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38 Bahia Agríc., v.7, n.2, abr. 2006 *Economista, Professor Adjunto da UFBA, Coordenador de Políticas Agrícolas da SEPLAN, Salvador, BA; e-mail: [email protected] om uma área de 14 milhões de hectares, o Oeste baiano tornou-se a principal fronteira agrícola do Estado. Nas décadas de 80 e 90, a região conheceu uma expansão agropecuária sem precedentes, e devido ao acréscimo significativo nas áreas de grãos, cultivos perenes e na agricultura irrigada, produziram-se importantes transformações, principalmente no C Jackson Ornelas Mendonça* O potencial de crescimento da produção de grãos no Oeste da Bahia Foto: Silvio Ávila - Editora Gazeta Santa Cruz que se refere ao uso e ocupação da terra. O desenvolvimento dessa região fez da Bahia um importante produtor nacional de grãos, café, carnes, frutas e fibras. A área de solo sob vegetação de cerrados abrange oito milhões de hectares aproximadamente, com água e clima favoráveis à agricultura e à pecuária, dos quais menos de dois milhões de hectares estão sendo efetivamente utilizados. Possui uma bacia hidrográfica de excepcional suporte para projetos de irrigação, composta por rios perenes e de volume d’água su- ficiente, com destaque para os municípios de Barreiras, Luis Eduardo Magalhães, São Desidério, Correntina, Riachão das Neves, Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Coribe e Cocos.

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Bahia Agríc., v.7, n.2, abr. 2006

*Economista, Professor Adjunto da UFBA, Coordenador de Políticas Agrícolas da SEPLAN, Salvador, BA; e-mail: [email protected]

om uma área de 14 milhõesde hectares, o Oeste baianotornou-se a principal fronteira

agrícola do Estado. Nas décadasde 80 e 90, a região conheceuuma expansão agropecuária semprecedentes, e devido ao acréscimosignificativo nas áreas de grãos,cultivos perenes e na agriculturairrigada, produziram-se importantestransformações, principalmente no

CJackson Ornelas Mendonça*

O potencial decrescimento da

produção de grãos noOeste da Bahia

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que se refere ao uso e ocupação daterra. O desenvolvimento dessaregião fez da Bahia um importanteprodutor nacional de grãos, café,carnes, frutas e fibras.

A área de solo sob vegetação decerrados abrange oito milhões dehectares aproximadamente, comágua e clima favoráveis à agriculturae à pecuária, dos quais menosde dois milhões de hectares estão

sendo efetivamente util izados.Possui uma bacia hidrográfica deexcepcional suporte para projetosde irrigação, composta por riosperenes e de volume d’água su-ficiente, com destaque para osmunicípios de Barreiras, LuisEduardo Magalhães, São Desidério,Correntina, Riachão das Neves,Formosa do Rio Preto, Jaborandi,Coribe e Cocos.

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Produção atualde grãos noOeste da Bahia

A produção baiana de soja em2006 deverá atingir 2,0 milhõesde toneladas, segundo o Levan-tamento Sistemático da ProduçãoAgrícola do IBGE. A colheita em2005 foi de 2.400 t, observando-se um aumento de 1,5 % emrelação à produção de 2004. Omaior produtor de soja é omunicípio de São Desidério, res-ponsável por 31 % da produção doEstado, que fica ao sul dos mu-nicípios de Barreiras e Luís EduardoMagalhães. Cerca de 96 % daprodução de soja do Estado estáconcentrada em seis municípiosdessa região: São Desidério, LuísEduardo Magalhães, Barreiras,Formosa do Rio Preto, Correntinae Riachão das Neves. A Tabela 1fornece uma visão da distribuiçãoda produção de soja nos principaismunicípios produtores da região noperíodo de 1990 a 2003. Aliás,devemos esclarecer que o períodocitado será referência para o desen-volvimento deste estudo.

Uma lavoura recentementeimplantada no cerrado do Oestebaiano é o algodão herbáceo. Comajuda do PROALBA, Programa doGoverno do Estado, desenvolvidoatravés da SEAGRI, que incentivaos produtores da região comreduções no ICMS e, além disso,direciona parte do ICMS arrecadadoà constituição de um fundo parafinanciar projetos de pesquisasvoltados a elevar a competitividadedo algodão produzido na região, aprodução do algodão em caroçoevoluiu rapidamente no Oeste.Tradicionalmente cultivado na SerraGeral, região de Caetité e Vale doIuiú, transferiu-se para o Oeste nasegunda metade da década de 90.O crescimento médio da produçãoentre 1998 e 2003 foi de 56 % ao ano.Em 2004, a produção baiana foi de704 mil toneladas (IBGE), a segundamaior do Brasil, 90% dela oriunda daregião Oeste.

Em 2005, a safra de algodão,segundo IBGE, atingiu 867 miltoneladas, produção 23 % superiorà obtida em 2004 e três vezessuperior à produção de 2003. SãoDesidério é responsável por 41 % daprodução do algodão e Barreiras por19 %. Com o mesmo período dereferência citado anteriormente, a

Tabela 2 apresenta os dados dealgodão nos principais municípiosprodutores da região.

A produção baiana de milho, em2005, atingiu 1,5 milhão de toneladas(IBGE). A primeira safra, maisimportante e que inclui a produçãodo Oeste baiano, superou ummilhão de toneladas. A safra doOeste, neste ano, ultrapassou 850 miltoneladas, variando a cada anoconforme a alteração dos preçosrelativos entre soja e milho. Suaevolução no Oeste também foi muitorápida e a região abriga maisde 60 % da produção do cereal.O grande salto de produção ocorreuna década de 90, vez que os pa-tamares se elevaram de 28 miltoneladas para cerca de 527 miltoneladas ao ano. Em 2003, aprodução de milho no Oeste foisuperior a 900 mil toneladas. Nosanos de 1998 a 2003, o crescimentomédio anual foi de 241 %, e nosúltimos dez anos a produção demilho elevou-se em 7 % a.a. SãoDesidério colhe 27 % da produçãode milho no Oeste baiano, sendo oprincipal produtor do Estado.Barreiras e Correntina ocupam osegundo e o terceiro lugares, com18 % da produção regional, cada um.A Tabela 3 reflete a produção na

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região no período de 1990 a 2003,nos principais municípios.

Em 2005, a produção de arroz noEstado da Bahia foi de 90 miltoneladas (dados IBGE/SEAGRI). Aregião tradicionalmente produtora eraa da Serra Geral, mas o agronegóciodo Oeste incorporou esse cereal,principalmente com o início daabertura de novas áreas para soja. OOeste produz atualmente cerca de90 % do arroz produzido no Estado.No período de 1993 a 2003, aprodução caiu em média 9 % ao anoe no período de 1998 a 2003, a quedamédia foi de 17 % ao ano, pois osprodutores preferiram fazer a rotaçãode culturas com o algodão. Em 2004,porém, a produção dobrou emrelação a 2003, atingindo 53 miltoneladas (63 mil t no Estado todo).São Desidério e Barreiras são osprincipais produtores do Estado e daregião Oeste. O período de 1990 a2003 está representado na Tabela 4.

O café foi introduzido no Oestepelo agricultor angolano João Barata,em 1993. A primeira colheita ocorreuem 1996 em sua fazenda localizadano município de São Desidério.A partir de então o crescimentofoi acelerado de 95 % ao ano. Aregião Oeste já produz 26 % de todoo café produzido no Estado, sendo100 % de variedade arábica.Em 2004, a safra foi de 37 miltoneladas, sem mudanças signi-

ficativas em relação à safra de 2003.São Desidério, Barreiras e LuísEduardo Magalhães representam86 % da produção do Oeste baiano,mas o cultivo vem se expandindo emdireção ao município de Cocos.Pode-se verificar o período de 1996a 2003 na Tabela 5.

Potencial decrescimento daprodução degrãos no OesteBaiano

O potencial de produção leva emconsideração duas variáveis. De umlado, o estoque de áreas disponíveispara ocupação e de outro lado, aevolução provável dos índices derendimento agrícola de cada cultura.Evidentemente, as duas variáveisdependem das condições do mer-cado, pois abertura de novas áreas ouinvestimentos em tecnologia paraassegurar ganhos de rendimentoagrícola e maior lucratividade,dependem dos estímulos que omercado proporcionar aos agricul-tores, via preço.

Produtos destinados ao mercadointerno são comercializados numambiente de demanda mais contida,uma vez que o ritmo lento decrescimento da economia brasileiranão aponta no sentido de umademanda derivada expressiva para aindústria de produção de aves, salvose houver possibilidades de ex-portação. Os agentes econômicos doagronegócio na região estudadaconsideram que apenas os produtosdestinados à exportação terão umcrescimento substantivo da demanda,especialmente com o ingresso depaíses do leste asiático no mercadocomprador de commodities agrícolase agroindustriais, como soja em grão,farelo, óleo bruto e algodão em pluma.

Estoquede áreasdisponíveis(EAO)

O Departamento de Agriculturados Estados Unidos (USDA) e a FAO/ONU utilizam um modelo para seestimar o potencial da produçãobrasileira de grãos, e por conseguinte,de cada estado produtor. Segundoesse modelo, deduzindo-se das áreas

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agricultáveis não utilizadas ouespaços a ocupar (EAO), as áreasreferentes aos parques nacionais eindígenas, as áreas impróprias aoaproveitamento econômico e asreservas florestais legais (obrigatórias),chega-se ao espaço potencial para oaproveitamento econômico (EPA)que, por sua vez, é igual ao espaçoocupado economicamente (EOE) +espaço a ocupar (EAO). O EOEcorresponde, por sua vez, ao espaçoocupado com pastagens, mais espaçoocupado com pecuária, mais espaçoocupado com reflorestamento. OEAO corresponde à soma do espaçocom florestas naturais + espaço comcampos e cerrados.

Os dados do Censo do IBGEpermitem que se adote um pro-cedimento semelhante, sem a ne-cessidade de um levantamento apartir de imagens de satélite,normalmente utilizadas pelo modeloUSDA, obtendo-se um resultadoaproximado, apesar da defasagemtemporal.

A Tabela 6 apresenta para cadamunicípio, a área total dos estabe-lecimentos agrícolas, as áreas comlavouras temporárias, as áreas comlavouras permanentes, as áreas emdescanso, as pastagens naturais ecultivadas, as matas e as áreas re-florestadas, além das áreas impró-prias para a atividade agrícola, o quepermite se trabalhar com qualquerconfiguração regional.

As áreas que excedem esseestoque de áreas correspondem àsáreas devolutas, praticamente restritasaos parques nacionais e terrasindígenas.

A única dificuldade de utilizaçãodesse modelo é que as informaçõessobre os parques nacionais e terrasindígenas não possibilitam a suadistribuição por diferentes municípiosou diferentes estados, como é o casodo Parque Nacional Sertão Veredas,que reúne áreas dos estados da Bahia,Goiás e Minas Gerais, ou o ParqueNacional Nascentes do Parnaíba, queocupa espaços dos estados da Bahia,Maranhão e Piauí. Nesse caso, aalocação “municipal” buscou comajuda dos mapas, determinar asproporções que cabem na área doparque, aos municípios que ointegram.

Desse modo, a estimativa dasáreas para expansão da agricultura(EAO) corresponde à soma de:

• terras em descanso;• pastagens naturais;• conversão de 50 % das pasta-gens cultivadas;• matas e florestas naturais (des-contado o coeficiente de 20 % deReserva Legal);• conversão de 50 % das áreas dereflorestamento;• terras não utilizadas;Menos:• áreas de Parques Nacionais;• terras Indígenas.

No Oeste da Bahia o valordos Espaços a Ocupar (EAO) éapresentado na Tabela 6. Nestaregião, a área potencial paraocupação é de 4,12 milhões dehectares.

Estimativa dadisponibilidadede área paralavouras

A área para plantio de lavouras foiestimada a partir dos dados de áreados estabelecimentos agrícolas porgrupos de área e utilização das terras,os quais estavam disponíveis para oOeste da Bahia no ano de 1996.Nesta estimativa, considerou-se comoárea para plantio de lavouras, a somadas terras em descanso, as terrasde pastagens naturais, 50 %das pastagens plantadas, 80 % dasterras de matas e florestas naturais(garantindo os 20 % de reserva legal),50 % das áreas de florestas artificiaise todas as terras produtivas nãoutilizadas. Deste total, foram retiradasas terras de Parques Nacionais(466.727 ha), segundo dados do CRA,e indígenas (981 ha), segundo dadosda FUNAI.

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O total de área para plantio delavouras que resultou desta estimativanas áreas do Oeste da Bahia foi de4.117.951 hectares.

Estimado o horizonte de disponi-bilidade máxima (M=saturação) deárea potencial para plantio delavouras, e utilizando-se da meto-dologia de análise de regressão, pelométodo dos mínimos quadradosordinários, seguiu-se a utilização daforma funcional da curva logística, aqual permite calcular o horizonte desaturação e as estimativas nos anosintermediários.

A curva logística tem o formatode um crescimento percentual daárea plantada, ao longo do tempoe entra em saturação lentamentecom crescimento igual a zero nasaturação.

Y= M/(1+ a*e^(-b*X) )

Onde Y = Área plantada ao longodo tempo, X = tempo e M = saturaçãoou máxima área disponível paraplantio.

A base de dados disponível paraa regressão da área plantada emfunção do tempo foi da PesquisaAgrícola Municipal (PAM) do IBGE,na série 1990-2003.

Estimativas de área plantada porcultura dadas as cinco lavouras maisimportantes para a região (soja,milho, algodão, feijão e arroz), foramrealizadas a partir da participaçãoatual de cada cultura.

Estimativas da produtividademédia das cinco principais lavouras,foram realizadas, pelo método dosmínimos quadrados ordinários (MQO),utilizando-se a base de dados doIBGE. Com estas estimativas de ren-

dimento médio, calculou-se a pro-dução para cada região.

A Tabela 7 indica os totais de áreaque deverão serão cultivados comsoja, milho, algodão, arroz e feijão,nos próximos anos.

Estimativa deevolução dorendimentoagrícola

Os dados do IBGE mostramclaramente que há uma tendência decrescimento do rendimento agrícola,apesar do comportamento diferen-ciado da variável, quando se consi-deram os diferentes produtos daagricultura do Oeste baiano.

A hipótese adotada para a evo-lução dos índices de rendimentoagrícola é distinta do caso do cres-cimento da área cultivada, pois nãoexiste um ponto de saturação para oavanço do progresso técnico, quandose consideram todas as possibilidadesque envolvem as diferentes linhas depesquisa.

O crescimento do rendimentoagrícola (também conhecido comoprodutividade agrícola), é resultadodo avanço da pesquisa agropecuáriano campo da mecanização, domanejo agrícola, da genética, dosinsumos químicos, dos insumosbiológicos, da biotecnologia e dosmecanismos de gestão.

As pesquisas na linha da meca-nização procuram aperfeiçoar asmáquinas e os equipamentos agrí-colas existentes, criar e desenvolver

novos equipamentos mais adequa-dos às necessidades dos agriculto-res, de modo que as operações decultivo possam ser realizadas com omínimo de uso de recursos tempo,terra e energia, para cada unidadeproduzida.

O manejo agrícola trabalha comas possibilidades de mudança naforma de aplicar o conhecimentotecnológico, tais como determinaçãoda quantidade e a forma de aplica-ção no solo de mudas e sementes(espaçamento e densidade), escolhadas melhores épocas para realizaçãode cultivos, retardando ou ante-cipando as intervenções com basena maximização dos benefícioslíquidos, utilização de consórcios erotação de culturas, dentre outrastécnicas.

A pesquisa genética cuida daseleção por processos naturais(competição entre variedades,polinizações) das cultivares maisadaptadas a determinadas condiçõesfísicas (clima, solo, temperatura,ventos, relevo, altitude, etc.) e atémesmo as condições de comer-cialização.

As pesquisas química e biológicaenvolvem pesquisa básica, naidentificação de novos compostosquímicos que podem aumentara resposta na produção agrícola,ou buscar uma maior eficiênciana utilização dos compostos jáconhecidos, visando sempre oaumento da produção, da qualidade,da eficiência técnica e econômica.Muitas vezes, o bom resultado dessaspesquisas envolve uma interação ecombinação entre uso do insumoquímico adequado para um insumobiológico específico.

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A biotecnologia trabalha com asmúltiplas possibilidades que se abremà atividade agrícola a partir damanipulação dos tecidos de vegetaise animais e uma eventual mudançaradical que envolve combinação dasatividades dos laboratórios pesqui-sando os recursos: trabalho, terra ecapital, para reduzir cada vez mais anecessidade de emprego destes.

A pesquisa na gestão do negóciobusca técnicas cada vez mais aperfei-

çoadas de conduzir os produtores aadotarem sempre as decisões maisadequadas do ponto de vista damaximização do lucro (e minimi-zação dos custos).

Neste vasto campo de possibili-dades, admite-se uma baixa elasti-cidade de evolução apenas para avariável: manejo, por tratar-se, segun-do Schultz (1968), de processos queos agricultores já dominam com bas-tante eficiência, resultado de experi-

mentações empíricas que vêm sendopraticado por muitas gerações de pro-dutores durante décadas ou séculos.

Sendo assim, a hipótese adotadapara o crescimento do rendimentoagrícola é a tendência observada nosúltimos anos, mediante o modelo daregressão estatística.

A Tabela 8 revela os resultados domodelo adotado para projeção dorendimento agrícola nas culturas desoja, milho, algodão, arroz e feijão.

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Estimativa decrescimentoda produçãoagrícola noOeste da Bahia

Com base nos índices previstos derendimento agrícola e na tendênciade crescimento da área plantada,foram estimados os valores da produ-ção total para a região Oeste da Bahia.

A Tabela 9 mostra os valoresprojetados para a produção de soja,milho, algodão, arroz e feijão, naregião Oeste da Bahia.

Consideraçõesfinais

Com a área total cultivada comgrãos, em 2004, de 2,4 milhões dehectares, o modelo da logísticautilizado para projeção indica queessa mesma área deve elevar-se para2,6 milhões em 2010, crescendo até3,9 milhões em 2020 e atingindo 4,4milhões em 2024.

A produção de grãos ultrapassoucinco milhões de toneladas em 2004.Em 2010, a produção terá atingido6,3 milhões de toneladas e em 2020deverá ultrapassar oito milhões detoneladas. Em 2024, está projetadauma produção de cerca de 9,4milhões de toneladas de grãos.

REFERÊNCIAS

ANTT. Programa Ferrovia Brasil Central.Brasília, 2005.

BAHIA. CEPLAB/SEPLANTEC. Programa deDesenvolvimento Regional do Além SãoFrancisco. Salvador, 1976.

IBGE. Censo Agropecuário 1995/96.

IBGE. Censos Demográficos 1970-2000.

IBGE. Produção Agrícola Municipal, 2003.

IBGE. Levantamento Sistemático da ProduçãoAgrícola. 2005.

SCHULTZ, T. W. Modernización de laAgricultura. Madrid, Aguilar, 1968, 184p.

www.funai.gov.br

www.ibama.mma.gov.br Fot

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