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O PROGRAMA LIXO NOSSO DE CADA DIA Encaminhamentos Atuais do Ministério Público Estadual Paulo Antonio Locatelli Promotor de Justiça Coordenador do CME [email protected]

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O PROGRAMA LIXO NOSSO DE CADA DIA Encaminhamentos Atuais do

Ministério Público Estadual

Paulo Antonio Locatelli Promotor de Justiça

Coordenador do CME [email protected]

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LEGISLATIVA

JURÍDICA

ADMINISTRATIVA

TÉCNICA

INTERVENÇÃO ANTRÓPICA

DESASTRESNATURAIS

VICISSITUDES

AMBIENTAIS

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Programa Lixo Nosso de Cada Dia

(Resíduos Sólidos)

Buscar a destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos domiciliares nos municípios catarinenses, por intermédio de educação ambiental, instituição de coleta seletiva e adequação na disposição final dos rejeitos, recuperação das áreas degradadas, além de prever ações de fiscalização.

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ANTES DA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

“LIXO NOSSO DE CADA DIA” – ANO DE

2000

256 - 87,4%

37 - 12,6%

Disposição Adequada

Disposição Inadequada

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OFÍCIO INTERINSTITUCIONAL

ENCAMINHADO AOS PREFEITOS JANEIRO de 2001

• OBRIGAÇÕES LEGAIS e LEGISLAÇÃO AMBIENTAL;

• REGULARIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PARA DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS, AINDA NA GESTÃO DOS PREFEITOS;

• FORMAÇÃO DE CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS

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TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO

DE CONDUTAS (TAC) - PARTE RESOLUTIVA

PROJETO DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA

DISPOSIÇÃO FINAL ADEQUADA - PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO OU OUTRO MEIO ADEQUADO DE DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DOMICILIARES

COLETA SELETIVA DO LIXO

PRAZO FINAL PARA ADEQUAÇÃO ATÉ 2003;

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DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

“LIXO NOSSO DE CADA DIA” - ANO DE 2004

17 - 5,8%

276 - 94,2%

Disposição Inadequada

Disposição Adequada

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AÇÃO CIVIL PÚBLICA

INTERDIÇÃO DO LOCAL INADEQUADO

E

DESTINAÇÃO CORRETA

AÇÃO PENAL PÚBLICA

Art. 54 (Poluição) e Art. 60 (Obra ou Serviço s/ licença)

Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais)

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AÇÃO CIVIL PÚBICA. DANO AMBIENTAL. RESÍDUOS SÓLIDOS.

CONDENAÇÃO DO MUNICÍPIO À REPARAÇÃO DOS DANOS

AMBIENTAIS DECORRENTES. 1. O lixo produzido pelo

Município de Mafra deverá ser destinado a aterro devidamente

licenciado pelos órgãos ambientais, havendo necessidade de

comprovação nos autos tanto do local da destinação quanto

das licenças ambientais necessárias. 2. A recuperação do local

atingido é medida que se impõem, seja por viabilizar a

recomposição (mesmo que parcial) de um ecossistema em

benefício da comunidade, seja pelo caráter educativo da medida

junto ao réu (pessoa jurídica de direito público interno) e

perante a sociedade. 3. A atuação do Judiciário neste caso não

implica interferência indevida nas políticas públicas municipais,

mas exercício legítimo do controle da legalidade dos atos

administrativos.

(TRF 04ª R.; AC 0000320-95.2001.404.7201; SC; Terceira Turma; Rel. Des. Fernando Quadros

da Silva; Julg. 12/04/2011; DEJF 25/04/2011; pág. 469)

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ACP ACP MPF

TAC TAC MPF

TAC JUDICIAL (não entra na soma, pois já foi contabilizado na ACP)

SEM ACP E/OU TAC

12 25 183 02 09 71

• Foram tomamos por base 293 municípios, e não os 295. Pescaria Brava e Balneário

Rincão, não estavam emancipados

Dados referentes ao período de 2001/2004

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VERIFICAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DAS AÇÕES DO

PROGRAMA “LIXO NOSSO DE CADA DIA”

ABRIL/2006

1. PROTOCOLO DE INTENÇÕES - CONVÊNIO Ministério

do Meio Ambiente

Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável - SDS

Fundação do Meio Ambiente – FATMA

Federação Catarinense de Municípios - FECAM

Caixa Econômica Federal - CEF

Fórum Estadual Lixo e Cidadania do Estado de SC – FELC/SC

Sec. de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão - PMA

Conselho Regional de Eng., Arq. E Agronomia de SC – CREA

Associação Brasileira de Eng. Sanitaria e Ambiental – ABES/SC

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VERIFICAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DAS AÇÕES DO

PROGRAMA “LIXO NOSSO DE CADA DIA”

JULHO 2012

2. CONVÊNIO FRBL/ABES-SC N. 01/2012/FRBL

PROCESSO N.049/2010/FRBL

Ministério Público de Santa Catarina - MPSC

Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES/SC

Fundação do Meio Ambiente – FATMA

Batalhão da Polícia Militar Ambiental - PMA

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* Levantamento dos Aterros Sanitários

* Plano de Pesquisa e Investigação (Reciclagem e Avaliação dos Aterros)

* Investigação da Situação Atual dos Municípios, com base no Licenciamento Ambiental

* Levantamento Fotográfico

* Identificação dos Processos de Reciclagem

* Medidas e soluções para operação dos aterros sanitários

* Recomendações para o processo de reciclagem

* Elaboração do Programa de Educação Ambiental

METODOLOGIA

Etapas do Projeto

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PRINCIPAIS RESULTADOS

Gestão dos Aterros Sanitários

Fonte: Convênio FRBL/ABES-SC n. 01/2012/FRBL

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LOCALIZAÇÃO DOS ATERROS

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PRINCIPAIS RESULTADOS

Enquadramentos Aterros Sanitários

72%

Fonte: Convênio FRBL/ABES-SC n. 01/2012/FRBL

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PRINCIPAIS RESULTADOS

Coleta Seletiva

72%

Fonte: Convênio FRBL/ABES-SC n.01/2012/FRBL

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PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO

INTEGRADA DE RESÍDUOS

Fonte: Municípios – Nov 2014

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PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO

INTEGRADA DE RESÍDUOS

Fonte: Municípios – Outubro 2016

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RECUPERAÇÃO DAS

ÁREAS DEGRADADAS 2015

Foram desencadeadas ações no sentido de verificar a efetiva recuperação das áreas anteriormente utilizadas para disposição final dos resíduos sólidos urbanos, conforme cláusula constante no TAC formalizado em 2001.

1.Planta de localização georeferenciada dos antigos locais de

deposição de resíduos;

2. Estimativa da área ocupada pelos referidos locais;

3. Relatório fotográfico da situação atual dos referidos locais;

4. Se foram adotadas medidas, e quais, direcionadas para

recuperação;

5. Se existem construções e/ou atividades desenvolvidas sobre

essa área ou no seu entorno? Cite quais as finalidades dessas

atividades e construções; e

6. Se existe curso d'água próximo aos referidos locais, indicando a

distância, e, ainda, se a área está a montante de algum ponto de

captação para abastecimento público.

MUNICÍPIOS Of. 90/2015

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RECUPERAÇÃO DAS

ÁREAS DEGRADADAS

Fonte:MP da Paraíba. Resíduos Sólidos: Roteiro de Atuação Ministerial. 2016. Pág. 18

Assim, as áreas de lixões devem ser desativadas, isoladas e recuperadas ambientalmente. O encerramento dos lixões e aterros controlados compreende, no mínimo: ações de cercamento da área, drenagem pluvial; cobertura com solo e cobertura vegetal; sistema de vigilância; realocação das pessoas e edificações que se localizem dentro da área do lixão ou do aterro controlado. O remanejamento deve ser de forma participativa, utilizando como referência as políticas públicas para o setor

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FIM DOS LIXÕES

POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE PROIBIA LIXÕES – Lei 6.938/81

LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS – Lei 9.605/98

LIXÃO É CRIME

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FIM DOS LIXÕES

PRAZO

Art. 54. A disposição final

ambientalmente adequada dos

rejeitos, observado o disposto

no § 1o do art. 9o, deverá ser

implantada em até 4 (quatro)

anos após a data de publicação

desta Lei.

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Lei 12.305/2007

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MARCO LEGAL Lei 11.445/07 – Lei de Diretrizes Nacionais para o saneamento básico

(Dec Reg. 7.217/10)

Define a limpeza urbana e o manejo de RS como um componente de saneamento

básico (atividades, infraestruturas e instalações de coleta, transporte, transbordo,

tratamento e destino final dos resíduos domiciliares

o e o controle social e ainda, a

sustentabilidade financeira do sistema;

o de forma adequada”. (Dec.7.217/2010 da LDNSB)

blicos

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MARCO LEGAL Lei 12.305/10 – Política Nacional de Resíduos Sólidos

(Dec Reg. 7.404/10)

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes

Consumidores e titulares dos serviços públicos de LUMRS

COLETA SELETIVA

Obrigatória – resíduos secos e úmidos

LOGÍSTICA REVERSA

Implantação e operacionalização por meio de acordos setoriais/ termos de

compromisso/regulamentos do Poder Público

ACORDOS SETORIAIS

Implantação da Logística Reversa

(contendo forma de implantação da Logística)

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PRINCÍPIOS

Envolvimento de todos

• Poder Público (todos poderes e esferas)

• Sociedade

• Iniciativa privada

• Cidadão

Diálogo

Educação Ambiental

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PRIORIDADES Lei 12.305/2010

NÃO GERAÇÃO

REDUÇÃO

REUTILIZAÇÃO

RECICLAGEM

TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DOS REJEITOS

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POLÍTICA DE INCLUSÃO

DOS CATADORES

Bastante comum o preconceito e a falta de informação no que se refere à importância do trabalho realizado pelos Catadores

O retrato social citado não é novidade, mas a nova visão que emerge da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que é uma medida afirmativa de política pública destinada, também, a discriminação estrutural que sofre o grupo social vulnerável de catadores de materiais recicláveis.

Basta simples leitura da exposição de motivos da Lei 12.305/10, itens 18, 19 e 23 para tal conclusão.

Devem ser considerados verdadeiros agentes ambientais

Os catadores realizam a coleta de material reciclável de maneira absolutamente informal, nas ruas e nos lixões, sendo raros os casos em que a Administração Pública lhes dá o merecido reconhecimento

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POLÍTICA DE INCLUSÃO

DOS CATADORES

A Lei 12.305/10 comete ao PODER PÚBLICO a OBRIGAÇÃO de garantir às associações e cooperativas a INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA às suas atividades, além da REMUNERAÇÃO pelos serviços prestados, emerge como obrigação prioritária a disponibilização de galpão de trabalho, equipado minimamente com mesas de triagem, prensa e balança, em condições adequadas e que permitam o início imediato das atividades das associações e cooperativas. (art. 42, INC. III e art. 44 do Dec. 7.404/2010)

As cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis se estruturam sobre PRINCÍPIOS e VALORES morais bastante nobres, como os da igualdade, dignidade humana, ajuda mútua, solidariedade e autogestão participativa.

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POLÍTICA DE INCLUSÃO

DOS CATADORES

A Lei 8.666/93 torna lícita a contratação de organizações formais de catadoras e catadores de materiais recicláveis pelo Poder Público;

O artigo 6º, inciso VIII, da PNRS diz “o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania”

O artigo 7º, inciso XII prevê a “integração das catadoras e catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos”

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POLÍTICA DE INCLUSÃO

DOS CATADORES Participação Social

O plano de gerenciamento de resíduos sólidos dos empreendimentos listados no art. 20 da PNRS, poderá prever a participação de cooperativas ou de associações de catadores de materiais recicláveis no gerenciamento dos resíduos sólidos recicláveis ou reutilizáveis.

Poderão participar da elaboração dos ACORDOS SETORIAIS representantes do Poder Público, dos fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores dos produtos e embalagens referidos no art. 33 da PNRS, das cooperativas ou outras formas de associações de catadores de materiais recicláveis ou reutilizáveis e outros (§3º do art. 19)

O sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos e a logística reversa PRIORIZAÇÃO a participação de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis constituídas por pessoas físicas de baixa renda. (Art. 40 do Dec.7.404/2010)

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CNMP

GUIA DE ATUAÇÃO MINISTERIAL

• Encerramento dos lixões e a

inclusão social e produtiva

das catadoras e catadores

de materiais recicláveis

• Formalizado em 2014 entre o CNMP e a Presidência

da República objetivando estabelecer estratégias de

atuação conjunta entre as entidades e a sociedade

civil organizada direcionada à inclusão social e

produtiva dos catadores de materiais recicláveis.

ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA

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LIXO URBANO

I - DOMÉSTICO

II - INDUSTRIAL

III - SAÚDE

IV – CONSTRUÇÃO CIVIL

V – OUTROS: Saneamento, Agrosilvipastoris, Serviços de Transportes (aeroportos, portos, etc) e Mineração

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O PAPEL DO ESTADO

Promover a integração

Promover planejamento

Controlar e fiscalizar (licenciamento competente

Apoiar e PRIORIZAR as iniciativas consorciadas ou compartilhadas

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O PAPEL DO MUNICÍPIO

Art. 10. Incumbe ao DF e aos Municípios a gestão integrada dos resíduos sólidos gerados..., bem como da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de resíduos, consoante o estabelecimento nesta Lei.

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RESPONSABILIDADE DE TODOS

Art. 25. O poder público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e demais determinações estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento.

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DESAFIOS

Planos Municipais

Planos Regionais e Estaduais

Coleta Seletiva

Inclusão dos catadores

Tratamento do resíduos orgânico

Disposição adequada do rejeito

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PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

CONTEÚDO MÍNIMO:

Diagnóstico da situação atual dos

resíduos sólidos, as metas de redução,

reutilização, reciclagem, entre outras

As metas para o aproveitamento energético dos gases

gerados nas unidades de disposição final de resíduos

sólidos;

As metas para a eliminação e recuperação de lixões,

associadas à inclusão social e à emancipação econômica

de catadores de materiais recicláveis;

1

Com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada

2

3

4 Os programas, projetos e ações para o atendimento das

metas previstas;

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PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

CONTEÚDO MÍNIMO:

As medidas para incentivar e viabilizar a gestão

regionalizada dos resíduos sólidos;

Identificação de áreas favoráveis para disposição final

ambientalmente adequada de rejeitos, observado o plano

diretor de que trata o §1º do art. 182 da CF e o

zoneamento ambiental, se houver;

Programas e ações de educação ambiental que promovam

a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de

resíduos sólidos;

5

6

7

8

Identificação dos passivos ambientais relacionados aos

resíduos sólidos, incluindo áreas contaminadas, e

respectivas medidas saneadoras, entre outras... (arts.15,17 e 19)

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PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO

INTEGRADA DE RESÍDUOS Diagnóstico da situação dos resíduos sólidos

Identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos

Identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros Municípios

Identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de gerenciamento específico ou o sistema de logística reversa

Identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de gerenciamento específico

Programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos

Programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos

Programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se houver;

Programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos

Metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS X

PROGRAMA LIXO NOSSO DE CADA DIA

COLETA SELETIVA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

DISPOSIÇÃO AMBIENTALMENTE

ADEQUADA

DESTINAÇÃO AMBIENTALMENTE

ADEQUADA

INCENTIVO CONSÓRCIOS

PÚBLICOS

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS X

PROGRAMA LIXO NOSSO DE CADA DIA

Os esforços voltam-se não somente à

manutenção dos aterros, mas à implantação

de uma política abrangente pela Gestão

integrada dos Resíduos Sólidos.

Conscientização acerca dos resíduos

Estimular comportamento parcimonioso (evitar geração de

resíduos e o aproveitamento máximo desses)

Não geração, redução, reutilização,

reciclagem, tratamento e disposição final

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MINISTÉRIO PÚBLICO Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente

O MPSC vem fortalecendo a atuação nessa área desde 2001

O estabelecimento de cooperação é essencial para efetivação dos princípios e objetivos da PNRS

O propósito do MPSC/CME tem sido o de realçar o perfil dos órgãos de execução na busca de uma atuação resolutiva, de maneira consensual, preterindo a via judicial, uniformizando ações em matérias de grande relevância e comum a maioria dos municípios Catarinenses.

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RESPONSABILIZAÇÃO

Art. 51. Sem prejuízo da obrigação de,

independentemente da existência de culpa, reparar os

danos causados, a ação ou omissão das pessoas físicas

ou jurídicas que importe inobservância aos preceitos

desta Lei ou de seu regulamento sujeita os infratores às

sanções previstas em lei, em especial às fixadas na LEI

DOS CRIMES AMBIENTAIS, que “dispõe sobre as sanções

penais e administrativas derivadas de condutas e

atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras

providências”, e em seu regulamento.

Art. 52. A observância do disposto no caput do art. 23 e no

§ 2o do art. 39 desta Lei é considerada obrigação de

relevante interesse ambiental para efeitos do art. 68 da Lei

9.605/98, sem prejuízo da aplicação de outras sanções

cabíveis nas esferas penal e administrativa.

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DISPOSIÇÕES FINAIS

Pelo viés preventivo da PNRS, que além de reforçar a necessidade do manejo ambientalmente adequado dos resíduos e rejeitos já exigida pela Lei do Saneamento Básico, baliza-se numa hierarquia de atuação, dependente das ações locais para tornar-se eficaz e eficiente.

A ausência do estabelecimento das

diretrizes preventivas da Lei

resulta na perpetuação de todos

os danos atrelados aos resíduos.

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