o que se pode fazer nos projetos - culturas

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Horticultura A horticultura, é hoje em dia uma actividade agrícola com grande potencial principalmente no litoral do País, aproveitando as várias vantagens, dos quais destacamos as condições propícias de clima e solo, e também a facilidade de escoamento nos grandes mercados abastecedores nacionais. Engloba um leque muito alargado de produtos, com variadas características, mas acima de tudo com rentabilidades compensatórias, se geridas e trabalhadas com inteligência. Se produzida em modo intensivo (produção em estufa), permite várias campanhas por ano, implicando desde logo, proveitos mais ou menos constantes. Tudo depende da capacidade de gestão do horticultor! Várias cultivares deste grupo, apresentam amplitudes de preços que chegam aos 3,00 € por kg, no produtor! Muitos factores determinam este fenómeno, mas quase sempre é o velho princípio da oferta e da procura. O factor

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Page 1: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Horticultura

A horticultura, é hoje em dia uma actividade agrícola com grande potencial

principalmente no litoral do País, aproveitando as várias vantagens, dos quais

destacamos as condições propícias de clima e solo, e também a facilidade de

escoamento nos grandes mercados abastecedores nacionais. Engloba um leque muito

alargado de produtos, com variadas características, mas acima de tudo com

rentabilidades compensatórias, se geridas e trabalhadas com inteligência.

Se produzida em modo intensivo (produção em estufa), permite várias campanhas por

ano, implicando desde logo, proveitos mais ou menos constantes. Tudo depende da

capacidade de gestão do horticultor!

Várias cultivares deste grupo, apresentam amplitudes de preços que chegam aos 3,00 €

por kg, no produtor! Muitos factores determinam este fenómeno, mas quase sempre é o

velho princípio da oferta e da procura. O factor oportunidade aqui é de máxima

importância: a ideia base é produzir o que os outros não produzem ou produzem em

reduzida quantidade, numa determinada época do ano.

 

Page 2: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Floricultura

Com uma procura mais ou menos constante durante o ano, a produção de flores é

francamente animadora para o floricultor, caso este domine minimamente o

funcionamento dos mercados, quer locais quer regionais. A apetência acrescida em

determinadas épocas do ano, fazem com que esta produção anime fortemente pelo

factor procura, o que implica em algumas espécies, amplitudes de cerca de 300% (!) e

por vezes mais.

Muitas das vezes, os próprios produtores experimentam as suas capacidades de arranjos

florais, e perante pequenas transformações pontuais ao produto floral “em crú”,

introduzem mais-valias ao produto final substanciais. Daqui pode facilmente depreender

que a floricultura é uma actividade dominada pela esperteza: na escolha das espécies, no

tratamento, no oportunismo de mercado, na introdução de mais-valias e na procura

incessante de alternativas ao escoamento. Quem decidir apostar na floricultura e

dominar estes princípios mínimos, depara-se com uma das mais rentáveis actividades da

agricultura actual.

 

Page 3: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Pomares

A fruticultura, no âmbito mais geral abarca um conjunto muito alargado de espécies,

adaptadas às mais variadas condições de climas e solos. Aliando as novas tecnologias de

produção e mecanização agrícolas aplicadas aos pomares, obtêm-se frutos com as mais

variadas formas de rentabilização, mas no comum entre todos eles são os encargos mais

reduzidos e a mão-de-obra bastante mais facilitada, isto comparando com um passado

relativamente recente. Resumindo, a aposta na fruticultura actualmente é mais simples,

mais barata e sobretudo mais rentável, se a instalação, produção e maneio do pomar for

correctamente executado.

Não menos importante que as técnicas agrárias correctamente aplicadas, alia-se o

favorecimento político na instalação destas culturas, ou seja, na conjuntura agrícola

actual, as actividades frutícolas são favorecidas em detrimento de outras. Isto pressupõe

em alguns tipos de projectos, apoios comunitários mais elevados.

 

Page 4: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Kiwis

É conhecido por todos, que este fruto já faz parte da preferência da maioria dos

portugueses, seja pelo seu sabor e frescura, seja pelo seu valor nutritivo, seja pelos

preços mais apetecíveis que apresenta em certas alturas do ano. Porém, na perspectiva

do produtor, interessará conhecer outros factores:

A planta é bastante rústica e bastante resistente a várias doenças; embora com

produções mais fracas, é possível produzir este fruto com poucas ou nenhumas

intervenções de luta química (tratamentos);

É uma planta muito produtiva, o que implica que a instalação de pequenos pomares de

kiwi, originem grandes quantidades de fruta vendida;

É um fruto muito valorizado nos mercados locais, e sobretudo nos mercados

internacionais;

Os circuitos de escoamento deste fruto em Portugal, existem. Estão especialmente

favorecidos os produtores de kiwi, que apostem em áreas tidas pelas empresas como

rentáveis para a recolha de produto final.

Por estes e por mais factores, esta cultura é uma aposta certa em determinadas regiões

do País, tanto em pequena como em grande dimensão.

 

Page 5: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Mirtilos

Possui um conjunto alargado de aplicações no contexto agro-alimentar, tais como

sumos, geleias, doces, xaropes, etc., com benefícios medicinais comprovados

cientificamente tais como colesterol, circulação sanguínea, e especialmente a saúde dos

olhos.

Esta produção encontra-se actualmente bastante localizada, existindo ainda muito

poucos locais de apoio/escoamento da produção. Pelas suas características, é uma baga

muito frágil, de colheita manual e relativamente morosa; como pontos positivos,

podemos apontar a rusticidade da planta (arbusto) e o alto preço de venda do fruto,

especialmente se acondicionado e destinado ao mercado internacional.

Caso conheça possibilidades compensatórias de escoamento na sua região para este

produto, será uma cultura agrícola a ponderar, pois pode ser uma hipótese de ocupação

de terrenos marginais e de reduzida dimensão.

Page 6: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Vinha

Na actualidade, assistimos a um crescente interesse na substância vinho, quer na sua

vertente económica e social, quer também nas actividades culturais que decorrem da sua

natureza específica e da sociabilidade que entre os seus apreciadores se estabelece. No

plano científico, começam a ser evidentes os benefícios para a saúde de um consumo

regular e moderado de vinho.

A realidade nacional, é que aproximamos a produção aos níveis de consumo; por isso,

para o viticultor, hoje em dia, não basta produzir, é necessário produzir com qualidade,

acompanhando a vinha constantemente, em todo o ciclo vegetativo. Ao futuro

vitivinicultor cabe a tarefa acrescida de se actualizar, ou de “ficar para trás”, conhecer as

mais modernas técnicas de vinificação, investir em modernos equipamentos de

armazenamento, acondicionamento, rotulagem e engarrafamento. Actualmente esta é

uma fase crítica para quem possui ou aposta na vinha: ou actualiza-se, investe e avança

(aproveitando as ajudas disponíveis), ou “passa o testemunho”.

 

Page 7: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Olival

A oliveira é historicamente uma árvore muito familiar em Portugal. A sua produção

existe de Norte a Sul do País e existiu desde tempos muito remotos.

Actualmente, os projectos associados a esta cultura "pressionam" o olivicultor para a

modernidade: é necessário cumprir quotas de produção nacional por um lado, e por

outro é necessário modernizar e intesificar os olivais para fazer face à concorrência

feroz de outros países mediterrânicos na produção de azeite e azeitona, tais como a

Espanha, Itália e Grécia.

A última revisão de regras de candidatura e projectos empresariais, esfecificamente na

cultura do olival, beneficiou de um tratamento especial: além do sistema tradicional de

produção, abriu-se a hipótese de intensificação do olival, designado por olival

superintensivo. Deste modo é possível intensificar produções, aliando as condições de

clima e solo favoráveis no País para esta cultura

 

Page 8: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Plantas Ornamentais

A frase já é antiga: “Portugal – o jardim à beira-mar plantado”. Muitos dos países da

Europa Central invejam as óptimas condições que o País tem para a produção de

espécies florícolas, e dentro destas, um conjunto vasto de plantas para embelezamento

de espaços, designadas por plantas ornamentais. Neste grupo incluem-se plantas

aromáticas, arbustos, plantas para jardins, plantas envasadas, e as demais que nos

habituamos a ver nos vários hortos espalhados por todo o lado.

Os apoios comunitários procuram apoiar as iniciativas para este sector, actualmente um

dos mais rentáveis actualmente dentro do sector da agricultura.

A criação de viveiros de plantas ornamentais é necessária em Portugal, pois a oferta

nacional cobre aproximadamente 20% da procura, sendo a restante fatia da oferta

proveniente, obviamente das importações de países como a Espanha, França, Bélgica e

Holanda. As margens de venda?

Apenas podemos dizer que são no mínimo, muito aliciantes

Page 9: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Aromáticas / Medicinais

Este conjunto de plantas, é difícil englobar num só contexto, pois a sua diversidade quer

de espécies quer de aplicações, ou mesmo de formas de escoamento é tão grande, que

até a informação por mais completa que a queiramos fornecer, estará quase sempre

incompleta.

As notícias que falam das medicinas alternativas, saúde e bem-estar, estética e beleza,

etc. muitas das vezes estão associadas a estas plantas. E é do conhecimento de todos,

que a estes temas atrás referidos estão associados também muitos euros de investimento

pelo consumidor!

Do ponto de vista agrícola, a adaptação da maioria destas plantas é grande, pois além de

grande parte delas possuir muita rusticidade, a sua variedade permite que se possa

apostar nas espécies mais adaptadas e simultaneamente nas mais rentáveis,de acordo

com as várias realidades e condicionantes agrícolas do País.

O mercado e por consequência, a produção de plantas aromáticas e medicinais são um

campo em grande expansão em Portugal. Cabe a si, “jogar” por antecipação.

 

Page 10: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Agricultura Biológica

O interesse crescente dos consumidores pelos problemas da segurança alimentar e pelas

questões ambientais tem contribuído para o desenvolvimento da agricultura biológica

nos últimos anos.

A agricultura biológica distingue-se de outros sistemas de exploração agrícola em

diversos aspectos. É dada preferência aos recursos renováveis e à reciclagem,

devolvendo-se aos solos os nutrientes presentes nos resíduos. No respeitante à pecuária,

a regulamentação da produção de carne, incluindo de aves de capoeira, dá especial

atenção ao bem-estar dos animais e à utilização de alimentos naturais. A agricultura

biológica respeita os mecanismos ambientais de controlo de pragas e doenças, na

produção vegetal e na criação de animais, evitando o uso de pesticidas sintéticos,

herbicidas e fertilizantes químicos, hormonas de crescimento, antibióticos e

manipulações genéticas. Em vez destes, os agricultores utilizam, na produção biológica,

diferentes técnicas que contribuem para o equilíbrio do ecossistema e para reduzir a

poluição.

Claro que para si, futuro produtor, interessa sobretudo saber a perspectiva económica

deste modo produtivo. Relativamente aos investimentos, pode obter benefícios

acrescidos; relativamente à produção, observa-se com agrado ao aumento de

consumidores interessados nestes produtos, e a designação de “nicho de mercado” para

os produtos biológicos tem cada vez menos aplicação na agricultura biológica. Daqui se

conclui que associado a aumentos de procura, está o aumento de preços de venda.

Page 11: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Produção de Cogumelos

Cogumelos são frutificações de alguns grupos de fungos que são formados em

condições ambientais e de substrato favoráveis, podendo ser classificados em

comestíveis e venenosos. São conhecidas aproximadamente 700 espécies de cogumelos

comestíveis sendo que destas algumas possuem uso medicinal.

Os cogumelos comestíveis são alimentos de alta qualidade, por serem ricos em

proteínas e hidratos de carbono facilmente digeríveis, e por apresentarem ainda pouco

ou quase nada de gordura. A sua produção é muito impulsionada pelos altos preços

pagos pelo mercado. Em Portugal, a produção de micélios é ainda embrionária, por ser

uma actividade com pouca informação disponível, pouco comum ainda na dieta dos

portugueses (cerca de 30 gr./ano, contra 1,3 Kg/ano em França por exemplo), e sem

grandes apoios ao nível de fornecedores, e clientes intermediários; porém é altamente

compensador quando associado a circuitos de escoamento (especialmente a exportação),

sendo actualmente uma cultura interessante ao  nível da agricultura familiar.

 

Page 12: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Bovinos de Leite

Sejamos sinceros: Quem entra nesta actividade deve ter consciente de que se trata de um

compromisso de longo prazo. Se quer entrar no negócio da produção leiteira, deve antes

de tudo avaliar recursos, capacidade de gestão e experiência no sector, interesse,

habilidade, mão-de-obra disponível assim de construções e equipamentos.

Uma exploração leiteira de sucesso exige compromisso e disponibilidade total, por toda

a família, pois as vacas leiteiras são criaturas de hábitos: necessitam de horas específicas

para várias situações dentro do ciclo produtivo e reprodutivo.

Porém, nem tudo é mau nesta actividade. Devido ao sistema de quotas actualmente

implementado em toda a União Europeia, a concorrência a nível de preços e de

escoamento de produção é nula, ou seja, a única preocupação do empresário leiteiro, é

produzir, e produzir bem.

Em suma, caso tenha experiência, e esteja interessado(a) em investir e/ou modernizar

uma exploração leiteira, terá em suas mãos uma actividade aliciante, e igualmente das

mais rentáveis do ramo agro-pecuário.

Bovinos de Carne

Page 13: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

A produção de bovinos de carne é vital para a agricultura. Ela converte produtos de reduzido

ou nulo valor comercial – palha, resíduos vegetais e outros produtos de refugo num produto

comestível e com valor de mercado: carne.

Existem basicamente duas razões porque a produção de carne irá subsistir no futuro:

1. Existem milhões de hectares no mundo inteiro, com superfície rochosa, árida e de

condições muito adversas, onde existe basicamente, árvores e vegetação espontânea.

Ruminantes tais como os bovinos, ovinos e caprinos são dos poucos animais

domésticos que convertem estes produtos, noutros com valor nutricional, e

principalmente, económico;

2. Acima do limiar de subsistência, grande parte da população mundial exige a carne na

sua dieta, o seja, para muitos a peça central de uma refeição é precisamente a carne.

A produção de carne bovina, se pensarmos numa perspectiva empresarial, é um negócio. O

seu objectivo é colocar a carne na mesa das pessoas a um preço acessível à maioria delas, mas

alta o suficiente que ofereça ao produtor uma vida com rendimentos decentes, não

esquecendo a competitividade. Daí a aplicação da produção de bovinos de carne em regime

extensivo ser cada vez mais aprofundada, e a opção única para a sua viabilidade.

Ovinos e Caprinos

Page 14: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Grande parte dos princípios que foram referidos na produção bovina de carne, aplicam-se

igualmente nos ovinos e caprinos, com a componente acrescida de que nestes, existe a

possibilidade extra da transformação de produtos de valor acrescentado, em que os derivados

do leite, e lã de ovinos são dois de um grupo imenso de possibilidades.

A produção de ovinos e caprinos nas suas produções mais básicas (leite, carne e lã) oferecem

ao produtor, margens relativamente reduzidas, em que na maioria dos casos, a solução mais

viável, é a redução de encargos através da actividade extensiva.

Se reside numa região montanhosa ou noutra região pouco indicada à agricultura intensiva,

esta é uma das soluções mais viáveis.

Aves e ovos de campo

Page 15: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

No papel de consumidores, todos os dias somos “bombardeados” por notícias de produtos

alimentares modificados, transgênicos, com resíduos tóxicos, etc., falando em nomes de

substâncias químicas que nunca ouvimos falar. Com isto, queremos dizer que o consumidor

vive preocupado com aquilo que consome, pois sente que não existem garantias nos produtos

ditos comerciais.

É aqui que entram este tipo de produções. É verdade que a produção no campo é mais

demorada, que tem maior mortalidade, menores resultados produtivos, mas também é

verdade que o preço de venda é maior, porque para possuir uma garantia daquilo que come, o

consumidor está progressivamente a optar por pagar o acréscimo.

Quer a produção a nível familiar, quer a nível empresarial, assumem-se em vários exemplos

espalhados pelo País, como rentáveis, justificando mesmo a criação de empresas de abate e de

classificação, especializadas nesta área.

Estas produções são excelentes opções para quem possui pequenos terrenos marginais, de

difícil amanho e mecanização; os investimentos são relativamente reduzidos e numa situação

de facilidade de escoamento, esta actividade pode assegurar uma substancial parte, senão a

totalidade do rendimento familiar.

Suínos de campo

Page 16: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Desde que se iniciaram os primeiros passos relativamente à produção de suínos em regime

intensivo, que se deparou logo à partida com um grave problema, ligado logicamente à

vertente ambiental. Por esse motivo, os apoios neste campo, são garantidos apenas em casos

muito selectivos e muito bem fundamentados, e em condições muito precisas em legislação

vigente, ou então, em investimentos relacionados com a melhoria dos tratamentos de

efluentes ou outros meios que visem garantir o meio ambiente circundante à pocilga.

Daí que dentro da produção suína, a opção pela exploração extensiva é vista por todos como

uma solução equilibrada, quer do ponto de vista económico, quer ambiental.

Embora existam estudos que indicam a adaptação de algumas raças ditas “comerciais”, a nível

de apoios comunitários, apenas são permitidas as duas raças autóctones (nacionais): a raça

suína Bisara e a raça suína Alentejana. Embora a produção de carne destes animais não possua

um valor comercial satisfatório, no entanto, as possibilidades de transformação destes

produtos e a introdução de mais valias (os produtos fumados destas raças encontram-se

actualmente certificados), sobe exponencialmente a rentabilidade de quem se dedica a esta

actividade.

Cunicultura

Page 17: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Para quem inicia uma actividade, ou quer iniciar uma nova actividade, deseja antes de

tudo de conhecer as opções, mais precisamente os seus prós e contras. Na produção de

coelho intensivo, fornecemos aqui alguns:

Vantagens:

Uma boa opção para proporcionar rendimento extra;

Não é necessária uma área substancial de terreno para se instalar esta actividade;

O esforço físico é mínimo, comparado com outras actividades agro-pecuárias;

A necessidade de mão-de-obra por fêmea émuito reduzido, diminuindo desta

forma os encargos com mão-de-obra;

Pode-se obter rendimentos extra, ao vender estrume de coelho, actualmente

bastante valorizado.

Desvantagens:

Investimento inicial relativamente elevado;

Como o meio empresarial em Portugal, relacionado com o abate e transformação

de coelho não está ainda muito desenvolvido, pode-se considerar a cunicultura

uma actividade de médio risco; o nível de dependência do País na actividade

cunícola espanhola, aumenta este grau de risco;

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Cuidado extremo no controle de doenças, e investimento constante de tempo e

dinheiro na prevenção das mesmas.

Cabe a si pesar estas e outras conclusões, e verificar se é compensador ou não investir

na cunicultura. Independentemente da sua decisão, vários empresários e unidades de

abate e transformação continuam a iniciar actividade nesta área.

 

Apicultura

As abelhas vivem em sociedade, são extremamente organizadas e produtivas.

Uma família ou colônia de abelhas é formada, em média, por uma rainha, milhares de

operárias e centenas de zangões. Assim como as abelhas, o apicultor deve ser também

bastante organizado e metódico, sob o risco de comprometer todas as colónias que possui.

Essa metodologia deve passar pelas fases antes e após instalação. Todos os cuidados devem

ser medidos e previstos antes da instalação, e todas as actividades devem ser estudadas e

praticadas após a instalação.

Relativamente à parte económica da apicultura, pode-se referir que o desenvolvimento foi e

continua a ser muito lento em Portugal. No entanto as potencialidades são enormes, primeiro

pelo clima e diversidade de flora existente, e segundo pelas inúmeras formas de exploração da

abelha e dos seus produtos: desde a produção de rainhas, enxames, própolis, geleia real,

Page 19: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

apitoxinas (veneno de abelha), até à simples produção de mel.

Quem queira se dedicar seriamente a esta actividade, depara-se com uma forma de

rentabilização de recursos, extremamente interessante.

Cinegética

A criação em cativeiro de espécies cinegéticas (espécies destinadas à caça desportiva), tem

tido um crescimento significativo em Portugal. Na maioria dos casos, especializadas nas aves

(faisão, perdiz, codorniz, pato bravo, etc) e na produção de coelho bravo. Existem alguns casos

de produção em cativeiro de espécies de caça grossa, tais como o javali e o veado.

Os apoios comunitários cobrem igualmente estas iniciativas. Correctamente projectadas,

resultam em rendimentos muito interessantes para o produtor, pois os preços unitários de

venda são altamente compensadores. É no entanto um tipo de produção controlado e

fiscalizado pela Direcção Geral de Florestas, ou seja, a produção de espécies cinegéticas

depende de parecer desta entidade.

Page 20: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Equinos e asininos

Convém referir à partida que, a (re)produção de equinos não é para qualquer um. Requer

conhecimento, experiência e aptidão para lidar com estes animais. Economicamente, existem

muito poucos casos de empresas produtoras de equinos em Portugal que realmente se

dedicam com profissionalismo a esta actividade. E porquê? Porque é um animal que a título

produtivo, não a nível de lazer, não permite muitos descuidos: o maneio, em todas as fases do

ciclo produtivo devem ser religiosamente cumpridos, assim como os pequenos pormenores

não podem ser relevados. Isto exige um compromisso de tempo e dinheiro que na maioria dos

casos, não é economicamente rentável. O mesmo se passa, embora num nível mais reduzido,

nos asininos.

No entanto, a exploração destes animais, apenas a título de lazer, pode-se tornar

compensador, existindo vários casos no País, de cooperações com unidades de turismo,

associações especializadas, criação de circuitos, etc. O turismo actualmente compensa, e esta

é apenas mais uma forma de abordagem desse tema; o grau de inovação, é fundamental para

essa compensação.

Page 21: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Helicicultura

Helicicultura é o processo de criação e exploração de caracóis. A produção de caracóis em

larga escala exige um investimento considerável em tempo, equipamento, e recursos.

Potenciais interessados nesta actividade devem analisar cuidadosamente estes factores, pois

todos os casos de explorações instaladas, passaram por uma fase de adaptação, até atingir a

melhor solução para as condições específicas do local instalado.

São várias as sub-espécies utilizadas para alimentação humana, sendo que a exportação é o

destino mais vantajoso para esta produção.

Em Portugal, esta actividade é ainda embrionária, e muito pouco se conhece sobre as formas

mais modernas de criação de caracóis, sendo que os franceses são de longe os “experts” nessa

matéria. No entanto existem algumas empresas no País que asseguram o escoamento, pois

possuem os contactos certos para a exportação deste produto.

Em conclusão, pode ser uma actividade interessante, se previamente se documentar e

conhecer todos os aspectos desta actividade. Aconselha-se que visite e conheça vários

exemplos de produtores de caracóis.

Beneficiação de Povoamentos

Estes projectos possuem entre outros objectivos a promoção, manutenção e melhoria das

funções das áreas florestais, afim de melhorar e adequar as redes de infra-estruturas –

caminhos florestais – para estes espaços.

Page 22: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Intervenções tais como a limpeza de matos, adensamento, a recuperação de povoamentos, a

substituição de povoamentos mal geridos/instalados, remoção de arvores doentes e mortas

podem beneficiar de apoios financeiros que atingem em certos casos os 100% de ajuda a

fundo perdido.

Podem beneficiar destas ajudas quaisquer indivíduos de nacionalidade portuguesa, residentes

ou não em território nacional, desde que sejam titulares ou que tenham poderes sobre

propriedades florestais.

Arborizações

Dos vários serviços prestados pela Agroprojectos neste contexto, e previstas no conjunto das

ajudas para a floresta, destacam-se a instalação de povoamentos ( com identificação das

melhores alternativas de exploração florestal), reinstalação de povoamentos devido a

catástrofes – fogos florestais – recuperação do potencial de produção florestal, substituição

parcial ou total de povoamentos ecologicamente mal adaptados ou cuja produção se encontre

significativamente abaixo do seu potencial produtivo, etc.

A perspectiva global com que analisamos a sua área florestal, sempre acompanhada de visita

ao local, faz com que as intervenções no terreno sejam devidamente planeadas e ajustadas à

situação particular.

Podem beneficiar destas ajudas, a fundo perdido, quaisquer indivíduos de nacionalidade

portuguesa, residentes ou não em território nacional, desde que sejam titulares ou que

tenham poderes sobre propriedades florestais.

Parques de Merenda

Os espaços florestais têm cada vez mais uma função de descanso e lazer a eles associados.

Uma das apostas da Agroprojectos, consiste na divulgação e concretização destes projectos,

onde os proponentes – Câmaras Municipais, Juntas de Freguesias e Concelho Directivos dos

Baldios – podem usufruir de pequenos projectos, até um valor de 25.000 €, em que os

Page 23: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

investimentos em equipamentos ( mesas, bancos, churrasqueiras, contentores do lixo etc.)

possam ser instalados em espaços florestais, com o objectivo de que todas as pessoas possam

desfrutar das mais valias criadas nestas áreas.

Podem beneficiar destas ajudas, Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e Conselho

Directivos dos Baldios, desde que sejam titulares ou que tenham poderes sobre propriedades

florestais, com uma ajuda a fundo perdido de 100%.

Zona de Caça e Pesca

É uma actividade em crescendo no nosso País, onde cada vez mais as novas exigências – em

termos ecológicos e ambientais – faz com que o ordenamento piscícola e cinegético, seja já

uma realidade em muitas zonas do litoral ao interior.

Em virtude dessas exigências a Agroprojectos, disponibiliza a possibilidade de serem

elaborados projectos de zonas de caça e pesca, onde podem ser adquiridos exemplares para

repovoamento, instalação de zonas de abrigo, construção de campos de alimentação etc.

Podem beneficiar destas ajudas, entidades que estejam legalmente constituídas – Zonas de

Caça e Clubes ou Associações de Pescadores - , desde que sejam titulares ou que tenham

poderes sobre propriedades florestais, com uma ajuda a fundo perdido entre 50 a 80%.

Equipamento de Exploração Florestal

As ajudas previstas neste contexto, têm por objectivo apoiar investimentos no âmbito da

exploração florestal, comercialização e transformação de material lenhoso e gema de

pinheiro, nomeadamente:

Modernizar o parque de máquinas e equipamentos de exploração florestal,

adoptando tecnologias e processos que conduzam à valorização dos produtos

florestais;

Page 24: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Incentivar a concentração da oferta do material lenhoso com vista à sua

classificação, triagem, normalização e armazenamento em boas condições físicas

e sanitárias até à sua entrega às indústrias transformadoras;

Valorizar o material lenhoso e a gema de pinheiro enquanto matérias-primas

para transformação industrial;

Contribuir para o aumento da capacidade negocial dos produtores florestais,

nomeadamente através da melhoria da circulação de informação sobre

dimensões e qualidade dos produtos;

Minimizar os impactes ambientais causados pelas actividades florestais, através

da utilização de equipamentos adequados e de técnicas e sistemas de exploração

compatíveis com a preservação dos ambientes florestais.

 

Infra-estruturas agrícolas

Claramente um dos sectores com menos adesão por falta de conhecimento, e

ironicamente com as mais altas comparticipações por parte da Comunidade Europeia!

Investimentos em alguns tipos de infra-estruturas chegam aos 100% de

comparticipação. Quais, como? Nós informamos e preparamos o seu processo!

Embora seja um tipo de apoio mais destinado a entidades colectivas, autarquias locais e

organizações de produtores, indirectamente poderão beneficiar o agricultor individual.

Saiba como!

Page 25: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

Caminhos Agrícolas

Os projectos de caminhos agrícolas e rurais, têm como objectivo melhorar as

acessibilidades nas zonas rurais através do apoio à abertura ou melhoria de

caminhos agrícolas e rurais, facilitando a circulação de pessoas e equipamentos,

o acesso às explorações agrícolas e o escoamento dos produtos agrícolas. São

elegíveis investimentos tais como construção ou beneficiação dos caminhos,

incluindo obras de arte, sinalização e acções minimizadoras de impacte

ambiental, estudos e fiscalização de obras, etc.

Aquele caminho ou acesso às suas terras que vem reclamando consecutivamente

à sua Junta de Freguesia ou Câmara Municipal, e que nunca mais tem resposta,

pode deste modo ver acelerarada a sua realização. Apoios que podem atingir os

100% de comparticipação, são com certeza um óptimo aliciante a qualquer

autarca deste País.

Regadios Colectivos

Neste tipo de candidaturas procura-se apoiar a construção de aproveitamentos

hidro-agrícolas de média e pequena dimensão, melhoria do aproveitamento dos

já existentes, e a identificação de potencialidades hidro-agrícolas a nível

regional, nomeadamente em zonas de boa aptidão agrícola.

Em português comum, procura-se apoiar iniciativas de regadio, sobretudo

colectivas, com o objectivo de aproveitar melhor este recurso essencial, que é a

água. Todos estes investimentos, pelo seu carácter e importância para a

actividade agrícola nacional, poderão beneficiar de apoios que atingem os 100%

de comparticipação.

São investimentos elegíveis, entre outros os seguintes: construção, modernização

ou reparação de barragens, charcas e açudes de derivação, açudes, reservatórios,

estações elevatórias e de bombagem e respectivos equipamentos e tomadas de

água; construção de pequenas barragens subterrâneas; prospecção e captação de

águas subterrâneas através de furos e poços; construção ou recuperação de redes

Page 26: o Que Se Pode Fazer Nos Projetos - CULTURAS

de rega, de drenagem, de enxugo e viária; construção de centrais minihídricas;

aquisição e montagem de contadores de água em redes de rega colectiva sob

pressão ou outro equipamento necessário a uma adequada gestão da água.

Turismo em espaço rural

Um dos melhores trunfos do interior de Portugal e não só. Saiba como planear, enquadrar

legalmente, e como beneficiar de apoios ao seu projecto de Turismo em Espaço Rural (T.E.R.).

Existem várias formas de comparticipações e apoios, ao encontro da dimensão do seu

empreendimento turístico, desde a pequena casa de campo, até ao aldeamento turístico.