o projeto de estruturas e a tecnologia do concreto

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As Novas Normas da ABNT e a As Novas Normas da ABNT e a Tecnologia do Concreto Tecnologia do Concreto Resistência, módulo de elasticidade, Resistência, módulo de elasticidade, movimentação de escoramento movimentação de escoramento Egydio Hervé Neto Egydio Hervé Neto

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Visão do Engenheiro Tecnologista do Concreto Egydio Hervé neto, Diretor da Ventuscore Soluções em Concreto sobre as exigências da atual normalização brasileira para estruturas e a realidade dos Projetos Estruturais. Palestra apresentada na ABECE-SP em 27/02/2007.

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Page 1: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

As Novas Normas da ABNT e a As Novas Normas da ABNT e a Tecnologia do ConcretoTecnologia do Concreto

Resistência, módulo de elasticidade, Resistência, módulo de elasticidade, movimentação de escoramentomovimentação de escoramento

Egydio Hervé NetoEgydio Hervé Neto

Page 2: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

e-artigo ABECEe-artigo ABECE

Os novos conceitos de qualidade Os novos conceitos de qualidade para as estruturas de concretopara as estruturas de concreto

• Os cimentos brasileirosOs cimentos brasileiros• O controle tecnológicoO controle tecnológico• A dosagem do concretoA dosagem do concreto• Os novos parâmetros do concretoOs novos parâmetros do concreto• As modernas ferramentas de controleAs modernas ferramentas de controle

– Um novo materialUm novo material

– Engenharia econômicaEngenharia econômica

– Trabalhabilidade e logísticaTrabalhabilidade e logística

– Curvas de crescimento de fc e EcCurvas de crescimento de fc e Ec

– Gerenciamento da concretagemGerenciamento da concretagem

• Comentários finaisComentários finais

Page 3: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Normalização BrasileiraNormalização Brasileira

NBR6118:1978NBR6118:1978

ProjetoProjeto

ExecuçãoExecução

ProduçãoProdução

ControleControle

Uso e Uso e ManutençãoManutenção

DesempenhoDesempenho

NBR6118:2003NBR6118:2003

NBR14931:2003NBR14931:2003

NBR 7212:1984NBR 7212:1984

NBR12655:1992NBR12655:19921996 > 20061996 > 2006

NBR5674:1999NBR5674:1999

C. E. 02.136.01/2005C. E. 02.136.01/2005

Page 4: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO;Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO;

Art. 39Art. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos ou - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços:serviços:

SEÇÃO IV - DAS PRÁTICAS ABUSIVAS SEÇÃO IV - DAS PRÁTICAS ABUSIVAS 

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDORCÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR LEI N.º 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 LEI N.º 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990

Page 5: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

SEÇÃO IIDA RESPONSABILIDADE PELO

FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO

 Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

§ 1º - O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, ...

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDORCÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR LEI N.º 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 LEI N.º 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990

Page 6: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

SEÇÃO IIDA RESPONSABILIDADE PELO

FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO

 Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

§ 1º - O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, ...

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDORCÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR LEI N.º 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 LEI N.º 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990

Page 7: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Prazo para pedir indenizaçãoPrazo para pedir indenização• Agência EstadoAgência Estado

07:05 11/10/200607:05 11/10/2006

CONSULTOR JURÍDICO: O prazo para proprietário recorrer à Justiça com CONSULTOR JURÍDICO: O prazo para proprietário recorrer à Justiça com pedido de indenização contra defeito de obra de construção civil é de 20 pedido de indenização contra defeito de obra de construção civil é de 20 anos. O entendimento é do Superior Tribunal de Justiça, pacificado e anos. O entendimento é do Superior Tribunal de Justiça, pacificado e transformado na Súmula 194: "Prescreve em vinte anos a ação para obter, transformado na Súmula 194: "Prescreve em vinte anos a ação para obter, do construtor, indenização por defeitos da obra".do construtor, indenização por defeitos da obra".

Segundo o STJ, a jurisprudência começou a se firmar em 1990, em Segundo o STJ, a jurisprudência começou a se firmar em 1990, em processo relatado pelo ministro aposentado Fontes de Alencar, então na processo relatado pelo ministro aposentado Fontes de Alencar, então na 4ª Turma. A 4ª Turma. A Construtora AConstrutora A e a e a Construtora BConstrutora B protestavam decisão que protestavam decisão que determinou indenização ao Edifício determinou indenização ao Edifício TalTal. Argumentaram que o prazo de . Argumentaram que o prazo de prescrição é de cinco anos. Na ocasião, o ministro decidiu que "a prescrição é de cinco anos. Na ocasião, o ministro decidiu que "a prescrição, não sendo a ação redibitória nem a quanti minoris, mas de prescrição, não sendo a ação redibitória nem a quanti minoris, mas de completa indenização, é vintaneira (20 anos)".completa indenização, é vintaneira (20 anos)".

Page 8: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Prazo para pedir indenizaçãoPrazo para pedir indenização

• Agência EstadoAgência Estado

07:05 11/10/200607:05 11/10/2006(continuação)(continuação)

O ministro Sálvio de Figueiredo chegou a conclusão semelhante ao julgar O ministro Sálvio de Figueiredo chegou a conclusão semelhante ao julgar recurso interposto pela recurso interposto pela SeguradoraSeguradora. "O prazo de cinco anos do artigo . "O prazo de cinco anos do artigo 1.245 do Código Civil, relativo à responsabilidade de construtor pela 1.245 do Código Civil, relativo à responsabilidade de construtor pela solidez e segurança da obra efetuada, é de garantia e não de prescrição ou solidez e segurança da obra efetuada, é de garantia e não de prescrição ou decadência", afirmou. "Apresentados os defeitos no referido período, o decadência", afirmou. "Apresentados os defeitos no referido período, o construtor deverá ser acionado no prazo prescricional de 20 anos."construtor deverá ser acionado no prazo prescricional de 20 anos."

Em alguns dos casos julgados, questionou-se a legitimidade dos Em alguns dos casos julgados, questionou-se a legitimidade dos condomínios de pleitear indenização em nome dos condôminos. Em 2005, condomínios de pleitear indenização em nome dos condôminos. Em 2005, o ministro Fernando Gonçalves ratificou o entendimento e fechou a o ministro Fernando Gonçalves ratificou o entendimento e fechou a questão da legitimidade. "A exclusão do condomínio, no caso, não tem o questão da legitimidade. "A exclusão do condomínio, no caso, não tem o condão de alterar a condenação da ré, uma vez presente o interesse dos condão de alterar a condenação da ré, uma vez presente o interesse dos condôminos também na reparação dos danos existentes às áreas condôminos também na reparação dos danos existentes às áreas comuns", defendeu.comuns", defendeu.

Page 9: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Prazo para pedir indenizaçãoPrazo para pedir indenização

• Agência EstadoAgência Estado

07:05 11/10/200607:05 11/10/2006(continuação)(continuação)

O julgamento mais recente sobre o assunto foi O julgamento mais recente sobre o assunto foi relatado pelo ministro Cesar Asfor Rocha. A relatado pelo ministro Cesar Asfor Rocha. A ImobiliáriaImobiliária protestava contra a aplicação da protestava contra a aplicação da Súmula 194 e contra o valor da indenização. Súmula 194 e contra o valor da indenização. Segundo o ministro, "não se trata de incidência Segundo o ministro, "não se trata de incidência do artigo 1.245 do Código Civil, uma vez que tal do artigo 1.245 do Código Civil, uma vez que tal dispositivo deve ser observado para efeitos de dispositivo deve ser observado para efeitos de verdadeira garantia ao proprietário do imóvel, verdadeira garantia ao proprietário do imóvel, não se cuidando verdadeiramente de prazo não se cuidando verdadeiramente de prazo determinante para buscar-se a devida determinante para buscar-se a devida indenização em face dessa hipótese". O ministro indenização em face dessa hipótese". O ministro Cesar Rocha manteve também o valor da Cesar Rocha manteve também o valor da indenização.indenização.

Page 10: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• ““Manual de utilização, inspeção e manutenção”Manual de utilização, inspeção e manutenção”– Este é o título do item 25.4, último item da Este é o título do item 25.4, último item da

NBR6118:2003, que assim se expressa:NBR6118:2003, que assim se expressa:• ““... de posse das informações dos projetos, dos ... de posse das informações dos projetos, dos

materiais e produtos utilizados e da execução da obra, materiais e produtos utilizados e da execução da obra, deve ser produzido por profissional habilitado, deve ser produzido por profissional habilitado, devidamente contratado pelo contratante, um manual de devidamente contratado pelo contratante, um manual de utilização, inspeção e manutenção. Esse manual deve utilização, inspeção e manutenção. Esse manual deve especificar de forma clara e sucinta, os requisitos especificar de forma clara e sucinta, os requisitos básicos para a utilização e a manutenção preventiva, básicos para a utilização e a manutenção preventiva, necessárias para garantir a vida útil prevista para a necessárias para garantir a vida útil prevista para a estrutura, conforme indicado na ABNT NBR 5674.”estrutura, conforme indicado na ABNT NBR 5674.”

Durabilidade: foco no usuárioDurabilidade: foco no usuário

Page 11: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• NBR5674:1999 NBR5674:1999 “Manutenção de “Manutenção de edificações – Procedimento”edificações – Procedimento”– Tópicos da Tópicos da “Introdução”“Introdução”::

• ““A manutenção de A manutenção de edificações é um tema cuja edificações é um tema cuja importância tem crescido no importância tem crescido no setor da construção civil, setor da construção civil, superando, gradualmente, a superando, gradualmente, a cultura de se pensar o cultura de se pensar o processo de construção processo de construção limitado até o momento limitado até o momento quando a edificação é quando a edificação é entregue e entra em uso.”entregue e entra em uso.”

Durabilidade: foco no usuárioDurabilidade: foco no usuário

Page 12: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

NBR5674:1999 “Manutenção de edificações – Procedimento”

Tópicos da “Introdução”

“As edificações são o suporte físico para a realização direta ou indireta de todas as atividades produtivas, e possuem, portanto, um papel social fundamental. Todavia, as edificações apresentam uma característica que as diferencia de outros produtos: elas são construídas para atender seus usuários durante muitos anos, e ao longo deste tempo de serviço devem apresentar condições adequadas ao uso a que se destinam, resistindo aos agentes ambientais e de uso que alteram suas propriedades técnicas iniciais.”

Durabilidade: foco no usuárioDurabilidade: foco no usuário

Page 13: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• ABNT/CB-2 – Comitê Brasileiro da Construção CivilABNT/CB-2 – Comitê Brasileiro da Construção Civil– C. E. 02.136.01/2005 – Desempenho de EdificaçõesC. E. 02.136.01/2005 – Desempenho de Edificações

Durabilidade: foco no usuárioDurabilidade: foco no usuário

• DefiniçõesDefinições

• ““3.23 Prazo de garantia: 3.23 Prazo de garantia: Período de tempo em que é elevada a probabilidade de que Período de tempo em que é elevada a probabilidade de que eventuais defeitos no sistema, em estado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de eventuais defeitos no sistema, em estado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de falhas de execução, defeitos de fabricação de elementos e componentes, instalação ou falhas de execução, defeitos de fabricação de elementos e componentes, instalação ou montagem de sistemas que repercutam em desempenho inferior àquele previsto.montagem de sistemas que repercutam em desempenho inferior àquele previsto.

Notas:Notas:

1)1) O prazo de garantia da solidez e segurança da estrutura é fixado por lei.O prazo de garantia da solidez e segurança da estrutura é fixado por lei.

2)2) O prazo de garantia dos diversos sistemas, elementos ou componentes que compõem a O prazo de garantia dos diversos sistemas, elementos ou componentes que compõem a edificação seguem os termos das garantias fornecidas pelos fabricantes, ou seguem o edificação seguem os termos das garantias fornecidas pelos fabricantes, ou seguem o estabelecido pelo construtor e/ou incorporador nos Manuais do Proprietário e Áreas estabelecido pelo construtor e/ou incorporador nos Manuais do Proprietário e Áreas Comuns.Comuns.

3)3) O não surgimento de defeitos durante o período de garantia demonstra com alta O não surgimento de defeitos durante o período de garantia demonstra com alta probabilidade que o sistema foi bem executado, e os seus elementos e componentes probabilidade que o sistema foi bem executado, e os seus elementos e componentes constituintes não apresentam defeito de fabricação.constituintes não apresentam defeito de fabricação.

4)4) O anexo F informa as instruções e recomendações sobre estes prazos.”O anexo F informa as instruções e recomendações sobre estes prazos.”

Page 14: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Sistemas, elementos, componentes e instalaçõesPrazos de garantia mínimos

1 ano 2 anos 3 anos 5 anos

Fundações, estrutura principal, estruturas periféricas, contenções e arrimos

Segurança e estabilidade global

Estanqueidade de fundações e contenções

Paredes de vedação, estruturas auxiliares, estruturas de cobertura, estrutura das escadarias internas ou externas, guarda-corpos, muros de divisas e telhados

Segurança e integridade

Equipamentos industrializados (aquecedores de passagem ou acumulação, motobombas, filtros, interfone, automação de portões, elevadores e outros)

Sistemas de dados e voz, telefonia, vídeo e televisão

Instalação

Equipamentos

Sistema de proteção contra descargas atmosféricas, sistema de combate a incêndio, pressurização das escadas, iluminação de emergência, sistema de segurança patrimonial

Instalação

Equipamentos

Porta corta-fogo Dobradiças e molas

Integridade de portas e batentes

Instalações elétricas tomadas/interruptores/disjuntores/fios/cabos/eletrodutos/caixas e quadros

Equipamentos Instalação

Instalações hidráulicas e gás - colunas de água fria, colunas de água quente, tubos de queda de esgoto, colunas de gás.

Integridade e vedação

Instalações hidráulicas e gás – coletores/ramais/louças/caixas de descarga/bancadas/metais sanitários/sifões/ligações flexíveis/válvulas/regisros/ralos/tanques

Equipamentos Instalação

Impermeabilização Estanqueidade

ABNT - C. E. 02.136.01/2005 Desempenho de EdificaçõesAnexo F – Tabela 1 – Prazos de Garantia (1/3)

Page 15: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• ABNT/CB-2 – Comitê Brasileiro da Construção CivilABNT/CB-2 – Comitê Brasileiro da Construção Civil– C. E. 02.136.01/2005 – Desempenho de EdificaçõesC. E. 02.136.01/2005 – Desempenho de Edificações

Durabilidade: foco no usuárioDurabilidade: foco no usuário

Page 16: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Considerações sobre custosConsiderações sobre custos

Lei de evolução de custos (SITTER, apud HELENE 1992).

• O raciocínio de Sitter, expresso em sua Lei pode ser assim detalhado:

Projeto: toda medida tomada a nível de projeto com o objetivo de aumentar a proteção e a durabilidade da estrutura baseada tipicamente em recomendações das Normas, implica em um custo que pode ser associado ao número 1;

Execução: toda decisão tomada durante a Execução adotada em busca de maior durabilidade, por medidas que são reconhecidamente necessárias e não foram previstas em Projeto, pode ser associada a um nível de custo 5 vezes maior em relação ao custo que acarretaria se já tivesse sido contemplada no Projeto;

Manutenção Preventiva: toda decisão adotada imediatamente, em relação à constatação de sua necessidade, já na fase de uso inicial da obra, terá um custo associado a 5 vezes o custo de sua implementação na fase de Execução, o que a torna 25 vezes mais cara do que se tivesse sido prevista em Projeto;

Manutenção Corretiva: considerando todas as atividades envolvidas – diagnóstico, remoção e/ou proteção dos usuários, escoramentos, demolições, reconstrução, perdas, etc. – o custo da solução de um problema nesta etapa corresponde a 125 vezes o custo da fase de Projeto.

Page 17: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• Item 6:Item 6: “Diretrizes para “Diretrizes para durabilidade das estruturas de durabilidade das estruturas de concreto”concreto”

• 6.1 Exigências de 6.1 Exigências de DurabilidadeDurabilidade

As estruturas de concreto As estruturas de concreto devem ser projetadas e devem ser projetadas e construídas de modo que construídas de modo que sob as condições sob as condições ambientais previstas na ambientais previstas na época do projeto e quando época do projeto e quando utilizadas conforme o utilizadas conforme o preconizado em projeto preconizado em projeto conservem sua segurança, conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em estabilidade e aptidão em serviço, durante o período serviço, durante o período correspondente à sua vida correspondente à sua vida útil.útil.

Durabilidade: foco da NBR 6118:2003Durabilidade: foco da NBR 6118:2003

Edifício Edifício Martinelli Martinelli

1929 1929 Inauguração Inauguração

(SP)(SP)

Edifício Martinelli Edifício Martinelli 20072007

Sede da SEHAB PMSPSede da SEHAB PMSP

Page 18: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Tabela 1 – Classes de agressividade ambiental (NBR12655:2006)

Classe de agressividade

ambiental

AgressividadeClassificação geral do tipo de

ambiente para efeito de projeto

Risco de deterioração da

estrutura

I FracaRural

InsignificanteSubmersa

II Moderada Urbana 1), 2) Pequeno

III ForteMarinha 1)

GrandeIndustrial 1), 2)

IV Muito forteIndustrial 1), 3)

ElevadoRespingos de maré

1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes secos com concreto revestido com argamassa ou pintura).2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em obras em regiões de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes e indústrias químicas.

Page 19: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Tabela 2 – Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto (NBR 12655:2006)

ConcretoTipo

Classe de agressividade (Tabela 1)

I II III IV

Relação a/c em massa

CA < 0,65 < 0,60 < 0,55 < 0,45

CP < 0,60 < 0,55 < 0,50 < 0,45

Classe de Concreto (NBR 8953)

CA > C20 > C25 > C30 > C35

CP > C25 > C30 > C35 > C40

Consumo de cimento/m3

CA e CP

> 260 > 280 > 320 > 360

Nota: CA Concreto armado; CP Concreto protendido

Page 20: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Tabela 3 – Requisitos para o concreto, em condições especiais de exposição (NBR 12655:2006)

Condição de exposição

Máxima relação a/c em massa, para concreto com

agregado normal

Mínimo valor de fck

(para concreto com agregado normal ou

leve) MPa

Condições em que é necessário um concreto de baixa permeabilidade à água

0,50 35

Exposição a processos de congelamento e descongelamento em condições de

umidade ou a agentes químicos de degelo

0,45 40

Exposição a cloretos provenientes de agentes químicos de degelo, sais, água salgada, água do mar, ou respingos ou

borrifos desses agentes

0,40 45

Page 21: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Tabela 4 – Requisitos para concreto exposto a soluções contendo sulfatos (NBR 12655:2006)

Condições de exposição em

função da agressividade

Sulfato solúvel em água (SO4)

presente no solo (% em

massa)

Sulfato solúvel (SO4) presente

na água (ppm)

Máxima relação a/c, em massa, para concreto com agregado

normal*

Mínimo fck (para

concreto com agregado

normal ou leve)

Fraca 0 a 0,10 0 a 150 - -

Moderada** 0,10 a 0,20 150 a 1500 0,50 35

Severa*** > 0,20 > 1500 0,45 40

*Baixa relação a/c ou elevada resistência podem ser necessários para a obtenção de baixa permeabilidade do concreto ou proteção contra a corrosão da armadura ou proteção a processos de congelamento e degelo.**Água do mar.***Para condições severas de agressividade, devem ser obrigatoriamente usados cimentos resistentes a sulfatos.

Page 22: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Tabela 5 – Teor máximo de íons cloreto para proteção das armaduras do concreto (NBR 12655:2006)

Tipo de Estrutura

Teor máximo de íons cloreto (Cl+) no concreto (% sobre a massa de

cimento)

Concreto Protendido 0,05

Concreto armado exposto a cloretos nas condições de serviço na estrutura

0,15

Concreto armado em condições de exposição não severas (seco ou protegido da umidade nas condições de serviço na estrutura)

0,40

Outros tipos de construção em concreto armado 0,30

Page 23: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• NBR 6118:2003 Item 7: “Critérios de projeto que visam a durabilidade”

– Drenagem: evitar acúmulo de águas paradas, prever mecanismos de drenagem, selar juntas, proteger platibandas, paredes, beirais;

– Formas arquitetônicas e estruturais: evitar soluções de menor durabilidade, prever inspeção e manutenção em mecanismos de menor durabilidade: aparelhos de apoio, impermeabilizações, etc.;

– Qualidade do concreto do cobrimento: definido na tabela 7.1;

– Detalhamento das armaduras de modo a facilitar a concretagem e o cobrimento protetor do concreto;

– Controle de fissuração, limitando abertura;

– Proteção em situações especiais de exposição;

– Inspeção e manutenção preventivas.

Page 24: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Tabela 7.2 – Correspondência entre CAA e cobrimento nominal para Dc = 10mm (NBR6118:2003)

Tipo de Estrutura

Componente ou elemento

Classe de Agressividade Ambiental

I II III IV3)

Cobrimento nominal (mm)

Concreto Armado

Laje 2) 20 25 35 45

Viga/Pilar 25 30 40 50

Concreto 1) Protendido

Todos 30 35 45 55

1)Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas, sempre superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosão fragilizante sob tensão.2)Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as exigências desta tabela podem ser substituídas por 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal > 15 mm3)Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos, a armadura deve ter cobrimento nominal > 45 mm.

Page 25: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Garantia do cobrimentoGarantia do cobrimento

Page 26: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• O mecanismo de ação da O mecanismo de ação da corrosão, com ou sem prévia corrosão, com ou sem prévia carbonatação, usa a carbonatação, usa a permeabilidade do concreto como permeabilidade do concreto como veículo para a penetração dos veículo para a penetração dos agentes formadores da agressão.agentes formadores da agressão.

• A permeabilidade é função da A permeabilidade é função da porosidadeporosidade e/ou e/ou fissuraçãofissuração do do concreto.concreto.

• Estudos demonstram que a Estudos demonstram que a porosidade é uma função direta da porosidade é uma função direta da maior ou menor quantidade de maior ou menor quantidade de água livreágua livre no concreto. no concreto.

• Por Por água livreágua livre entende-se aquela entende-se aquela que atua para a adequada que atua para a adequada trabalhabilidade do concreto e trabalhabilidade do concreto e depois “sobra”, não entrando na depois “sobra”, não entrando na reação com o cimento, e sai por reação com o cimento, e sai por evaporação, deixando poros e evaporação, deixando poros e canalículos no concreto.canalículos no concreto.

Prevenção: porosidadePrevenção: porosidade

Page 27: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Prevenção: porosidadePrevenção: porosidade

Page 28: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Prevenção: porosidadePrevenção: porosidade

Page 29: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Prevenção: porosidadePrevenção: porosidade

Page 30: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Prevenção: porosidadePrevenção: porosidade

Page 31: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Prevenção: porosidadePrevenção: porosidade

Page 32: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• Tendo em conta que a menor porosidade é função Tendo em conta que a menor porosidade é função da menor relação a/c, a NBR6118:2003 criou as da menor relação a/c, a NBR6118:2003 criou as tabelas que limitam este parâmetro a valores tabelas que limitam este parâmetro a valores máximos em função da máximos em função da classe de agressividadeclasse de agressividade do do ambiente da estrutura.ambiente da estrutura.

• Ficam assim fazendo parte das Ficam assim fazendo parte das informações de informações de projetoprojeto, os valores de a/c que deverão ser usados na , os valores de a/c que deverão ser usados na Execução.Execução.

• A melhor forma de controlar o atendimento de a/c na A melhor forma de controlar o atendimento de a/c na execução é o controle da resistência, cuja correlação execução é o controle da resistência, cuja correlação com fc e fck fica conhecida através da Curva de com fc e fck fica conhecida através da Curva de Abrams obtida na dosagem ou outras informações.Abrams obtida na dosagem ou outras informações.

Prevenção: porosidadePrevenção: porosidade

Page 33: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Por que surgiu a preocupação com aPor que surgiu a preocupação com a

DURABILIDADE DURABILIDADE

nas estruturas de concreto no Brasil, ao nas estruturas de concreto no Brasil, ao ponto de se criar uma revolução nas Normas ponto de se criar uma revolução nas Normas e nos procedimentos técnicos envolvendo e nos procedimentos técnicos envolvendo especialmente Projeto (NBR6118) além de especialmente Projeto (NBR6118) além de Execução (NBR14955) e Controle Execução (NBR14955) e Controle (NBR12655)?(NBR12655)?

Durabilidade: foco da NBR 6118:2003Durabilidade: foco da NBR 6118:2003

Page 34: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• Constatação de patologias precoces em obras no exterior (80’s) e no Brasil:

– A Europa e os EUA têm estatísticas permanentes relativas a custos de manutenção de suas edificações, especialmente em órgãos públicos, grandes empresas imobiliárias, redes de lojas, etc. Estas estatísticas demonstraram o aumento da ocorrência de patologias e dos custos de manutenção a partir do final dos anos 70.

– Mesmo sem estatísticas apuradas o Brasil enfrenta esta realidade a partir dos anos 90.

Durabilidade: foco da NBR 6118:2003Durabilidade: foco da NBR 6118:2003

Page 35: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• Redução do consumo de Redução do consumo de cimento/m3 devido às cimento/m3 devido às resistências aumentadas:resistências aumentadas:– Com o advento dos Com o advento dos cimentos cimentos

compostoscompostos, , na Europa, Eua e na Europa, Eua e mais recentemente no Brasil, mais recentemente no Brasil, como tendência mundial de como tendência mundial de economia de matérias primas, economia de matérias primas, redução do aquecimento global, redução do aquecimento global, preservação ambiental, as preservação ambiental, as resistências dos cimentos foram resistências dos cimentos foram aumentadas, resultando em que aumentadas, resultando em que menores consumos de cimento menores consumos de cimento fossem alcançados, uma fossem alcançados, uma economia imediata desejável.economia imediata desejável.

Durabilidade: foco da NBR 6118:2003Durabilidade: foco da NBR 6118:2003

Escória de alto-forno

Fly-ash

Filler calcário

Page 36: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Materiais componentes - AdiçõesMateriais componentes - Adições

• TiposTipos– Cinza volanteCinza volante– Escória de Alto fornoEscória de Alto forno– Filler calcárioFiller calcário– Sílica ativaSílica ativa– Meta caulimMeta caulim– PigmentosPigmentos– Agregados finosAgregados finos– etc.etc.

Sílica AtivaSílica Ativa

Page 37: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Mudanças nos CimentosMudanças nos Cimentos

Durabilidade: foco da NBR 6118:2003Durabilidade: foco da NBR 6118:2003

Page 38: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Mudanças no cimento brasileiroMudanças no cimento brasileiro

““Cimento Portland Comum” Cimento Portland Comum”

Page 39: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Curvas de Abrams

fc28 = -59,77(a/c) + 55,443R2 = 0,9885

fc28 = -92,117(a/c) + 83,514R2 = 0,9885

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

55,00

60,00

0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7 0,75 0,8

Relação a/c

fc28

(M

pa)

1975 2002 Linear (1975) Linear (2002)

Evolução das resistências no cimento brasileiroEvolução das resistências no cimento brasileiro

Page 40: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Tendência dos Cimentos na EuropaTendência dos Cimentos na Europa

PPeerrííooddooCCoonnssuummoo mmíínniimmoo ddee

CCiimmeennttoo// mm33RRReeelllaaaçççãããooo aaa/// ccc

mmmáááxxxiiimmmaaa1945-47 380 0,471954-58 300 0,601975-80 250 0,72

Concreto fc28 = 35 MPa Concreto fc28 = 35 MPa (resistência cúbica)(resistência cúbica)::•1950 - a/c = 0,501950 - a/c = 0,50•1990 - a/c = 0,701990 - a/c = 0,70

Concreto fc28 = 33 MPa Concreto fc28 = 33 MPa (resistência cúbica)(resistência cúbica)::

Page 41: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• Redução do consumo de Redução do consumo de cimento/m3 devido às cimento/m3 devido às resistências aumentadas:resistências aumentadas:– A conseqüência da redução A conseqüência da redução

significativa do consumo de significativa do consumo de cimento foi o aumento das cimento foi o aumento das relações a/c, com concretos de relações a/c, com concretos de maior porosidade, menor módulo maior porosidade, menor módulo de deformação, resultando em de deformação, resultando em estruturas porosas e fissuradas, estruturas porosas e fissuradas, abertas ao ataque de agentes abertas ao ataque de agentes agressivos da atmosfera e mais agressivos da atmosfera e mais suscetíveis às deformações suscetíveis às deformações imediatas e futuras.imediatas e futuras.

Durabilidade: foco da NBR 6118:2003Durabilidade: foco da NBR 6118:2003

Page 42: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• Crescimento da agressividade do Crescimento da agressividade do ambiente urbano:ambiente urbano:

– É inegável que as nossas É inegável que as nossas atmosferas urbanas, industriais e atmosferas urbanas, industriais e até mesmo grandes extensões até mesmo grandes extensões rurais estão mundialmente mais rurais estão mundialmente mais contaminadas por agentes contaminadas por agentes poluentes, como o monóxido de poluentes, como o monóxido de carbono e as conseqüentes carbono e as conseqüentes “chuvas ácidas”“chuvas ácidas” que assolam que assolam nossas estruturas; além disso a nossas estruturas; além disso a maior porosidade tornou mais maior porosidade tornou mais crítica a ação de atmosferas crítica a ação de atmosferas salinas, especialmente no Brasil, salinas, especialmente no Brasil, um país de grandes um país de grandes concentrações urbanas junto ao concentrações urbanas junto ao mar.mar.

Durabilidade: foco da NBR 6118:2003Durabilidade: foco da NBR 6118:2003

Page 43: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

ec(t0) (deformação imediata)

ecc(t) (deformação por fluência)+ ecs(t) (deformação por retração)= ec(t) (deformação total)

Onde: ec(t0) = sc(t0)/Eci(t0);Eci(t0) = 5600.fckj

1/2;

ecc(t) = [sc(t0)/Eci28];Eci28 = 5600.fck28

1/2

t0 = idade j do carregamento inicial da estrutura;t = momento final que se considera para a medição da deformação no intervalo de tempo (t, t0)

• Novas considerações de cálculo relativas às deformações em novos métodos construtivos:– O capítulo das deformações do

concreto, é hoje merecedor de abordagem especial em um anexo da NBR6118 (“Anexo A – Efeito do tempo no concreto estrutural”) que apresenta considerações sobre deformação imediata, deformação por fluência e deformação por retração, a serem consideradas no cálculo de forma objetiva, para prevenir e controlar os efeitos da aceleração da construção e a desforma precoce.

Durabilidade: foco da NBR 6118:2003Durabilidade: foco da NBR 6118:2003

Page 44: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

"A Nova Engenharia do Concreto""A Nova Engenharia do Concreto"• NBR 12655:2006, item NBR 12655:2006, item 4.2 Profissional Responsável pelo Projeto Estrutural:4.2 Profissional Responsável pelo Projeto Estrutural: "Cabem a este "Cabem a este

profissional as seguintes responsabilidades, a serem explicitadas nos contratos e em todos os profissional as seguintes responsabilidades, a serem explicitadas nos contratos e em todos os desenhos e memórias que descrevem o projeto tecnicamente, com remissão explícita para desenhos e memórias que descrevem o projeto tecnicamente, com remissão explícita para determinado desenho ou folha de memória: a) registro da resistência característica à determinado desenho ou folha de memória: a) registro da resistência característica à compressão do concreto, fck, obrigatória em todos os desenhos e memórias que descrevem o compressão do concreto, fck, obrigatória em todos os desenhos e memórias que descrevem o projeto tecnicamente; b) especificação de fcj para as etapas construtivas, como retirada de projeto tecnicamente; b) especificação de fcj para as etapas construtivas, como retirada de cimbramento, aplicação de protensão ou manuseio de pré-moldados; c)...; d) especificação dos cimbramento, aplicação de protensão ou manuseio de pré-moldados; c)...; d) especificação dos requisitos correspondentes às propriedades especiais dos concretos, durante a fase construtiva requisitos correspondentes às propriedades especiais dos concretos, durante a fase construtiva e vida útil da estrutura, tais como: - módulo de deformação mínimo na idade de desforma, e vida útil da estrutura, tais como: - módulo de deformação mínimo na idade de desforma, movimentação de elementos pré-moldados ou aplicação de protensão; - ...;“movimentação de elementos pré-moldados ou aplicação de protensão; - ...;“

• NBR 6118:2003, item NBR 6118:2003, item 5.2.3 Documentação da solução adotada5.2.3 Documentação da solução adotada, sub item , sub item 5.2.3.3 "O projeto 5.2.3.3 "O projeto estrutural deve proporcionar as informações  necessárias para a execução da estrutura.“estrutural deve proporcionar as informações  necessárias para a execução da estrutura.“

• NBR 14931:2003, dois últimos parágrafos do item NBR 14931:2003, dois últimos parágrafos do item 10.2.2 Tempo de permanência de 10.2.2 Tempo de permanência de escoramentos e fôrmas: escoramentos e fôrmas: "A retirada das fôrmas e do escoramento só pode ser feita quando o concreto estiver "A retirada das fôrmas e do escoramento só pode ser feita quando o concreto estiver suficientemente endurecido para resistir às ações que sobre ele atuarem e não conduzir a suficientemente endurecido para resistir às ações que sobre ele atuarem e não conduzir a deformações inaceitáveis, tendo em vista o baixo valor do módulo de elasticidade do concreto deformações inaceitáveis, tendo em vista o baixo valor do módulo de elasticidade do concreto (Eci) e a maior probabilidade de grande deformação diferida no tempo quando o concreto é (Eci) e a maior probabilidade de grande deformação diferida no tempo quando o concreto é solicitado com pouca idade.” solicitado com pouca idade.” ““Para o atendimento dessas condições, o responsável pelo projeto da estrutura deve informar Para o atendimento dessas condições, o responsável pelo projeto da estrutura deve informar ao responsável pela execução da obra os valores mínimos de resistência à compressão e ao responsável pela execução da obra os valores mínimos de resistência à compressão e módulo de elasticidade que devem ser obedecidos concomitantemente para a retirada das módulo de elasticidade que devem ser obedecidos concomitantemente para a retirada das fôrmas e do escoramento, bem como a necessidade de um plano particular (seqüência de fôrmas e do escoramento, bem como a necessidade de um plano particular (seqüência de operações) de retirada do escoramento."operações) de retirada do escoramento."

Page 45: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• NBR6118:2003, item 8 “Propriedades dos Materiais”– Item 8.2 “Concreto”

– Classes Grupo I da NBR 8953: mínimo C20 (armadura passiva) ou C25 (ativa), máximo C50;

– Massa específica: entre 2000 e 2800 kg/m3;

– Coeficiente de dilatação térmica: 10-5/°C;

– Resistência à compressão fck

– Resistência à tração: ensaios diretos ou estimativa por

fct,m = 0,3 fck2/3

– Módulo de Elasticidade: ensaios diretos ou estimativa por

Eci = 5600.fck1/2

– Fluência e retração

Parâmetros Estruturais do ConcretoParâmetros Estruturais do Concreto

Page 46: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Evolução das resistências do concretoEvolução das resistências do concreto

• NBR6118:2003, item 8.2.4 “Resistência à compressão”

– A evolução da resistência à compressão com a idade deve ser obtida através de ensaios especialmente executados para tal. Na ausência desses resultados experimentais pode-se adotar, em caráter orientativo, os valores indicados em 12.3.3.

Page 47: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• Item 12.3.3 “Resistência de cálculo do concreto”– a) quando em idade j > 28 dias: fcd = fck/c

– b) quando j < 28 dias: fcd = fckj/c = 1. fck/c

Sendo1 = exp { s [ 1 – (28/t)1/2]}• s = 0,38 para CP III e IV• s = 0,25 para CP I e II• s = 0,20 para CP V-ARI• t = idade efetiva em dias

• Daí se deduz: fckj = 1.fck e pode-se calcular fckj para idades diferentes de 28 dias.

Evolução das resistências do concretoEvolução das resistências do concreto

Page 48: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Evolução das resistências do concreto

CP 3 7 14 28

I e II 59,82% 77,88% 85,44% 100%

III e IV 45,80% 68,39% 90,16% 100%

V-ARI 66,30% 81,87% 92,05% 100%

Page 49: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Crescimento relativo fc, fckCrescimento relativo fc, fck

Page 50: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Evolução do Módulo de Deformação do concreto

CP 3 7 14 28

I e II 77,35% 88,25% 92,43% 100%

III e IV 67,68% 77,88% 94,95% 100%

V-ARI 81,43% 90,48% 95,94% 100%

Page 51: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Crescimento relativo EciCrescimento relativo Eci

Page 52: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Curvas de AbramsCurvas de Abrams

CAA I (CA)

CAA II (CA)

CAA III (CA)

CAA III (CP)

CAA IV (CA & CP)

Cloretos (borrifos do mar)

Page 53: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Desforma - Crescimento relativo fckDesforma - Crescimento relativo fck

Page 54: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Desforma - Crescimento relativo EciDesforma - Crescimento relativo Eci

Page 55: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Desforma - Crescimento relativo fckDesforma - Crescimento relativo fck

Page 56: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Desforma - Crescimento relativo EciDesforma - Crescimento relativo Eci

Page 57: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

DosagensDosagens• Vamos supor um concreto com brita 1 e 2, bombeável (slump 120+/-20mm), Vamos supor um concreto com brita 1 e 2, bombeável (slump 120+/-20mm),

areia natural, com um consumo de água de 195 litros/m3 (conceito de areia natural, com um consumo de água de 195 litros/m3 (conceito de “família”).“família”).

• fc28 = fck + 1,65 x Sd ; Sd = 4 MPafc28 = fck + 1,65 x Sd ; Sd = 4 MPa

fckfck fc28fc28

Sem AditivoSem Aditivo Com redutor 35% da águaCom redutor 35% da água

CPIICPII CPIIICPIII CPIVCPIV CPVCPV CPIICPII CPIIICPIII CPIVCPIV CPVCPV

xx CC xx CC xx CC xx CC xx CC xx CC xx CC xx CC

2525 31,631,6 0,50,53838 362362 0,50,5

4141 360360 0,50,55050 355355 0,60,6

6969 292292 0,50,53838 236236 0,50,5

4141 234234 0,50,55050 230230 0,60,6

6969 189189

3030 36,636,6 0,40,47878 408408 0,40,4

9090 398398 0,40,49595 394394 0,60,6

0707 321321 0,40,47878 265265 0,40,4

9090 259259 0,40,49595 256256 0,60,6

0707 209209

4040 46,646,6 0,30,37878 516516 0,40,4

0707 479479 0,40,40505 482482 0,50,5

0505 386386 0,30,37878 335335 0,40,4

0707 311311 0,40,40505 313313 0,50,5

0505 251251

5050 56,656,6 0,20,29898 654654 0,30,3

4040 574574 0,30,33232 587587 0,40,4

2323 461461 0,20,29898 425425 0,30,3

4040 417417 0,30,33232 382382 0,40,4

2323 300300

Page 58: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Caso realCaso real

CPIIIAF32RS

Page 59: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Caso realCaso real

CPIIIAF32RS

Page 60: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Caso realCaso real

CPIIIAF32RS

Page 61: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Caso realCaso real

Page 62: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Caso realCaso real

Page 63: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• A prática difundida de retirada de escoramentos e fôrmas em A prática difundida de retirada de escoramentos e fôrmas em idades muito reduzidas do concreto não está sendo idades muito reduzidas do concreto não está sendo acompanhada dos cuidados que deveriam ser levados e conta acompanhada dos cuidados que deveriam ser levados e conta e que hoje estão explícitos em nossa normalização.e que hoje estão explícitos em nossa normalização.

• Sabendo-se que a Sabendo-se que a deformação lentadeformação lenta e a e a deformação por deformação por fluênciafluência se instalam na estrutura no momento da incidência das se instalam na estrutura no momento da incidência das cargas sobre a mesma, esse momento passa a ser o da cargas sobre a mesma, esse momento passa a ser o da retirada dos escoramentos e formas, quando as cargas de retirada dos escoramentos e formas, quando as cargas de serviço, freqüentemente, são até maiores do que as que serviço, freqüentemente, são até maiores do que as que incidirão finalmente na estrutura, por ocasião do seu uso.incidirão finalmente na estrutura, por ocasião do seu uso.

• É para este momento portanto, que devem ser calculadas as É para este momento portanto, que devem ser calculadas as deformações da estrutura, desde o Projeto, considerando nas deformações da estrutura, desde o Projeto, considerando nas fórmulas valores para fck e Ec nas fórmulas valores para fck e Ec nas idades críticasidades críticas, anteriores a , anteriores a 28 dias, determinadas com precisão nos cronogramas e nos 28 dias, determinadas com precisão nos cronogramas e nos estudos para a definição do estudos para a definição do plano de desformaplano de desforma, previsto no item , previsto no item 10.2 da NBR14931:2003.10.2 da NBR14931:2003.

Prevenção: deformação/fissuraçãoPrevenção: deformação/fissuração

Page 64: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• Valores de fValores de fckck e E e Ecc para etapas construtivas para etapas construtivas– Caberá ao executante contemplar em seu Caberá ao executante contemplar em seu

cronograma prazos para atendimento dos valores cronograma prazos para atendimento dos valores estabelecidos em Projeto, bem como comprovar estabelecidos em Projeto, bem como comprovar esse atendimento antes das ações de retirada de esse atendimento antes das ações de retirada de fôrmas e escoramentos (NBR14931 Execução de fôrmas e escoramentos (NBR14931 Execução de Estruturas de concreto – Procedimento), inclusive Estruturas de concreto – Procedimento), inclusive com documentos que farão parte da entrega da com documentos que farão parte da entrega da obra ao Proprietário.obra ao Proprietário.

Especificação do Concreto no ProjetoEspecificação do Concreto no Projeto

Page 65: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• É fundamental o atendimento ao valor do módulo para a garantia do É fundamental o atendimento ao valor do módulo para a garantia do respeito aos limites de deformação e fissuração previstos no cálculo.respeito aos limites de deformação e fissuração previstos no cálculo.

• Cabe ao responsável pela execução monitorar, pelo controle através de Cabe ao responsável pela execução monitorar, pelo controle através de ensaios, o momento da retirada de parte ou todo o escoramento e ensaios, o momento da retirada de parte ou todo o escoramento e fôrmas, tendo em vista atender aos valores definidos pelo projetista fôrmas, tendo em vista atender aos valores definidos pelo projetista estrutural (estrutural (Projeto ExecutivoProjeto Executivo).).

• De modo prático o controle pode ser feito pela resistência, desde que De modo prático o controle pode ser feito pela resistência, desde que haja uma correlação confiável determinada previamente para o concreto haja uma correlação confiável determinada previamente para o concreto da obra, seja por uma dosagem prévia, seja por ensaios realizados com da obra, seja por uma dosagem prévia, seja por ensaios realizados com concretos de menor responsabilidade fornecidos no início da obra.concretos de menor responsabilidade fornecidos no início da obra.

• Cabe ao responsável pela execução comprovar o atendimento ao fCabe ao responsável pela execução comprovar o atendimento ao fckck e e

EEcici antes da movimentação de estruturas auxiliares, protensão ou outros antes da movimentação de estruturas auxiliares, protensão ou outros

carregamentos críticos da estrutura.carregamentos críticos da estrutura.

Módulo de ElasticidadeMódulo de Elasticidade

Page 66: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Especificação do Concreto no ProjetoEspecificação do Concreto no Projeto

• Valores de fValores de fckck e E e Ecc para etapas construtivas para etapas construtivas– Em função de necessidades executivas ou ganhos econômicos Em função de necessidades executivas ou ganhos econômicos

devidamente aprovadas pelo Proprietário e mantendo o atendimento devidamente aprovadas pelo Proprietário e mantendo o atendimento ao Projeto, poderá ser utilizado na execução concreto com ao Projeto, poderá ser utilizado na execução concreto com características estruturais maiores que as estabelecidas no Projeto características estruturais maiores que as estabelecidas no Projeto para Epara Ec28c28 e f e fck28ck28, visando a redução de prazos e/ou a antecipação de , visando a redução de prazos e/ou a antecipação de

datas para retirada de escoramentos ou fôrmas.datas para retirada de escoramentos ou fôrmas.– Esta será uma decisão no nível da execução, mas deverá ser Esta será uma decisão no nível da execução, mas deverá ser

devidamente documentada e aprovada formalmente pelo Projetista devidamente documentada e aprovada formalmente pelo Projetista Estrutural, o qual deverá proceder à revisão das condições de cálculo Estrutural, o qual deverá proceder à revisão das condições de cálculo adotadas originalmente e fornecer as modificações eventualmente adotadas originalmente e fornecer as modificações eventualmente necessárias.necessárias.

– A revisão do cálculo é um aumento do escopo para o Projetista A revisão do cálculo é um aumento do escopo para o Projetista estrutural e deverá ser obrigatoriamente remunerado a este estrutural e deverá ser obrigatoriamente remunerado a este profissional.profissional.

Page 67: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• No cálculo do No cálculo do momento de fissuraçãomomento de fissuração, em vigas, por exemplo, , em vigas, por exemplo, usa-se o seguinte procedimento:usa-se o seguinte procedimento:

MMrr = I = I00.f.frr/Y/Ytt

onde:onde:– II00 = momento de inércia da seção bruta do concreto = momento de inércia da seção bruta do concreto– ffrr = módulo de ruptura do concreto, ou resistência à tração na flexão; = módulo de ruptura do concreto, ou resistência à tração na flexão;– YYtt = distância do centro de gravidade da seção à fibra mais = distância do centro de gravidade da seção à fibra mais

tracionada.tracionada.• ffrr, também representado por f, também representado por fctm,fctm,f, está diretamente correlacionado , está diretamente correlacionado

a fck pelas seguintes equações:a fck pelas seguintes equações:– Para o Estado Limite de Formação de Fissuras:Para o Estado Limite de Formação de Fissuras:

ffctm,fctm,f = 0,252.fck = 0,252.fck2/32/3 (em MPa, para seções “T”) (em MPa, para seções “T”)ffctm,fctm,f = 0,315.fck = 0,315.fck2/32/3 (em MPa, para seções “ (em MPa, para seções “”)”)

– Para o Estado Limite de Deslocamentos excessivosPara o Estado Limite de Deslocamentos excessivos

ffctm,fctm,f = 0,360.fck = 0,360.fck2/32/3 (em MPa, para seções “T”) (em MPa, para seções “T”)ffctm,fctm,f = 0,450.fck = 0,450.fck2/32/3 (em MPa, para seções “ (em MPa, para seções “”)”)

Proteção às patologias: fissuraçãoProteção às patologias: fissuração

Page 68: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• Compreende-se assim, na aplicação dessa verificação para as Compreende-se assim, na aplicação dessa verificação para as idades menores que 28 dias, a importância das curvas de idades menores que 28 dias, a importância das curvas de crescimento apresentadas anteriormente, preferencialmente crescimento apresentadas anteriormente, preferencialmente determinadas diretamente em ensaios laboratoriais.determinadas diretamente em ensaios laboratoriais.

• Sabendo-se da importância de Ec, compreende-se também a Sabendo-se da importância de Ec, compreende-se também a necessidade de conhecer sua evolução desde idades inferiores necessidade de conhecer sua evolução desde idades inferiores a 28 dias, seja pela fórmula da Norma ou, mais a 28 dias, seja pela fórmula da Norma ou, mais apropriadamente, pela determinação diretamente em ensaios apropriadamente, pela determinação diretamente em ensaios laboratoriais.laboratoriais.

• Insistimos na necessidade de realização direta de ensaios reais Insistimos na necessidade de realização direta de ensaios reais tendo em conta as seguintes razões:tendo em conta as seguintes razões:1.1. É reconhecida mundialmente e confirmada no Brasil a variabilidade É reconhecida mundialmente e confirmada no Brasil a variabilidade

dos valores de Eci e fck em discordância com a correlação dada na dos valores de Eci e fck em discordância com a correlação dada na Norma como indicação;Norma como indicação;

2.2. É reconhecida a importância de fck e Eci É reconhecida a importância de fck e Eci reaisreais para a prevenção de para a prevenção de patologias, que resultam caras e trazem insegurança e queda na patologias, que resultam caras e trazem insegurança e queda na durabilidade das estruturas;durabilidade das estruturas;

3.3. É evidente a relação benefício/custo de uma simples dosagem em É evidente a relação benefício/custo de uma simples dosagem em relação aos problemas gerados pela sua não existência.relação aos problemas gerados pela sua não existência.

Proteção às patologias: prevençãoProteção às patologias: prevenção

Page 69: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• Exemplificando, temos a fórmula de MacGregor (1992), para Exemplificando, temos a fórmula de MacGregor (1992), para cálculo de deslocamentos em vigas contínuas:cálculo de deslocamentos em vigas contínuas:

ii = 5.L = 5.L22.[M.[Mvv + 0,10(M + 0,10(M11 + M + M22)]/ 48.E.I)]/ 48.E.Ionde:onde:L – é o vão onde se calcula o deslocamento;L – é o vão onde se calcula o deslocamento;E – é o módulo de elasticidade do concreto;E – é o módulo de elasticidade do concreto;I – é o momento de inércia efetivo;I – é o momento de inércia efetivo;MMvv – é o momento fletor no meio do vão; – é o momento fletor no meio do vão;

MM11, M, M22 – momentos fletores nos apoios. – momentos fletores nos apoios.

• Com este procedimento é possível determinar o valor dos Com este procedimento é possível determinar o valor dos deslocamentos para diversos E, correspondentes à desforma deslocamentos para diversos E, correspondentes à desforma ou qualquer outro carregamento em idades inferiores a 28 dias, ou qualquer outro carregamento em idades inferiores a 28 dias, bastando usar o valor de E na idade em que se deseja verificar bastando usar o valor de E na idade em que se deseja verificar a deformação imediata ou futura.a deformação imediata ou futura.

Proteção às patologias: deformaçãoProteção às patologias: deformação

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• Como vimos, pode o Projetista Estrutural avaliar a Como vimos, pode o Projetista Estrutural avaliar a situação de deformações e fissuração desde o situação de deformações e fissuração desde o Projeto, com precisão, desde que possua os valores Projeto, com precisão, desde que possua os valores de Ec e fck, indicados pela Norma ou, mais de Ec e fck, indicados pela Norma ou, mais precisamente, obtidos de uma dosagem racional precisamente, obtidos de uma dosagem racional realizada especificamente com os materiais da obra.realizada especificamente com os materiais da obra.

• Estas informações vão fazer parte do Projeto e Estas informações vão fazer parte do Projeto e balizar o balizar o plano de desformaplano de desforma, portanto devem fazer , portanto devem fazer parte integrante do parte integrante do programa de controle programa de controle adotado na adotado na Execução, conforme previsto na NBR14931.Execução, conforme previsto na NBR14931.

• Assim, medidas práticas devem ser adotadas para a Assim, medidas práticas devem ser adotadas para a amostragem e testes para confirmação dos valores amostragem e testes para confirmação dos valores de fck e Eci durante a execução.de fck e Eci durante a execução.

Proteção às patologias: movimentação do escoramentoProteção às patologias: movimentação do escoramento

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• Há outros mecanismos indutores da fissuração do Há outros mecanismos indutores da fissuração do concreto. Entre eles, associado ao excesso de água total, concreto. Entre eles, associado ao excesso de água total, é a falta de uma cura adequada.é a falta de uma cura adequada.

• A cura é o procedimento dimensionado e adotado na obra A cura é o procedimento dimensionado e adotado na obra para evitar, o mais possível, a rápida perda de água pela para evitar, o mais possível, a rápida perda de água pela superfície exposta do concreto, que leva à superfície exposta do concreto, que leva à retração retração hidráulicahidráulica, isto é, a redução de volume com geração de , isto é, a redução de volume com geração de tensões de tração e ruptura do concreto ainda sem tensões de tração e ruptura do concreto ainda sem resistência.resistência.

• Influem neste mecanismo a temperatura e a umidade Influem neste mecanismo a temperatura e a umidade ambientes, a presença de ventos e a temperatura do ambientes, a presença de ventos e a temperatura do próprio concreto.próprio concreto.

• Há situações tão críticas que a proteção deve iniciar-se Há situações tão críticas que a proteção deve iniciar-se junto com o espalhamento do concreto – o mais possível junto com o espalhamento do concreto – o mais possível já acabado, sob pena de haver 100% de probabilidade de já acabado, sob pena de haver 100% de probabilidade de fissuração até cerca de 30 minutos após o lançamento. fissuração até cerca de 30 minutos após o lançamento.

A velha e boa curaA velha e boa cura

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EvaporaçãoEvaporação

Eládio Petrucci/1975

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EvaporaçãoEvaporação

DataTemperatura do ar

(°C)Umidade Relativa

(%)Temperatura do Concreto (°C)

Velocidade do Vento (km/h

Evaporação (litros/m2/hora)

Probabilidade de trincas de retração

12/01/05 32 48 37 19 1,6 100%13/01/05 34 48 39 23 2,3 100%14/01/05 34 48 39 14 1,6 100%15/01/05 31 48 36 15 1,4 Alguma

Situação Típica de Evaporação em Porto Alegre

Case: obra em Porto Alegre/2005

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EvaporaçãoEvaporação

0,5 l/m2/hnenhuma

Caso “A”T = 27 °CH = 94%;Tc = 32 °CV = 20 km/h

Caso “B”T = 34 °CH = 48%;Tc = 39 °CV = 23 km/h

2,1 l/m2/h100%

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Hipótese realista de situação de curaHipótese realista de situação de cura

• Quantidade de água total: 195 litros/m3Quantidade de água total: 195 litros/m3• Relação água/cimento: 0,538 l/kgRelação água/cimento: 0,538 l/kg• Consumo de CPII: 362 kg/m3Consumo de CPII: 362 kg/m3• Quantidade de água por m2 nos 50 mm superficiais: 9,75 lQuantidade de água por m2 nos 50 mm superficiais: 9,75 l• EvaporaçãoEvaporação

– Caso “A”: evaporação de 0,5 l/m2/h Caso “A”: evaporação de 0,5 l/m2/h • Em 3 horas sem cura a perda é: 1,5 l/m2Em 3 horas sem cura a perda é: 1,5 l/m2• A água resultante é 8,25 l/m2A água resultante é 8,25 l/m2• A quantidade de água/kg de cimento (mal distribuída) é de: 0,46A quantidade de água/kg de cimento (mal distribuída) é de: 0,46• A redução de volume da massa é de: 0,30%A redução de volume da massa é de: 0,30%

– Caso “B”: evaporação de 2,1 l/m2/h Caso “B”: evaporação de 2,1 l/m2/h • Em 3 horas sem cura a perda é: 6,3 l/m2Em 3 horas sem cura a perda é: 6,3 l/m2• A água resultante é 3,45 l/m2A água resultante é 3,45 l/m2• A quantidade de água/kg de cimento (mal distribuída) é de: A quantidade de água/kg de cimento (mal distribuída) é de: 0,190,19• A redução de volume da massa é de: A redução de volume da massa é de: 1,26%1,26%

Page 83: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Cura por Molhagem com mangueiraCura por Molhagem com mangueira

(ABCP)

Page 84: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Cura por mantas de aniagem umedecidasCura por mantas de aniagem umedecidas

(ABCP)

Page 85: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Cura QuímicaCura Química

(ABCP)

Page 86: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Tempo de aplicaçãoTempo de aplicação

10

12

14

16

18

20

22

5 10 15 20 25 30

Tempo (minutos)

Ab

ati

men

to (

cm

)

Page 87: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

• Resistência e Módulo de elasticidadeResistência e Módulo de elasticidade– Os valores de EOs valores de Ecici para todas idades de controle devem ser para todas idades de controle devem ser

fornecidos no projeto (NBR 6118) e confirmados na obra fornecidos no projeto (NBR 6118) e confirmados na obra concomitantemente com os de fconcomitantemente com os de fckck, antes da retirada de formas , antes da retirada de formas e escoramentos (NBR 14 931);e escoramentos (NBR 14 931);

– Para fck adotam-se os procedimentos da NBR12655.Para fck adotam-se os procedimentos da NBR12655.– Na falta de um critério definido de amostragem para Ec Na falta de um critério definido de amostragem para Ec

sugerimos realizar uma amostragem por lote, em uma sugerimos realizar uma amostragem por lote, em uma betonada aleatória, para cada tipo de concreto empregado;betonada aleatória, para cada tipo de concreto empregado;

– O exemplar retirado se constituirá de 3 CP por idade de O exemplar retirado se constituirá de 3 CP por idade de controle, a serem ensaiados de acordo com a NBR 8522.controle, a serem ensaiados de acordo com a NBR 8522.

– Os valores obtidos permitirão avaliar, juntamente com a Os valores obtidos permitirão avaliar, juntamente com a correlação obtida na dosagem, os demais valores correlação obtida na dosagem, os demais valores correspondentes a cada amostra componente do lote.correspondentes a cada amostra componente do lote.

Programa de controlePrograma de controle

Page 88: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

ProjetoProjeto

Revista Concreto n.° 52, “Confiabilidade dos resultados de ensaios”; Fernando Mentone

Page 89: O Projeto de Estruturas e a Tecnologia do Concreto

Comentários finaisComentários finais• O Projeto não pode prescindir da participação do Engenheiro Tecnologista do O Projeto não pode prescindir da participação do Engenheiro Tecnologista do

Concreto como parte de sua equipe, para fornecer as informações sobre o Concreto como parte de sua equipe, para fornecer as informações sobre o material para o Engenheiro Calculista bem como participar na elaboração do material para o Engenheiro Calculista bem como participar na elaboração do Programa de Controle exigido para o planejamento da Programa de Controle exigido para o planejamento da “seqüência executiva“seqüência executiva” a ” a ser ajustada com o Construtor.ser ajustada com o Construtor.

• A Execução não pode prescindir da participação do Engenheiro Tecnologista do A Execução não pode prescindir da participação do Engenheiro Tecnologista do Concreto e do Engenheiro Calculista na aprovação da seqüência executiva Concreto e do Engenheiro Calculista na aprovação da seqüência executiva (concretagens, movimentação do escoramento, controle e sua interpretação).(concretagens, movimentação do escoramento, controle e sua interpretação).

• Como forma de dar cumprimento a estas necessidades é preciso tornar real a Como forma de dar cumprimento a estas necessidades é preciso tornar real a figura do “figura do “Responsável Técnico do Proprietário”Responsável Técnico do Proprietário” conforme apresentada na NBR conforme apresentada na NBR 12655:2006, responsável por contratar os profissionais necessários ao completo 12655:2006, responsável por contratar os profissionais necessários ao completo escopo de Projeto e Execução da estrutura de concreto.escopo de Projeto e Execução da estrutura de concreto.

• A persistir a não aplicação dos preceitos e exigências das Normas Brasileiras há A persistir a não aplicação dos preceitos e exigências das Normas Brasileiras há que modificá-las, estabelecendo uma “que modificá-las, estabelecendo uma “nova ordem”nova ordem” de ações e procedimentos de ações e procedimentos mais de acordo com a realidade praticada.mais de acordo com a realidade praticada.

• Entretanto nossa convicção é que o atual “estado da arte” expresso pelas Entretanto nossa convicção é que o atual “estado da arte” expresso pelas Normas é adequado à qualidade e um esforço deve ser feito para preservá-lo.Normas é adequado à qualidade e um esforço deve ser feito para preservá-lo.

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Egydio Hervé NetoEgydio Hervé Neto

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