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O Recurso a Sistemas de Controlo de Fumo para a Mitigação do Risco de Incêndio Autores: Hildebrando Cruz ; João Viegas

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O Recurso a Sistemas de

Controlo de Fumo para a

Mitigação do Risco de

Incêndio

Autores: Hildebrando Cruz; João Viegas

Enquadramento

> Compartimentação Corta-Fogo

Art.º 18.º da Portaria n.º 1532/2008 estabelece as áreas máximas da compartimentação em função da utilização-tipo.

> Controlo de Fumo

Secção V da Portaria n.º 1532/2008 estabelece qual o caudal que têm de ser extraído por lugar de estacionamento, para a condição de incêndio.

Desenvolvimento de um incêndio confinado

Técnica de Controlo de Fumo

>Os meios de desenfumagem são tanto mais eficazes

quanto mais próximo do foco de incêndio é feita a

extração dos gases.

>Os meios de desenfumagem só são verdadeiramente

eficazes quando postos em funcionamento

atempadamente.

Dtperigo ³Dtdeteção +Dtalarme +Dtevacuação

Δtperigo – intervalo de tempo findo o qual podem ocorrer condições letais para os

ocupantes

Controlo de Fumo

>Objetivo

Retardar o incremento da temperatura na zona sinistrada;

Retardar o aquecimento dos combustíveis;

Permitir a existência de condições ambientais para: o Fuga dos ocupantes dos espaços sinistrados;

o Possibilitar uma rápida intervenção das equipas de bombeiros.

Técnica de Controlo de Fumo

>Espaços Confinados

Varrimento

Hieraquia de pressões

Aplicação das Técnicas de Controlo de

Fumo

>Espaços de amplo pé-direito

Número de aberturas por reservatório de fumo

Área das aberturas

o 0,5m2 a 6m2 cada

o 0,3% a 9,3% da área do cantão

Altura dos painéis de cantonamento

o 0,25H se H<6m

o 2m se H>6m

Área dos reservatórios de fumo o 1600m2

Distância máxima entre painéis de cantonamento

o 60m

Aplicação das Técnicas de Controlo de

Fumo

>Controlo de fumo nos pisos dos parques de

estacionamento cobertos

Por meios passivos:

o aberturas de secção não inferior a 0,06 m² por veículo, umas de admissão e

outras de exaustão.

Por meios ativos:

o caudal de 600m³/h/veículo de extração no piso sinistrado;

o admissão de ar nos pisos adjacentes;

o ventiladores resistindo a 400ºC durante 2 hora.

>Tem um carácter prescritivo<

Parques de Estacionamento Cobertos

> Solução regulamentar apresenta algumas dificuldades: implica o encerramento das aberturas

de comunicação;

obriga à implementação de uma rede de condutas;

a compartimentação dificulta a vigilância do parque para proteção dos utentes contra a pequena criminalidade.

> Art.º 14.º do Decreto-Lei n.º 220/208 prevê o enquadramento de Perigosidade Atípica para sistemas inovadores.

Nova Abordagem ao Controlo de Fumo

> Ventilação em parques de estacionamento cobertos destina-se a: realizar o escoamento dos poluentes emitidos pelos veículos para o

exterior

assegurar o controlo de fumo em caso de incêndio

> A ventilação de impulso baseia-se:

na aplicação de ventiladores de impulso suspensos no teto do parque de estacionamento coberto

o como forma de impor o escoamento do fumo com a direção desejada para a sua exaustão,

o limitando o seu escoamento para as zonas que se pretendem proteger.

exaustão do fumo e a insuflação do ar novo são realizadas através de ductos, providos de ventiladores axiais, situados normalmente na periferia do parque.

Nova Abordagem ao Controlo de Fumo

> Não estão claramente definidas as regras de concepção e dimensionamento dos sistemas de ventilação de impulso, pelo que: a avaliação do desempenho passa por uma atividade experimental

casuística; resultado é determinante para a confirmação da segurança do parque

de estacionamento.

> A avaliação do desempenho realizada pelo LNEC tem sido

conduzida em duas etapas: análise do projeto e ensaio em obra.

>Norma Portuguesa CT 46/SC 2/GT 7

Ventiladores de impulso

Fundamentos físicos

>Caraterização do jato

>Decaimento da velocidade no eixo do jato

um0

= u x, r( )máx

=2k0u0r0

x

x

um/2

umo/2

um

umo

bz

by

z

Potencialcore region Fully develop region

y

Ventiladores de impulso

Fundamentos físicos

>Caraterização do jato

>Forma do jato em Y e em Z

x

um/2

umo/2

um

umo

bz

by

z

Potencialcore region Fully develop region

y

u

um

= e-0,693

y

by

æ

è

çç

ö

ø

÷÷

2

um

um0

=1, 48z

bz

æ

èç

ö

ø÷

17

1- erf 0,68z

bz

æ

èç

ö

ø÷

é

ëêê

ù

ûúú

Escoamento em jato de teto

Fundamentos físicos

>Modelo de Alpert (1972)

18,0HrparaH

Q9,16TTT

35

32

18,0Hrpara

H

rQ38,5TTT

32

15,0HrparaHQ96,0u31

15,0Hrparar

HQ195,0u

65

2131

Metodologia de ensaio

> Malha implementada numa área de 18m x28m;

> 2 Ventiladores de impulso assentes numa estrutura elevada;

> 13 anemómetros colocados a diferentes cotas (4 para escoamento não isotérmico);

> Fonte de calor com 750 kW.

y

x

Pool fire

Resultados de Ensaio

> Decaimento da velocidade no eixo do jato

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00

Um

0/

U0

x-x0/d

Experimental Teórico

um0= u x, r( )

máx=

2 ×9,96 ×u0 × r0

x- x0

Resultados de Ensaio

> Perfil de velocidades vertical no eixo do jato

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1

z/b

z

Um/Umo

Experimental Teórico

um

um0

=1, 48z

bz

æ

èç

ö

ø÷

17

1- erf 0,68z

bz

æ

èç

ö

ø÷

é

ëêê

ù

ûúú

Resultados de Ensaio

> Perfil de velocidades horizontal

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

-3 -2 -1 0 1 2 3

U/U

m

y/by

u

um

= e-0,712

y

by

æ

è

çç

ö

ø

÷÷

2

Resultados de Ensaio > Temperaturas

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

0 20 40 60 80 100

Alt

ura

do

ch

ão [

m]

T [ºC]

Coluna 1 - sem VIMP

Coluna 1 - com VIMP

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Alt

ura

do

ch

ão [

m]

T [ºC]

Coluna 3 - sem VIMP

Coluna 3 - com VIMP

y

x

Pool fire

Modelo simplificado de dimensionamento

> Baseia-se nos seguintes princípios

Os ventiladores de impulso são orientados de forma a assegurar o

varrimento de todo o espaço do piso do parque de estacionamento,

existindo admissões de ar a montante e exaustões do fumo a jusante;

Os ventiladores de impulso são dispostos de forma a que o seu

desempenho não seja significativamente afetado pelas paredes e pelas

obstruções internas;

O caudal exaurido deve ser compatível com o funcionamento dos

ventiladores de impulso e com o cenário de incêndio previsível,

assegurando a exaustão do fumo gerado no interior do piso do parque

de estacionamento coberto;

Não deve haver escoamento do fumo para outros pisos do parque de

estacionamento coberto ou para outros locais do edifício;

São conhecidas as caraterísticas dos ventiladores de impulso

(velocidade, raio do bocal de saída e as constantes k e k0)

Modelo simplificado de dimensionamento

>Fundamentos físicos

22 yxy,xr

n

1i

xxk

r2

i

i0i0i0

i

2

2

v65

2131

2

ii

i

exx

r2ukuAt

r

x

r

HQ195,0r,xu

v65

2131

Atr

y

r

HQ195,0r,yv

n

1i

xxk

r2

i

i0i0i0

i

2

65

2131

65

2131

v 2

ii

i

exx

r2ukuD

r

HQ195,0

r

HQ195,0

At

Campo de velocidade de I107 à cota z = 2,01 m e

linhas de corrente do modelo simplificado

Escoamento com fonte de calor

Campo de temperatura de I107 à cota z = 2,01 m

e linhas de corrente do modelo simplificado

Simulações

Campos de velocidade e de temperatura da

simulação I107

Escoamento com fonte de calor

Modelo simplificado de dimensionamento

> Cenário de incêndio Potência calorífica Q=8,0 MW

Diluição do fumo D=0

Número de ventiladores de impulso com malha alinhada 15

Número de ventiladores de impulso com malha alternada 15

Conclusões

> Com estes resultados verifica-se que os ventiladores de impulso têm

potencial para efetuar o controlo de fumo em caso de incêndio;

> As condições ambientais para o combate ao incêndio por parte das equipas

de bombeiros são melhoradas através da redução da temperatura, e do

aumento do campo de visibilidade, mitigando o risco de

propagação/generalização do incêndio;

> As constantes caraterísticas dos jatos a introduzir no modelo simplificado

são bastante diferentes entre ventiladores, o que indicia tratar-se de uma

caraterística própria de cada tipo de construção e, assim, de cada

fabricante;

O Recurso a Sistemas de

Controlo de Fumo para a

Mitigação do Risco de

Incêndio

Obrigado pela atenção!