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Sumário
DESCOBRINDO A MOTIVAÇÃO
A motivação correta.........................................10
A motivação errada..........................................16
ANTES DE ENTRAR NO MINISTÉRIO DE LOUVOR
A postura da minoria........................................22
A postura da maioria........................................24
DEPOIS QUE ENTROU NO MINISTÉRIO DE LOUVOR
Competição entre os levitas..............................30
Vivendo em outro planeta.................................34
Mentiras e Omissões........................................39
Motivo de falação para os outros.......................45
Conflitos conjugais..........................................48
Distúrbios Sexuais...........................................59
Partidarismo...................................................63
Líder certo ou errado........................................68
Como reagem ao “banco”?................................71
O MINISTÉRIO LEVÍTICO
O verdadeiro chamado.....................................85
O preço do ministério.......................................97
Considerações finais.......................................100
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PREFÁCIO
Bem vindo à um pedacinho do mundo dos levitas e do
ministério de louvor; Aqui você poderá ver as belezas das
folhas e também os efeitos dos espinhos que este ministério
tão lindo proporciona.
Todavia, esse livro visa “afinar”, bem como “vacinar”
contra o vírus, a bactéria da ignorância e das surpresas que
uma pessoa enfrenta ao longo de sua vida ministerial.
No entanto, o objetivo desse livro só terá êxito quando
todos os que fazem parte, bem como os que querem entrar e
até os cônjuges dos levitas, se possível lerem e entenderem
todos os processos, visto que muitos dos espinhos na vida de
um levita vêm de dentro de casa.
Esse livro mostra diversas experiências que um levita
precisa saber, diversas verdades sobre o mundo dos levitas e
com isso, prepará-lo para ser e fazer a diferença na equipe,
produzindo bons frutos, podendo ser um instrumento bem
afinado nas mãos de Deus, da qual todo ouvido inclusive o do
próprio Deus terá enorme prazer em parar para ouvir os sons
de uma verdadeira motivação, de humildade, de vida íntima
diária com Deus, de submissão, de sinceridade, de
quebrantamento e de adoração, que sairão dessa pessoa.
Entretanto esse livro também abrirá os seus olhos para
uma realidade muitas vezes não esperada, isto é, fábulas que
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a mente cria gerando uma perspectiva de um ministério cheio
de flores e sem espinhos.
Mostra também as mais diversas realidades e situações
que podem desafinar um levita antes e depois de “subir” no
ministério, contudo, após ler esse livro você ganhará
maturidade e estratégias para contribuir para uma mudança
positiva, trazendo crescimento espiritual à equipe e ao
ministério, podendo decidir ser um levita segundo o coração
de Deus e enxergando que, o melhor caminho para um
verdadeiro levita não é se deixar levar pela quantidade de
decepções ou de adversidades ministeriais, nem tão pouco
abandonar o ministério por se ver diante de tanta realidade da
qual não imaginava ou esperava, mas é sim, discernir que o
ministério de louvor quando bem compreendido no seu
propósito é algo que mesmo tendo lá os seus espinhos ainda
assim embeleza o jardim de Deus.
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INTRODUÇÃO
O ministério de louvor, com certeza é o ministério mais
atraente e chamativo da igreja, pois ao mesmo tempo em que
as pessoas “cantam ou tocam”, também chamam para si os
olhares de outrem, se portando de certa forma como quem
tem algo a se exibir.
Quem já não se imaginou cantando ou tocando no
ministério de louvor? Até os mais desafinados já ousaram em
suas mentes fazer aula de canto ou de instrumento. Qual de
nós quando criança, mesmo desafinado e sem aptidão, não se
aventurava cantando e imitando um cantor(a) favorito(a)?
Em razão disso, “alguns” que um dia a família e os
amigos gostavam de vê-los cantando e tocando, achavam que
possuíam o dom musical pra cantar ou tocar, e logo quando
chegam à Igreja, chegam se apresentando como quem sabe
cantar ou tocar e que sonham em fazer parte do louvor.
No entanto, algumas igrejas possuem pessoas
preparadas e capacitadas musicalmente para analisar e avaliar
a capacidade dessas pessoas, que por essa razão acabam que
apresentando diversos comportamentos para entrar no
ministério.
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** AA mmoottiivvaaççããoo
ccoorrrreettaa
Qual é o poder que a motivação correta tem? “Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o
sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois estava animado com o meu
zelo entre eles; de sorte que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel.” Nm 25:11
ão há nada de mal em alguém sonhar ou
desejar ser um levita, estar no altar, fazer
parte de uma equipe, podendo ser um
instrumento nas mãos de Deus, podendo serví-lo numa área
tão maravilhosa quanto esta. Ainda que a pessoa não tenha
uma desenvoltura técnica suficiente no momento, mas, se ela
tem uma motivação correta e, sonha em agradar a Deus, esse
sonho é válido e tremendo.
Alguns dos levitas em evidência hoje no país, quando
começaram não tinham sequer a mínima aptidão, porém, eles
tinham um sonho em vista, o de tocar o coração de Deus, e
essa motivação fez com que eles entrassem de cabeça no
mundo dos levitas, isto é, eles investiram e se aprofundaram
na técnica e também na vida espiritual até que, se tornaram
grandes exemplos hoje no país.
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A motivação correta
Um levita com a motivação correta é aquele que não se
preocupa em medir o seu dom técnico com o dom dos outros,
antes, ele tem em mente que seu dom tem o objetivo de
chegar ao trono de Deus, e com essa motivação deseja
sempre tocar com excelência, sabendo que está ministrando
diante de Deus e que precisa fazer isso da melhor forma
possível, sendo esse o motivo suficiente para investir em
cursos de aprimoramento técnico.
A motivação correta proporciona uma humildade para
começar a estudar e, investir em cursos técnicos tanto para
àqueles que estão prestes a entrar para o ministério quanto
para os outros que não estão preparados tecnicamente no
momento, como para uns que já estão ativos no ministério.
A motivação correta não interfere na liberdade que o
Espírito Santo precisa para nos incomodar a viver uma vida de
santidade, ou seja, o Espírito Santo deve dizer se estou ou não
apto espiritualmente para “subir”; Ainda que já tenha atingido
o tempo dado pelos homens, e ainda que minha vontade de
“subir” possa falar mais alto, somente quando eu estou
vivendo uma vida contínua de busca e adoração a Deus é que
o Espírito Santo dirá o momento certo para “subir”.
Muito se discute a questão de quanto tempo um levita
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A motivação correta
deve investir com a técnica e com a parte espiritual, mas a
questão deve ser analisada também de outra forma.
O papel de um levita se resume em ter que trazer um
pedaçinho do céu (da presença de Deus) para a igreja em
cada culto, mas ele só conseguirá se estiver intimamente
ligado na presença de Deus, ou seja, investindo massiçamente
em tempo com Deus, por isso, que ele é um ministro, porém,
só consegue enxergar esse conceito àqueles que possuem uma
motivação correta.
Não desprezando a questão técnica, longe disso, pois
está área se não tocada com excelência pode tirar a atenção
da igreja e dos demais levitas no momento do louvor, mas o
fato é que, usaremos como parábola a “cruz”; Uma cruz atinge
tanto a madeira vertical quando a horizontal; A madeira
vertical segue de cima para baixo ligando Deus com as
pessoas, então, chamaremos aqui de “área espiritual” e a
madeira horizontal segue de um lado para o outro ligando uma
pessoa na outra, que chamaremos de “área técnica”; Após
essa junção das duas madeiras, tanto as pessoas, quanto
Deus, recebem um toque.
O levita com a motivação correta sabe que Deus e a
igreja precisam receber dele uma vida de capacitação técnica
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A motivação correta
e espiritual de um verdadeiro ministro, por isso, para que a
motivação correta nunca fuja de você, faça sempre as
seguintes perguntas:
Eu me preocupo em afinar minha vida espiritual como
me preocupo com a técnica? O tempo que eu investi essa
semana na minha vida espiritual foi o mesmo que invisti com a
técnica? Quando eu subo no altar para adorar a Deus, as
pessoas recebem de mim algo vindo de Deus?
Em resposta a pergunta anterior de qual área precisa
mais de investimento de tempo se é a espiritual ou a técnica,
particularmente, sem desprezar a área técnica, creio que
assim como numa cruz, a madeira maior é a da vertical, que
liga o que está em cima com o que está em baixo, a área
espiritual deve ser mais priorizada.
Imagine se a parte da madeira maior for colocada na
horizontal e a menor na vertical, como seria essa cruz? Haja
vista, que a cruz só é cruz quando as duas madeiras se juntam
e tendo cada uma em sua posição correta, isto é, a maior na
vertical e a menor na horizontal, só assim ela terá o seu efeito
e propósito correto.
Quanto mais você investir tempo na presença de Deus,
maior ficará sua madeira vertical, ou seja, você fica cada vez
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A motivação correta
mais perto de Deus e, consequentemente quando você
ministra com instrumento ou com a voz, o que mais irá
chamar a atenção na igreja é a madeira vertical, àquela que
você construiu à base de muita intimidade com Deus; Quando
a madeira maior é a da vertical a igreja sente mais a “unção”
que está em você, e a madeira menor “técnica” não aparece
tanto para as pessoas, o que faz Deus olhar e receber de você
a excelência da técnica que você ministra.
Por que muitos têm dons por excelência, mas, quando
louvam, simplesmente não conseguem transmitir unção?
Simples, porque estes estão preocupados mais em chamar a
atenção daqueles que estão ao seu lado do que a de Deus, ou
seja, preocupam mais com o crescimento da madeira
horizontal que atinge quem está ao meu lado do que com a
vertical que é a que define a unção.
Outros, bem sabemos que não possuem madeira
vertical “unção”, só investem em técnica e ensaio, e quando
tocam, tocam muito bonito, mas sem a madeira da vertical
“unção”.
Por outro lado, quantos que não possuem um dom tão
aguçado, mas, quando louvam, simplesmente o céu desce?
Porque são impulsionados a aumentar dia-a-dia a madeira que
liga o que está em cima com o que está em baixo.
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A motivação correta
Motivação correta é ter a plena consciência de que a
cruz só é cruz quando existem duas madeiras juntas, sendo a
maior àquela que liga o que está em cima com o que está em
baixo e a menor àquela que me liga com os meus irmãos, e
que, se precisamos fazer crescer a madeira horizontal, muito
mais é nossa obrigação fazer crescer a horizontal.
Ser um levita com a motivação correta é almejar estar
na sala do trono de Deus, tal motivação faz com que você
enxergue que, quanto mais você aparece aos homens, menos
aparece pra Deus, e quanto mais adora a Deus e busca
experiências com Ele, mais perto fica d´Ele, e as maiores
experiências não ocorrerão quando você estiver sob os olhares
das pessoas, mas, quando apesar de uma igreja lotada, você
fecha os olhos para os homens e abre para Deus, e quando
você recusa ser o holofote dos homens e almeja ser o de
Deus, isto sim, é motivação correta.
Dessa forma, você não desafina.
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** AA mmoottiivvaaççããoo
eerrrraaddaa
Até que ponto chega uma pessoa com a motivação errada? “Disseram: Vinde, edifiquemos para
nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome,
para que não sejamos espalhados por toda a terra.” Gn 11:4
rimeiramente, as pessoas que possuem uma
motivação errada, normalmente são porque
passaram por alguma situação danosa onde
sofreram algum tipo de carência, desilusão, frustração, seja
ela, emocional, familiar, profissional, sentimental, financeira,
etc., que acarretaram em baixa estima (desvalorização pessoal
muito grande). Daí ela se sente inferior às outras pessoas e,
pior, ela também têm a sensação de que as pessoas ao seu
redor também à vê como ela se vê, isto é, como sendo
inferior.
De repente, ela vê no seu dom musical a saída para
reconstruir a sua boa imagem, e com isso, sobressair em
alguma área sobre as pessoas, reconquistando a auto-estima,
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já que, o seu dom musical é uma das raras coisas que ela
consegue olhar dentro de si mesma com bons olhos.
A motivação errada
No entanto, pra que ela se sinta valorizada, e preencha
o vazio criado pela carência que devastou sua auto-estima, ela
se escraviza na tarefa de fazer as pessoas enxergarem a
qualquer custo, aquilo que ela vê como a saída para
reconstrução de sua imagem, isto é, o seu dom; Nisto começa
uma batalha interior, é uma questão de sobrevivência pessoal
tão forte a ponto de defender com unhas e dentes esse ideal,
de fazer com que os outros vejam que ela através do seu dom
é alguém especial.
Por isso, louvar na igreja passa a ser uma meta
incansável, pois para ela, estar na equipe é a grande chance
de mostrar o seu dom musical a todos; E até atingir esse
objetivo e conquistar o reconhecimento das pessoas ela insiste
nessa implacável ambição e quando consegue, experimenta de
um prazer estonteante, porém, mal sabe que esse é um prazer
INSACIÁVEL.
Em pouco tempo esse prazer se torna vicioso, e é ai
onde ela não se dá conta de que ela mesma, cega e
inconscientemente transformou o seu próprio dom num altar
de adoração, onde só o seu interior cultuando esse altar não é
suficiente, pois, ela precisa alimentar esse altar mostrando aos
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outros o quanto o seu dom é valioso, esperando que outros
também exaltem como se fosse um altar.
A motivação errada
E como se não bastasse, satanás mantém essa
dependência lançando um bloqueio em seu subconsciente onde
ela se recusa a admitir que esteja usando o seu dom para
receber adoração em seu interior, por isso, satanás substitui a
palavra adoração por “valorização”, tirando assim o peso do
pecado dela.
Ao mostrar às pessoas o seu dom e recebendo essa
“valorização” ela se sente como uma pessoa escolhida e
realizada, tudo por causa dessa carência, da qual agora ela se
sente livre, cujo libertador é o seu dom que lhe dá a sensação
de que os outros agora à vê como alguém importante e cheio
de valores.
Dar oportunidade à alguém temente a Deus para louvar
ao Senhor na frente da igreja é algo que Deus se agrada e
recebe como um cheiro suave, mas será que essas pessoas
que buscam “as oportunidades” de louvar ao Senhor na frente
da igreja estão com a motivação de se mostrarem pra Deus ou
aos outros? Será que se consagram?
Quando um líder diz a uma pessoa com motivação
errada que ela não poderá subir pra louvar ao Senhor por um
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tempo, logo, em seu interior, ela não aceita, pois ela tem
extrema dificuldade em ser uma adoradora fora do altar, e
aquilo a perturba de tal modo que começa a murmurar e dar
A motivação errada
trabalho para os líderes; Sua espiritualidade parece que vai
embora e o líder pra ela se torna incapacitado; Alguns por não
aceitarem, trocam de igreja e outros até se desviam pra poder
cantar e tocar no mundo, visto que lá conseguem atrair a
atenção para si e se sentem novamente realizados. Isto é ter
motivação errada. Esse processo é tão imperceptível que a
pessoa não discerne a gravidade de cada degrau e por falta
dessa humildade muitos são derrubados.
Outra motivação perigosíssima é quando a equipe
focaliza unicamente em gravar cd e ser famosa, não que seja
errado sonhar em gravar cd, mas, a equipe corre o risco de
perder o foco original descritos na motivação correta acima.
Se isso for o centro da motivação, se a equipe “se mata”
de tanto ensaiar para que atinja mais excelência no tocar
visando em 1º lugar a gravação e, se ela propõe metas
espirituais como (mais oração, mais jejum, mais tudo) com o
objetivo de fazer com Deus de alguma forma os recompense
abrindo as portas para a gravação do cd, então está errado.
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Gravar cd é uma conseqüência de uma equipe que faz
tudo pra chamar a atenção de Deus e que se preocupa em
viver em santidade, e que recebeu uma direção de Deus para
isso, também é preciso ter algumas precauções como abster-
se de expectativas humanas e ter uma maturidade pra admi-
A motivação errada
nistrar as possíveis frustrações depositadas no resultado do cd
e na ajuda do homem, sendo este o principal motivo de
desestruturação ministerial dos que passaram por isso.
Atingir o sucesso ministerial requer sim esforço técnico,
porém, a prioridade é a intimidade com Deus, mostrando ao
Senhor que se as coisas acontecerem ou não acontecerem a
equipe continuará se consagrando com a mesma alegria e
empenho e que, apesar dos incidentes, o que mais eles
querem é estar na sala do trono de Deus.
Do contrário, serão facilmente alvos de queda, seja,
individualmente ou em equipe, como muitos hoje estão caídos,
por não terem percebidos que pra fazerem parte de um
ministério de louvor precisam ter uma motivação correta e
vigiar os intentos do coração, reparando se há um desejo de
receber a tal “valorização” que muitas vezes, nada mais é do
que querer chamar a atenção das pessoas e receber a
adoração da igreja pelo seu dom.
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** AA ppoossttuurraa
ddaa mmiinnoorriiaa
a) Humildade
ão humildes, se mostram pacientes, ouvem
atentamente aos ensinamentos daquilo que
um levita precisa saber e praticar. Mesmo
sem estar efetivo no ministério eles não faltam dos cultos, das
reuniões de oração do louvor, chegam no horário proposto,
dão bom exemplo, falam pouco de si e principalmente, são
servos. Alguns são tão humildes que chegam a valorizar e
espelhar o dom dos que já estão no ministério, usando isso,
como inspiração pra um dia estarem no ministério cantando ou
tocando como um deles.
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Se o maestro ou o ministro alegar na avaliação que às
vezes a pessoa desafina ao cantar ou que não toca com tanta
segurança e, ainda assim, motiva a não desistir, e incentiva
fazer aulas, somente a minoria respeita e segue a orientação
A postura da minoria
enxergando a avaliação não como um “não”, mas, como uma
direção sábia de quem tem mais conhecimento musical.
b) Devocional
Independente do resultado do teste de aptidão musical,
ou seja, se está passando pelo processo de integração com os
demais, ou se está ensaiando para posteriormente “subir”, ou
se está dentro do tempo sugerido para adquirir mais
maturidade, ou mesmo se terá que aprimorar um pouco mais
pra depois fazer um novo teste, alguns já possuem o hábito do
jejum, da leitura da palavra e da oração diária, também são
fiéis nos dízimos e nas ofertas. O devocional de oração, leitura,
jejum, dízimos e ofertas para estes não é uma questão de
ministério, é sim uma questão de novo nascimento e
conversão.
c) Como a minoria vê os que já estão no louvor?
Como homens e mulheres consagrados, como pessoas
capacitadas para ocuparem as funções de levitas, estes por
sua vez, não fazem como a maioria que ficam se apoiando nas
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falhas dos levitas para diminuí-los, arrumando pretexto para
acelerar sua entrada na equipe de louvor.
** AA ppoossttuurraa
ddaa mmaaiioorriiaa
a) Orgulhosos
ão orgulhosos, para eles o teste de aptidão
não é necessário, pois se julgam aptos e
quando ensinados sobre como ser um levita
logo esboçam uma reação no meio dos outros que já sabem ou
que já aprenderam tudo o que está sendo ministrado, ou já
até faziam isso antes, e se mesmo assim tiverem que refazer
eles até participam, mas, fazendo pouco caso. O orgulho faz o
levita desafinar antes mesmo de “subir”.
Alguns, infelizmente são tão “estrelas” que mesmo
estando em processo para subirem se dão à displicência de
faltarem de cultos, de reuniões de oração do louvor, não
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chegam no horário proposto, dando assim mau exemplo; É
fácil reconhecê-los, pois falam mais de si mesmos do que dos
A postura da maioria
outros. Quando cobrados sobre suas atitudes, eles tentam
convencer de que quando eles subirem no ministério não
chegarão atrasados nem faltarão dos cultos.
Também passam o tempo todo registrando as falhas do
ministério e das pessoas pra quando subirem usarem essas
deficiências pra se promoverem, mostrando de forma
arrogante e prepotente que são mais preparados e experientes
do que os que já estão no ministério pra fazer o mesmo
crescer; Tudo isso pra alimentar uma vaidade que é escrava
de engrandecimentos e extra valorização.
b) Impacientes
É só pedir a eles pra firmarem um pouco mais, que
estão congregando a muito pouco tempo que logo surgem as
críticas em grupinhos, plantam divisões na igreja, fazem
pressões e usam de sentimentalismo pra saírem da igreja,
caso não as subam logo no louvor, isso quando não pedem pra
ir pro ministério de louvor de outra igreja.
Se o maestro ou o ministro alegar na avaliação que às
vezes a pessoa desafina ou que não toca com segurança e
também incentiva a se aperfeiçoar com aulas, logo, dispara
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acusações carnais pelas costas e sai agredindo com palavras e
criticando a avaliação feita, alegando estar sendo perseguida,
ou que o maestro tem menos capacidade que ela
A postura da maioria
pra avaliá-la; Isso quando não faz comparações invejosas
como: “pra quem avaliou fulano que está cantando no louvor e
não canta nada, vem me dizer que eu é que desafino!”,
denegrindo a imagem dos levitas para forçar sua entrada no
ministério de louvor.
Essas atitudes só trazem confusões e jogam a igreja
contra as autoridades ministeriais, pois estes aproveitam para
usarem facções dentro da igreja, para por em dúvida a
credibilidade e o respeito dos líderes, isso quando não
enroscam a família no caso deles.
c) Vida de Aparência
Facilmente arrumam e dedicam tempo em ouvirem
louvores, saberem das notas musicais, dos nomes dos
cantores, dos compositores, em decorarem as letras, em
tirarem os solos dos instrumentos, de saberem quem canta a
primeira voz, o nome de quem faz a segunda voz, quem fazem
os back vocal, se integram de quem está para gravar um novo
cd, quais são os últimos cd´s lançados, enfim, se aprofundam
e dedicam tempo na musicalidade, porque para eles o
quesito “técnica” é o que acelera a “subida”.
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Quando se fala em vida com Deus, facilmente ouvimos
dessas mesmas pessoas que não tiveram tempo, que
trabalharam demais, que tiveram que fazer isso pro maridão,
A postura da maioria
ou aquilo outro pra esposa ou para os filhos, ou para os
parentes, justificando o motivo de não terem o devocional com
Deus.
A musicalidade quando bem tocada e cantada é algo que
chama a atenção das pessoas, pois a musicalidade é algo que
os outros podem ver, reconhecer, valorizar e até idolatrar, já o
devocional com Deus, é algo que não chama a atenção das
pessoas, ninguém vê pra depois reconhecer, e nessa
motivação errada, muitos se empenham só na musicalidade
(não que estejam errados em se aperfeiçoarem na
musicalidade), mas, para muitos, o que se pode mostrar aos
outros dá mais prazer e reconhecimento do que aquilo que não
se pode mostrar e isso é tido como “vida de aparência”. Esses
são os mais fáceis para o diabo desafinar.
A maioria desses não são fiéis nos dízimos, nas ofertas,
tampouco possuem o hábito de orarem e lerem a palavra
todos os dias, jejum então, nem em sonho; “O que eu quero é
subir pro ministério de louvor, todavia o meu esforço com a
musicalidade mostrará que estou cada vez mais preparado
para subir, do que o devocional com Deus, afinal, o que a
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equipe quer é alguém que tenha aptidão e técnica, já o
devocional com Deus eu posso ter depois que subir, pois terei
muito tempo depois.” “pensam eles”.
A postura da maioria
Ao contrário dos convertidos que enxergam e aplicam o
devocional com Deus como fonte motivadora de quem teve um
novo nascimento, estes, por sua vez, não levam a sério o
devocional com Deus, pois priorizam a musicalidade como
meta para subirem pro louvor, vivendo assim uma falsa
espiritualidade e uma vida de aparência.
d) Como a maioria vê os que já estão no louvor?
Com ar de superioridade, “eu faço melhor do que o
fulano que está no louvor”; E por não se conformarem pelo
fato de terem que esperar, fiscalizam os atos e as falhas dos
que já estão ativos, para usarem como comparações e,
provarem que estão sendo injustiçadas por não estarem no
louvor; Criticam a atitude dos levitas pra apresentarem razões
de que se elas não podem participarem do louvor, então, os
que estão também não podem continuar devido à essas
deficiências que elas fiscalizaram (roupas, horários, namoros,
faltas, santa ceia, boatos, etc.). Ainda mais se o motivo pela
qual elas ainda não “subiram” for referente ao comportamento
ou aos seus maus exemplos.
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** CCoommppeettiiççããoo eennttrree
ooss lleevviittaass
Quais foram as recomendações que Jesus deu para quem quer ser o maior? “Portanto, aquele
que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.” Mt 18:4. “Mas o maior
dentre vós será vosso servo.” Mt 23:11
ra quem não quer ficar por baixo, tudo é
motivo pra competição, são as marcas de
microfones, de instrumentos, são os estilos e
as escolhas dos louvores que vão ensaiar, é quem vai ser
escolhido pra fazer a primeira voz, e até pra escolher os
horários de ensaio se torna motivo pra quem gosta de arrumar
uma confusão.
É competição de quem compõe mais louvores, pra ver
quem tira primeiro as notas do louvor, ou quem pega a música
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mais fácil no ensaio, e estes normalmente, depois ficam
olhando com um olhar crítico para àqueles que estão
demorando pra tirar o louvor.
E quando a equipe necessita de um novo líder, daí a
disputa fica ainda mais agressiva, pois a pessoa precisa
mostrar a todos, a todo custo que ela é a mais preparada em
Competição entre os levitas
todas as áreas pra assumir a equipe e que se o outro assumir
a liderança, a equipe não decola.
Alguns investem pesado na técnica para manter a auto-
imagem e vencer a concorrência de quem chamará mais a
atenção com seu dom, tendo sempre a paranóia de se
exibirem mostrando que são os melhores naquilo que fazem.
E não para por aqui, a competição entre os levitas, por
incrível que pareça, existe até entre os tidos como
“espirituais”, pois alguns disputam quem ora mais, quem lê
mais a bíblia, quem jejua mais, quem chega mais cedo, e até
não faltar que deveria ser visto como uma obrigação de um
levita, para muitos, é visto como uma competição de quem
falta menos pra depois terem o que incluir no seu currículo
ministerial de melhor levita.
Na maioria, a competição só existe porque é alimentada
pelos dois lados, porque se de repente você imaginasse que
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alguém da equipe tem inveja de você, ou se sente incomodado
com sua maneira, ou com a sua roupa, ou com seu dom e isso
a leva a uma desenfreada competição para mostrar que ela é
melhor do que você e, você não se incomodasse e não
entrasse nessa disputa, então a pessoa veria que ela está no
ringue sozinha, e que você não faz um pingo de questão
quanto ao que está incomodando ela.
Competição entre os levitas
Repare no relacionamento pessoal dentro e fora da
equipe de louvor, você verá que normalmente àqueles que se
competem não conseguem ter um bom relacionamento,
sempre um se torna o farol do outro, sempre um critica o
outro e a queda de um é a felicidade do outro, e vice versa.
A síndrome da competição é uma escravidão da alma, e
o pior de tudo é que essa síndrome fere o maior mandamento
entre as pessoas, “amar o próximo como a ti mesmo”, já que
na maioria levam tudo para o lado pessoal.
A competição só existe porque alguns distinguem
funções e posições como sendo umas superiores às outras,
que se ocuparem “X” posição no altar, ou na música, ou diante
da equipe serão mais valorizados do que os outros.
É a paranóia de achar que quem faz a primeira voz é
mais importante e valorizado do que os que não fazem, é a
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paranóia de achar que quem fica na frente é porque é mais do
que quem fica no fundo, é a paranóia de achar que quem faz o
solo da música é mais do que quem só faz a base nos
instrumentos, e tudo isso vai gerando a competição entre
esses que fazem distinção entre melhor ou pior. “Nada façais
por partidarismo ou vanglória, mas por humildade,
considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Fl 2:3
Você cresce mais quando não se prende às concorrências!
Competição entre os levitas
Alguns pra não chamarem muito a atenção de que são
escravos dessa síndrome, se supervalorizam de maneira bem
sutil por meio de comentários maliciosos sobre as falhas dos
outros. Diminuir os demais é a arma mais covarde para
mostrar que uma pessoa é melhor do que a outra.
As igrejas que possuem mais de um ministério de
louvor, também são vítimas dos mesmos motivos e males da
competição apresentada aqui, pois, a tal síndrome não atua só
do ponto de vista individual entre uma pessoa e outra, ela
também atua entre um grupo e outro, onde igualmente um
tenta sobrepor sua superioridade sobre o outro.
Temos que convencer que todos são importantes para
Deus, e que a eleição votada pelo ângulo de vista humano do
melhor ou do pior está errada, pois temos que ver o outro
34
membro da equipe pelo ângulo de vista de Deus, isto é, Ele
não faz acepção de pessoas e vê todos como sendo úteis.
Infelizmente, não há como negar que as pessoas no
geral fazem distinção no tratamento e no reconhecimento dos
outros por suas posições. Contudo, uma pessoa escrava pela
busca de reconhecimento até pode conseguir atrair os
holofotes das pessoas para si, mas é só por um tempo, porque
isso a expõe facilmente à queda.
** VViivveennddoo eemm
oouuttrroo ppllaanneettaa
Ao assumir o ministério a dedicação e o compromisso com as coisas de Deus diminuem?
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do
Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” I Co 15:58
verdade que não são todos, mas quantas
vezes vemos levitas na igreja sem bíblia na
hora da palavra? Quantas vezes vemos
levitas andando na hora da pregação? Quantas vezes vemos
levitas conversando na hora do culto? Quantas vezes vemos
levitas que não souberam nem o que foi pregado no culto?
Quantas vezes vemos levitas fora do auditório da igreja na
35
hora da pregação? Quantas vezes vemos levitas que nem nos
recados prestam à atenção?
As atividades programadas para um culto, também não
teriam que ser para o aproveitamento dos levitas? A pergunta
é: Em que planeta eles estão?
Distraído com o andamento do culto e com a palavra,
mas, basta o apelo e lá vão todos eles para o altar novamente
tocar, cantar e ajudar o pastor como se tivessem
Vivendo em outro planeta
entrado profundamente na palavra. E o mais interessante é
que alguns são tão bem figurantes que suas expressões
corporais e faciais são tão quebrantadas que quem chega na
hora do apelo tem a impressão de que eles foram
tremendamente tocados pela palavra.
Como é possível estar no culto sem prestar atenção na
palavra? Como é possível identificar o louvor mais adequado
pra cooperar com o apelo sem ouvir a mensagem?
E quando o pastor propõe uma campanha para os
membros da igreja tipo (“21 dias orando na igreja”, “40 dias
lendo e meditando um livro”, “7 dias de consagração e
jejum”), todos os levitas também participam voluntariamente
ou só se forem cobrados pelo líder? Alguns nem ficam sabendo
direito de como funciona ou pra qual finalidade será. Daí surge
36
mais uma pergunta. Quando uma pessoa se torna levita ela
deixa de ser membro da igreja?
Alguns pensam que seu ministério e sua posição lhe dão
isenção de participarem das campanhas de consagração, e
muitos agem como músicos contratados apenas para tocar e
cantar. Contudo, essa postura o isola do corpo, e membro
longe do corpo morre, ou seja, o levita que vive aleatório às
atividades de edificação da igreja acaba sendo desafinado.
Vivendo em outro planeta
Basta perguntar “Quantos levitas são zelosos quanto à
limpeza do altar e dos instrumentos?”, e você terá outra prova
de que muitos estão só pra tocar e cantar.
O pastor faz um convite pra igreja toda ajudar a sair
pelas ruas arrecadando alimentos e roupas, os levitas se
incluem nesse convite? Quando o pastor faz um apelo para
lavar as cadeiras da igreja os levitas vão? Quando o pastor faz
um apelo pra igreja ajudar a entregar folhetos evangelísticos
num dia específico, quantos levitas aparecem?
Talvez, você possa estar pensando que cumprir todas as
tarefas de um levita já toma tempo demais, e eu até concordo,
mas, responda pra si mesmo; Por que esses mesmos levitas
quando querem fazer uma viagem ou querem ir num work
shopping, ou comprar algum instrumento, arrumam tempo pra
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fazerem pizzas, jantares e outras coisas mais? Na maioria, se
o líder do louvor não impuser ou cobrar a equipe a cooperar
em outras áreas dificilmente eles ajudam voluntariamente, e
alguns chegam a dar as mais criativas desculpas para escapar
das campanhas e propósitos que a igreja faz, isso quando não
ficam bem quietinhos.
Quantos participam de livre e espontânea vontade dos
estudos bíblicos, ou da E.B.D. (Escola Bíblica Dominical), ou
Vivendo em outro planeta
células, discipulado, teologia, entre outras?
Agora é só o pastor avisar que tal dia haverá um evento
especial, seja na igreja ou fora dela e pronto, parece que esses
mesmos levitas que estavam em outro planeta quanto a
outras atividades na igreja, descem pra terra e se dispõem a
ajudar e a cooperar em tudo, alguns chegam até dar idéias
criativas para abrilhantar o evento e a participação da equipe.
Mais uma vez fica a pergunta. Em que planeta estão os
levitas?
Uma campanha na igreja de três dias orando e
buscando a Deus fica muito puxado para alguns, mas basta
uma festividade na igreja ou um evento onde eles possam
tocar e os mesmos três dias já se tornam leves facilmente.
38
O pastor convida a igreja pra ir no monte orar e adorar
a Deus, quantos levitas vão? Agora se o pastor disser que
haverá um intercâmbio entre igrejas e que no sábado a noite
um ônibus partirá para outra cidade o que será que acontece?
Muitos levitas pensam que pelo fato deles já estarem no
ministério, então, não precisam ou não podem cooperar com
outras atividades na igreja de vez em quando, com isso,
Vivendo em outro planeta
as suas mentes transferem a responsabilidade dessas
atividades aos que não tem ministério na igreja. Isso, em
parte tem lógica, todavia a palavra, a reverência, o respeito,
os apelos, as campanhas e propósitos da igreja também são
para os levitas, e o fato de serem levitas não os eximem de
outras responsabilidades, afinal, eles estão no mesmo planeta
que a igreja.
Entretanto, os levitas devem ser tementes a Deus,
seguirem seus ministérios vigiando pra não se tornarem
“estrelas”, e lembrarem que “... aquele que quer ser grande
seja aquele que sirva” Mt 20:26, pois aquelas mesmas condutas
de humildade que todos têm antes de “subirem” pro
ministério, de ser presente, ajudar na limpeza, no serviço
braçal, de estar firme nas campanhas de consagração da
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igreja, devem ser as mesmas condutas depois que “subirem”,
afinal, os que agem de forma diferente acaba dando mau
exemplo e atraindo críticas e olhares de descréditos, o que
acarreta na queda.
O fato da igreja o ver como um levita não quer dizer que
você está alheio às regalias ou as tarefas, pelo contrário, você
está ainda mais ligado nelas, e por não entender isso é que
muitos levitas se tornam desafinados.
** MMeennttiirraass ee
OOmmiissssõõeess
O novo homem pode andar na mentira? “Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes
do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno
conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;” Cl 3:9-10
erá que uma pessoa que está num ministério
de louvor tem coragem de mentir ou omitir?
Infelizmente a resposta para alguns é sim.
O que leva um levita a mentir ou omitir? Tendo em vista
as considerações da introdução, e das motivações erradas,
40
muitos mentem e omitem pra não perderem a posição de
levita ou pra não serem postos de “banco”.
Não é novidade a ninguém que, para uma equipe de
louvor andar em ordem, os líderes por sua vez, definem regras
e normas internas de acordo com a realidade de cada
ministério. Essas regras visam o crescimento da equipe na
ótica técnica, outras, na espiritual e outras na pessoal, e todas
contribuem para o crescimento ministerial.
Mentiras e Omissões
Algumas dessas regras e normas internas são
fundamentadas com bases bíblicas e outras não, porém, são
exigidas e repassadas com o máximo de respeito, tendo
também como conseqüência do não cumprimento delas
diversas conseqüências e punições.
Alguns requisitos impostos como normas não devem ser
encaradas como uma simples regra, mas como ferramentas de
extrema importância para manutenção de um ministério,
sendo elas oração, leitura da palavra, jejum, comunhão e
ensaios, sem as quais nenhum ministério sobrevive por muito
tempo.
41
Com o tempo, é comum vermos levitas desanimados,
desmotivados com a equipe, consigo mesmo, com seus
cônjuges, com as músicas que tocam, com os autos e baixos,
com as expectativas frustradas, e até com as regras e normas
internas que teriam de cumprir (chegar no horário, não faltar,
etc.), passando a ver aquilo como “fardo”.
E, se tratando daqueles que fazem do ministério um
altar para receber adoração, tanto faz se estão desanimados,
desmotivados com a equipe, podem estar frios
espiritualmente, ou em pé de guerra com o cônjuge que
jamais pensam em sair da equipe de louvor ou ficar de
“banco”, ou reconhecer que não estão bem e pedir ajuda.
Mentiras e Omissões
E devido a esse desânimo, cumprir essas regras e
normas internas fica cada vez mais difícil e distante, e pra não
passar uma imagem negativa de seu andamento quando
questionado, elas simplesmente mentem ou omitem, pois,
sabem que o descumprimento contínuo e sem motivo sensato
acaba que trazendo conseqüências danosas, entre elas: (ser
chamado à atenção pelo líder, ser cobrado pelo grupo, e em
casos onde não há mudança põe-se de “banco”).
Exemplos de mentiras e omissões por parte destes:
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- O líder pergunta: Você leu a bíblia essa semana? A
pessoa responde com firmeza: Claro que sim. Mas não explica
que leu na hora que o pastor pediu pra abrir a bíblia no culto e
que em casa nem pegou na bíblia.
- O líder pergunta: O que aconteceu que você não veio
justo no culto da santa ceia? A pessoa responde: Minha mãe
não estava bem e eu não tive outra saída, tive que ir lá porque
ela estava precisando de mim. Talvez nem fosse algo tão
sério, ou talvez nem pediram, ou talvez fosse uma dorzinha de
cabeça, mas como ela não dizimou, ou queria esconder algo
mais sério, então, ela escora em algum motivo, e mesmo que
seja algo pequeno ela tem a capacidade de super valorizar o
motivo só pra escapar do “banco” se fazendo de certinha.
Mentiras e Omissões
- O líder pergunta: Por que você chegou atrasado hoje?
A pessoa responde dando a entender que é algo íntimo e que
não pode contar os detalhes: Porque tive que resolver uns
probleminhas pessoais. Mas não fala que a verdade foi a briga
com o cônjuge e que ainda quer subir sem se acertar.
- O líder pergunta: Por que você não veio no ensaio? A
pessoa responde meio que sensibilizando a situação: Porque
eu não estava bem de saúde. Mas não fala que na verdade ela
não estava bem no período da manhã e que no período da
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tarde já tinha melhorado, e que na verdade a noite ela não
estava com vontade de ir.
- O líder pergunta: Por que você tem faltado dos cultos
do meio da semana? A pessoa responde: A semana pra mim
está sendo muito corrida e cansativa, eu preciso descansar
porque tenho que acordar cedo pra trabalhar no outro dia.
(apresentando motivo justo). Mas não fala que passa a noite
na frente de uma televisão e que, vai dormir tarde da noite.
- O líder pergunta: Por que você e o “fulano” estão
agindo assim um com o outro? Estão brigados? A pessoa
responde com um ar de inocência: Imagina! Eu não tenho
raiva de ninguém, eu não tenho nada contra o “ele”, agora se
ele tem eu já não sei. Mas, não fala que crítica o “fulano” para
os outros e que se incomoda com o seu desempenho.
Mentiras e Omissões
Alguns levitas até premeditam em que desculpas darão
para não perderem suas posições, ou para não encarar
funções desagradáveis como fazer faxina no altar, e antes de
serem confrontados ou questionados chegam até dar
justificativas ao líder antes, dando as mais criativas
satisfações, desculpas, mentiras e omissões (contam apenas a
parte que lhe favorecem), isso sem falar nas vezes em que
injustamente usam os filhos, o cônjuge que está implicando, o
trabalho, problema com a casa, a distância, o carro que
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quebrou, os parentes que disseram que iam visitá-los, enfim, é
tanta criatividade assustadora!
Em contrapartida, você pode notar que as mesmas
pessoas que dão essas “desculpinhas esfarrapadas” mentindo
e omitindo pra não perderem suas posições, justificando as
faltas dos cultos no meio da semana, dos ensaios, das vezes
que chegaram atrasadas, e até justificam sua espiritualidade
são as mesmas que se tiver um evento grande ou um culto
lotado, “ralam”, “dão o sangue”, chegam cedo e são capazes
de participarem até mesmo dando mau exemplo dentro de
casa, sendo insubmissas ao marido ou aos pais, ou mesmo
tendo que acordar cedo no outro dia, ou tendo que andar a pé
uma grande distância, ou ainda estando muito cansadas, até
mesmo se não der tempo de fazerem janta para os filhos
Mentiras e Omissões
e maridos, ou mesmo tendo que passarem carão pra pedirem
pra sair mais cedo do trabalho pra não chegarem atrasadas, e
às vezes até tomam banho no serviço pra irem prontas de lá, e
caso tenham parentes em casa ou alguém doente da família
são capazes de despistarem facilmente, e se elas mesmas
estiverem doentes, elas vão assim mesmo. Não é muita
contradição?
Oxalá, o Espírito Santo incomodasse esses levitas a não
andarem com a motivação errada, nem de fazerem de seus
45
dons e ministérios “deuses” intocáveis. Quem dera estes
fossem transparentes consigo mesmo, lembrando que de Deus
ninguém esconde nada, e que sem santidade não estão sendo
usados por Deus pra nada. Quem dera estes enxergassem a
necessidade de quebrar esse orgulho, permitindo tratamento
de Deus e depois sim serem usados.
A falta de temor a Deus tem levado muitos levitas a não
serem transparentes, tudo por causa do medo obsessivo de
perder a posição que, para Deus ela já perdeu, pois quem não
aceita ser tratado e transparente já tem o ministério
manchado, e o próprio Deus se encarrega de “afasta-lo”.
** MMoottiivvoo ddee ffaallaaççããoo
ppaarraa ooss oouuttrrooss
Como devemos nos portar? “Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra
integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja
envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito.” Tt 2:7-8.
asta uma infeliz escolha na roupa para ir ao
culto, ou uma maquiagem mais assim, ou
um dia que chegou atrasado pro culto ou
para o ensaio. Basta errar a letra do louvor na hora do culto,
46
ou desafinar, ou errar um solo, ou ser aquele(a) que cometeu
algum deslize técnico a ponto de ser considerado aquilo que
estragou a música. Basta esquecer de comprimentar os irmãos
da igreja, ou de repente não estar num dia muito legal e em
virtude disso sua feição não for a mesma, logo, essas coisas se
tornam primeira página do jornal da igreja.
Basta seu comportamento na rua não for aquilo que um
ou outro espera, basta alguém te ver na rua e você não a ver
que logo estão falando que você não cumprimenta os outros
na rua.
Motivo de falação para os outros
Se você na hora do louvor tiver uma postura muito
extravagante em relação aos outros levitas, então, para a
igreja você está querendo se aparecer, porém, se você tiver
uma postura sem muita expressão em relação aos outros
levitas, então, para a igreja você é frio e não é quebrantado. E
se você não for participativo nas coisas da igreja também
falarão de você.
Basta você sem querer, ou mesmo errando tratar seu
cônjuge ou filho de forma estranha, ou ofender algum parceiro
de ministério ou mesmo da igreja. Basta algum legalista estar
perto de você para analisar a forma pela qual você conversa e
age perto dos ímpios.
47
Basta você ser aquele levita domingueiro ou levita de
eventos, ou “viver em outro planeta”. Basta o líder começar a
por alguém e não muito você pra fazer a primeira voz nas
músicas novas, que as panelinhas dentro da própria equipe
criticam o novo escolhido pra cantar.
A questão aqui não é se os outros têm ou não razão no
que falam a seu respeito, seja quando você erra, ou acerta ou
quando você assume ou não mais responsabilidades na
equipe, também não estamos pondo em questão se o povo
tem ou não o direito de falar da sua vida e te julgar segundo
os olhos deles, mas, a grande questão aqui é de mostrar que
Motivo de falação para os outros
um levita é literalmente uma vidraça, ou como uma fruta
madura no pé, que por estar numa posição chamativa acaba
que atraindo pedradas, e conseqüentemente, julgamentos.
Mas isso, não deve ser encarado como motivo para não
seguir em frente naquilo que Deus te comissionou, nem
motivo pra te desanimar, isso serve pra você ter a melhor
reação de quando você estiver sendo motivo de falação.
É importante lembrar que esse vírus do “reparar os
outros” é algo que tanto pode pegar nos outros pra falar de
você, como também pode pegar em você para falar, reparar,
bem como fazer julgamentos sobre os outros. Haja vista, que
é impossível você agradar a todo mundo ou todo mundo te
agradar, então, o máximo que você deve fazer é vigiar
48
sempre, ser humilde quando errar, e não dar lado quando
estiver correto.
Contudo, não se desespere querendo bater boca com
todos os que falam de você, afinal, sua posição chama mesmo
a atenção de todos. O melhor a fazer é não deixar com que a
sua alma envolva nessas questões, porque senão você não
conseguirá fluir no altar e sempre terá a sensação que você é
um incômodo e, em pouco tempo essa artimanha passa a
alimentar a sua alma e dizer que você tem que abandonar o
ministério e outras coisas mais, conseguindo assim te
desafinar.
** CCoonnfflliittooss
ccoonnjjuuggaaiiss
Que atitude ajuda sair de um conflito? “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em
ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os
seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal;” I Co 13:4-5.
m muitos ministérios é comum terem
conflitos internos entre maridos e esposas,
dos quais a equipe nem fica sabendo.
49
Devido aos ensaios, às orações, às comunhões e aos
cultos, os levitas acabam passando um bom tempo junto, e é
onde o relacionamento entre eles fica mais afinado.
E, se nesse tempo o levita casado, cujo cônjuge não faz
parte do louvor, estiver com alguns problemas em seu
casamento tais como: falta de atenção, falta de diálogo, sexo,
desemprego, enfermidade, finanças entre outros problemas
afetivos e sentimentais, então, o que não faz parte do
ministério começa acusar o levita e lançar comparações de seu
comportamento com as pessoas do ministério com o
comportamento dentro de casa.
Conflitos conjugais
Às vezes, o levita simplesmente exerce seu papel sem
dar muita liberdade para os outros, mas na cabeça do cônjuge
ele(a) como levita dá mais atenção para a equipe do que para
o relacionamento, e comparações assim, começam a fazer
parte do cotidiano do casal, e essas indiretas e desconfianças
acabam acarretando em ciúmes de um lado e desânimo do
outro.
Porém, essas situações também atingem muitos casos
onde o casal faz parte do ministério de louvor, onde também
há comparações da forma como um trata os outros levitas, e
como é tratado pelo cônjuge em casa.
50
* Ciúmes
Aqui nos deparamos com um grande vilão dos casais,
que por sua vez, acabam interferindo na vida daqueles que
sonham com uma vida ministerial ativa.
- “Pra que ir tão bem vestido(a) assim no louvor?”
- “Pra que se produzir assim e passar tanto perfume?”
- “Quanto papinho heim! Que tanto conversa com
fulano?”
- “E esse negócio de ficar indo pra igreja quase que todo
dia heim? Não está me cheirando bem!”
Conflitos conjugais
- Outro tipo de ciúmes muito freqüente é quando o casal
faz parte do ministério de louvor e um se sobressai sobre o
outro a tal ponto onde as pessoas elogiam o dom de um mais
que o do outro e, até a equipe explora mais o dom de um do
que do outro, isso gera um grande ciúmes e conflito, e é onde
a outra pessoa se sente inferiorizada, com isso, ela acaba que
agindo de forma errada, usando vinganças e sentimentalismo.
Os ciúmes sufocam o ministério de um levita. Quando
um levita canta ou toca é como um incenso subindo às narinas
de Deus, e o ciúmes chega a um ponto que desanima e faz o
51
levita se afastar do ministério, também pudera, tantas
acusações e indiretas.
Após um tempo o casal faz as pazes e ficam bem, o
ciúme diminui, pois, agora o levita já não está mais no louvor,
sendo assim, não tem mais do que ter muito ciúmes, porém,
aquela morte ministerial repercutirá em Deus que agora já não
recebe mais o dom desse levita como um incenso suave.
Sendo assim, essa pessoa prestará contas a Deus por ter
contribuído para essa morte ministerial.
O diabo usa dessas artimanhas pra derrubar os levitas
casados, e estes por sua vez, não discernem e caem nas
ciladas. Tudo porque escolheram a forma errada de resolver.
Conflitos conjugais
* A forma correta para resolver
Para se resolver esses conflitos conjugais jamais alguma
das partes pode atribuir, comparar, acusar e envolver o lado
ministerial, pois se o relacionamento está desgastado é devido
à falhas de ambos como marido e esposa, e não como levita
ou tão pouco como profissional. No entanto, não devem
misturar os problemas conjugais com ministeriais,
profissionais, familiares, etc., pois a causa e a solução devem
ser vista em ambos no papel de marido e mulher.
52
Comparar o relacionamento conjugal com o ministerial,
na verdade não é a causa do problema, mas sim, a
conseqüência, o problema desse casamento na verdade vem
de dentro de casa e não do ministério como se vêem, ambos
precisam entender que precisam encontrar suas falhas como
marido e mulher, pois, estes problemas e carências estão
acontecendo dentro de casa.
Contudo, a forma correta para quem está no ministério
de louvor e está passando por dificuldades conjugais é
começar orando um pelo outro, depois expondo todos os
problemas e carências que estão sofrendo e sentindo,
procurando um meio de resolver (e não de acusar) sem
envolver ministério, ou até mesmo trabalho. Todavia, ambos
Conflitos conjugais
precisam se dispor a ouvirem um ao outro e melhorarem
naquilo que estão errando, senão toda exposição de problemas
acaba mais uma vez em comparações ofensivas, produzindo
mais conflitos conjugais. Em casos mais delicados, aonde o
casal vê que não conseguem resolver sozinhos, deve-se pedir
ajuda aos seus líderes espirituais sem demora.
Um levita sensato sabe que o ministério de louvor não é
mais importante que seu cônjuge, sendo assim, seu papel e a
sua responsabilidade como marido/esposa deve ter mais
ênfase do que o seu papel e a sua responsabilidade de levita,
53
visto que é nele que aprende (na base do amor) a negar as
suas vontades em virtude de agradar o outro e vice-versa. Do
contrário temos um levita totalmente individualista e egoísta
que só pensa em si mesmo.
* A forma errada para resolver
Muitos levitas com problemas conjugais agem
totalmente ao contrário do que deveriam, isto é, tratando no
mais puro individualismo, esquecendo o princípio do amor que
se preocupa com o bem estar daquele cuja aliança está
firmada no “até que a morte nos separe”. Que compromisso e
abnegação a equipe de louvor pode esperar se você como
cônjuge, não tem compromisso e abnegação em fazer feliz a
Conflitos conjugais
pessoa a quem prometeu amor eterno no altar?
Devido às motivações erradas, o orgulho gera um medo
na pessoa de ficar de fora do ministério de louvor, com isso,
muitos deixam as necessidades conjugais de lado para dar
mais atenção ao ministério e, é ai, onde muitos também
preferem esconder seus problemas (em alguns casos até
mentem para os líderes), e o pior, também não se dispõem em
procurar uma forma de resolver o problema.
Como conseqüência de tudo isso, a parte mais ferida
inicia-se uma série de recursos carnais para tentar mostrar o
54
erro do outro e de alguma forma também se vingar. Mas, na
verdade, essa atitude é levada por um forte desejo
inconsciente de querer chamar a atenção para si devido à uma
descontrolada carência afetiva, entretanto, mal sabe que esses
recursos os fazem escravos desse mecanismo.
Os recursos mais usados para chamar a atenção são:
- Ciúmes (verdadeiro ou fingido); Afastamento da
igreja; Abstinência de sexo; Chantagens (vai pra igreja? Eu
vou ao shopping!); Pirraças (não quer ficar com os filhos para
outro ensaiar); Cobranças (Você não fez isso!); Maus tratos;
Segredinhos com os outros; Regula os presentes, dinheiro e
faz o que o outro odeia pra chamar a atenção.
Conflitos conjugais
- Não apóia nem incentiva ao ministério; Coloca o
cônjuge contra a equipe usando as falhas existentes; Usam
pequenas situações para dificultar a permanência do cônjuge
no ministério; Usam compromissos que antes não tinham
tanta relevância (jantar na casa de..., passeios, fazer compras
shopping, e outros afazeres pessoais, tudo em dias de ensaios)
para forçar o outro a faltar do compromisso;
- Falso desejo e ameaças de mudar de igreja, separando
assim o cônjuge daquilo que ela enxerga como concorrência;
Enfim, forçam todo tipo de situações pra que o cônjuge se
55
sinta contra a parede e de alguma forma a faça rever suas
faltas para com a saúde do casamento.
Estas e outras coisas acabam que interferindo no
andamento pessoal e coletivo da equipe, no entanto, o bem
estar do seu casamento deve ser sua prioridade, sendo assim,
seu desempenho espiritual não sofrerá danos, nem tão pouco
o da equipe. Simplesmente ignorar um tratamento conjugal
ainda que custe um tempo fora da equipe é um pensamento
de quem não tem maturidade espiritual, provando ainda não
estar apto para estar no ministério de louvor.
Nessa situação a pessoa está a um passo de ser
derrubada do ministério se não tratar do casamento.
Conflitos conjugais
* Adultério com membro da equipe
Uma pitada de ciúmes, ou uma pitada de carência
sentimental, ou uma pitada de aparência, ou uma pitada de
brigas constantes no casamento, ou uma pitada de curiosidade
sobre o mundo de um companheiro da equipe, ou uma pitada
de atenção prazerosa que recebem enquanto estão juntos nos
momentos em que a equipe se reúne, são os fatores mais
fortes que dão início a um adultério.
Um líder de louvor tem imensos desafios e como se não
bastasse ansiar por ter uma equipe com todos os instrumentos
56
tocando harmonicamente e de forma entrosada ainda precisa
ter muito jogo de cintura pra administrar os percalços e atritos
entre os relacionamentos, e também ser um líder que exale
espiritualidade e unção a ponto de levar a equipe a buscar a
presença de Deus. Afinar instrumentos é fácil, duro é afinar o
relacionamento entre as pessoas.
E com estas prioridades eles oram, fazem vigílias,
reuniões de oração, comunhão e ministram palavras de todos
os tipos, algumas como prevenção e outras como cura, tudo
visando mantê-los firmes e em plenas condições espirituais,
porém, será que os líderes se preocupam também em
prevenir, ajudar, ou de certa forma contribuir para minimizar a
possibilidade de um adultério dentre os levitas?
Conflitos conjugais
Não podemos desconsiderar essa hipótese nem achar
que uma equipe está imune a tal acontecimento, uma vez que,
esse problema tem invadido e derrubado muitos levitas,
equipes e igrejas, pois esse problema quando acontece atinge
proporções maiores do que outros problemas.
Ainda que o líder de louvor pense que não cabe a ele
chamar para si a responsabilidade da vida pessoal de cada
levita, todavia, se suas metas são manter de pé uma equipe,
então, é necessário prevenir possíveis situações, entretanto, é
bem verdade que isso não é uma coisa tão fácil, pois varia
57
muito do sistema eclesiástico de igreja pra igreja, de
ministério pra ministério.
Para isso, é necessário que o líder tenha uma visão bem
afinada quanto ao relacionamento da equipe, para detectar em
quem o relacionamento está mais íntimo do que deveria,
podendo assim atuar no princípio desse problema.
Independente de qual seja a pitada que brote o
adultério, todavia, antes dele acontecer de forma física ele
começa na mente e no coração da pessoa. Contudo, a
percepção do líder quanto à mudança de comportamento entre
os levitas é fundamental para detectar essa semente.
O líder deve conquistar a confiança de todos. E mesmo
Conflitos conjugais
quando este ainda não tem muita afinidade, ainda assim o
líder tendo a mínima desconfiança ou boato deve agir rápido
junto ao problema para não criar proporções maiores.
Para isso, é importante que esse líder antes de agir
sente-se com seu pastor para buscar a melhor forma de agir
em cada caso para não prejudicar a equipe nem expor as
pessoas envolvidas.
Se ainda na fase dos pensamentos, dos papinhos, a
pessoa buscasse uma ajuda, muitos incidentes seriam
evitados, mas, devido à alguns motivos, eles se fecham e
58
tentam sozinhos sair desse problema. Na maioria das vezes só
se dão conta de que não são capazes de sair disso sozinho,
quando estão na prática física do adultério.
Dentre os principais motivos que os prendem a não
pedirem ajuda aos líderes temos: a vergonha e o medo.
Vergonha dos outros saberem e de seu cônjuge saber; Medo
de expor o caso ao líder e ser colocado de banco e depois não
ter como fugir da explicação ao seu cônjuge, ou até mesmo do
líder aconselha-lo a contar a verdade à sua esposa e, serem
tratados, isso fora o medo de por em risco o seu casamento.
Já outros, não se abrem por medo de perder sua posição junto
à equipe.
Conflitos conjugais
Outra situação que tem derrubado muitos levitas é que
quando são perguntados sobre a veracidade do caso, (sendo
verdade), negam e não assumem e, alguns até se ofendem
com a pergunta. Sem falar que a primeira coisa que dirão é:
“Quem te falou isso?”.
Se esse momento acontecer com você, não quer dizer
que seja desconfiança, ou desrespeito por parte do líder, pelo
contrário, isso mostra preocupação e amor, afinal, você não
está imune a tal pecado, e sendo assim, não há nada melhor
quando seu líder chega até você pra saber a verdade, por isso,
a importância da sinceridade na resposta.
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Também é muito importante que não joguem a culpa de
nada em seus líderes, uma vez que não solicitou ajuda, ou não
aceitou a ajuda deles. Portanto, líderes e levitas se possível
tenham tais atitudes sempre que entenderem por necessário
sem constrangimentos; Levitas aceitem a ajuda do seu líder.
Para os casos em que a pessoa está envolvida
sentimentalmente com o líder, então procure ajuda
diretamente com o pastor da igreja.
Não adianta insistir em se fechar, pois quem não trata
logo, dá lugar para o diabo desafinar o ministério e até o
casamento.
**DDiissttúúrrbbiiooss SSeexxuuaaiiss
É possível se manter purificado e santo vivendo práticas e distúrbios sexuais? “a avareza, as
malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males
vêm de dentro e contaminam o homem.” Mc 7:22-23.
ma das armas mais freqüentes e atuantes
dentro dos ministérios com certeza têm sido
os distúrbios sexuais, no entanto, apesar
desse problema também atingir os casados, mas, na sua
grande maioria ela bombardeia principalmente os jovens.
A santidade disputa espaço com a sensualidade e a
sexualidade onde fatores como: sites, revistas, filmes e
60
principalmente programas de TVs que propagam imagens
sensuais e cenas eróticas acabam que alimentando a carne,
despertando e aguçando a sexualidade, martelando cada vez
mais na mente e no coração dos levitas.
Isso porque a partir dos olhos se inicia um processo de
estímulo e, somado com os hormônios do corpo a pessoa fica
Distúrbios Sexuais
mais vulnerável aos desejos da carne, que apesar de seu
espírito se alimentar das coisas de Deus, todavia, não
prevalece, pois sua carne é fortemente alimentada.
Nesse estágio, os desejos, os pensamentos, e as
vontades torturam a mente e os órgãos do corpo com
estímulos desenfreados a tal ponto que, no ímpeto de aliviar a
excitação, acabam que caindo na masturbação ou em outros
meios que tristemente o mundo oferece tanto para os homens
quanto para as mulheres.
Por conseguinte, essas pessoas perdem o comando dos
olhos, dos pensamentos e de seus corpos, o que permite o
pecado tomar proporções ainda maiores e o temor de Deus
cada vez menor, tornando assim escravos desses pecados.
Muitos levitas vivem em contínua luta para sair, outros,
para não entrar na prática da masturbação e da lascívia, mas
para estes, essa luta parece algo muito difícil de vencer, uma
vez que além dos fatores citados acima, que contaminam os
61
cristãos, também temos muitos casais de namorados que
vivem na prática do sexo e da fornicação, trazendo para si
uma morte espiritual.
Não obstante, algumas pessoas (casadas e solteiras),
usam estilos de roupas degradantes, inspiradas na forma de
vestir do mundo pra melhorar sua baixa estima, usando tipos
Distúrbios Sexuais
roupas tais como: apertadas, decotada, transparentes, curtas,
marcantes, delineando e realçando as curvas chamativas, isto
é, um prato cheio pro inimigo incitar no coração, e diante de
tudo isso alegam não terem forças pra vencer essa natureza
pecaminosa.
Devido aos vários momentos em que a equipe passa
junto (ensaios, orações e comunhão), um “sentimento de
irmandade e de família”, acaba que aflorando entre eles,
entretanto, alguns chegam até perder a sensibilidade quanto
ao tipo de roupas a ser usada achando que podem ir com uma
roupa mais a vontade ou coisa assim que não terão problema,
ainda mais sabendo que nestes momentos não tem mais
ninguém além deles. Já nos cultos é totalmente o inverso,
pois, usam roupas que chamam mais a atenção pra dar
62
evidência à sua beleza corporal, isso também quando não se
vestem no padrão mundano acima.
O levita tem que vigiar quanto às vestimentas não só
com as de uso nos cultos, como também deve entender que
em todos os lugares ele é alvo de olhares e que esse tipo de
roupa provoca a sensualidade tanto na vida daqueles que
estão presos nessa prática como provoca os que se libertaram,
pois, não é porque a pessoa é do ministério que não tem risco,
afinal, o inimigo pode tirar proveito.
Distúrbios Sexuais
Esses tipos de situações têm desafinado muitos levitas e
prejudicando muitos ministérios, entretanto, vencer essa
batalha exigirá compreensão, tempo e muito esforço e
sacrifício por parte das pessoas que sofrem, e uma profunda e
intensa dedicação por parte dos líderes, sem falar no profundo
conhecimento e experiência que terão que ter para combater
esse mal e ajudar a sarar essas vidas.
E se não fosse mais uma vez a vergonha, o medo e as
motivações erradas reinando na vida de muitos, poderiam
estes pedirem ajuda logo no início, onde poderiam ser
orientados.
Os levitas que estão nessas práticas ou que estão à
beira desses abismos (masturbação, vendo imagens e cenas
sensuais, namoros ilícitos, sensualidade através das
63
vestimentas, entre outras práticas pecaminosas de lascívia,
fornicação e entre outras), deveriam entender que se não
agirem da forma correta poderão não só serem derrubados
como também derrubar outras pessoas da equipe, sendo
assim, deveriam pedir ajuda e dar um tempo no ministério até
Deus tratar e sarar essas fraquezas.
** PPaarrttiiddaarriissmmoo
Independentemente do ministério, o que é mais difícil do que não agir por partidarismo? ”Nada
façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros
superiores a si mesmo.” Fl 2:3.
Uma das funções e desafios do líder é a de ser
pacificador e de manter a imagem e a
importância de todos os integrantes nivelada,
dando os mesmos valores sem distinção, preservando o
máximo a imagem de cada um e reconhecendo a importância
de igual modo de todos. Em situações onde um integrante se
abre com esse líder é importante que esse líder o preserve e
64
poupe a imagem desse integrante sem deixar essa confissão
vazar e ser motivo para os outros o diminuir.
O partidarismo começa sempre pelos olhos dos levitas
que são escravos da síndrome da competição e também pelos
olhos dos levitas que possuem uma alma doente e carente de
elogios e de atenção, onde estes buscam incessantemente de
todas as formas preencherem o vazio, para os tais podemos
classificar de “exclusivistas”.
Partidarismo
Na verdade, o termo partidarismo é tido como um
estágio bem crítico de um processo que se inicia com outras
palavras menos pesadas, tais como: favoritismo, preferência,
queridinho, só porque fez isso ou aquilo, etc.
Estes “exclusivistas” por sua vez, querem ter sempre
mais espaço e mais atenção junto à equipe e ao líder, querem
ser o centro das atenções, com isso, acabam que sugando o
máximo de tempo possível do líder.
E quando o líder se dispõe a nivelar a atenção junto aos
demais companheiros de equipe pra não deixar com que os
outros se sintam deixados de lado e sem atenção, logo, os
“exclusivistas” põe em erupção um vulcão chamado por eles
mesmo de partidarismo.
65
E sem se dar conta do quanto eles receberam de
atenção em relação aos outros, se posicionam como quem
nunca tivesse recebido um milímetro de atenção, dando início
à uma série de competições incansáveis, usando de difamação
contra os outros, e começam a agir como quem nunca foi
amado e importante.
A partir daí os “exclusivistas” passam através de atos e
de palavras a menosprezarem e desqualificarem os demais
irmãos, que é onde o líder tenta empenhar mais uma vez seu
Partidarismo
papel nivelador dando um pouco mais de atenção e honra,
quebrando assim, qualquer resquício que possa nascer de
desvalorização nos demais membros da equipe.
Tendo em vista que os tidos como “exclusivistas” já
receberam certa atenção, acompanhamento, elogios,
agradecimentos, e os outros não tanto, o líder visa quebrar a
imagem de que haja algum favoritismo ou partidarismo de sua
parte com “exclusivistas”, e também para que os
“exclusivistas” possam enxergar que os demais também
possuem qualidades maravilhosas, e que não há ninguém mais
do que ninguém e, ninguém é mais queridinho ou menos
queridinho, já que, os “exclusivistas” não conseguem ter essa
boa imagem dos demais.
66
Todavia, elogiar, dar atenção e um pouco de honra aos
demais, não soa muito bem aos ouvidos dos “exclusivistas”,
pelo contrário, quando o líder precisa honrar os demais, logo
surge uma inveja e um ciúmes gritante, e o fruto disso é mais
apedrejamento nos demais.
- “Pra que eles precisam tanto de conversar com o
líder?” – “Quanta melação!”. Antes, o líder tinha mais tempo
pra gente, mas parece que agora fomos colocados de lado.
Pensam e comentam os “exclusivistas”, mas o detalhe é que
quando a atenção pra eles, eles não pensavam assim.
Partidarismo
Os “exclusivistas” se incomodam com um simples
agradecimento que é feito aos demais, pois para eles isso já é
um início de favoritismo, isto é, partidarismo. Como se não
bastasse, após um tempo eles passam a enxergar a equipe
dividida em dois grupos, onde elogiar uns significa se
posicionar contra o outro lado, e vice versa. Esses só se
satisfarão quando o líder se posicionar a favor deles em
decisões e elogios, tendo assim a sensação de que o líder
tomou partido para o lado deles.
A imagem de competição que há entre alguns levitas é
que passa a imagem de que o líder atua com partidarismo
dentro do ministério de louvor. Se colocar um para fazer tal
solo ou a primeira voz, é porque é partidarismo ou se o líder
67
escolhe uma equipe para tocar num evento tendo ele mais de
uma equipe, então já fala que é partidarismo.
Outra situação onde se tem como partidarismo é quando
um dos integrantes é da mesma família da liderança, ou é o
próprio líder, daí as pessoas não conseguem enxergar as
qualidades desses, e tudo o que se comissiona para essas
pessoas nunca que é por causa dos seus méritos, mas sim,
porque é por partidarismo da família.
Às vezes, um líder vê algo errado numa pessoa, numa
certa área, e antes de punir, ele a aconselha individualmente
Partidarismo
e usa de misericórdia e acaba não punindo, mas, exorta
dizendo que se ela não mudar, então terá que puni-lá.
Daí, simultaneamente o líder precisa punir o outro que
também errou anteriormente e que recebeu conselhos e a
misericórdia e mesmo assim não mudou. Porém, esse que foi
punido não aceita a punição e critica do líder dizendo que ele
trabalha com partidarismo, que o fulano errou e o líder não
puniu e que ele errou e o líder o puniu.
O fato é que, o líder agiu com dois estágios de igual
modo para com os dois, o primeiro estágio usou de
misericórdia, o segundo já seria a punição, porém, o erro da
primeira pessoa foi recente e ela acabou de receber conselhos
68
do líder, já, a segunda pessoa, desperdiçou a nova chance
dada por ele, mas, como esse não vê em que estágio estava a
primeira pessoa, então, ela se vê no direito de querer a
mesma punição para o outro, sendo que o outro poderia
aproveitar a segunda chance.
A pessoa quando é exortada tem a sensação de que os
líderes só pegam no pé dela, que só chamam a atenção dela,
como se o líder tivesse que chamá-la quando fosse chamar a
atenção das outras pessoas. Na verdade, ela lança essa
palavra “partidarismo” para esconder uma carência pessoal da
qual não admite dividir a atenção com ninguém.
** LLííddeerr cceerrttoo
oouu eerrrraaddoo
Davi foi perseguido por seu líder injustamente, fazer justiça por suas próprias mãos neste
caso não seria certo? “Davi, porém, respondeu a Abisai: Não o mates, pois quem haverá que
estenda a mão contra o ungido do SENHOR e fique inocente?”. I Sm 26:09
e um líder compartilhasse com você uma
situação, ou uma crítica, ou uma decisão
difícil que se refere a outro levita,
69
normalmente você ouviria e daria razão às medidas que esse
líder pretenderia tomar em relação ao outro levita, pois,
quando o líder lhe participa ou lhe apresenta situações onde se
diz respeito aos outros, você o vê como um líder correto.
Nessas situações você sempre acha que, o que o líder
está fazendo em relação aos outros é sempre algo justo e
necessário, e dificilmente se põe no lugar da outra pessoa,
apenas olha aquela pessoa pelo ponto de vista da razão e não
pelo ponto de vista humano e emocional, sem falar que após
saber o fato seu subconsciente diz: “ele(a) está errado(a),
ele(a) tem que assumir”.
Líder certo ou errado
Porém, quando você é o personagem da qual o líder viu
algo de errado independentemente se foi algo pequeno ou
grande, você já sente injustiçado, perseguido, desprivilegiado,
e àquele líder que teria razão no caso dos outros agora no seu
já não teria tanta razão assim, pois você não concorda com as
medidas que esse líder pretende tomar em relação a você,
contudo, agora você já não o vê como um líder correto.
Já nessas situações você consegue facilmente se
enxergar do ponto de vista humano e emocional e tem
dificuldade de ver o caso como você veria se fosse com as
outras pessoas, isto é, do ponto de vista da razão, e agora ao
invés de seu subconsciente se prender em pensamentos como
70
“eu estou errado(a), eu tenho que assumir” como seria o seu
pensamento se fosse o outro(a), ele se prende em
pensamentos como: “será que alguém se pôs no meu lugar
pra saber como que eu vou ficar”.
Também é importante ressaltar, que quando a pessoa
está na fase de enxergar seu líder como um líder correto, isto
é, quando tudo anda em sua concordância, então fica fácil se
submeter às direções e decisões dele, porém, quando a pessoa
está na fase de enxergar seu líder como um líder errado, isto
é, quando ele toma certas medidas que a pessoa
Líder certo ou errado
não aceita, então, ela ignora a autoridade desse líder a ponto
de em muitos momentos cortar volta da autoridade desse líder
e procurar por diversas vezes o pastor da igreja para fazer
comentários e dar satisfações, e normalmente se pondo na
condição de quem está certo e de que o líder está fazendo a
coisa errada, tudo porque o líder o contraria, por isso, o tem
por errado.
O fato da pessoa não aceitar a correção de seus líderes,
mostra que ela é uma pessoa que não admite erros, no
entanto, uma pessoa assim não conseguirá andar muito longe,
por muito tempo, logo será desafinada por sua prepotência e
orgulho.
71
Quando um líder age errado e, não assume seus erros,
ou quando ele não nivela sua atenção, seu carinho, seu
respeito, sua paciência, de igual modo com todos, isto é,
quando ele deixa transparecer que ele tem uma panelinha
dentro da própria equipe, e até pra chamar a atenção, ele usa
dois pesos e duas medidas, então, ele está formando um
partidarismo dentro da própria equipe, o que acarreta em duas
turmas dentro de uma mesma equipe, da qual de um lado
haverá satisfação, e de outro, queda.
** CCoommoo rreeaaggeemm
aaoo ““ BBaannccoo””??
O que uma pessoa que está em disciplina pode esperar de Deus? “Bem-aventurado é o homem
a quem Deus disciplina; não desprezes, pois, a disciplina do Todo-Poderoso. Porque ele faz a
ferida e ele mesmo a ata; ele fere, e as suas mãos curam.” Jó 5:17-18.
or ser um dos assuntos que mais intriga os
levitas, talvez mereça mais abordagens e
observações, para que cada dia mais se
diminua o índice de pessoas que não
conseguem superar o “banco”.
72
Alguns não gostam nem de mencionar esse termo
“banco”, e a maioria tem alergia de pensar em estar nele, uma
vez que as pessoas só enxergam o “banco” como instrumento
de punição e castigo que só denigre a imagem, expõe o erro e
o mau estado espiritual. Nisto sobrevêm um grande peso de
vergonha, não tanto com o erro em si, mas, por saberem que
serão motivos de olhares e comentários dos demais.
Em outras palavras, “banco” para a maioria é sinônimo
Como reagem ao “banco”
de rebaixamento, castigo, humilhação, perda das funções,
perda do respeito, enfim, o “banco” não priva a pessoa, mas
sim, a expõe com uma imagem degradante diante de todos, e
em conseqüência disso, há uma perda na auto-estima e na sua
moral própria.
Por estas e outras, essa é uma fase da vida que
ninguém quer passar, todavia, não estamos fazendo apologia
dessa fase, e é bom que todos se esforcem pra nunca
entrarem, porém, ao que vemos, essa fase tem sido inevitável
na vida de muitos levitas que não mantém prudente e
constante um comportamento exemplar.
73
Resumindo, o que se sabe é que o “banco” é
desgastante e constrangedor, mas, será que realmente é
necessário por de “banco” alguém que não está agindo
correto? Será que pôr alguém de “banco” resolve? Será que o
“banco” pode contribuir na restauração de alguém?
Essas são as discussões e debates mais freqüentes entre
líderes e equipes, onde diferem seus pontos de vista e tudo
mais. Algumas denominações preferem não usar o termo
“banco”, e aplicam outros métodos corretivos, mas, o fato é,
que se algum levita está ferindo os princípios e a moral cristã,
então, este precisa passar por um processo de tratamento,
seja titulado como “banco”, “disciplina”, “licença”
Como reagem ao “banco”
ou “afastamento”, não importa qual seja, o fato é, que
qualquer um desses nomes traz as mesmas discussões e
constrangimentos, ainda que todos visem um objetivo em
comum, o de tratar e ajudar a pessoa a se levantar
novamente, ainda que não pareça para a pessoa disciplinada.
Não enxergar o processo positivo de um “banco” pode
derrubar um levita. Ainda que doloroso, mas uma pessoa
quando chega a ser posta de “banco” precisa admitir que ela
mesma é a responsável de ter chegado nesse estágio, e nunca
responsabilizar os outros por ela estar de “banco”.
74
Outro fator importantíssimo é que quando uma pessoa é
colocada de “banco”, automaticamente ela é afastada de suas
funções, e ainda que isso doa para um levita, mas é
necessário, pois, tudo o que ela precisa é parar por um
momento e fazer uma auto checagem de sua vida e ver o que
ela precisa mudar e superar.
Pra muitos levitas dói mais tirá-lo da função do
ministério do que propriamente a circunstância que a cerca.
Mas, como qualificar uma pessoa que está dando mais
importância com o tocar ou cantar a qualquer custo do que
com a sua vida de santidade e prudência diante da palavra?
Você acha que Jesus o reconheceria como um verdadeiro
adorador?
Como reagem ao “banco”
Como Jesus enxergaria uma pessoa que não quer abster
de sua função ministerial só por luxo de não perder a posição
de quem toca ou canta bem e passar por um tratamento
espiritual?
Pra alguns é mais cômodo pensar que ficar de “banco” é
uma forma de matar definitivamente o seu ministério, mas
será que isso não é uma fuga pra quem não quer admitir e
olhar para o seu erro?
75
Toda pessoa precisa entender que o ser humano tem
limitações, e que todos estão sujeitos a erros, e que essas
coisas fazem parte da característica do ser humano; No
entanto, não falhar, não errar, sempre foi algo que só Deus
tem em suas características, portanto, quando você não aceita
e admiti seus erros, significa que você está negando sua
natureza humana e se pondo na condição de um deus.
A fase do “banco” serve pra pessoa se auto avaliar e ver
se ela é mais apaixonada por aquilo que ela faz pra de Deus
ou pelo próprio Deus. Nessa fase, ela chega a uma conclusão
do que ela tem dado mais importância e revê o que tem sido
prioridade, se o seu ministério ou se a sua vida íntima e
pessoal com Deus, podendo assim orar, se consagrar e sentir
aquilo que antes fazia parte de seu cotidiano no primeiro
amor, isto é, a presença de Deus.
Como reagem ao “banco”
Outro fato é que, quando a pessoa recebe a notícia do
líder que ela está de “banco” e que terá que ficar um tempo
sem atuar na sua função diante do ministério, é como se ela
estivesse recebendo a notícia de morte de alguém que ela ama
muito. Por outro lado, por mais que o líder fale com mansidão,
em amor e sabedoria ainda assim ele sabe que corre o risco de
ser mal interpretado ao dar a notícia.
76
A pior reação por parte de um levita é quando ele vem
após um tempo, apresentando mil razões, e usando o nome de
Deus para embasar uma vontade embutida de não aceitar o
tempo de tratamento “banco”, dizendo que Deus não quer que
matem o sonho e o chamado dele, que ele já se arrependeu e
que Deus já o perdoou, mas, que estão demorando pra “subi-
lo” novamente, e que Deus falou com ele isso e aquilo mais, e
que está pensando seriamente em pedir a bênção pra ir pra
outra igreja.
Mas, isso nada mais é que um meio de cortar caminho,
cortar volta do tratamento, tudo porque seu orgulho não
admite estar sendo titulado como quem está de “banco”, por
isso, usa o nome de Deus e espiritualiza a conversa pra ver se
consegue pressionar sua volta.
Há casos irreversíveis, onde o levita decide escapar do
“banco” e da vergonha que ele mesmo sente por ter perdido
Como reagem ao “banco”
sua posição (ainda que temporariamente), por ter falhado e
vai para outra igreja.
Os que saem por motivo de vergonha ainda chegam à
outra igreja dizendo que querem ficar quietinhos no banco da
igreja por um tempo, estes, ainda entendem que é melhor
ficar no banco da outra igreja, onde ninguém conhece seu
77
problema e a sua vida e depois de um tempo voltar a exercer
seu ministério, do que ficar dentro de sua própria igreja tendo
que enfrentar a vergonha.
Já os que saem por querer tocar logo, chegam à outra
igreja fazendo propaganda das funções que faziam na igreja,
tudo para impressionar os líderes na intenção de “subir” logo
para o louvor. Estes pouco falam de seu lado “Maria” de ser,
até porque não tem muito do que falar, mas propagam o seu
lado “Marta” de fazer, e pra justificar sua saída, ainda dizem
que só saiu da outra igreja porque tinha umas coisinhas
erradas lá, por isso, saiu. (essas coisinhas ela se refere à não
aceitação do “banco”).
Como muito poucos líderes hoje, dão ao capricho de
fazer uma profunda análise da vida da pessoa junto à outra
igreja, e como lá ninguém fica sabendo de como ela é, então,
ela entende que sua subida para o louvor será mais rápida do
que na igreja anterior.
Como reagem ao “banco”
Logo, a liderança percebe que a pessoa realmente sabe
cantar ou tocar e devido à necessidade daquela igreja de se
agregar pessoas ao ministério, então, já a “sobem” para o
ministério de louvor, e é ai onde a pessoa conseguiu pular a
fase do tratamento; Mas, não demora muito pra essa pessoa
que não foi tratada aflorar àquela fraqueza e novamente será
78
motivo de observação diante da igreja. E quando ela pensa
que está adiantando o processo do “banco” na verdade ela
está atrasando ainda mais.
Nem a demora, o constrangimento, ou a vergonha são
motivos pra forçar uma volta ou uma aceleração do processo
de tratamento, muito menos ser motivo pra não enfrentar o
“banco” e ir para outra igreja, pois tais atitudes são
provenientes de um orgulho aflorado.
Outra triste realidade e quase que fatal, é evitar o
sentimento e o envolvimento da família em situações onde a
pessoa está de “banco”. Alguns maridos, esposas, pais, mães
e até irmãos acabam que tomando as dores e interferindo
junto a liderança advogando a causa e tentando convencer a
não por de “banco”, pois alegam ter receio de que o “banco”
pode fazer o levita sair da igreja e voltar para o mundo, isto
quando não se mostram injustiçados, ou simplesmente
intercedem para evitar o constrangimento que a família terá.
Como reagem ao “banco”
Por este e por outros motivos é que o prefácio deste
livro indica que não só o levita leia esse livro, mas sim, toda a
família, para que todos ampliem o conhecimento das
circunstâncias que podem sobrevir, visto que a família faz
parte do contexto do levita em todos os momentos.
79
Aqui cabe uma das mais importantes observações pra
uma pessoa que deseja entrar num ministério. Você e sua
família confiam plenamente na direção e na liderança do
ministério? Se você e sua família não vêem os líderes do
ministério de louvor como homem ou mulher de Deus, então,
sugiro que seria melhor que nem entrasse, pois, você seria
facilmente um questionador da direção desse líder e com
certeza, não cresceria ministerialmente, pondo em risco a
credibilidade da sua igreja e do pastor junto a sua família.
Não ponha sua salvação e a salvação de sua família a
risco por um ministério, ainda que você ame muito. Para que
as duas coisas caminhem bem, ainda que você esteja sujeito a
ficar de “banco”, certifique que sua família tem inteira
confiança no caráter e na condição de homem e mulher de
Deus quanto aos líderes, a ponto de que se eles avaliarem algo
pra tua vida, todos venham a respeitar e entenderem que
estão tomando a decisão certa pra tua vida.
Eles têm que entender, ministério não segura ninguém
Como reagem ao “banco”
numa igreja, ele até é usado como atrativo pra pessoa vir pra
igreja, mas, o fator que define a entrada dessa pessoa no
ministério é a conversão mostrada pelos frutos, e ainda que a
pessoa não esteja bem espiritualmente, e precise ser posta de
“banco”, não é o mundo, muito menos o ir para outra igreja
80
que poderá intimidar o líder. Todavia, é normal a preocupação
da família, afinal se amam, mas, se a família quer ajudar essa
pessoa a não ir pro mundo, então, devem orar, jejuar, e
mostrar em amor que ela precisa se acertar diante de Deus,
mostrando o outro lado do “banco”.
Em síntese, na maioria das vezes a pessoa sai da igreja
e vai para outro ministério ou pra cortar volta do tratamento e
pra não perder seu “cargo” ou por constrangimento dela e da
família.
Ainda que esse livro mostre mais problemas do que
vantagens como foi dito no prefácio, não deixe transparecer
que o ministério de louvor só dá prejuízo, no entanto, é
incumbência da liderança preparar e resgatar um ministério
forte, pois, esse livro visa prevenir e mostrar os cuidados que
se deve ter na fase “banco”. Oxalá, abrissem os olhos dos
levitas para que superassem com humildade o “banco”, assim
não seriam tão facilmente desafinados pelo orgulho e se
reergueriam mais fortes.
Como reagem ao “banco”
Líderes, tenhamos muito cuidado, pois, se por um lado
acrescentar uma pessoa no ministério de louvor representa o
crescimento de uma pessoa na igreja, por outro lado, também
quando uma pessoa é posta de “banco”, corre se o risco de
perder várias.
81
Por que alguns levitas, quando estavam ativos no
ministério iam aos cultos regularmente, mas, quando estão de
“banco” sempre tem motivo pra faltar? Quantos levitas não se
desviaram em momentos em que estavam de “banco” na
igreja?
Porque, ao invés da pessoa que está de “banco” se auto
analisar e se preocupar consigo mesmo, ela se torna uma
fiscal dos outros, comparando as atitude das pessoas, visando
achar falhas para subjugá-las como também merecedoras de
um “banco”, assim comparam seu erro com o erro dos demais
e sempre destacando o erro do outro como pior do que o seu,
tudo na expectativa de influenciar o líder a colocar outros de
“banco” como ela.
Essa é uma forma errônea que encontram de
melhorarem a sua auto-estima, pois, ela tem a sensação que
não é só ela que agiu errada, e que outros também erram.
Dessa forma, tiram um pouco do peso e do constrangimento
de estarem de “banco”.
Como reagem ao “banco”
E quando o líder diz ao levita que por um tempo ele não
tocará ou cantará, mas que ele precisa continuar vindo nas
reuniões de oração, e nos estudos bíblicos e nas vigílias com a
equipe, parece que é a morte, não entra na mente dele, o fato
de terem tirado a função e não as demais coisas.
82
Muitos não compreendem o propósito, e passam a faltar
dos demais compromissos com a equipe, é como se a pessoa
só cumpria porque tocava, e que a partir desse afastamento
essa pessoa começa a dar mil desculpas pra não estar orando
com eles. Mas, isto só revela ainda mais que essa pessoa não
tem humildade.
* Lições positivas do “banco”
Deus admira uma pessoa que estando na condição de
“banco”, avalia onde está o seu erro, e admite que o erro é
exclusivamente seu, que entendeu que Jesus aplaude mais o
ser “Maria” do que o fazer “Marta”. Deus nos ama e nos
valoriza pelo que realmente somos, se somos fiéis, se somos
submissos, se somos literalmente apaixonados por ele acima
de qualquer circunstância ou dom.
Que fase prova mais a humildade de uma pessoa? No
altar ou de “banco” buscando ser tratado ainda que diante dos
olhares e julgamentos de todos?
Como reagem ao “banco”
Para quem nunca esteve de “banco”, glória a Deus e
parabéns, e talvez seja fácil julgar, criticar e dizer qualquer
coisa de alguém que está de “banco”, mas, será que essa
mesma pessoa que nunca esteve de banco, teria humildade
pra encarar um “banco”, ou se rebelaria? Portanto, não
julguem quem está de “banco”, pois, se esta pessoa entender
83
o que Deus espera dela e voltar diferente, poderá surpreender
Deus, mais até do que você que nunca esteve.
O “banco” não derruba um levita, nem o tempo em que
ele está esperando pra voltar, mas, o que derruba um levita é
não admitir sua natureza de ser humano, que precisa se
restabelecer e rever sua conduta.
Normalmente é mais fácil a pessoa ficar de “banco” do
que a pessoa sair dele, porque a pessoa deveria entender que
o “banco” não veio pra acabar com ela, mas sim, pra que ela
tivesse um período de reflexão, pra identificar onde errou e
onde precisa melhorar. O “banco” em si, não pode ser visto
como castigo, mas sim, como tempo de mudanças.
* Reflexões pra quem está de “banco”:
- Quem eu valorizava mais, Deus ou o meu ministério?
- Vou aos cultos com a mesma freqüência de quando
estava ministrando no altar?
Como reagem ao “banco”
- Com que me preocupo mais, com os meus erros ou em
reparar o erro dos outros pra ver se o líder vai por outras
pessoas de “banco”?
84
- Será que se eu estivesse tocando ou cantando também
estaria pensando em ir pra outra igreja ou criticando meu
líder?
- Estou mais ansioso pra voltar ou pra mudar?
- Quantas vezes adorei a Deus no período de “banco”?
- Que lições extraí desse “banco”? Cresci com ele?
- Superei o erro que me colocou de “banco”?
- Sinto a presença de Deus estando de “banco” ou só
consigo sentir se estiver no altar?
- Se Deus resolvesse fugir da regra comigo como fugiu
com Abraão e me provasse pedindo que eu sacrificasse o meu
tocar ou o meu cantar pra medir a quem eu amo mais, se o
meu dom ou Ele, o que eu faria?
86
cchhaammaaddoo
maior medidor para mostrar se uma pessoa
tem ou não o chamado, não é o tamanho do
talento musical da pessoa, também não é o
nível espiritual da pessoa, mas, o maior medidor para mostrar
se uma pessoa tem ou não chamado é o tempo.
Muitos dos que “são bem espirituais” quando entram no
ministério de louvor, entram com uma visão “toda espiritual”,
mas, basta algum tempo pra que sua espiritualidade se depare
com situações que infelizmente não deveriam acontecer, mas
acontecem na grande maioria dos ministérios de louvor, tais
como (falta de compromisso na oração e na consagração,
competições por posições mais chamativas, picuinhas,
desinteresses, a saída de um ou de outro que sempre acontece
com o tempo, e outras motivações erradas), e logo saberemos
quem tem chamado.
O verdadeiro chamado
87
Com o tempo essa pessoa começa a enxergar aquele
ministério de louvor, ou melhor, começa a enxergar a
convivência e o andamento da equipe como algo que está
prejudicando seu nível espiritual, sua fé, e aquela expectativa
espiritual que ela sonhava parece ficar mais distante, então,
ela decide sair da equipe argumentando pra si mesma que é
melhor estar bem espiritualmente adorando a Deus junto com
os outros das cadeiras da igreja do que ficar no louvor
murmurando sobre o fraco andamento espiritual da equipe.
Se você realmente tem o chamado para este ministério,
então, não sairá do ministério porque os demais levitas não
estão num momento tão bom ou porque não estão levando os
compromissos tão a sério como você tem levado e se você
realmente tem o chamado, então, ao invés de pensar em
parar, você tentará ajudar por todas as formas seus parceiros
de ministério.
Se você realmente tem o chamado você também não
agirá de forma inconveniente quando passar a ser motivo de
falação para os outros, ou quando houver a necessidade de
um tratamento espiritual devido ao pecado, frieza ou coisa
assim e se portará com humildade como alguém que precisa
ausentar das funções por um tempo pra aplicar um período de
consagração, sabendo que Deus espera novamente a sua
O verdadeiro chamado
88
volta, sabendo que, no momento não está bem e que
necessita de ser tratado. Isso é agir como alguém que
realmente tem o chamado.
*Eu, diante de Deus (Parábola)
Você pergunta: Onde está o meu “Eu, diante de Deus!”?
Alguém o viu por ai?
Alguém muito longe diz: Como é o seu “Eu, diante de
Deus!”?
Você diz: Nossa não sabia que alguém tão longe pudesse ter
escutado minha voz.
Alguém muito longe explica: É que me mandaram pra cá e
eu to tentando voltar pra minha casa.
Você pede: Aproveita que você esta por ai e me ajuda a
procurar o meu “Eu, diante de Deus!”.
Alguém muito longe curiosamente pergunta: Mas, como é
o seu “Eu, diante de Deus!”?
Você responde: Ah é fácil reconhecer o meu “Eu, diante de
Deus!”, eu sou um levita.
Alguém muito longe diz: Por aqui não tem ninguém, só eu,
mas, como foi que você o perdeu?
Você responde: Pra te falar a verdade eu nem percebi
quando ele me deixou.
Alguém muito longe diz: Mas, quando e onde você lembra
O verdadeiro chamado
89
ter perdido o seu “Eu, diante de Deus!”?
Você responde: Lembro vagamente, me parece tê-lo visto
naquele culto cheio do domingo, naquele ensaio que todos
chegaram no horário e que foi produtivo, acho também que o
vi quando ninguém contrariou minhas idéias nos ensaios, mas,
de uma coisa eu tenho certeza, eu vi o meu “Eu, diante de
Deus!” naquele último evento grande que participei.
Você diz: Nossa! Me perdoa, agora que eu percebi, quanta
indelicadeza de minha parte, pois, você apesar de tão longe
tem me dado tanta atenção e eu aqui com meu egoísmo só
falando de mim e nem dei oportunidade pra você dizer nada
sobre você.
Alguém muito longe diz: Ah eu tenho andado por ai sabe,
por vários lugares, estive naquele culto cheio do domingo,
naquele ensaio que todos chegaram no horário e que foi
produtivo, também estive quando ninguém contrariou minhas
idéias nos ensaios, naquele último evento grande.
Você interrompe dizendo: Ué, então, como que eu não te vi
se passamos pelos mesmos lugares?
Alguém muito longe diz: É que só podem me ver quem me
coloca como centro das atenções, como prioridade, sem me
dividir em momento algum e, como sendo a coisa mais
importante tendo as demais coisas como secundárias e como
O verdadeiro chamado
90
você nesses ambientes estava tão ocupado com outras coisas,
não pôde me ver.
Você pergunta: Agora fiquei curioso sobre você e queria
saber como faço pra te ver e te conhecer?
Alguém muito longe responde: Ah! eu ando muito, ando
por todo lugar a procura da minha casa, e além de visitar
esses lugares que te falei, também visito os cultos semanais
onde há carência de importância, pois, quase ninguém dá
importância pra ele, também gosto muito de visitar ensaios
onde nem sempre as coisas andam como as pessoas esperam,
pois, lá carece muito da minha ajuda, também não posso
esquecer-me do meu lugar favorito, que é estar aonde sou
agradado em todos os momentos.
Você diz: Afinal, qual é o seu nome e que casa é essa que
você tanto procura?
Alguém muito longe diz: Eu me chamo “Eu, diante de
Deus!” e agora eu lhe digo qual era a casa que eu tanto
procuro “é o seu coração”, que por sinal, antes, não fazia
questão se iria ser agradado ou não, apenas você desejava o
mais importante, estar comigo.
“Eu diante de Deus!” diz: Eu estava tão pertinho de você
naquele domingo, almejei tanto voltar a ser o centro das suas
atenções, mas, você estava tão ocupado, se esforçando
O verdadeiro chamado
91
em mostrar os seus dons, as suas vontades, em querer se
aparecer que nem tive espaço em você, no entanto, pude agir
na vida de muitas pessoas que se entregaram na presença de
Deus, mas, suas ações me expulsaram de dentro do seu
coração, e agora você está vazio.
“Eu diante de Deus!” convida: Não foi o seu “Eu, diante de
Deus!” quem o deixou, mas, foi você quem o mandou embora,
quando não me priorizou como deveria, como o centro de suas
atenções, mas, ainda quero voltar pra não sair mais, e quem
me dera se pudesse ser hoje, não pelo dia, nem pelo evento,
nem pelo lugar e nem pela situação, mas, pelo amor. Hoje,
encontrei minha casa, resta saber se serei convido pra voltar e
ocupar o lugar de maior honra, de maior atenção, de maior
amor, isto é, o seu coração. Você pode fazer isso agora?
Agora VOCÊ LEITOR é que responde!
Será que uma pessoa com esse comportamento, sabe o
que significa ter um verdadeiro chamado? Chamado é escolha,
é convocação, é a responsabilidade de submeter o seu “eu”,
diante do Senhor, é buscá-lo com intensidade nos cultos
semanais, é chegar cedo e se preparar para os cultos e não
fazer de qualquer jeito, chegando apenas pra tocar.
O verdadeiro chamado
92
* Os espinhos e as pétalas (Parábola)
Essa parábola ilustrará dois estilos de pessoas, dois
tipos de levitas, duas realidades e duas visões; No entanto,
mostrará qual deles realmente tem o verdadeiro chamado para
este ou qualquer outro ministério.
Uma pessoa dizia ter o chamado para tal ministério, e
querendo fazer parte, se esforçou tanto até que conseguiu. Ao
entrar seu superior lhe deu uma linda rosa dizendo que aquele
ministério era algo tão belo e honroso quanto aquela linda rosa
e lhe orientou que enquanto estivesse no ministério era pra ele
carregar aquela linda rosa.
Sem muito entender pegou aquela linda rosa pelo talo e
carregou por todo lugar que ia, exatamente conforme seu
superior ordenou. Todos ficaram perplexos com a beleza
daquelas pétalas e todos se admiravam até que, aquela linda
rosa chamou a atenção de toda a igreja de tão linda que era.
Com o tempo suas mãos ficaram desajeitadas, pois, a
medida que andava, sua mão se cansava e mudava o jeito de
segurar naquele talo, visto que, os espinhos machucavam e
incomodavam até um ponto em que sua mão começou a
sangrar, mas, ela se lembrava que seu superior não queria
que ela soltasse a rosa enquanto estivesse nesse ministério.
O verdadeiro chamado
93
Cada dia que passava sua mão machucava mais, porém,
era notória a beleza e a admiração de todos por aquelas
pétalas, até que as pessoas queriam estar mais perto e sentir
aquelas pétalas. E atendendo ao pedido de todos, ela passeava
entre as pessoas no culto tocando-as com as pétalas enquanto
ia segurando no talo espinhoso.
Essa flor chamou tanto a atenção e se destacou tanto
que até Jesus ficou desejoso por estar perto e sentir aquilo
que as pessoas sentiam, isto é, o toque e a beleza da rosa,
então, ele resolveu sair do seu trono e vir até os cultos se
juntar a igreja pra sentir o que a igreja sentia. Quando isso
aconteceu pela primeira vez, Jesus ficou maravilhado com
aquela rosa e não se conteve, passou a vir freqüentemente.
Tempos mais tarde, essa pessoa não agüentava mais
segurar a rosa pelo talo de tanto que os espinhos furavam,
mas ela também não queria perder o ministério, pois era
imenso o prazer de ver as pessoas se impressionando com a
rosa que seu superior lhe entregou, por isso, não a soltava.
Mas, certo dia ela resolveu inverter a maneira de
segurar a rosa e a partir daí, ao invés do talo cheio de
espinhos, as pétalas passaram a ser ocupadas por suas mãos,
que logo já sentiu a diferença, e a sensação de alívio chegou,
e os ferimentos deram lugar a uma maciez.
O verdadeiro chamado
94
No entanto, o próximo culto foi marcado por uma
impressão um tanto diferente, pois, notou que a feição das
pessoas tinha mudado enquanto passeava no culto, e sem
entender se questionava, pois, se indagava porque as pessoas
não estavam sentindo o mesmo prazer de sempre, se ela
continuava a andar entre as pessoas e tocá-las com a rosa
como de costume.
Mas, mesmo sem resposta continuou a segurar aquela
rosa pelas pétalas, e continuou sua rotina em todos os cultos
passeando com aquela rosa entre no culto entre as pessoas,
ainda que o prazer não fosse o mesmo, pois o que importava é
que agora ela arrumou um jeito de carregar a rosa sem
machucar as suas mãos, isto é, sem sofrimento.
E cada vez mais não se dava conta de que todos ao
invés de admiração e prazer estavam sentindo as dores dos
espinhos em cada culto. Também não se deu conta de que as
pétalas estavam morrendo, perdendo seu brilho, já que seus
olhos ainda continuavam a procurar respostas pelo ocorrido.
Um determinado dia, seu superior apareceu e pediu
contas daquela linda rosa, no entanto, meio sem jeito, ela
pega a rosa novamente pelo talo e se depara com as pétalas
deformada e sem aquele brilho inicial e só então, encontra a
resposta que tanto procurava nos rostos das pessoas.
O verdadeiro chamado
95
Preocupada em não devolver a rosa daquela forma, ela
tenta disfarçar e desamassar as pétalas pra que seu superior
não veja o dano que fora feito nas pétalas por suas próprias
mãos, e quando ela viu que as pétalas não voltariam a ser
como antes, tentou se justificar pra escapar da culpa,
alegando os motivos que a fizeram segurar a rosa pelo talo.
Infelizmente, tudo em vão, pois o superior repreendeu
fortemente tal ato egoísta e a culpou por não ter cuidado bem
daquilo que lhe entregou; Após isso, enfileirou cada pessoa
que participava dos cultos e mostrou o tamanho das feridas
causadas pelos espinhos até que seus olhos percorram a fila e
ela pôde ver que nela estava Jesus.
Moral da história
Quantas pessoas dizem ter o chamado pra tal
ministério, mas não querem segurar os espinhos? Quantas
pessoas acham que ser simplesmente um levita é ser afagado
pelas pétalas? Quantas pessoas quando se dão conta de que
no ministério também tem espinhos não querem sair da
equipe, ou pra continuarem com os olhares de todos, buscam
trocar os espinhos pelo afago das pétalas?
Temos que entender que Deus é o nosso superior e Ele
nos dá dons e propósitos que nada mais são que essas lindas
O verdadeiro chamado
96
rosas, e nos condiciona dizendo que só podemos atuar no
ministério e cumprirmos esse propósito se carregarmos essas
lindas rosas chamadas dons. E esses lindos dons, possuem
talos de espinhos e pétalas lindas e belas que chamam a
atenção de todos, inclusive de Jesus.
Quantos espinhos você já leu só neste livro que podem
furar as suas mãos? Assim como nessa parábola, muitos
matam o dom e sufocam as pétalas chamadas propósitos, não
se dando conta de que um dia, Deus irá pedir contas de como
cuidamos desse lindo propósito e dom.
Só houve beleza no ministério de Jesus porque Ele não
deu os espinhos pra ninguém, antes agüentou firme os
espinhos para que todos hoje pudessem sentir a beleza das
pétalas de seu amor, de seu evangelho e quando Ele passeia
no meio da igreja, a sua presença estonteante impacta cada
vez mais a todos.
Ele pôde dizer ao Pai “sofri muito e até morri, mas, não
matei a linda rosa chamada amor que recebi, antes, cumpri o
propósito de morrer pela humanidade”.
Ainda que doa muito, mas não deixe com que os
espinhos façam você matar essa linda rosa que o SENHOR lhe
deu, nem queira trocar o afago das pétalas que esse dom
O verdadeiro chamado
97
proporciona, porque isso só traz morte para as pétalas e fere a
Jesus e as pessoas. Antes se alegre, pois, se você agüentar
firme as lutas e os espinhos mantendo-se firme no propósito
de Deus, Jesus virá receber a parte mais linda que só cabe a
Ele, isto é, as pétalas do dom que Deus lhe deu.
Quando uma pessoa resolve inverter a forma de segurar
a rosa, então seu ministério perde o sentido, lembre-se, um
dia Deus colocará uma fila de pessoas que foram tocadas pelo
seu dom, e a honra será toda d´Ele se você não matar as
pétalas, desejando ficar com o afago do dom que Deus te
confiou. Lembre-se que a rosa sem as pétalas perde sua
beleza e seu significado.
No final, suas mãos podem até estar muito machucadas
de ingratidão, de rejeição, de perseguições e de todo tipo de
contratempo, mas, se Deus ver que você mesmo nas dores,
não tocou Jesus com os espinhos e sim com as pétalas, com
certeza Ele sarará as suas feridas e você não só terá novas
mãos, mas terá um corpo todo glorificado.
Por esta história podemos identificar quem realmente
tem o verdadeiro chamado para o ministério de louvor, assim
como para qualquer outro ministério; Aquele que segura firme
no propósito de Deus, agüentando o talo cheio de espinhos até
o fim, esse é o que tem o verdadeiro chamado.
98
** OO pprreeççoo ddoo
MMiinniissttéérriioo
maioria enxerga a expressão “pagar o preço
no ministério” como algo que é conquistado
com muito sacrifício e dor; Não que estejam
errados, mas existe outra maneira de enxergar essa expressão
“preço”, e essa visão se chama amor.
O que dizer, por exemplo, de uma pessoa que passa
horas e horas e até finais de semana treinando numa piscina
sacrificando até momentos de lazer pra ser um grande
nadador? Com certeza, você diria que ela está pagando o
preço por aquilo que é a sua aptidão e o seu sonho. Sim, você
está certo, mas essa visão é tida para os que estão de fora,
pois, se perguntarmos pra essa pessoa como ela enxerga essa
dedicação toda, com certeza, primeiro ele dirá que ama o que
faz e por isso, abrir mão de regalias pra fazer o que ama não é
sacrifício e sim um prazer.
99
O preço do ministério
Imagine a mesma rotina semanal, a mesma carga
horária semanal de treinos, o mesmo trajeto de casa até o
local de treino, com chuva, com sol, no calor, no frio, em dias
de festas dos amigos, não importa, essa pessoa obedece a
hora de acordar e segue com disposição pra mais um dia a
caminho do que ama fazer.
Este é um exemplo real e, poderíamos até colocar
outros exemplos de pessoas que são comprometidas com
aquilo que amam e que também não vêem problema em abrir
mão às vezes de momentos prazerosos como ficar até mais
tarde numa festinha com os amigos pra descansar e estar bem
para aquilo que é a sua prioridade.
Se enxergamos tal aplicação e comprometimento em
pessoas que estão em busca de uma realização pessoal em
áreas ligadas a esse mundo natural, que aplicação e
comprometimento poderíamos esperar de uma pessoa que diz
ter recebido um chamado da parte de Deus e que ainda tem o
espírito Santo pra lhe fortalecer e lhe dar ânimo para
prosseguir com um dom que não será usado para esse mundo
natural, mas sim, para o celestial? Não era para o levita ter
mais aplicação do que esse nadador, visto que ele tem o
espírito Santo e está em uma missão divina? Por certo, para os
que não são levitas a resposta é: “era”.
100
O preço do ministério
Chegar cedo, cumprir horário, ter tolerância nas
dificuldades, ser paciente com os irmãos, ter sua vida exposta
diante dos olhares, submeter ao líder, ser servo, limpar o altar
e os instrumentos, e principalmente, não perder seu
devocional com a oração e a palavra, é o que darão firmeza
pra um levita dar bom testemunho.
O “preço” de um ministério pode até parecer alto demais
para os que estão de fora, mas, para o levita que ama de
verdade esse ministério e foi chamado, tudo isso é
recompensado quando sobem pra adorar a Deus.
Para que o corpo do ministério siga em passos iguais, é
necessário até sacrificar o tempo de cuidar dos filhos, de
estudar. Por isso, é muito importante que cada um tenha
certeza do seu chamado e do preço que isso custa. Portanto,
fazer parte de um ministério implica em reformular sua
agenda, afinal, se alguém pensa em caminhar no ministério
sem pagar o preço ou tentar dividir o ministério com outras
prioridades ao ponto de atrapalhar o andamento da equipe,
então, você não tem o chamado.
O levita precisa ver se realmente tem chamado e
aptidão para o ministério, e isso só é possível quando este
encara essas responsabilidades com amor e prazer. Uma
pessoa que ama algo, com certeza dará prioridade àquilo.
101
** CCoonnssiiddeerraaççõõeess
ffiinnaaiiss
o me referir ao tema acima “A POSTURA DA
MINORIA” para definir como quem tem a
motivação correta e ao tema acima “A
POSTURA DA MAIORIA” para definir como quem tem a
motivação errada, dá a entender que estou enxergando as
pessoas e os ministérios de forma crítica, mas, permita-me
fazer a seguinte reflexão:
Se o Pai está a procura dos verdadeiros adoradores,
pressuponho que se “A MAIORIA” estivesse agindo de forma
correta, Deus não precisaria expressar sua procura ardente
por verdadeiros adoradores, por isso, e por outros motivos
apresentados abaixo, concluímos que infelizmente “A
MINORIA” tem sido verdadeiros adoradores e agem de forma
correta.
102
Considerações Finais
Caro leitor, para concluir esse tópico faço uma pergunta.
Estaria eu exagerando em dizer que é a maioria que tem esse
tipo de postura? Qual é a realidade das pessoas de equipes de
louvor que você conhece em sua grande maioria? Caso a
realidade ao seu redor seja outra, então, é só considerar o
oposto.
Dizer simplesmente que o ministério de louvor dá mais
prejuízo e desgaste do que crescimento não depende de quem
fala, mas, depende da motivação em que estão os levitas,
pois, é válido empenhar esforços para formar levitas através
de estudos, livros, pregações no objetivo de moldar a
motivação canalizando para o propósito de Deus, e quem está
sob motivação correta espera o tempo do Espírito Santo agir e
trabalhar com seu caráter.
Para que em você seja formado uma motivação correta,
é preciso ser submisso, transparente, e que aproveite a
confiança de seu líder e sempre que possível se abra com ele,
das possíveis distorções de sua alma.
Outro fator importantíssimo é espelhar no caso do
nadador que mesmo sem o espírito santo, pra satisfazer um
desejo pessoal dá prioridade pra natação, isso sim, é
determinação. Se você enxerga as responsabilidades do
ministério como “peso” ou condiciona a estar na equipe só se
103
Considerações Finais
a equipe mudar, senão você irá sair, então, você não está
fazendo o que ama, pois, quem faz o que ama ainda que tenha
que fazer sacrifícios, faz com amor e prioridade, e os sacrifícios
se tornam leves em comparação ao seu amor e chamado,
sendo assim, você está afirmando pra si mesmo que este não
é o teu chamado.
Na parábola dos espinhos e as pétalas, tire como base
quantas pessoas sofrerão se você deixar morrer seu chamado
e como Jesus se sentirá, pois, eles te amam, e acreditam que
você levará firme a rosa até Deus.
Outrossim, não poderia aqui expressar todas as
definições de tudo o que implica à um levita, tampouco, me
atreveria a me qualificar como o dono da única visão correta
sobre o que significa ser um levita, visto e reconhecida minhas
limitações, e também a capacidade de outros servos e servas
do Senhor sobre o assunto. Deixo neste livro ensinos
profundos e experiências reais para contribuir com a
diminuição da queda dos levitas.
Gostaria que você pudesse analisar esse estudo como
um recurso prático de algumas das muitas situações positivas
e negativas que ocorrem num ministério de louvor,
proporcionando maior enriquecimento e amadurecimento para
superar essas situações quando ocorrerem, melhorando
104
Considerações Finais
assim, sua maneira de reagir, sempre pendendo para o lado
correto das situações completando o propósito de Deus.
Poderíamos dizer que muitos dos temas apresentados
nesse livro tais como (motivação antes de entrar, depois que
entrou, conflitos conjugais, competição, o partidarismo, líder
certo ou errado, como reagem ao banco, verdadeiro chamado,
etc.), não se aplicam somente para aqueles que sonham com
o ministério de louvor, mas também para os obreiros, os
diáconos, a equipe de dança, de teatro, e outros ministérios
que cooperam no crescimento do reino.
* Reflexão final
* Os homens se impressionam com o toque da música, mas
Deus se impressiona com o toque da adoração através do seu
coração.
* De que adianta exibir o meu dom para as pessoas se Deus
não está recebendo a minha adoração?
* Mesmo com tantos momentos de lutas que almejam
derrubar e desafinar seu ministério, saiba, que você tem um
DEUS que sabe como te afinar e dedilhar você, afinal, você é o
maior instrumento de Deus.
PORTANTO DEIXE DEUS TOCAR VOCÊ!