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O PROBLEMA ECONÔMICO Disciplina : Economia e Negócios (1) Economia Brasileira Contemporânea Recursos Limitados x Necessidades Ilimitadas Fatores de Produção- As Questões Centrais Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva. SP. 2008

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Page 1: O PROBLEMA ECONÔMICO Disciplina : Economia e Negócios (1) Economia Brasileira Contemporânea Recursos Limitados x Necessidades Ilimitadas Fatores de Produção-

O PROBLEMA ECONÔMICO

Disciplina : Economia e Negócios(1)

Economia Brasileira Contemporânea

Recursos Limitados x Necessidades Ilimitadas

Fatores de Produção- As Questões Centrais

Marco Antonio Sandoval de VasconcellosFundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva. SP. 2008

Professor Ms Regis Ximenes

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CONCEITO DE ECONOMIA

•Etimologicamente, a palavra economia vem do grego oikos (casa) e nomos (norma, lei). Seria a “administração da casa”, que pode ser generalizada como “administração da coisa pública”.

•Economia pode ser definida como a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas.

•Assim, trata-se de uma ciência social, já que objetiva atender às necessidades humanas. Contudo, depende de restrições físicas, provocadas pela escassez de recursos produtivos ou fatores de produção (mão de obra, capital, terra, matérias primas)

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•Pode-se dizer que o objeto de estudo da ciência econômica é a questão da escassez, ou seja, como “economizar” recursos.

•A escassez surge em virtude das necessidades humanas ilimitadas e da restrição física de recursos. Afinal, o crescimento populacional renova as necessidades básicas; o contínuo desejo de elevação do padrão de vida (que poderíamos classificar como uma necessidade “social” de melhoria de status) e a evolução tecnológica fazem com que surjam “novas” necessidades.

•Nenhum país, mesmo os países ricos, são auto-suficientes, em termos de disponibilidade de recursos produtivos, para satisfazer a todas as necessidades da população.

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•Se não houvesse a escassez de recursos, ou seja, se todos os bens fossem abundantes (bens livres), não haveria necessidade de estudarmos questões como inflação, crescimento econômico, déficit no balanço de pagamentos, desemprego, concentração de renda etc. Esses problemas provavelmente não existiriam (e obviamente nem a necessidade de se estudar Economia).

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A Questão da Escassez e os Problemas Econômicos Fundamentais

•Todas as sociedades, qualquer que seja seu tipo de organização econômica ou regime político, são obrigadas a fazer opções, escolhas entre alternativas, uma vez que os recursos não são abundantes. Elas são obrigadas a fazer escolhas sobre O Que e Quanto, Como e Para Quem produzir.

•O que e quanto produzir: a sociedade deve decidir se produz mais bens de consumo ou bens de capital, ou, como num exemplo clássico; quer produzir mais canhões ou mais manteiga? Em que quantidade? Os recursos devem ser dirigidos para a produção de mais bens de consumo, ou bens de capital?

•Como produzir: trata-se de uma questão de eficiência produtiva: serão utilizados métodos de produção capital intensivos? Ou mão-de-obra intensivos? Ou terra intensivos? Isso depende da disponibilidade de recursos de cada país.

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•Para quem produzir: A sociedade deve decidir quais os setores que serão beneficiados na distribuição do produto: trabalhadores, capitalistas ou proprietários da terra? Agricultura ou indústria? Mercado interno ou mercado externo? Região Sul ou Norte? Ou seja, trata-se de decidir como será distribuída a renda pela atividade econômica.

NecessidadesHumanas ilimitadas xRecursos produtivosescassos

escassez escolha

-o que e quanto produzir

-como produzir

-para quem produzir

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•Diferentemente da microeconomia que trabalha com mercados isolados, a macroeconomia estuda todos os mercados em conjunto.

•Assim, para que as análises macroeconômicas pudessem avançar, foi necessário o desenvolvimento da chamada Contabilidade Nacional, ou seja, de um instrumental que permite mensurar a totalidade das atividades econômicas.Esse instrumento recebeu o nome de Contabilidade Nacional.

•A partir do desenvolvimento desta técnica de mensuração, baseada no princípio das partidas dobradas, houve grande avanço da teoria econômica, uma vez que tornaram possíveis os testes empíricos e uma análise quantitativa mais consubstanciada.

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Definição de Produto

•A economia estuda a alocação de recursos escassos para fins ilimitados, ou seja, como obter o máximo de satisfação para os indivíduos a partir de um estoque dado de recursos.

•Para satisfazer a suas necessidades, o homem envolve-se em um ato de produção.

•Produção é a atividade social que visa adaptar a natureza para a criação de bens e serviços que permitam a satisfação das necessidades humanas.

•No ato de produção, existe a combinação de uma série de elementos chamados de fatores de produção, que são os recursos utilizados na produção de bens e serviços.

•Normalmente, costuma-se separar os recursos em três grandes áreas: Terra, Capital e Trabalho.

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PRODUÇÃOÉ a atividade social que visa adaptar a natureza para a

criação de bens e serviços que permitam a satisfaçãodas necessidades humanas.

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Os fatores de Produção

São os recursos utilizados na produçãode bens e serviços

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O PRODUTO

É a soma daquilo que foi produzido em país durante determinado período

de tempo

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O Crescimento EconômicoÉ definido como o aumento do produto em um

determinado período de tempo, ou seja,a elevação na produção de bens e serviçosque satisfaçam às necessidades humanas

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PRODUTO REAL E PRODUTO NOMINAL

•Produto é medido em termos monetários, pois é a forma que possuímos para reduzir os diversos bens e serviços da economia a um denominador comum e com isso podermos agregá-los.

•O problema é que a moeda está sujeita a perda de valor ao longo do tempo, isto é, na presença de processos inflacionários, o poder de compra da moeda se corrói devido à elevação do nível geral de preços.

•Assim, de um ano para o outro, o produto pode variar em termos monetários sem que em termos de quantidade física tenha ocorrido qualquer mudança, ou seja, como Y= Pi x Qi ( onde Pi é o preço e Qi a quantidade das n mercadorias da economia), o valor de Y pode mudar tanto por mudanças em Pi como em Qi, ou em ambos.

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•O que interessa em termos de crescimento é o comportamento de Q; assim, devemos diferenciar entre Produto Real (aquele medido a preços constantes) e Produto Nominal (aquele medido a preços correntes).

•Como o que se se observa é o produto nominal, para retirar os efeitos da inflação sobre a medida do produto utilizamos os chamados “índices de preços” para fazer o “deflacionamento”.

•Estes índices correspondem a média ponderada das mudanças de preços dos diversos produtos. O principal índice é o deflator implícito do produto (DI), que corresponde à razão entre a soma de todos os preços no instante atual multiplicados pela quantidades no instante atual e a soma de todos os preços no instante anterior multiplicado pelas quantidades do instante atual.

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•A partir do produto real, pode-se observar mais de perto a evolução (crescimento) as economia de um país, comparando-se o produto de um ano em relação a outro. Quando dizemos que o Brasil cresceu 4 %, estamos afirmando que a produção do ano atual (PIP) é 4% maior que o ano anterior em termos reais, isto é, descontada a elevação dos preços dos bens produzidos.

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•O Gráfico nos mostra a taxa de investimento (preços constantes de 2000) anual até 1990 e trimestral desde 1991, bem como a média verificada entre o primeiro trimestre de 1991 e o segundo de 2004, 19,1%.

•A série formação bruta de capital fixo como proporção do PIB a preços constantes de 2000 tem o seu menor patamar histórico, verificado no segundo trimestre de 2003, 16,4%, sendo que a partir de então apresenta comportamento crescente. Contudo, no segundo trimestre de 2004, a taxa de investimento a preços constantes, 17,3%, continua cerca de 2% abaixo da média verificada do primeiro trimestre de 1991 ao segundo semestre de 2004.

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•A esse respeito, em trabalhos anteriores, foi mostrado que mantida a média do crescimento da produtividade total dos fatores, do trabalho e a taxa média de investimento observada de 1994 a 2001, respectivamente de 1,2%, 2,0% e 19,9%, o crescimento do produto esperado no Brasil seria de 2,8%, atingindo o máximo 3,5% quando se considera o crescimento potencial (esse último só se sustenta no curto prazo).

•Ressaltamos que a análise anterior só considera parâmetros médios, ou seja, choques em outros fatores podem elevar o crescimento sustentado brasileiro. Como exemplo,  um choque positivo na produtividade do capital de 2% por 5 anos, elevaria o crescimento sustentado esperado para 3,1% (e o potencial para 4%), sendo que, nos cinco anos de transição, haveria um ganho extra da ordem de 2% no crescimento esperado .

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DEPRESSÃO ECONÔMICA

Uma depressão econômica é caracterizada por um estado agravado de recessão, ou seja, um longo período de desemprego em massa, falência de empresas, baixos níveis de produção e investimentos etc., sempre acarretando em conseqüências negativas para a economia mundial.

Segundo especialistas, as maiores depressões econômicas da história foram as de 1815, 1873 e 1929. Entre elas, uma das mais graves foi a de 1929, superada somente pela crise financeira mundial de 2008. Em relação ao crash de 29, a teoria mais aceita, diz que o motivo para a crise foi o planejamento mau feito da política monetária dos Estados Unidos. Esse é apenas um dos motivos para as depressões econômicas. Esses longos períodos de crise podem ser causados por diversos fatores, principalmente na esfera macroeconômica.

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•Para exemplificar as diferenças entre uma recessão e uma depressão econômica, podemos citar uma velha piada dos economistas: Uma recessão é quando o seu vizinho perde o emprego, uma depressão é quando você perde o seu também. De fato, recessão é um declínio do Produto Interno Bruto (PIB), por dois ou mais trimestre consecutivo, já a depressão está relacionada com outros aspectos mais amplos, como níveis de emprego, produção industrial, rendimento real, etc.

•Ao longo da história do capitalismo, podemos perceber momentos bons e de crise, ou seja, ciclos econômicos. Após o sistema capitalista ter se firmado esses ciclos passaram a ser algo constante. De certa forma, depressão econômica é uma falha do sistema capitalista e de sua teórica “mão invisível”. Inclusive, foi nos períodos após grandes depressões que surgiram outras teorias econômicas um pouco diferentes da teoria de Adam Smith, como o keynesianismo e o neoliberalismo.

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ADAM SMITH 1723-1790

•Foi considerado o formulador da teoria econômica, nasceu em 1723 na Escócia. Nos anos de 1751 a 1764 ensinou filosofia na Universidade de Glasgow onde publicou seu primeiro livro, a teoria dos Sentimentos Morais. Contudo, foi com outra obra que ele conquistou grande fama: Uma Pesquisa Sobre a Natureza e as Causas das Riquezas das Nações, lançado em 1776.

•Ele tornou o assunto compreensível e sistêmico e seu livro A Riqueza das Nações pode ser considerado como a origem do estudo da Economia.

•Ele enfatizou que uma divisão apropriada da mão de obra pela sociedade, com cada pessoa se especializando naquilo que sabe fazer melhor, seria a melhor maneira de aumentar a produtividade e a riqueza de uma nação.

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•Além disso, Smith criticou as excessivas intervenções e restrições do governo sobre a economia, demonstrando que economias planejadas na verdade atrapalham o crescimento.

•A idéia central de Smith em A Riqueza das Nações é de que o mercado, aparentemente caótico,é,na verdade, organizado e produz as espécies e quantidades de bens que são mais desejados pela população.

•A premissa básica de Smith; o governo não precisa interferir na economia. Um mercado livre pode produzir bens na quantidade e no preço que a sociedade espera. Isto acontece porque a sociedade, na busca por lucro, irá responder às exigências do mercado.

•Adam Smith também criticou seriamente as conspirações comerciais e cartéis que ocorrem quando um grupo de empresários,produtores de um mesmo bem de consumo, estabelece um determinado preço.

•Seus argumentos influenciaram a economia mundial durante o século XIX, e continua influenciando até os dias de hoje.

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Adam Smith foi o fundador do estudo sistêmico e organizado da Economia e um dos principais pensadores na história humana

Procurou responder as seguintes questões:

•A concorrência deve ser regulamentada ou entregue a si mesma ?

•A exportação de ouro devia ser proibida, ou deveria permitir-se que o “tesouro” entrasse ou saísse do reino, segundo as correntes de comércio o ditassem?

•O produtor agrícola deveria ser tributado por constituir a fonte original de toda a riqueza, ou deveriam os impostos recair sobre a próspera classe mercantil?

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A Crescente Riqueza das Nações

•O mundo que Smith descreveu era muito diferente do nosso. Era um mundo de empresas muito pequenas. Entretanto, apesar de todas as diferenças em relação à moderna sociedade econômica, a visão básica que Smith forneceu de sua época pode ainda elucidar as tarefas da ciência econômica em nosso próprio tempo.

•Dois problemas principais ocuparam a atenção de Smith. O primeiro é a teoria de Smith sobre a mais importante tendência de uma sociedade de “liberdade perfeita”: sua tendência ao crescimento.

•O crescimento econômico, ou seja, o constante aumento na produção de bens e serviços de que uma sociedade desfruta. Que é que impedia uma sociedade a aumentar suas riquezas? Basicamente, a tendência de tal sociedade a encorajar um constante aumento na produtividade de seu trabalho, de modo que, com o tempo, o mesmo número de trabalhadores pudesse realizar uma produção cada vez maior.

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•E que está subentendido no aumento da produtividade? A resposta segundo Smith, era o ganho em capacidade de produção que se obteria mediante a realização de uma divisão de trabalho cada vez mais apurada. Neste ponto, a famosa fábrica de alfinetes de Smith serve como exemplo:.....um homem extrai o fio metálico, outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto........

Por “liberdade perfeita”, enfatizou Adam Smith que todosos agentes em tal sociedade têm liberdade para estabelecer ou

não acordos econômicos, em nítido contraste com as obrigaçõesimpostas a escravos e servos

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O MODELO DE CRESCIMENTO DE ADAM SMITH

•Isso começa a revelar as razões por que uma sociedade de livre iniciativa tende a crescer. O que impele tal sociedade para a divisão do trabalho?

•Smith nos mostra uma força propulsora que colocará a sociedade numa trajetória ascendente de crescimento, ao lado de um mecanismo auto-corretivo que a manterá nessa trajetória.

•Um dos pilares fundamentais da concepção de Smith da natureza humana era o que ele chamava de “desejo de melhoria de vida”, aquilo que foi descrito como motivo de lucro. Ele impele cada fabricante a expandir seu negócio a fim de aumentar os lucros. E como essa expansão do negócio resulta em maior divisão de trabalho? Consiste em equipar os trabalhadores, pois essa ação é que aumenta a produtividade, que Smith chamou na produção de investimento de capital.

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O mecanismo de mercado

•Havia também a questão de como um sistema de mercado se mantinha coeso, de como ele fornecia uma solução ordenada aos problemas de produção e distribuição.

•Para Smith, as pessoas são impulsionados pelo desejo de melhorar de vida e guiadas principalmente pelo interesse pessoal. Como pode surgir um arranjo socialmente viável a partir desse conjunto de motivações socialmente perigosas? A resposta apresenta-nos um mecanismo central de uma sociedade de mercado, o mecanismo da concorrência. ( quanto maior a oferta menor será a procura , os preços do produto em estudo estarão em declínio).

•Através do que Smith chamou, numa famosa expressão, de “mão invisível”, os motivos egoístas dos homens são convertidos pelo mecanismo de mercado para produzirem o mais inesperado dos resultados: o bem estar social.

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Formas de organização econômica- Basicamente, podem ser identificadas duas formas de organização econômica: a economia de mercado(economia capitalista), em que predomina a propriedade privada, e a economia centralizada(economia socialista), em que as propriedades são transferidas ao estado.

Economia de mercado-O mercado tem total condição de solucionar os problemas básicos de uma economia: o que, como e para quem produzir, orientados por um mecanismo de livre formação dos preços.

Uma economia baseada na concorrência de mercado não necessita da intervenção do Estado, e é gerida eficazmente por uma mão invisível que promove o equilíbrio das forças de mercado.Ocorrendo retração da demanda os preços diminuem.Ocorrendo escassez de oferta os preços ajustam-se a um patamar mais elevado, de forma a restabelecer o equilíbrio do mercado.

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Os preços e o Mercado- As relações de troca entre os agentes econômicos desenvolvem-se mediante o mecanismo de formação de preços no mercado.Quando o preço é fixado num intercâmbio, há também a geração de informação de valor que o vendedor ou o comprador estariam dispostos a negociar um bem.

Preço

Quantidade

Oferta

E

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• Desta forma Smith mostrou que o sistema de mercado é um processo auto-regulador. Pois a conseqüência de um mercado competitivo é que ele constitui seu próprio guardião. Se preços, lucros ou salários se afastam dos níveis determinados pelo sistema de mercado, existem forças que os recolocam na linha.

FIM DESSE MÓDULO.