nível de concordância com 64%, seguido pelo nível de
concordância parcial com 23%. Percebendo-se que na grande maioria os
participantes de pesquisa acreditam na melhoria do trabalho para os usuários com a
implantação do novo processo.
Gráfico 10 : Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica resulta em economia de tempo e maior produtividade. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 10 observa-se a maior porcentagem apresentada para o nível de
concordância total com 65% em relação à economia de tempo e maior produtividade
com o processo de NF-e, porém a segunda porcentagem foi para o nível de
89
concordância parcial com 26%, percebendo-se que muitas pessoas participantes da
pesquisa tem duvidas quando citado economia de tempo e maior produtividade.
Gráfico 11: Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica resulta em economia de tempo e maior produtividade. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
O gráfico 11, demonstra a eficiência dos métodos utilizados pela organização
para conhecimento do processo. O nível mais apontado na pesquisa foi o nível de
concordância com 61%, seguido pelo nível de concordância parcial com 23%.
Podemos perceber que apenas 3% discordam, sendo assim algo positivo no
repasse da informação.
Gráfico 12: Em sua opinião as condições oferecidas para realização do trabalho estão de acordo com a necessidade. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
O gráfico 12 representa a porcentagem com relação às condições adequadas
para realização do trabalho, onde se destaca com 49% o nível de concordância,
seguida pelo nível de concordância parcial com 26%. Nesse gráfico percebe-se que
90
a maioria concorda que são oferecidas as condições para adequadas para a realizar
o trabalho.
Gráfico 13: Você busca interar-se de assunto relacionados à implantação do processo Nota Fiscal Eletrônica através de algum tipo de mídia (tv, jornal, internet ) Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 13 foi avaliado a integração com relação ao processo da NF-e,
resultando no percentual de 52% no nível de concordância e no nível concordância
parcial um resultado 29%. Podendo assim avaliar que os respondentes da pesquisa
estão interando-se do processo.
Gráfico 14: Você sente-se preparado com relação à utilização do processo da Nota Fiscal Eletrônica na Perdigão Agroindustrial S/A. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 14, foi avaliado se a pessoa sente-se preparado para utilizar o
processo de emissão da NF-e, percebendo-se maior porcentagem para nível de
concordância com 48%, seguida pelo nível de concordância parcial com 26%.
91
Podendo chegar à conclusão de que os respondentes da pesquisa afirmam estar
preparados para utilizar o processo da NF-e.
Gráfico 15: Você tem liberdade para expressar suas dúvidas e sugestões relacionadas ao processo da Nota Fiscal Eletrônica. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 15 a análise foi feita com relação à liberdade de expressão dentro
da empresa, resultando na maior porcentagem de 48% na opção concordância
parcial, tendo em segundo lugar o nível de concordância com 29%.
Gráfico 16 : Em sua opinião os treinamentos oferecidos pela organização propiciam pleno desenvolvimento profissional e pessoal. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 16, se refere aos treinamentos oferecidos pela organização, o
maior destaque foi de 48% no nível de concordância, seguido pelo nível de
concordância parcial com 26%, demonstrando que na opinião dos pesquisadores o
processo de emissão da NF-e propícia desenvolvimento profissional e pessoal.
92
Gráfico 17 : Você acredita que o novo processo da Nota Fiscal Eletrônica proporcionara maior agilidade nas transações comerciais. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
O gráfico 17 se refere à agilidade nas transações comerciais com a
implantação do processo da NF-e, percebeu-se que o nível com maior porcentagem
foi o de 61% no nível de concordância, seguido pelo nível de concordância parcial
com 19%. Assim podemos dizer que a maioria acredita que com o processo da NF-e
proporcionará maior agilidade nas transações comerciais.
Gráfico 18 : Em sua opinião o repasse das informações está sendo feito com agilidade e clareza. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 18, foi analisado a clareza e agilidade das informações, resultando
maior porcentagem para nível de concordância parcial com 43%, seguida do nível
concordância com 35%. Percebe-se nessa análise que o repasse das informações
93
demonstram alto níveis de parcialidade que induzem a certa dificuldade com relação
ao repasse das informações feito pela empresa.
Gráfico 19 : Em sua opinião a área de TI possui recursos para a conversão do novo processo de Emissão de Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e). Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 19 a análise feita é com relação aos recursos de TI, que citamos
com maior porcentagem o nível de concordância de 46%, seguida pelo nível de
concordância parcial com 32%, assim podemos dizer que o nível resultante pode ser
considerado bom.
Gráfico 20 : Com relação ao documento auxiliar (DANFE) que serve para acompanhar da mercadoria, qual seu nível de conhecimento. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
O gráfico 20 se refere ao documento que acompanha a mercadoria (DANFE),
que resultou na maior porcentagem para o nível de concordância com 45%, seguido
do nível de concordância parcial com 39%. Pode-se salientar que o conhecimento
94
com relação ao DANFE apresentou níveis mais elevados de concordância, pois o
DANFE substituirá a Nota Fiscal antiga.
Gráfico 21 : Em sua opinião o formulário de segurança é indispensável para garantir a confiabilidade do novo processo da Nota Fiscal Eletrônica. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 21 a análise é relacionada ao Formulário de Segurança, onde a
maior porcentagem foi para nível de concordância com 49%, seguido pelo nível de
concordância parcial com 35%. Neste gráfico percebe-se que muitos dos
participantes da pesquisa possuem duvidas com relação ao formulário de
segurança.
Gráfico 22 : Você está ciente dos procedimentos para efetuar o cancelamento das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e). Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 22 a análise é relacionada ao Cancelamento da nota fiscal
eletrônica, com maior porcentagem para o nível de concordância com 39%, em
95
seguida citamos nível de concordância parcial com 32%. Percebendo-se que muitos
usuários ainda possuem dúvidas.
Gráfico 23 : Você possui conhecimento com relação à emissão da carta de correção. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 23 a análise está relacionada à emissão da nota de correção. O
maior percentual apresentado foi o do nível de concordância parcial com 49%,
seguida pelo nível concordância parcial com 35%, onde pode ser percebida que as
pessoas pesquisadas possuem duvidas com relação ao processo de emissão da
carta de correção.
Gráfico 24 : Você considera o processo de consulta as Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) como uma atividade complexa. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 24 a análise está relacionada a consulta de NF-e. O maior
percentual apresentado é do nível concordância parcial, com 42%, seguido do nível
de discordância com 26%, assim pode se perceber que grande parte dos
participantes não estão totalmente interados com o processo de consulta NF-e.
96
Gráfico 25 : Em sua opinião o andamento dos treinamentos estão em compasso com a implantação do processo de Emissão de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e). Fonte: Elaborado pelo Acadêmico
No gráfico 25 a análise se refere ao andamento do processo de implantação
do processo da NF-e, o qual teve maior percentual para o nível de concordância
com 36%, em seguida concordância parcial com 35%, podendo ser percebido que
as repostas foram bem próximas ocorrendo equilíbrio entre concordância total e
concordância parcial.
3.2.2 Percepção da Perdigão Agroindustrial S.A.
A população de amostra é composta por 1 participante, coordenador do
Projeto Nota Fiscal Eletrônica na empresa Perdigão Agroindustrial S.A. As analises
correspondem as respostas obtidas através do questionário aplicado.
Na visão da empresa no âmbito de impactos ocasionados para organização,
foi citada a mudança no faturamento, nos processos e no rígido processo de
validação, no momento onde a Sefaz confronta todos os dados surge a necessidade
de estar principalmente com os dados cadastrais atualizados para que não ocorra a
rejeição do arquivo.
No modo de utilização do novo processo não consideram como complexo e
sim como um processo facilitado, pois a partir de agora é apenas uma única via do
documento para acompanhar a Nota ao invés de 4 vias como anteriormente.
Com relação aos sistemas tecnológicos ocorrerá mudanças nos sistemas
integrados da organização para tornar-se aderente ao novo sistema como sistema
97
de comunicação com o órgão SEFAZ, aquisição de novas impressoras e
armazenagem de dados. Tudo feito por antecipação para evitar que cause
transtornos.
Quando perguntado se houve algum tipo de benefícios com relação a
voluntariedade ao aderir ao novo processo a resposta foi não e que a empresa
entendeu que se antecipando teria um retorno a longo prazo e tempo suficiente para
se adequar.
Com relação aos pontos positivos foi citado agilidade nos processos,
diminuição com custos de armazenagem, dispensa das obrigações acessórias,
transparência fiscal, facilidade e agilidade em atender auditorias. Pontos negativos
citados são quanto a exposição dos dados de faturamento da empresa, altos níveis
de investimento em tecnologia e licenças e a dependência perante o fisco.
Para repassar as informações necessárias e sanar as dúvidas dos usuários,
foram oferecidos: treinamentos para setor service desk, canais oferecidos pelo fisco
para sanar dúvidas, kit explicativo, vídeos para treinamentos, comunicados, suporte
24Hs, treinamentos e palestras.
As principais medidas utilizadas para adequar-se a forma de utilização do
novo processo tiveram como base as palestras e treinamentos, para que todos
tivessem conhecimento e testes para identificar as falhas e efetuar as correções e
ajustes.
Os treinamentos foram desenvolvidos de forma regional nas principais
unidades da Perdigão Agroindustrial S.A que fazem parte do processo, logo que
muitas unidades ainda não aderiram ao processo.
No que se refere as empresas que produzem lácteos a previsão é para ano
de 2009, independente da obrigatoriedade.
A principal mudança operacional citada foi com relação a transmissão
automática com chave de acesso para consulta, Danfe que acompanha ao
mercadoria e não se pode alterar e a extinção das 4vias.
Na administração central da empresa está sendo feito trabalho intenso na
Gestão da Mudança, trabalhando uma nova realidade e a quebra de paradgima para
utilização de papel(A4) como documento fiscal de circulação de mercadoria.
Buscando utilizar todos os meios de comunicação possíveis para obter uma maior e
rápida divulgação deste novo processo.
98
Nas unidades da empresa Perdigão Agroindustrial S.A onde já está
implantado o novo sistema a aceitação é positiva, pois facilita o trabalho do faturista,
agilizar os processos de emissão e a liberação das cargas nas expedições.
A implantação do sistema da Nota Fiscal Eletrônica pode ser comparado a
uma ferramenta de planejamento e controle, pois o planejamento visa à realização
de um determinado projeto em conjunto com parceiros e os controles sobre as
operações efetuadas pelas empresas serão captados em tempo real.
3.3 Sugestões/ Recomendações
Com a análise realizada percebeu-se que o nível de dúvidas com relação a
utilização do processo da Nota Fiscal Eletrônica ainda é bem significativo e que
muitos usuários consideram o processo como complexo. Percebe-se também que
muitos usuários não estão buscando interar-se do assunto através de meios
alternativos, como leituras complementares, ficando assim a total responsabilidade
da organização em repassar informações e oferecer treinamentos.
Percebe-se claramente que o repasse das informações, segundo os usuários
necessita de maior clareza nas informações e um repasse constante, devido à
transição muitos necessitam de maior apoio e constante acompanhamentos.
Sugere-se então algumas melhorias:
� Proporcionar maior troca de informações, utilizando-se de todos os
meios de comunicação.
� Proporcionar repasse das informações de forma rápida, clara em
sincronia com a evolução do processo na organização como um todo.
� Proporcionar formas de interação com os usuários, através de
sugestões e críticas com relação a utilização do processo,
possibilitando assim a troca de informações e sugestões das melhores
ações a serem tomadas.
� Buscar métodos para intensificar simulações, que retratem a forma
correta da emissão da NF-e.
� Intensificar os esclarecimentos sobre todas as etapas do processo, que
segundo as respostas dos usuários está falho. Essas dúvidas podem
99
influenciar diretamente no rítimo das atividades da empresa, resultando
em acúmulos de tarefas.
Manter os projetos que se relacionam a antecipação perante obrigatoriedade
na execução, para obter recursos, principalmente tempo para adaptação e detecção
de possíveis falhas, correções e adaptações. Manter a busca por aperfeiçoamento e
inovação visando sempre melhorias contínuas.
100
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo geral deste trabalho foi diagnosticar e interpretar as ações e a
viabilidade da implantação do projeto da Nota Fiscal Eletrônica na empresa Perdigão
Agroindustrial S.A., mensurar os possíveis impactos decorrentes deste processo,
seus benefícios, suas abordagens quanto a adequação e pontos que posam resultar
em algum tipo de transtornos para organização. Percebendo-se assim a importância
em buscar informações junto aos usuários deste novo processo.
Perante os estudos efetuados, dados coletados e análises realizadas, chega-
se a conclusão que esses instrumentos foram fundamentais para perceber a
importância da elaboração de um projeto para obter uma percepção segura do
andamento do mesmo. As pesquisas realizadas proporcionaram maior
conhecimento e aperfeiçoamento do tema, ofereceu condições de demonstrar
situações que demandam maior cuidado e atenção. Percebeu-se também a rápida
modernização e evolução dos sistemas, que buscam melhorias nos processos para
obter-se maior desempenho e maior controle das atividades diárias.
Pode-se citar também a necessidade da mudança de paradigma, pois se trata
de um novo conceito na forma de trabalhar, muitos funcionários antigos da empresa
sentem dificuldade em adaptarem-se a esse novo método, devido a uma visão mais
fechada. Devido a esses impasses a importância em se desenvolver treinamentos,
tornar essa realidade acessível e de fácil entendimento a todos os usuários, sem
prejudicar o andamento da implantação que oferece fatores de limitação como o
acelerado processo para realizar a conversão dos sistemas.
No que se refere à obtenção das informações algumas dificuldades foram
encontradas com relação aos questionários que foram enviados para os funcionários
que trabalham em outras cidades, sendo assim não tendo contato direto com o
público respondente dificultando a troca de informações e esclarecimentos.
A implantação deste novo sistema já é um fato concreto. É um processo
imposto por lei, assim se faz necessário que as empresas busquem antecipar-se a
obrigatoriedade, para evitar ou prever algum tipo de diversidade e não tenha
condições de atender ao prazo pré-determinado para efetuar a mudança do sistema
antigo emitido as notas em formulário A4, para a forma eletrônica.
101
No que envolve os meios tecnológicos e suas aplicações tudo é uma questão
de tempo para que as empresas passem a utilizar esses processos, sejam com
planejamento para auxiliar a organização nos aspectos de crescimento e vantagens
competitivas, ou seja, na forma de obrigatoriedade, que é o caso da Nota Fiscal
Eletrônica.
A percepção final é de que a empresa necessita de uma busca
constante por atualização e antecipar-se principalmente ao que se refere a
imposições por lei, pois assim pode trabalhar e preparar-se para que as dificuldades
sejam ultrapassadas com maior facilidade e agilidade. Assim tornando a
organização mais forte e preparada para manter a qualidade dos produtos e serviços
prestados ao consumidor, manter vantagem competitiva e posicionamento de
mercado.
102
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AAKER, Kumar.Day. Pesquisa de marketing. 2 ed. São Paulo 2001. CERTO, Samuel C. Administração Moderna. 9 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração . 3 ed. São Paulo: McGraw - Hill Ltda, 1987. DECRETO Nº 6022, de Janeiro de 2007 DECRETO ICMS 58/95. DIAS, Sérgio Roberto. Gestão de Marketing . São Paulo: Saraiva 2004. DRUCKER, Peter. Melhor de Peter Drucker. São Paulo: Nobel 2001. HAMMER, Michael; CHAMPY, James. Reengenharia: revolucionando a empresa em função dos clientes, da concorrência e das grand es mudanças da gerencia . 28. ed. Rio de Janeiro: Campus, c1994. 197p ISBN 8570018487, (broch.) MAGNO, Carlos. Segurança no uso da Nota Fiscal Eletrônica. http://www.trueaccess.com.br/pagina-seguranca-no-uso-da-nota-fiscal-eletronica.html. Artigo publicado em True Access Consulting , em 27 de Setembro de 2007. Acesso em 11 de Abril de 2008, as 12:26 Hrs. MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de Marketing: metodologia, planejamento. São Paulo: Atlas, 1996. MULLER, Aderbal N. ; Pilar , Rafaela ; Kido , Viviane Mayumi. Manual da Nota Fiscal Eletrônica. 22 ed.Curitiba: Editora Juruá, 2007. NARESK, Malhotra. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada . 3. ed. Porto Alegre:Bookman,2001. RICHARDSON, Roberto Jarry e Colaboradores. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas . 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999. ROBBINS,Stehen P. Administração:Mudanças e Perspectivas . 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ROESCH, Silvia Maria Azevedo. Projeto de Estágio do curso de Administração . São Paulo: Atlas, 2007. ROSA, Dênerson Dias. Reforma Tributária, conto da carochinha? Web Site http://www.direitonet.com.br/artigos/x/10/71/1071. Artigo publicado em 02/05/2003. Acesso em 24 de Abril de 2008 as 16:45Hrs.
103
ROSA, Maria Virgínia de Figueiredo Pereira do Couto. A entrevista na pesquisa qualitativa: mecanismo para validação dos resultado s. Maria Virgínia de Figueiredo Pereira do Couto / Marlene Aparecida Gonzalez Colombro Arnoldi. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. Site institucional. PERDIGÃO. A Empresa/História.Disponível em www.perdigao.com.br acessado em 10/09/2007. Web Site http://www.nfe.sefaz.se.gov.br. Acesso no dia 10 de Abril de 2008, as 07:13 Hrs. Web Site http://futuranet.com.br/WhitePaper/Sispetro/Sispetro%20-%20CartaCorrecao.htm. Acesso em 23 de Abril de 2008, as 11:03 Hrs. Apud Valor Econômico 10/06/2002 Web Site http://portalnfe.fazenda.mg.gov.br/respostas_III.html. Acesso em 10 de Abril de 2008, as 19:29 Hrs. Web Site http:// www.sef.sc.gov.br. Acesso em 10 de Abril de 2008, as 22:31Hrs. Web Site http://www.receita.fazenda.gov.br. Acesso em 20 Março de 2008, as 20:00 Hrs. Web Site http://www.fiscodata.com.br/cgi-bin/tex?0102010247020. Acesso em 24 de Abril de 2008, as 16:52 Hrs.
104
6 APÊNDICES
Apêndice A – Questionário realizado com os usuários da NF-e
Para respondê-lo basta que você demonstre o quanto concorda ou discorda de cada questão apresentada. Este questionário tem por finalidade analisar a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica. Atribua uma medida de intensidade para cada uma das questões relacionadas abaixo: Utilizando-se para avaliação uma escala de 1 a 4, sendo nível 1, mínimo de maior concordância e nível 4, máximo de discordância.
1-Concordo 2-Concordo Parcialmente 3-Discordo Parcialmente 4- Discordo
Trata-se do trabalho de conclusão do curso de Administração da acadêmica Célia Andreia Ceron Dalabrida.
1 2 3 4 5
Considero ter pleno conhecimento com relação ao processo de Emissão de Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e). ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Em sua opinião o processo da Nota Fiscal Eletrônica trará resultados positivos para organização. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Considera o processo da Nota Fiscal Eletrônica de fácil entendimento e aplicação. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
A organização vem se preparando para integrar o novo processo da Nota Fiscal Eletrônica. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Com a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica os processos internos da organização passaram por melhorias. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Com relação às informações internas da organização, o processo da Nota Fiscal Eletrônica poderá oferecer maior confiabilidade. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
O acesso às informações está sendo facilitado dentro da organização. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Está ciente da importância e responsabilidade de seu trabalho nos elos que constituem o processo da Nota Fiscal Eletrônica. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica resulta em melhoria no serviço do usuário. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica resulta em economia de tempo e maior produtividade. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Você acredita que os métodos utilizados pela organização são suficientes para sanar todas duvidas dos usuários. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Em sua opinião as condições oferecidas para realização do trabalho estão de acordo com a necessidade. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Você busca interar-se de assunto relacionados a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica através de algum tipo de mídia(tv, jornal, internet ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Você sente-se preparado com relação à utilização do processo da Nota Fiscal Eletrônica na Perdigão Agroindustrial S/A. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Você tem liberdade para expressar suas dúvidas e sugestões relacionadas ao processo da Nota Fiscal Eletrônica. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Em sua opinião os treinamentos oferecidos pela organização propiciam pleno ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
UNIVALI – Universidade do Vale do Ita jaí CECIESA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas
FORTE FORTE CONCORDÂNCIA DISCORDÂNCIA
105
desenvolvimento profissional e pessoal. Você acredita que o novo processo da Nota Fiscal Eletrônica proporcionara maior agilidade nas transações comerciais. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Em sua opinião o repasse das informações está sendo feito com agilidade e clareza. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Em sua opinião a área de TI possui recursos para a conversão do novo processo de Emissão de Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e). ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Com relação ao documento auxiliar (DANFE) que serve para acompanhar da mercadoria, qual seu nível de conhecimento. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Em relação ao formulário de segurança: Você esta ciente da responsabilidade pela guarda e manuseio. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Você está ciente dos procedimentos para efetuar o cancelamento das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e). ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Você possui conhecimento com relação à emissão da carta de correção. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Você considera o processo de consulta as Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) como uma atividade complexa. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Em sua opinião o andamento dos treinamentos está em compasso com a implantação do processo de Emissão de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e). ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
PERFIL PREDOMINANTE:
Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: ( ) 18 a 23 anos ( ) 30 a 35 anos ( ) 24 a 29 anos ( ) 36 a 40 anos ( ) mais de 40 anos Estado civil: ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Divorciado ( ) Viúvo ( ) Outros Cidade em que reside: ________________________ Qual é a sua escolaridade? ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior completo ( ) Pós-Graduado
Este é seu primeiro emprego? ( ) Sim ( ) Não Tempo de empresa: ( ) Até 1 ano ( ) De 7 a 9 anos ( ) De 2 a 3 anos ( ) De 10 a 12 anos ( ) De 4 a 6 anos ( ) Mais de 12 anos Local de Trabalho? ( ) Matriz
( ) Filial Nível do cargo exercido ( ) Auxiliar ( ) Técnico ( ) Coordenação ( ) Analista
106
Apêndice B – Entrevista com o coordenador projeto N F-e na
Perdigão Agroindustrial S.A.
A Entrevista a seguir foi elaborada com intuito de enriquecer e buscar
informações concretas para finalização do trabalho de conclusão de curso de
Administração de Empresas da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. O trabalho
intitula-se: A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA PARA
A EMPRESA PERDIGÃO AGROINDUSTRIAL S.A.
Essa Entrevista foi realizada com o coordenador do projeto da Nota Fiscal
Eletrônica na empresa Perdigão Agroindustrial S.A. A mesma foi elaborada para que
através de sua opinião e conhecimento, referente ao processo de Implantação do
Sistema da Nota Fiscal Eletrônica se torne possível à realização e conclusão de meu
trabalho de conclusão de curso, que terá como intuito a análise desse processo
inovador.
Suas respostas serão fundamentais para consolidar aperfeiçoar a construção
do conhecimento perante essa nova forma de trabalho e por meio da tecnologia que
o cada dia se torna mais forte e presente em nosso meio.
Obrigado por colaborar.
QUESTIONÁRIO
1- Com a implantação do sistema da Nota Fiscal eletrônica pode-se dizer que
esse processo pode ser comparado a uma ferramenta de Planejamento e
Controle fiscal das aplicações comerciais da organização?
2- Na fase de implantação do Sistema da Nota Fiscal eletrônica, quais os
principais resultados percebidos até o momento que poderão ocasionar maiores
impactos diretos e indiretos para a Empresa?
3- O modo de utilização da NF-e é considerado de difícil complexidade? Se for,
existem métodos para simplificar as operações diárias com a implantação do
sistema de notas fiscais eletrônicas?
107
4- Com relação à base tecnológica da empresa Perdigão Agroindustrial S.A.
serão necessárias muitas alterações para adequação ao novo sistema ou
não?Quais os principais impactos?
5- A empresa Perdigão Agroindustrial S.A. optou em aderir ao processo da Nota
Fiscal Eletrônica antes da obrigatoriedade perante o Fisco. Ouve algum tipo de
beneficio?
6- Quais os principais pontos positivos e negativos que podem ser destacados quanto ao uso do sistema da NF-e? 7- Quais os métodos que poderão ser utilizados para sanar as possíveis dúvidas dos usuários do sistema da NF-e? 8- Que medidas serão utilizadas para implantação do sistema NF-e, com relação à sua forma de utilização? 9- Será oferecido algum tipo de treinamento para utilização do sistema da NF-e? 10- A Empresa pretende implantar a NFe para os seus produtos lácteos ou
aguardar a legislação estabelecer a sua obrigatoriedade?
11- Qual mudança operacional vai ocorrer com esta nova modalidade?
12- Como a Administração Central vem preparando o pessoal para esta nova
realidade?
13- Com relação às unidades onde já foi implantado o Sistema da Nf-e, o nível
de aceitação dos usuários que já utilizam o processo na empresa é considerado
positivo ou negativo?
108
7 ANEXOS
Anexo A – Telas de lançamento da Nota Fiscal Eletrônica
As notas fiscais eletrônicas podem ser consultadas tanto pelo Portal Nacional
da NF-e, quanto por endereços fornecidos pelas Secretárias das Fazendas dos
Estados (cada estado possui seu próprio endereço). Para consultas pelo Portal
Nacional acessar o endereço www.nfe.fazenda.gov.br e clicar no link “Consulte uma
Nota Fiscal Eletrônica”.
109
Figura 22: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br
110
Figura 23: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br
111
Figura 24: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br
112
Figura 25: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br
113
Figura 26: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br
114
Figura 27: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br
115
Figura 28: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br
116
Figura 29: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br
Figura 30: Status Conexão servidor de Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br
117
Anexo B – ICMS - Documentos Fiscais Eletrônicos - Nota Fiscal
Eletrônica – NF-e
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
(Ajustes SINIEF 07/05 e 08/07, Protocolos ICMS 10/ 07 e 30/07)
Art. 1º Fica instituída a Nota Fiscal Eletrônica – NF-e, que poderá ser utilizada por
contribuinte do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação – ICMS e por contribuinte do Imposto sobre Produtos Industrializados
- IPI, em substituição à Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A.
Parágrafo único. Considera-se Nota Fiscal Eletrônica – NF-e o documento emitido
e armazenado eletronicamente para documentar operações e prestações
promovidas pelo contribuinte, de existência exclusivamente digital, com validade
jurídica garantida por assinatura digital do emitente e autorização de uso fornecida
pela Secretaria de Estado da Fazenda antes da ocorrência do fato gerador.
Art. 2º Poderá emitir Nota Fiscal Eletrônica o contribuinte inscrito neste Estado que:
I – seja usuário de sistema eletrônico de processamento de dados nos termos dos
Convênios ICMS 57/95 e 58/95, ambos de 28 de junho de 1995;
II – seja credenciado pela Secretaria de Estado da Fazenda.
§ 1º A forma e os requisitos para credenciamento serão definidos em portaria do
Secretário de Estado da Fazenda.
Comentário:
Portaria SEF nº 189/07
§ 2º O contribuinte obrigado a emitir NF-e será credenciado pela Secretaria de
Estado da Fazenda ainda que não atenda ao disposto no Convênio ICMS 57/95.
§ 3º – REVOGADO - ALT. 1568 - Efeitos a partir de 15.02.08:
118
CAPÍTULO II
DAS CARACTERÍSTICAS DA NF-e
Art. 3º A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute estabelecido no Ato
Cotepe 72, de 20 de dezembro de 2005, por meio de Programa Aplicativo
desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou, ainda, disponibilizado pela Secretaria
de Estado da Fazenda, observado o seguinte:
I – o arquivo digital da NF-e deverá ser elaborado no padrão XML “Extended
Markup Language”;
II – a numeração da NF-e será seqüencial de 1 a 999.999.999, por
estabelecimento, devendo ser reiniciada quando atingido esse limite;
III – a NF-e deverá conter um “código numérico”, gerado pelo emitente, que
comporá a “chave de acesso” de identificação da NF-e, juntamente com o CNPJ do
emitente, número e série da NF-e;
IV – a NF-e deverá ser assinada pelo emitente, com assinatura digital certificada
por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-
Brasil, contendo o CNPJ do estabelecimento emitente ou da matriz, a fim de garantir
a autoria do documento digital.
Parágrafo único. As séries serão designadas por algarismos arábicos, em ordem
crescente, a partir de 1, vedada a utilização de subsérie.
Art. 4º O arquivo digital da NF-e só poderá ser utilizado como documento fiscal
após:
I - ser transmitido eletronicamente à Secretaria de Estado da Fazenda nos termos
do art. 5º;
II - ter seu uso autorizado por meio de Autorização de Uso de NF-e nos termos do
art. 6º.
§ 1º Ainda que formalmente regular, não será considerado documento fiscal
idôneo a NF-e que tiver sido emitida ou utilizada com dolo, fraude, simulação ou erro
que possibilite, mesmo que a terceiro, omissão de pagamento do imposto ou
qualquer outra vantagem indevida.
119
§ 2º Para efeitos fiscais os vícios explicitados no § 1º atingem também o
respectivo DANFE impresso nos termos do art. 9º ou 11, que também não será
considerado documento fiscal idôneo.
§ 3º A autorização de uso da NF-e concedida pela SEF-SC não implica validação
das informações nela contidas.
Art. 5º. O arquivo digital da NF-e deverá ser transmitido via Internet, por meio de
protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de programa aplicativo
desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela SEF-SC.
Parágrafo único. A transmissão da NF-e implica em solicitação de Autorização de
Uso de NF-e prevista no art. 6º.
CAPÍTULO III
DA AUTORIZAÇÃO DE USO DE NF-e
Art. 6º O processo de Autorização de Uso de NF-e pela Secretaria de Estado da
Fazenda implicará na análise dos seguintes aspectos:
I – integridade do arquivo digital da NF-e;
II – autoria da assinatura do arquivo digital da NF-e;
III – numeração do documento;
IV – leiaute do arquivo conforme estabelecido no Ato Cotepe 72/05;
V – credenciamento do emitente para emissão de NF-e;
VI – regularidade fiscal do emitente.
Art. 7º Do resultado da análise referida no art. 6º a Secretaria de Estado da
Fazenda cientificará o emitente:
I- da rejeição do arquivo da NF-e em virtude de:
a) falha na recepção ou no processamento do arquivo;
b) falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do arquivo digital;
c) remetente não credenciado para emissão de NF-e;
d) duplicidade de número da NF-e;
e) falha na leitura do número da NF-e;
120
f) outras falhas no preenchimento ou no leiaute do arquivo da NF-e;
II – da denegação da Autorização de Uso de NF-e, em virtude de irregularidade
fiscal do emitente;
III – da concessão da Autorização de Uso de NF-e.
§ 1º Após a concessão da Autorização de Uso a NF-e correspondente não
poderá ser alterada.
§ 2º Em caso de rejeição o arquivo digital não será arquivado na administração
tributária para consulta, sendo permitido ao interessado, nas hipóteses das alíneas
"a", "b" e "e" do inciso I do "caput", nova transmissão do arquivo.
§ 3º Em caso de denegação da Autorização de Uso da NF-e o arquivo digital
transmitido ficará mantido na administração tributária para consulta, nos termos do
art. 17, identificado como “Denegada a Autorização de Uso”.
§ 4º No caso do § 3º, não será possível sanar a irregularidade e solicitar nova
Autorização de Uso de NF-e que contenha a mesma numeração.
§ 5º A cientificação de que trata o “caput” será efetuada mediante protocolo
disponibilizado ao emitente ou a terceiro autorizado pelo emitente, via Internet,
contendo, conforme o caso, a “chave de acesso”, o número da NF-e, a data e a hora
do recebimento da solicitação pela administração tributária e o número do protocolo,
podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital
da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.
§ 6º Nos casos dos incisos I ou II do "caput", o protocolo de que trata o § 5º
conterá informações que justifiquem de forma clara e precisa o motivo pelo qual a
Autorização de Uso não foi concedida.
Art. 8º Concedida a Autorização de Uso da NF-e a Secretaria de Estado da
Fazenda deverá transmitir a NF-e para a Receita Federal do Brasil.
§ 1º A Secretaria de Estado da Fazenda também deverá transmitir a NF-e para:
I – a Unidade Federada de destino das mercadorias, no caso de operação
interestadual;
II – a Unidade Federada onde deva se processar o embarque de mercadoria, na
saída para o exterior;
121
III - a Unidade Federada de desembaraço aduaneiro, tratando-se de operação de
importação de mercadoria ou bem do exterior;
IV – A Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA, quando a NF-e
tiver como destinatário pessoa localizada nas áreas incentivadas.
§ 2º A Secretaria de Estado da Fazenda também poderá transmitir a NF-e ou
fornecer informações parciais, para:
I - administrações tributárias municipais, nos casos em que a NF-e envolva
serviços, mediante prévio convênio ou protocolo de cooperação;
II - outros órgãos da administração direta, indireta, fundações e autarquias, que
necessitem de informações da NF-e para desempenho de suas atividades, mediante
prévio convênio ou protocolo de cooperação, respeitado o sigilo fiscal.
CAPÍTULO IV
DO DOCUMENTO AUXILIAR DA NF-e – DANFE
Art. 9º Fica instituído o Documento Auxiliar da NF-e – DANFE, conforme leiaute
estabelecido em Ato COTEPE, para uso no trânsito das mercadorias ou para facilitar
a consulta da NF-e prevista no art. 17.
§ 1º O DANFE somente poderá ser utilizado para transitar com as mercadorias
após a concessão da Autorização de Uso da NF-e de que trata o inciso III do art. 7º
ou na hipótese prevista no art. 11.
§ 2º No caso de destinatário não credenciado para emitir NF-e, a escrituração da
NF-e poderá ser efetuada com base nas informações contidas no DANFE,
observado o disposto no art. 10.
§ 3º Quando a legislação tributária exigir a utilização específica de vias adicionais
para as notas fiscais, o contribuinte que utilizar NF-e deverá emitir o DANFE com o
número de cópias necessárias para cumprir a respectiva norma.
§ 4º O DANFE deverá ser impresso em papel, exceto papel jornal, no tamanho A4
(210 x 297 mm), podendo ser utilizadas folhas soltas, formulário de segurança,
formulário contínuo ou formulário pré-impresso.
122
§ 5º O DANFE deverá conter código de barras, conforme padrão estabelecido em
Ato COTEPE.
§ 6º O DANFE poderá conter outros elementos gráficos, desde que não
prejudiquem a leitura do seu conteúdo ou do código de barras por leitor óptico.
§ 7º Os contribuintes poderão solicitar alteração do leiaute do DANFE, previsto no
Ato COTEPE 72/05, para adequá-lo às suas operações, desde que mantidos os
campos obrigatórios da NF-e constantes do DANFE.
§ 8º Os títulos e informações dos campos constantes no DANFE devem ser
grafados de modo que seus dizeres e indicações estejam bem legíveis.
§ 9º A aposição de carimbos no DANFE, quando do trânsito da mercadoria, deve
ser feita em seu verso.
§ 10 É permitida a indicação de informações complementares de interesse do
emitente impressas no verso do DANFE, obedecida a reserva de espaço com
dimensão mínima de 10x15 cm em qualquer sentido para atendimento ao disposto
no § 9º.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS
Art. 10. O emitente e o destinatário deverão manter em arquivo digital a NF-e
pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos documentos
fiscais e apresentação à administração tributária quando solicitado.
§ 1º O destinatário deverá verificar a validade e autenticidade da NF-e e a
existência da respectiva Autorização de Uso.
§ 2º Caso o destinatário não seja contribuinte credenciado para a emissão de NF-
e, alternativamente ao disposto no "caput" deverá manter em arquivo o DANFE
relativo a NF-e da operação para apresentar à administração tributária quando
solicitado.
Art. 11. Na impossibilidade da transmissão da NF-e ou obtenção de resposta à
solicitação de Autorização de Uso da NF-e, em decorrência de problemas técnicos,
o contribuinte deverá gerar novo arquivo, conforme definido no Ato COTEPE 72/05,
123
informando que a respectiva NF-e foi emitida em contingência e adotar uma das
seguintes alternativas:
I – transmitir a NF-e para a Receita Federal do Brasil nos termos dos artigos 4º, 5º
e 6º;
II - imprimir o DANFE em formulário de segurança, observado o disposto no artigo
20.
§ 1º Na hipótese do inciso II do “caput” o DANFE deverá ser impresso em no
mínimo duas vias, constando no corpo a expressão “DANFE em contingência
impresso em decorrência de problemas técnicos”, tendo as vias a seguinte
destinação:
I - uma das vias permitirá o trânsito das mercadorias e deverá ser mantida em
arquivo pelo destinatário pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a
guarda de documentos fiscais;
II - outra via deverá ser mantida em arquivo pelo emitente pelo prazo estabelecido
na legislação tributária para a guarda dos documentos fiscais.
§ 2º Dispensa-se a exigência de formulário de segurança para a impressão das
vias adicionais previstas no § 3º do art. 9º.
§ 3º Na hipótese do inciso II do “caput”, imediatamente após a cessação dos
problemas técnicos que impediram a transmissão ou recepção do retorno da
autorização da NF-e, o emitente deverá transmitir à Secretaria de Estado da
Fazenda as NF-e geradas em contingência.
§ 4º Se a NF-e transmitida nos termos do § 3º vier a ser rejeitada, o contribuinte
deverá:
I- gerar novamente o arquivo com a mesma numeração e série, sanando a
irregularidade;
II- solicitar nova Autorização de Uso da NF-e;
III- imprimir em formulário de segurança o DANFE correspondente à NF-e
autorizada nos termos do inciso II;
IV- providenciar, junto ao destinatário, a entrega da NF-e autorizada bem como do
novo DANFE impresso nos termos do inciso III, caso a geração saneadora da
irregularidade da NF-e tenha promovido alguma alteração no DANFE.
124
§ 5º O destinatário deverá manter em arquivo pelo prazo decadencial
estabelecido pela legislação tributária, junto à via mencionada no inciso I do § 1º, a
via do DANFE recebida nos termos do inciso IV do § 4º;
§ 6º Se após decorrido o prazo de 30 dias do recebimento de mercadoria
acompanhada de DANFE impresso nos termos do inciso II do “caput”, o destinatário
não puder confirmar a existência da Autorização de Uso da NF-e, deverá comunicar
o fato à Gerência Regional da Fazenda Estadual à qual estiver jurisdicionado;
§ 7º O contribuinte deverá, na hipótese do inciso II do “caput”, lavrar termo no livro
Registro de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência, modelo 6, informando o
motivo da entrada em contingência, número dos formulários de segurança utilizados,
a data e hora do seu início e seu término, bem como a numeração e série das NF-e
geradas neste período.
CAPÍTULO VI
DO CANCELAMENTO DE NF-e E DA INUTILIZAÇÃO DE NUMERO S DA NF-e
Art. 12. Em relação às NF-e que foram transmitidas antes da contingência e
ficaram pendentes de retorno, o emitente deverá, após a cessação das falhas:
I - solicitar o cancelamento, nos termos do art. 13, das NF-e que retornaram com
Autorização de Uso e cujas operações não se efetivaram ou foram acobertadas por
NF-e emitidas em contingência;
II- solicitar a inutilização, nos termos do art. 15, da numeração das NF-e que não
foram autorizadas nem denegadas.
Art. 13. Após a concessão de Autorização de Uso de NF-e de que trata o art. 7º,
III, o emitente poderá solicitar o cancelamento da NF-e desde que não tenha havido
a circulação da respectiva mercadoria ou prestação de serviço, observadas as
demais normas regulamentares.
Art. 14. O cancelamento de que trata o art. 13 somente poderá ser efetuado
mediante Pedido de Cancelamento de NF-e transmitido pelo emitente à Secretaria
de Estado da Fazenda.
§ 1º O Pedido de Cancelamento de NF-e deverá atender ao leiaute estabelecido
no Ato Cotepe 72/05.
125
§ 2º A transmissão do Pedido de Cancelamento de NF-e será efetivada via
Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia.
§ 3º O Pedido de Cancelamento de NF-e deverá ser assinado pelo emitente com
assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves
Públicas Brasileira – ICP-Brasil, contendo o CNPJ do estabelecimento emitente ou
da matriz, a fim de garantir a autoria do documento digital.
§ 4º A transmissão poderá ser realizada por meio de programa aplicativo
desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela Secretaria de
Estado da Fazenda.
§ 5º A cientificação do resultado do Pedido de Cancelamento de NF-e será feita
mediante protocolo de que trata o § 2º disponibilizado ao emitente, via Internet,
contendo, conforme o caso, a "chave de acesso", o número da NF-e, a data e a hora
do recebimento da solicitação pela Secretaria de Estado da Fazenda e o número do
protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com
certificação digital da Secretaria de Estado da Fazenda ou outro mecanismo de
confirmação de recebimento.
§ 6º A Secretaria de Estado da Fazenda deverá transmitir para as administrações
tributárias e entidades previstas no art. 8º, os Cancelamentos de NF-e.
Art. 15. O contribuinte deverá solicitar, mediante Pedido de Inutilização de
Número da NF-e, até o 10º (décimo) dia do mês subseqüente, a inutilização de
números de NF-e não utilizados, na eventualidade de quebra de seqüência da
numeração da NF-e.
§ 1º O Pedido de Inutilização de Número de NF-e deverá ser assinado pelo
emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o CNPJ do
estabelecimento emitente ou da matriz, a fim de garantir a autoria do documento
digital.
§ 2º A transmissão do Pedido de Inutilização de Número de NF-e, será efetivada
via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia.
§ 3º A cientificação do resultado do Pedido de Inutilização de Número da NF-e
será feita mediante protocolo de que trata o § 2º disponibilizado ao emitente, via
Internet, contendo, conforme o caso, os números das NF-e, a data e a hora do
126
recebimento da solicitação pela Secretaria de Estado da Fazenda e o número do
protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com
certificação digital da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação
de recebimento.
§ 4º A Secretaria de Estado da Fazenda deverá transmitir para a Receita Federal
do Brasil as inutilizações de número de NF-e.
CAPÍTULO VII
DA CARTA DE CORREÇÃO ELETRÔNICA – CC-e
Art. 16. Após a concessão da Autorização de Uso da NF-e, de que trata o art. 7º,
o emitente poderá sanar erros em campos específicos da NF-e, por meio de Carta
de Correção Eletrônica – CC-e transmitida à Secretaria de Estado da Fazenda.
§ 1º A Carta de Correção Eletrônica – CC-e deverá atender a leiaute estabelecido
em Ato COTEPE e ser assinada pelo emitente com assinatura digital certificada por
entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil,
contendo o CNPJ do estabelecimento emitente ou da matriz, a fim de garantir a
autoria do documento digital.
§ 2º A transmissão da CC-e será efetivada via Internet por meio de protocolo de
segurança ou criptografia.
§ 3º A cientificação da recepção da CC-e será feita mediante protocolo
disponibilizado ao emitente, via Internet, contendo, conforme o caso, a “chave de
acesso”, o número da NF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela
Secretaria de Estado da Fazenda e o número do protocolo, podendo ser autenticado
mediante assinatura digital gerada com certificação digital da administração tributária
ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.
§ 4° Havendo mais de uma CC-e para a mesma NF-e o e mitente deverá
consolidar na última todas as informações anteriormente retificadas.
§ 5º A administração tributária que recebeu a CC-e deverá transmití-la às
administrações tributárias e entidades previstas no art. 8º.
§ 6º O protocolo de que trata o § 3º não implica validação das informações
contidas na CC-e.
127
§ 7º Não será admitida a regularização na forma deste artigo quando o erro for
relativo à base de cálculo, à alíquota, ao valor do imposto destacado ou à
identificação do destinatário.
§ 8º Não produzirá efeitos a regularização efetuada após o início de qualquer
procedimento fiscal.
CAPÍTULO VIII
DA CONSULTA À NF-E
Art. 17. Após a concessão de Autorização de Uso da NF-e, de que trata o art. 7º,
a Secretaria de Estado da Fazenda disponibilizará consulta relativa à NF-e.
§ 1º A consulta à NF-e será disponibilizada na página oficial da Secretaria de
Estado da Fazenda na Internet pelo prazo mínimo de 180 (cento e oitenta) dias.
§ 2º Após o prazo previsto no § 1º, a consulta à NF-e poderá ser substituída pela
prestação de informações parciais que identifiquem a NF-e (número, data de
emissão, CNPJ do emitente e do destinatário, valor e sua situação), que ficarão
disponíveis pelo prazo decadencial.
§ 3º A consulta à NF-e, prevista no “caput”, poderá ser efetuada pelo interessado,
mediante informação da “chave de acesso” da NF-e.
§ 4º A consulta prevista no “caput” poderá ser efetuada também,
subsidiariamente, no ambiente nacional disponibilizado pela Receita Federal do
Brasil.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 18. A Secretaria de Estado da Fazenda poderá exigir a confirmação, pelo
destinatário, do recebimento das mercadorias e serviços constantes da NF-e.
Art. 19. Nas hipóteses de utilização de formulário de segurança para a impressão
de DANFE previstas neste Anexo:
128
I – as características do formulário de segurança obedecem às disposições
estabelecidas para os formulários de segurança destinados à emissão das Notas
Fiscais modelos 1 ou 1-A contidas no Anexo 7, artigos 18 a 19, dispensando-se a
exigência da Autorização de Impressão de Documentos Fiscais – AIDF e a exigência
de Regime Especial.
II - não poderá ser impressa a expressão “Nota Fiscal”, devendo, em seu lugar,
constar a expressão “DANFE”.
§ 1º Fica vedada a utilização de formulário de segurança adquirido na forma deste
artigo para outra destinação que não a prevista no “caput”.
§ 2º O fabricante do formulário de segurança de que trata o “caput” deverá
observar as disposições do Anexo 7, artigos 20 a 22.
Art. 20. A Secretaria de Estado da Fazenda disponibilizará, às empresas
autorizadas à emissão de NF-e, consulta eletrônica referente à situação cadastral
dos contribuintes do ICMS de Santa Catarina, conforme padrão estabelecido em
ATO COTEPE.
Art. 21. Toda NF-e que acobertar operação interestadual de mercadoria ou
relativa ao comércio exterior estará sujeita ao registro de passagem eletrônico em
sistema instituído por meio do Protocolo ICMS 10/03.
Parágrafo único. Esses registros serão disponibilizados para a unidade federada
de origem e destino das mercadorias bem como para a unidade federada de
passagem que os requisitarem
Art. 22. Aplicam-se à NF-e, no que couber, as normas do Convênio SINIEF s/nº,
de 15 de dezembro de 1970.
§ 1º As NF-e canceladas, denegadas e os números inutilizados devem ser
escriturados, sem valores monetários, de acordo com a legislação tributária vigente.
§ 2º Nos casos em que o remetente esteja obrigado à emissão da NF-e, é vedada
ao destinatário a aceitação de qualquer outro documento em sua substituição,
exceto nos casos previstos na legislação estadual.
Art. 23. A utilização da NF-e será obrigatória:
I - a partir de 1º de abril de 2008, para os contribuintes (Protocolo ICMS 10/07):
a) fabricantes de cigarros;
129
I, “b” - ALTERADO - ALT. 1569 - Efeitos a partir de 15.02.08:
b) distribuidores ou atacadistas de cigarros (Protocolo ICMS 88/07);
c) produtores, formuladores e importadores de combustíveis líquidos, assim
definidos e autorizados por órgão federal competente;
d) distribuidores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por
órgão federal competente;
e) transportadores e revendedores retalhistas – TRR, assim definidos e
autorizados por órgão federal competente.
II – a partir de 1º de outubro de 2008, para os optantes pela utilização da NF-e
indicados no Anexo 7, art. 7º-B, III.
III - ACRESCIDO - ALT. 1570 - Efeitos a partir de 15.02.08:
III - a partir de 1º de setembro de 2008, para os contribuintes (Protocolo ICMS
88/07):
a) fabricantes de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e
motocicletas;
b) fabricantes de cimento;
c) fabricantes, distribuidores e comerciante atacadista de medicamentos
alopáticos para uso humano;
d) frigoríficos e atacadistas que promoverem a saída de carnes frescas,
refrigeradas ou congeladas das espécies bovina, suína, bufalina e avícola;
e) fabricantes de bebidas alcoólicas inclusive cervejas e chopes;
f) fabricantes de refrigerantes;
g) agentes que assumem o papel de fornecedores de energia elétrica, no âmbito
da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE;
h) fabricantes de semi-acabados, laminados planos ou longos, relaminados,
trefilados e perfilados de aço;
i) fabricantes de ferro-gusa.
Parágrafo único - RENUMERADO - ALT. 1571 - Efeitos a partir de 15.02.08:
130
§ 1º Fica facultada a utilização da Nota Fiscal Eletrônica – NF-e aos contribuintes
dos ramos industrial e atacadista que obtenham autorização para emissão de NF-e
nos termos do art. 2º.
§§ 2ºe 3º- ACRESCIDOS - ALT. 1571 - Efeitos a partir de 15.02.08:
§ 2º A obrigatoriedade se aplica a todas as operações efetuadas em todos os
estabelecimentos dos contribuintes referidos neste artigo, ficando vedada a emissão
de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, exceto na impossibilidade de emissão da NF-e
prevista no art. 11.
§ 3º A obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal Eletrônica - NF-e prevista no
caput não se aplica (Protocolo ICMS 88/07):
I - ao estabelecimento do contribuinte onde não se pratique e nem se tenha
praticado as atividades previstas nos incisos I e III há pelo menos 12 (doze) meses,
ainda que estas sejam realizadas em outros estabelecimentos do mesmo titular;
II – nas hipóteses previstas nas alíneas “a” e “b” do inciso I do “caput”, às
operações realizadas fora do estabelecimento, relativas às saídas de mercadorias
remetidas sem destinatário certo, desde que os documentos fiscais relativos à
remessa e ao retorno sejam NF-e;
III – na hipótese prevista na alínea “b” do inciso I do “caput”, às operações
praticadas por contribuinte que tenha como atividade preponderante o comércio
atacadista, desde que o valor das operações com cigarros não ultrapasse 5% (cinco
por cento) do valor total das saídas nos últimos (12) doze meses;
IV – na hipótese prevista na alínea “e” do inciso III do “caput”, ao fabricante de
aguardente (cachaça) e vinho que aufira receita bruta anual inferior a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil) reais.”
131
Anexo C – Sistema Público de Escrituração Digital – Sped
Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007
DOU de 22.1.2007 Edição Extra
Institui o Sistema Público de Escrituração Digital – Sped
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,
inciso IV, da Constituição, e considerando o disposto no art. 37, inciso XXII, da
Constituição, nos arts. 10 e 11 da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de
2001, e nos arts. 219, 1.179 e 1.180 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
D E C R E T A :
Art. 1 o Fica instituído o Sistema Público de Escrituração Digital - Sped.
Art. 2 o O Sped é instrumento que unifica as atividades de recepção,
validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a
escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias,
mediante fluxo único, computadorizado, de informações.
§ 1o Os livros e documentos de que trata o caput serão emitidos em forma
eletrônica, observado o disposto na Medida Provisória no 2.200-2, de 24 de agosto
de 2001.
§ 2o O disposto no caput não dispensa o empresário e a sociedade empresária de
manter sob sua guarda e responsabilidade os livros e documentos na forma e
prazos previstos na legislação aplicável.
Art. 3 o São usuários do Sped:
I - a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda;
II - as administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, mediante convênio celebrado com a Secretaria da Receita
Federal; e
132
III - os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e
indireta que tenham atribuição legal de regulação, normatização,
controle e fiscalização dos empresários e das sociedades empresárias.
§ 1o Os usuários de que trata o caput, no âmbito de suas respectivas competências,
deverão estabelecer a obrigatoriedade, periodicidade e prazos de apresentação dos
livros e documentos, por eles exigidos, por intermédio do Sped.
§ 2o Os atos administrativos expedidos em observância ao disposto no § 1º deverão
ser implementados no Sped concomitantemente com a entrada em vigor desses
atos.
§ 3o O disposto no § 1o não exclui a competência dos usuários ali mencionados de
exigir, a qualquer tempo, informações adicionais necessárias ao desempenho de
suas atribuições.
Art. 4 o O acesso às informações armazenadas no Sped deverá ser
compartilhado com seus usuários, no limite de suas respectivas competências e sem
prejuízo da observância à legislação referente aos sigilos comercial, fiscal e
bancário.
Parágrafo único. O acesso previsto no caput também será possível aos empresários
e às sociedades empresárias em relação às informações por eles transmitidas ao
Sped.
Art. 5 o O Sped será administrado pela Secretaria da Receita Federal com a
participação de representantes indicados pelos usuários de que tratam os incisos II e
III do art. 3o.
§ 1o Os usuários do Sped, com vistas a atender o disposto no § 2o do art. 3o, e
previamente à edição de seus atos administrativos, deverão articular-se com a
Secretaria da Receita Federal por intermédio de seu representante.
§ 2o A Secretaria da Receita Federal, sempre que necessário, poderá solicitar a
participação de representantes dos empresários e das sociedades empresárias, bem
assim de entidades de âmbito nacional representativas dos profissionais da área
contábil, nas atividades relacionadas ao Sped.
Art. 6 o Compete à Secretaria da Receita Federal:
I - adotar as medidas necessárias para viabilizar a implantação e o
funcionamento do Sped;
133
II - coordenar as atividades relacionadas ao Sped;
III - compatibilizar as necessidades dos usuários do Sped; e
IV - estabelecer a política de segurança e de acesso às informações
armazenadas no Sped, observado o disposto no art. 4o.
Art. 7 o O Sped manterá, ainda, funcionalidades de uso exclusivo dos órgãos
de registro para as atividades de autenticação de livros mercantis.
Art. 8 o A Secretaria da Receita Federal e os órgãos a que se refere o inciso
III do art. 3o expedirão, em suas respectivas áreas de atuação, normas
complementares ao cumprimento do disposto neste Decreto.
§ 1o As normas de que trata o caput relacionadas a leiautes e prazos de
apresentação de informações contábeis serão editadas após consulta e, quando
couber, anuência dos usuários do Sped.
§ 2o Em relação às informações de natureza fiscal de interesse comum, os leiautes
e prazos de apresentação serão estabelecidos mediante convênio celebrado entre a
Secretaria da Receita Federal e os usuários de que trata o inciso II do art. 3°.
Art. 9 o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186º da Independência e 119º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Bernard Appy
134
Anexo D - Protocolo de Cooperação ENAT nº 02/2005 - II ENAT
Criado para atender a Ementa Constitucional 42, de 19/12/2003 INC
XXII.
Protocolo de Cooperação ENAT nº 02/2005 - II ENAT
Protocolo de Cooperação que entre si celebram a União, por intermédio da Receita Federal do Brasil, os Estados e o Distrito Federal, por intermédio de suas Secretarias de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação, e os Municípios, objetivando o desenvolvimento do Sistema Público de Escrituração Digital que atenda aos interesses das Administrações Tributárias
A UNIÃO, por intermédio da RECEITA FEDERAL DO BRASIL , doravante
denominada RFB, neste ato representada pelo Secretário-Geral da Receita Federal
do Brasil, os ESTADOS e o DISTRITO FEDERAL , por intermédio de suas
SECRETARIAS DE FAZENDA, FINANÇAS, RECEITA ou TRIBUT AÇÃO ,
doravante denominadas SEFAZ, representadas pelos seus respectivos titulares, e
os MUNICÍPIOS, representados pela Associação Brasileira das Secretarias de
Finanças dos Municípios das Capitais (Abrasf), tendo em vista a necessidade de
desenvolvimento do Sistema Público de Escrituração Digital, que atenda aos
interesses das administrações tributárias, e considerando o disposto no inciso XXII
do art. 37 da Constituição Federal, incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19
de dezembro de 2003, segundo o qual as administrações tributárias da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio; considerando as vantagens que a adoção do Sistema Público de
Escrituração Digital propiciará aos contribuintes e às respectivas administrações
tributárias, que podem ser assim sintetizadas:
em benefício dos contribuintes
simplificação e racionalização de obrigações acessórias, agilização dos
procedimentos sujeitos a controle das administrações tributárias e redução de custos
com armazenamento de documentos em papel;
135
em benefício das administrações tributárias
maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações,
racionalização de custos e maior eficácia da fiscalização;
RESOLVEM celebrar o presente Protocolo de Cooperação, nos seguintes termos:
CLÁUSULA PRIMEIRA – Os partícipes se comprometem a promover
reuniões e discussões e a adotar demais providências que se fizerem necessárias,
com vistas ao desenvolvimento do Sistema Público de Escrituração Digital,
doravante denominado SPED, que atenda aos interesses das administrações
tributárias.
CLÁUSULA SEGUNDA – No desenvolvimento do SPED serão observados
os seguintes pressupostos, entre outros que vierem a ser definidos de comum
acordo pelos partícipes:
I - bases de dados compartilhadas entre as Administrações Tributárias;
II - reciprocidade na aceitação da legislação de cada ente signatário, relativa aos
livros contábeis e fiscais;
III - validade jurídica dos livros contábeis e fiscais em meio digital, dispensando a
emissão e guarda de documentos e livros em papel;
IV - eliminação da redundância de informações através da padronização e
racionalização das obrigações acessórias;
V - preservação do sigilo fiscal, nos termos do Código Tributário Nacional.
CLÁUSULA TERCEIRA – A RFB se compromete a coordenar o
desenvolvimento e implantação do SPED, zelando pela harmonização das soluções
propostas e preservando as particularidades e a autonomia de cada ente signatário.
CLÁUSULA QUARTA – Os signatários se comprometem a designar
servidores que possuam perfil compatível com as atividades a serem desenvolvidas,
e garantir a sua participação nas reuniões e demais atividades necessárias à
consecução dos objetivos estabelecidos neste Protocolo.
CLÁUSULA QUINTA - A RFB será responsável pelos custos de
desenvolvimento do SPED, inclusive em relação à infra-estrutura para o acesso à
base de dados a ser disponibilizada até unidade da RFB nas capitais dos Estados e
no Distrito Federal.
CLÁUSULA SEXTA – As unidades federadas signatárias serão responsáveis
pelos custos da sua própria infra-estrutura de tecnologia da informação e
136
comunicação, inclusive as necessidades relativas às interações com unidade local
da RFB e, via Internet, com os contribuintes.
CLÁUSULA SÉTIMA – Os signatários envidarão esforços para integrar ao
SPED os órgãos públicos e demais entidades legalmente envolvidas com os seus
objetivos e finalidades.
CLÁUSULA OITAVA - Qualquer dúvida ou controvérsia sobre a aplicação
das disposições deste Protocolo será dirimida de comum acordo pelos partícipes.
E, por estarem de acordo, os partícipes firmam o presente Protocolo de Cooperação.
São Paulo, 27 de agosto de 2005.
Jorge Antonio Deher Rachid Secretário-Geral da Receita Federal do Brasil
Eduardo Refinetti Guardia Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo
Nilson Nascimento Lima Secretário Municipal de Finanças de Aracaju
Vice-Presidente da Abrasf Orlando Sabino da Costa Filho
Secretário da Fazenda do Estado do Acre Eduardo Henrique Araújo Ferreira
Secretário-Executivo de Fazenda do Estado de Alagoas Rubens Orlando de Miranda Pinto
Secretário da Receita do Estado do Amapá Isper Abrahin Lima
Secretário da Fazenda do Estado do Amazonas Albérico Machado Mascarenhas
Secretário de Fazenda do Estado da Bahia José Maria Martins Mendes
Secretário da Fazenda do Estado do Ceará Valdivino José de Oliveira
Secretário de Fazenda do Distrito Federal José Teófilo Oliveira
Secretário de Estado da Fazenda do Espírito Santo José Paulo Felix Souza Loreiro
Secretário da Fazenda do Estado de Goiás José de Jesus do Rosário Azzolini
Secretário da Fazenda do Estado do Maranhão Waldir Julio Teis
Secretário de Fazenda do Estado de Mato Grosso José Ricardo Pereira Cabral
Secretário de Fazenda do Estado de Mato Grosso do Sul Fuad Jorge Noman Filho
Secretário de Fazenda do Estado de Minas Gerais Maria Rute Tostes da Silva
Secretária-Executiva de Fazenda do Estado do Pará
137
Milton Gomes Soares Secretário da Receita do Estado da Paraíba
Heron Arzua Secretário da Fazenda do Estado do Paraná
Maria José Briano Gomes Secretária da Fazenda do Estado de Pernambuco
Antonio Rodrigues de Souza Neto Secretário da Fazenda do Estado do Piauí
Luiz Fernando Victor Secretário de Estado da Receita do Rio de Janeiro
Lina Maria Vieira Secretária da Tributação do Estado de Rio Grande do Norte
Paulo Michelucci Rodrigues Secretário da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul
José Genaro de Andrade Secretário de Estado de Finanças de Rondônia
Carlos Pedrosa Junior Secretário de Estado da Fazenda de Roraima
Lindolfo Weber Secretário de Estado da Fazenda de Santa Catarina em Exercício
Gilmar de Melo Mendes Secretário da Fazenda do Estado de Sergipe
Dorival Roriz Guedes Coelho Secretário da Fazenda do Estado do Tocantins
138
Anexo E - Decreto 3000/99
Livro Diário
Art. 258 - Sem prejuízo de exigências especiais da lei, é obrigatório o uso
de Livro Diário, encadernado com folhas numeradas seguidamente, em que
serão
lançados, dia a dia, diretamente ou por reprodução, os atos ou operações da
atividade, ou que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial da
pessoa jurídica (Decreto-Lei nº 486/69, art. 5º).
Parágrafo 1º - Admite-se a escrituração resumida no Diário, por totais que
não excedam ao período de um mês, relativamente a contas cujas operações
sejam
numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados
livros auxiliares para registro individuado e conservados os documentos que
permitam sua perfeita verificação (Decreto-Lei nº 486/69, art. 5º,
Parágrafo 3º).
Parágrafo 2º - Para efeito do disposto no parágrafo anterior, no transporte
dos totais mensais dos livros auxiliares, para o Diário, deve ser feita
referência às páginas em que as operações se encontram lançadas nos livros
auxiliares devidamente registrados.
Parágrafo 3º - A pessoa jurídica que empregar escrituração mecanizada poderá
substituir o Diário e os livros facultativos ou auxiliares por fichas
seguidamente numeradas, mecânica ou tipograficamente (Decreto-Lei nº 486/69,
art. 5º, Parágrafo 1º).
Parágrafo 4º - Os livros ou fichas do Diário, bem como os livros auxiliares
referidos no Parágrafo 1º, deverão conter termos de abertura e de encerramento,
e ser submetidos à autenticação no órgão competente do Registro do Comércio, e,
quando se tratar de sociedade civil, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou
no Cartório de Registro de Títulos e Documentos (Lei nº 3470/58, art. 71, e
Decreto-Lei nº 486/69, art. 5º, Parágrafo 2º).
Parágrafo 5º - Os livros auxiliares, tais como Caixa e Contas-Correntes, que
também poderão ser escriturados em fichas, terão dispensada sua autenticação
139
quando as operações a que se reportarem tiverem sido lançadas,
pormenorizadamente, em livros devidamente registrados.
Parágrafo 6º - No caso de substituição do Livro Diário por fichas, a pessoa
jurídica adotará livro próprio para inscrição do balanço e demais demonstrações
financeiras, o qual será autenticado no órgão de registro competente.
Seção V Sistema Escritural Eletrô nico
Art. 265 - As pessoas jurídicas que, de acordo com o balanço encerrado no
período de apuração imediatamente anterior, possuírem patrimônio líquido
superior a um milhão seiscentos e trinta e três mil, setenta e dois reais e
quarenta e quatro centavos e utilizarem sistema de processamento eletrônico de
dados para registrar negócios e atividades econômicas, escriturar livros ou
elaborar documentos de natureza contábil ou fiscal ficarão obrigadas a manter,
em meio magnético ou assemelhado, à disposição da Secretaria da Receita
Federal,
os respectivos arquivos e sistemas durante o prazo de cinco anos (Lei nº
8218/91, art. 11 e Parágrafo 1º, Lei nº 8383, de 1991, art. 3º, inciso II, e Lei
nº 9249, de 1995, art. 30).
Parágrafo único - A Secretaria da Receita Federal expedirá os atos
necessários para estabelecer a forma e o prazo em que os arquivos e sistemas
deverão ser apresentados (Lei nº 8218/91, art. 11, Parágrafo 2º, e Lei nº
8383/91, art. 62).
140
DECLARAÇÃO
A empresa PERDIGÃO AGRONDUSTRIAL S/A declara, para os devidos
fins, que o estagiário CÉLIA ANDRÉIA CERON DALABRIDA aluna do Curso de
Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - GESTÃO da Universidade
do Vale do Itajaí, cumpriu com a carga horária prevista para o período de 01/06/2008
a 27/10/2008, seguiu o cronograma estipulado no Projeto de Estágio e respeitou
nossas normas internas.
Itajaí, 02 de Dezembro de 2008
_____________________________________ Laurita Zago
Coordenador Controladoria Fiscal
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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS
Célia Andréia Ceron Dalabrida
Estagiária
Laurita Zago
Supervisora de campo
Prof. Ranieri Angioletti
Orientadora de estágio
Prof. Eduardo Krieger da Silva, MSc
Responsável pelos Estágios em Administração