o povo nas ruas

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O POVO NAS RUAS! No ano de 1789, em Paris, França, mulheres famintas, com seus filhos nos braços, foram até Versailhes pedir pão ao Rei Luis XV. Assim começou a revolução francesa... A onda de manifestações que se espalha pelo país é fruto da falta de Justiça Social, somada a toda uma gama de desmandos e descasos para com o povo brasileiro. Tomados pelo sentimento de inconformismo com os gastos para a Copa do Mundo e o aumento das passagens de ônibus nas diversas capitais espalhadas pelo Brasil, o povo toma às ruas e protesta. Motivos não faltam e se somam aos primeiros, a saber: A falta de investimentos na saúde, educação, segurança, PEC 37 e reivindicações locais mostram o contraste perverso dos bilhões de reais gastos com os preparativos para a copa do mundo 2014. As redes sociais são o meio preferido da juventude que empunha a bandeira dos protestos para convocar o povo e organizar locais e horários das manifestações. Sempre a força da juventude à frente das mudanças em nosso tempo. O povo na rua é motivo de preocupação dos políticos que sabem muito bem a força do grito popular. Temem o rumo imprevisível que essas ocasiões apresentam e à proporção que se agigantam, recebem apoios de oportunistas e seguidores de caravanas festeiras que tentam manipular as massas e obter palanques políticos.

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Page 1: O povo nas ruas

O POVO NAS RUAS!

No ano de 1789, em Paris, França, mulheres famintas, com seus filhos

nos braços, foram até Versailhes pedir pão ao Rei Luis XV. Assim começou a

revolução francesa...

A onda de manifestações que se espalha pelo país é fruto da falta de

Justiça Social, somada a toda uma gama de desmandos e descasos para com

o povo brasileiro. Tomados pelo sentimento de inconformismo com os gastos

para a Copa do Mundo e o aumento das passagens de ônibus nas diversas

capitais espalhadas pelo Brasil, o povo toma às ruas e protesta. Motivos não

faltam e se somam aos primeiros, a saber: A falta de investimentos na saúde,

educação, segurança, PEC 37 e reivindicações locais mostram o contraste

perverso dos bilhões de reais gastos com os preparativos para a copa do

mundo 2014.

As redes sociais são o meio preferido da juventude que empunha a

bandeira dos protestos para convocar o povo e organizar locais e horários das

manifestações. Sempre a força da juventude à frente das mudanças em nosso

tempo. O povo na rua é motivo de preocupação dos políticos que sabem muito

bem a força do grito popular. Temem o rumo imprevisível que essas ocasiões

apresentam e à proporção que se agigantam, recebem apoios de oportunistas

e seguidores de caravanas festeiras que tentam manipular as massas e obter

palanques políticos.

Page 2: O povo nas ruas

Em várias capitais os manifestantes estão repudiando e proibindo o uso

de bandeiras partidárias nos eventos. Isso demonstra a descrença nos partidos

políticos e na política corrupta e corruptora que manda e desmanda no país

desde sempre.

Vivemos um novo momento? Logo o tempo dirá. O fenômeno de

expansão das mídias virtuais leva o grito de inconformismo aos mais inertes e

despolitizados, todos sabem de tudo de forma instantânea e se vêem

compelidos pelo círculo de amizade de que fazem parte a irem para as ruas

participar desse momento de revolta.

O sentimento geral é de que o momento chegou e mesmo os mais

descrentes querem participar e demonstrar sua revolta com tantos abusos

praticados pela classe política. O povo sabe da força que o Brasil tem e que

podemos ser um país justo e melhor para se viver. Temos que deixar algo

melhor para nossos filhos. Estamos cansados de ver nossas riquezas

escorrendo pelo ralo da corrupção e do desperdício. Somos sim um povo

maravilhoso, admirado e invejado pelo resto do mundo. Vamos aproveitar esse

momento e realizar as mudanças necessárias para tomarmos o caminho certo

do desenvolvimento e da verdadeira Justiça Social.

José Irlando Sampaio Morais Advogado juazeirense.