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CÉLIA ANDRÉIA CERON DALABRIDA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO O RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DA NOTA FISCAL ELETRONICA NA EMPRESA PERDIGÃO AGROINDUSTRIAL S.A. ITAJAÍ (SC) 2008 UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí CECIESA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas

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CÉLIA ANDRÉIA CERON DALABRIDA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

O RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DA NOTA FISCAL ELETRONICA NA EMPRESA PERDIGÃO AGROINDUSTRIAL S.A.

ITAJAÍ (SC) 2008

UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí CECIESA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas

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CÉLIA ANDRÉIA CERON DALABRIDA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

O RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DA NOTA FISCAL ELETRONICA NA EMPRESA PERDIGÃO AGROINDUSTRIAL S.A.

Estágio desenvolvido e supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2008

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Dedico este trabalho primeiramente à Deus, o

responsável maior por tudo, aos meus pais Célia e

Alberto, meus Irmãos Caroline e Almir pelo

incentivo constante desde o início e ao meu Marido,

Alann, pelo apoio e credibilidade.

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Célia Andréia Ceron Dalabrida

b) Área de estágio

Departamento Controladoria Fiscal

c) Supervisor de campo

Laurita Zago

d) Orientador de estágio

Prof. Ranieri Angioletti

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Perdigão Agroindustrial S.A.

b) Endereço

Rua Jorge Tzachel, 475, Bairro Fazenda

Itajaí

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Departamento Controladoria Fiscal

d) Duração do estágio

240/ horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Laurita Zago

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa Perdigão Agroindustrial S/A. declara, para devidos fins, que

concorda com o projeto de estágio apresentado pela estagiária Célia Andréia Ceron

Dalabrida, aluna do curso de Administração do Centro de Educação Superior de

Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí, e se propõe a oferecer

as condições necessárias para o bom andamento do mesmo.

Itajaí, 02 de Dezembro de 2008.

Laurita Zago

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RESUMO

Devido ao ambiente de constantes mudanças que as organizações estão inseridas, surge a necessidade de adaptarem-se rapidamente as novas situações, visando garantir o bom andamento das funções da organização e de forma a garantir sua permanência no mercado competitivo. A realização desta pesquisa teve como principal objetivo conhecer, interpretar e analisar as melhores formas para implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica na empresa Perdigão Agroindustrial S.A. que substituirá o processo atual feito em papel, para a conversão em meio eletrônico, esclarecer quanto aos benefícios e desvantagens, as mudanças ocorridas e as normas a serem seguidas. A pesquisa teve como característica os métodos quantitativos que visam análise de grandes mudanças nas organizações, de situações, pesquisas que buscam medir as relações entre as variáveis e ou avaliar os resultado em algum projeto. Outro método é o qualitativo que é deliberadamente interpretativa, sendo assim utilizado para facilitar a análise dos dados coletados. O modelo de pesquisa a ser utilizado foi à avaliação de resultados que consiste acompanhamento da implementação de um projeto de inovação. Esse modelo tem como principal objetivo analisar a efetividade do plano, as ações a serem aplicadas o resultado obtido pela organização e os impactos provocados. A apresentação dos dados foi realizada de forma interpretativa para proporcionar maior clareza e entendimento. Como Método de coleta de dados foi realizada entrevista com o responsável pela implantação do projeto da Nota Fiscal Eletrônica na Empresa Perdigão Agroindustrial S.A. O questionário foi realizado com os funcionários da empresa que utilizam o processo de emissão da Nota Fiscal Eletrônica. A implantação do processo de emissão da Nota Fiscal Eletrônica envolve diretamente nos processos relacionados às áreas fiscais, contábil, logística e tecnologia da informação. Esse processo resultará em total controle da Receita Federal e Secretarias dos estados no que se refere às operações realizadas pela empresa.

Palavras-chave: NF-e, Inovação, Processos, Sistemas.

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LISTA DE SIGLAS

COFINS - Contribuição para Seguridade Social

DANFE - Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica

DIRJ - Declaração de Informações Economicos-Fiscais da Pessoa Juridica

FLOW - Software de Suporte e Assinatura Digital

HSM - Hardware Security Module

IPI - Imposto Produto Industrializado

J1B1N - Criar Nota Fiscal (Transação R3)

LT06 - Criar Ordem Carregamento (Transação R3)

NF-e - Nota Fiscal Eletrônica

PAFS - Pedido de Aquisição de Formulários de Segurança

PIS/PASEP - Contribuição Programa Integração Social e Formação do Patrimônio do Servidor Público

SAP XI / SAP R3 - Software Conversor de Dados / Sistema Integrado

SEFAZ - Secretária Estadual da Fazenda

SINTEGRA - Cópia digital do livro entrada e saída

SPED - Sistema Público de Escrituração Digital

VA01 - Criar Ordem de Venda (Transação R3)

VL01N - Criar Remessa (Transação R3)

VL02N - Modificar Remessa (Transação R3)

VL10A - Criar Remessa em Massa (Transação R3)

VT01N - Criar Transporte (Transação R3)

XML - Formato Universal de Dados

Z142 - Imprimir Nota Fiscal (Transação R3)

Z2C9 - Criação Automática Pedido (Transação R3)

Z331 - Expedição Frigoríficos (Transação R3)

ZWM25N - Monitor Carregamento (Transação R3)

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Processo utilizado na implantação NF-e Perdigão Agroindustrial S.A. .... 44

Figura 2: DANFE a ser utilizado na implantação da NF-e ......................................... 45

Figura 3: Processos a serem incorporados ao processo da NF-e, com relação ao

SPED ........................................................................................................ 52

Figura 4: Processos Nota Fiscal Convencional ......................................................... 59

Figura 5: Macro do Processo Atual. .......................................................................... 60

Figura 6: Macro do processo futuro. .......................................................................... 61

Figura 7: Macro do Processo Futuro. ........................................................................ 61

Figura 8: Macro Processo Atual. ............................................................................... 62

Figura 9: Macro Processos Futuros. ......................................................................... 62

Figura 10: Macro Processos Futuros. ....................................................................... 63

Figura 11: Macro do Processo Atual. ........................................................................ 63

Figura 12: Macro Processo Futuro. ........................................................................... 64

Figura 13: Macro Processo Futuro. ........................................................................... 64

Figura 14: Maleta. ..................................................................................................... 65

Figura 15: Impressora. .............................................................................................. 65

Figura 16: Receptor Infra Vermelho. ......................................................................... 65

Figura 17: Celular / Palm Top. ................................................................................... 65

Figura 18: Ilustração do Processo de Venda Através do RCA .................................. 65

Figura 19: Organograma. .......................................................................................... 77

Figura 20: Canais de Distribuição. ............................................................................ 78

Figura 21: Market Share. ........................................................................................... 79

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Quadro de Setores/Pessoas Projeto Nota Fiscal Eletrônica Perdigão ...... 20

Tabela 2: Formação do Pensamento Administrativo. ................................................ 29

Tabela 3: Modelo E-mail Solicitação de Emissor Nfe. ............................................... 43

Tabela 4: Tabela Custo Médio por Nota / Custo Anual ............................................. 67

Tabela 5: Prêmios Recebidos no Ano de 2006 ......................................................... 74

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LISTA DE GRÁFICO

Gráfico 1: Possui pleno conhecimento com relação ao processo de Emissão de

Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e). ................................................... 84

Gráfico 2: Em sua opinião o processo da Nota Fiscal Eletrônica trará resultados

positivos para organização. .................................................................... 84

Gráfico 3: Considera o processo da Nota Fiscal Eletrônica de fácil entendimento e

aplicação. ............................................................................................... 85

Gráfico 4: A organização vem se preparando para integrar o novo processo da Nota

Fiscal Eletrônica. .................................................................................... 85

Gráfico 5: Com a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica os processos

internos da organização passaram por melhorias. ................................. 86

Gráfico 6: Com relação às informações internas da organização, o processo da Nota

Fiscal Eletrônica poderá oferecer maior confiabilidade. ......................... 86

Gráfico 7: Você busca informações com relação ao processo da Nota Fiscal

Eletrônica. .............................................................................................. 87

Gráfico 8: Está ciente da importância e responsabilidade de seu trabalho nos elos

que constituem o processo da Nota Fiscal Eletrônica. ........................... 87

Gráfico 9: Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica

resulta em melhoria no serviço do usuário. ............................................ 88

Gráfico 10: Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica

resulta em economia de tempo e maior produtividade. .......................... 88

Gráfico 11: Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica

resulta em economia de tempo e maior produtividade. .......................... 89

Gráfico 12: Em sua opinião as condições oferecidas para realização do trabalho

estão de acordo com a necessidade. ..................................................... 89

Gráfico 13: Você busca interar-se de assunto relacionados à implantação do

processo Nota Fiscal Eletrônica através de algum tipo de mídia (tv,

jornal, internet ) ...................................................................................... 90

Gráfico 14: Você sente-se preparado com relação à utilização do processo da Nota

Fiscal Eletrônica na Perdigão Agroindustrial S/A. .................................. 90

Gráfico 15: Você tem liberdade para expressar suas dúvidas e sugestões

relacionadas ao processo da Nota Fiscal Eletrônica. ............................. 91

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Gráfico 16: Em sua opinião os treinamentos oferecidos pela organização propiciam

pleno desenvolvimento profissional e pessoal. ...................................... 91

Gráfico 17: Você acredita que o novo processo da Nota Fiscal Eletrônica

proporcionara maior agilidade nas transações comerciais. .................... 92

Gráfico 18: Em sua opinião o repasse das informações está sendo feito com

agilidade e clareza. ................................................................................ 92

Gráfico 19: Em sua opinião a área de TI possui recursos para a conversão do novo

processo de Emissão de Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e). ........... 93

Gráfico 20: Com relação ao documento auxiliar (DANFE) que serve para

acompanhar da mercadoria, qual seu nível de conhecimento. .............. 93

Gráfico 21: Em sua opinião o formulário de segurança é indispensável para garantir

a confiabilidade do novo processo da Nota Fiscal Eletrônica................. 94

Gráfico 22: Você está ciente dos procedimentos para efetuar o cancelamento das

Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e). ........................................................... 94

Gráfico 23: Você possui conhecimento com relação emissão da carta de correção. 95

Gráfico 24: Você considera o processo de consulta as Notas Fiscais Eletrônicas

(NF-e) como uma atividade complexa. ................................................... 95

Gráfico 25: Em sua opinião o andamento dos treinamentos estão em compasso com

a implantação do processo de Emissão de Notas Fiscais Eletrônicas

( NF-e). ................................................................................................... 96

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................ 16

1.1 Problema de Pesquisa / Justificativa .......... ............................. 17

1.2 Objetivo Geral e Específicos .................. .................................. 18

1.3 Aspectos Metodológicos ........................ .................................. 19

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio ....... ............................. 19

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ........ ............................. 20

1.3.3 Procedimento e instrumento de coletas de dado s ................. 21

1.3.4 Tratamento e Análise dos Dados .............. ............................... 22

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................... ............................ 24

2.1 Administração geral ........................... ....................................... 24

2.1.1 Contexto histórico .......................... ........................................... 27

2.1.2 Abordagens Clássicas ........................ ...................................... 30

2.1.3 Administração Científica .................... ...................................... 30

2.1.4 Burocracia .................................. ............................................... 31

2.1.5 Gestão Administrativa ....................... ....................................... 31

2.1.6 Relações Humanas............................. ....................................... 32

2.1.7 Abordagens Contemporâneas ................... .............................. 32

2.1.8 Comportamento Organizacional ................ .............................. 33

2.1.9 Teoria dos Sistemas ......................... ......................................... 33

2.1.10 Teoria da Contingência ..................... ................................... 34

2.1.11 Gestão da Qualidade Total .................. ................................. 34

2.1.12 Organizações Inteligentes .................. .................................. 35

2.1.13 Reengenharia ............................... ......................................... 35

2.2 Conceitos e Funções ........................... ..................................... 36

2.3 A Nota Fiscal Eletrônica ...................... ..................................... 37

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2.4 Características Nota Fiscal Eletrônica ........ ............................. 41

2.4.1 Autorização do Uso de NF-e .................. ................................... 42

2.4.2 Documento Auxiliar – DANFE .................. ................................ 44

2.4.3 Formulário de Segurança ..................... .................................... 46

2.4.4 Guarda dos Documentos ....................... ................................... 47

2.4.5 Cancelamento de NF-e ........................ ...................................... 48

2.4.6 Carta de Correção ........................... .......................................... 48

2.4.7 Consulta NF-e ............................... ............................................. 49

2.4.8 Consulta Status NF-e ........................ ........................................ 50

2.4.9 Validade Jurídica NF-e ...................... ........................................ 50

2.5 SPED .......................................................................................... 51

2.6 Escrituração Digital .......................... ......................................... 52

2.6.1 Escrituração Contábil Digital ............... ..................................... 53

2.6.2 Escrituração Fiscal Digital ................. ....................................... 54

2.6.3 NF-e - Ambiente Nacional .................... ..................................... 55

2.7 Reforma tributária ............................ ......................................... 55

2.8 A Nota Fiscal Eletrônica ...................... ..................................... 57

2.8.1 Processo Perdigão ........................... ......................................... 59

2.8.2 Processo de Venda ........................... ........................................ 60

2.8.3 Processo de Transferência de Mercadorias .... ........................ 61

2.8.4 Notas Fiscais Manuais ....................... ....................................... 63

2.8.5 Venda Pronta Entrega ........................ ....................................... 64

2.9 Processo de Implantação NF-e .................. .............................. 66

2.9.1 Desenvolvimento Projeto ..................... .................................... 67

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ............ ....... 69

3.1 Caracterização da organização ................. ............................... 69

3.1.1 Cronologia .................................. ............................................... 70

3.1.2 Prêmios Recebidos como Forma de Reconheciment o .......... 73

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3.1.3 Visão, Missão e Valores ..................... ....................................... 74

3.1.4 Estrutura Organizacional .................... ...................................... 75

3.1.5 Clientes e Concorrentes ..................... ...................................... 77

3.1.6 Responsabilidade Social ..................... ..................................... 79

3.2 Resultados Gerais em Tabelas .................. ............................... 80

3.2.1 Percepção dos funcionários .................. ................................... 83

3.2.2 Percepção da Perdigão Agroindustrial S.A. ... ......................... 96

3.3 Sugestões/ Recomendações ...................... .............................. 98

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................ ...........................100

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................... ....................102

6 APÊNDICES ..............................................................................104

7 ANEXOS ....................................................................................108

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho vem com o intuito de demonstrar que devido à busca por

qualidade, eficiência e principalmente rapidez nos processos administrativos as

organizações necessitam de constante atualização. Tudo isso devido às rápidas

mudanças e ao ambiente organizacional que se torna cada dia mais competitivo,

exigindo extraordinária competência, que deve ser sinônimo de planejamento

eficiente, busca por melhorias e implantação de novos processos e sistemas.

Sendo assim muitas organizações estão preocupadas com essas rápidas

mudanças e partem para o desafio, que é a busca pela qualidade total da

globalização, que envolve principalmente o fator econômico e a questão tecnológica.

Faz-se de fundamental importância manter a organização atualizada, mesmo sendo

difícil é necessário acompanhar o ritmo acelerado do desenvolvimento, pois de outra

forma com o passar do tempo perderá vantagem competitiva e posições perante o

mercado.

Devido a rápidas e constantes mudanças no mercado é perceptível a

importância da atualização das organizações, pois alguns processos principalmente

tecnológicos que proporcionam maior agilidade e controle estão sendo impostos por

lei a serem implantados, sendo o caso da implantação do sistema da Nota Fiscal

Eletrônica.

Reforçando assim a questão de manter a organização atualizada, para não

passar por dificuldades no momento em que for exigido algum método de trabalho

diferenciado, onde a organização não está inserida e nem preparada, evitando

principalmente que a organização passe por problemas estruturais que podem

acarretar desde enormes prejuízos até o fechamento da organização, sendo assim

fundamental contar com uma administração bem estruturada, preparada e com

disponibilidade de recursos.

O intuito da realização deste trabalho é proporcionar, maior conhecimento

com relação ao projeto da Nota fiscal Eletrônica, buscar reconhecer através das

pesquisas e identificar os impactos que a empresa Perdigão Agroindustrial S.A.

poderá sofrer, tanto no âmbito positivo como negativo e as possíveis dificuldades.

A realização do referido trabalho busca através das informações coletadas na

empresa, com relatos e questionamentos identificar que mudanças podem ser

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ainda pouco foi encontrado, buscando informações no site das secretárias e da

Receita Federal.

Como objetivos deste trabalho pode-se citar como principais a busca

pelos menores impactos possíveis para empresa e para seus colaboradores, sendo

assim mantendo ritmo normal sem afetar suas metas e produção. Buscar identificar

as principais dúvidas, quanto sua execução. Buscar informações concretas que

possam oferecer melhorias no processo, por ser algo inovador e afetar o fluxo total

da empresa.

1.1 Problema de Pesquisa / Justificativa

As organizações atualmente possuem uma visão de que existe uma constante

necessidade de atualização, para que consigam se manter competitivas num

ambiente caracterizado pela acirrada concorrência e mercados globalizados.

O problema de Pesquisa tem como característica pelo contexto do próprio

trabalho, reflexão sobre a propostas e enfoque na problematização. Justificar o

estágio através da oportunidade e viabilidade, buscando melhoria na qualidade dos

métodos e técnicas da Administração.

Quais as variáveis de maior impacto no processo de implantação da Nota

Fiscal Eletrônica na empresa Perdigão Agroindustrial S.A?

As empresas necessitam atingir seus objetivos, para manterem-se ativas no

mercado, para isso sendo de fundamental importância seu ótimo desempenho nos

processos produtivos e integração de sistemas. Assim através do trabalho de

estágio, poderá ser identificado as melhores formas de implantação, melhor

percepção das dificuldades e possíveis soluções mais rápidas e adequadas.

A justificativa geralmente é o elemento que contribui mais diretamente na aceitação da pesquisa pela pessoa ou entidades que vão financiá-la. Consiste numa exposição sucinta, porém completa, das razões de ordens teóricas e dos motivos de ordem pratica que tornam importante a realização da pesquisa. (MARCONI, LAKATOS, 2007 p.221)

Para a realização do trabalho, os acessos às informações foram facilitados,

devido ao fato da estagiaria trabalhar no setor Controladoria /Fiscal, onde foi

desenvolvido o projeto. O repasse das informações será de ordem imediata e com

base em total clareza.

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1.2 Objetivo Geral e Específicos

Segundo Marconi, Lakatos (2007 p. 221) “Está ligado a uma visão global e

abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos

e eventos, quer das idéias estudadas. Vincula-se diretamente à própria significação

da tese proposta pelo projeto”.

O objetivo principal deste estágio, Implantação Nota Fiscal Eletrônica é a

análise da implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico, que

substitua a sistemática atual do documento fiscal em papel, com validade jurídica

para todos os fins, simplificando as obrigações acessórias dos contribuintes, ao

mesmo tempo em que permite um controle em tempo real das operações comerciais

pelo Fisco.

Analisar a implantação do sistema da Nota Fiscal Eletrônica, através da

pesquisa bibliográfica e estudos de casos, definindo sua forma de utilização que

benefícios trarão para a organização, tal como rapidez e agilidade nas transações

comerciais.

Segundo Marconi, Lakatos (2007, p.221) “apresentar caráter mais concreto e têm

função intermediaria e instrumental, permitindo de um lado, atingir o objetivo geral e

de outro, aplicá-lo a situações particulares”.

Sendo assim o trabalho apresentado tem como objetivos específicos:

• Analisar o uso do sistema de nota fiscal eletrônica como ferramenta de

Planejamento e Controle fiscal das aplicações comerciais da organização.

• Analisar e identificar as vantagens na utilização do sistema de nota fiscal

eletrônica.

• Fazer um estudo exploratório, a fim de obter informações sobre o processo de

implantação do sistema de nota fiscal eletrônica.

• Destacar as vantagens da implantação do sistema de nota fiscal eletrônica e

seus benefícios.

• Destacar nas fases da implantação, resultados obtidos na utilização do

sistema de nota fiscal eletrônica.

• Procurar métodos para simplificar as operações diárias com a implantação do

sistema de notas fiscais eletrônicas.

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1.3 Aspectos Metodológicos

Os aspectos metodológicos que compõem esse capítulo do trabalho de

Estágio Supervisionado são divididos em quatro sub-itens: Caracterização do

trabalho de Estágio, Contexto e participação da pesquisa, Procedimentos e

instrumentos de coleta de dados, Tratamento e análise de dados.

Cuja principal finalidade é um melhor esclarecimento com relação ao tema

escolhido, etapas para alcançar dados concretos através da investigação. Segundo

Richardson (1999, p.22) “a metodologia são as regras estabelecidas para o método

científico, por exemplo: a necessidade de observar, a necessidade de formular

hipóteses, a elaboração do instrumento, etc”. Abrange uma grande variedade de

itens e proporciona assim a resposta de inúmeras questões referentes a possíveis

duvidas na composição da pesquisa.

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio

A caracterização do trabalho de estágio vem com o propósito de associar

causa-efeito ou avaliar o resultado de algum sistema ou projeto, visando utilizar

sempre as melhores estratégias para garantir que o resultado da pesquisa tenha boa

interpretação e clareza. Segundo Roesch (1999) esses aspectos são de suma

importância.

O modelo de pesquisa a ser utilizado para reavaliação do trabalho de Estágio

em questão e a Avaliação de Resultados, que consiste no acompanhamento da

implementação de um projeto de inovação.

O objetivo principal, desse método é analisar a efetividade do plano, as ações

a serem aplicadas e o resultado obtido pela organização e os impactos provocados.

Avaliar significa atribuir valor a alguma coisa. É importante, pois, estabelece critérios de avaliação claros no projeto, e definir do ponto de vista de quem será feita a avaliação. Avaliar envolve sempre uma comparação. A comparação pode ser entre uma situação anterior e posterior à utilização de determinados sistema ou plano. SYLVIA ROESCH (2007, pg. 68).

Segundo Roesch (2007), o método quantitativo é recomendado para avaliar

grandes mudanças nas organizações, analise de situações, pesquisa que buscam

medir as relações entre as variáveis e ou avaliar os resultados em algum projeto. O

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analítico é indicado para explorar as associações entre variáveis especificas. O

descritivo é um tipo de pesquisa conclusiva que tem como objetivo a descrição de

algo, normalmente características ou funções de mercado.

Segundo Erickson (1990), a pesquisa qualitativa é deliberadamente

interpretativa, uma vez que interprete é inerente ao ato de investigar. Esse tipo de

abordagem trabalha questões relacionadas a “significados, motivos, aspirações,

crenças, valores e atitudes” (MINAYO, 2002) o foco do trabalho investigativo é

entender os sentidos das ações nas perspectivas dos participantes do encontro

social.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Na fase inicial da pesquisa, a abordagem dos dados foi caracterizada de

forma exploratório, considerando sua abordagem qualitativa, o contexto dos

participantes do trabalho de estágio estão ligados à área Fiscal, Informática,

Logística, Consultores e Contratos Terceiros.

Setores Número de Pessoas

Fiscal 3

Informática 5

Logística 6

Consultores 3

Terceiros 13

Tabela 1: Quadro de Setores/Pessoas Projeto Nota Fiscal Eletrônica Perdigão Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Responsabilidade dos setores no Projeto Nota Fiscal Eletrônica, em sua fase

inicial:

1. Fiscal, determinar se as modificações previstas que se enquadram ao

processo da tributação brasileira;

2. Informática, comunicação de homologação entre o servidor SAP R3

(Software de Informações Integradas da empresa Perdigão), responsável

pelos sistemas da empresa, com o servidor SAP XI (Software conversor

de dados) para XML (formato universal de dados), que envia os dados

para o FLOW (Software de suporte a assinatura digital integrado) ao

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hardware HSM (Hardware Security Module) que faz a conexão final dos

dados da empresa com o servidor de homologação da SEFAZ (Secretaria

Estadual da Fazenda);

3. Logística, analise de impacto referentes à nota fiscal eletrônica no

processo de abastecimento.

4. Consultores fazem parte desse grupo as pessoas responsáveis pela

coordenação de idéias, proposição do plano de ação, trabalham com a

verificação de possíveis falhas e auxiliam em todas as áreas, buscando

sempre alcançar o objetivo da organização.

5. Terceiros: esse grupo tem como principal responsabilidade a aplicação do

projeto, sua implantação e o funcionamento pleno.

A população é definida como fator abrangente da totalidade dos indivíduos ou

objetivos de determinado caso que se esteja analisando. Neste contexto, a

população foi constituída pelo total de funcionários dos setores de Expedição das

unidades de Itajaí, Capinzal em Santa Catarina, Cuiabá em Mato Grosso e Rio

Verde em Goiás, totalizando 31 colaboradores que participaram da pesquisa.

Roesch (2007, p. 138) define população como sendo “um grupo de pessoas

ou empresas que interessa entrevistar para o propósito específico de um estudo”.

Em razão da pesquisa ter sido aplicada com todos os funcionários envolvidos

na implantação do projeto, foi classificada como censo. De acordo com Malhotra

(2001, p. 301) “um censo envolve a enumeração completa dos elementos de uma

população”.

1.3.3 Procedimento e instrumento de coletas de dados

Para Roesch (2007), para obter uma resposta positiva e real com relação aos

resultados da pesquisa exploratória é imprescindível a presença de lógica no

assunto em questão, clareza em sua forma de aplicação e alto grau de

confiabilidade na entrevista.

Com a utilização desse método à maior facilidade de verificação e análise da

pesquisa referente ao processo de Implantação da Nota Fiscal Eletrônica na

empresa Perdigão Agroindustrial S.A. Quanto à utilização de dados primários,

consistem na coleta dos mesmos, especificando a fonte dos dados, quando serão

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levantados e os instrumentos usados. Quanto a utilização de dados secundários se

deve levar em consideração a sua natureza e especificações.

Num próximo momento na avaliação do resultado ou na medição do

resultado obtido, perante um novo sistema ou projeto, utiliza-se preferencialmente o

enfoque da pesquisa quantitativa.

Pesquisas de caráter descritivo não procuram explicar alguma coisa ou mostrar relações casuais, como as pesquisas de caráter experimental. Censos, levantamentos de opinião publica ou pesquisas de mercado procuram fatos descritivos; buscam informação necessária para a ação ou predição. Pesquisas descritivas não respondem bem ao por que, embora possam associar certos resultados a grupos de respondentes (ROESCH, 2007, p.137)

1.3.4 Tratamento e Análise dos Dados

A apresentação dos dados foi realizada de forma interpretativa, através de

textos, quadros, figuras, gráficos, bibliografia selecionada e documentos, pois estes

darão maior clareza e mais entendimento para o desenvolver da pesquisa.

Na análise de dados, segundo Richardson (1999), deve ser eficaz, rigorosa

e precisa, aprofundando-se em suas características, baseando-se nas teorias

relevantes que servirão de marco para as futuras analises do pesquisador. Em

termos gerais está análise nada mais é do que a aplicação dos métodos científicos

para uma evidência documentária.

Para a coleta de dados a opção escolhida foi a realização de uma entrevista

com as pessoas envolvidas diretamente na implantação do projeto da NF-e e

também um questionário para identificar o impacto causado nas áreas que sofreram

as mudanças.

O método da entrevista que foi utilizado consiste na técnica da coleta de

dados e informações. Segundo autoras:

Analisando a entrevista como uma técnica de coleta de dados, podemos afirmar que não se trata de um simples dialogo, mas, sim de uma discussão orientada para um objetivo definido, que, através de um interrogatório, leva o informante a decorrer sobre temas específicos, resultando em dados que serão utilizados na pesquisa. (ARNOLDI-ROSA 2006 pg. 17).

Para se obter os resultados esperados com relação à entrevista são de

fundamental importância que exista inter relação de confiança, do contrário os dados

obtidos não serão totalmente confiáveis e corretos. É importante manter dialogo,

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estabelecer um feedback com o entrevistado, podendo assim encontrar respostas

nas entre linhas, algo mais que pré-estabelecido no roteiro.

Para a realização dessa pesquisa a melhor opção a ser utilizada é na

entrevista estruturada que consiste em roteiro pré-estabelecido com questões já

elaboradas e de preferência fechada para obtenção de respostas curtas e concisas.

A análise que melhor se adequar a esse tipo de entrevista é a quantitativa,

que consiste na comparação das respostas que serão facilitados através de análise

e verificação dos dados pelo uso estatístico e de porcentagens, dando assim

margem a discussão e ao resultado.

É de fundamental importância que o entrevistador tenha pleno conhecimento

do assunto abordado para que se possa conduzir a entrevista com tranqüilidade. Na

realização da entrevista o entrevistador indaga, registra respostas e reações e o

entrevistado organiza e seleciona idéias.

Antes de iniciar a entrevista é necessário que se esclareça os procedimentos

a serem realizados e na utilização dos resultados obtidos.

Ressaltando a colocação do autor Biasoli-Alves (1998, apud Rosa-Arnoldi,

2006, pg. 46) colocam que:

O roteiro / protocolo deve permitir captar a gama de informações que o projeto pretende e da forma que necessita. Concomitantemente, precisa garantir a obtenção do mesmo conjunto dos dados de todos os sujeitos.

Quanto à realização da entrevista, deve ser num ambiente agradável,

individualmente e com horário agendado, sendo assim será reservado para

entrevista numa sala de reunião na própria organização, respeitando a

disponibilidade de cada entrevistado.

Dentre os instrumentos de coletas de dados, pode-se destacar o

questionário, que na opinião Gil (2007, p. 128) pode ser definido como:

A técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.

Para Richardson (2007, p. 189), está muito claro que o questionário possui

duas funções importantes e que servem para descrever as características e medir

as variações do meio em que estão inseridos os participantes da pesquisa.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O curso de Administração busca apresentar aos acadêmicos sempre novos

modelos e técnicas para auxiliar na implantação e melhoria dos processos

organizacionais e a busca por atualizações contínuas. Porém cada profissional tem

sua responsabilidade de adequar os métodos e técnicas de maneira que seja eficaz

pra sua organização, mesmo que necessite de algumas mudanças com relação ao

projeto original.

A revisão da literatura permite entre outros propósitos levantar soluções alternativas para tratar de uma problemática. Por exemplo, levantar dados e informações contextuais para dimensionar e qualificar a problemática em estudo; levantar métodos e instrumentos alternativos de análise e assegurar ao seu autor que o trabalho tem alguma originalidade (ROESCH, 2007 p. 105).

A revisão da literatura busca principalmente esclarecer e justificar o problema

em estudo, orientar o método do trabalho e os procedimentos de coleta de dados.

Inicialmente buscam-se temas referentes ao projeto, para que seja feita mais tarde

uma possível filtragem dos temas mais pertinentes ao projeto. Permite o

levantamento de soluções e alternativas para resolução de problemas, mensurar a

dimensão e propor resoluções com certa originalidade.

2.1 Administração geral

A prática da administração exige o conhecimento da organização inteira,

permitindo a compreensão dos reflexos que as decisões e ações dos

administradores têm sobre toda a organização. As organizações são regidas por

aspectos de natureza humana e social, pela confiança, pelo entendimento mútuo e

pela motivação.

Para Drucker (2001) a administração é prática como a medicina, a advocacia

e a engenharia, apoiando-se sobre uma teoria, que precisa ter o rigor científico.

Essa prática consiste em aplicação, focando-se no específico, no caso singular e

exige experiência e intuição. É necessário ter conhecimentos científicos e teóricos

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consistentes assim como ter o “olho clínico”. Devemos saber “por que fazer”, “o que

fazer” e “como fazer”.

Importante afirmar que administração não é administração de empresas. A

administração é pertinente a todo o tipo de empreendimento humano que reúne, em

uma única organização, pessoas com diferentes saberes e habilidades, sejam

vinculadas às instituições com fins lucrativos ou não. A administração precisa ser

aplicada aos sindicatos, às igrejas, às universidades, aos clubes, agências de

serviço social, tanto como nas empresas, sendo responsável pelos seus

desempenhos.

Segundo Drucker (2001), os administradores que entenderem os princípios

essenciais da administração e trabalharem por eles orientados, serão bem-formados

e bem-sucedidos. Ele apresenta os seguintes princípios:

1• A administração trata dos seres humanos. Sua tarefa é capacitar as

pessoas a funcionar em conjunto, efetivar suas forças e tornar irrelevantes

suas fraquezas. É disso que trata uma organização, e esta é a razão pela

qual a administração é um fator crítico e determinante. Hoje em dia,

praticamente todos nós somos empregados por instituições administradas,

grandes ou pequenas, empresariais ou não. Dependemos da

administração para nossa sobrevivência. E a nossa capacidade de

contribuição à sociedade também depende tanto da administração das

organizações em que trabalhamos quanto de nossos próprios talentos,

dedicação e esforço.

2• A administração está profundamente inserida na cultura, porque ela

trata da integração das pessoas em um empreendimento comum. O que

os administradores fazem na Alemanha Ocidental, no Reino Unido, nos

EUA, no Japão, ou no Brasil é exatamente o mesmo. Como eles fazem é

que pode ser bem diferente. Assim, um dos desafios básicos que os

administradores enfrentam em países em desenvolvimento é descobrir e

identificar as parcelas de suas próprias tradições, história e cultura que

possam ser usadas como elementos construtivos da administração. A

diferença entre o sucesso econômico do Japão e o relativo atraso da Índia

é explicado, em grande parte, porque os administradores japoneses

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conseguiram transplantar conceitos administrativos importantes para seu

próprio solo cultural e fazê-los crescer.

1• Toda empresa requer compromisso com metas comuns e valores

compartilhados. Sem esse compromisso não há empresa, há somente

uma turba. A empresa tem de ter objetivos simples, claros e unificantes. A

missão da empresa tem de ser suficientemente clara e grande para

promover uma visão comum. As metas que a incorporam devem ser

claras, públicas e constantemente reafirmadas. A primeira tarefa da

administração é pensar, estabelecer e exemplificar esses objetivos, valores

e metas.

2• A administração deve também capacitar a empresa e cada um de seus

componentes a crescer e se desenvolver à medida que mudem

necessidades e oportunidades. Toda empresa é uma instituição de

aprendizado e de ensino. Treinamento e desenvolvimento precisam ser

instituídos em todos os níveis da sua estrutura – treinamento e

desenvolvimento incessantes.

3• Toda empresa é composta de pessoas com diferentes capacidades e

conhecimento, que desempenham muitos tipos diferentes de trabalho.

Deve estar ancorada na comunicação e na responsabilidade individual.

Todos os componentes devem pensar sobre o que pretendem alcançar –

e garantir que seus associados conheçam e entendam essa meta. Todos

têm de considerar o que devem aos outros – e garantir que esses outros

entendam. E todos têm de pensar naquilo que eles, por sua vez, precisam

dos outros – e garantir que os outros saibam o que se espera deles.

4• Nem o nível de produção nem a “linha de resultados” são, por si sós,

uma medição adequada do desempenho da administração e da empresa.

Posição no mercado, inovação, produtividade, desenvolvimento do

pessoal, qualidade, resultados financeiros, todos são cruciais ao

desempenho de uma organização e à sua sobrevivência. Também as

instituições não-lucrativas precisam de medições em algumas áreas

específicas às suas missões. Tanto quanto um ser humano, uma

organização também necessita de diversas medições para avaliar sua

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saúde e seu desempenho. O desempenho tem de estar entranhado na

empresa e na sua administração; precisa ser medido – ou ao menos

julgado – além de ser continuamente melhorado.

Finalmente, a única e mais importante coisa a lembrar sobre qualquer

empresa é que os resultados existem apenas no exterior. O resultado de uma

empresa é um cliente satisfeito. O resultado de um hospital é um paciente curado. O

resultado de uma escola é um aluno que aprendeu alguma coisa e a coloca em

funcionamento dez anos mais tarde. Dentro de uma empresa só há custos. “

Limitações de comunicação e transportes retardaram o crescimento dos

primeiros negócios. Conseqüentemente, os aperfeiçoamentos nas técnicas de

administração não melhoram substancialmente seus desempenhos. Entretanto, a

Revolução Industrial modificou esse panorama. As empresas cresceram e se

tornaram mais complexas, aperfeiçoamentos menores em táticas administrativas

produziram aumento avassaladores na quantidade e qualidade da produção.

O surgimento das economias de escala, reduções no custo médio de uma

unidade de produção à medida que o volume total cresce. Levou os administradores

a lutarem por mais crescimento. As oportunidades para produção em massa criadas

pela Revolução Industrial geraram um pensamento intenso e sistemático sobre

problemas e questões administrativas, particularmente eficiência, processos de

produção e redução de custo.

2.1.1 Contexto histórico

As instituições privadas ou públicas, com ou sem fins lucrativos, não existem

por conta própria, mas para satisfazer uma necessidade exclusiva da sociedade, da

comunidade ou do indivíduo. Existem para cumprir uma finalidade social definida;

não são fins em si, são meios para que as necessidades sejam atendidas. Assim, a

administração é o órgão da instituição que, como tal, só pode ser descrito e definido

por sua função e contribuição, devendo cumprir as seguintes tarefas:

• atingir a finalidade e a missão específicas da instituição, seja uma

empresa comercial, hospital ou uma universidade;

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• tornar o trabalho produtivo e transformar o trabalhador em realizador;

• administrar os impactos sociais e as responsabilidades sociais.

Não existem receitas prontas ou fórmulas, teoria em administração é

construída a partir de um conjunto de conhecimentos organizados e sistematizados,

resultantes da experiência prática obtida nas organizações.

Para Maximiano (2000), existem duas fontes principais que originam os

conhecimentos administrativos: a experiência prática e os métodos científicos.

Considera que os conhecimentos resultantes da experiência prática surgiram

com as primeiras organizações humanas, de onde os administradores passaram a

formar um acervo teórico resultante da transmissão de conhecimentos.

A segunda fonte refere-se a aplicação dos métodos científicos à observação

das organizações e dos administradores. Na história da humanidade, verifica-se que

sempre existiu alguma forma de associação entre os homens para, através do

esforço conjunto, atingirem objetivos que, isoladamente não seria possível.

O processo de administrar está vinculado a qualquer situação em que existam

pessoas fazendo o uso de recursos para atingir determinado objetivo.

De tais formas, embora inicialmente rudimentares, já manifestava-se alguma

forma de administrar organizações.

Conforme Maximiano (2000, p. 126), por volta de 10000 a 8000 a. C. na

Mesopotâmia e no Egito, agrupamentos humanos que desenvolviam atividades

extrativistas faziam uma transição para atividades de cultivo agrícola e pastoreio,

iniciando-se a “Revolução Agrícola”. Nesse período surgem as primeiras aldeias,

marcando-se a mudança da economia de subsistência para a administração da

produção rural e a divisão social do trabalho.

Ainda, de acordo com mesmo autor, no período compreendido entre 3000 e

500 a. C. , a “Revolução Agrícola” evoluiu para a “Revolução Urbana”, surgindo as

cidades e os Estados, demandando a criação de práticas administrativas.

Chiavenato (1983, p.18) faz referências às magníficas construções realizadas

na Antigüidade no Egito, na Mesopotâmia, na Assíria indicaram trabalhos de

dirigentes capazes de planejar e orientar a execução de obras que ainda podemos

observar. Também, através de papiros egípcios foi possível verificar a importância

da organização e administração da burocracia pública no Antigo Egito.

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A influência dos filósofos no pensamento administrativo merece referências a

influência dos filósofos gregos, como Platão (429 a. C. – 347 a. C.) discípulo de

Sócrates, e Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.), discípulo de Platão. Ambos deixaram

contribuições para o pensamento administrativo do Século XX. Platão preocupou-se

com os problemas de natureza política e social relacionados ao desenvolvimento do

povo grego. Aristóteles impulsionou o pensamento da Filosofia e no seu livro Política

estudou a organização do Estado.

Outros filósofos deixaram importantes contribuições para a formação do

pensamento administrativo:

Nicolau Maquiavel 1469 – 1527 Historiador e filósofo político italiano, seu livro mais famoso, O Príncipe (escrito em 1513 e publicado em 1532) refere-se a forma de como um governante deve se comportar. Segundo MAXIMIANO (2000, p.146), Maquiavel pode ser entendido “como um analista do poder e do comportamento dos dirigentes em organizações complexas”. Certos princípios simplificados que sofreram popularização estão associados a Maquiavel

Francis Bacon 1561 – 1626 Filósofo e estadista inglês, considerado um dos pioneiros do pensamento científico moderno, fundador da Lógica Moderna baseada no método experimental e indutivo (do específico para o geral). Segundo CHIAVENATO (1983, p.22) com Bacon é que encontra-se a preocupação com a separação experimental do que é essencial em relação ao que é acidental

René Descartes 1596 – 1650 Filósofo, matemático e físico francês, considerado fundador da Filosofia Moderna. Celebrizado pela sua obra “O Discurso do Método”, em que descreve os principais preceitos do seu método filosófico

Thomas Hobes 1588 – 1679 Filósofo e teórico político inglês, segundo o qual o homem primitivo era um ser anti-social por definição, atirando-se uns contra os outros pelo desejo de poder, riquezas e propriedades – “o homem é o lobo do próprio homem”. O Estado surge como a resultante da questão, que, de forma absoluta, impõe a ordem e organiza a vida social.

Karl Marx 1818 – 1883 Marx, filósofo alemão, e Engels, propuseram uma teoria da origem econômica do Estado. CHIAVENATO (1983, p.23) escreve que, de acordo com Marx e Engels a dominação econômica do homem pelo homem é a geradora do poder político do Estado, que vem a ser uma ordem coativa imposta por uma classe social exploradora.

Friedrich Engels 1820 – 1895 Marx e Engels afirmam que a história da humanidade sempre foi a história da luta de classes, resumidamente, entre exploradores e explorados.

Tabela 2: Formação do Pensamento Administrativo. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A

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2.1.2 Abordagens Clássicas

Administração Sistemática - Surgiu a partir dos pensamentos de Adam Smith,

que acreditava que a administração das fábricas, o centro do crescimento norte-

americano,era caótica e suas idéias ajudariam a sistematizá-las. A maioria das

tarefas organizacionais era subdividida e executada segundo o trabalho

especializado. Entretanto, a coordenação ruim entre os subordinados e entre os

diferentes níveis administrativos causava problemas freqüentes e paradas no

processo produtivo.

A abordagem da administração sistemática buscou construir procedimentos e

processos específicos nas operações para assegurar a coordenação dos esforços. A

administração sistemática enfatizava operações econômicas, assessoria adequada,

manutenção de estoques para atender à demanda dos consumidores e ao controle

organizacional. Embora a administração sistemática não aborde todas as questões

com que os administradores se

defrontavam, tentou-se elevar a consciência deles a respeito das preocupações

mais urgentes de seu trabalho.

Segundo Robbins (2003, pg. 489) As raízes da administração moderna

residem em um grupo de teóricos e práticos que buscaram criar princípios racionais

que tornassem as organizações mais eficientes.

2.1.3 Administração Científica

Criada por Frederick Winslow Taylor, um jovem engenheiro, que descobriu

que a produção e o pagamento eram ruins, que a ineficiência e as perdas eram

prevalentes e que a maioria das empresas possuía um grande potencial não

utilizado, uma falha da administração sistemática. Ele concluiu que as decisões

administrativas eram assistemáticas e que não existia pesquisa para se

determinarem os melhores meios de produção.

Com isso, Taylor introduziu uma segunda abordagem administrativa,

administração científica. Essa abordagem defendia a aplicação de métodos

científicos para analisar o trabalho e determinar como completar as tarefas de

produção eficientemente. Outro elemento dessa abordagem era o uso de

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gratificação diferenciada, que consistia no pagamento de quantias adicionais aos

trabalhadores quando eles excedessem níveis-padrão de resultado em cada

trabalho. Taylor concluiu que tanto os trabalhadores quanto a administração

poderiam se beneficiar disso.

De fato, o conceito de organizar o trabalho baseado na análise cuidadosa das tarefas para produtividade máxima está profundamente embutido em nossas organizações. No entanto, porque a administração científica ignorava o contexto social e as necessidades dos trabalhadores, ela levava ao aumento nos conflitos e choques, algumas vezes violentos, entre os administrativos e os trabalhadores. (Taylor, 2005 pg. 32).

Segundo Robbins (2003, pg. 489) o uso do método científico para definir a

“melhor maneira” para um trabalho ser feiro, sendo amplamente aceito por gerentes

do mundo inteiro.

2.1.4 Burocracia

Surge também através da publicação de um livro onde, Max Weber,

sociólogo; advogado e historiador alemão, mostra como a administração em si

mesma poderia ser mais eficiente. Weber acreditava que com a burocracia os

resultados diferentes pudessem ser eliminados, numa organização onde os

administradores possuíssem habilidades variadas. Experiência e objetivos. Weber

recomendava que os cargos fossem padronizados de modo que a mudança de

pessoal não desintegrassem a organização.Ele enfatizava a existência de uma rede

estrutural e formal de relacionamentos entre posições especializadas numa

organização.

Segundo Chiavenato (1936, pg. 58) a teoria pretendeu das as bases de um

modelo ideal e racional de organização que pudesse ser aplicado às empresas,

qualquer que fosse o seu ramo de atividade.

As regras e regulamentações padronizaram o comportamento e a autoridade

agora era sobre as posições e não sobre os indivíduos. Como resultado a

organização não precisaria apoiar-se em apenas um individuo, mas obteria

eficiência e sucesso seguindo as regras e regulamentações.

2.1.5 Gestão Administrativa

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Defendida por Henry Fayol, engenheiro de minas e executivo francês, surgiu

através de um livro publicado por ele com suas experiências administrativas. Fayol

adicionou uma função básica as quatro já identificadas antes, que são: planejar;

organizar; comandar; coordenar e controlar, e também definiu catorze princípios:

divisão do trabalho; autoridade; disciplina; unidade de comando; unidade de direção;

subordinação do interesse individual ao interesse geral; remuneração; centralização;

hierarquia; ordem; equidade; estabilidade e manutenção do pessoal; iniciativa e

espírito de equipe. A abordagem da gestão administrativa enfatizava a perspectiva

dos altos administradores dentro da organização e sustentava que a administração

era uma profissão e poderia ser ensinada.

2.1.6 Relações Humanas

Essa abordagem deve muito às escolas de pensamento. As idéias de

Gilbreths (administração cientifica), Barnard e Follet (gestão administrativa)

influenciaram o desenvolvimento das relações humanas entre 1930 e 1955. Na

verdade, a abordagem surgiu de um projeto de pesquisa que começou com um

estudo de administração cientifica.

A abordagem de relações humanas visava entender como os processos

psicológicos e sociais interagem com a situação de trabalho para influenciar o

desempenho. Relações Humanas foi a primeira grande abordagem a enfatizar os

relacionamentos de trabalho informal e a satisfação do trabalhador.

Segundo Chiavenato (1936, pg. 58) Deu ênfase ao homem e ao clima

psicológico de trabalho. As expectativas dos empregados, as suas necessidades

psicológicas, a organização informal e a rede não convencional de comunicação.

2.1.7 Abordagens Contemporâneas

Administração Quantitativa Durante a segunda Guerra Mundial, os

planejadores militares começaram a aplicar técnicas matemáticas para defesa e

para problemas logísticos. Após a guerra, corporações privadas constituíram

equipes de especialistas em métodos quantitativos para lidar com as questões

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complexas que confrontavam a maioria das organizações. Essa abordagem então

chamada de administração quantitativa.

Essa abordagem enfatiza a aplicação de análise quantitativa aos problemas

e decisões administrativas. A administração quantitativa auxilia o administrador a

tomar decisões pelo desenvolvimento formal de modelos matemáticos do problema.

Apesar da promessa que a administração quantitativa traz os administradores não

se baseiam nesses métodos como sendo a principal abordagem para a tomada de

decisão. Muitos utilizam os resultados considerados por eles como consistentes

juntamente com sua experiência, intuito e julgamento, mas rejeitariam resultados

que contradissessem suas crenças.

Segundo Certo, (2005 - pg. 5) administração é o processo que permite

alcançar as metas de uma empresa, fazendo uso do trabalho com e por meio de

pessoas e outros recursos da empresa.

A abordagem comportamental da administração preocupa-se com o aumento da produção por meio de uma maior compreensão de como são as pessoas. De acordo com os teóricos dessa abordagem, se os gerentes compreendem seus funcionários e adaptarem as empresas a eles, o êxito organizacional será uma conseqüência Natural. (CERTO, 2005. pg. 31)

2.1.8 Comportamento Organizacional

Os estudiosos começaram reconhecer que a produtividade do trabalhador e o

sucesso organizacional são baseados em mais coisas do que em satisfação de

necessidades econômicas e sociais. A perspectiva revisada é conhecida como

comportamento organizacional. Essa abordagem estuda e identifica as atividades de

administração e promove a eficácia às atividades de administração e promove a

eficácia do empregado por meio do entendimento a natureza complexa do indivíduo,

do grupo e do processo organizacional.

Segundo Chiavenato (1936, pg. 163) comportamento organizacional é o

estudo do funcionamento e da dinâmica das organizações e como os grupos e os

indivíduos se comportam dentro delas.

2.1.9 Teoria dos Sistemas

Baseada numa abordagem cientifica e voltada para os detalhes da

organização, a teoria dos sistemas fornece um meio para interpretar as

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organizações, traz uma visão holística de todo o processo e enfatiza os processos.

A teoria dos sistemas possui alguns conceitos importantes, sistemas abertos:

são organizações dependentes de insumos que provêm do mundo externo

(matérias-primas); sistemas fechados: são aqueles que não interagem com o meio

ambiente externo; eficiência: é a razão dos resultados pelos insumos; eficácia: é o

grau em que os resultados de uma organização correspondem às necessidades e

aos desejos do ambiente externo; Subsistemas: é um componente do todo e

interdependente dos outros sistemas; equifinalidade: é o mesmo que existir diversos

caminhos que chegam no mesmo resultado; sinergia: é quando o todo é maior que a

soma das partes.

A Abordagem Sistêmica segundo Robbins e uma visão que por exemplo, reconheceria que não obstante a eficiência do departamento de produção, se o departamento de marketing não antecipar mudanças nos gostos do consumidor e não trabalhar com o grupo de desenvolvimento de produtos para criação daquilo que os consumidores desejam, o desempenho global da organização será bloqueado. (ROBBINS, 2003. pg. 499)

2.1.10 Teoria da Contingência

Construída a partir das idéias dos sistemas, a perspectiva contingencial refuta

os princípios universais da administração pela afirmação de que uma variedade de

fatores que podem afetar o desempenho da organização, sejam eles internos ou

externos. Entender as contingências auxilia o administrador, a saber, quais os

conjuntos de circunstâncias que ditam as ações administrativas.

Com um olho nessas contingências, um administrador pode caracterizar a

situação e depois escolher a estratégia competitiva, a estrutura organizacional ou o

processo administrativo adequado às circunstâncias.

Segundo Chiavenato (1936, pg. 407) nasceu a partir de uma série de

pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estruturas organizacional mais

eficientes em determinados tipos de indústria.

2.1.11 Gestão da Qualidade Total

Muito conhecida por pessoas do ramo dos negócios antigamente como TQM

(total quality management). A gestão de qualidade total refere-se extensamente a

uma abordagem administrativa integrativa para a satisfação dos consumidores por

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meio de ampla gama de ferramentas e técnicas destinadas a atingir alta qualidade

em bens de serviços. A TQM inclui a prevenção de defeitos antes que eles ocorram

o atingimento de zero-defeito na fabricação, o projeto de produtos para a qualidade

e o fornecimento de serviços de qualidade, bem como o de produtos.

Segundo Certo (2005, pg. 241) A expressão recursos humanos adequados se

refere a pessoas da empresa cuja contribuição é valiosa para o alcance das metas

do sistema administrativo.

2.1.12 Organizações Inteligentes

À medida que as velhas regras de fazer negócios tornam-se obsoletas, as

empresas devem ser flexíveis e adaptáveis aos tempos de rápidas mudanças. Mais

do que realmente reagir às mudanças, elas devem antecipas as mudanças e estar à

frente delas. Na organização inteligente, é dada aos empregados a oportunidade de

saber o que está ocorrendo, de pensar construtivamente sobre importantes

questões, de buscar oportunidades para aprender novas coisas e procurar soluções

criativas para os problemas da organização.

O propósito dessa avaliação não é apenas adquirir perspectivas sobre como as mudanças em si deva ser alterada para aumentar a eficiência da empresa, mas também determinar se os passos tomados na realização das mudanças devem ser modificados para aumentar a eficiência da empresa na vez seguinte em que forem utilizados. (CERTO, 2005. pg. 276)

2.1.13 Reengenharia

Além de as empresas precisarem estar sempre se renovando, mudando e

aperfeiçoando-se, elas precisam de mais, precisam reinventar-se para melhorarem

seu desempenho. E a reengenharia não é nada mais, além disso, ela constitui o

processo de iniciar tudo novamente do zero, reconstruindo a empresa e revisando

seu modo de negociar. De acordo com seus proponentes, a reengenharia esta para

a próxima revolução nos negócios, assim como, a especialização do trabalho de

Adam Smith esta para a Revolução Industrial.

A reengenharia adota uma perspectiva de sistemas, melhorando a qualidade

de matéria prima e de insumos - chaves, assegurando que cada processo de

transformação adicione valor ao produto e também monitorando a satisfação do

mercado.

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Michael Hammer (1994, p.22) “Reengenharia é o repensar fundamental e a

reestruturação radical dos processos empresariais que visão alcançar drásticas

melhorias em indicadores críticos e contemporâneos de desempenho...”.

2.2 Conceitos e Funções

As demandas da sociedade demonstram que as organizações devem estar se

preparado constantemente para o desenvolvimento de um conjunto de ações que

representem resultados eficientes no sentido de oferecer serviços e produtos de

interesse comum. Neste contexto, o empreendimento de ações públicas deve

acompanhar a evolução dos desejos e necessidades da comunidade, exigindo

austeridade e a melhor aplicação dos recursos empregados.

De acordo com Costa (2004), as constantes transformações retratam que as

organizações públicas estão cada vez mais sujeitas a críticas e julgamentos de certa

forma necessários para garantir a transparência de suas ações, fiscalizadas pela

sociedade e comprometidas com um paradigma de desenvolvimento econômico e

social.

Contudo, a falta de informações necessária para a tomada de decisão e

aplicação de métodos arcaicos e ultrapassados faz com que os vários setores da

administração, não esteja preparada para o desenvolvimento de um gestão pró-

ativa, estruturada e moderna e conseqüentemente eficaz.

Através de ações de modernização, sob o aspecto da gestão fiscal, o Estado

pode otimizar o desempenho da estrutura de fiscalização e arrecadação, visando a

obtenção de resultado mais expressivos no combate à sonegação e aumento nos

níveis de arrecadação do Estado. Para tanto, a modernização tem no investimento

público um forma de busca para o alinhamento, ou realinhamento, necessário para a

conquista de seus objetivos.

De acordo com Pereira (2001, p. 87) a atração de investimentos “é um

processo que vê ser estratégico, seletivo, com marcação de alvos”, sob pena de,

eventualmente resolver problemas conjunturais, nem por isso pouco importantes,

mas não semear as sementes da mudança estável de tipo estrutural, mais

sustentável e durável.

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Com o advento da sociedade da informação os agentes econômicos aumentaram a

sua mobilidade, exercendo ações em todo o território nacional e deixando de estar

restritos ao conceito de jurisdição territorial. Em decorrência, é comum que

empresas sejam contribuintes, simultaneamente, de diversos governos, em nível

federal, estadual ou municipal. A conseqüência direta deste modelo é que os bons

contribuintes acabam penalizados pela burocracia, pois têm que lidar com

procedimentos e normas diversos em cada unidade da federação ou município.

O atual modelo tributário reflete um sistema extremamente burocrático que

impõe aos empreendedores uma grande perda de tempo para atender às exigências

das autoridades fiscais em seus milhares de normas e regulamentos.

Isso na prática significa tirar do empresário grande parcela da dedicação que

deveria ser colocada na sua atividade fim, que é a venda de mercadorias, produtos e

serviços. Ocorre, portanto, um verdadeiro entrave para o desenvolvimento do país

se comparado aos demais países no atual mundo integrado e globalizado.

Na tentativa de diminuir esses entraves, no Brasil discute-se a reforma

tributária, mas na realidade são aprovadas reformas arrecadatórias, postas em

prática por meio de aumentos na carga tributária, como foi o caso da majoração do

PIS e da COFINS, quando na época falava-se sobre a mini-reforma tributária.

A economia também é afetada com a burocracia causada pelo modelo

tributário atual, pois gera desinteresse e inibição para que o capital seja investido na

atividade produtiva. Pode-se citar como exemplo, o caso da demora para abertura

de empresas no Brasil, cuja média é de 50 dias conforme pesquisa publicada na

Revista Fenacon em Serviços do bimestre maio/junho de 2006. Muitos novos

negócios podem deixar de se realizar em razão dos dias perdidos para iniciar um

novo empreendimento.

2.3 A Nota Fiscal Eletrônica

O setor empresarial já percebeu a necessidade e importância do uso da

tecnologia para auxiliar na redução de custos e maior competitividade, mesmo nas

pequenas empresas onde a tecnologia está presente diariamente em suas

atividades. Algumas empresas já trabalham com sistemas integrados entre clientes,

fornecedores e distribuidores por meio da Internet, onde os pedidos são efetuados

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eletronicamente, porém isso é considerado muito pouco, muito mais ainda pode ser

feito e com as informações repassadas diretamente as secretárias competentes.

Com a evolução dos meios tecnológicos e modernização a relação entre

particulares e governo tem sido intensificado, principalmente com relação às

obrigações tributárias, que ainda estão em descompasso com a realidade.

Surge assim a Nota Fiscal Eletrônica NF-E, com o objetivo de implantação de

um modelo nacional de documento fiscal eletrônico para substituir o atual sistema de

emissão de documento fiscal em papel. Esse projeto consiste na existência somente

de documento digital, emitido e armazenado eletronicamente para cumprir com as

obrigações fiscais, tendo também assinatura digital do emissor para obter legalidade

jurídica e pela recepção pela Secretaria da Fazenda, antes da circulação da

mercadoria.

A implantação da NF-e constitui um grande avanço para facilitar a vida do contribuinte e as atividades de fiscalização sobre operações e prestações tributadas pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Num momento inicial, a NF-e será emitida apenas por grandes contribuintes e substituirá os modelos, em papel, tipo 1 e 1A. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 24)

Justifica-se a implantação deste sistema devido à busca pela integração e

modernização da Administração Tributária relaciona-se à forma federativa adotada

pelo estado brasileiro. Sendo assim, a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios são dotados de autonomia política, administrativa e financeira, estando

suas atribuições, limitações e competências previstas na Constituição Federal, que

concede a cada esfera de governo a competência de instituir e administrar os

respectivos tributos. Com relação a utilização da NF-e pode-se dizer:

Existem soluções conjuntas nas três esferas de Governo, que promovem maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações, facilitando maior eficácia da fiscalização, com possibilidade de realização de ações fiscais coordenadas e integradas, proporcionando o intercâmbio de informações fiscais entre as diversas esferas governamentais, com cruzamento dos dados padronizados e uniformizados de procedimentos. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 27)

Em países como Brasil, com forte grau de descentralização fiscal,

administrações tributárias são pouco discutidas, gerando multiplicidade de trabalho,

burocracia, baixo grau de troca de informações e falta de compatibilidade entre os

dados econômico-fiscais dos contribuintes. A área de jurisdição territorial possui alta

mobilidade, em decorrência disso varias empresas tornam-se contribuintes de vários

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governos ao mesmo tempo, como federal, estadual ou municipal. Sendo assim bons

contribuintes acabam sendo barrados pela burocracia e obrigados a adaptação de

leis e regulamentações de diversas federações e municípios.

Com a rapidez nos processos de globalização e de digitalização as

transações efetuadas e os montantes de recursos movimentados crescem num ritmo

intenso e, na mesma proporção, aumentam os custos relacionados à necessidade

do Estado de detectar e prevenir a evasão tributária. Existe a necessidade em captar

recursos para armazenar e disponibilizar informações sobre as operações realizadas

pelos contribuintes e controlando assim como um todo o processo das obrigações

acessórias.

O contribuinte por sua vez necessita de recursos humanos e materiais para o

registro, contabilidade, armazenamento, auditoria interna e prestação de

informações ao governo para o cumprimento de obrigações legais. Sendo assim de

fundamental importância, a integração e compartilhamento de informações que

busca racionalizar e modernizar a administração tributária brasileira, reduzindo

custos e burocracias, facilitando o cumprimento das obrigações tributárias e o

pagamento de impostos e contribuições, além de fortalecer o controle e a

fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as administrações. Para a

implantação da NF-e:

Os Estados possuem liberdade para determinar sozinhos quais setores ou faixas de faturamento eles querem que tenham a obrigatoriedade do uso da Nota Fiscal Eletrônica. A tendência é de tomar tal atitude em conjunto, enquanto o ICMS for uma atribuição do Estado é de fazer estas obrigatoriedades em conjunção, como ocorreu com cigarros e combustíveis. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 29 )

Para que se inicie o Projeto da Nota Fiscal Eletrônica é necessário que a

empresa emissora gere um arquivo eletrônico, assinado digitalmente com

informações fiscais, através da Internet o documento eletrônico é enviado a

Secretaria da Fazenda para que seja efetuado o transito da mercadoria. Os

processos para emissão da Nota Fiscal Eletrônica seguem as seguintes etapas:

• Habilitação do contribuinte como emissor, credenciando a empresa como

emissora de Nf-e no estado onde está estabelecida.

• Adquirir um certificado digital nos padrões da Nf-e.

• Adaptar o sistema de faturamento para emitir a Nf-e.

• Emissão e Trasmissão da Nf-e.

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• Consulta da Nf-e.

• Envio da Nf-e á Receita Federal e a secretária de Fazenda de destino.

• Confirmação de recebimento da Nf-e pelo destinatário.

A Nota Fiscal Eletrônica representa um grande avanço nas relações comerciais

entre contribuintes e no cumprimento das obrigações acessórias correspondentes,

trazendo consigo uma forte mudança de cultura, ao se deixar uma realidade toda

baseada no documento em papel, passando-se para um cenário virtual, baseado no

documento de existência apenas digital, atendendo os requisitos definidos na

Medida Provisória 2.200 da Presidência da República. Segundo anexo 02 Sistema

Público de Escrituração Digital – Sped.

Para a emissão da Nota Fiscal Eletrônica será necessário que a empresa

gere um arquivo eletrônico contendo as informações fiscais da operação comercial,

o qual deverá ser assinado digitalmente, de maneira a garantir a integridade dos

dados e a autoria do emissor. Este arquivo eletrônico, que corresponderá à Nota

Fiscal Eletrônica (NF-e), será então transmitido pela Internet para a Secretaria da

Fazenda de jurisdição do contribuinte que fará uma pré-validação do arquivo e

devolverá um protocolo de recebimento (Autorização de Uso), sem o qual não

poderá haver o trânsito da mercadoria.

A NF-e será transmitida a Receita Federal situação de operação em ambiente

nacional, em caso de movimentações interestaduais, enviados a Secretária da

Fazenda, sendo possível a consulta via Internet para interessados que possuam

acesso ao documento eletrônico. Para acompanhar o transito da mercadoria será

impressa uma única representação gráfica simplificada da Nota Fiscal Eletrônica,

intitulado DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), em papel folha A4,

em única via, que conterá impressa o modo de consulta via Internet.

Esse moderno processo de emissão de Notas Fiscais, chega trazendo

grandes benefícios para os contribuintes e as administrações tributárias, como:

Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e)

� Redução de custos de impressão;

� Redução de custos de aquisição de papel;

� Redução de custos de envio do documento fiscal;

� Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;

� Simplificação de obrigações acessórias, como dispensa de AIDF;

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� Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira;

� Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes.

Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e)

� Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias;

� Planejamento de logística de entrega pela recepção antecipada da

informação da NF-e;

� Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas

fiscais;

� Incentivo ao uso de relacionamentos eletrônicos com fornecedores;

Benefícios para a Sociedade

� Redução no consumo de papel, com impacto positivo no meio ambiente;

� Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;

� Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas;

� Surgimento de oportunidades de negócios e empregos na prestação de

serviços.

Benefícios para as Administrações Tributárias

� Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;

� Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio

e compartilhamento de informações entre os fiscos;

� Redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela

fiscalização de mercadorias em trânsito;

� Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação;

� Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Secretaria

da RFB.

� Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Secretaria

da Receita Federal e demais Secretarias de Fazendas Estaduais. (Sistema

Público de Escrituração Digital – SPED).

2.4 Características Nota Fiscal Eletrônica

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A empresa deve buscar interar-se do assunto, conhecer suas especificações

e se adequar ao novo sistema vigente. Podem ser citadas algumas características e

propostas relacionadas à Implantação da Nota Fiscal Eletrônica, como:

• Documento digital, que atende aos padrões definidos na MP 2.200/01, no

formato XML (Extended Markup Language);

• Garantia de autoria e integridade, certificadas através de assinatura digital do

emitente, definido pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP

Brasil);

• O arquivo da NF-e deverá seguir o leiaute de campos definido em legislação

específica;

• A NF-e deverá conter um “código numérico”, obtido por meio de algoritmo

fornecido pela administração tributária, que comporá a “chave de aceso” de

identificação da NF-e, juntamente com CNPJ do emitente e número da NF-e;

• A NF-e, para poder ser válida, deverá ser enviada eletronicamente e

autorizada pelo fisco, da circunscrição do contribuinte emissor, antes de seu

envio ao destinatário e antes da saída da mercadoria do estabelecimento;

• A transmissão da NF-e será efetivada, via Internet, por meio de protocolo de

segurança ou criptografia;

• A NF-e transmitida para a SEFAZ não pode mais ser alterada, permitindo-se

apenas, dentro de certas condições, seu cancelamento;

• As NF-e deverão ser emitidas em ordem consecutiva crescente e sem

intervalos a partir do 1º número seqüencial, sendo vedado a duplicidade ou

re-aproveitamento dos números inutilizados ou cancelados;

• A critério das administrações tributárias, a NF-e poderá ter o seu recebimento

confirmado pelo destinatário.

2.4.1 Autorização do Uso de NF-e

A autorização pelo uso do novo sistema de NF-e corresponde na habilitação

do contribuinte emissor de NF-e junto a Secretaria da Fazenda, através do acesso

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ao site da Sefaz, a qual realizará a análise eletrônica do pedido e de possíveis

pendências. A próxima fase a ser seguida pelo contribuinte será o inicio do envio de

Notas Fiscais Eletrônicas, em ambiente de testes, para homologação do seu

sistema.

Segundo site da Receita Federal, para efetuar a homologação da empresa

deverá ser enviado um e-mail para a Secretaria Estadual de Fazenda

correspondente à UF onde a empresa está situada, contendo todas as seguintes

informações:

• Razão Social;

• UF onde o emissor está autorizado a emitir NF-e;

• CNPJ;

• CNPJ matriz;

• Inscrição Estadual.

Abaixo, segue um modelo do e-mail:

De: (Responsável na empresa) Para: (Responsável na Secretaria Estadual de Fazenda) Assunto: Sefaz Virtual: Informações de Cadastro À Sefaz Seguem as informações solicitadas para cadastro do seguinte contribuinte, para atuar como emissor de Nota Fiscal Eletrônica junto à Sefaz Virtual: Razão Social: UF onde o emissor está autorizado a emitir NF-e: CNPJ: CNPJ Matriz: Inscrição Estadual: Em anexo seguem os arquivos com os certificados digitais que serão utilizados pelos aplicativos clientes da empresa acima referida: <nome do arquivo 1.cer>; Contatos do Responsável na Empresa

Tabela 3: Modelo E-mail Solicitação de Emissor Nfe. Fonte site www.receita.fazenda .gov.br

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Após os teste receberá um código de habilitação para emitir NF-e, podendo, a

partir deste instante, iniciar a transmissão de suas NF-e para a Secretaria da

Fazenda.

Efetuar o processo de emissão e transmissão de uma Nota Fiscal Eletrônica,

pelo contribuinte emissor, para a Secretaria de Fazenda, que após sua autorização

de uso, transmitirá o documento eletrônico para a Secretaria da Receita Federal e

Sefaz de destino, no caso de operações interestaduais, permitindo assim o trânsito

da mercadoria.

Figura 1: Processo a ser utilizado na implantação da NF-e na Perdigão Agroindustrial S.A. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A

2.4.2 Documento Auxiliar – DANFE

Para facilitar o controle referente ao trânsito da mercadoria com uma NF-e

autorizada, deverá ser feito acompanhado de um documento auxiliar, impresso em

papel comum, intitulado DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica). O

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DANFE não é uma nota fiscal, nem substitui uma nota fiscal, serve apenas como

instrumento auxiliar para consulta da NF-e por conter impressa a chave de acesso

da NF-e, permitindo assim que a validade da operação e da NF-e seja confirmada,

pelo detentor deste documento auxiliar, através do site da SEFAZ na Internet.

Segundo o livro Manual da Nota Fiscal Eletrônica:

A NF-e terá um documento auxiliar, o DANFE, impresso em papel comum, com o objetivo de acobertar o Trânsito de mercadorias, colher a firma do destinatário/tomador para comprovação de entrega das mercadorias ou prestação de serviço e auxiliar a escrituração da NF-e no destinatário não receptor de NF-e. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 53)

Apesar disto, no primeiro momento de implantação do projeto, o contribuinte

destinatário, não emissor de NF-e, poderá escriturar este documento, sendo que sua

validade fica vinculada a efetiva existência da NF-e nos arquivos das administrações

tributárias envolvidas no processo. O DANFE conterá código de barras

unidimensional (padrão CODE 128C, contendo o número da chave única da NF-e).

Modelo DANFE a ser utilizado quanto ao uso do sistema de emissão de Notas

Eletronicamente.

Figura 2: DANFE a ser utilizado na implantação da NF-e Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A

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2.4.3 Formulário de Segurança

Além do DANFE, mais uma alternativa que pode ser utilizada para garantir a

confiabilidade do processo na emissão da NF-e é o formulário de segurança. Com

relação a possíveis falhas na emissão da NF-e perante o site da Secretária da

Fazenda, no momento da transmissão de dados, o formulário de segurança torna-se

a forma legal para obter continuidade no processo da emissão das notas e garantir

sua legalidade.

O Formulário de Segurança já existia antes do surgimento da NF-e, é

considerado um papel composto pela impressão da estampa fiscal para fins de

maior segurança e por dispositivos de segurança também impressos. Segundo Site

WWW.sefaz.sc.gov.br, suas características devem ser:

• Papel de segurança com filigrana produzida pelo processo mould made;

• Fibras coloridas e luminescentes;

• Papel não fluorescente;

• Micro cápsulas de reagente químico;

• Micro poros que aumentam a aderência do toner ao papel

Segundo convênio ICMS 58/95 em anexo:

Cláusula primeira Os Estados e o Distrito Federal poderão autorizar o contribuinte a realizar impressão e emissão de documentos fiscais, simultaneamente, sendo este designado impressor autônomo.

§ 1º O impressor autônomo dos documentos fiscais deverá solicitar regime especial junto ao Fisco da respectiva unidade da Federação para fazer uso da faculdade prevista nesta cláusula.

§ 2º Quando se tratar de contribuinte do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, a adoção deste sistema de impressão será comunicada à Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda.

Cláusula segunda A impressão de que trata a cláusula anterior, fica condicionada à utilização de papel com dispositivos de segurança, denominado formulário de segurança. (CONVÊNIO ICMS 58/95)

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Para requerer os formulários de segurança é necessário o preenchimento do

PAFS, (Pedido de Aquisição de Formulário de Segurança). Na hipótese de utilização

de formulário de segurança para impressão de DANFE, devem ser observados

alguns requisitos contidos no Convênio de ICMS 58/95(Anexo 01) como por exemplo

a dispensa perante a exigência da Autorização do uso da Impressão de

Documentos Fiscais – AIDF e da exigência de Regime Especial.

Segundo Portal da Nota Fiscal Eletrônica, (nfe.sefaz.se.gov.br, acesso

07/04/2008 08:00 Hs), não poderá ser impressa a expressão”Nota Fiscal”, devendo,

em seu lugar, constar a expressão”DANFE”. Fica vedada a utilização de formulários

de segurança adquirido para outra destinação, o modelo a ser utilizado deve ser o

55.

O PAFS deve ser adquirido através de fornecedores credenciados perante a

Comissão da União, deve ser informado no campo de observações que seu uso se

reserva à impressão do Documento Auxiliar na Nota Fiscal Eletrônica (DANFE).

Segundo Portal da Nota Fiscal Eletrônica

De posse do PAFS, o contribuinte deve procurar a SEFAZ – GERCONT-(Gerência de Controle Tributário). Será verificado se a situação cadastral do contribuinte é igual a ATIVO ou SUSPENSO; em ambas as situações, a impressão de formulário de segurança para fins de DANFE é permitida; assim sendo, será dado o visto no campo apropriado do PAFS autorizando a impressão; Será retida a 1a via do PAFS; O contribuinte deve retornar ao fabricante e dar seguimento à confecção dos formulários. Lembramos que no formulário não pode conter a expressão "Nota Fiscal", mas sim "DANFE”. O contribuinte não precisa retornar a SEFAZ após a confecção dos formulários. (NFE.SEFAZ.SE.GOV.BR, acesso 10/08/2008, 07:13Hrs)

2.4.4 Guarda dos Documentos

A NF-e após ter sido recebida, armazenada na base de dados da SEFAZ e

disponibilizada para consulta via Internet, será enviada pela SEFAZ de origem para

a Receita Federal do Brasil e, nos casos de operações interestaduais, para a

Secretaria da Fazenda do Estado de destino das mercadorias, via Rede de

Informações Sintegra (RIS). Segundo Decreto 2.870, anexo 11 ”O emitente e o

destinatário deverão manter a NF-e em arquivo digital, pelo prazo estabelecido na

legislação tributária para a guarda dos documentos fiscais, apresentados à

administração tributária, quando solicitado”.

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Dessa forma, tratando-se de operações interestaduais, os Postos Fiscais de

Fronteira receberão a informação prévia da NF-e, eliminando-se, assim, a

necessidade atual de digitação de notas fiscais, facilitando o controle do Fisco e

reduzindo o tempo gasto pelo contribuinte nestas repartições.

2.4.5 Cancelamento de NF-e

Após ser recebida pela SEFAZ, a Nota Fiscal Eletrônica não pode sofrer

nenhum tipo de alteração. A alteração só pode ser efetuada com autorização prévia

do seu uso pelo Fisco (protocolo “Autorização de Uso”) e que não tenha ainda

ocorrido à saída da mercadoria do estabelecimento, além de determinado período

de tempo, estabelecido pela legislação, após sua emissão e recepção pela SEFAZ.

O contribuinte deve comunicar-se com a SEFAZ, via tecnologia “web service”,

enviando uma mensagem no formato XML (extensible markup language), com

assinatura digital, solicitando o cancelamento de uma NF-e e identificando-a através

da informação de sua respectiva chave de acesso.

Para que o contribuinte tenha conhecimento da resposta para sua solicitação:

A SEFAZ responderá ao contribuinte através se um protocolo de transação com Status de “Cancelamento de NF-e”. Esse protocolo, alem de identificar o Status da Nf-e conterá a identificação da Nf-e através de sua chave de acesso e o momento em que a NF-e teve seu cancelamento registrado pela SEFAZ (data/hora/minuto/segundo). Assim será possível obter todas as informações referentes ao cancelamento da nota ao consumidor o Site da SEFAZ. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 52)

2.4.6 Carta de Correção

A Carta de Correção tem como finalidade a alteração de dados específicos,

informados incorretamente, após a emissão e envio da NF-e á Sefaz. Porém não

são todos os erros que poderão ser alterados, sua utilização é permitida em caso

de irregularidades formais que não tenham repercussões sobre o valor do imposto

devido. Com relação a erros de cálculo ou qualquer outro problema que tenha

elevado ou reduzido o ICMS, as providências deverão ser outras.

O contribuinte pode usar a carta de correção em casos de erro no preenchimento do CNPJ, códigos de produtos, descrição e endereço, entre outros. No caso de erros que tenham reduzido o imposto devido, o contribuinte deverá providenciar, além do protocolo da carta de correção na Secretaria da Fazenda, a emissão de uma nota fiscal complementar. Caso

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a nota tenha sido emitida com valor maior, é possível, diz Sônia, se creditar da parcela que foi lançada a mais. Para isso, porém, será necessário garantir que o ICMS emitido a mais anteriormente não seja aproveitado como crédito pelo contribuinte da etapa seguinte. ( VALOR ECONÔMICO 10/06/2002).

Segundo site da Receita Federal, após a concessão da Autorização de Uso da

NFe, o emitente poderá sanar erros em campos específicos da NFe, por meio de

Carta de Correção Eletrônica - CC-e transmitida à Secretaria da Fazenda Não

poderão ser sanados erros relacionados:

• Às variáveis consideradas no cálculo do valor do imposto, tais como: valor da

operação ou da prestação, base de cálculo e alíquota;

• A dados cadastrais que impliquem alteração na identidade ou no endereço de

localização do remetente ou do destinatário;

• À data de emissão da NF-e ou à data de saída da mercadoria.

Para atender as normas legais com relação à Carta de Correção Eletrônica -

CC-e, deverão ser observados alguns aspectos:

1. Observar o leiaute estabelecido em Ato Cotepe;

2. Conter assinatura digital do emitente, certificada por entidade credenciada

pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil, contendo

o CNPJ do emitente ou da matriz;

3. Ser transmitida via Internet, com protocolo de segurança ou criptografia.

2.4.7 Consulta NF-e

A consulta da NF-e deve ser efetuada, para que possam ser retificados

possíveis erros após a transmissão das informações e também verificar se o

recebimento pela SEFAZ, foi efetuado com sucesso.

Segundo Portal da Nota Fiscal Eletrônica, a existência de uma NF-e e sua

validade poderão ser verificadas através de uma consulta no site da Secretaria de

Fazenda da Unidade da Federação de origem do emitente da NF-e ou através do

Portal Nacional da NF-e, a partir da informação da chave de acesso da NF-e.

A chave de acesso da NF-e, que consta impressa no DANFE, é composta

pelas informações do código da UF do emitente da NF-e, ano e mês de emissão,

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CNPJ do emissor; modelo do documento fiscal, série, número da NF-e e código

numérico que compões a chave de acesso.

O código de acesso é uma seqüência de 10 posições numéricas, geradas

pelo emissor da NF-e, no momento de sua emissão e que tem como objetivo tornar

menos previsível a construção da chave de acesso da NF-e. O resultado da consulta

da NF-e no site da SEFAZ ou Portal Nacional, disponibilizará todas as informações

contidas no arquivo XML por um prazo de 180 dias. Após este período a consulta

será mais restrita.

2.4.8 Consulta Status NF-e

O emissor de NF-e terá a sua disposição, via tecnologia “web service”, um

serviço de consulta ao status de uma NF-e, que permite ao emissor certificar-se da

situação de uma NF-e que tenha emitido e enviado para a SEFAZ. Esta consulta

será feita através do envio para a SEFAZ de uma mensagem no formato XML,

solicitando o status de uma NF-e, informando sua correspondente chave de acesso.

A SEFAZ responderá a consulta por intermédio de protocolo de transação,

identificando a NF-e por sua chave de acesso e trazendo o histórico de status desta

NF-e com o correspondente momento de registro (data/hora/minuto/segundo) na

base de dados da SEFAZ. O serviço de consulta da Nf-e terá função de informar ao

emissor a situação da NF-e

Para efetuar essa consulta o emissor deverá enviar para a SEFAZ uma mensagem no!formato XLM solicitando o Status de uma NF- e, informando sua correspondente chave de acesso. A SEFAZ informará o Status da NF-e consultando-a através ta sua chave de acesso trazendo o histórico de Status desta, correspondente ao momento de registro (data/hora/minuto/segundo) na base de dados da SEFAZ. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 53).

2.4.9 Validade Jurídica NF-e

A validade jurídica da NF-e será garantida através da assinatura digital, que

garante ao documento a certeza de sua integridade e pela autorização da

administração tributária da unidade federativa do contribuinte. Com o uso da

assinatura digital é possível identificar no ato o autor de um arquivo e se o mesmo

sofreu algum tipo de alteração. A utilização da senha é fundamental para limitar o

acesso ao sistema de transações eletrônicas.

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O certificado para utilização da NF-e deve ser adquirido junto a Autoridade

credenciada pela Infra – estrutura de Chaves Públicas Brasileiras – ICP-Brasil, esse

certificado pode ser utilizado tanto pela matriz da empresa como para as filiais.

Segundo artigo sobre. A Segurança no uso da Nota Fiscal Eletrônica

As grandes empresas do Brasil devem seguir padrões abertos na implementação do sistema de NF-e, que devem contemplar assinatura digital para cada NF-e emitida no padrão ICP Brasil - que consiste no conjunto de técnicas, práticas e procedimentos a ser implementado pelas organizações governamentais e privadas brasileiras com o objetivo de estabelecer os fundamentos técnicos e metodológicos de um sistema de certificação digital baseado em chave pública. (CARLOS MAGNO, True Access Consulting 27/09/2007).

2.5 SPED

A evolução na emissão das notas fiscais sem formato digital inicia-se com a

Ementa Constitucional 42, de 19.12.2003 inciso XXII que basicamente determina a

integração da administração tributária entre União, Estados, Distritos Federais,

Estados e Municípios, incluindo compartilhamento de cadastros, leis, convênios e

informações fiscais.

Como forma de cumprimento da regulamentação acima citada, cria-se o

Protocolo de Cooperação ENAT 02/2005. Onde foi criado o Sistema Público de

Escrituração Digital – SPED, que terá como função o registro de certificação da

assinatura digital. Segundo autores do livro Manual da Nota Fiscal Eletrônica

De acordo com esse protocolo, a adoção do SPED trará aos contribuintes o benefício de simplificação e racionalização de obrigações acessórias, alem da agilização dos procedimentos sujeitos a controle das administrações tributarias e redução de custos com armazenamento de documentos em papel. Não será mais obrigatória a impressão em papel especial, pois toda a documentação fiscal passa a residir nos sistemas de informação. Para a administração tributária os benefícios são: maior interação administrativa padronização e melhor qualidade das informações, racionalização de custos e maior eficácia da fiscalização. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 23).

O Projeto do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), consiste na

modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias,

transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos

fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura dos

documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas

na sua forma digital.

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Instituído pelo Decreto n º 6.022, de 22 de janeiro de 2007, faz parte do

Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e

constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o fisco e os

contribuintes. Sendo assim:

O SPED é instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fluxo único, computadorizado de informações. (DECRETO Nº 6022, de Janeiro de 2007).

Figura 3: Processos a serem incorporados ao processo da NF-e, com relação ao SPED Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A

2.6 Escrituração Digital

Paralelamente ao Projeto da Nota Fiscal Eletrônica, o governo está

desenvolvendo o Projeto da Escrituração Fiscal Digital e da Escrituração Contábil

Digital, onde as empresas de grande porte, a princípio, enviarão para a Receita

Federal todo o movimento fiscal e contábil de forma eletrônica. De acordo com

esses projetos:

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a) a empresa escritura as Notas Fiscais de Serviços no Portal da Nota Fiscal

Eletrônica das Prefeituras;

b) as Notas Fiscais de venda de mercadorias e produtos, incluindo os itens

das NFs de compra e vendas mais o Registro de Inventário são escrituradas e

enviadas mensalmente para a SEFAZ (Validadores do SINTEGRA);

c) anualmente, após a escrituração dos Livros Diários Eletrônicos e

respectivos livros auxiliares, os mesmos serão enviados para registro nas Juntas

Comerciais de forma digital (CDs, DVDs, Pen- Drives), conforme prevê a Instrução

Normativa DNRC Nº 102, de 25 de abril de 2006, que cria a figura dos Livros

Mercantis Eletrônicos;

d) todas as informações eletrônicas serão enviadas pelos contribuintes e

armazenadas num grande Banco de Dados, gerenciado pela Receita Federal e

demais órgãos da administração tributária em todas as esferas.

Uma vez implantado, esse projeto será um singular Caso de Sucesso para

todos os governos do Mundo. Quando o processo estiver concluído, daqui a poucos

anos, não há a menor dúvida que as autoridades tributárias terão um controle maior

na arrecadação, no combate à sonegação e um crescimento expressivo do volume

de tributos arrecadados. É um pressuposto muito importante para que a carga seja

percentualmente reduzida já que na prática um número maior de empresas sairá das

sombras da sonegação e pagará os impostos comuns a todos que exercem a

atividade empresarial.

2.6.1 Escrituração Contábil Digital

A assinatura digital proporcionará maior agilidade na verificação de integridade e

identificação de arquivos eletrônicos, que serão monitorados para detectar possíveis

alterações. Esse monitoramento será feito através de senha, para permitir acesso

somente aos meios de fiscalização legalizados.

Segundo site da Receita Federal, a legislação tributária federal exige que, além

do Livro Diário, o contribuinte escriture o Livro Razão. Obriga, também, as pessoas

jurídicas não optantes pelo Simples a apresentarem os arquivos eletrônicos que

representem a Contabilidade.

Segundo Site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br, Decreto

3000/99, Anexo 04), “no livro Diário a escrituração é feita em papel, tem seus

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lançamentos em ordem cronológica, possui termos de abertura e encerramento e

tem transcrição das demonstrações contábeis”. Sendo utilizadas quatro formas de

representar uma mesma realidade, de maneiras diferentes.

No livro Razão a escrituração é feita em papel, os lançamentos em ordem de

conta e data. Os Arquivos eletrônicos são descritos em dois formatos distintos

compostos basicamente, por plano de contas, lançamentos e saldos.

O objetivo da construção do SPED Contábil é substituição da emissão dos

Livros (diário e razão) em formato papel para apenas arquivos digitais. O SPED,

sistema em desenvolvimento pelo Serpro, visa promover a atuação integrada entre

os fiscos, uniformizar a coleta de dados contábeis e fiscais, bem como racionalizar

as obrigações acessórias dos contribuintes. As seguranças, redução de custos e

facilidade de armazenamento, estão entre as vantagens para os contribuintes;

enquanto que tornar mais rápido a identificação de tortuosos tributários é um dos

objetivos do governo.

Segundo Flávio Antônio Araújo, coordenador de estudos e programação da

Secretaria da Receita Federal “Isso vai permitir que as informações contábeis e

fiscais, hoje armazenadas em papel, sejam substituídas por informações em meio

digital, o que introduz mais vantagens para o contribuinte e para o governo”.

2.6.2 Escrituração Fiscal Digital

O principal intuito da Escrituração digital é proporcionar a diminuição na

apresentação das obrigações acessórias do contribuinte, que hoje são apresentadas

de forma impressa e por alguns meios eletrônicos, porém com variados leiautes.

O SPED Fiscal, já é utilizado nas empresas, para que seja feito seus

controles através de arquivos e planilhas no formato digital, sendo os registro em

papel apenas uma obrigação burocráticas, com isso reduzirá o trabalho devido à

dispensa em se apresentar grande parte das informações fornecidas na DIPJ

(Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica) e outras

obrigações acessórias relativas a outros tributos como por exemplo o IPI, PIS e

COFINS, no âmbito federal.

Segundo Site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br, Convênio

ICMS 57/95, Anexo01), algumas obrigações acessórias são atualmente obrigatórias

com relação ao fisco e poderão ser incorporados pelo SPED, como informação do

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ICMS, guias informativas anuais, livros de escrita fiscal, arquivos do Convênio ICMS

57/95 e informações do IPI.

2.6.3 NF-e - Ambiente Nacional

Nos países com maior grau de descentralização, como o Brasil, a área de

Administração Tributária é muito mais debatida, promovendo maior integração e

cooperação. Sendo assim:

Atualmente, as Administrações Tributárias despendem grandes somas de recursos para captar, tratar, armazenar e disponibilizar informações sobre a emissão de notas fiscais dos contribuintes. Os volumes de transações efetuadas e os montantes de recursos movimentados crescem num ritmo intenso e, na mesma proporção, aumentam os custos inerentes á necessidade do Estado de detectar e prevenir a evasão tributária. (www.sef.sc.gov.br, 10/04/2008, 22:31Hs).

Torna-se necessário maior investimento público voltado para integração do

processo de controle fiscal, buscando assim um melhor compartilhamento de

informações entre os fiscos e controle fiscalização, melhora cumprimento das

obrigações tributárias, pagamentos e contribuição.

2.7 Reforma tributária

Com o passar do tempo vem ocorrendo à rápida evolução da Fiscalização

Tributária com o intuito de melhorar cada vez mais a relação com os contribuintes,

construindo assim novas formas de relacionamento interpessoal, surgindo à

necessidade de se criarem regras de conduta, para impor limites às liberdades

individuais e manter a ordem e legalidade. Segundo artigo publicado,

O desafio de uma Reforma Tributária é que esta deve manter a carga tributária existente, todavia distribuindo-a de maneira mais justa. Mas nessa empreitada não há margens para erros, nem tampouco oportunidade para segunda tentativa, pois a possibilidade de uma falha na condução desse processo lhe retiraria a credibilidade e conseqüentemente o apoio de que necessita para ser aprovada. (DÊNERSON DIAS ROSA, 02/05/2003).

Para um melhor entendimento desse processo, algumas etapas podem ser

citadas, como:

• 1996. Criação da CPMF, sem permissão de cruzamento de dados;

• 1997. Implantação do Siscomex-Importação;

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• Maio/1997. Criação do Sistema Integrado de Informações sobre Operações

Interestaduais com Mercadorias e Serviços SINTEGRA, sistema implantado

em todo o país, com a finalidade de facilitar o fornecimento de informações

dos contribuintes aos fiscos estaduais e de aprimorar o fluxo de dados nas

Administrações Tributárias e entre elas;

• 1998. Criação do CNPJ em substituição ao CGC, visando a racionalização de

recursos e procedimentos dos diversos cadastros existentes, prevendo a

adesão de todas as administrações tributárias estaduais e municipais, com

posterior integração nacional do cadastro tributário. Entretanto, devido a

questões de legislação e a dificuldades de ordem operacional apontadas à

época, sobretudo no âmbito tecnológico, o CNPJ não conseguiu atender aos

objetivos previstos;

• Dezembro/1999–SINTEGRA - Cadastros de todas UF; informações de

ingresso de mercadorias na Suframa;

• 2000 a 2002. Rede exclusiva interligando as 27 Secretarias de Fazenda e

Secretaria da Receita Federal para efetuar o intercâmbio de informações.

Intensificação da fiscalização com o cruzamento de dados com a arrecadação

da CPMF;

• Agosto/2002. Acesso ao sistema Ambiente de Registro e Rastreamento da

Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR). O sistema objetiva

disponibilizar, em tempo real, informações de natureza aduaneira, contábil e

fiscal que permitam à fiscalização identificar o comportamento e inferir o perfil

de risco dos diversos agentes relacionados ao comércio exterior, tornando-se

uma ferramenta fundamental no combate às fraudes;

• Dezembro/2003. Aprovação da Emenda Constitucional nº42, que introduziu o

inciso XXII ao art. 37 da Constituição Federal, determinando que as

administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de

cadastros e de informações fiscais;

• Julho/2004. Realizou-se, em Salvador, o I Encontro Nacional de

Administradores Tributários (ENAT), reunindo os titulares das administrações

tributárias federal, estaduais, do Distrito Federal e dos Municípios das

capitais;

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• Agosto/2005. Realizou-se, em São Paulo, o II ENAT, onde foram assinados

novos Protocolos de Cooperação. Dentre eles, o Protocolo de Cooperação

ENAT nº01/2005, onde os signatários se comprometem a envidar esforços

para integrar ao sistema de cadastro sincronizado, além das juntas

comerciais e os cartórios de registro de PJ’s, todos os demais órgãos da

administração tributária e demais entidades que participem do processo de

formalização e legalização de entidades e regulação de atividades

econômicas;

• Agosto/2005. II ENAT. Assinatura de Protocolos de Cooperação, com o

objetivo de desenvolver e implantar o Sistema Público de Escrituração Digital

e a Nota Fiscal Eletrônica;

• 2006. Início do projeto piloto da NF-e, que integra o SPED.

Com a Criação do sistema da Nota Fiscal Eletrônica a Reforma Tributária

passa por um período de mudança de escrituração em papel para eletrônica,

modernizando o sistema e buscando maior integração entre os órgãos de

fiscalização. A evolução na emissão das notas fiscais nos mostra que:

Há algum tempo a legislação passou a autorizar também a tecnologia de impressão a laser para emissão de documentos fiscais. Esse recurso traz ganhos para a empresa em rapidez, devido à impressão mais veloz e a separação de vias automática, e em qualidade, já que a tecnologia laser é mais avançada que a matricial. Além de melhorar os custos, pois o processo, como um todo, é otimizado, diminuindo gastos com pessoal, com erros, retrabalho e com aquisição de formulários pré-impressos. (MÜLLER, PILAR, KIDO, 2007 p. 22)

Para estar em conformidade com a Receita Federal, foi criado do SPED,

sistema em desenvolvimento pelo Serpro, que busca promover a atuação integrada

entre os fiscos, uniformizar a coleta de dados contábeis e fiscais, bem como

racionalizar as obrigações acessórias dos contribuintes. A fim de buscar maior

segurança, redução de custos, facilidade de armazenamento e a busca por

organizações ilícitas perante os objetivos do governo.

2.8 A Nota Fiscal Eletrônica

A nota fiscal tem como finalidade o registro de transferência de propriedade

sobre um bem ou uma atividade comercial prestada por uma empresa e uma pessoa

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física ou outra empresa. Nos casos onde ocorre também à transferência de valor

monetário entre as partes, destina-se ao recolhimento dos impostos para que não se

caracterize como sonegação de impostos. É utilizada quanto a regularizações de

transações como doação, serviços, transportes e empréstimos.

Pode se dizer que a nota pode ser usada como cancelamento de outra nota

fiscal, devido a alguma transação efetuada de forma indevida, devoluções e

cancelamento de serviços. A Nota Fiscal hoje é emitida em formulários contínuos,

em sua maioria modelo 1-A contendo 4 vias, segundo a regulamentação do ICMS as

vias das Notas Fiscais devem ser emitidas no mínimo em três vias com a seguinte

destinação:

• 1ª via Acompanhará a mercadoria.

• 2ª via Ficará fixa no bloco.

• 3ª via Será entregue ao posto fiscal e por onde transitar a mercadoria quando

a mercadoria for destinada a outros Estados.

• A 4ª via será recolhida ao primeiro posto fiscal por onde passar o

transportador.

Caso o talonário não tiver a 4ª via esta poderá usar o xerox da 1ª via, para deixar

no posto onde transitar a mercadoria.

O atual sistema de emissão de documentos fiscais no Brasil é considerado

como um sistema tradicional, pois envolve o preenchimento manual de notas fiscais

em talões, ou através de sistemas mecanizados, onde ainda contamos em raras

ocasiões com a tradicional máquina de escrever, datilografando notas solta, ou os

formulários contínuos nos quais os sistemas de informação preenchem

eletronicamente a nota fiscal concomitante com os lançamentos manuais ou

integrados nos livros fiscais.

Em plena era digital, temos o surgimento da Nota Fiscal Eletrônica, onde as

empresas deixarão de utilizar o antigo talonário de notas fiscais e suas cópias para

migrar e fazer o registro da operação através do processamento eletrônico e online

dos dados, o que vai significar que as empresas vão literalmente invadir os portais

das autoridades tributárias municipais, estaduais e federais, homologando as

operações em tempo real.

O processo utilizado atualmente na emissão de Notas Fiscais na Empresa

Perdigão Agroindustrial S.A.

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Figura 4 : Processos Nota Fiscal Convencional Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A

2.8.1 Processo Perdigão

O processo para emissão de nota fiscal durante a implantação será divido em

duas partes: 1° a que não sofrerá nenhuma alteração , ou seja, não será necessário

modificações ou incrementar novas funcionalidades e a 2° que é a definição dos

processos que serão necessários ajustes e quais ajustes necessários para o seu

funcionamento.

Para iniciarmos podemos relatar rapidamente os processos que compõem a

1° etapa, considerando que a nota fiscal a ser gera da é uma nota fiscal de venda,

então temos a captação do pedido, esta captação também pode ser realizada de 3

principais formas: através dos PalmTops dos vendedores que fazem a visitação aos

clientes Perdigão / Batavo / Eleva, através de clientes que fazem o pedido através

do Site da empresa e através da equipe de apoio a vendas que faz o atendimento

dos vendedores através de uma linha 0800 e processa a digitação de pedidos. Após

o pedido criado o mesmo é transmitido via Palm para o sistema R3, este pedido é

integrado no sistema gerando uma ordem de venda (transação VA01), e após

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integrado retorna uma mensagem para o vendedor com o status da ordem, este

status informa ao vendedor se o pedido foi aceite, se o cliente possui limite de

crédito para compra, se o preço ou o valor do pedido mínimo foi aceito. Ao final da

tarde é gerada a máquina de alocação de estoque que verifica se há estoque

suficiente na filial para atender a ordem de venda, com a alocação efetuada é criada

as remessas (transação VL01N manual ou VL10A processamento em massa) após

as remessas criadas as mesmas são associadas a transportes (Transação VT01N) a

alocação é efetuada separando os clientes em transportes por rotas, o transporte é

associado a ZWM25N. O processamento da ZWM25N para efetuar as Notas fiscais,

mas estas etapas já são necessárias alterações para adequação do sistema.

2.8.2 Processo de Venda

Através dos PalmTops dos vendedores que fazem a visitação aos clientes

Perdigão / Batavo / Eleva, após o pedido criado o mesmo é transmitido via Palm

para o sistema R3, este pedido é integrado no sistema gerando uma ordem de

venda (transação VA01), é criada as remessas agrupando ordens caso existam

(transação VL01N manual ou VL10A processamento em massa) após as remessas

criadas as mesmas são associadas a transportes e a alocação é efetuada

separando os clientes em transportes por rotas, o transporte é associado a

ZWM25N. O processamento da ZWM25N para efetuar as Notas fiscais, a transação

processa o faturamento, criando documento contábil, imprime a Nota Fiscal e gera o

boleto que é enviado junto à nota fiscal e mercadoria.

Macro do Processo Atual – Emissão de Nota Fiscal

Figura 5: Macro do Processo Atual. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

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Macro do processo futuro (mudanças em azul) – Emissão Nota Fiscal Eletrônica

Figura 6: Macro do processo futuro. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Macro do Processo Futuro (Mudança me azul) – Retorno da SEFAZ

Figura 7: Macro do Processo Futuro.

Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

2.8.3 Processo de Transferência de Mercadorias

A área responsável pela Logística da empresa Perdigão avalia através de

relatórios do próprio sistema R3 a necessidade de abastecimento de suas unidades

de venda. São criados pedidos de transferências de mercadorias e as remessas de

transferência através da Z2C9 determinando qual a fábrica fornece a mercadoria e

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qual a filial será a recebedora deste estoque. Processada a transação LT06 para

determinar quais os paletes serão transferindo, obedecendo as regras de estoque

quando a datas de produção / datas de validades. A transação VL02N processa a

baixa de estoque do centro emitente, transferindo o estoque para um depósito

transitório. Com o processamento da Z331 são emitidas as Notas Fiscais.

Macro Processo Atual – Emissão Nota Fiscal

Figura 8: Macro Processo Atual. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Macro Processos Futuros (mudanças em azul) – Emissão Nota Fiscal Eletrônica

Figura 9: Macro Processos Futuros. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Macro Processos Futuros (mudanças em azul) – Retorno da SEFAZ

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Figura 10: Macro Processos Futuros. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

2.8.4 Notas Fiscais Manuais

O processo da Nota Fiscal Manual consiste no lançamento de pequenas

compras, pagamento de integrado por compra de animais. A nota fiscal manual é

uma nota fiscal, criada no sistema R3, sem possuir um documento de origem valido

no sistema R3, ou seja, a nota fiscal é válida mas com o número da nota fiscal não

consegue identificar o fluxo do processo (etapas do processo até a nota fiscal ser

gerada).

Na transação J1B1N é criada a nota fiscal manual e após a mesma é

impressa na transação Z142.

Macro do Processo Atual – Emissão de Nota Fiscal

Figura 11: Macro do Processo Atual. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Macro Processo Futuro (mudança em azul) – Emissão de nota fiscal

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Figura 12: Macro Processo Futuro. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Macro Processo Futuro (mudanças em azul) – Retorno da SEFAZ

Figura 13: Macro Processo Futuro. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

2.8.5 Venda Pronta Entrega

Este processo é realizado apenas para a empresa Batávia, somente produtos

lácteos por este motivo não esta sendo tratado como parte do projeto de

implantação de NF-e devido a não necessidade imediata da implantação de

produtos lácteos a NF-e.

Todos os Vendedores Prê-Vendas possuem um Kit com equipamentos para

que possam efetuar a venda no ato para cliente dos produtos disponíveis em

esquete (caminhão) no momento da visita.

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Maleta

Figura 14: Maleta. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Impressora

Figura 15: Impressora. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Receptor Infra Vermelho

Figura 16: Receptor Infra Vermelho. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Celular / Palm Top

Figura 17: Celular / Palm Top. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Se o vendedor for de uma região longe do Centro de Distribuição é feito um

reabastecimento de produtos para que ele possa continuar vendendo sem ter de ir

ate o CD para pegar mais produtos.

Figura 18: Ilustração do Processo de Venda Através do RCA Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

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2.9 Processo de Implantação NF-e

O processo de implantação tem como objetivo servir de modelo para a

descrição do projeto lógico do Sistema de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), registrando

de forma consolidada as especificações já definidas pela equipe técnica do projeto.

A busca pela integração e modernização da Administração Tributária

relaciona-se à forma federativa adotada pelo estado brasileiro. Neste contexto, a

União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são dotados de autonomia

política, administrativa e financeira, estando suas atribuições, limitações e

competências previstas na Constituição Federal, que concede a cada esfera de

governo a competência de instituir e administrar os respectivos tributos.

A integração e cooperação entre administrações tributárias têm sido temas

muito debatidos em países federativos, especialmente naqueles que, como o Brasil,

possuem forte grau de descentralização fiscal. Nesses países, a autonomia tributária

tem gerado, tradicionalmente, multiplicidade de rotinas de trabalho, burocracia, baixo

grau de troca de informações e falta de compatibilidade entre os dados econômico-

fiscais dos contribuintes. Para os cidadãos, o Estado mostra-se multifacetado,

ineficiente e moroso. Para o governo, o controle apresenta-se difícil porque falta a

visão integrada das ações dos contribuintes. Para o País, o custo público e privado

do cumprimento das obrigações tributárias torna-se alto, criando um claro empecilho

ao investimento e geração de empregos.

A implantação da NF-e trará benefícios para o profissional contábil uma vez

que com a integração dos sistemas utilizados para execução dos trabalhos na área

fiscal, não haverá mais necessidade de lançar manualmente o conteúdo da nota

fiscal, pois com a utilização do Código de Barras Bidimensional, o profissional

importará os dados na Nota Fiscal Eletrônica com uma leitora ótica, agilizando o

processamento das obrigações acessórias, reduzindo sensivelmente os erros com a

escrituração das notas fiscais de forma manual.

Um dos principais benefícios com a implantação do Projeto da Nf-e é a

redução de gastos com papel, além do custo financeiro também está sendo levado

em consideração o impacto em termos ecológicos e ambientais. A questão do

espaço físico utilizado para armazenamento é bem significativo, pois devem ser

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guardados por no mínimo 5 anos para atender a possíveis esclarecimentos

solicitados pelo fisco.

Ano N° Notas Fiscais Custo por NF Custo Total

2005 4.591.335 R$ 0,159 R$ 730.022,26

2006 4.865.737 R$ 0,159 R$ 773.652,18

2007 5.868.665 R$ 0,159 R$ 933.117,73

2008 4.852.562 R$ 0,172 R$ 834.640,66

Tabela 4: Tabela Custo Médio por Nota / Custo Anual Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Além dos benefícios gerados para o profissional contábil, a implantação da

NF-e gerará benefícios também aos contribuintes. Esses benefícios são fortes tanto

no aspecto empresarial quanto de responsabilidade com as autoridades normativas.

No campo fiscal teremos redução de custos com a dispensa de emissão e de

armazenamento de documentos em papel, simplificação e padronização das

obrigações acessórias e uniformização das informações enviadas às diversas

unidades federadas.

2.9.1 Desenvolvimento Projeto

O projeto da NF-e vem sendo desenvolvido em parceria com 19 empresas,

que se habilitaram para participar do Piloto do projeto, a partir do convite que foi

formulado para diversas empresas. O processo para a geração e utilização da NF-e

funcionará da seguinte forma:

a) o empresário gera a NF-e através de um sistema que utiliza linguagem

compatível com a Web, no caso XML;

b) o responsável legal ou o procurador, valida a NF-e com uma assinatura

digital, nível de segurança A-3 (para isso utiliza, por exemplo, o e-CPF ou e-CNPJ);

c) em tempo real, a empresa envia através da Web os dados da NF-e para o

Servidor da Secretaria da Fazenda (SEFAZ de origem) que os validará e autorizará

a emissão da NF-e;

d) a SEFAZ enviará através de e-mail ou consulta no Portal um código de

liberação dessa NF-e;

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e) no momento em que a SEFAZ autoriza e emissão da NF-e, o contribuinte

pode liberar o transporte da mercadoria ou produto, através da emissão de um

Documento denominado DANFE - Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica.

Esse documento fiscal será emitido em papel comum, em única via, que conterá

impressa, em destaque, a chave de acesso para consulta da NF-e na Internet dentro

de um Código de Barras bi-dimensional, que facilitará a consulta pelas unidades

fiscais da SEFAZ e Receita Federal;

f) o contribuinte (destinatário), não emissor de NF-e, ao receber o DANFE,

poderá escriturar os dados nele contidos para a escrituração da NF-e, sendo que

sua validade ficará vinculada à efetiva existência da NF-e nos arquivos das

administrações tributárias envolvidas no processo, comprovada através da emissão

da Autorização de Uso;

g) as informações da NF-e ficarão armazenadas num Portal Nacional

(WebService) denominado SPED - Sistema Público de Escrituração Digital, para

consulta das partes envolvidas, bem como dos profissionais da contabilidade através

de um aplicativo chamado de "Visualizador da NF-e” que já está disponível para

download no seguinte endereço da Web

O projeto visa possibilitar uma adaptação gradativa dos contribuintes e da

sociedade a este novo modelo, a NF-e será implantada em duas etapas. Na primeira

fase de implantação do projeto, prevista para ocorrer a partir de abril até julho 2006,

dezenove empresas estarão emitindo NF-e que serão autorizadas por seis

Secretarias de Fazenda (BA, SP, RS, SC, GO e MA). Nesta fase, as NF-e serão

emitidas de forma simultânea às suas tradicionais notas fiscais em papel, modelo 1,

e as NF-e e respectivos DANFES não terão validade tributária. Em agosto/2006,

será iniciada a segunda fase, onde será ampliada a quantidade de empresas e

estados emissores da NF-e.

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3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Neste capitulo representa a empresa, sua cronologia e aspectos relevantes

para realização deste trabalho, dando-se inicio na caracterização da organização,

apresentação das análises dos dados coletados e as conclusões finais,

correspondendo assim os objetivos propostos desde o princípio.

3.1 Caracterização da organização

Esta etapa tem como objetivo apresentar informações referente à empresa

Perdigão Agroindustrial S/A, com destaque ao histórico, ramo de atividade, produtos,

visão, missão, valores, filosofia e mercados, dentre outros aspecto pertinentes da

empresa.

De acordo com o site da empresa e seu relatório anual de 2006 divulgado no

primeiro trimestre de 2007, a perdigão é uma das maiores companhias de alimentos

da América Latina, e está entre as principais empregadoras do Brasil, com cerca de

40 mil funcionários. Fundada em 1934, em Santa Catarina, a empresa opera

unidades industriais em cinco Estados brasileiros e sua presença internacional

supera a marca de cem países nos mais diversos continentes.

Com receita bruta de R$ 6,1 bilhões registrada em 2006, a companhia atua

na produção e abate de aves, suínos e bovinos e no processamento de produtos

industrializados, elaborados e congelados de carne, além da fabricação de linhas de

massas prontas, tortas, pizzas, folhados, vegetais congelados e margarinas.

Possui16 unidades industriais de carne, duas processadoras de soja, seis

fábricas de rações e 17 centros de distribuição; estrutura que garante aos clientes e

consumidores um portfólio de mais de mil itens, destinados aos mercados interno e

externo, sob as marcas Perdigão, Chester®, Apreciatta, Toque de Sabor, Turma da

Mônica, Batavo, Borella, Perdix, Confiança, entre outros.

Com permanente visão de futuro, a Perdigão, nos últimos 10 anos, vem

registrando crescimento médio anual de 22% em receitas e 13% em volumes,

pautada nos pilares econômicos, sociais e ambientais. Além disso, gerou na última

década um crescimento médio anual de 20% em faturamento, 28% em lucro líquido,

17% em geração de valor (EBITDA) e 21,5% em retorno para os investidores e

criou, em média, 2,4 mil empregos ao ano. Segundo pesquisa apresentada pela

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empresa Nielsen, especialista em pesquisa de mercado, a Perdigão encerrou 2006

com market share de 40,7% em pratos prontos; 36,1% em congelados de carnes;

24,9% em industrializados de carnes; 38,1% em pizzas congeladas e 14,5% em

lácteos.

3.1.1 Cronologia

Teve seu surgimento na década de 30, no meio-oeste de Santa Catarina,

quando descendentes de famílias de imigrantes italianos – os Ponzoni e os

Brandalise, - estabeleceram um pequeno negócio, cujo empreendimento deu origem

a um dos maiores complexos agroindustriais no mundo, o qual foi inaugurado na vila

Perdizes, às margens do rio do Peixe, com um armazém de secos e molhados com

o nome Ponzoni, Brandalise & Cia.. Ao final da década de 30 a empresa inicia suas

atividades com um abatedouro de suínos.

Na década de 40, empresa Ponzoni, Brandalise & Cia, adquire Sociedade

Cortume Catarinense, chamando-se Curtume Perdigão, expandindo seus negócios.

E em 1945, juntam-se as duas empresas, formando uma sociedade anônima,

Ponzoni, Brandalise S.A. Em 1947, parte para o ramo madeireiro.

Nos anos 50, a empresa inicia investimentos na criação de animais de

linhagem, inicia abate de aves, e altera sua razão social para Ponzoni, Brandalise

S.A. – Comercio, Indústria e Transporte no ano de 1956 e em 1958 altera

novamente para Perdigão S.A.

Na década e 60, aumenta sua produção de abate, investe em laboratórios

para controle de qualidade, inicia-se o sistema de integração e automatiza so

processo de abate de aves, aumentado significativamente sua produção.

Em 1971, mais uma aquisição. Adquire a Empório Couros S.A. que, junto

com a Curtume Perdigão, forma a Perdigão Couros S.A. Em 1973, constitui a

Perdigão Rações S.A. – Comercio e Indústria, mais tarde chamada de Perdigão

Alimento S.A. A partir de 1975, constrói um abatedouro exclusivo para aves, e inicia

exportação de carne de frango para a Arábia Saudita. Em 1977 incorpora a União

Velosense de Frigorífico – Unifrico S.A., em 1979 incorpora a Rações Pagnoceli S.A.

e, importa dos EUA matrizes de aves para melhoramento genético, surgindo assim a

marca Chester.

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A partir dos anos 80, inicia-se mais aquisições.

� em 1980 incorpora a Agropecuária Confiança Ltda, a empresa

Comércio e Indústria Saulle Pagnocelli S.A, e a empresa Reunidas

Ouro S.A.;

� em 1981 surge a holding Perdigão S. A., abrindo seu capital ;

� em 19383 lança a Linha Chester;

� em 1984 adquire o Frigorífico Borella e sua marca;

� em 1986 inicia o abate de bovinos e adquire a empresa Frigoplan

Ltda;

� em 1987 adquire uma fabrica de rações na; adquire a Sulina

Alimentos S.A. em Serrafina; constitui a Perdigão da Amazônia S.A. e

a Perdigão Avícola Rio Claro Ltda;

� em 1989 cria a Crediperdigão, cooperativa de crédito voltada para o

interesse de seus associados; os jogos regionais perdigão; cria o

programa “Nossa Gente, Nossa História”;

Nos anos 90 se inicia um período de profissionalização da gestão e

expansão da produção.

� em 1990 ganha aprovação para exportar para a União Européia;

� em 1991 e 1992 morrem os fundadores Saul Brandalise e Angelo

Ponzoni;

� em 1994 o controle acionário é adquirido por um fundo de pensão,

encerrando a fase de administração familiar, tornado-se

profissionalizada;

� em 1995, Nildemar Secches é empossado Diretor-Presidente;

� em 1997 cria a PSPP – Perdigão Sociedade de Previdência Privada;

conclui sua reestruturação societária, resultando numa única empresa

de capital aberto – a Perdigão S.A., e uma única empresa operacional

– a Perdigão Agroindustrial S.A.;

� em 1998 inaugura uma unidade de industrializados em Marau – RS;

inaugura em Videira – SC o CETEC – Centro de Tecnologia de

Carnes;

� em 1999 a fabrica de rações de Catanduvas – SC é ampliada, se

tornado a maior da América Latina; entra no mercado de massas

prontas;

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A partir do ano 2000 continua sua fase de expansão.

� adquire 51% do controle acionário do Frigorífico Batávia S.A.;

� em 2001adquire os 49% restantes do controle acionário do Frigorífico

Batávia S.A., e o incorpora à Perdigão Agroindustrial S.A., mantendo

a marca Batavo no mercado; Perdigão e Sadia criam a BRF Trading,

uma empresa destinada a comercializar produtos avícolas, e

alimentos em geral produzidos por ambas as companhias em

mercados emergentes; a empresa adere ao Nível I de Governança

Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA);

� em 2002 abre escritório em Dubai, nos Emirados Árabes;

completando 68 anos, a empresa altera sua logomarca; inicia a

exportação de camarão congelado, produzidos por terceiros, com a

linha Freski; dissolve a sociedade com a Sadia na BRF, assumindo o

controle total da empresa que passa a se chamar BRF – Brasilian

Fine Foods;

� em 2003 é inaugurada oficialmente a unidade industrial de Rio Verde

– GO;

� no ano 2004 a empresa comemora seus 70 anos;

� em 2005 estréia nos mercados de margarinas e bovinos; inicia

operações em Brasília – DF; amplia sua presença em Santa Catarina

com a instalação do Centro de Serviços Perdigão (CSP), na cidade de

Itajaí; adquire controle integral do Abatedouro Mary Loise em Nova

Mutum – MT;

� em 2006 a Perdigão estréia no Novo Mercado da Bovespa e adquire

51% do capital da Batávia S.A. Indústria de Alimentos e entra no

mercado de lácteos; realizou oferta pública de ações captando R$

800 milhões para serem destinado a novos investimentos;

� em 2007 a empresa inaugura o Complexo Agroindustrial de Mineiros

– GO; entra no mercado de Pet Food; adquire a Sino dos Alpes

Alimentos Ltda; chega a um acordo com a holding holandesa Cebeco

Groep BV para aquisição da Plusffod Groep BV.; adquire frigorífico de

bovinos em Mirassol D’Oeste – MT; Perdigão e Unilever formalizam a

criação de uma Joint-venture (UP Alimentos) para gerir as marcas

Becel e Becel ProActive; compra, da Unilever , as marcas da

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margarina Doriana, Delicata e Claybom e os ativos ligados ao

processo das mesmas em Valinhos – SP; compra a empresa Paraíso

Agroindustrial S.A. do grupo Gale em Jataí – GO;

3.1.2 Prêmios Recebidos como Forma de Reconhecimento

O quadro a seguir traz os principais prêmios que a empresa recebeu no ano

de 2006, e a entidade outorgante do mesmo, seguido do motivo:

Prêmio Outorgante Motivo

Top 5 – Governança Corporativa

IR Global Rankings – Mz Consult, JP Morgan, KPMG e Linklaters

Melhor empresa de governança corporativa do Brasil e melhor empresa de governança corporativa do setor de consumo da América Latina.

Melhor Empresa do Setor de Frigorífi co – Anuário Exame de Agronegócio Revista Exame

A Perdigão atingiu o maior número de pontos em sua categoria: 8,3.

Melhores do Agronegócio 2006 Revista Globo Rural

A Empresa recebeu a premiação da Revista Globo Rural.

Prêmio destaque em Responsabilidade Social Empresarial Editora Expressão

Homenagem às empresas com excelência em gestão de responsabilidade social, que atingiram o estágio quatro nos Indicadores Ethos.

Grandes & Líderes Revista Amanhã Perdigão ficou em terceiro lugar no ranking das cem maiores empresas de Santa Catarina

Prêmio Destaque no Marketing

Associação Brasileira de Marketing e Negócios (ABMN)

A campanha publicitária Todo Mundo Adora foi um dos casos vencedores do Prêmio Destaque no Marketing, na categoria marketing institucional.

Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente na categoria Alimentos

Revista Consumidor Moderno

Reconhecimento à Perdigão por sua excelência no relacionamento com o cliente como parte estratégica de negócios.

Procesador Del Año – Setor de Carnicos Revista Indústria Alimentícia Empresa destaque no setor de carnes.

Carrinho Agas Associação Gaúcha de Supermercados (Agas)

Prêmio é concedido às empresas que mais contribuíram para o fortalecimento do varejo no Rio Grande do Sul.

Troféu Ponto Extra 2006

Associação Paulista de Supermercados (Apas)

Antonio Zambelli, diretor de marketing da Perdigão, recebeu o Troféu, na categoria Executivo de Marketing.

Prêmio Fritz Müller Fatma – Fundação do Meio Ambiente

Perdigão é destaque na categoria Controle de Poluição com Ênfase na Água, pela consolidação do Sistema de Tratamento de Efl uentes na unidade industrial de Capinzal (SC).

Ordem do Mérito Industrial

Federação das Indústrias do Estado de Goiás

A Ordem do Mérito Industrial é a mais alta condecoração da indústria goiana. Em 2006 foi entregue a cinco personalidades que muito contribuíram para o desenvolvimento industrial de Goiás, entre elas, o presidente da Perdigão, Nildemar Secches.

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Prêmio Vida Profissional Sodexoh Pass

Classificação entre as dez finalistas na Categoria Benefícios.

Executivo de Valor Jornal Valor Econômico

Nildemar Secches, diretor-presidente da Perdigão, foi eleito Executivo de Valor na área de Agronegócios e Alimentos.

Tabela 5: Prêmios Recebidos no Ano de 2006 Fonte: relatório anual 2006

3.1.3 Visão, Missão e Valores

Em 2006, a Empresa implementou uma série de medidas com o objetivo de

se tornar uma Companhia de classe mundial. No campo conceitual, revisou sua

Visão, Missão e Valores, com o intuito de atualizar o seu perfil diante do novo

momento histórico que a Companhia atravessa, marcado por um longo período de

crescimento e pela expectativa de forte expansão no mercado nacional e

internacional, de forma equilibrada e sustentável. Seu novo perfil está baseado na

implantação de decisões concretas necessárias para construir Perdigão 2020, plano

estratégico delineado até o ano de 2020.

3.1.3.1 Visão

Vamos crescer e expandir nossas operações de forma globalizada; Seremos

a melhor escolha em qualquer lugar. Tornando-nos um empresa de classe mundial;

Para nós da Perdigão o trabalho de hoje faz o mundo de amanhã melhor.

Segundo Susan Kuczmarski e Thomas Kuczmarski (1999, p. v), declaram

que “os líderes precisam cultivar normas e valores a fim de recuperar o

comprometimento dos empregados, o alto desempenho e a produtividade”.

3.1.3.2 Missão

Participar da vida das pessoas, oferecendo alimentos saborosos, de alta

qualidade e a preços acessíveis, em qualquer lugar do mundo. Segundo Oliveira

(1999, pg 118) “Missão é forma de se traduzir determinado sistema de valores em

termos de crenças ou áreas básicas de atuação, considerando as tradições e

filosofias da empresa”.

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3.1.3.3 Valores

� Confiabilidade: nós somos confiáveis, éticos e transparentes. Cumprimos o

que prometemos e assim construímos relações de respeito mútuo com nossos

clientes, fornecedores, colegas de trabalho e acionistas.

� Qualidade: nós temos obsessão pela qualidade e segurança alimentar.

Perseguimos a inovação para estar na vanguarda e contribuir para o bem-

estar de nossos consumidores em todas as partes do mundo.

� Participação: nós trabalhamos com paixão para sermos uma das melhores

empresas globais de alimentos. Somos comprometidos com o que fazemos e

fazemos com garra, força e determinação.

� Simplicidade: nós acreditamos na simplicidade operacional e a praticamos

como estilo de trabalho. Resolvemos problemas de forma rápida e prática.

� Pessoas: nós somos comprometidos, desenvolvemos e valorizamos o espírito

de equipe e assim construímos o futuro de nossa Empresa.

� Eficiência: nós praticamos uma gestão que valoriza a eficiência e a

lucratividade, evita o desperdício e assim respeita nossos acionistas.

� Responsabilidade Socioambiental: nós temos e teremos, cada vez mais, um

papel importante como agente de desenvolvimento social nas localidades

onde atuamos.

3.1.4 Estrutura Organizacional

Pioneirismo e inovação sempre fizeram parte da história da Perdigão. Em

1994, desde que seu controle acionário passou para um pool de fundos de pensão,

adotou um modelo de gestão que introduziu importantes mudanças em sua

administração, considerada um case em expansão, inovação e solidez. As

conquistas em todas essas frentes se refletiram nos resultados da companhia e em

sua atuação no mercado de capitais.

Em 2006, ao ingressar no Novo Mercado da Bovespa — o mais novo e

importante passo na busca de excelência em gestão e no aperfeiçoamento da

política de governança corporativa —, a Perdigão consolida sua posição de

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excelência em gestão, sustentada por um crescimento médio anual acima de 10%

registrado nos últimos 11 anos.

Para migrar do Nível 1 para o Novo Mercado, a empresa teve convertida a

totalidade de suas ações preferenciais — sem direito a voto — em ações ordinárias,

na proporção de uma ação preferencial para uma ação ordinária. Com a nova

estrutura de capital, a Perdigão passou a ter controle difuso — em vez de controle

único, na linha adotada com sucesso por grandes corporações internacionais —,

com maior transparência e liquidez para acionistas e investidores, além de criar

bases para o seu crescimento e sustentação de seus negócios. Assim a empresa

definiu sua estrutura organizacional, que, atualmente é constituída de:

� Conselho de administração

o Presidente do Conselho de Administração

o Vice-presidente do Conselho de Administração

o Conselheiros

� Conselho Fiscal

o Presidente conselho Fiscal

o Vice-presidente conselho Fiscal

o Membro do Conselho Fiscal

� Diretoria Executiva

o Diretor Presidente

o Diretor vice-presidente de Finanças, Administração e Relação

com os Investidores

o Diretor Vice-presidente de Operações

o Diretor de Desenvolvimento de Negócios

o Diretor de Logística e Suprimentos

o Diretor de Marketing

o Diretor de Tecnologia

� Diretoria de Áreas

o Diretor de Ralações Institucionais

o Diretor de Exportações

o Diretor de Ralações Humanas

o Diretores Regionais (por região em que a empresa possui

negócios)

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A estrutura acima apresentada se refere aos cargos de administradores da

Perdigão (grupo). A seguir, na figura 19, compõem-se a estrutura resumida do CSP,

estendendo-se para a área onde o estagiário aplica sua pesquisa-diagnóstico.

Figura 19: Organograma. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico.

A estrutura do CSP, apresentado na figura tem seu gestor, responsável

pelas demais áreas. Junto à área de controladoria, como uma divisão da mesma,

está o setor fiscal, que se divide apenas tecnicamente, ou seja, pelas características

das atividades realizadas, em lançamento e processamento. A pesquisa aplica-se à

atividade de lançamentos, onde dão-se entrada das notas fiscais. Enquanto a área

de processamento faz suas atividades posteriormente à entrada das notas fiscais,

controlando os tributos gerados pelas entradas efetuadas pela área de lançamentos.

3.1.5 Clientes e Concorrentes

A perdigão possui inúmeros Clientes, passando de 80.000 clientes

cadastrados. Porém, assim como qualquer empresa tem seus principais clientes

formando grandes parcerias. Dentre estes, os principais clientes da Perdigão,

considerados como carros-chefe são a rede da empresa Companhia Brasileira de

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Distribuição, conhecida por Pão de Açúcar, e a rede Carrefour, além de outras redes

(Wal-Mart, etc.). Os clientes estão distribuídos conforme os canais de distribuição na

figura a seguir:

3.1.5.1 Canais de Distribuição

A figura 20, mostrada a seguir, apresenta os setores clientes da empresa:

Ac. 2007 (Soft ware d Ac. 2006

Figura 20: Canais de Distribuição. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A.

Como se pode observar na figura 20, a rede de auto-serviço é o canal onde

se concentra a maior distribuição de vendas da empresa.

Como concorrentes, inclui-se outras empresa ligada à atividade de

agronegócio. Assim como a empresa tem seus principais clientes, a Perdigão tem

seus principais concorrentes, os quais disputam acirradamente o mercado onde

atuam, sejam mercados locais ou sejam mercados de nível nacionais. A Perdigão

tem como sua principal concorrente a empresa Sadia, onde as duas disputam

grande parte do mercado, seguidos da Cooperativa Central do Oeste Catarinense

(AURORA), a Cargil (Seara), todas com origens também no estado de Santa

Catarina, e a Avipal, empresa Gaucha. Estas disputam o mercado em uma

proporção maior, além do mercado local. Há também inúmeras outras empresa, que

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não têm seus nomes tão conhecidos, porém são grandes concorrentes nos

mercados locais, ou seja, nas regiões onde encontram-se instaladas.

3.1.5.2 Participação de Mercado

Na figura 21, a seguir, será demonstrado a participação de mercado da

empresa desde o ano de 2000, divido por segmentos.

Figura 21: Market Share. Fonte: Perdigão Agroindustrial S.A. (www.perdigao.com.br)

Na figura 21, acima demonstra o avanço e/ou recuo das linhas e produtos

Perdigão nos últimos anos. A principal evolução do posicionamento de mercado se

encontra nas linhas de pizzas.

3.1.6 Responsabilidade Social

A Perdigão mantém uma atuação socialmente responsável e alinhada com

os interesses econômico, social e ambiental.

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Em busca do aprimoramento contínuo de uma postura empresarial

direcionada para a sustentabilidade, a Perdigão procura adotar as melhores práticas

mundiais de gestão nas áreas social, de relações humanas e ambientais. Para cada

uma dessas frentes, a empresa mobiliza recursos intelectuais e materiais, no sentido

de cumprir seu papel como agente de desenvolvimento. Com esta postura

responsável e proativa, a Perdigão acredita estar fazendo a sua parte na construção

de uma sociedade mais justa, contribuindo para o crescimento sustentável

integrado, que alinha interesses econômicos, sociais e ambientais.

3.2 Resultados Gerais em Tabelas

O questionário elaborado tem o intuito de avaliar o nível de conhecimento dos

funcionários que estão envolvidos no processo de emissão da Nota Fiscal

Eletrônica. Os participantes da pesquisa trabalham nos setores: Fiscal, TI, Logística,

Consultores e Terceiros. A população de amostra é composta por 30 colaboradores

que trabalham na empresa Perdigão Agroindustrial S.A, nas filiais de Itajaí, Capinzal

em Santa Catarina, Cuiabá em Mato Grosso e Rio Verde em Goiás.

Com o resultado da pesquisa realizada podemos relatar que no contexto geral

o nível de conhecimento dos usuários com relação sistema da Nota Fiscal Eletrônica

obteve índices de alta concordância. Através destes resultados podemos analisar o

conhecimento dos usuários como um todo, formar opiniões com relação aos pontos

críticos, podendo assim apontar sugestões que possam auxiliar na melhoria do

processo e alcançar o objetivo com maior eficiência.

A pesquisa foi desenvolvida com funcionários ligados diretamente ao

processo, sendo possível identificar onde estão as principais dificuldades entre os

usuários, os pontos a serem melhorados e críticas quanto a forma de implantação

do processo.

Para avaliação do nível de conhecimento se fez necessário à utilização das

seguintes variantes: Concorda, Concorda Parcialmente, Discorda Parcialmente,

Discorda.

Conforme tabelas que demonstram os resultados que correspondem às

perguntas contidas no questionário aplicado junto aos colaboradores, segue breve

análise quanto ao perfil dos colaboradores.

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Tabela 1 - Distribuição dos funcionários com relação ao sexo

f %

Feminino 10 33,33

Masculino 20 66,67

Total 30 100

Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 2 – Média Idade dos funcionários

f % 18-23 10 33,33 24-29 10 33,33 30-35 4 13,33 36-40 2 6,67 Mais 40 4 13,33 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 3 – Cidade onde residem os funcionários

f % Rio Verde 1 3,33 Itajaí 18 60 Cuiaba 4 13,33 Balneário Camboriú 2 6,67 Capinzal 4 13,33 Navegantes 1 3,33 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 4 – Nível de escolaridade

f % Ensino Médio Incompleto - - Ensino Médio Completo 5 16,67 Superior Incompleto 19 63,33 Superior Completo 3 10 Pós-Graduação 3 10 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual

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Tabela 5 – É o primeiro emprego? f % Sim 7 23,33 Não 23 76,67 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 6 – Estado Civil

f % Solteiro 14 46,67 Casado 15 50 Divorciado 1 3,33 Viuvo - - Outro - - Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 7 - Tempo de Empresa

f % 1 Ano 5 16,67 2 a 3 11 36,67 4 a 6 5 16,67 7 a 9 2 6,67 10 a 12 1 3,33 Mais 12 6 20 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual Tabela 8 -Local de Trabalho

f %

Matriz - -

Filial 30 100 Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual

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Tabela 9 – Nível cargo exercido f % Auxiliar 13 43,33 Técnico 13 43,33 Analista 4 13,33 Coodernador - - Total 30 100 Fonte: dados pesquisa –2008. Legenda: f=freqüência ; % = percentual

Com relação ao perfil dos funcionários, percebe-se que a maioria são do sexo

masculino. A idade predominante na pesquisa feita foi de 18 a 29 anos, este fator é

relacionado à visão da empresa, que busca capacitar e trabalhar em conjunto com

os jovens universitários formados ou próximos a completar a sua formação

acadêmica. Com relação ao estado civil houve predominância para solteiros com

pouca margem para os casados. As unidades escolhidas para a realização da

pesquisa estão situadas nas cidades de Rio Verde GO, Itajaí SC, Cuiabá MT,

Balneário Camboriú SC, Capinzal SC e Navegantes SC. No item escolaridade o

predomínio foi com relação ao Ensino Superior Incompleto e na maioria dos casos

não é o primeiro emprego do participante.

O tempo de empresa é justificado por serem na maioria jovens universitários,

tendo predomínio de 2 a 3 anos trabalhando na organização. Todos os participantes

trabalham nas filiais e seus cargos na grande, maioria são auxiliares e técnicos,

justificado pela idade e formação.

3.2.1 Percepção dos funcionários

A população de amostra é composta por 30 participantes, todos funcionários

da empresa Perdigão Agroindustrial S.A. As Tabelas e gráficos correspondem as

perguntas contidas no questionário aplicado junto aos colaboradores.

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Gráfico 1: Possui pleno conhecimento com relação ao processo de Emissão de

Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e).

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico.

No gráfico 1 pode-se observar que o nível de conhecimento com relação ao

processo de emissão da NF-e resultou-se em um nível de concordância de 46%,

podendo ser observado uma pequena diferença com relação ao segundo maior nível

de 35% no nível de máxima concordância. Através das porcentagens apresentadas

consideramos que os colaboradores deveriam estar mais preparados, levando em

consideração que o processo já foi implantado.

Gráfico 2: Em sua opinião o processo da Nota Fiscal Eletrônica trará resultados positivos para organização. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 2 a predominância percebida com relação ao nível máximo de

concordância foi de 64% dos respondentes que acreditam nos benefícios resultantes

do processo de emissão de notas fiscais eletrônica. Podendo ser salientado que

apenas 10% dos entrevistados apontam que em sua opinião os resultados não

serão positivos.

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Gráfico 3: Considera o processo da Nota Fiscal Eletrônica de fácil entendimento e aplicação. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 3 pode-se perceber que o nível de concordância foi predominante

com uma porcentagem de 52%, segundo do nível de concordância parcial igual para

os níveis de concordância parcial e concordância de 29%, demonstrando que os

usuários consideram o processo de fácil aplicação.

Gráfico 4: A organização vem se preparando para integrar o novo processo da Nota Fiscal Eletrônica. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Como se pode observar o nível mais apontado no gráfico 4, foi de

concordância com 68%, relacionado a preparação da empresa para se adaptar a

implantação do sistema de nota fiscal eletrônica. Percebendo-se que a segunda

porcentagem obtida foi 13% no nível de discordância parcial. Podendo assim

interpretar através das respostas que a organização está realmente se preparando

para a implantação da NF-e.

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Gráfico 5: Com a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica os processos internos da organização passaram por melhorias. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 5 observa-se que a maior porcentagem foi para o nível de total

concordância com 64%, seguido pela opção de concordância parcial de 13%, o que

nos mostra que a opinião dos entrevistados com relação a melhoria nos processos

internos é positivo e acreditam nos resultados e nas melhorias internas.

Gráfico 6: Com relação às informações internas da organização, o processo da Nota Fiscal Eletrônica poderá oferecer maior confiabilidade. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 6 o questionário relacionado a confiabilidade oferecida pela nota

fiscal eletrônica foi percebida de forma positiva com a porcentagem de 64% para o

nível de concordância e em segundo lugar se obteve a igualdade na porcentagem

de 13% concordância parcial e discordância, assim percebendo-se que a maioria

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dos entrevistados acredita que será uma forma mais segura para tratamento dos

dados da empresa.

Gráfico 7: Você busca informações com relação ao processo da Nota Fiscal Eletrônica. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 7 observa-se que 55% das respostas estão relacionadas ao nível

de concordância, seguido pelo nível de concordância parcial com 19%, no que

refere-se a busca por informações sobre o processo da NF-e. Os dados

representam que os respondentes busca informações com relação ao processo da

NF-e.

Gráfico 8: Está ciente da importância e responsabilidade de seu trabalho nos elos que constituem o processo da Nota Fiscal Eletrônica. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 8, com relação a questão da importância de cada pessoa nos elos

que envolvem a NF-e, a reposta que obteve maior destaque foi o nível de

concordância com 64%, seguido pelo nível de concordância parcial e discordância

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com 13%. Assim chegando à conclusão que a maioria dos respondentes tem

conhecimento de sua importância e responsabilidade com relação ao processo.

Gráfico 9: Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica resulta em melhoria no serviço do usuário. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

O gráfico 9, refere-se a melhoria no sistema para o usuário e o maior

percentual obtido foi no nível de concordância com 64%, seguido pelo nível de

concordância parcial com 23%. Percebendo-se que na grande maioria os

participantes de pesquisa acreditam na melhoria do trabalho para os usuários com a

implantação do novo processo.

Gráfico 10 : Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica resulta em economia de tempo e maior produtividade. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 10 observa-se a maior porcentagem apresentada para o nível de

concordância total com 65% em relação à economia de tempo e maior produtividade

com o processo de NF-e, porém a segunda porcentagem foi para o nível de

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concordância parcial com 26%, percebendo-se que muitas pessoas participantes da

pesquisa tem duvidas quando citado economia de tempo e maior produtividade.

Gráfico 11: Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica resulta em economia de tempo e maior produtividade. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

O gráfico 11, demonstra a eficiência dos métodos utilizados pela organização

para conhecimento do processo. O nível mais apontado na pesquisa foi o nível de

concordância com 61%, seguido pelo nível de concordância parcial com 23%.

Podemos perceber que apenas 3% discordam, sendo assim algo positivo no

repasse da informação.

Gráfico 12: Em sua opinião as condições oferecidas para realização do trabalho estão de acordo com a necessidade. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

O gráfico 12 representa a porcentagem com relação às condições adequadas

para realização do trabalho, onde se destaca com 49% o nível de concordância,

seguida pelo nível de concordância parcial com 26%. Nesse gráfico percebe-se que

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a maioria concorda que são oferecidas as condições para adequadas para a realizar

o trabalho.

Gráfico 13: Você busca interar-se de assunto relacionados à implantação do processo Nota Fiscal Eletrônica através de algum tipo de mídia (tv, jornal, internet ) Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 13 foi avaliado a integração com relação ao processo da NF-e,

resultando no percentual de 52% no nível de concordância e no nível concordância

parcial um resultado 29%. Podendo assim avaliar que os respondentes da pesquisa

estão interando-se do processo.

Gráfico 14: Você sente-se preparado com relação à utilização do processo da Nota Fiscal Eletrônica na Perdigão Agroindustrial S/A. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 14, foi avaliado se a pessoa sente-se preparado para utilizar o

processo de emissão da NF-e, percebendo-se maior porcentagem para nível de

concordância com 48%, seguida pelo nível de concordância parcial com 26%.

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Podendo chegar à conclusão de que os respondentes da pesquisa afirmam estar

preparados para utilizar o processo da NF-e.

Gráfico 15: Você tem liberdade para expressar suas dúvidas e sugestões relacionadas ao processo da Nota Fiscal Eletrônica. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 15 a análise foi feita com relação à liberdade de expressão dentro

da empresa, resultando na maior porcentagem de 48% na opção concordância

parcial, tendo em segundo lugar o nível de concordância com 29%.

Gráfico 16 : Em sua opinião os treinamentos oferecidos pela organização propiciam pleno desenvolvimento profissional e pessoal. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 16, se refere aos treinamentos oferecidos pela organização, o

maior destaque foi de 48% no nível de concordância, seguido pelo nível de

concordância parcial com 26%, demonstrando que na opinião dos pesquisadores o

processo de emissão da NF-e propícia desenvolvimento profissional e pessoal.

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Gráfico 17 : Você acredita que o novo processo da Nota Fiscal Eletrônica proporcionara maior agilidade nas transações comerciais. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

O gráfico 17 se refere à agilidade nas transações comerciais com a

implantação do processo da NF-e, percebeu-se que o nível com maior porcentagem

foi o de 61% no nível de concordância, seguido pelo nível de concordância parcial

com 19%. Assim podemos dizer que a maioria acredita que com o processo da NF-e

proporcionará maior agilidade nas transações comerciais.

Gráfico 18 : Em sua opinião o repasse das informações está sendo feito com agilidade e clareza. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 18, foi analisado a clareza e agilidade das informações, resultando

maior porcentagem para nível de concordância parcial com 43%, seguida do nível

concordância com 35%. Percebe-se nessa análise que o repasse das informações

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demonstram alto níveis de parcialidade que induzem a certa dificuldade com relação

ao repasse das informações feito pela empresa.

Gráfico 19 : Em sua opinião a área de TI possui recursos para a conversão do novo processo de Emissão de Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e). Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 19 a análise feita é com relação aos recursos de TI, que citamos

com maior porcentagem o nível de concordância de 46%, seguida pelo nível de

concordância parcial com 32%, assim podemos dizer que o nível resultante pode ser

considerado bom.

Gráfico 20 : Com relação ao documento auxiliar (DANFE) que serve para acompanhar da mercadoria, qual seu nível de conhecimento. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

O gráfico 20 se refere ao documento que acompanha a mercadoria (DANFE),

que resultou na maior porcentagem para o nível de concordância com 45%, seguido

do nível de concordância parcial com 39%. Pode-se salientar que o conhecimento

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com relação ao DANFE apresentou níveis mais elevados de concordância, pois o

DANFE substituirá a Nota Fiscal antiga.

Gráfico 21 : Em sua opinião o formulário de segurança é indispensável para garantir a confiabilidade do novo processo da Nota Fiscal Eletrônica. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 21 a análise é relacionada ao Formulário de Segurança, onde a

maior porcentagem foi para nível de concordância com 49%, seguido pelo nível de

concordância parcial com 35%. Neste gráfico percebe-se que muitos dos

participantes da pesquisa possuem duvidas com relação ao formulário de

segurança.

Gráfico 22 : Você está ciente dos procedimentos para efetuar o cancelamento das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e). Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 22 a análise é relacionada ao Cancelamento da nota fiscal

eletrônica, com maior porcentagem para o nível de concordância com 39%, em

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seguida citamos nível de concordância parcial com 32%. Percebendo-se que muitos

usuários ainda possuem dúvidas.

Gráfico 23 : Você possui conhecimento com relação à emissão da carta de correção. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 23 a análise está relacionada à emissão da nota de correção. O

maior percentual apresentado foi o do nível de concordância parcial com 49%,

seguida pelo nível concordância parcial com 35%, onde pode ser percebida que as

pessoas pesquisadas possuem duvidas com relação ao processo de emissão da

carta de correção.

Gráfico 24 : Você considera o processo de consulta as Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) como uma atividade complexa. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 24 a análise está relacionada a consulta de NF-e. O maior

percentual apresentado é do nível concordância parcial, com 42%, seguido do nível

de discordância com 26%, assim pode se perceber que grande parte dos

participantes não estão totalmente interados com o processo de consulta NF-e.

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Gráfico 25 : Em sua opinião o andamento dos treinamentos estão em compasso com a implantação do processo de Emissão de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e). Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

No gráfico 25 a análise se refere ao andamento do processo de implantação

do processo da NF-e, o qual teve maior percentual para o nível de concordância

com 36%, em seguida concordância parcial com 35%, podendo ser percebido que

as repostas foram bem próximas ocorrendo equilíbrio entre concordância total e

concordância parcial.

3.2.2 Percepção da Perdigão Agroindustrial S.A.

A população de amostra é composta por 1 participante, coordenador do

Projeto Nota Fiscal Eletrônica na empresa Perdigão Agroindustrial S.A. As analises

correspondem as respostas obtidas através do questionário aplicado.

Na visão da empresa no âmbito de impactos ocasionados para organização,

foi citada a mudança no faturamento, nos processos e no rígido processo de

validação, no momento onde a Sefaz confronta todos os dados surge a necessidade

de estar principalmente com os dados cadastrais atualizados para que não ocorra a

rejeição do arquivo.

No modo de utilização do novo processo não consideram como complexo e

sim como um processo facilitado, pois a partir de agora é apenas uma única via do

documento para acompanhar a Nota ao invés de 4 vias como anteriormente.

Com relação aos sistemas tecnológicos ocorrerá mudanças nos sistemas

integrados da organização para tornar-se aderente ao novo sistema como sistema

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de comunicação com o órgão SEFAZ, aquisição de novas impressoras e

armazenagem de dados. Tudo feito por antecipação para evitar que cause

transtornos.

Quando perguntado se houve algum tipo de benefícios com relação a

voluntariedade ao aderir ao novo processo a resposta foi não e que a empresa

entendeu que se antecipando teria um retorno a longo prazo e tempo suficiente para

se adequar.

Com relação aos pontos positivos foi citado agilidade nos processos,

diminuição com custos de armazenagem, dispensa das obrigações acessórias,

transparência fiscal, facilidade e agilidade em atender auditorias. Pontos negativos

citados são quanto a exposição dos dados de faturamento da empresa, altos níveis

de investimento em tecnologia e licenças e a dependência perante o fisco.

Para repassar as informações necessárias e sanar as dúvidas dos usuários,

foram oferecidos: treinamentos para setor service desk, canais oferecidos pelo fisco

para sanar dúvidas, kit explicativo, vídeos para treinamentos, comunicados, suporte

24Hs, treinamentos e palestras.

As principais medidas utilizadas para adequar-se a forma de utilização do

novo processo tiveram como base as palestras e treinamentos, para que todos

tivessem conhecimento e testes para identificar as falhas e efetuar as correções e

ajustes.

Os treinamentos foram desenvolvidos de forma regional nas principais

unidades da Perdigão Agroindustrial S.A que fazem parte do processo, logo que

muitas unidades ainda não aderiram ao processo.

No que se refere as empresas que produzem lácteos a previsão é para ano

de 2009, independente da obrigatoriedade.

A principal mudança operacional citada foi com relação a transmissão

automática com chave de acesso para consulta, Danfe que acompanha ao

mercadoria e não se pode alterar e a extinção das 4vias.

Na administração central da empresa está sendo feito trabalho intenso na

Gestão da Mudança, trabalhando uma nova realidade e a quebra de paradgima para

utilização de papel(A4) como documento fiscal de circulação de mercadoria.

Buscando utilizar todos os meios de comunicação possíveis para obter uma maior e

rápida divulgação deste novo processo.

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Nas unidades da empresa Perdigão Agroindustrial S.A onde já está

implantado o novo sistema a aceitação é positiva, pois facilita o trabalho do faturista,

agilizar os processos de emissão e a liberação das cargas nas expedições.

A implantação do sistema da Nota Fiscal Eletrônica pode ser comparado a

uma ferramenta de planejamento e controle, pois o planejamento visa à realização

de um determinado projeto em conjunto com parceiros e os controles sobre as

operações efetuadas pelas empresas serão captados em tempo real.

3.3 Sugestões/ Recomendações

Com a análise realizada percebeu-se que o nível de dúvidas com relação a

utilização do processo da Nota Fiscal Eletrônica ainda é bem significativo e que

muitos usuários consideram o processo como complexo. Percebe-se também que

muitos usuários não estão buscando interar-se do assunto através de meios

alternativos, como leituras complementares, ficando assim a total responsabilidade

da organização em repassar informações e oferecer treinamentos.

Percebe-se claramente que o repasse das informações, segundo os usuários

necessita de maior clareza nas informações e um repasse constante, devido à

transição muitos necessitam de maior apoio e constante acompanhamentos.

Sugere-se então algumas melhorias:

� Proporcionar maior troca de informações, utilizando-se de todos os

meios de comunicação.

� Proporcionar repasse das informações de forma rápida, clara em

sincronia com a evolução do processo na organização como um todo.

� Proporcionar formas de interação com os usuários, através de

sugestões e críticas com relação a utilização do processo,

possibilitando assim a troca de informações e sugestões das melhores

ações a serem tomadas.

� Buscar métodos para intensificar simulações, que retratem a forma

correta da emissão da NF-e.

� Intensificar os esclarecimentos sobre todas as etapas do processo, que

segundo as respostas dos usuários está falho. Essas dúvidas podem

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influenciar diretamente no rítimo das atividades da empresa, resultando

em acúmulos de tarefas.

Manter os projetos que se relacionam a antecipação perante obrigatoriedade

na execução, para obter recursos, principalmente tempo para adaptação e detecção

de possíveis falhas, correções e adaptações. Manter a busca por aperfeiçoamento e

inovação visando sempre melhorias contínuas.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo geral deste trabalho foi diagnosticar e interpretar as ações e a

viabilidade da implantação do projeto da Nota Fiscal Eletrônica na empresa Perdigão

Agroindustrial S.A., mensurar os possíveis impactos decorrentes deste processo,

seus benefícios, suas abordagens quanto a adequação e pontos que posam resultar

em algum tipo de transtornos para organização. Percebendo-se assim a importância

em buscar informações junto aos usuários deste novo processo.

Perante os estudos efetuados, dados coletados e análises realizadas, chega-

se a conclusão que esses instrumentos foram fundamentais para perceber a

importância da elaboração de um projeto para obter uma percepção segura do

andamento do mesmo. As pesquisas realizadas proporcionaram maior

conhecimento e aperfeiçoamento do tema, ofereceu condições de demonstrar

situações que demandam maior cuidado e atenção. Percebeu-se também a rápida

modernização e evolução dos sistemas, que buscam melhorias nos processos para

obter-se maior desempenho e maior controle das atividades diárias.

Pode-se citar também a necessidade da mudança de paradigma, pois se trata

de um novo conceito na forma de trabalhar, muitos funcionários antigos da empresa

sentem dificuldade em adaptarem-se a esse novo método, devido a uma visão mais

fechada. Devido a esses impasses a importância em se desenvolver treinamentos,

tornar essa realidade acessível e de fácil entendimento a todos os usuários, sem

prejudicar o andamento da implantação que oferece fatores de limitação como o

acelerado processo para realizar a conversão dos sistemas.

No que se refere à obtenção das informações algumas dificuldades foram

encontradas com relação aos questionários que foram enviados para os funcionários

que trabalham em outras cidades, sendo assim não tendo contato direto com o

público respondente dificultando a troca de informações e esclarecimentos.

A implantação deste novo sistema já é um fato concreto. É um processo

imposto por lei, assim se faz necessário que as empresas busquem antecipar-se a

obrigatoriedade, para evitar ou prever algum tipo de diversidade e não tenha

condições de atender ao prazo pré-determinado para efetuar a mudança do sistema

antigo emitido as notas em formulário A4, para a forma eletrônica.

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101

No que envolve os meios tecnológicos e suas aplicações tudo é uma questão

de tempo para que as empresas passem a utilizar esses processos, sejam com

planejamento para auxiliar a organização nos aspectos de crescimento e vantagens

competitivas, ou seja, na forma de obrigatoriedade, que é o caso da Nota Fiscal

Eletrônica.

A percepção final é de que a empresa necessita de uma busca

constante por atualização e antecipar-se principalmente ao que se refere a

imposições por lei, pois assim pode trabalhar e preparar-se para que as dificuldades

sejam ultrapassadas com maior facilidade e agilidade. Assim tornando a

organização mais forte e preparada para manter a qualidade dos produtos e serviços

prestados ao consumidor, manter vantagem competitiva e posicionamento de

mercado.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AAKER, Kumar.Day. Pesquisa de marketing. 2 ed. São Paulo 2001. CERTO, Samuel C. Administração Moderna. 9 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração . 3 ed. São Paulo: McGraw - Hill Ltda, 1987. DECRETO Nº 6022, de Janeiro de 2007 DECRETO ICMS 58/95. DIAS, Sérgio Roberto. Gestão de Marketing . São Paulo: Saraiva 2004. DRUCKER, Peter. Melhor de Peter Drucker. São Paulo: Nobel 2001. HAMMER, Michael; CHAMPY, James. Reengenharia: revolucionando a empresa em função dos clientes, da concorrência e das grand es mudanças da gerencia . 28. ed. Rio de Janeiro: Campus, c1994. 197p ISBN 8570018487, (broch.) MAGNO, Carlos. Segurança no uso da Nota Fiscal Eletrônica. http://www.trueaccess.com.br/pagina-seguranca-no-uso-da-nota-fiscal-eletronica.html. Artigo publicado em True Access Consulting , em 27 de Setembro de 2007. Acesso em 11 de Abril de 2008, as 12:26 Hrs. MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de Marketing: metodologia, planejamento. São Paulo: Atlas, 1996. MULLER, Aderbal N. ; Pilar , Rafaela ; Kido , Viviane Mayumi. Manual da Nota Fiscal Eletrônica. 22 ed.Curitiba: Editora Juruá, 2007. NARESK, Malhotra. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada . 3. ed. Porto Alegre:Bookman,2001. RICHARDSON, Roberto Jarry e Colaboradores. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas . 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999. ROBBINS,Stehen P. Administração:Mudanças e Perspectivas . 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ROESCH, Silvia Maria Azevedo. Projeto de Estágio do curso de Administração . São Paulo: Atlas, 2007. ROSA, Dênerson Dias. Reforma Tributária, conto da carochinha? Web Site http://www.direitonet.com.br/artigos/x/10/71/1071. Artigo publicado em 02/05/2003. Acesso em 24 de Abril de 2008 as 16:45Hrs.

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103

ROSA, Maria Virgínia de Figueiredo Pereira do Couto. A entrevista na pesquisa qualitativa: mecanismo para validação dos resultado s. Maria Virgínia de Figueiredo Pereira do Couto / Marlene Aparecida Gonzalez Colombro Arnoldi. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. Site institucional. PERDIGÃO. A Empresa/História.Disponível em www.perdigao.com.br acessado em 10/09/2007. Web Site http://www.nfe.sefaz.se.gov.br. Acesso no dia 10 de Abril de 2008, as 07:13 Hrs. Web Site http://futuranet.com.br/WhitePaper/Sispetro/Sispetro%20-%20CartaCorrecao.htm. Acesso em 23 de Abril de 2008, as 11:03 Hrs. Apud Valor Econômico 10/06/2002 Web Site http://portalnfe.fazenda.mg.gov.br/respostas_III.html. Acesso em 10 de Abril de 2008, as 19:29 Hrs. Web Site http:// www.sef.sc.gov.br. Acesso em 10 de Abril de 2008, as 22:31Hrs. Web Site http://www.receita.fazenda.gov.br. Acesso em 20 Março de 2008, as 20:00 Hrs. Web Site http://www.fiscodata.com.br/cgi-bin/tex?0102010247020. Acesso em 24 de Abril de 2008, as 16:52 Hrs.

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6 APÊNDICES

Apêndice A – Questionário realizado com os usuários da NF-e

Para respondê-lo basta que você demonstre o quanto concorda ou discorda de cada questão apresentada. Este questionário tem por finalidade analisar a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica. Atribua uma medida de intensidade para cada uma das questões relacionadas abaixo: Utilizando-se para avaliação uma escala de 1 a 4, sendo nível 1, mínimo de maior concordância e nível 4, máximo de discordância.

1-Concordo 2-Concordo Parcialmente 3-Discordo Parcialmente 4- Discordo

Trata-se do trabalho de conclusão do curso de Administração da acadêmica Célia Andreia Ceron Dalabrida.

1 2 3 4 5

Considero ter pleno conhecimento com relação ao processo de Emissão de Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e). ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Em sua opinião o processo da Nota Fiscal Eletrônica trará resultados positivos para organização. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Considera o processo da Nota Fiscal Eletrônica de fácil entendimento e aplicação. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

A organização vem se preparando para integrar o novo processo da Nota Fiscal Eletrônica. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Com a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica os processos internos da organização passaram por melhorias. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Com relação às informações internas da organização, o processo da Nota Fiscal Eletrônica poderá oferecer maior confiabilidade. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

O acesso às informações está sendo facilitado dentro da organização. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Está ciente da importância e responsabilidade de seu trabalho nos elos que constituem o processo da Nota Fiscal Eletrônica. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica resulta em melhoria no serviço do usuário. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Em sua opinião a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica resulta em economia de tempo e maior produtividade. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Você acredita que os métodos utilizados pela organização são suficientes para sanar todas duvidas dos usuários. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Em sua opinião as condições oferecidas para realização do trabalho estão de acordo com a necessidade. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Você busca interar-se de assunto relacionados a implantação do processo da Nota Fiscal Eletrônica através de algum tipo de mídia(tv, jornal, internet ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Você sente-se preparado com relação à utilização do processo da Nota Fiscal Eletrônica na Perdigão Agroindustrial S/A. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Você tem liberdade para expressar suas dúvidas e sugestões relacionadas ao processo da Nota Fiscal Eletrônica. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Em sua opinião os treinamentos oferecidos pela organização propiciam pleno ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

UNIVALI – Universidade do Vale do Ita jaí CECIESA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas

FORTE FORTE CONCORDÂNCIA DISCORDÂNCIA

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desenvolvimento profissional e pessoal. Você acredita que o novo processo da Nota Fiscal Eletrônica proporcionara maior agilidade nas transações comerciais. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Em sua opinião o repasse das informações está sendo feito com agilidade e clareza. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Em sua opinião a área de TI possui recursos para a conversão do novo processo de Emissão de Notas Fiscais Eletronicamente (NF-e). ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Com relação ao documento auxiliar (DANFE) que serve para acompanhar da mercadoria, qual seu nível de conhecimento. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Em relação ao formulário de segurança: Você esta ciente da responsabilidade pela guarda e manuseio. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Você está ciente dos procedimentos para efetuar o cancelamento das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e). ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Você possui conhecimento com relação à emissão da carta de correção. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Você considera o processo de consulta as Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) como uma atividade complexa. ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Em sua opinião o andamento dos treinamentos está em compasso com a implantação do processo de Emissão de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e). ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

PERFIL PREDOMINANTE:

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: ( ) 18 a 23 anos ( ) 30 a 35 anos ( ) 24 a 29 anos ( ) 36 a 40 anos ( ) mais de 40 anos Estado civil: ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Divorciado ( ) Viúvo ( ) Outros Cidade em que reside: ________________________ Qual é a sua escolaridade? ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior completo ( ) Pós-Graduado

Este é seu primeiro emprego? ( ) Sim ( ) Não Tempo de empresa: ( ) Até 1 ano ( ) De 7 a 9 anos ( ) De 2 a 3 anos ( ) De 10 a 12 anos ( ) De 4 a 6 anos ( ) Mais de 12 anos Local de Trabalho? ( ) Matriz

( ) Filial Nível do cargo exercido ( ) Auxiliar ( ) Técnico ( ) Coordenação ( ) Analista

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Apêndice B – Entrevista com o coordenador projeto N F-e na

Perdigão Agroindustrial S.A.

A Entrevista a seguir foi elaborada com intuito de enriquecer e buscar

informações concretas para finalização do trabalho de conclusão de curso de

Administração de Empresas da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. O trabalho

intitula-se: A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA PARA

A EMPRESA PERDIGÃO AGROINDUSTRIAL S.A.

Essa Entrevista foi realizada com o coordenador do projeto da Nota Fiscal

Eletrônica na empresa Perdigão Agroindustrial S.A. A mesma foi elaborada para que

através de sua opinião e conhecimento, referente ao processo de Implantação do

Sistema da Nota Fiscal Eletrônica se torne possível à realização e conclusão de meu

trabalho de conclusão de curso, que terá como intuito a análise desse processo

inovador.

Suas respostas serão fundamentais para consolidar aperfeiçoar a construção

do conhecimento perante essa nova forma de trabalho e por meio da tecnologia que

o cada dia se torna mais forte e presente em nosso meio.

Obrigado por colaborar.

QUESTIONÁRIO

1- Com a implantação do sistema da Nota Fiscal eletrônica pode-se dizer que

esse processo pode ser comparado a uma ferramenta de Planejamento e

Controle fiscal das aplicações comerciais da organização?

2- Na fase de implantação do Sistema da Nota Fiscal eletrônica, quais os

principais resultados percebidos até o momento que poderão ocasionar maiores

impactos diretos e indiretos para a Empresa?

3- O modo de utilização da NF-e é considerado de difícil complexidade? Se for,

existem métodos para simplificar as operações diárias com a implantação do

sistema de notas fiscais eletrônicas?

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4- Com relação à base tecnológica da empresa Perdigão Agroindustrial S.A.

serão necessárias muitas alterações para adequação ao novo sistema ou

não?Quais os principais impactos?

5- A empresa Perdigão Agroindustrial S.A. optou em aderir ao processo da Nota

Fiscal Eletrônica antes da obrigatoriedade perante o Fisco. Ouve algum tipo de

beneficio?

6- Quais os principais pontos positivos e negativos que podem ser destacados quanto ao uso do sistema da NF-e? 7- Quais os métodos que poderão ser utilizados para sanar as possíveis dúvidas dos usuários do sistema da NF-e? 8- Que medidas serão utilizadas para implantação do sistema NF-e, com relação à sua forma de utilização? 9- Será oferecido algum tipo de treinamento para utilização do sistema da NF-e? 10- A Empresa pretende implantar a NFe para os seus produtos lácteos ou

aguardar a legislação estabelecer a sua obrigatoriedade?

11- Qual mudança operacional vai ocorrer com esta nova modalidade?

12- Como a Administração Central vem preparando o pessoal para esta nova

realidade?

13- Com relação às unidades onde já foi implantado o Sistema da Nf-e, o nível

de aceitação dos usuários que já utilizam o processo na empresa é considerado

positivo ou negativo?

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7 ANEXOS

Anexo A – Telas de lançamento da Nota Fiscal Eletrônica

As notas fiscais eletrônicas podem ser consultadas tanto pelo Portal Nacional

da NF-e, quanto por endereços fornecidos pelas Secretárias das Fazendas dos

Estados (cada estado possui seu próprio endereço). Para consultas pelo Portal

Nacional acessar o endereço www.nfe.fazenda.gov.br e clicar no link “Consulte uma

Nota Fiscal Eletrônica”.

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Figura 22: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br

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Figura 23: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br

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Figura 24: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br

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Figura 25: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br

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Figura 26: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br

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Figura 27: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br

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Figura 28: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br

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Figura 29: Ambiente para Consulta NF-e Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br

Figura 30: Status Conexão servidor de Homologação do estado de SP. Fonte: www.nfe.fazenda.gov.br

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Anexo B – ICMS - Documentos Fiscais Eletrônicos - Nota Fiscal

Eletrônica – NF-e

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

(Ajustes SINIEF 07/05 e 08/07, Protocolos ICMS 10/ 07 e 30/07)

Art. 1º Fica instituída a Nota Fiscal Eletrônica – NF-e, que poderá ser utilizada por

contribuinte do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e

sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação – ICMS e por contribuinte do Imposto sobre Produtos Industrializados

- IPI, em substituição à Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A.

Parágrafo único. Considera-se Nota Fiscal Eletrônica – NF-e o documento emitido

e armazenado eletronicamente para documentar operações e prestações

promovidas pelo contribuinte, de existência exclusivamente digital, com validade

jurídica garantida por assinatura digital do emitente e autorização de uso fornecida

pela Secretaria de Estado da Fazenda antes da ocorrência do fato gerador.

Art. 2º Poderá emitir Nota Fiscal Eletrônica o contribuinte inscrito neste Estado que:

I – seja usuário de sistema eletrônico de processamento de dados nos termos dos

Convênios ICMS 57/95 e 58/95, ambos de 28 de junho de 1995;

II – seja credenciado pela Secretaria de Estado da Fazenda.

§ 1º A forma e os requisitos para credenciamento serão definidos em portaria do

Secretário de Estado da Fazenda.

Comentário:

Portaria SEF nº 189/07

§ 2º O contribuinte obrigado a emitir NF-e será credenciado pela Secretaria de

Estado da Fazenda ainda que não atenda ao disposto no Convênio ICMS 57/95.

§ 3º – REVOGADO - ALT. 1568 - Efeitos a partir de 15.02.08:

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CAPÍTULO II

DAS CARACTERÍSTICAS DA NF-e

Art. 3º A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute estabelecido no Ato

Cotepe 72, de 20 de dezembro de 2005, por meio de Programa Aplicativo

desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou, ainda, disponibilizado pela Secretaria

de Estado da Fazenda, observado o seguinte:

I – o arquivo digital da NF-e deverá ser elaborado no padrão XML “Extended

Markup Language”;

II – a numeração da NF-e será seqüencial de 1 a 999.999.999, por

estabelecimento, devendo ser reiniciada quando atingido esse limite;

III – a NF-e deverá conter um “código numérico”, gerado pelo emitente, que

comporá a “chave de acesso” de identificação da NF-e, juntamente com o CNPJ do

emitente, número e série da NF-e;

IV – a NF-e deverá ser assinada pelo emitente, com assinatura digital certificada

por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-

Brasil, contendo o CNPJ do estabelecimento emitente ou da matriz, a fim de garantir

a autoria do documento digital.

Parágrafo único. As séries serão designadas por algarismos arábicos, em ordem

crescente, a partir de 1, vedada a utilização de subsérie.

Art. 4º O arquivo digital da NF-e só poderá ser utilizado como documento fiscal

após:

I - ser transmitido eletronicamente à Secretaria de Estado da Fazenda nos termos

do art. 5º;

II - ter seu uso autorizado por meio de Autorização de Uso de NF-e nos termos do

art. 6º.

§ 1º Ainda que formalmente regular, não será considerado documento fiscal

idôneo a NF-e que tiver sido emitida ou utilizada com dolo, fraude, simulação ou erro

que possibilite, mesmo que a terceiro, omissão de pagamento do imposto ou

qualquer outra vantagem indevida.

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§ 2º Para efeitos fiscais os vícios explicitados no § 1º atingem também o

respectivo DANFE impresso nos termos do art. 9º ou 11, que também não será

considerado documento fiscal idôneo.

§ 3º A autorização de uso da NF-e concedida pela SEF-SC não implica validação

das informações nela contidas.

Art. 5º. O arquivo digital da NF-e deverá ser transmitido via Internet, por meio de

protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de programa aplicativo

desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela SEF-SC.

Parágrafo único. A transmissão da NF-e implica em solicitação de Autorização de

Uso de NF-e prevista no art. 6º.

CAPÍTULO III

DA AUTORIZAÇÃO DE USO DE NF-e

Art. 6º O processo de Autorização de Uso de NF-e pela Secretaria de Estado da

Fazenda implicará na análise dos seguintes aspectos:

I – integridade do arquivo digital da NF-e;

II – autoria da assinatura do arquivo digital da NF-e;

III – numeração do documento;

IV – leiaute do arquivo conforme estabelecido no Ato Cotepe 72/05;

V – credenciamento do emitente para emissão de NF-e;

VI – regularidade fiscal do emitente.

Art. 7º Do resultado da análise referida no art. 6º a Secretaria de Estado da

Fazenda cientificará o emitente:

I- da rejeição do arquivo da NF-e em virtude de:

a) falha na recepção ou no processamento do arquivo;

b) falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do arquivo digital;

c) remetente não credenciado para emissão de NF-e;

d) duplicidade de número da NF-e;

e) falha na leitura do número da NF-e;

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f) outras falhas no preenchimento ou no leiaute do arquivo da NF-e;

II – da denegação da Autorização de Uso de NF-e, em virtude de irregularidade

fiscal do emitente;

III – da concessão da Autorização de Uso de NF-e.

§ 1º Após a concessão da Autorização de Uso a NF-e correspondente não

poderá ser alterada.

§ 2º Em caso de rejeição o arquivo digital não será arquivado na administração

tributária para consulta, sendo permitido ao interessado, nas hipóteses das alíneas

"a", "b" e "e" do inciso I do "caput", nova transmissão do arquivo.

§ 3º Em caso de denegação da Autorização de Uso da NF-e o arquivo digital

transmitido ficará mantido na administração tributária para consulta, nos termos do

art. 17, identificado como “Denegada a Autorização de Uso”.

§ 4º No caso do § 3º, não será possível sanar a irregularidade e solicitar nova

Autorização de Uso de NF-e que contenha a mesma numeração.

§ 5º A cientificação de que trata o “caput” será efetuada mediante protocolo

disponibilizado ao emitente ou a terceiro autorizado pelo emitente, via Internet,

contendo, conforme o caso, a “chave de acesso”, o número da NF-e, a data e a hora

do recebimento da solicitação pela administração tributária e o número do protocolo,

podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital

da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.

§ 6º Nos casos dos incisos I ou II do "caput", o protocolo de que trata o § 5º

conterá informações que justifiquem de forma clara e precisa o motivo pelo qual a

Autorização de Uso não foi concedida.

Art. 8º Concedida a Autorização de Uso da NF-e a Secretaria de Estado da

Fazenda deverá transmitir a NF-e para a Receita Federal do Brasil.

§ 1º A Secretaria de Estado da Fazenda também deverá transmitir a NF-e para:

I – a Unidade Federada de destino das mercadorias, no caso de operação

interestadual;

II – a Unidade Federada onde deva se processar o embarque de mercadoria, na

saída para o exterior;

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III - a Unidade Federada de desembaraço aduaneiro, tratando-se de operação de

importação de mercadoria ou bem do exterior;

IV – A Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA, quando a NF-e

tiver como destinatário pessoa localizada nas áreas incentivadas.

§ 2º A Secretaria de Estado da Fazenda também poderá transmitir a NF-e ou

fornecer informações parciais, para:

I - administrações tributárias municipais, nos casos em que a NF-e envolva

serviços, mediante prévio convênio ou protocolo de cooperação;

II - outros órgãos da administração direta, indireta, fundações e autarquias, que

necessitem de informações da NF-e para desempenho de suas atividades, mediante

prévio convênio ou protocolo de cooperação, respeitado o sigilo fiscal.

CAPÍTULO IV

DO DOCUMENTO AUXILIAR DA NF-e – DANFE

Art. 9º Fica instituído o Documento Auxiliar da NF-e – DANFE, conforme leiaute

estabelecido em Ato COTEPE, para uso no trânsito das mercadorias ou para facilitar

a consulta da NF-e prevista no art. 17.

§ 1º O DANFE somente poderá ser utilizado para transitar com as mercadorias

após a concessão da Autorização de Uso da NF-e de que trata o inciso III do art. 7º

ou na hipótese prevista no art. 11.

§ 2º No caso de destinatário não credenciado para emitir NF-e, a escrituração da

NF-e poderá ser efetuada com base nas informações contidas no DANFE,

observado o disposto no art. 10.

§ 3º Quando a legislação tributária exigir a utilização específica de vias adicionais

para as notas fiscais, o contribuinte que utilizar NF-e deverá emitir o DANFE com o

número de cópias necessárias para cumprir a respectiva norma.

§ 4º O DANFE deverá ser impresso em papel, exceto papel jornal, no tamanho A4

(210 x 297 mm), podendo ser utilizadas folhas soltas, formulário de segurança,

formulário contínuo ou formulário pré-impresso.

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§ 5º O DANFE deverá conter código de barras, conforme padrão estabelecido em

Ato COTEPE.

§ 6º O DANFE poderá conter outros elementos gráficos, desde que não

prejudiquem a leitura do seu conteúdo ou do código de barras por leitor óptico.

§ 7º Os contribuintes poderão solicitar alteração do leiaute do DANFE, previsto no

Ato COTEPE 72/05, para adequá-lo às suas operações, desde que mantidos os

campos obrigatórios da NF-e constantes do DANFE.

§ 8º Os títulos e informações dos campos constantes no DANFE devem ser

grafados de modo que seus dizeres e indicações estejam bem legíveis.

§ 9º A aposição de carimbos no DANFE, quando do trânsito da mercadoria, deve

ser feita em seu verso.

§ 10 É permitida a indicação de informações complementares de interesse do

emitente impressas no verso do DANFE, obedecida a reserva de espaço com

dimensão mínima de 10x15 cm em qualquer sentido para atendimento ao disposto

no § 9º.

CAPÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES COMUNS

Art. 10. O emitente e o destinatário deverão manter em arquivo digital a NF-e

pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos documentos

fiscais e apresentação à administração tributária quando solicitado.

§ 1º O destinatário deverá verificar a validade e autenticidade da NF-e e a

existência da respectiva Autorização de Uso.

§ 2º Caso o destinatário não seja contribuinte credenciado para a emissão de NF-

e, alternativamente ao disposto no "caput" deverá manter em arquivo o DANFE

relativo a NF-e da operação para apresentar à administração tributária quando

solicitado.

Art. 11. Na impossibilidade da transmissão da NF-e ou obtenção de resposta à

solicitação de Autorização de Uso da NF-e, em decorrência de problemas técnicos,

o contribuinte deverá gerar novo arquivo, conforme definido no Ato COTEPE 72/05,

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informando que a respectiva NF-e foi emitida em contingência e adotar uma das

seguintes alternativas:

I – transmitir a NF-e para a Receita Federal do Brasil nos termos dos artigos 4º, 5º

e 6º;

II - imprimir o DANFE em formulário de segurança, observado o disposto no artigo

20.

§ 1º Na hipótese do inciso II do “caput” o DANFE deverá ser impresso em no

mínimo duas vias, constando no corpo a expressão “DANFE em contingência

impresso em decorrência de problemas técnicos”, tendo as vias a seguinte

destinação:

I - uma das vias permitirá o trânsito das mercadorias e deverá ser mantida em

arquivo pelo destinatário pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a

guarda de documentos fiscais;

II - outra via deverá ser mantida em arquivo pelo emitente pelo prazo estabelecido

na legislação tributária para a guarda dos documentos fiscais.

§ 2º Dispensa-se a exigência de formulário de segurança para a impressão das

vias adicionais previstas no § 3º do art. 9º.

§ 3º Na hipótese do inciso II do “caput”, imediatamente após a cessação dos

problemas técnicos que impediram a transmissão ou recepção do retorno da

autorização da NF-e, o emitente deverá transmitir à Secretaria de Estado da

Fazenda as NF-e geradas em contingência.

§ 4º Se a NF-e transmitida nos termos do § 3º vier a ser rejeitada, o contribuinte

deverá:

I- gerar novamente o arquivo com a mesma numeração e série, sanando a

irregularidade;

II- solicitar nova Autorização de Uso da NF-e;

III- imprimir em formulário de segurança o DANFE correspondente à NF-e

autorizada nos termos do inciso II;

IV- providenciar, junto ao destinatário, a entrega da NF-e autorizada bem como do

novo DANFE impresso nos termos do inciso III, caso a geração saneadora da

irregularidade da NF-e tenha promovido alguma alteração no DANFE.

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§ 5º O destinatário deverá manter em arquivo pelo prazo decadencial

estabelecido pela legislação tributária, junto à via mencionada no inciso I do § 1º, a

via do DANFE recebida nos termos do inciso IV do § 4º;

§ 6º Se após decorrido o prazo de 30 dias do recebimento de mercadoria

acompanhada de DANFE impresso nos termos do inciso II do “caput”, o destinatário

não puder confirmar a existência da Autorização de Uso da NF-e, deverá comunicar

o fato à Gerência Regional da Fazenda Estadual à qual estiver jurisdicionado;

§ 7º O contribuinte deverá, na hipótese do inciso II do “caput”, lavrar termo no livro

Registro de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência, modelo 6, informando o

motivo da entrada em contingência, número dos formulários de segurança utilizados,

a data e hora do seu início e seu término, bem como a numeração e série das NF-e

geradas neste período.

CAPÍTULO VI

DO CANCELAMENTO DE NF-e E DA INUTILIZAÇÃO DE NUMERO S DA NF-e

Art. 12. Em relação às NF-e que foram transmitidas antes da contingência e

ficaram pendentes de retorno, o emitente deverá, após a cessação das falhas:

I - solicitar o cancelamento, nos termos do art. 13, das NF-e que retornaram com

Autorização de Uso e cujas operações não se efetivaram ou foram acobertadas por

NF-e emitidas em contingência;

II- solicitar a inutilização, nos termos do art. 15, da numeração das NF-e que não

foram autorizadas nem denegadas.

Art. 13. Após a concessão de Autorização de Uso de NF-e de que trata o art. 7º,

III, o emitente poderá solicitar o cancelamento da NF-e desde que não tenha havido

a circulação da respectiva mercadoria ou prestação de serviço, observadas as

demais normas regulamentares.

Art. 14. O cancelamento de que trata o art. 13 somente poderá ser efetuado

mediante Pedido de Cancelamento de NF-e transmitido pelo emitente à Secretaria

de Estado da Fazenda.

§ 1º O Pedido de Cancelamento de NF-e deverá atender ao leiaute estabelecido

no Ato Cotepe 72/05.

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§ 2º A transmissão do Pedido de Cancelamento de NF-e será efetivada via

Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia.

§ 3º O Pedido de Cancelamento de NF-e deverá ser assinado pelo emitente com

assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves

Públicas Brasileira – ICP-Brasil, contendo o CNPJ do estabelecimento emitente ou

da matriz, a fim de garantir a autoria do documento digital.

§ 4º A transmissão poderá ser realizada por meio de programa aplicativo

desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela Secretaria de

Estado da Fazenda.

§ 5º A cientificação do resultado do Pedido de Cancelamento de NF-e será feita

mediante protocolo de que trata o § 2º disponibilizado ao emitente, via Internet,

contendo, conforme o caso, a "chave de acesso", o número da NF-e, a data e a hora

do recebimento da solicitação pela Secretaria de Estado da Fazenda e o número do

protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com

certificação digital da Secretaria de Estado da Fazenda ou outro mecanismo de

confirmação de recebimento.

§ 6º A Secretaria de Estado da Fazenda deverá transmitir para as administrações

tributárias e entidades previstas no art. 8º, os Cancelamentos de NF-e.

Art. 15. O contribuinte deverá solicitar, mediante Pedido de Inutilização de

Número da NF-e, até o 10º (décimo) dia do mês subseqüente, a inutilização de

números de NF-e não utilizados, na eventualidade de quebra de seqüência da

numeração da NF-e.

§ 1º O Pedido de Inutilização de Número de NF-e deverá ser assinado pelo

emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infra-

estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o CNPJ do

estabelecimento emitente ou da matriz, a fim de garantir a autoria do documento

digital.

§ 2º A transmissão do Pedido de Inutilização de Número de NF-e, será efetivada

via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia.

§ 3º A cientificação do resultado do Pedido de Inutilização de Número da NF-e

será feita mediante protocolo de que trata o § 2º disponibilizado ao emitente, via

Internet, contendo, conforme o caso, os números das NF-e, a data e a hora do

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recebimento da solicitação pela Secretaria de Estado da Fazenda e o número do

protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com

certificação digital da administração tributária ou outro mecanismo de confirmação

de recebimento.

§ 4º A Secretaria de Estado da Fazenda deverá transmitir para a Receita Federal

do Brasil as inutilizações de número de NF-e.

CAPÍTULO VII

DA CARTA DE CORREÇÃO ELETRÔNICA – CC-e

Art. 16. Após a concessão da Autorização de Uso da NF-e, de que trata o art. 7º,

o emitente poderá sanar erros em campos específicos da NF-e, por meio de Carta

de Correção Eletrônica – CC-e transmitida à Secretaria de Estado da Fazenda.

§ 1º A Carta de Correção Eletrônica – CC-e deverá atender a leiaute estabelecido

em Ato COTEPE e ser assinada pelo emitente com assinatura digital certificada por

entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil,

contendo o CNPJ do estabelecimento emitente ou da matriz, a fim de garantir a

autoria do documento digital.

§ 2º A transmissão da CC-e será efetivada via Internet por meio de protocolo de

segurança ou criptografia.

§ 3º A cientificação da recepção da CC-e será feita mediante protocolo

disponibilizado ao emitente, via Internet, contendo, conforme o caso, a “chave de

acesso”, o número da NF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela

Secretaria de Estado da Fazenda e o número do protocolo, podendo ser autenticado

mediante assinatura digital gerada com certificação digital da administração tributária

ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.

§ 4° Havendo mais de uma CC-e para a mesma NF-e o e mitente deverá

consolidar na última todas as informações anteriormente retificadas.

§ 5º A administração tributária que recebeu a CC-e deverá transmití-la às

administrações tributárias e entidades previstas no art. 8º.

§ 6º O protocolo de que trata o § 3º não implica validação das informações

contidas na CC-e.

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§ 7º Não será admitida a regularização na forma deste artigo quando o erro for

relativo à base de cálculo, à alíquota, ao valor do imposto destacado ou à

identificação do destinatário.

§ 8º Não produzirá efeitos a regularização efetuada após o início de qualquer

procedimento fiscal.

CAPÍTULO VIII

DA CONSULTA À NF-E

Art. 17. Após a concessão de Autorização de Uso da NF-e, de que trata o art. 7º,

a Secretaria de Estado da Fazenda disponibilizará consulta relativa à NF-e.

§ 1º A consulta à NF-e será disponibilizada na página oficial da Secretaria de

Estado da Fazenda na Internet pelo prazo mínimo de 180 (cento e oitenta) dias.

§ 2º Após o prazo previsto no § 1º, a consulta à NF-e poderá ser substituída pela

prestação de informações parciais que identifiquem a NF-e (número, data de

emissão, CNPJ do emitente e do destinatário, valor e sua situação), que ficarão

disponíveis pelo prazo decadencial.

§ 3º A consulta à NF-e, prevista no “caput”, poderá ser efetuada pelo interessado,

mediante informação da “chave de acesso” da NF-e.

§ 4º A consulta prevista no “caput” poderá ser efetuada também,

subsidiariamente, no ambiente nacional disponibilizado pela Receita Federal do

Brasil.

CAPÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 18. A Secretaria de Estado da Fazenda poderá exigir a confirmação, pelo

destinatário, do recebimento das mercadorias e serviços constantes da NF-e.

Art. 19. Nas hipóteses de utilização de formulário de segurança para a impressão

de DANFE previstas neste Anexo:

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I – as características do formulário de segurança obedecem às disposições

estabelecidas para os formulários de segurança destinados à emissão das Notas

Fiscais modelos 1 ou 1-A contidas no Anexo 7, artigos 18 a 19, dispensando-se a

exigência da Autorização de Impressão de Documentos Fiscais – AIDF e a exigência

de Regime Especial.

II - não poderá ser impressa a expressão “Nota Fiscal”, devendo, em seu lugar,

constar a expressão “DANFE”.

§ 1º Fica vedada a utilização de formulário de segurança adquirido na forma deste

artigo para outra destinação que não a prevista no “caput”.

§ 2º O fabricante do formulário de segurança de que trata o “caput” deverá

observar as disposições do Anexo 7, artigos 20 a 22.

Art. 20. A Secretaria de Estado da Fazenda disponibilizará, às empresas

autorizadas à emissão de NF-e, consulta eletrônica referente à situação cadastral

dos contribuintes do ICMS de Santa Catarina, conforme padrão estabelecido em

ATO COTEPE.

Art. 21. Toda NF-e que acobertar operação interestadual de mercadoria ou

relativa ao comércio exterior estará sujeita ao registro de passagem eletrônico em

sistema instituído por meio do Protocolo ICMS 10/03.

Parágrafo único. Esses registros serão disponibilizados para a unidade federada

de origem e destino das mercadorias bem como para a unidade federada de

passagem que os requisitarem

Art. 22. Aplicam-se à NF-e, no que couber, as normas do Convênio SINIEF s/nº,

de 15 de dezembro de 1970.

§ 1º As NF-e canceladas, denegadas e os números inutilizados devem ser

escriturados, sem valores monetários, de acordo com a legislação tributária vigente.

§ 2º Nos casos em que o remetente esteja obrigado à emissão da NF-e, é vedada

ao destinatário a aceitação de qualquer outro documento em sua substituição,

exceto nos casos previstos na legislação estadual.

Art. 23. A utilização da NF-e será obrigatória:

I - a partir de 1º de abril de 2008, para os contribuintes (Protocolo ICMS 10/07):

a) fabricantes de cigarros;

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I, “b” - ALTERADO - ALT. 1569 - Efeitos a partir de 15.02.08:

b) distribuidores ou atacadistas de cigarros (Protocolo ICMS 88/07);

c) produtores, formuladores e importadores de combustíveis líquidos, assim

definidos e autorizados por órgão federal competente;

d) distribuidores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por

órgão federal competente;

e) transportadores e revendedores retalhistas – TRR, assim definidos e

autorizados por órgão federal competente.

II – a partir de 1º de outubro de 2008, para os optantes pela utilização da NF-e

indicados no Anexo 7, art. 7º-B, III.

III - ACRESCIDO - ALT. 1570 - Efeitos a partir de 15.02.08:

III - a partir de 1º de setembro de 2008, para os contribuintes (Protocolo ICMS

88/07):

a) fabricantes de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e

motocicletas;

b) fabricantes de cimento;

c) fabricantes, distribuidores e comerciante atacadista de medicamentos

alopáticos para uso humano;

d) frigoríficos e atacadistas que promoverem a saída de carnes frescas,

refrigeradas ou congeladas das espécies bovina, suína, bufalina e avícola;

e) fabricantes de bebidas alcoólicas inclusive cervejas e chopes;

f) fabricantes de refrigerantes;

g) agentes que assumem o papel de fornecedores de energia elétrica, no âmbito

da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE;

h) fabricantes de semi-acabados, laminados planos ou longos, relaminados,

trefilados e perfilados de aço;

i) fabricantes de ferro-gusa.

Parágrafo único - RENUMERADO - ALT. 1571 - Efeitos a partir de 15.02.08:

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§ 1º Fica facultada a utilização da Nota Fiscal Eletrônica – NF-e aos contribuintes

dos ramos industrial e atacadista que obtenham autorização para emissão de NF-e

nos termos do art. 2º.

§§ 2ºe 3º- ACRESCIDOS - ALT. 1571 - Efeitos a partir de 15.02.08:

§ 2º A obrigatoriedade se aplica a todas as operações efetuadas em todos os

estabelecimentos dos contribuintes referidos neste artigo, ficando vedada a emissão

de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, exceto na impossibilidade de emissão da NF-e

prevista no art. 11.

§ 3º A obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal Eletrônica - NF-e prevista no

caput não se aplica (Protocolo ICMS 88/07):

I - ao estabelecimento do contribuinte onde não se pratique e nem se tenha

praticado as atividades previstas nos incisos I e III há pelo menos 12 (doze) meses,

ainda que estas sejam realizadas em outros estabelecimentos do mesmo titular;

II – nas hipóteses previstas nas alíneas “a” e “b” do inciso I do “caput”, às

operações realizadas fora do estabelecimento, relativas às saídas de mercadorias

remetidas sem destinatário certo, desde que os documentos fiscais relativos à

remessa e ao retorno sejam NF-e;

III – na hipótese prevista na alínea “b” do inciso I do “caput”, às operações

praticadas por contribuinte que tenha como atividade preponderante o comércio

atacadista, desde que o valor das operações com cigarros não ultrapasse 5% (cinco

por cento) do valor total das saídas nos últimos (12) doze meses;

IV – na hipótese prevista na alínea “e” do inciso III do “caput”, ao fabricante de

aguardente (cachaça) e vinho que aufira receita bruta anual inferior a R$ 360.000,00

(trezentos e sessenta mil) reais.”

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Anexo C – Sistema Público de Escrituração Digital – Sped

Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007

DOU de 22.1.2007 Edição Extra

Institui o Sistema Público de Escrituração Digital – Sped

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,

inciso IV, da Constituição, e considerando o disposto no art. 37, inciso XXII, da

Constituição, nos arts. 10 e 11 da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de

2001, e nos arts. 219, 1.179 e 1.180 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002

D E C R E T A :

Art. 1 o Fica instituído o Sistema Público de Escrituração Digital - Sped.

Art. 2 o O Sped é instrumento que unifica as atividades de recepção,

validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a

escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias,

mediante fluxo único, computadorizado, de informações.

§ 1o Os livros e documentos de que trata o caput serão emitidos em forma

eletrônica, observado o disposto na Medida Provisória no 2.200-2, de 24 de agosto

de 2001.

§ 2o O disposto no caput não dispensa o empresário e a sociedade empresária de

manter sob sua guarda e responsabilidade os livros e documentos na forma e

prazos previstos na legislação aplicável.

Art. 3 o São usuários do Sped:

I - a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda;

II - as administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, mediante convênio celebrado com a Secretaria da Receita

Federal; e

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III - os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e

indireta que tenham atribuição legal de regulação, normatização,

controle e fiscalização dos empresários e das sociedades empresárias.

§ 1o Os usuários de que trata o caput, no âmbito de suas respectivas competências,

deverão estabelecer a obrigatoriedade, periodicidade e prazos de apresentação dos

livros e documentos, por eles exigidos, por intermédio do Sped.

§ 2o Os atos administrativos expedidos em observância ao disposto no § 1º deverão

ser implementados no Sped concomitantemente com a entrada em vigor desses

atos.

§ 3o O disposto no § 1o não exclui a competência dos usuários ali mencionados de

exigir, a qualquer tempo, informações adicionais necessárias ao desempenho de

suas atribuições.

Art. 4 o O acesso às informações armazenadas no Sped deverá ser

compartilhado com seus usuários, no limite de suas respectivas competências e sem

prejuízo da observância à legislação referente aos sigilos comercial, fiscal e

bancário.

Parágrafo único. O acesso previsto no caput também será possível aos empresários

e às sociedades empresárias em relação às informações por eles transmitidas ao

Sped.

Art. 5 o O Sped será administrado pela Secretaria da Receita Federal com a

participação de representantes indicados pelos usuários de que tratam os incisos II e

III do art. 3o.

§ 1o Os usuários do Sped, com vistas a atender o disposto no § 2o do art. 3o, e

previamente à edição de seus atos administrativos, deverão articular-se com a

Secretaria da Receita Federal por intermédio de seu representante.

§ 2o A Secretaria da Receita Federal, sempre que necessário, poderá solicitar a

participação de representantes dos empresários e das sociedades empresárias, bem

assim de entidades de âmbito nacional representativas dos profissionais da área

contábil, nas atividades relacionadas ao Sped.

Art. 6 o Compete à Secretaria da Receita Federal:

I - adotar as medidas necessárias para viabilizar a implantação e o

funcionamento do Sped;

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II - coordenar as atividades relacionadas ao Sped;

III - compatibilizar as necessidades dos usuários do Sped; e

IV - estabelecer a política de segurança e de acesso às informações

armazenadas no Sped, observado o disposto no art. 4o.

Art. 7 o O Sped manterá, ainda, funcionalidades de uso exclusivo dos órgãos

de registro para as atividades de autenticação de livros mercantis.

Art. 8 o A Secretaria da Receita Federal e os órgãos a que se refere o inciso

III do art. 3o expedirão, em suas respectivas áreas de atuação, normas

complementares ao cumprimento do disposto neste Decreto.

§ 1o As normas de que trata o caput relacionadas a leiautes e prazos de

apresentação de informações contábeis serão editadas após consulta e, quando

couber, anuência dos usuários do Sped.

§ 2o Em relação às informações de natureza fiscal de interesse comum, os leiautes

e prazos de apresentação serão estabelecidos mediante convênio celebrado entre a

Secretaria da Receita Federal e os usuários de que trata o inciso II do art. 3°.

Art. 9 o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186º da Independência e 119º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Bernard Appy

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Anexo D - Protocolo de Cooperação ENAT nº 02/2005 - II ENAT

Criado para atender a Ementa Constitucional 42, de 19/12/2003 INC

XXII.

Protocolo de Cooperação ENAT nº 02/2005 - II ENAT

Protocolo de Cooperação que entre si celebram a União, por intermédio da Receita Federal do Brasil, os Estados e o Distrito Federal, por intermédio de suas Secretarias de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação, e os Municípios, objetivando o desenvolvimento do Sistema Público de Escrituração Digital que atenda aos interesses das Administrações Tributárias

A UNIÃO, por intermédio da RECEITA FEDERAL DO BRASIL , doravante

denominada RFB, neste ato representada pelo Secretário-Geral da Receita Federal

do Brasil, os ESTADOS e o DISTRITO FEDERAL , por intermédio de suas

SECRETARIAS DE FAZENDA, FINANÇAS, RECEITA ou TRIBUT AÇÃO ,

doravante denominadas SEFAZ, representadas pelos seus respectivos titulares, e

os MUNICÍPIOS, representados pela Associação Brasileira das Secretarias de

Finanças dos Municípios das Capitais (Abrasf), tendo em vista a necessidade de

desenvolvimento do Sistema Público de Escrituração Digital, que atenda aos

interesses das administrações tributárias, e considerando o disposto no inciso XXII

do art. 37 da Constituição Federal, incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19

de dezembro de 2003, segundo o qual as administrações tributárias da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao

funcionamento do Estado, atuarão de forma integrada, inclusive com o

compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou

convênio; considerando as vantagens que a adoção do Sistema Público de

Escrituração Digital propiciará aos contribuintes e às respectivas administrações

tributárias, que podem ser assim sintetizadas:

em benefício dos contribuintes

simplificação e racionalização de obrigações acessórias, agilização dos

procedimentos sujeitos a controle das administrações tributárias e redução de custos

com armazenamento de documentos em papel;

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em benefício das administrações tributárias

maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações,

racionalização de custos e maior eficácia da fiscalização;

RESOLVEM celebrar o presente Protocolo de Cooperação, nos seguintes termos:

CLÁUSULA PRIMEIRA – Os partícipes se comprometem a promover

reuniões e discussões e a adotar demais providências que se fizerem necessárias,

com vistas ao desenvolvimento do Sistema Público de Escrituração Digital,

doravante denominado SPED, que atenda aos interesses das administrações

tributárias.

CLÁUSULA SEGUNDA – No desenvolvimento do SPED serão observados

os seguintes pressupostos, entre outros que vierem a ser definidos de comum

acordo pelos partícipes:

I - bases de dados compartilhadas entre as Administrações Tributárias;

II - reciprocidade na aceitação da legislação de cada ente signatário, relativa aos

livros contábeis e fiscais;

III - validade jurídica dos livros contábeis e fiscais em meio digital, dispensando a

emissão e guarda de documentos e livros em papel;

IV - eliminação da redundância de informações através da padronização e

racionalização das obrigações acessórias;

V - preservação do sigilo fiscal, nos termos do Código Tributário Nacional.

CLÁUSULA TERCEIRA – A RFB se compromete a coordenar o

desenvolvimento e implantação do SPED, zelando pela harmonização das soluções

propostas e preservando as particularidades e a autonomia de cada ente signatário.

CLÁUSULA QUARTA – Os signatários se comprometem a designar

servidores que possuam perfil compatível com as atividades a serem desenvolvidas,

e garantir a sua participação nas reuniões e demais atividades necessárias à

consecução dos objetivos estabelecidos neste Protocolo.

CLÁUSULA QUINTA - A RFB será responsável pelos custos de

desenvolvimento do SPED, inclusive em relação à infra-estrutura para o acesso à

base de dados a ser disponibilizada até unidade da RFB nas capitais dos Estados e

no Distrito Federal.

CLÁUSULA SEXTA – As unidades federadas signatárias serão responsáveis

pelos custos da sua própria infra-estrutura de tecnologia da informação e

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comunicação, inclusive as necessidades relativas às interações com unidade local

da RFB e, via Internet, com os contribuintes.

CLÁUSULA SÉTIMA – Os signatários envidarão esforços para integrar ao

SPED os órgãos públicos e demais entidades legalmente envolvidas com os seus

objetivos e finalidades.

CLÁUSULA OITAVA - Qualquer dúvida ou controvérsia sobre a aplicação

das disposições deste Protocolo será dirimida de comum acordo pelos partícipes.

E, por estarem de acordo, os partícipes firmam o presente Protocolo de Cooperação.

São Paulo, 27 de agosto de 2005.

Jorge Antonio Deher Rachid Secretário-Geral da Receita Federal do Brasil

Eduardo Refinetti Guardia Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo

Nilson Nascimento Lima Secretário Municipal de Finanças de Aracaju

Vice-Presidente da Abrasf Orlando Sabino da Costa Filho

Secretário da Fazenda do Estado do Acre Eduardo Henrique Araújo Ferreira

Secretário-Executivo de Fazenda do Estado de Alagoas Rubens Orlando de Miranda Pinto

Secretário da Receita do Estado do Amapá Isper Abrahin Lima

Secretário da Fazenda do Estado do Amazonas Albérico Machado Mascarenhas

Secretário de Fazenda do Estado da Bahia José Maria Martins Mendes

Secretário da Fazenda do Estado do Ceará Valdivino José de Oliveira

Secretário de Fazenda do Distrito Federal José Teófilo Oliveira

Secretário de Estado da Fazenda do Espírito Santo José Paulo Felix Souza Loreiro

Secretário da Fazenda do Estado de Goiás José de Jesus do Rosário Azzolini

Secretário da Fazenda do Estado do Maranhão Waldir Julio Teis

Secretário de Fazenda do Estado de Mato Grosso José Ricardo Pereira Cabral

Secretário de Fazenda do Estado de Mato Grosso do Sul Fuad Jorge Noman Filho

Secretário de Fazenda do Estado de Minas Gerais Maria Rute Tostes da Silva

Secretária-Executiva de Fazenda do Estado do Pará

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Milton Gomes Soares Secretário da Receita do Estado da Paraíba

Heron Arzua Secretário da Fazenda do Estado do Paraná

Maria José Briano Gomes Secretária da Fazenda do Estado de Pernambuco

Antonio Rodrigues de Souza Neto Secretário da Fazenda do Estado do Piauí

Luiz Fernando Victor Secretário de Estado da Receita do Rio de Janeiro

Lina Maria Vieira Secretária da Tributação do Estado de Rio Grande do Norte

Paulo Michelucci Rodrigues Secretário da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul

José Genaro de Andrade Secretário de Estado de Finanças de Rondônia

Carlos Pedrosa Junior Secretário de Estado da Fazenda de Roraima

Lindolfo Weber Secretário de Estado da Fazenda de Santa Catarina em Exercício

Gilmar de Melo Mendes Secretário da Fazenda do Estado de Sergipe

Dorival Roriz Guedes Coelho Secretário da Fazenda do Estado do Tocantins

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Anexo E - Decreto 3000/99

Livro Diário

Art. 258 - Sem prejuízo de exigências especiais da lei, é obrigatório o uso

de Livro Diário, encadernado com folhas numeradas seguidamente, em que

serão

lançados, dia a dia, diretamente ou por reprodução, os atos ou operações da

atividade, ou que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial da

pessoa jurídica (Decreto-Lei nº 486/69, art. 5º).

Parágrafo 1º - Admite-se a escrituração resumida no Diário, por totais que

não excedam ao período de um mês, relativamente a contas cujas operações

sejam

numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados

livros auxiliares para registro individuado e conservados os documentos que

permitam sua perfeita verificação (Decreto-Lei nº 486/69, art. 5º,

Parágrafo 3º).

Parágrafo 2º - Para efeito do disposto no parágrafo anterior, no transporte

dos totais mensais dos livros auxiliares, para o Diário, deve ser feita

referência às páginas em que as operações se encontram lançadas nos livros

auxiliares devidamente registrados.

Parágrafo 3º - A pessoa jurídica que empregar escrituração mecanizada poderá

substituir o Diário e os livros facultativos ou auxiliares por fichas

seguidamente numeradas, mecânica ou tipograficamente (Decreto-Lei nº 486/69,

art. 5º, Parágrafo 1º).

Parágrafo 4º - Os livros ou fichas do Diário, bem como os livros auxiliares

referidos no Parágrafo 1º, deverão conter termos de abertura e de encerramento,

e ser submetidos à autenticação no órgão competente do Registro do Comércio, e,

quando se tratar de sociedade civil, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou

no Cartório de Registro de Títulos e Documentos (Lei nº 3470/58, art. 71, e

Decreto-Lei nº 486/69, art. 5º, Parágrafo 2º).

Parágrafo 5º - Os livros auxiliares, tais como Caixa e Contas-Correntes, que

também poderão ser escriturados em fichas, terão dispensada sua autenticação

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quando as operações a que se reportarem tiverem sido lançadas,

pormenorizadamente, em livros devidamente registrados.

Parágrafo 6º - No caso de substituição do Livro Diário por fichas, a pessoa

jurídica adotará livro próprio para inscrição do balanço e demais demonstrações

financeiras, o qual será autenticado no órgão de registro competente.

Seção V Sistema Escritural Eletrô nico

Art. 265 - As pessoas jurídicas que, de acordo com o balanço encerrado no

período de apuração imediatamente anterior, possuírem patrimônio líquido

superior a um milhão seiscentos e trinta e três mil, setenta e dois reais e

quarenta e quatro centavos e utilizarem sistema de processamento eletrônico de

dados para registrar negócios e atividades econômicas, escriturar livros ou

elaborar documentos de natureza contábil ou fiscal ficarão obrigadas a manter,

em meio magnético ou assemelhado, à disposição da Secretaria da Receita

Federal,

os respectivos arquivos e sistemas durante o prazo de cinco anos (Lei nº

8218/91, art. 11 e Parágrafo 1º, Lei nº 8383, de 1991, art. 3º, inciso II, e Lei

nº 9249, de 1995, art. 30).

Parágrafo único - A Secretaria da Receita Federal expedirá os atos

necessários para estabelecer a forma e o prazo em que os arquivos e sistemas

deverão ser apresentados (Lei nº 8218/91, art. 11, Parágrafo 2º, e Lei nº

8383/91, art. 62).

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DECLARAÇÃO

A empresa PERDIGÃO AGRONDUSTRIAL S/A declara, para os devidos

fins, que o estagiário CÉLIA ANDRÉIA CERON DALABRIDA aluna do Curso de

Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - GESTÃO da Universidade

do Vale do Itajaí, cumpriu com a carga horária prevista para o período de 01/06/2008

a 27/10/2008, seguiu o cronograma estipulado no Projeto de Estágio e respeitou

nossas normas internas.

Itajaí, 02 de Dezembro de 2008

_____________________________________ Laurita Zago

Coordenador Controladoria Fiscal

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Célia Andréia Ceron Dalabrida

Estagiária

Laurita Zago

Supervisora de campo

Prof. Ranieri Angioletti

Orientadora de estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva, MSc

Responsável pelos Estágios em Administração