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O presente documento pretende materializar a execução dos princípios orientadores da avaliação,

com base nos diplomas que regulam a avaliação dos alunos do ensino secundário, ou seja, da

Portaria n.º 304-B/2015, de 22 de setembro, que procede à primeira alteração da Portaria n.º

243/2012, de 10 de agosto, que define o regime de organização e funcionamento dos cursos

científico-humanísticos, ministrados em estabelecimentos do ensino público, particular e cooperativo.

São assim estabelecidos os princípios e procedimentos a observar na avaliação e certificação dos

alunos, bem como os seus efeitos.

Objeto e finalidades

A avaliação consiste no processo regulador do ensino, orientador do percurso escolar e

certificador dos conhecimentos adquiridos e das capacidades desenvolvidas pelo aluno. Incide

sobre as aprendizagens globalmente fixadas para as disciplinas constantes nos respetivos planos

de estudo.

As aprendizagens ligadas a componentes do currículo de caráter transversal ou de natureza

instrumental, nomeadamente no âmbito da educação para a cidadania ou da compreensão e

expressão em Língua Portuguesa, constituem, numa perspetiva formativa, objeto de avaliação em

todas as disciplinas.

A avaliação visa:

Regular o ensino, orientando o percurso escolar e certificando conhecimentos

adquiridos e capacidades desenvolvidas pelo aluno.

Retificar procedimentos e reajustar o ensino das diversas disciplinas aos objetivos

curriculares fixados.

Tendo em conta os objetivos da avaliação do ensino secundário anteriormente referidos e

reconhecendo a sociedade complexa, exigente e competitiva em que vivemos, é fundamental que

os alunos desenvolvam processos que lhes permitam atingir níveis complexos de pensamento –

processos cognitivos de análise, comparação, inferência e avaliação – relacionados com a

resolução de problemas, sendo o pensamento crítico indispensável, para que os alunos realizem

tarefas de aprendizagem próximas das tarefas “reais” que virão a desenvolver futuramente, pois

são essas que convocam o desempenho intelectual complexo.

Ao pretendermos assegurar o sucesso escolar a todos os alunos, as práticas pedagógicas

serão dinâmicas, proporcionando oportunidades de aprendizagem diversificadas. Neste sentido,

acreditamos que a avaliação deve identificar dificuldades e sugerir formas de ajudar os alunos,

tendo como principais funções a compreensão e o melhoramento da prática educativa; deve

enfatizar o controlo e o progresso individuais (identificação dos pontos fortes e das necessidades

dos alunos e consequente adaptação do ensino, por parte do professor), constituindo o feedback

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constante fornecido aos alunos um dos seus fatores-chave. A ênfase desta avaliação deverá

colocar-se na melhoria das aprendizagens dos alunos. Trata-se de uma conceção alargada de

avaliação, em que, além de aplicar fichas de avaliação escritas aos alunos, serão apreciados

conhecimentos, comportamentos, atitudes, hábitos, interesses, espírito crítico e de reflexão, de

forma a assegurar informação que permita o desenvolvimento de um conjunto alargado e

integrado de competências.

Parâmetros e Ponderações

Com o objetivo de operacionalizar os parâmetros que servirão de base à avaliação,

apresentamos, de seguida, e de acordo com as especificidades de cada disciplina, os critérios e

respetivas ponderações sobre os quais a avaliação irá incidir.

Na disciplina de Educação Física, de acordo com a especificidade desta área disciplinar, são

considerados três domínios. Paralelamente a estas áreas, cada aluno será também avaliado no seu

comportamento.

Atividades Físicas – 60%

Situação de jogo – 30%; Exercício critério – 30%

Conhecimentos – 10%

Fichas de trabalho/ Projetos/ Relatórios – 10%

Aptidão Física – 10%

Aptidão aeróbia – 2%; Força superior – 2%; Força abdominal – 2%

Impulsão horizontal – 2%; Flexibilidade – 2%

Comportamento e atitudes – 20%

Focalização/ Atenção/ Autonomia – 4%; Assiduidade/ Pontualidade – 4%

Comportamento – 4%; Cooperação/ Oposição – 4%;

Gestão e Organização de Equipamento e Materiais – 4%

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A classificação na disciplina de Educação Física é considerada para efeitos de conclusão do

nível secundário de educação, mas não é contabilizada no apuramento da média final, exceto

quando o aluno pretenda prosseguir estudos nessa área.

Alunos com atestado médico, que se veem impedidos de realizar a prática de atividade física,

serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:

Conhecimentos – 60%

Fichas de trabalho/Fichas de Avaliação – 30%

Trabalhos/ Relatórios – 30%

Comportamento e Atitudes – 40%

Comportamento – 20%

Apoio no desenvolvimento das tarefas propostas – 20%

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Na disciplina de Inglês, disciplina de opção, a avaliação da competência da Oralidade será

realizada por todos os alunos, em cada período. Sempre que um aluno não concretize a referida

avaliação na data previamente marcada e sem motivo justificativo, a classificação atribuída será

de 0 (zero) valores.

Nos registos de avaliação intercalar e final serão usadas as seguintes menções qualitativas

com os respetivos intervalos de classificação:

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Princípios

A avaliação das aprendizagens orienta-se pelos seguintes princípios:

Qualidade das aprendizagens, sendo a avaliação um instrumento regulador;

Contextualização dos resultados da avaliação efetuada, numa perspetiva de

integração do ensino, da aprendizagem e da avaliação;

Diversificação de técnicas e instrumentos de avaliação, de acordo com a natureza

das aprendizagens e dos contextos em que ocorrem;

Diversificação dos intervenientes, valorizando processos de autoavaliação dos

alunos e a participação ativa dos encarregados de educação e outros intervenientes;

Transparência do processo de avaliação, nomeadamente através da explicitação e

divulgação dos critérios adotados;

Valorização da informação sistemática ao aluno sobre o seu desempenho, com

vista à melhoria das aprendizagens.

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Modalidades de avaliação

As modalidades de avaliação são as referidas no artigo 28º do decreto-lei n.º 139/2012, de 5

de julho.

A avaliação da aprendizagem compreende as modalidades de avaliação diagnóstica, de

avaliação formativa e de avaliação sumativa.

Avaliação diagnóstica

A avaliação diagnóstica realiza-se no início de cada ano de escolaridade ou sempre que seja

considerado oportuno, devendo fundamentar estratégias de diferenciação pedagógica, de

superação de eventuais dificuldades dos alunos, de facilitação da sua integração escolar e de

apoio à orientação escolar e vocacional.

Avaliação formativa

A avaliação formativa assume caráter contínuo e sistemático, recorre a uma variedade de

instrumentos de recolha de informação adequados à diversidade da aprendizagem e às

circunstâncias em que ocorrem, permitindo ao professor, ao aluno e ao encarregado de educação

obterem informação sobre o desenvolvimento da aprendizagem, com vista ao ajustamento de

processos e estratégias.

A avaliação formativa determina a adoção de medidas pedagógicas adequadas às

características dos alunos e à aprendizagem a desenvolver.

Avaliação sumativa

A avaliação sumativa conduz à tomada de decisão, no âmbito da classificação e da aprovação

em cada disciplina e à conclusão do nível secundário de educação.

A avaliação sumativa consiste na formulação de um juízo global sobre o grau de

desenvolvimento das aprendizagens do aluno e tem como objetivos a classificação e a

certificação, que será expressa, em cada disciplina, na escala de 0 a 20 valores.

A avaliação sumativa inclui a avaliação sumativa interna e a avaliação sumativa externa.

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Avaliação sumativa interna

Destina-se a informar o aluno e/ou o seu encarregado de educação sobre o desenvolvimento

das aprendizagens definidas para cada disciplina, tomando decisões sobre o percurso escolar do

aluno.

A avaliação sumativa interna integra-se no processo de ensino aprendizagem e formaliza-se

em reuniões do conselho de turma no final dos 1º, 2º e 3º períodos letivos, tendo, no final do 3.º

período, as seguintes finalidades:

a) Apreciação global do trabalho desenvolvido pelo aluno e do seu aproveitamento ao longo

do ano;

b) Atribuição, no respetivo ano de escolaridade, de classificação de frequência ou de

classificação final nas disciplinas;

c) Decisão sobre a aprovação em disciplinas terminais não sujeitas a exame final nacional

no plano de estudos do aluno.

Pode ainda ser realizada através de provas de equivalência à frequência.

Avaliação sumativa externa

A avaliação sumativa externa destina-se a aferir o grau de desenvolvimento das

aprendizagens dos alunos, mediante o recurso a instrumentos de avaliação definidos a nível

nacional, nomeadamente, exames finais nacionais, organizados pelos serviços centrais do

Ministério da Educação.

Podem apresentar-se à realização de exames finais nacionais os alunos internos que, na

avaliação interna da disciplina, a cujo exame se apresentam, tenham obtido uma classificação

igual ou superior a 8 valores no ano terminal e a 10 valores na classificação interna final,

calculada através da média aritmética simples, arredondada às unidades, das classificações de

cada um dos anos em que a disciplina foi ministrada, não tendo obtido classificação inferior a 10

valores nos anos consecutivos, em que exista progressão na disciplina.

Os alunos aprovados em disciplinas terminais do 11º ou do 12º ano de escolaridade que

pretendam melhorar a sua classificação podem requerer, para esse efeito, a realização da prova

de equivalência à frequência ou de exames finais nacionais na 2ª fase do ano em que concluíram

a disciplina e em ambas as fases do ano escolar seguinte, apenas sendo considerada a nova

classificação se for superior à anteriormente obtida.

Os exames finais nacionais das disciplinas trienais do 12.º ano terão como objeto de

avaliação os conhecimentos dos três anos do ensino secundário. Os exames finais nacionais

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realizam-se nos termos definidos no ponto 3., do artigo 29º do decreto-lei n.º 139/2012, de 5 de

julho.

As informações sobre o objeto de avaliação em cada um dos exames das disciplinas de

Português (639), de Matemática A (635), de História A (623) e de Desenho A (706) serão

divulgadas oportunamente pelo IAVE (Instituto de Avaliação Educativa).

Para mais informações sobre a avaliação sumativa externa deverá ser consultada a secção II –

Especificidades de avaliação, da portaria n.º 243/2012, de 10 de agosto.

Efeitos da Avaliação: Classificação final das disciplinas

Disciplinas

não

sujeitas a

exame final

nacional

Anuais Classificação obtida na frequência

Plurianuais

Média aritmética simples das classificações obtidas

na frequência dos anos em que foram ministradas

(arredondada às unidades)

Disciplinas

sujeitas a

exame final

nacional

Plurianuais

CFD = (7CIF + 3CE)/10

CFD = classificação final da disciplina

CIF = classificação interna final, obtida pela

média aritmética simples, com arredondamento às

unidades, das classificações obtidas na frequência

dos anos em que a disciplina foi ministrada;

CE = classificação em exame final nacional

A classificação final em qualquer disciplina pode também obter-se pelo recurso à realização

exclusiva de provas de equivalência à frequência ou exames finais nacionais, conforme os casos,

nos termos na portaria 243/2012, de 10 de agosto, sendo a classificação final, em caso de

aprovação, a obtida na prova ou no exame.

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Efeitos da Avaliação: Aprovação, transição e progressão

A classificação final do curso do ensino secundário é o resultado da média aritmética simples

com arredondamento às unidades da classificação final obtida pelo aluno em todas as disciplinas

do plano de estudos do respetivo curso, com exceção da disciplina de Educação Física, que é

considerada para efeitos de conclusão do nível secundário de educação, mas não é contabilizada

no apuramento da média final, exceto quando o aluno pretenda prosseguir estudos nessa área.

A Coordenadora do Ensino Secundário

______________________

Prof.ª Vanda Ramos

Aprovado

(na disciplina)

Anuais Classificação superior ou igual a 10 valores.

Plurianuais

Média aritmética simples das classificações

obtidas na frequência dos anos em que foram

ministradas superior ou igual a 10 valores;

não tendo obtido classificação inferior a 10

valores em dois anos consecutivos em que

exista progressão na disciplina;

classificação de frequência no ano terminal

superior ou igual a 8 valores

Transita

(para ano

seguinte)

Classificação anual de

frequência ou final de

disciplina não seja inferior a

10 valores, a mais de duas

disciplinas

Progride nessa(s) disciplina(s) desde que a

classificação não seja inferior a 8 valores

Não Transita

(para ano

seguinte)

Classificação anual de

frequência ou final de

disciplina inferior a 10

valores, a mais de duas

disciplinas

Progride nas disciplinas em que a classificação

anual de frequência ou final de disciplina obtida

for superior ou igual a 10 valores

Não Progride

(na disciplina) Plurianuais Classificação inferior a 10 valores em dois

anos curriculares consecutivos