o rapaz de bronze - trabalho de grupo 6e

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  • 7/23/2019 O Rapaz de Bronze - Trabalho de Grupo 6E

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    Escola EB 2,3 de Jovim Gondomar

    rea de Projecto 6. E

    Ano lectivo 2006/2007 2. e 3. perodo

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    IIIIndcendcendcendce PginaPginaPginaPgina

    Introduo 3I- Ficha de leitura 4II- Biografia e Bibliografia de Sophia M B Andresen 8

    III- Biografia dos Ilustradores dos livros O Rapaz de Bronze 11IV A Mitologia e as flores 16V O Cravo 21VI O Significado de algumas flores 22VII Desenho do Jardim Maravilhoso 24VIII Uma banda desenhada especial 25IX Curiosidades sobre algumas flores 26X O Girassol 33XI Reescrita do Captulo As flores 36Concluso 45Bibliografia 46Anexos 47

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    IIIIntroduontroduontroduontroduo

    Este livro o resultado do trabalho de projecto dos alunos do 6. E iniciado nosegundo perodo do ano lectivo de 2006/2007.

    No primeiro dia de aulas desse perodo foi nos apresentada uma proposta detrabalho que pretendia dar-nos a possibilidade de escolher um livro, a ser lido por todos. Oobjectivo desse trabalho seria aprender a Gostar de Ler (anexo 1). Dividimo-nos em grupo ecada grupo escolheu livremente um livro. Na aula seguinte, nenhum aluno tinha iniciado aleitura do livro escolhido: uns porque no tinham encontrado o livro na biblioteca da escola,outros por variadas razes. As professoras decidiram por isso escolher o livro O Rapaz deBronze de Sophia de Mello Breyner Andresen, que faz parte do Plano Nacional de Leitura edo qual existiam tantos livros na biblioteca quantos os alunos da turma. Lemos o livro,percebemos que se trata de uma personificao, gostmos e concordmos em trabalh-lo.

    Vrias ideias surgiram. Como temos dificuldade em trabalhar em grupo, decidimosque cada um de ns, em par ou sozinho, iria contribuir para o trabalho da turma. Dividimosas tarefas como se pode verificar no anexo 2.

    O resultado est aqui. Fizemos pesquisa na Internet sobre a biografia e bibliografiada autora e a biografia dos ilustradores dos dois livros disponibilizados pela Biblioteca daEscola Jlio Resende e Fedra Santos; Descobrimos curiosidades e o significado de algumasdas flores de que fala o livro - que apresentmos em Powerpoint e que se encontram noanexo 3; Pesquisamos aspectos relacionados com a mitologia das flores; procurmosconhecer melhor caractersticas de algumas flores ou plantas; Transformmos o captulo Asflores em banda desenhada; Desenhmos um jardim de acordo com as sensaes quetivemos ao ler o primeiro captulo do livro; Transcrevemos para dramatizao o captulo Afesta e dividimos as personagens entre ns (Anexo 4); Fizemos uma ficha de leitura;Constatmos que as caractersticas das flores apresentam semelhanas com as das

    pessoas; Pesquismos imagens de todas as flores e algumas plantas referidas no livro ecolmo-las em cartolina que expusemos na nossa sala (1.3). Temos uma fotografia doscartazes no Anexo 5 e uma nossa no Anexo 6.

    Nesta pesquisa procurmos o significado de algumas palavras desconhecidas paramelhor entendermos o texto do livro e das pesquisas que fomos fazendo.

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    IIII ---- Ficha de LeituraFicha de LeituraFicha de LeituraFicha de Leitura do livro de Sophia de Mello B. Andresen O Rapaz de Bronze.do livro de Sophia de Mello B. Andresen O Rapaz de Bronze.do livro de Sophia de Mello B. Andresen O Rapaz de Bronze.do livro de Sophia de Mello B. Andresen O Rapaz de Bronze.

    A ficha de leitura de um livro um material importante para o seu estudo, porque

    podemos registar informaes gerais sobre a obra a que se refere, anotaesparticulares, snteses do assunto, e muitos outros dados. Do Rapaz de Bronzefazemos os registos seguintes:

    1. Dados bibliogrficos

    Autor: Sophia de Mello Breyner AndresenTtulo: O Rapaz de BronzeEditora: Edies Salamandra, Lda; FigueirinhasColeco:Lugar e data da edio: Lisboa,1996;

    2. Dados sobre a obra

    A. Gnero: O Rapaz de Bronze um conto em prosa destinado a crianas e jovens

    B. Tema principal: O comportamento e os sentimentos das flores

    C. Personagens principais: Gladolo; Rapaz de Bronze e Florinda

    O Gladoloera uma flor muito mundana, um snob que ansiava ser colhido

    para ser colocado numa jarra da sala onde a dona da casa dava as suas festas.Achava que era superior a quase todas as outras flores. Tinha sempre uma crtica afazer, um comentrio por vezes desagradvel sobre as outras flores. Por exemplo,para o gladolo as rosas eram flores sentimentais e fora de moda; os cravoscheiravam a dentista; tinham grande desprezo pelas papoilas e pelos girassis;diziam que as flores da urze e do tojo do pinhal no eram flores mas uma espciede ervas cheias de picos; admiravam secretamente as camlias porque no tinhamperfume mas achavam que eram esquisitas e irritantes; as flores estrangeiras daestufa a Orqudea e a Begnia - eram muito consideradas pelos gladolos, mas,como infelizmente saam pouco noite com medo de se constipar, o gladolo iamuitas vezes visit-las; as tulipas eram as flores que o Gladolo amava e tinha uma

    admirao sem limites, chegava a ser subserviente e a pr de parte a sua vaidade.O nico desgosto que tinha era no ser tulipa porque as tulipas so caras, raras emuito bem vestidas e descendem em linha recta das tulipas holandesas doPrncipe de Orange; detestavam a flor de muguet por ser uma flor toexibicionista!,uma flor escondida () pequenina e branca e ter um perfumemaravilhoso e mais belo que o perfume dos nardos que na Primavera o vento datarde leva consigo e espalha o seu perfume no jardim todo.

    O Rapaz de Bronzeera uma esttua feita de bronze que vivia na Clareirados Pltanos - no centro da ilha muito pequena e feita de pedregulhos no lagoredondo do pequeno jardim rodeado de rvores altssimas que o cobriam com os

    seus ramos e que ficava entre o roseiral e o parque. Durante o dia o Rapaz deBronze no se podia mexer, mas durante a noite falava, mexia, caminhava,danava e era ele quem mandava nos jardins, no parque, no pinhal, nos pomares e

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    no campo. Era o senhor do jardim e o rei da noite. Considerava que todas as floreseram bonitas, que tudo era uma festa: o orvalho da manh; a luz do sol; a brisa datarde; a sombra da noite.

    Florindatinha sete anos e era filha do jardineiro; era parecida com as flores

    pois tinha os cabelos loiros como a cabeleira do Girassol; olhos azuis como duasvioletas; mos brancas e finas como duas camlias; pele fresca e macia como umarosa e a boca vermelha como um cravo. Enquanto esteve sentada na beira da jarraria e batia palmas de alegria ao ver as flores sua volta a danar e a formar figurasgeomtricas que a encantavam. As pessoas no acreditavam quando ela dizia quetinha visto as folhas da tlia a fazer sinais umas s outras e as tinha ouvido aconversar contando segredos. Se fosse flor gostaria de ser Flor de Muguet para sepoder esconder na erva dentro de duas folhas verdes.

    D. Lugar: Jardim maravilhoso e Clareira dos Pltanos

    Tempo da aco: Vrios dias e uma Noite de lua cheia

    E. Resumo do assunto da obra.

    A obra O Rapaz de Bronze est dividida em quatro captulos: As flores; Ogladolo; Florinda e a Festa.

    No primeiro captulo intitulado As flores somos levados para um jardimmaravilhoso cheio de tlias, btulas, carvalhos, magnlias e pltanos. Nesse jardimhavia roseirais, jardins de buxo, pomares, ruas muito compridas entre muros decamlias. Tinha ainda uma estufa cheia de avencas; um grande parque com

    pltanos, lagos, grutas e morangos silvestres; um campo de trigo e papoilas e umpinhal onde cresciam urzes e fetos entre mimosas e pinheiros. Havia um canteirode gladolos no lugar mais chique de um dos jardins de buxo.

    Os gladolos so-nos apresentados como seres que se consideram superioresa quase todas as flores excepto das tulipas a quem amavam, por quem tinham umaconsiderao sem limites, porque elas eram caras, raras e estavam sempre bemvestidas. Os gladolos tinham um nico desgosto na sua vida: no serem tulipas.Detestavam a flor de muguet porque o perfume destas flores levado pelo ventoanuncia a Primavera.

    No segundo captulo- O gladolo -nos contado que nascera um gladoloainda mais mundano que todos os outros; que o seu nico desejo era ser colhidopelo jardineiro para ser colocado nas jarras que enfeitavam as salas das festas quea dona da casa costumava dar. Quando descobriu que to cedo no iria ser cortadopois a sua dona j estava farta de ver gladolos em todas as festas a que ia, o seucorao ficou cheio de pena de no ter sido colhido.

    Depois de espreitar a festa que decorria na casa dos seus donos sentadoentre as folhas dos ramos de um Carvalho, de saber informaes sobre alguns dosconvidados e depois da festa ter terminado, decidiu dar, noite, uma festa deflores igual s festas das pessoas. Aconselhado pelo Carvalho, teve de pedir licena

    ao Rapaz de Bronze para realizar essa festa.

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    O Rapaz de Bronze era uma esttua que de dia no se mexia mas que noite falava, caminhava e danava. Era o rei do jardim e da noite, o senhor dosparques, do pinhal, dos pomares e do campo e todas as rvores, animais e plantaslhe obedeciam. O Rapaz de Bronze acabou por autorizar a realizao da festa duasnoites depois, porque, apesar de pensar que tudo era uma festa para ele e todos no

    jardim, viu que o Gladolo estava muito triste e teve pena dele.Depois de ter autorizao do Rapaz de Bronze, o Gladolo ao colo do vento foi

    ter com as flores da estufa e os trs Gladolo, Begnia e Orqudea discutirammuito para saber quem deveria fazer parte da Comisso Organizadora do GrandeBaile de Flores - eles os trs, a Tulipa, o Cravo e a Rosa.

    O terceiro captulo Florinda comea por nos dizer que a pedido doGladolo, a Tulipa, o Cravo e a Rosa foram informadas na manh seguinte pelasborboletas de que faziam parte da Comisso Organizadora do Grande Baile e quedeveriam encontrar-se nessa noite no jardim do Rapaz de Bronze para se organizar

    a festa.A Comisso discutiu entre si e acordou o nmero de famlias (espcies) de

    flores a convidar porque todos os elementos da comisso levavam j listas com onome das famlias trinta e seis famlias; o lugar exacto da realizao da festa Clareira dos Pltanos; a ornamentao da clareira pr uma fileira de pirilampos roda do lago - e convidar uma pessoa para enfeitar a jarra de pedra que existia naclareira e que se encontrava vazia a Florinda, a filha do jardineiro porque se aspessoas, nas festas de pessoas, pem flores nas jarras, as flores nas festas deflores devem pr pessoas nas jarras disse o Rapaz de Bronze e todosconcordaram.

    O quarto captulo A festa comea com o convite apresentado pelorouxinol Florinda para ir festa maravilhosa. Quando chegaram ao princpio doparque, Florinda hesitou com medo. O Rapaz de Bronze apareceu e acalmou-adizendo-lhe que tomaria conta dela. Na clareira quando o Rapaz de Bronze indicouo lugar a Florinda porque ela parecia uma flor, Florinda riu e deixou-se pegar aocolo para ser colocada na jarra de pedra. Florinda estava feliz e batia palmas dealegria ao ver as danas maravilhosas das flores e ao ouvir as explicaes do Rapazde Bronze sobre as figuras geomtricas que as flores faziam a danar.

    O Gladolo era a nica flor que ainda no danara. Estava preocupado com o

    atraso da Tulipa (estes atrasos da Tulipa eram habituais). A Tulipa chegou no fimda terceira dana. Mal a viu, o Gladolo precipitou-se para ela e convidou-a paradanar. A Tulipa recusou todos os convites para danar, mas a nica flor que ficouao seu lado a fazer conversa foi o Gladolo, apesar da Tulipa no fazer nenhumesforo para o ouvir.

    Quando a Tulipa sentiu e viu o Nardo aceitou sem hesitar danar trs danasseguidas para espanto do Gladolo que se preocupara com a Tulipa e a possibilidadedela se vir a sentir mal com o perfume forte e enjoativo do Nardo. Este deixou aTulipa logo que sentiu o perfume maravilhoso da Flor de Muguet. A Tulipa nodanou mais e o Gladolo ficou sempre a seu lado.

    Florinda foi quem mais se divertiu. O Rapaz de Bronze foi deit-laadormecida. No outro dia, Florinda contou s suas amigas sobre a festa mas como

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    nenhuma acreditou, comeou a pensar que talvez tivesse sido um sonho comodiziam as suas amigas.

    Alguns anos mais tarde, tinha a Florinda quinze voltou a falar com o Rapazde Bronze que lhe disse que As coisas extraordinrias e as coisas fantsticas

    tambm so verdadeiras. Porque h um pas que a noite e um pas que o dia.

    3. Avaliao da obra

    O ttulo deste livro tem a ver com a esttua feita de bronze que tinha vidadurante a noite.

    Aprendemos pelo menos duas palavras novas: mundano e snob que so osadjectivos que melhor caracterizam o Gladolo. Mundano significa algum que gostade festas, das aparncias, que olha s para o exterior das pessoas. Snob sinnimo de mundano.

    O Rapaz de Bronze revela-nos atravs das caractersticas das floresaspectos de personalidade das pessoas e valoriza a beleza e a simplicidade daNatureza. Podemos todos dizer como a Florinda: Como o mundo maravilhoso!

    De toda a obra, gostamos do quarto captulo: A Festa de que fizemos areescrita.

    Pela forma como so feitas as descries, o que nos dito nos dilogos ecomo somos capazes de imaginar toda a histria, classificamos em dez, numaescala de 1 a 10 pontos esta obra.

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    IIIIIIII BBBBiografia e bibliografia de Sophia de Mello Breyner Andreseniografia e bibliografia de Sophia de Mello Breyner Andreseniografia e bibliografia de Sophia de Mello Breyner Andreseniografia e bibliografia de Sophia de Mello Breyner Andresen

    Sophia de Mello Breyner Andresen , sem sombra de dvida, um dos maiores poetasportugueses contemporneos um nome que se transformou, em sinnimo de Poesia e demusa da prpria poesia.

    Sophia nasceu no Porto, em 1919, no seio de uma famlia aristocrtica. A suainfncia e adolescncia decorrem entre o Porto e Lisboa, onde cursou Filologia Clssica.

    Aps o casamento com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, fixa-se emLisboa, passando a dividir a sua actividade entre a poesia e a actividade cvica, tendo sidonotria activista contra o regime de Salazar. A sua poesia ergue-se como a voz daliberdade, especialmente em "O Livro Sexto".

    Foi scia fundadora da "Comisso Nacional de Socorro aos Presos Polticos"e a suainterveno cvica foi uma constante, mesmo aps a Revoluo de Abril de 1974, tendo sidoDeputada Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista.

    Profundamente mediterrnica na sua tonalidade, a linguagem potica de Sophia deMello Breyner denota, para alm da slida cultura clssica da autora e da sua paixo pela

    cultura grega, a pureza e a transparncia da palavra na sua relao da linguagem com ascoisas, a luminosidade de um mundo onde intelecto e ritmo se harmonizam na formameldica, perfeita, do poema.

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    Luz, verticalidade e magia esto, alis, sempre presentes na obra de Sophia, quer naobra potica, quer na importante obra para crianas que, inicialmente destinada aos seuscinco filhos, rapidamente se transformou em clssico da literatura infantil em Portugal,marcando sucessivas geraes de jovens leitores com ttulos como "O Rapaz de Bronze", "AFada Oriana" ou "A Menina do Mar".

    Sophia ainda tradutora para portugus de obras de Claudel, Dante, Shakespeare eEurpedes, tendo sido condecorada pelo governo italiano pela sua traduo de "OPurgatrio".

    Faleceu em Lisboa a 2 de Julho de 2004.

    Poesia, Coimbra, ed. Da autora (3 ed., Lisboa, tica, 1975), 1944.

    Dia do Mar, Lisboa, tica, 1947.

    Coral, Porto, Livraria Simes Lopes (2 ed., ilustrada por Escada, Lisboa, Portuglia, 1968,3 ed., 1950.

    Tempo Dividido, Lisboa, Guimares Editores, 1954.

    Mar Novo, Lisboa, Guimares Editores, 1958.

    Cristo Cigano, ilustrado por Jlio Pomar, s.l., Minotauro (2 ed., Lisboa, Morais, 1978),1961.

    Livro Sexto, s.l. [Lisboa], Salamandra, 1962.

    Geografia, Lisboa, tica (3 ed., Lisboa, Salamandra), 1967.

    Antologia, Lisboa, Portuglia (5 ed., aumentada com prefcio de Eduardo Loureno, Porto,Figueirinhas), 1968.

    Grades Antologia de Poemas de Resistncia, Lisboa, Publicaes D. Quixote, 1970.

    11 Poemas, Lisboa, Movimento, 1971.

    Dual, Lisboa, Morais Editores (3 ed., Lisboa, Salamandra, 1986), 1972.

    O Nome das Coisas, Lisboa, Moraes Editores (2 ed., Lisboa, Salamandra, 1986), 1977.

    Poemas Escolhidos, Lisboa, Crculo de Leitores, 1981.

    Navegaes, Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda (2 ed., Lisboa, Caminho), 1983.

    No Tempo e Mar Novo, 2 ed., revista e ampliada, Lisboa, Salamandra, 1985.

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    Antologia, Porto, Figueirinhas, 1985.

    Ilhas, Lisboa, Texto Editora, 1989.

    Obra Potica, vol. I, Lisboa, Caminho, 1990.

    Obra Potica, vol. II, Lisboa, Caminho, 1991.

    Obra Potica, vol. III, Lisboa, Caminho, 1991.

    Obra Potica I, Lisboa, Crculo de Leitores, 1992.

    Obra Potica II, Lisboa, Crculo de Leitores, 1992.

    Musa, Lisboa, Caminho, 1994.

    Signo Escolha de Poemas, Lisboa, Casa Pessoa, 1994.

    O Bzio de Cs e Outros Poemas, Lisboa, Caminho, 1997.

    Prosa

    Rapaz de Bronze (O), Lisboa, Minotauro (2 ed., Lisboa, Moraes, 1978), 1956.

    Menina do Mar (A), Porto, Figueirinhas (17ed., 1984), 1958.

    A Fada Oriana, Porto, Figueirinhas (l2ed., 1983), 1958.

    Noite de Natal, Lisboa, tica, 1960.

    Contos Exemplares, Lisboa, Moraes (23ed., prefcio de Antnio Ferreira Gomes, Porto,Figueirinhas, 1990), 1962.

    Cavaleiro da Dinamarca (O), Porto, Figueirinhas (21 ed., 1984), 1964.

    Os Trs Reis do Oriente, desenhos de Manuel Lapa, s.l., Estdio Cor, 1965.

    Floresta (A), Porto, Figueirinhas (16 ed., 1983), 1968. Tesouro, Porto, Figueirinhas, 1978.

    Contos: 1979, ilustradora de Vieira da Silva, Lisboa, Galeria So Mamede, 1979. Histriasda Terra e do Mar, Lisboa, Salamandra (3ed., Lisboa, Texto Editora, 1989), 1984.

    rvore (A), Porto, Figueirinhas (3 ed., 1987), 1985. hEra Uma Vez Uma Praia Lusitana,Lisboa, Expo 98, 1997.

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    Este trabalho foi divertido. Gostamos do nosso trabalho em grupo. Escolhemos estetrabalho para ficar a conhecer melhor a autora de O Rapaz de Bronze.

    Pedro e Daniela

    IIIIIIIIIIII ---- Dados biogrficos dos ilustradores do livro O rapaz de Bronze de Sophia de MelloDados biogrficos dos ilustradores do livro O rapaz de Bronze de Sophia de MelloDados biogrficos dos ilustradores do livro O rapaz de Bronze de Sophia de MelloDados biogrficos dos ilustradores do livro O rapaz de Bronze de Sophia de Mello

    BreynerBreynerBreynerBreyner

    Em rea de Projecto lemos o livro O Rapaz de Bronze em exemplares cedidos pelaBiblioteca da nossa escola. Deparmos com duas edies diferentes e ilustradoresdiferentes.

    Resolvemos conhecer os ilustradores: Jlio Resende ilustrador do livro publicadopelas edies Salamandra e Fedra Santos ilustradora do livro publicado pela Figueirinhas.

    A - Biografia de Jlio Resende

    Jovem

    Jlio Resende um pintor portugus que nasceu em 23-10-1917 no Porto.Frequentou a Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Iniciou sua actividade artstica comoilustrador em semanrios infantis e na imprensa diria.

    Na dcada de 1940, as passagens por Madrid, onde teve contacto com as obras deGoya, e posteriormente por Paris iro influenciar a sua obra de estilo expressionista. Foi

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    tambm marcado pelo cubismo de Picasso, pois os seus quadros apresentam uma pinturadinmica e geomtrica, que caminha para a abstraco.

    Destaca-se tambm o carcter social de muitos de seus quadros sobre o Alentejopintados entre 1950 e 1951. Na mudana do Alentejo para o Porto ir produzir telas comuma pincelada mais solta e leve, em que a temtica do trabalho e a vertente social se

    mantm como aspecto dominante.

    Tem uma fundao, sedeada em Valbom no concelho de Gondomar, O Lugar doDesenho onde expe as suas obras e as de outros artistas. Neste momento decorre naGaleria Jornal de Notcias, no Porto, uma exposio deste artista.

    A.1 - Aspectos relevantes da sua biografia

    Em 1949/1950 foi professor numa pequena escola de cermica em Viana do AlentejoNo ano 1951 Resende fixa-se no Porto mantendo actividades docentes no ensinosecundrio. Em 1959 criou dois paneis cermicos para o Hospital de S. Joo, no Porto. Em1962 prestou provas pblicas para a cadeira de Professores na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. No ano 1981 executa os vitrais para a Igreja Nossa Senhora da Boavista noporto. criado em 1993 0 Lugar do Desenho - Fundao Jlio Resende.

    Ao longo da sua vida artstica tem realizado exposies de vria ndole:

    - individuais em vrias cidades portuguesas, em vrios pases europeus como Noruega,Espanha, Holanda, Frana e Blgica. Realizou ainda exposies individuais no Brasil, CaboVerde e Macau;

    - colectivas em Goa, Angola, Itlia, Brasil, Moambique, Estados Unidos, Blgica, Espanha e

    Rssia.

    As suas obras podem ser observadas em vrios museus nacionais - tais como oMuseu Nacional de Soares dos Reis, Porto, o Museu Regional de vora, o Museu de Ovar, oMuseu Amadeo de Souza-Cardoso, Amarante, o Museu de Arte Contempornea e o Centrode Arte Moderna da Fundao Calouste Gulbenkian, em Lisboa e estrangeiros -Museu deArte Moderna de S. Paulo, Brasil Museu de Helsnquia, Finlndia; Museu de AalesundKunstforening, Noruega; Biblioteca Real Alberto I, Bruxelas, Gabinete de Estampas deAnturpia Sede da UNESCO, Paris e Museu Martimo de Macau.

    Sobre as suas obras, destacmos alguns dos mais recentes dos seus inmeroscatlogos das suas exposies:

    "Uma Retrospectiva";, 1997; texto de Laura Castro"Pinturas"; na Cordeiros Galeria 1998; texto do autor"Goa l'odeur couleur"; na Galeria de L'Htel de Ville de Saint-Gilles, Bruxelas, 1999"Cr de Goa";, no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, Aveiro, 2000; texto de VascoBranco"Resende 1947/2000"; no Museu de arte Moderna Alosio Magalhes, recife, 2000; texto deLaura Castro

    Existem ainda obras de carcter monogrfico sobre Jlio Resende tais como:1954 Nobre, Roberto, Jlio Resende, Publicaes de Arte Contempornea, N 1, Porto1957 Frana, Augusto, Resende - Obras de 1946 a 1957, Lisboa1963 Pernes, Fernando, Jlio Resende, s/1, Ed. Artis1981 Andrade, Eugnio, Jlio Resende entre a Angstia e a Esperana, Ed. Oiro do Dia,Porto1982 Moura, Vasco Graa, Jlio Resende - Um Itinerrio, s/1, Imprensa Nacional Casa daMoeda, Lisboa

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    1987 Resende, Jlio, Autobiografia, Ed. O Jornal, Lisboa1989 Mota, Arsnio e Chaves, Joaquim Matos, Jlio Resende, Arte como/Vida, Ed.Civilizao, Porto1989 Resende; Jlio, L'Art et la Destine de l'Homme, Ed. Awlsk, Bruxelas1989 Andrade, Eugnio, Resende - Ribeira Negra, Ed. Lugar do Desenho, Porto1992 Pedroso, J.M. Consiglieri, Jlio Resende, Ed. Metropolitano de Lisboa, Lisboa

    1993 Andrade, Eugnio e Resende, Jlio, Lugar do Desenho, Ed. Grupo BPI, Porto1996 Botelho, Margarida, Sete Rios, Ed. Metropolitano de Lisboa, Lisboa

    BBBB---- BBBBiografia de Fedra Santosiografia de Fedra Santosiografia de Fedra Santosiografia de Fedra Santos

    Fedra Santos a ilustradora do livro O rapaz deBronze escrito por Sophia de Mello Breyner, publicado pelasedies Figueirinhas, em 2006.

    Porque quisemos saber mais sobre esta ilustradora,pesquismos na Internet e encontrmos uma entrevistarealizada por alunos da escola EB1 de Santa Susana e

    divulgada no jornal Jornalito do Lince. Com base nessaentrevista, descobrimos o seguinte:

    Fedra Santos nasceu em 12 de Dezembro de 1979 em Freamunde, perto de Paos deFerreira, onde ainda vive com os seus pais. Concluiu em 2002 a Licenciatura em Design deComunicao na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Formou com uma dassuas melhores amigas e colega da faculdade uma pequena empresa chamada Furtacores,Design e Comunicao. O nome Furtacores tem a ver com a ideia de que pretendem furtaras cores do ambiente para os trabalhos a executar. Como no tm atelier trabalham emcasa.

    Fedra l mais livros infantis agora em adulta do que quando era pequena porque ataos 8 anos, s gostava dos livros de banda desenhada, principalmente da Turma da Mnica.Eram histrias com muito bom humor e no lhes faltavam desenhos (at passava horas acopiar os desenhos para papel vegetal, tinha dezenas e dezenas de folhas com desenhos).No dia em que fez 8 anos, ofereceram-lhe um livro chamado "Os desastres de Sofia" daCondessa de Sgur e gostou tanto que comeou a ler livros "sem desenhos". Agora andasempre a descobrir livros novos.

    Gostou muito de ler "A bola e o goleiro" do Jorge Amado e de todos os livros doRoald Dahl (o escritor do "Charlie e a Fbrica de Chocolate"). Dos juvenis, adora os livros doHarry Potter. Mas o melhor livro de sempre da literatura juvenil a "A HistriaInterminvel" que considera Lindo, lindo!

    O livro at agora que mais gostou mesmo muito de ilustrar foi "Jabiraco Uma

    aventura no tempo do ona" porque sobre um co muito feio e muito chato (mas acoisinha mais amorosa que pode existir!). O dono tenta livrar-se dele mas o Jabiraco voltasempre para casa. delicioso! Alm deste, gostou de ilustrar "O livrinho dos versos para rir"porque se fartava de rir com os versos e com os desenhos que tinha que inventar.

    Quando uma ilustrao no sai bem, guarda-a normalmente porque mais tarde aindapode modific-la para outra coisa qualquer. No se costuma enganar muito porque, quandocomea uma ilustrao, j vai com uma ideia mais ou menos precisa na cabea. Nem fazmuitos esboos, a no ser que seja para estudar alguma personagem (como o Jabiraco, porexemplo, que era o heri da histria e tinha que ser bem pensado). Normalmente, desenhadirectamente no papel de aguarela. J lhe aconteceu ter dado uma cotovelada no frasco datinta e ela despejar-se em cima da ilustrao. E isso mesmo muito mau, como se pode

    imaginar!

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    H livros em que demora mais tempo a decidir que tipo de desenho vai fazer. Porexemplo, no livro "O Rapaz de Bronze" da Sophia de Mello Breyner Andresen demoroualgum tempo a comear porque sentiu uma responsabilidade muito grande! muito maisfcil ilustrar quando se faz as coisas espontaneamente sem pensarmos no que os outros vodizer.

    O ltimo livro que ilustrou foi "O Livrinho dos Provrbios" e o primeiro foi "Os DoisFradinhos".

    Primeiro faz o desenho a lpis (costuma usar minas 2B porque o trao do lpis ficamais forte e sensvel presso, mas ao mesmo tempo se quiser apagar no deixa tantasmarcas). Depois, costuma pintar com umas tintas de aguarela j misturadas em guachamadas Ecolines que tm umas cores muito fortes.Mas j experimentou outras tcnicas como o lpis de cor, os pastis, o acrlico, pintar acomputador. As ecolines so a tinta que domina melhor.

    Tambm acontece, por vezes, acrescentar alguns pormenores no computador, comopor exemplo pr brilhos. Alm de ilustradora, designer, portanto entrega os seus livros

    praticamente prontos s editoras. Ou seja, alm de fazer as ilustraes, decide onde queelas vo ficar, que tipo de letra vai usar, de que cor vo ser as pginas, todas essas coisas.

    Em pequena, gostava de todos os contos de fadas que vocs conhecem,principalmente da Branca de Neve e Gata Borralheira e desde pequena que desenha e fazbanda desenhada para si destas duas histrias. At agora, ainda no fez para nenhum livro.Mas ainda no perdeu a esperana que elas surjam um dia destes!

    A histria da Branca de Neve chegou a fazer-lhe medo porque tinha um pavor dodesenho da bruxa do livro da Walt Disney! Ainda se lembra de ter mais ou menos dois anose andar a correr pela casa fora a fugir da bruxa porque pensava que ela vinha atrs dela!

    A ilustrao uma das melhores formas de cativar crianas (e tambm adultos) paraum livro. No fundo, a ilustrao uma maneira diferente de contar uma histria e quefunciona de uma forma mais imediata do que a escrita. Olhamos para uma ilustrao e issofaz-nos logo tentar adivinhar sobre o que ser a histria, pe-nos logo a imaginao atrabalhar. Alm disso, no precisamos de esperar para "aprender a ler" ilustraes, no ?At um beb, sua maneira, consegue "ler" uma ilustrao. E, tal como quando lemos umahistria, medida que crescemos, vamos vendo coisas diferentes nas ilustraes.

    Quando comea o desenho a lpis, prefere estar sozinha para poder pensar melhor.Quando comea a pintar, j no se importa nada de ter companhia, at gosta de poder irperguntando algumas opinies. S no gosta que estejam por trs dela a espreitar por cimado ombro.

    s vezes enquanto trabalha ouve msica ou deixa a televiso ligada e "ouve" filmesou "ouve" vdeos na Internet. Mas, por vezes, tambm fica em silncio. Depende muito dadisposio. A msica que ouve vai desde a clssica, passando por jazz, pop, bandassonoras, msica alternativa. Gosta muito de Nina Simone e Antony and the Johnsons.

    Se entrasse numa banda desenhada, gostaria, como quase todas as pessoas, de seruma super-herona e de pr este mundo "nos eixos"! Se tivesse que se ilustrar, seria umasuper-herona mesmo, mesmo, mas mesmo muito bonita!

    Sempre gostou muito de desenhar, desde pequenina. Mas nunca se questionou deonde apareciam as ilustraes dos livros ou que havia uma profisso de ilustrador. Sempregostou da ideia de fazer desenhos animados mas nunca pensara em desenhar para livros.

    Entretanto, quando entrou para a Faculdade de Belas Artes comeou a prestar mais atenoa essas coisas e no seu 3 ano teve como professor um grande ilustrador portugus,Antnio Modesto, que a fez ficar mais alerta para o mundo da ilustrao. No 5 ano, acabou

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    por decidir fazer um projecto final da faculdade muito ligado ilustrao que correu muitobem.

    Depois de concluda a faculdade, enviou uns mails para editoras a dizer-lhes queexistia e que gostava de fazer algum trabalho. Teve a sorte de receber uma resposta daeditora Campo das Letras que a deixou escolher um conto popular para iniciar uma

    coleco chamada "Novos ilustradores". Escolheu "Os dois fradinhos". Depois disso, ostrabalhos foram sempre surgindo, primeiro s na Campo das Letras e depois noutraseditoras.

    Teve tambm a sorte de conhecer o escritor Viale Moutinho e de se tornaremamigos. J ilustrou uma data de livros dele e ele tem sempre novos projectos em mos!Nunca est parado!

    Est a ilustrar um livro chamado "As Sete Cidades do Arco-ris", da Vera SantosSilva. a histria de um menino que est s e quer encontrar outras crianas como ele.Para as encontrar vai pelo ar, num grande balo, e visita as sete cidades do arco-ris. Comodevem estar a adivinhar, vai ser um livro muito colorido.

    Alm de O Rapaz de Bronze j ilustrou entre outros os seguintes livros: Braga - EraUma Vez Uma Cidade, Cavalo do Leno Amarelo Perigoso, Os Dois Fradinhos, Histria deCantarina Cantora, Jabiraco - Uma aventura canina nos tempos do Ona, Labirinto deLuana, Linguagens e Animal - O Gatil da Lua Gata, Nove Contos de Natal, A Revoluo dasLetras, Segredos do Homem-Golfinho, Segredos em Terras de Cavalos & Unicrnios, OSegredo Maior - Canes a Brincar, Tenho Uma Ideia, Tubares, Crocodilos e Cavalos-Marinhos, O Livrinho das Lengalengas, O Livrinho das Adivinhas, O Livrinho dos Contos doAlto Douro.

    CONCLUSO

    Adoramos fazer este trabalho que nos ensinou coisas novas e aprendemos maissobre ilustraes. Carlos e Francisco

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    IIIIVVVV A MitologiaA MitologiaA MitologiaA Mitologia e as florese as florese as florese as flores

    a - Introduo

    A palavra mitologia frequentemente associada s descries de religies hojequase extintas e fundadas por sociedade antigas como a Mitologia Romana, a MitologiaGrega, a Mitologia Egpcia e a Mitologia Nrdica.

    Os mitos so, geralmente, histrias baseadas em tradies e lendas feitas paraexplicar o universo, a criao do mundo, fenmenos naturais e qualquer outra coisa que no

    se consegue explicar doutra forma mais simples. Mas nem todos os mitos pretendem daressas explicaes. Em comum, a maioria dos mitos envolvem uma fora sobrenatural ouuma divindade. Alguns mitos so apenas lendas passadas oralmente de gerao emgerao.

    Algumas pessoas usam as palavras mito e mitologia para desacreditar as histrias deuma ou mais religies. Pessoas de muitas religies consideram ofensa que a sua f sejacaracterizada como um conjunto de mitos, pois isso afirmar que a religio em si umamentira. Mesmo assim, muitas pessoas concordam que cada religio tem um grupo demitos que se desenvolveram em simultneo com as escrituras.

    As flores encontram-se ligadas a esses mitos e mitologias. Como a obra O Rapaz de

    Bronze de Sophia de Mello Breyner Andresen est recheada de diversas flores,considermos interessante conhecer caractersticas mitolgicas, lendrias e simblicas dealgumas dessas flores.

    b - A Mitologia de algumas Flores

    Na China, as magnlias so utilizadas para proteger Buda, por isso, so cultivadas volta dos templos budistas. As flores da Magnlia so excelentes presentes quando ainteno mandar mensagens de fora, amor natureza, simpatia, dignidade,perseverana e nobreza.

    As rosas esto entre as flores mais antigas a serem cultivadas. A literatura indicaque elas sempre estiveram nos jardins dos gregos, dos romanos e do povo da Babilnia.Muitas variedades foram perdidas durante a queda do imprio romano e a invasomuulmana da Europa. Na China, no sculo V a.C., acreditava-se que o leo extrado dasrosas tinha poderes e, portanto, s poderia ser usado pela nobreza. Se algum plebeu elemento do povo - fosse encontrado com uma mnima poro deste elixir era condenado morte.

    Foi na era Vitoriana no reinado da rainha Vitria no Reino Unido - que surgiu achamada linguagem das rosas, quando cada cor passou a simbolizar um sentimento.

    Um grande escritor ingls chamado William Shakespeare na sua obra mundialmenteconhecida Romeu e Julieta refere-se rosa como Aquilo a que chammos de rosa, comoutro nome seria igualmente doce.

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    A Rosa considerada a rainha das flores, e o nome vem do latim, "rosa", e do grego"rhodon". Segundo uma lenda grega, a deusa das flores, Chloris, criou a rosa a partir docorpo de uma ninfa encontrada num bosque. Afrodite deu-lhe a beleza, Dionsio deu-lhe onctar e Apolo poliu e fez florescer essa flor soberana. Dessas trs graas nasceu a flor dasflores: a rosa.

    Os romanos diziam que uma bela mulher, chamada Rodanthe, tinha muitospretendentes, mas no se quis casar com nenhum deles. Desprezados, eles invadiram acasa de Rodanthe com muita violncia. A deusa Diana no gostou do episdio e transformoua mulher em flor e os seus pretendentes em espinhos.

    A lenda grega conta que a rosa filha do borrifo que nasceu do sorriso de Eros. tambm vista como smbolo da virtude e do pecado como se pode verificar neste excerto:Invoco o grande, o puro, o terno e grandioso amor, o deus alado, arqueiro, gil eardente...

    A rosa considerada a mais romntica das flores. As suas diferentes cores tmmuitos significados que se tornam especiais e mgicos a cada momento. Por exemplo: as

    rosas vermelhas simbolizam o amor; as brancas, a paz; as amarelas, a amizade; a rosarepresenta o amor e as suas diferentes manifestaes. As flores de cores vermelhas sofortes e esto associadas ao amor intenso, paixo, ao excessivo, ao arrebatador. Umatonalidade muito escurecida de rosa normalmente usada nos perodos de luto. A rosa decor amarela representa amizade e felicidade, mas tambm pode indicar dvidas ou cimes.J a rosa laranja transmite a ideia de fascnio ou encanto. A rosa rosa tambm diz respeito amizade, mas de certa forma est tambm ligada ao carinho, gratido, doura e charme.As flores de tom rosa claro das rosas so entendidas como uma gentileza. A rosa chrepresenta respeito e admirao; a rosa branca quer dizer pureza e paz; e a rosachampagne exprime admirao, simpatia, prazer e reverncia.

    Para oferecer de presente as senhoras de idade, aconselha-se rosas rosas, laranjas,

    amarelas, rosas-ch e champagnes. As rosas brancas so as mais apropriadas parapresentear moas jovens, mas tambm servem as rosas rosas ou amarelas. As rosasvermelhas devero ser reservadas para demonstrar que se est apaixonado.

    Outros significados das rosas surgem ainda conforme elas se apresentam ou semisturam: um ramo (bouquet) repleto de rosas significa gratido; um cacho de rosasrepresenta encanto; uma coroa uma recompensa por mrito; rosas vermelhas e brancasrepresentam unio e harmonia; as amarelas com vermelhas significam alegria; vermelhas erosadas representam o amor apaixonado; quando coloridas com tons claros representamamizade e solidariedade; coloridas com as vermelhas em destaque representam amor feliz;rosas sem espinhos falam de amor primeira vista; e uma solitria rosa diz simplesmente:

    amo-te.

    As Avencas tm um segredo. Carregam a fama de espantar mau-olhado: dizem queso capazes de absorver as energias negativas e murcham, dando sinal de que h alguminvejoso no ambiente. Algumas variedades so usadas at na medicina popular comocalmante para a tosse ou problemas no couro cabeludo. Mas principalmente como plantaornamental que as avencas so admiradas. O seu nome cientfico Adiantum, que deriva dogrego 'adiantos' e que significa 'que no se molha', pois as gotas de chuva deslizam sobreas folhas da avenca, sem as molhar.

    Sobre as Papoilas existe a seguinte lenda:Depois de ter sido raptada por Hades, Zeus permitiu a Persfone renascer na

    Primavera sob a forma de uma papoila. A papoila conhecida h mais de cinco mil anos.

    Morfeu, deus dos sonhos, recebia-a em oferendas, em forma de coroas. Consta queJpiter transformara, em papoila, o jovem pastor que costumava imitar o canto do galocada vez que via as ninfas nuas a tomar banho.

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    O Gladolo pode ter entre 50 e 90 centmetros de altura, com belas folhas laminarese florescimento vistoso. Deve permanecer na posio vertical para uma boa conservao.Gregos e romanos j cultivavam essas flores originrias do continente africano e europeu. Oseu nome deriva do latim gldios, que significa espada, devido s suas folhas robustas epontiagudas. Naquele perodo, havia, na Grcia Antiga, uma tradio que consistia na ofertade gladolos aos gladiadores vitoriosos, o que lhe rendeu, tambm, o significado de vitria.

    Antigamente, quando um homem enviava um ramo de Gladolos a uma mulher, eracolocado um nmero de flores correspondente ao horrio em que se deveriam encontrar,representando assim a hora do encontro com a pessoa amada

    Sobre a Orqudea h uma lenda que conta que, numa manh ensolarada, apareceuuma deusa deliciosamente perfumada com um delicado xaile, na costa de Java. Passeavaserenamente por um bosque repleto de sndalos, magnlias e carvalhos. Os raios solareschegavam ao solo, filtrados pelos ramos das rvores, dissipando aos poucos a sombra danoite. Quando a deusa desapareceu, o seu xaile permaneceu sobre um ramo, numa posioem que recebia sombra e luz. Foi ento que o xaile se transformou numa bela e misteriosaflor, a Orqudea, uma das mais fascinantes e sensveis flores j vistas na natureza. A plantamorreu quando os homens, sem delicadeza, a deixaram ali no cho, cada. Mas a bondade

    da deusa fez com que a Orqudea revivesse a partir dos germes que ali ficaram, para que,no mundo, a partir de ento, florescessem Orqudeas para admirao dos seres que a elepertenciam. Hoje so flores de festas, luxuosas, mas no passado eram colhidas peloshomens e pelas mulheres do povo, para serem oferecidas em ramos aos seus deuses.

    A Tlia uma rvore sagrada das antigas civilizaes germnicas, dotada de umalongevidade pouco vulgar. como o carvalho, uma rvore histrica e lendria. ParaSiegfried, heri dos Nibelungos, desempenha o mesmo papel nefasto da me de Aquiles aopousar a mo sobre o calcanhar de seu filho: efectivamente, Siegfried, tornado invulnervelpor um banho de sangue, morreu de uma ferida entre as omoplatas, no local onde, nomomento do banho, se fixara uma pequena folha de tlia. uma imponente rvorevenerada no centro das povoaes e frequentemente plantada em renques nas leas dos

    parques e jardins pblicos. At II Guerra Mundial, a cidade de Berlim orgulhou-se da suaUnter den Linden (Sob as Tlias), uma magnfica alameda de cerca de 1Km de extensoflanqueada por filas destas rvores seculares. necessrio trepar rvore para colher assuas flores aromticas, e seguidamente deix-las secar sombra.

    Segundo Plnio - que no incio da nossa era escreveu no haver rvore que melhorprotegesse do calor do sol - os pltanos teriam sido introduzidas em Itlia cerca de 390 a.C.provenientes da Grcia, onde eram objecto de uma venerao especial. Ainda hoje, na ilhagrega de Cs, se pode admirar o chamado pltano de Hipcrates, debaixo do qual, segundoreza a lenda, aquele que considerado o pai da medicina ocidental atendia os seuspacientes. alis do nome grego da rvore, "pltanos", que vem a designao cientfica dognero, derivando o termo de "platys" que significa plano, largo em referncia s folhas,

    segundo a maioria dos autores.As Tulipas so flores magnnimas e austeras. So inodoras (no tm cheiro) e de

    rarssima beleza, representam, para uns autores, amor sem esperana, e para outros,significam amante perfeito. Segundo a lenda, as tulipas eram as flores dos apaixonados.Muitos jardineiros, no Imprio Otomano perderam a lngua para no terem condies decontar sobre os encontros amorosos que presenciavam junto s tulipas.

    Sobre a Tulipa Negra conta-se que "Era comum ouvir-se falar na tulipa negra, umaflor rara e preciosa. Segundo uma lenda persa, uma moa chamada Ferhad apaixonou-sepor um rapaz chamado Shirin. Vendo seu amor rejeitado, Ferhad fugiu para o deserto. Aochorar de saudades e tristeza, cada uma de suas lgrimas, ao tocar a areia, transformou-se

    numa linda tulipa".

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    Segundo a tradio crist, a Flor de Muguet ou lrio do vale simboliza as lgrimasda Virgem Maria, da que a esta flor tambm se chame lgrimas de Nossa Senhora.

    O Lrio uma das flores mais antigas de que se tem notcia, faz parte de uma listamuito antiga de flores que foram consideradas mgicas pelo poder que teria, de protecocontra a bruxaria e as ms vibraes. Acredita-se que, nos jardins, so verdadeiras

    barreiras contra malefcios. Alguns dizem que o Lrio nasceu das lgrimas que Eva derramouao abandonar o Jardim do den.

    Para os egpcios, as flores brancas de Lrio simbolizavam a deusa sis, e os gregospensavam que essas flores haviam brotados do leite que a Hera, deusa da lua, deixou cair,enquanto alimentava Heracles. Os cristos a associam Virgem Maria, fazendo aluso pureza. Este facto justifica a presena da flor nos ramos das noivas. Houve um tempo emque se acreditava que os Lrios contribuam para reconciliaes de amantes, j que os seusbulbos tinham poderes msticos que causavam a reaproximao dos namorados afastados.A sua forma alongada e elegante composta por seis ptalas que se renem numhexagrama que simboliza os nveis superiores da inteligncia.

    Como disse Albert Einstein: h duas formas de se viver a vida: uma acreditando

    que no existe milagre. A outra acreditando que todas as coisas so um milagre.Oferecer belas flores s pessoas especiais , sem dvida, um dos maiores milagres da vida.As Flores de Lrio so boas ofertas para darmos queles a quem amamos. Os Lrios podemser vistos em pinturas pelas paredes dos palcios da Grcia antiga, no perodo em que eramflores dedicadas deusa Hera.

    Os Gregos e os Romanos andavam sempre com Glicnias para preservar o amorconjugal.

    O nome da Flor Nenfar ou Flor de Ltus teve origem na deusa das fontes, Nymphe.As ninfas costumavam brincar no meio dos nenfares, por isso, esto ligados a elas... Namitologia grega, o nenfar est ligado s virgens. Nos egpcios, o nenfar fazia parte do

    nascimento do mundo, juntamente com o deus sol e o deus Osris. No budismo, diz a lendaque Brahma nasceu de uma flor de ltus que teria crescido no umbigo de Vishnou.

    A lenda de Narciso est ligada ao belo jovem que se apaixonou pelo seu prprioreflexo...

    O Crisntemo o smbolo do Japo, pas em que o imperador se senta no trono docrisntemo. Estas flores tambm esto associadas bandeira japonesa, que possui umaesfera que representa o corao do crisntemo (uma flor sem as ptalas) que, por sua vez,representa, para os japoneses, o smbolo do sol.

    Na Europa, e em pases culturalmente seus descendentes, o Crisntemo est

    associado morte, sendo as flores preferidas nos velrios e para representar os psames.Enquanto alguns a utilizam como consolo para a perda de algum querido, outros cultivamo hbito de brindar a vida e sade com uma ptala de Crisntemo no fundo da taa.

    No Brasil, estas flores so utilizadas para representar tanto a vida quanto a morte, osol e a chuva. So as flores preferidas para ser oferecidas no dia de finados e no dia detodos os santos. No Mxico, presentear com flores Crisntemo representa uma declaraoexplcita de amor.

    O Nardo o mais sublime perfume do amor. O perfume daqueles que j passarampara a outra margem o do nardo. O perfume do nardo actua eficazmente sobre aconscincia dos artistas. Onde quer que haja arte e beleza, a fragrncia do nardo deve estarpresente. Saturno o planeta do nardo. O perfume da nova Era de Aqurio o do nardo.

    c - Concluso

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    O livro O Rapaz de Bronze fala-nos de uma esttua e de flores que ganham vida denoite. Este livro, tambm nos fala de uma rapariga que fala com a esttua e com as flores.Foi por esta histria, que ns resolvemos fazer este trabalho sobre a MITOLOGIA DASFLORES, porque adoramos as flores e saber o que os antigos pensavam sobre elas. As florescomo a Orqudea; a Magnlia; a Urze; a Flor de Muguet. So muitas das flores que entramnesta magnfica histria.

    Feito por: Cludia 6E n 3 e Susana 6E n 21

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    VVVV O CravoO CravoO CravoO Cravo

    De todas as flores presentes na obra de Sophia Mello Breyner O Rapaz de Bronze,escolhi conhecer melhor o cravo.

    O cravo significa distino, fascnio e amor. considerada uma das flores maispopulares. Possui uma bela folhagem e flores grandes e cheirosas. Precisa de terra rica emmaterial orgnico, com boa drenagem e boa luminosidade. Quando cultivadas em locaismuito quentes, no podem estar sujeitas exposio directa dos raios solares.

    Os cravos, smbolo de dignidade, foram transportados pelos soldados portugueses narevoluo dos cravos no dia 25 de Abril de 1974. Os soldados levavam os cravos na pontadas suas armas. O cravo desde esse dia tambm o smbolo da Liberdade.

    Os cravos foram trazidos da Tunsia para a Europa, mas o seu pas de origem asMaldivas.

    H pessoas que lhe chamamLgrimas do campo, estrelas ou

    erva de donzela. Um antigo escritor,Plinij, afirmou que os Romanoscultivavam estas flores divinas; estescrito no seu livro Histria daNatureza.

    Quando os franceses estavam acercar a Tunsia, a peste espalhou-se eo mdico que sabia das propriedadesmedicinais do cravo fez uma pooespecial que curou muitos soldados.

    O cravo a minha flor preferida, alm de ser muito bonita tem um significadomuito importante no mundo e serve para curar pessoas como o caso anteriormentedescrito quando a Frana cercou a Tunsia.

    Trabalho de Rui Alves 6E N17

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    VVVVIIII O significado de algumas floresO significado de algumas floresO significado de algumas floresO significado de algumas flores

    Fizemos este trabalho porque achamos que o significado das flores importante, umavez que cada flor est ligada a um determinado sentimento e existe um momento para cadauma delas.

    Significado de algumas flores:

    Accia amarela amor secreto Accia branca ou rosada constncia

    Amor perfeito meditao, recordaes, reflexo

    Azalia branca romance Azalia rosada amor natureza Camlia branca beleza perfeita Camlia rosada grandeza da alma Camlia vermelha - reconhecimento Cravo amarelo desdm Cravo branco amor ardente, ingenuidade, talento. Cravo rosado preferncia. Cravo vermelho amor vivo. Crisntemo amarelo amor frgil. Crisntemo branco verdade

    Crisntemo vermelho - eu amo Dlia amarela unio recproca

    Dlia rosada delicadeza Dlia vermelha olhos abrasadores Girassol dignidade , glria, paixo. Hortnsia - frieza, indiferena Jasmim - amor, beleza delicada, graa Lrio - casamento, doura, inocncia, majestade, pureza Magnlia - amor natureza, simpatia Margarida - inocncia, virgindade Orqudea - beleza, luxria, perfeio, pureza espiritual Miostis - amor sincero, fidelidade

    Narciso - egosmo, introvertia, vaidade Papoila - fertilidade, ressurreio, sonho Tulipa amarela - amor sem esperana Tulipa vermelha - declarao de amor Violeta - lealdade, modstia Sempre - viva - declarao de guerra, eternidade As rosas representam o amor, e as suas cores tm significados especiais: Rosa branca - amor a Deus, pensamento abstracto, pureza, silncio, virgindade e

    paz Rosa amarela - cime, desconfiana, infidelidade, suspeita, felicidade, amizade Rosa vermelha - admirao, caridade, casamento, desejo, espiritualidade, martrio,

    amor, paixo.

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    Conclumos que atravs deste trabalho aprendemos coisas novas sobre as flores:Aprendemos novos significados sobre elas.

    Jos Diogo e Bruna

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    VIVIVIVIIIII Desenho do Jardim maravilhosoDesenho do Jardim maravilhosoDesenho do Jardim maravilhosoDesenho do Jardim maravilhoso

    O nosso trabalho foi tentar fazer o desenho do jardim maravilhoso descrito no livroO Rapaz de Bronze de Sophia de Mello Breyner Andresen de acordo com as sensaes quesentimos ao ler a sua descrio:

    Era uma vez um jardim maravilhoso, cheio de grandes tlias, btulas, carvalhos,magnlias e pltanos.

    E havia nele uma estufa cheia de avencas onde cresciam plantas extraordinrias que

    tinham, atada ao p, uma placa de metal onde o seu nome estava escrito em latim. E haviaum grande parque com pltanos altssimos, lagos, grutas e morangos selvagens. E haviaum campo com trigo e papoilas, e um pinhal onde entre mimosas e pinheiros cresciamurzes e fetos. Ora num dos jardins de buxo havia um canteiro com gladolos. Os gladolosso flores muito mundanas. E aqueles gladolos achavam que o lugar mais chique do jardimera esse jardim de buxo onde eles moravam.

    Trabalho feito por: Hlio e Fbio Santos

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    VIIIVIIIVIIIVIII Uma banda desenhada especialUma banda desenhada especialUma banda desenhada especialUma banda desenhada especial

    Vamos apresentar esta banda desenhada realizadano paint com flores do livro O Rapaz De Bronze.Este trabalho foi feito pelo Daniel e pelo Fbio

    Magalhes com muito carinho e pretende contribuirpara melhorar o trabalho da turma.

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    IIIIXXXX Curiosidades sobre algumas das floresCuriosidades sobre algumas das floresCuriosidades sobre algumas das floresCuriosidades sobre algumas das flores

    Ns decidimos fazer este trabalho, porque tnhamos curiosidade sobre as flores

    seguintes: rosa; tulipa; nardo; begnia, magnlia; gladolo; tlia; btula e flor de muguet ou

    lrio do vale. Todas as flores que fizemos so lindas e maravilhosas. De todas, pensamos

    que a tulipa a flor mais interessante.

    Dizem que as rosas so flores

    sentimentais e fora de moda. Tm um perfume maravilhoso. Existem cerca de 30 mil

    variedades de rosas e a maioria hbrida, por isso as mudas so produzidas por enxertia,

    pois as razes dos hbridos so menos desenvolvidas do que das espcies, no permitindo a

    reproduo por estaquia. A rosa uma flor de clima temperado e a sua rea de ocorrncia

    natural restrita a do Hemisfrio Norte. As rosas esto entre as flores mais antigas a serem

    cultivadas. A literatura indica que elas sempre estiveram nos jardins dos gregos, dos

    romanos e do povo da Babilnia.

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    A Tulipa a flor que todos associam Holanda. Mesmono sendo de origem holandesa, os holandesescultivam tanto a Tulipa, que estas flores deram origema uma especulao financeira nunca vista. Das vriascores, salientmos o significado das seguintes:

    A Tulipa amarela significa amor semesperana. A vermelha, por sua vez, significauma declarao de amor. A Tulipa significabeleza e prosperidade.

    A Tulipa composta por seis ptalas fechadassob a forma de um corao investido. A boanotcia, para os apaixonados urbanos emodernos, que possvel cortar a Tulipacom a finalidade de coloc-la em arranjos deflores, ramos ou vasos, para que elaempreste a sua magnfica beleza e colorido a

    qualquer lugar da casa. Esta planta gosta deluz solar abundante e deve ser cultivada nolugar mais iluminado do jardim.

    O nardo o mais sublime perfume do amor. O perfume daqueles que j passarampara a outra margem o do nardo. O perfume do nardo actua eficazmente sobre aconscincia dos artistas. Onde quer que haja arte e beleza, a fragrncia do nardo deve estarpresente. Saturno o planeta do nardo. O perfume da nova Era de Aqurio o do nardo.

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    As begnias j eramconhecidas pelos chinesesno sculo XVII. O nomeque conhecemos foi-lhedado em homenagem aoseu descobridor noocidente: Michel Begon,governador de SoDomingos, hoje o Haiti.

    Na Alemanha so flores muito utilizadas como presente de Natal numa variedade muitoespecial chamada de Merry Christmas.

    A Magnlia uma flor proveniente de plantas do gnero Magnlia, famliaMagnoliaceae. Tambm o nome popular das plantas deste gnero, nativas das zonastemperadas do hemisfrio norte. As magnlias so rvores, arbustos ou arvoretasapreciadas como ornamento em jardins, principalmente em locais de clima temperado ousubtropical. Produzem abundantes flores brancas ou rosadas, grandes e perfumadas.

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    O Gladolo simboliza aomesmo tempo um desafio euma vitria, desejo, amor eencontro. O Gladolo umadas mais apreciadas floresornamentais e uma dasmais bonitas que podem sercultivadas num jardim.Possui um colorido brilhantee uma enorme exuberncia.Est disponvel numa

    grande variedade de cores:branca, verde, creme,amarela, terra-cota, laranja,salmo, cor-de-rosa,vermelha, lavanda, roxo eazul.

    A Tlia uma rvore sagrada das antigas civilizaes germnicas, dotada de uma

    longevidade pouco vulgar. Como o carvalho, uma rvore histrica e lendria.

    uma das plantas mais solicitadas nas lojas de ervanrios.

    necessrio trepar rvore para colher as suas flores aromticas, e seguidamente

    deix-las secar sombra.

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    A Flor de Muguet tambm conhecida por Lrio do Vale significa felicidade, e usada

    como amuleto da sorte. uma flor originria do Japo. Em Frana, a flor de muguet

    costuma ser oferecida a familiares e amigos no dia 1 de Maio para lhes dar felicidade. a

    flor oficial do dia do trabalhador. Durante o perodo da histria chamado de Belle poque foi

    a flor mais representada. a flor emblema da Maison Dior. uma flor txica! Segundo a

    tradio crist, simboliza as lgrimas da Virgem Maria, da que esta flor tambm se chama

    lgrimas de Nossa Senhora.

    Btula o nome de um gnero dervores. As btulas so arbustos ourvores pequenas ou de tamanho mdio,caractersticas de climas temperados dohemisfrio norte.Serve tambm como ingrediente muitoutilizado em solues de emagrecimentotais como drenantes.Adoramos descobrir as caractersticasdestas flores. Nem imaginvamos queseriam to interessantes. Joana e ngela

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    Ainda mais sobre a BtulaAinda mais sobre a BtulaAinda mais sobre a BtulaAinda mais sobre a Btula

    No Rapaz de Bronze de Sophia

    de Mello Breyner Andresen referido

    que o jardim maravilhoso onde a

    histria se vai passar est cheio de ()

    btulas () Tive curiosidade em

    conhecer melhor esta rvore.

    Descobri que tem vrias

    aplicaes, como na medicina; em

    trabalhos de madeira e no fabrico de

    produtos qumicos obtidos da suaresina.

    Btula o nome de um gnero de rvores da famlia Betulacae, prxima da famlia dos

    carvalhos, qual pertence tambm a aveleira. As btulas so arbustos ou rvores pequenas

    ou de tamanho mdio, caractersticas de climas temperados do hemisfrio norte. As folhas

    apresentam-se de diversas formas: alternadas, simples ou dentadas (ou lobadas). O fruto

    uma pequena smara.. As btulas diferem dos amieiros porque os amentilhos femininos no

    so lenhosos e desintegram-se quando maduros para libertar as sementes. O salicilato de

    metilo ou "blsamo era extrado da Btula lenta. Hoje em dia um ingrediente muito

    utilizado em solues de emagrecimento tais como drenantes.

    A Btula tambm conhecida por Planta da Sabedoria. A sua flor floresce em Maio.

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    Quanto pesquisa que fiz estou satisfeito porque me ajudou a conhecer melhor aspropriedades e caractersticas desta planta magnfica.

    Trabalho feito por Paulo Peixoto 6E N20

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    XXXX O GirassolO GirassolO GirassolO Girassol

    Introduo

    O trabalho que apresentamos sobre o girassol pretende dar a conhecer o tipo de flor,

    a sua origem, alguns dos mitos que sobre ela existem e certas propriedades medicinais.

    1. Tipo de flor

    A palavra girassol deriva de girar e sol,

    propriedade que tem a planta de ir girando para o lado

    que se move o sol. O Girassol (Helianthus annuus)

    uma planta anual de flores grandes. O seu caule pode

    atingir at 3 m de altura, para poder "olhar" para o sol.Tem folhas alternadas e em forma de corao, amarelas

    ou de outra cor conforme a espcie, com 20 a 30 cm de

    dimetro. Cultiva-se para se obter leo e para consumo

    das suas sementes.

    2. Histria

    Os girassis so plantas originrias das Amricas, domesticadas por volta do ano

    1000 a.C. Descobriu-se na Amrica do Norte material arqueolgico que prova a sua longaexistncia e uso por parte do homem. Os indgenas convertiam as sementes em farinha.

    O girassol foi introduzido na Europa durante o sculo XVI. A difuso do girassol no

    Leste Europeu deveu-se falta de outros leos e particularidade de congelar a baixas

    temperaturas. Pela sua adaptao estepe do Sudoeste, o girassol adquiriu popularidade

    na Rssia desde o princpio do sculo passado. Este pas hoje o maior produtor e

    exportador do mundo. Segundo a mitologia grega, uma moa chamada Clytia, apaixonou-se

    pelo deus do Sol, Apolo, e sem poder fazer nada, observava-o a cruzar o cu. Aps nove

    dias, ela foi transformada num girassol. Quer nesta mitologia quer na americana,

    o girassol

    est associado figura feminina e paixo.

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    3. Usos e propriedades do Girassol

    As sementes das flores do girassol so

    ricas em leo. A produo do girassol pode

    ser incrementada de uma forma

    espectacular se as abelhas e outros

    insectos ajudarem na polinizao. A

    actividade das abelhas torna-se necessria

    quando o plen tem inconvenientes

    fisiolgicos em fecundar a prpria flor. O

    desenvolvimento do girassol est

    intimamente ligado luz solar.

    A luz do sol um dos seus nutrientes, juntamente com a gua, que capaz de

    absorver em grandes quantidades. O ritmo de aparecimento das folhas depende da

    temperatura e portanto, quanto maior for esta, menor ser o tempo necessrio para aflorao.

    A actividade fotosinttica alcana o ponto ideal aos 27C. A uma temperatura

    superior, aumenta a evotranspirao e baixa a eficincia no consumo da gua. Quando o

    girassol est neste estado vegetativo pode limitar o consumo de gua, pode concentrar

    sacarose nas clulas onde se do as trocas gasosas e pode chegar a um caso extremo, em

    que limita a expanso foliar e at reduzir o nmero de folhas.

    Quando a florao coincide com os perodos chuvosos, h um humedecimento e

    inchao dos gros de plen e perda da sua capacidade fecundadora. Se isto dura mais que

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    dois ou trs dias, necessrio que o plen de flores distantes seja transportado. As abelhas

    fazem um excelente trabalho.

    A orientao do captulo para o sol deve-se ao crescimento diferenciado do caule.

    Quando a iluminao desigual, o lado da planta que est sombra acumula auxina, que um regulador de crescimento vegetal; esta acumulao faz com que a parte que est

    sombra cresa mais rapidamente do que a que est ao sol e o caule se inclina para o sol.

    Antigamente a planta cultivava-se como ornamental, mas a partir do sculo passado

    adquiriu valor comercial.

    O leo de girassol refinado comestvel e alguns consideram equiparvel a sua

    qualidade ao azeite. Sem ser refinado utilizado para o fabrico de sabonetes e velas.

    Com o resduo slido que sobra depois de se extrair o leo das sementes aproveitado para a alimentao animal. As sementes cruas so usadas nas misturas

    destinadas alimentao das aves e a tostas na alimentao humana.

    utilizado em muitos pases como remdio caseiro para muitas doenas, como por

    exemplo: as folhas e flores da planta no combate de doenas de garganta e pulmonares. Na

    Amrica do Sul adiciona-se sumo de flores e sementes ao

    vinho branco para funcionar como remdio contra doenas e eliminar a pedra do rim e da

    vescula. As razes de uma espcie de girassol chamada pataca so comestveis e podem serconsumidas cozidas, estufadas e assadas.

    A tintura do girassol prepara-se exclusivamente com as flores recentemente

    colhidas e depois cortam-se s tiras as partes mais suculentas do caule que esto na parte

    superior das plantas que no floriram e pesam-se ento 50gr destas tiras. Introduzem-se as

    flores e as tiras dos caules numa garrafa com 1 litro de lcool. Deixa-se ficar uma semana e

    depois filtra-se. Adiciona-se umas gotas em vinho ou em gua depois das refeies.

    Recentemente tem-se insistido sobre o valor farmacolgico das flores e do caule do

    girassol, que so empregados em forma de tintura alcolica no combate hdas febres

    paludosas. A espcie de girassol, cujas sementes esto a ser distribudas, pequena e pode

    ser cultivada dentro de um apartamento.

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    4. Concluso

    Com este trabalho demos a

    conhecer o tipo de flor que o girassol ;

    a sua histria; os seus usos e

    propriedades. Esta flor tem muitas

    aplicaes, tais como as seguintes:

    leos; produtos medicinais e para

    decorar.

    Joaquim e Fbio Almeida

    XXXXIIII Reescrita do Captulo Reescrita do Captulo Reescrita do Captulo Reescrita do Captulo A FestaA FestaA FestaA Festa

    Esta reescrita teve como finalidade realar as frases das personagens para a

    dramatizao que acabou por no acontecer. Como um dos captulos mais interessantes,resolvemos mant-lo. Pode servir para revelar um pouco da histria do livro e aguar a

    curiosidade para a leitura de todo o livro e quem sabe de todos os outros contos escritos

    pela autora.

    No dia seguinte, quando era j noite escura, um rouxinol comeou a cantar frente da

    janela de Florinda.

    Florinda acordou e esfregou os olhos e disse:

    Florinda Que bem que canta este rouxinol!

    Rouxinol Florinda queres vir a uma festa maravilhosa?

    Florinda Quero.

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    Rouxinol Ento vem comigo.

    Florinda saiu da cama e foi ter com o rouxinol. Atravessaram um pomar para chegar ao

    princpio do parque.

    Florinda Parece que tenho medo.

    Rapaz de bronze No tenhas medo. Eu tomo conta de ti.

    Florinda voltou-se e viu um rapaz muito lindo.

    Florinda Ah! s o Rapaz de bronze. Eu pensava que tu no sabias falar, pensava

    que eras uma esttua.

    Rapaz de bronze De dia sou uma esttua, mas de noite sou uma pessoa e sou rei

    deste jardim.

    Florinda Ento leva-me a ver a festa.

    E foram os dois atravs do parque e chegaram a clareira.

    Rapaz de bronze A festa e aqui, mas ainda no comeou.

    O lago j estava rodeado de pirilampos.

    Florinda Que lindo! Puseram um colar de luzes roda do lago.

    Rapaz de Bronze O teu lugar ali.

    Florinda Ali, porqu?

    Rapaz de Bronze Porque pareces uma flor.

    Florinda riu e disse:

    Florinda Ento pe-me na jarra.

    E o rapaz pegou nela ao colo e p-la na jarra e sentou-se ao seu lado.

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    Florinda Vai comear a festa?

    Rapaz de Bronze Vai.

    E fez um gesto com a mo e os rouxinis, os pica-paus, as rs, os sapos, os moscardos, osmelros e os cucos comearam a cantar.

    Ento na orla da clareira apareceu o gladolo.

    Florinda vendo um gladolo a caminhar para ela suspirou e disse:

    Florinda A noite e fantstica e diferente!

    Rapaz de Bronze A noite o dia das coisas. o dia das flores, das plantas e das

    esttuas. De dia somos imveis e estamos presos mas de noite somos livres edanamos.

    O gladolo parou no centro da clareira em frente da jarra de pedra e fez uma reverncia.

    Florinda Ol, gladolo gosto muito de te ver a caminhar como uma pessoa.

    Gladolo E eu gosto muito de te ver numa jarra como uma flor.

    Florinda Olhem, olhem.

    Eram as rosas e os cravos que tinham chegado. E logo a seguir chegaram os malmequeres,

    os narcisos, os lrios, as papoilas, os miostis, os girassis, as camlias, as urzes, as

    margaridas, os amores-perfeitos e as glicnias. As flores de estufa chegaram um pouco

    depois.

    O gladolo foi danar com a begnia.

    A tlipa ainda no tinha chegado.

    Florinda ria sentada na beira da jarra e batia palmas de alegria.

    As danas das flores eram extraordinrias, leves e lentas.

    Primeiro, as flores formavam uma grande roda. Depois, a roda desfazia-se e transformava-

    se em estrela. E o lugar onde Florinda estava era o centro da roda e o centro da estrela.

    Mas logo a estrela girando, leve e lenta, se dividia em muitas estrelas. Depois cada estrela

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    ia formando uma nova figura: umas transformavam-se em crculos, outras em losangos,

    outras em figuras mais complicadas. E cada vez que aparecia uma figura nova, Florinda

    dizia:

    Florinda Ah!

    E o Rapaz de Bronze ia-lhe dizendo os nomes das figuras da dana. Por fim, girando

    lentamente, as flores tornaram a formar uma grande roda e a dana acabou.

    Continuamente da escurido do parque surgiam mais flores. Mas a tulipa ainda no tinha

    chegado.

    Florinda As danas das flores so extraordinrias e diferentes. Eu dantes no

    sabia que as flores no danavam. Na escola ensinam-me muitas coisas. Mas istono me tinham ensinado.

    Rapaz de Bronze No te ensinaram, porque no sabiam. Poucas pessoas sabem

    estas coisas.

    Florinda Ah!

    E comeou uma nova dana.Mas o gladolo no danou. Estava preocupado com o atraso da tulipa. Encostou-se a jarra

    de pedra a ver danar.

    Rapaz de Bronze Porque e que no danas?

    Gladolo Estou preocupado. A tulipa ainda no chegou. Tenho medo que tenha

    acontecido alguma coisa.

    Rapaz de bronze Espera um instante: no lhe aconteceu nada. J sabes que a

    tulipa chega sempre atrasada.

    E no fim da terceira dana a tulipa chegou.

    Vinha linda, alta e direita, com o seu vestido amarelo, todo liso e brilhante.

    O gladolo precipitou-se ao seu encontro e pediu-lhe que viesse danar ao lado dele.

    Mas a tulipa disse que no queria danar e foi-se por a beira do lago e sobre a gua boiava

    o seu reflexo de oiro a luz dos pirilampos.

    Vieram outras flores convida-la para danar, mas ela dizia sempre que no. E as flores iam

    se embora.

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    S gladolo ficou ao lado da tulipa a fazer-lhe conversa. Mas ela mal o ouvia: mirava o seu

    reflexo na gua.

    Florinda Sabes, em frente da minha janela h uma tlia. E o no vero, quando

    durmo com a janela aberta, antes de adormecer olho para a tlia as folhas da tlia adanar, vejo - as fazer sinais umas as outras e oio-as conversar, e oio um

    murmrio de segredos. E de dia conto isto s pessoas. Mas todos dizem:

    Todos As folhas no conversam nem fazem sinais. o vento que faz mexer as

    folhas.

    Rapaz de Bronze Florinda vou-te ensinar um grande segredo: quando tu vires

    uma coisa acredita nela, mesmo que todos digam que no e verdade.

    A flor do muguet, branca e pequenina, leve como a brisa, danava todas as danas.

    Florinda Se eu fosse flor queria ser a flor de muguet e estar escondida na erva

    dentro de duas flores verdes.

    Rapaz de Bronze A flor do muguet esconde-se entre as suas folhas para que

    ningum a veja porque no quer ser colhida. Mas o seu perfume espalha-se no ar epor isso as pessoas caminham atrs dele e descobrem e colhem a flor escondida.

    A tulipa, quase sem ouvir o que dizia o gladolo, continuava a olhar-se no lago. E quando

    assim estava viu danar na gua um reflexo branco que vinha ao seu encontro do reflexo de

    oiro. E no mesmo instante sentiu em roda um perfume extraordinrio: olhou e viu um

    nardo.

    Nardo Tulipa, o teu vestido e lindo. Vem danar comigo.

    Tulipa Vou!

    Gladolo O qu o qu? Tinhas dito que no querias danar!

    Mas a tulipa nem ouviu.

    Todas as flores se espantam de ver a tlipa a danar. Danava alta e direita e balanava

    haste fina o seu vestido amarelo muito esticado e brilhante.

    O gladolo foi-se encostar a jarra de pedra com um ar amachucado e sozinho.

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    Florinda uma festa linda.

    Rapaz de Bronze A tua ideia foi ptima.

    Tem corrido tudo muito, muito bem. Mas eu estou preocupado com a tulipa. Tenho medoque lhe faa mal danar com o nardo.

    No fim da terceira dana passou por perto a flor de muguet.

    Nardo Que perfume este?

    Tulipa o perfume da flor de muguet.

    Nardo Nunca vi a flor de muguet!

    Tulipa Ela nunca se v, est sempre escondida entre as suas folhas.

    Nardo Quero v-la.

    E deixando a tulipa foi atrs do perfume.

    A noite j ia alta e a lua tinha desaparecido.

    Em redor da clareira o parque tinha ficado mais escuro e no cu viam-se melhor as estrelas.O nardo levou a flor de muguet para a beira do lago.

    Nardo Antes de te encontrar eu julgava que nenhuma flor era to perfumada

    como eu. s vezes a brisa da tarde trazia um pouco do teu perfume ate ao canteiro

    onde eu moro. Eu pensava: eu pensava que era o perfume da primavera; mas

    agora conheci-te e sei que este perfume maravilhoso s tu e no a primavera.

    A tulipa no danou mais. Voltou para o seu lugar na outra margem do lago. O gladolo ps-

    se ou p dela conversando e fazendo-lhe companhia. Mas ela no ouviu as suas palavras.

    Olhava, no outro lado da gua, os reflexos brancos do nardo e da flor do muguet que

    ondulava levemente, longe do seu reflexo doirado.

    Gladolo Porque e que foste danar com o nardo? O perfume dele e to enjoativo!

    Mas a tulipa nem lhe respondia.

    Florinda Nunca, nunca vi uma festa to bonita! Tudo aqui fantstico e

    diferente. As flores esto vivas: caminham, falam e danam. E eu sou uma flor.

    Poiso a minha cabea na doura da noite e as minhas mos so frescas e

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    perfumadas. E o cravo, a rosa, o nenfar e junquilho dizem: olhem como a

    Florinda esta bonita na sua jarra!

    Mas de repente Florinda calou-se. Porque outra voz, alta, clara, direita, atravessava o

    parque.As flores, ouvindo aquela voz, estremeceram.

    Pararam de danar e ficaram imveis e suspensas.

    Rapaz de Bronze o galo o canto do galo anunciado ao fim da noite.

    E de repente, uma grande confuso, as flores comearam a correr para todos os lados e

    giravam sobre si prprios em grandes voltas como as folhas do Outono quando o vento as

    faz rodopiar no cho. E, num momento, desapareceram todas. A clareira ficou vazia.

    Florinda Ah! As flores fugiram.

    Rapaz de Bronze Cantou o galo, vai nascer o dia. As flores voltaram para os seus

    canteiros.

    Florinda Que estrela e aquela, to bonita e to brilhante? E Vnus a estrela da

    manh. Rapaz de Bronze conta-me as histrias das estrelas.

    Mas ele no contou mais nada. Porque viu que a Florinda estava cansada tinha adormecido.

    E com muito cuidado com ela ao colo, desceu da jarra e levantando-a nos seus braos

    caminhou atravs do parque.

    Em volta deles nasciam da terra as primeiras brumas da madrugada. Os paos do rapaz

    faziam estalar o cho os ramos secos. O barco escuro ia clareando muito devagar.

    Por fim chegaram a casa do jardineiro. O rapaz de bronze subiu pela janela e estendeu

    sobre a cama a Florinda adormecida.

    Rapaz de Bronze Depressa, Florinda, so horas da escola, estas atrasada.

    E meia a dormir Florinda lavou-se, vestiu-se, bebeu o leite, pegou no po, e no saco e foi a

    correr para a escola.

    Pelo caminho comeou a lembrar-se. Comeou a lembrar-se da festa, do gladolo, do rapaz

    de bronze e das flores.

    E durante a aula no conseguiu ouvir a lio porque s pensava na festa maravilhosa.

    No recreio contou tudo as amigas. Mas elas disseram:

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    Amigas Isso foi um sonho. As flores no falam, nem danam e as estatuas nem

    se mexem.

    Florinda De noite e tudo diferente.

    Mas as amigas riram e fizeram troa dela.

    Ento Florinda comeou a pensar que talvez elas tivessem razo.

    Nessa tarde depois da escola foi passear para o jardim e para o parque.

    As flores estavam quietas e mudas nos canteiros. S baloiavam quando passava o vento.

    Florinda foi ate ao lago redondo. Sob as grandes sombras verdes das arvores, na sua ilha

    de pedras e fetos, o rapaz de bronze estava imvel e calado.

    Florinda Sou eu rapaz de bronze faz um gesto, diz uma palavra.Mas o rapaz de bronze no se moveu.

    Florinda Ai! Enganei-me! Foi tudo um sonho. No vi as coisas que vi. No

    aconteceu nada. S sonhei!

    E voltou para casa.

    Passaram muitos anos. Devagar Florinda cresceu e quase se esqueceu daquela festa

    fantstica das flores.E, no ano em que Florinda fez quinze anos, uma noite, depois do jantar, a me dela disse:

    Me de Florinda Florinda preciso que me vs fazer um recado. Pega neste cesto e

    vai leva-lo a cozinheira. Florinda pegou no cesto, que era grande e muito pesado

    porque estava cheio de ovo, e saiu de casa.

    Era a primeira vez que a me a mandava fazer um recado aquela hora.

    Porque a casa do jardineiro ficava para l do parque e da mata para chegar a casa dos

    donos da quinta era preciso atravessar a mata, o parque todo, o pomar e os jardins.

    Mas Florinda no tinha medo. Era no ms de Maio e a noite estava calma e cheia de luar.

    Quando entrou no parque ela olhou as grandes arvores grandes escuras, carregadas de

    brilhos e de folhas trmulas, e pensou:

    Florinda Parece um sonho.

    E lembrou-se da festa das flores.

    Mas continuou o seu caminho e chegou a casa dos donos da quinta e entregou o cesto dos

    ovos cozinheira. Depois deu-lhe as boas-noites e foi-se embora.

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    Mas no tinha pressa de voltar para sua casa.

    A noite de Maio com as suas sombras e os seus brilhos, os seus perfumes, as suas flores e

    os seus murmrios parecia uma histria fantstica. As folhas no ar mexiam-se levemente e

    faziam sinais como se conversassem umas com as outras.

    Florinda como todo parece vivo! Parece que tudo me v, que tudo me escuta!

    E caminhando ao acaso chegou ao jardim do rapaz de bronze.

    Na sua ilha de pedras e fetos, no meio do lago, a estatua esta muda e quieta.

    Florinda parou. Tudo no jardim pareceu parar. De repente, nem a brisa suspirava.

    Mas o rapaz entendeu uma mo lentamente disse:

    Rapaz de bronze Florinda, lembras-te de mim?

    Florinda Ah! Lembro-me, lembro-me de ti!

    Ento o rapaz de bronze desceu da sua ilha, saltou do lago e ficou em p em frente

    da rapariga.

    Rapaz de bronze Lembras-te da festa das flores e da clareira e da noite de

    primavera?

    Florida Lembro-me, lembro-me de tudo agora. Mas eu pensava que era umsonho. Pensava que tudo o que eu tinha visto era extraordinrio demais e no

    podia ser verdade.

    Rapaz de bronze As coisas extraordinrias e as coisas fantsticas tambm so

    verdadeiros. Porque h um pas que a noite e um pas que o dia.

    Florinda Como o mundo maravilhosa!

    E deu a mo ao rapaz de bronze e foram os dois atravs do jardim.

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    XIXIXIXI ----ConclusoConclusoConclusoConcluso

    Este trabalho foi realizado ao longo de dois perodos o segundo e o terceiro. Cada

    dois alunos trabalhou com um porttil da escola. Alguns de ns tiveram a tentao de usar

    o computador para ouvir msicas e andar a vaguear na Internet; em aulas sucessivas

    repetimos as mesmas tarefas. O trabalho atrasou-se

    A dramatizao proposta inicialmente no teve da parte de todos a mesma aceitao

    e no nos disponibilizamos a fazer as personagens. Resolvemos ento fazer uma leitura

    expressiva para apresentar aos nossos encarregados de educao Tivemos dificuldades...

    Transformmos o nosso trabalho neste livro. Decidimos oferec-lo biblioteca da nossa

    escola.

    Cada um de ns gostou do que fez, tentou fazer o seu melhor Gostmos muito de

    usar os portteis. Os cartazes ficaram muito bonitos. Ficamos a saber mais sobre as flores.

    Gostmos da histria que lemos, gostamos muito de fazer este trabalho e de percebermos

    que cada trabalho nosso se transformou numa parte, num contributo importante para este

    trabalho da turma do 6.E. Percebemos que ler ajuda a imaginar e a descobrir muitas

    coisas

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    BibliografiaBibliografiaBibliografiaBibliografia

    Andresen, Sophia de Mello Breyner, O Rapaz de Bronze, Edies Salamandra e

    Figueirinhas

    http://www.mulheres-ps20.ipp.pt/SophiaMBreyner.htm#Biografia

    http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/A08girassol.htm

    http://www.rosanevolpatto.trd.br/plantasfadas.html

    http://www.flores-guia.com.br/

    http://www.reflexoemocoes.com.br/curiosidades/significadodasflores.asp

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    AnexosAnexosAnexosAnexos

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    Anexo 1

    ESCOLA E. B. 2,3 JOVIMProjecto Curricular de turma

    REA DE PROJECTOTURMA: E ANO: 6. ANO LECTIVO: 2006/2007

    AVALIAO:

    Observao directa do envolvimento dos alunos durante todo o trabalho.Assiduidade, pontualidade e competncias demonstradas.Auto e hetero avaliao.

    Designao do Projecto:Gostar de ler/ O Rapaz de Bronze de Sophia de Mello Breyner Andresen

    Competncias:

    Realizar ficha de leitura do livro em

    estudo; Conhecer caractersticas de flores ealgumas histrias com elas relacionadas; Aprender a trabalhar para o grandegrupo; Aprender a pesquisar, seleccionar ecompilar informao; Adquirir responsabilidade pelos seusactos.

    ActividadesPesquisa na Internet, em revistas, livros, etc

    Elaborao de textos escritos; bandadesenhada;

    Elaborao de cartazes

    Dramatizao de captulo do livro

    Elaborao de um livro

    Estratgias

    Trabalho individualTrabalho de pares

    Contedos Curriculares:

    Educao para a cidadania;

    Desenvolver a capacidade desntese;Desenvolver o domnio da LnguaPortuguesa;

    Calendarizao:

    Durante o 2. e 3. Perodos

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    Anexo 2

    Distribuio das tarefas:

    Ficha de Leitura Todos os alunos.Caractersticas fsicas e psicolgicas da Florinda HlioGladolo Jos Diogo e Rui

    Introduo TodosBiografia e Bibliografia Daniela e PedroDados biogrficos dos ilustradores Carlos e FranciscoMitologia das Flores Cludia e Susana

    O Cravo RuiO Significado de algumas flores Bruna e Jos DiogoDesenho do Jardim Maravilhoso Fbio Santos e HlioUma banda desenhada especial Daniel e Fbio MagalhesCuriosidades de algumas flores ngela Catarina e JoanaCuriosidades sobre a Btula Paulo DanielO Girassol Fbio Almeida e JoaquimReescrita do Captulo As Flores Ludovina e MiguelConcluso Todos

    As flores e os signos

    Aqurio EstrelciaBalana Rosa cor-de-rosa, NarcisoCaranguejo Rosa BrancaCapricrnio flor de LtusCarneiro Cravo vermelhoEscorpio - CrisntemoGmeos CrisntemoLeo Papoila, MargaridaPeixes - VioletaSagitrio Hortnsia, amor-perfeitoTouro Rosa cor-de-rosaVirgem - Crisntemo

    Este Trabalho teve como Coordenadoras as professoras:Alice Oliveira e Isaura Pinheiro

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    Anexo 3

    Powerpoint: O Significado das Flores

    (Ver em baixo)

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    Anexo 4

    Florinda LudovinaRapaz de Bronze Jos DiogoGladolo BrunaRouxinol Daniel

    Nardo PedroTlipa MiguelMe Da Florinda Susana

    Narrador Carlos

    AS FLORES

    Gladolo BrunaBuxos Fbio AlmeidaTulipas MiguelJardineiros Francisco

    Narrador RuiTlias Fbio Almeida

    O GLADOLO

    Gladolo Bruna

    Glicnias JoanaJardineiro Francisco

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    Orqudea CludiaAnexo 4

    Begnia CatarinaCarvalho JoaquimRapaz de Bronze Jos DiogoCravo RuiRosas Hlio

    Narrador - Carlos

    FLORINDA

    Florinda LudovinaBorboletas SusanaRapaz de Bronze Jos DiogoCravo Carlos

    Rosas HlioOrqudea CludiaGipsofila PedroGlicnias JoanaTulipa Miguel

    Narrador - Rui

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    Anexo 5

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    Anexo 6