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O poder da inteligência coletiva no mundo corporativo: um Desafio?

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O poder da inteligência coletiva no mundo corporativo: um Desafio?

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Employee Empowerment 2.0

© 2011 Avanade Inc. All Rights Reserved.

Sumário

Reconhecendo os desafios que enfrentamos ............................................................. 3

Proliferação da Informação ......................................................................................... 3

Lacuna de gerações ................................................................................................... 3

Web 2.0 & computação social ..................................................................................... 4

Convergência (ou "Trivergência") ............................................................................... 5

O novo mundo do trabalho.......................................................................................... 6

Adoção da Web 2.0 pelos líderes de mercado ........................................................... 7

Necessidade de networking para funcionários............................................................ 9

Os 4Cs da mídia social na empresa ......................................................................... 10

Valor da Enterprise Collaboration 2.0 ....................................................................... 12

Aplicação da computação social corporativa ............................................................ 12

Conclusões ............................................................................................................... 13

Notas de rodapé ....................................................................................................... 14

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© 2011 Avanade Inc. All Rights Reserved. 3

Amanhã, hoje será ontem...

Reconhecendo os desafios que

enfrentamos

Os líderes de nossas organizações

confrontam-se com muitos desafios ao

buscarem maneiras de maximizar o

retorno sobre o investimento em TI e

aumentar o desempenho de suas

empresas. Dois desafios, em particular,

afetam cada vez mais a forma como

tentamos desenvolver os sistemas de

informação das empresas para darmos

maior apoio à produtividade dos

funcionários:

1. A chegada ao mercado de trabalho da “Geração Y", ou da geração de "nativos digitais", combinada com a saída iminente dos "Baby Boomers" (a geração pós-guerra);

2. A explosão de informações estruturadas e não estruturadas que se acumulam em nossas empresas e fora delas, na Internet.

Proliferação da Informação

O volume de dados e informações

acessíveis a nós hoje continua

aumentando, em um ritmo fenomenal.

A quantidade de dados a ser gerenciada

dobra a cada 6 a 8 meses numa

empresa normal. E isso antes de sequer

começarmos a tentar quantificar o

volume de informações disponíveis

atualmente aos nossos funcionários,

clientes e parceiros pela Internet.

Certamente, podemos levantar questões

sobre a informação. Que porcentagem

das informações realmente é válida?

Elas estão atualizadas? Será que têm

valor real para as nossas empresas?

Todos provavelmente concordam sobre

a importância de garantir acesso fácil e

confiável às informações mais exatas

que temos. Além disso, elas devem ser

oportunas e ter um formato que apoie a

tomada de boas decisões. Tudo isso

contribui para uma importante vantagem

competitiva à qual todas as empresas

aspiram.

Esses dados e informações

armazenados em uma organização

foram, de alguma forma, relevantes em

algum ponto no tempo. É por isso que

foram capturados. Podiam ser

informações sobre os clientes e sua

história, sobre processos e

procedimentos, sobre pesquisas e

desenvolvimento de produtos, ou sobre

funcionários e parceiros.

Com frequência, essas informações

continuam sendo criadas e armazenadas

de forma pontual. Pode ser em

documentos do Office (Word, Excel ou

PowerPoint), talvez armazenados em

uma Intranet, SharePoint, em um

sistema de arquivos ou PC, ou até num

número crescente de sistemas

departamentais de Business Intelligence

e aplicativos de linha de negócio (LoB).

Combinado com isso, temos também um

conjunto extremamente poderoso de

fontes de informações diretamente

disponível pela Internet. Podem ser sites

corporativos, sites de comunidades ou

blogs. Independentemente disso, é fácil

perceber que o crescimento das

informações que capturamos,

compartilhamos e depois precisamos

garimpar, torna-se um obstáculo para a

descoberta da informação certa quando

precisamos dela.

Descobrir a “informação” e então saber

que a informação descoberta é a “certa”,

representa um desafio importante.

Lacuna de gerações

A chegada da “Geração Y” e a saída dos

“Baby Boomers” do mercado de trabalho

representam um segundo desafio

importante para as empresas, não

apenas em termos da transferência do

conhecimento e competência dos

veteranos experientes que deixam a

organização para os novos recrutas que

nela ingressam, mas também em relação

às sérias dúvidas que podemos ter

quanto aos métodos de trabalho e à

cultura corporativa.

A evolução de novas tecnologias da

informação disponíveis pela Internet tem

superado progressivamente a evolução

dos sistemas de informação dentro das

nossas empresas. Além disso, elas estão

sendo adotadas com mais rapidez pela

Geração Y do que por qualquer outra

geração anterior, de tal forma que a

chegada da Geração Y ao local de

trabalho hoje, tem o potencial de exercer

impacto significativo sobre a maneira

como os funcionários colaboram e se

comunicam dentro de uma organização.

Em alguns casos, as novas formas e

métodos de comunicação já estão bem

ancorados na cultura da Geração Y. Eles

se comunicam por SMS, mensagens

“Baby Boomers” (1946 – 1964)

caracterizam-se normalmente por critérios tais como aceitação da autoridade hierárquica, uma forte ética profissional, motivação baseada no reconhecimento, recompensa financeira e progressão na carreira. Querem assumir responsabilidades e ser tratados com justiça e igualdade.

Geração X (1965 – 1979) já não

vivem para trabalhar, mas

trabalham para viver (melhor). São

principalmente leais a si mesmos,

menos formais, acreditam no

desenvolvimento contínuo e

buscam o equilíbrio entre vida e

trabalho. É a geração dos

“empreendedores” e das “stock-

options”.

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instantâneas e redes sociais. Nas

previsões da Gartner sobre o uso dos

softwares sociais e de colaboração

nas empresas, até 2014 “os serviços

de rede social substituirão o e-mail

como veículo principal para

comunicações interpessoais para

20% dos usuários empresariais”i.

Isso poderá criar uma ruptura entre

gerações, bem como desafios técnicos e

de segurança para o CIO e para outros

dentro da empresa. Essa tendência

persistirá enquanto a força de trabalho

continuar sendo renovada.

Web 2.0 & computação social

Ao longo da última década, passamos

por três estágios distintos na evolução do

nosso uso da Internet. O primeiro

envolve o que alguns descrevem como

“Capacitação da Inteligência Coletiva”

(Figura 1). Inclui a criação de sites como

Netscape, Yahoo, eBay e Amazon. Esse

estágio presenciou a chegada de sites

institucionais que ofereciam acesso a

notícias e transações comerciais online,

tanto de empresa para consumidor

quanto de consumidor para consumidor.

O segundo estágio teve a ver com a

“Utilização de Inteligência Coletiva”.

Viu-se a proliferação de portais

especializados e sites de comunidades.

Tais sites permitiam o compartilhamento

de informações em fóruns de discussão.

Também se tornou possível a publicação

de informações por pessoas em seus

próprios sites pessoais. O estágio

testemunhou a chegada de sites que

ofereciam a oportunidade para a

avaliação de produtos ou serviços de

empresas. Sites com oferta de serviços a

baixo custo, como o Craig’s List,

tornaram-se disponíveis. O Craig’s List

começou como uma lista de distribuição

de e-mails entre amigos que apresentava

eventos locais, na área da Baía de São

Francisco. Desde então, ele cresceu e se

transformou em sites comunitários para

700 cidades, em 70 países.

O segundo estágio também foi

acompanhado pela crescente

necessidade de poder realizar buscas

mais eficientes na Internet. Especialistas

em mecanismos de pesquisas, como o

Technorati (busca de blogs), entraram

em cena. Surgiu também o Google como

líder em capacidades de busca pela

Internet.

Ao mesmo tempo, vimos a introdução de

soluções de mensagens instantâneas.

AOL e MSN permitiram que as pessoas

Figura 1 – a evolução da “Inteligência Coletiva”

Geração Y (1980 – 2009), que

inclui a “Geração do Novo Milênio”, é a geração Internet dos games prontos para uso online por múltiplos jogadores, dos chats por SMS e da democracia participativa. É a geração das “três telas [PC, celular e TV] e uma nuvem [Internet]” que questiona a autoridade. Não estão necessariamente interessados em progresso na carreira dentro da hierarquia da empresa, priorizando, isto sim, seu progresso pessoal dentro e fora do trabalho, em especial dentro de sua rede de amigos. Trabalham de forma inteligente para tentar atingir o máximo de resultado com o mínimo de esforço, estando interessados em treinamento e orientação (interativos) que os ajudem a atingir resultados rápidos. Precisam receber direcionamento sobre os resultados que devem alcançar e os recursos disponíveis, mas querem fazer suas próprias escolhas sobre os métodos e meios para chegar lá.

Se, no mundo dos sistemas de

informação empresarial, você

pensar nos “Baby Boomers” como a

geração do banco de dados, fax e

fone, então a “Geração X” seria a

geração do portal, e-mail e celular,

e a “Geração Y”, a da “rede social

sempre conectada”.

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vissem quando seus amigos estavam

online. Isso permitiu a troca de

mensagens de texto em tempo real, no

formato de bate-papo.

A chegada de tecnologias da Web 2.0 e

sites como Napster, YouTube,

Facebook, Flickr e Wikipedia deu novos

poderes aos usuários. Eles podiam

trabalhar juntos e compartilhar

informações de um modo altamente

participativo e democrático. Isso mudou

a Internet que conhecemos hoje e nos

levou ao terceiro estágio.

Nós o categorizamos como

“Empoderamento da Inteligência

Coletiva.” Esse estágio viu um aumento

na comunicação e colaboração em

tempo real. Ele oferece soluções como

Skype, Second Life e Mechanical Turk. O

estágio também levou a um aumento dos

sites de “Crowdsourcing”, nos quais os

colaboradores são incentivados a

colaborar uns com os outros para a

conquista de um objetivo comum. Outros

exemplos incluem jogos online de RPG

com muitos jogadores. World of Warcraft

tem hoje mais de 11 milhões de

assinantes mensais, que jogam juntos,

frequentemente de um modo altamente

colaborativo. A plataforma de jogos

online Xbox Live da Microsoft na verdade

vende espaço publicitário a empresas

integradas diretamente no contexto de

seus jogos.

Outro site bem conhecido, que combina

redes sociais com microblog, é o Twitter.

Ele permite que amigos, parentes e

outros “sigam” você. Essas pessoas

podem descobrir o que você está

fazendo e ver os comentários que você

deseja compartilhar com sua

comunidade. Agências de marketing

atualmente identificam o Twitter como

um importante canal de apoio em

campanhas e eventos de comunicação.

Outros sites de redes sociais, como Xing

e Facebook, também são usados por

grupos de consumidores para pressionar

provedores de produtos e serviços.

A lista e tipos de soluções disponíveis

continuam evoluindo a cada dia. Novos

aplicativos aparecem, como o Oik. Este

consiste em um aplicativo da Web para

streaming em celulares. Os usuários

podem transmitir vídeos ao vivo de seus

celulares e compartilhá-los com amigos

ou colegas pela Internet. Eles podem

enviar em tempo real imagens e sons de

um show ou conferência a que estão

assistindo.

A Geração Y gosta de manter-se

atualizada sobre as últimas notícias e é

afinada com as preocupações sociais

(com rápida emergência da consciência

social, por exemplo, quanto a questões

ambientais). Essas pessoas não

necessariamente usam mecanismos de

busca para encontrar as informações

que precisam, preferindo entrar em

contato com pessoas de sua rede que

possam ajudá-las com as informações

necessárias e, em troca, também estão

prontas para compartilhar informações

dentro de suas redes. Assim, a Geração

Y gosta de se manter conectada às suas

redes o tempo todo.

Convergência (ou "Trivergência"ii)

A rápida adoção de tecnologias da

Internet ocorreu devido a:

Redes de banda larga prontamente

acessíveis;

Redução no custo de computadores

e telefones celulares;

Crescente disponibilidade de

conteúdo interativo.

Os fundamentos técnicos hoje são muito

reais. Novas espécies de sites de

Internet estão surgindo. Muitos deles

revelam-se mais do que financeiramente

viáveis. A receita desses sites superou

os US$500 milhões em 2008 (Figura 2).

Empresas norte-americanas investiram

outros US$250 milhões no mesmo ano

para a criação de soluções adicionais de

redes sociais na Internet.

As redes sociais tornaram-se um

fenômeno praticado por milhões de

pessoas hoje, e estão entrando nos

comportamentos e práticas da Geração

Y. Os gastos com publicidade e

marketing começam a afastar-se dos

canais de mídia mais tradicionais, como

televisão, revistas e rádio. Eles ocorrem,

Figura 2 – Receitas dos sites de redes sociais

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com frequência cada vez maior, no

marketing digital dirigido aos

consumidores da nova geração. Esses

consumidores passam mais tempo na

Internet, em redes sociais e em jogos

online, do que em canais de

comunicação mais tradicionais.

O novo mundo do trabalho

O início do século 21 concentrou-se na

consolidação da infraestrutura física

fundamental para apoiar as tecnologias

da Internet. Isso ocorreu dentro e fora

das empresas. De 2005 a 2008,

assistimos ao surgimento e

generalização dos portais. Surgiram os

espaços de trabalho colaborativos, pelo

lado dos aplicativos dos sistemas de

informação. Vimos também a gestão

centralizada de identidades, pelo lado da

infraestrutura e operações. O uso de

sistemas de gerenciamento de

informações pessoais, incluindo o correio

eletrônico, gerenciamento de contatos,

calendário e telefones celulares tornou-

se algo comum. Para muitos, isso

substituiu o fax, o organizadores

pessoais e PDAs. Vimos também o

surgimento das mensagens

instantâneas. Outras soluções baseadas

na Internet surgiram para a colaboração

em apoio a certas atividades comerciais

pontuais, muitas vezes fora das diretrizes

corporativas, do firewall e do controle do

CIO.

A partir de 2008, as soluções de Web 2.0

começaram a ser rapidamente

implantadas. Sua aceitação no ambiente

de trabalho já é relativamente

importante. Muitas vezes, ela turva a

fronteira entre a vida profissional e

pessoal. Muitas empresas e CIOs

identificam benefícios muito tangíveis

para os negócios em certas tecnologias.

Esses benefícios são particularmente

evidentes na difícil economia que

enfrentamos hoje. Eles envolvem a

convergência das tecnologias de

comunicação com voz sobre IP e

soluções de videoconferência baseadas

na Internet. A disponibilidade de versões

corporativas de boas soluções de

mensagens instantâneas, redes sociais e

"collaboration 2.0" também oferece aos

CIOs a possibilidade de propor

alternativas seguras. Eles podem sugerir

o uso desses tipos de soluções em um

contexto profissional, para habilitarem o

suporte a novas formas de trabalho, tais

como o trabalho à distância. A

disponibilidade de versões corporativas

dessas soluções propostas como um

serviço a partir da “nuvem” também

facilita a sua rápida implementação e

adoção, inclusive para novas populações

para as quais os sistemas herdados

existentes agiam, muitas vezes, como

inibidores.

Para as empresas, o impacto do uso

dessas soluções pelos seus funcionários,

sejam tais soluções “para o consumidor

público” ou “para empresas privadas”,

tem um potencial para ser imenso. E isso

de formas positivas e negativas.

Acreditamos que a Geração Y tentará

usar os mesmos tipos de ferramentas de

comunicação no trabalho que usa fora do

trabalho. Essas pessoas desejarão ter

rápido acesso a informações, ser

capazes de “bater papo” com seus

colegas, clientes, fornecedores e

parceiros de negócios, desejarão ter fácil

acesso aos especialistas dentro da

organização, realizar conferências de

vídeo, usar Podcasting, fazer

treinamento online interativo e obter

feeds de notícias para se manterem

informadas e acelerar o que fazem. Em

resumo, elas desejarão usar todas as

tecnologias mais recentes para

melhorarem sua produtividade, poupar

tempo e obter resultados rápidos.

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O dilema dos trabalhadores da

informação

Para uma organização de serviços

internacionais que se orgulha de poder

“combinar experiência ímpar,

conhecimento profundo sobre todos os

setores econômicos e funções de

negócio e extensa pesquisa junto às

mais bem-sucedidas organizações do

mundo”, como a Accentureiii, a captura e

gestão do capital de conhecimento e da

propriedade intelectual é extremamente

importante. Mais importante ainda é a

capacidade de permitir que qualquer

consultor que trabalhe no cliente, seja

capaz de encontrar rapidamente a

melhor informação que precisa para

abordar uma dúvida do cliente, seja por

um método padrão, por um produto do

passado, pesquisas do setor, dados da

avaliação de desempenho, propriedade

intelectual patenteada, ou simplesmente

algo contido na mente ou no laptop de

outro funcionário, talvez até mesmo de

um dos seus parceiros.

A Accenture tem uma história fantástica

de gestão do conhecimento e tem sido

sempre pioneira na área de soluções de

colaboração. No entanto, em um estudo

realizado em janeiro de 2007,estimou-se

que um gerente da organização (um

nível de carreira no meio da pirâmide)

gastava cerca de 25% do seu tempo

pesquisando informações, sendo grande

parte desse tempo dedicado a descobrir

dados apropriados e validar sua

qualidade, antes de consolidá-los e

adaptá-los para atender às necessidades

de seu projeto atual. Esses tipos de

estatísticas são apoiados por outros

estudos de analistas como IDC e Grupo

Delphi, que mostram que, para

“trabalhadores da informação” em

organizações, o número pode chegar a

até 35%, e isso sequer leva em conta o

tempo que também foi gasto na captura,

estruturação e publicação de

informações na organização, para

referência futura, e para garantir que tais

informações também sejam mantidas e

controladas apropriadamente.

Adoção da Web 2.0 pelos líderes de

mercado

A Accenture, para quem a produtividade

nos negócios é um diferenciador

competitivo fundamental, já fez

investimentos significativos na área de

Gerenciamento do Conhecimento e,

agora, no uso de soluções de

Computação Social. No fim de 2007, a

liderança da Accenture, apoiada por sua

organização interna de TI, lançou uma

iniciativa de Colaboração 2.0 no âmbito

da empresa como um todo, visando

incluir uma gama de novas tecnologias

de colaboração e práticas colaborativas

na força de trabalho global da Accenture,

ao longo de três anos. Em 2009, as

bases técnicas já estavam instaladas, e

os esforços focalizam-se, então, em

promover a adoção mais ampla e alterar

hábitos e comportamentos de trabalho.

Para ter-se uma ideia do âmbito do

programa, em 2009 a organização

interna de TI da Accenture gerenciou

cerca de 177.000 contas de e-mail no

Microsoft Exchange; 23.000.000 de

mensagens de e-mail por dia

(bloqueando cerca de 22.000.000 de

mensagens de spam); 177.000 usuários

habilitados com o Microsoft Office

Communicator; 25.000 dispositivos

móveis; 37.000.000 de minutos de

conferência em áudio por mês; 10.448

sites no SharePoint; 2000 horas de

telepresença por mês e 425.000

visualizações de página no Media

Exchange por mês.

Para levarmos a Accenture ao “próximo

nível” de produtividade corporativa, as

tecnologias e conceitos implementados

na iniciativa Collaboration 2.0 incluíram:

Portal da Accenture: um portal

empresarial que proporciona aos

profissionais da empresa acesso

rápido a tarefas de negócio do dia a

dia, tais como localizar colegas e

conectar-se com eles, encontrar

fontes de conhecimento, reservar

espaços de escritório, reservar

viagens, administrar benefícios ou

acessar treinamento; é também um

dos principais canais para

comunicados corporativos, incluindo

a possibilidade de “empurrar”

conteúdos e “assinar” conteúdo

usando feeds de notícias e outros

recursos de customização;

Accenture Knowledge Exchange: é

o sistema de gerenciamento de

bibliotecas e conteúdos para

armazenagem, localização e

classificação de todas as principais

informações, documentos e produtos

que poderiam ser relevantes para

ajudar a vender e prestar serviço aos

clientes, incluindo funcionalidades

wiki e blogs para apoio a discussões

e solicitação de feedback;

Accenture People: ambiente online

para os funcionários compartilharem

seus perfis na rede corporativa,

incluindo habilidades, interesses e

atividades, proporcionando assim um

site de rede de negócios que começa

com as informações corporativas do

funcionário (organização, nível,

telefone, local do escritório, estrutura

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de subordinação, competências

profissionais, currículo etc.) e

estimula os funcionários a adicionar

outras informações (foto, atividades

atuais, áreas de interesse e

especialização, rede profissional,

métodos de contato preferidos etc.).

A solução também proporciona um

local para que as pessoas usem

blogs e uma maneira de se manterem

atualizadas com as últimas

atualizações dos colegas no sistema

Knowledge Exchange e nos painéis

de discussão;

Accenture Office Communicator:

proporciona troca segura e integrada

de mensagens instantâneas com

indicadores aprimorados de presença

e disponibilidade para bate-papo

entre colegas, conferências por voz e

vídeo, inclusive integração com

telefone para permitir acesso direto à

rede telefônica diretamente do PC. A

solução também se integra com os

sistemas de alguns parceiros de

negócio da Accenture para permitir

que os funcionários também vejam

quando seus contatos estão online e

disponíveis;

Accenture Roundtable & Live

Meeting: proporciona uma solução

muito simples e econômica para

videoconferência e conferência por

Internet pronta para uso e acessível a

todos os funcionários;

Accenture Unified

Communications: combina voz e e-

mails num sistema único que permite

aos usuários acesso a ambos os

tipos de mensagem a partir do

mesmo sistema e por meio de uma

variedade de dispositivos, seja um

PC, um telefone ou um dispositivo

móvel baseado em Windows, mas

que também permite soluções

presenciais, troca de mensagens

instantâneas da empresa e

conferências virtuais multimídia;

Accenture Media Exchange:

proporciona um local para os

funcionários compartilharem vídeos

sobre qualquer coisa, desde

atividades que estejam realizando

nos seus projetos atuais até o que

eles pensam sobre a Accenture, as

apresentações que fizeram nas

últimas reuniões de equipe, sessões

de treinamento e demos de software;

Accenture Encyclopedia: produzido

nos moldes da Wikipedia, é um Wiki

na qual os funcionários da Accenture

são estimulados a criar, editar e

comentar uma enciclopédia dinâmica

de terminologia específica da

Accenture, incluindo abreviações,

soluções de serviço, organizações,

aplicativos e projetos;

Accenture Team Services: propõe

aos funcionários a possibilidade de

formar e depois administrar os sites

de colaboração de suas próprias

equipes, incluindo recursos de

gerenciamento de conteúdo, tais

como bibliotecas de documentos,

boletins, discussões, listas de

membros de equipes, listas de tarefa,

bem como o suporte para listas,

fluxos de trabalho e fórmulas;

Accenture Groups: são

comunidades criadas e geridas pelos

funcionários da Accenture que lhes

permitem reunir colegas do mundo

todo que tenham interesses ou

desafios comuns, de forma tal a

poderem se conectar e colaborar

usando salas de discussão, blogs e

feeds de notícias a fim de

compartilhar conhecimentos e

experiências em torno de um tema

específico.

Accenture Innovation Grapevine: é

uma plataforma de crowdsourcing

proposta para os funcionários da

Accenture para que possam

aproveitar a sabedoria de sua

comunidade dentro da Accenture (ou

possivelmente dentro das

organizações dos clientes ou

parceiros) para ajudar a resolver um

problema, tomar uma decisão ou criar

conteúdos novos.

A promessa para o cliente da Accenture

é clara: contratar uma única empresa e

alavancar os conhecimentos de mais de

170.000 profissionais. A solução

Accenture Collaboration 2.0 oferece a

base para permitir que seus profissionais

e, portanto, seus clientes recorram de

forma integrada a uma rede global de

especialistas e conhecimento.

Entretanto, a plataforma da tecnologia

não é o maior desafio. O maior desafio é

fazer com que as pessoas mudem seus

hábitos e se sintam confortáveis com o

uso dessas novas ferramentas de um

modo profissional – algo que a Accenture

trata de diversas maneiras:

Do topo até a base, pelo exemplo da

liderança. Uma das formas mais

eficazes de promover tecnologias de

colaboração na Accenture é fazer

com que os funcionários vejam a

Equipe de Liderança Executiva, os

altos executivos do cliente e seus

subordinados diretos usando as

ferramentas, por ex.: preenchendo

suas informações de perfil, criando

seus blogs, usando mensagens

instantâneas e LiveMeeting;

Da base até o topo, alavancando a

geração mais jovem de profissionais

que cresceram dentro dessa

tecnologia e se sentem confortáveis

com ela, para ajudarem a moldar a

forma como será efetivamente usada

na organização.

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Há uma série de riscos inerentes

associados à generalização desses tipos

de soluções dentro das empresas.

Alguns se relacionam com a distinção

que claramente precisa ser feita entre o

que chamamos soluções para o

“consumidor público” e para a “empresa

privada”. Na primeira, há riscos implícitos

e significativos na área de segurança.

Isso inclui a proteção da propriedade

intelectual e a propagação de

informações confidenciais e sensíveis

para públicos não autorizados.

Outros se relacionam com a perda

contínua da separação das fronteiras

entre vida profissional e vida pessoal. Há

o risco de os funcionários se distraírem

com as constantes solicitações de suas

redes sociais não profissionais, ou o

risco de suas vidas pessoais serem

invadidas pelas contínuas solicitações de

suas relações profissionais.

Outros se relacionam com o uso

apropriado dessas soluções dentro do

ambiente profissional. Há maneiras

aceitáveis e maneiras inaceitáveis de

usar e-mails dentro de uma empresa. O

mesmo será verdade para essas novas

ferramentas de colaboração.

Não é apropriado postar conteúdo de

podcasts ou blogs que não respeitem a

ética e os valores fundamentais de uma

empresa. O uso excessivo de soluções

de mensagens instantâneas pode se

tornar muito intrusivo. Usar um ouvido

para escutar uma conference call, uma

mão para participar de um bate-papo, e a

outra para enviar um SMS pode não ser

a ideia de produtividade de todas as

pessoas.

Necessidade de networking para

funcionários

As quantidades maciças de informações

estruturadas e não estruturadas que se

acumulam dentro e fora das empresas

representam uma oportunidade e um

desafio. Se aproveitado de forma eficaz,

tal volume de informações se tornará

uma oportunidade. Porém, também será

um desafio fazer com que os

funcionários encontrem a “informação

certa” de forma eficiente e, então, tomem

decisões e ações apropriadas, com base

nela.

A entrada no mercado de trabalho da

nova cultura e conjunto de ferramentas

da Web 2.0, com a Geração Y, e a saída

dos “Baby Boomers”, que poderão levar

com eles uma parcela significativa da

experiência e conhecimento se não

administrados de forma eficaz,

representam um segundo fator

importante de oportunidade e, ao mesmo

tempo, desafio.

A experiência tem demonstrado que

prever e adotar a mudança para

conquistar vantagem competitiva é

melhor que resistir a ela. Essa é a nossa

visão também sobre a adoção da

computação social dentro da empresa.

Em última análise, não é uma questão de

tecnologia, mas de organização, valores

e cultura. Esses fatores precisam

adaptar-se e evoluir para o século XXI. A

adoção dessas novas tecnologias,

portanto, é algo a ser feito de um modo

proativo. Isso exige liderança e direção

de alto nível. Deve ser também apoiado

por políticas e práticas válidas na

organização como um todo.

Sob uma perspectiva da informação, as

organizações não terão os recursos

necessários para estruturar, classificar,

indexar, manter continuamente e

eventualmente retirar de circulação as

informações que formam o capital de

conhecimento da empresa. Com

frequência, devido à falta de tempo ou

motivação, os criadores da informação

não conseguem manter a informação

que produzem. Eles podem não ser

capazes sequer de publicá-la e

classificá-la dentro dos espaços de

trabalho da equipe, projeto ou

departamento ou dentro dos portais e

sistemas de gerenciamento de

conhecimento da empresa. Já vemos,

portanto, um volume crescente de

informações desorganizadas e mantidas

de modo precário, particularmente na

Internet, mas também dentro de nossas

empresas.

A aplicação inteligente de soluções de

Redes Sociais, e a aptidão e interesse

demonstrados pela Geração Y por sua

utilização de fato representam uma

oportunidade significativa para as

empresas que desejam enfrentar esses

desafios. Além disso, a necessidade de

efetivamente capturar e potencializar o

conhecimento representa um sério

desafio que as empresas terão de

enfrentar, à medida que preveem a

perda potencial de conhecimento e

experiência pela aposentadoria de seus

veteranos.

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Os 4Cs da mídia social na empresa

Para entender como as soluções de

computação social podem ser benéficas

no contexto corporativo, devemos

entender primeiro suas funções e

recursos. Depois, as empresas devem

considerar como cada solução pode ser

aplicada eficientemente no contexto de

determinado cenário específico de

negócios.

Os diferentes tipos de soluções

disponíveis podem tipicamente ser

categorizados de diversas maneiras.

Aqui estão quatro tipos básicos,

chamados de 4 Cs da Mídia Socialiv:

1. "Conteúdo",

2. "Colaboração",

3. "Comunidade" e

4. "Inteligência Coletiva"

(Collective Intelligence, o quarto

C, em inglês).

Na verdade, a maioria das soluções

envolve tipicamente uma combinação de

duas ou mais destas características-

chave:

1. Conteúdo (ou “Conhecimento

Compartilhado”): a capacidade para

publicar e encontrar informações em

uma comunidade de indivíduos. Os

tipos de informações compartilhadas

podem variar imensamente, indo

deste texto puro até informações

estruturadas, fotos, sons e vídeos.

Exemplos de cada um incluem:

Mecanismos de busca: ajudam as

pessoas a vasculharem a Internet

em busca de informações com base

em palavras-chave ou termos

inseridos pela pessoa. Os

resultados das pesquisas são

geralmente apresentados em uma

lista que inclui texto, imagens e

outras informações que descrevem

o conteúdo encontrado, assim

como um link para as próprias

informações. Os mecanismos de

pesquisas operam pela indexação

de conteúdo existente na Web,

usando algoritmos que vasculham

conteúdo e meta tags. Exemplos

incluem Google, Yahoo e Bing;

Blogs: um tipo de site geralmente

mantido por um indivíduo e que

contém posts regulares de

comentários. Eles podem vir na

forma de um diário pessoal ou

comentário sobre temas específicos

(por ex., viagens, política,

tecnologias, etc.) ou eventos. O

conteúdo pode ir desde texto puro

até mídia complexa (fotoblogs,

videoblogs e audioblogs);

Compartilhamento de mídia: inclui

sites usados com frequência por

blogueiros para o compartilhamento

de arquivos de mídia complexa

como fotos (por ex., Flickr),

conteúdo de áudio (por ex.,

Napster), vídeos (por ex., YouTube)

e podcasts para consumo offline,

usando dispositivos como iPod ou

Zune. O compartilhamento também

pode incluir soluções como Qik.

Esta envolve um aplicativo da Web

para streaming ao vivo para

dispositivos móveis, que permite

que as pessoas transmitam vídeo

ao vivo de celulares para a Internet

em tempo real;

Wikis: bancos de dados formados

por páginas simples da Web por

entidade, interconectados por

hyperlinks. Eles são usados para a

criação, controle de versões,

navegação e busca das

informações apresentadas (por ex.,

Wikipedia);

Marcação de favoritos: o

compartilhamento de referências a

sites da Internet como bookmarks

aos quais podem ser adicionados

metadados como palavras-chave

(ou "tags") ou outros

comentários, incluindo votos

sobre a qualidade do conteúdo

(por ex., Delicious, Epinions,

Yelp);

Web feeds (ou "feeds de notícias"):

permitem que as pessoas assinem,

tipicamente por meio de um

agregador, o conteúdo ou sites que

propõem atualizações regulares de

conteúdo:

Microblogs: outro tipo de

publicação na forma de blog, mas

com texto curto baseado em posts,

frequentemente combinados com

soluções de comunidades, para

permitir que os blogueiros

compartilhem pensamentos e

impressões em tempo real com

amigos e parentes (exemplos

incluem Twitter, Tumblr, Plurk, …)

2. Colaboração (ou Comunicação): a

capacidade para facilitar a troca de

informações entre indivíduos ou um

grupo-alvo de indivíduos. Pode ser

síncrona ou assíncrona. É usada

tipicamente para a conquista de

determinado resultado. Exemplos de

ferramentas de colaboração e

comunicação incluem e-mail, bate-

papos em texto, fóruns de discussão,

bibliotecas compartilhadas,

mensagens instantâneas, informações

sobre presença em locais, chamadas

de voz pela Internet,

videoconferências, webcasts, reuniões

virtuais (incluindo apresentações,

“whiteboards”, etc.) e mundos virtuais.

Exemplos de soluções no espaço para

consumidores incluem Windows Live

(anteriormente MSN), programas de

mensagens instantâneas como Skype

ou AOL, para soluções na área de

comunicações e colaboração

unificada, ou SecondLife, The Sims

Online, World of Warcraft e Xbox Live

para mundos virtuais e jogos online

com grande número de jogadores

(MMO).

3. Comunidades (ou redes sociais): a

capacidade para criar comunidades

online de pessoas que compartilham

interesses e atividades. As

comunidades oferecem perfis de

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pessoas em um diretório e permitem

que os indivíduos encontrem outras e

estabeleçam redes e comunidades de

pessoas confiáveis. As comunidades

também oferecem maneiras de se

comunicar e interagir, por e-mail,

mensagens instantâneas e outras

soluções relacionadas acima.

Exemplos incluem Facebook, LinkedIn

e MySpace.

4. Inteligência Coletiva: conhecimento

derivado de esforços de colaboração

de pessoas que trabalham juntas e

inteligência que emerge da

colaboração de muitos indivíduos

dentro de um grupo. Em seu extremo,

isso inclui técnicas como

“Crowdsourcing”. Nesta, os problemas

são transmitidos pela Internet para um

grupo possivelmente desconhecido de

indivíduos capazes de resolvê-lo, na

forma de uma chamada aberta por

soluções. A solução usa um modelo

distribuído de resolução de problemas

e produção. A comunidade online (ou

“crowd”) então envia soluções

propostas e também através das

soluções propostas identifica as

melhores e as desenvolve (por ex., o

Amazon Mechanical Turk ou

Wikipedia).

As organizações precisam analisar como

as soluções da Web 2.0 são usadas

como ferramentas para estruturar,

qualificar e acessar informações na Web.

Ao fazê-lo, elas devem ser capazes de

identificar técnicas similares dentro dos

firewalls de suas organizações. Isso

também ajudará para que abordem

desafios importantes de gerenciamento

de informações que enfrentamos hoje

em nossas empresas.

Com o uso de ferramentas de busca

corporativa, similares aos mecanismos

de busca da Web, as organizações

podem indexar continuamente

informações estruturadas e não

estruturadas em um formato capaz de

ser usado prontamente pelos

funcionários. Com o uso de técnicas de

crowdsourcing, as organizações também

podem melhorar a classificação de

informações e avaliá-las com base em

sua utilidade para os funcionários. Perfis

de pessoas dentro de redes sociais

aplicados à empresa permitem um modo

rápido de entender quem é quem em

uma empresa, o que cada um faz, suas

áreas de interesse e de especialização.

Isso cria comunidades de interesse e

redes de especialistas que transcendem

hierarquias e limites tradicionais na

organização.

O uso de blogs e podcasts permite a

captura e compartilhamento de

conhecimento e experiência em toda a

organização. E eles também podem

ajudar a criar uma ponte entre as

gerações, garantindo que os “Baby

Boomers” deixem uma herança saudável

para a “Geração Y”, como na solução

Dare2Share do Grupo BTv.

Através do uso de trocas de ideias

(crowdsourcing), as organizações podem

incentivar seus membros e também os

clientes e parceiros a participarem de

processos de inovação, para o debate de

ideias que ajudem a melhorar o

desempenho da empresa ou de novos

produtos e serviços.

Imagine ir um passo além e unir essas

tecnologias de um modo integrado, para

apoiar funções, processos e tarefas

específicas do negócio – talvez levando-

os para portais que contenham painéis e

apoio a decisões, ou seja, soluções com

cenários que combinam recursos da

Web 2.0 com aplicativos tradicionais de

linha de negócios, dentro do sistema de

informações corporativo. Isso pode

incluir, por exemplo, o caso de um

funcionário que atende clientes e que

está em um call center, mas encontra um

problema que não consegue resolver e

consegue identificar em tempo real

diferentes especialistas disponíveis na

rede. Então, um desses especialistas

pode entrar na conversa com o cliente,

talvez usando recursos de conferência

pela Internet, para ajudar na solução do

problema.

Os casos de uso para as diferentes

tecnologias e soluções já disponíveis

para implementação nas empresas são

numerosos. O desafio é adotá-las de

uma forma proativa e semicontrolada.

Isso também deve ser acompanhado por

liderança descendente apropriada e por

uma evolução na cultura, políticas e

comportamentos da empresa, para

acompanhar as novas maneiras de

trabalho que essas soluções

naturalmente trarão. Fundamentalmente,

esse é o maior desafio para qualquer

empresa seriamente interessada em

dominar essas soluções para aumentar o

desempenho de sua organização e

funcionários.

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Valor da Enterprise Collaboration 2.0

O desenvolvimento de um case de

negócios para a adoção da computação

social em uma organização é

extremamente complexo. É difícil

justificar qualquer tipo de ganhos de

produtividade nos negócios fingindo que

a introdução de uma solução permitirá

que o pessoal tenha um ganho médio de

15 minutos por dia. A questão se torna,

rapidamente, "o que acontece com

aqueles 15 minutos?” E, também, “o que

eles estão fazendo a mais agora que não

faziam antes?".

Se analisarmos apenas alguns exemplos

concretos, é relativamente fácil ver os

benefícios potenciais dessas soluções –

desde que sua introdução seja

acompanhada de uma mudança

apropriada na cultura, comportamento e

políticas da empresa.

Por exemplo, a introdução de Perfis de

Pessoas que ajudam a explicar quem é

quem na organização permite uma

integração mais rápida entre as pessoas

na organização e a localização de

colegas e especialistas com potencial

para ajudá-las em seu trabalho e evitar

que tenham que “reinventar a roda”.

O uso de comunicações unificadas,

reuniões virtuais e espaços de equipe

compartilhados ajuda a reduzir barreiras

geográficas, além de custos de viagens e

de comunicação. Isso pode instalar um

senso mais forte de “fazer parte”,

particularmente em um contexto em que

trabalhar a partir de casa começa a

tornar-se uma opção para muitas

empresas.

Outros benefícios, e a lista certamente

não se esgota aqui, incluiriam:

A capacidade de criar equipes

virtuais, ultrapassando as bareiras

organizacionais tradicionais para dar

suporte a forças-tarefa e outras

iniciativas entre divisões ou

geografias.

A capacidade de criar comunidades

que possam dar suporte ao

compartilhamento de conhecimentos,

desenvolvimento de competências e

aprendizado contínuo, bem como à

criação de redes de especialistas em

matérias específicas;

A capacidade de levantar questões e

tê-las respondidas por uma

comunidade dentro de um fórum de

discussão ou em tempo real. E fazer

isso localizando os especialistas

disponíveis com a ajuda de um

sistema de busca baseado nos perfis

pessoais, usando tecnologia de

presença e mensagens instantâneas,

ou talvez simplesmente verificando

se uma pergunta semelhante já foi

respondida pelo fórum;

A capacidade de criar sessões de

treinamento virtual e de autoestudo

com diversos tipos de mídia

(soluções eLearning / Learning 2.0).

Isso poderia incluir a possibilidade de

os próprios funcionários proporem

conteúdo pela fácil criação de

Podcasts. Nesses ele explicam

experiências pessoais e demonstram

suas próprias melhores práticas para

reutilização por outras pessoas, além

de votar/categorizar para promover

os melhores conteúdos.

Essas soluções ajudam a melhorar a

produtividade individual e do grupo. Elas

também podem ajudar a melhorar o

senso de “fazer parte” que os

funcionários têm em relação à empresa.

As soluções podem oferecer mais

oportunidades para que os funcionários

se sintam envolvidos e contribuam para

o futuro da organização. Além disso, elas

permitem que eles sejam reconhecidos

por suas contribuições, muito além do

alcance de sua hierarquia profissional

tradicional.

A adoção proativa dessas tecnologias de

um modo controlado, dentro do firewall

corporativo ou em uma nuvem privada,

assegura que as tecnologias sejam

usadas dentro de um ambiente segura e

confiável.

Aplicação da computação social

corporativa

Os tipos de soluções que

implementamos são extremamente

variados. O mesmo ocorre com os

direcionadores de negócios ligados a

essas implementações. É raro

encontrarmos organizações que partem

imediatamente para uma transformação

e implementação na empresa como um

todo. A maioria delas identifica uma

necessidade inicial dentro de uma área

de negócios ou população específica de

funcionários, onde é possível conduzir

uma experiência controlada na qual

podemos avaliar como as novas

soluções e sua aplicação podem

realmente mudar as atividades diárias de

uma função e comunidade específica

dentro da organização.

Um enfoque comum é segmentar a

população de funcionários e/ou funções

do negócio com o objetivo de implantar

as soluções com sucesso. A etapa

seguinte é combiná-los com

comunidades específicas, para obter

resultados precisos e mensuráveis para

o negócio, antes de prosseguir para a

próxima comunidade.

Podemos começar, por exemplo, com o

departamento global de compras, de

uma organização internacional. O

objetivo seria permitir maior facilidade no

compartilhamento de informações e

experiência com diferentes fornecedores,

ou com os mesmos fornecedores em

unidades de negócio ou geografias

diferentes.

A próxima comunidade a enfocar poderia

ser a dos departamentos de marketing.

Eles devem ser capazes de melhorar a

colaboração com as diferentes equipes

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de desenvolvimento de produto e

agências de marketing com as quais

trabalham para o lançamento de novos

produtos etc.

Para um grande grupo, o

compartilhamento de informações de

uma forma mais colaborativa claramente

ajudou a melhorar um processo de

negócio específico. Estavam envolvidos

Controladores Financeiros de diferentes

países, que conseguiram reduzir o

processo de desenvolvimento

orçamentário de seis para dois meses. A

redução ocorreu ao permitir-se que mais

pessoas colaborassem no processo,

usando planilhas compartilhadas. Os

diretores de diferentes filiais podiam

oferecer feedback sobre os orçamentos

propostos, ao mesmo tempo em que

negociavam seus objetivos. Todas as

negociações e alterações resultantes

eram rastreáveis. Os objetivos

resultantes foram então integrados

diretamente no sistema de

gerenciamento de desempenho e painéis

de gerenciamento, para garantir um

senso mais forte de responsabilidade e

maior transparência.

Conclusões

A colaboração e o gerenciamento de

informações são duas áreas potenciais

de vantagem competitiva. O acúmulo de

enormes volumes de informações não

estruturadas e estruturadas na Internet e

intranets representa um desafio

significativo, mas também uma

oportunidade para líderes que desejam

aumentar o desempenho de suas

organizações. Lidar com a emergência

da Geração Y e a saída dos “Baby

Boomers” do mercado de trabalho

representa outro dilema, mas que pode

ser enfrentado com soluções de

gerenciamento da informação e

colaboração.

As soluções Social Computing e

Collaboration 2.0 têm a ver com a

redução do ciclo operacional. Têm a ver

também com aumentar a troca de

informações em um mundo distribuído e

uma força de trabalho dispersa em

muitos locais.

As soluções de colaboração e

comunicação unificada podem ser muito

úteis para permitir a redução de custo

em viagens e telecomunicações,

permitindo ao mesmo tempo o

desenvolvimento de recursos mais

amplos para a produtividade corporativa.

Empresas que não fazem isso podem

estar em desvantagem, especialmente

quando o crescimento reaparece. A

função de TI pode ser pega de surpresa

e ser incapaz de responder com a

rapidez exigida nos seus negócios.

As soluções de computação social

também podem aumentar o nível de

envolvimento dos funcionários com suas

empresas, especialmente com gerações

mais jovens.

Esse impacto positivo não vai gerar

apenas benefícios internos. Ele também

produzirá benefícios quando estivermos

tentando recrutar novos funcionários, ou

quando estivermos trabalhando com

parceiros de negócios e com clientes.

Isso ocorre pela promoção de interação

e colaboração entre empresas. Quanto

mais essas redes de empresa para

empresa crescem, mais valor potencial

essa espécie de colaboração pode gerar

para todos os envolvidos.

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Sobre a Avanade A Avanade presta serviços de tecnologia de negócios que conectam insight, inovação e especialização em tecnologias Microsoft para ajudar os clientes a realizarem resultados. Os serviços e soluções da Avanade ajudam a aprimorar o desempenho, a produtividade e as vendas para organizações em todos os setores. A empresa fornece conhecimento especializado Microsoft inigualável por meio de uma rede global de consultores, e aplica o mix certo de recursos locais, regionais e internacionais para gerar resultados de maneira mais rápida, mais econômica e com menos risco. A Avanade, com participação majoritária da Accenture, foi fundada em 2000 pela Accenture e Microsoft Corporation e atende clientes em mais de 20 países no mundo todo com mais de 12.000 profissionais. Mais informações no site www.avanade.com.br.

©2011 Avanade Inc. Todos os direitos reservados. O nome e logotipo da Avanade são marcas registradas nos EUA e outros países. As outras marcas e nomes de produtos são marcas registradas de seus respectivos proprietários.

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América Latina

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Notas de rodapé

I. Gartner revela cinco previsões de

software social para 2010 e o futuro: http://www.gartner.com/it/page.jsp?id=1293114.

II. Termo cunhado pela Accenture para descrever a dinâmica conjunta de Dispositivos, Dados e Controles: http://www.accenture.com/Global/Accenture_Blogs/Trivergence_Blog/default.htm

III. A Accenture é uma empresa global de consultoria de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing, com quase 180,000 funcionários servindo a clientes em mais de 200 cidades de 52 países. www.accenture.com

IV. Estrutura Gaurav Mishra: http://www.gauravonomics.com/blog/the-4cs-social-media-framework/

V. BT é um dos líderes mundiais em

fornecimento de soluções e serviços de comunicações. Dare2Share é a solução da BTpara ajudar as pessoas a aprenderem umas com as outras usando Podcasts, linhas de discussão, blogs, feeds RSS e outros ativos de conhecimento tradicionais (documentos, cursos e portais): http://www.avanade.com/customers/detail.aspx?id=300.

Sobre os autores

Victor Fonseca é expert em soluções

de Colaboração e o líder da Service Line de Gestão da Informação e Colaboração na Avanade Brasil.

Thomas Krofta é o Diretor Senior

responsável pela Service Line de Colaboraçao énas regiões EALA e ASG da Avanade.

Christophe Caquineau é o VP

responsavel pela Service Line de Business Intelligence na região de EALA da Avanade.

Jonathan Jowett é o Diretor Sênior de

Desenvolvimento de Mercados e Alianças para a Avanade na Europa e América Latina.

Possuem mais de 20 anos de experiência em ajudar empresas na implementação de sistemas de informação, incluindo business intelligence, gestão de conhecimento, e soluções de comunicação e colaboração.