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Falou & disse Editorial O pinto pagou o pato Em desespero, lideranças perceberam o abraço do afogado gos passados do ponto do abate (e outros 70 milhões na fila), mortandade em massa, canibalização, contratos de exportação des- cumpridos, multas contratuais gigantes e o pior: confiança quebrada com os clientes de dezenas de países. “O ano de 2018 terminou hoje para nós. 2019 também está perdido”, resumiu o executivo Elias Zidek, da Frimesa. Ele disse que a empresa terá que renegociar pagamentos e empregos serão debelados. “A comida de amanhã está morrendo hoje”, lastimou o executivo envolto em uma expres- são extenuada. Pior, naquele momento, terça-feira, 9º dia de paralisia total, o Oeste do Paraná era o torniquete apertado do movimento. Nada se movia. Caminhões que ousassem entrar na cidade eram buscados de volta para os pon- tos de aglomeração. “Fomos sequestrados”, desabafou um executivo. Embora isso não tenha mais importância agora, em algum momento entre o caos e a catástrofe, soube-se que o apoio incondi- cional de ontem, virou o pesadelo de hoje e de amanhã. E alguns dos que lamentam agora, embebidos de legítima indignação, percebem ter recebido o abraço do afogado. Jamais houve um dia como 29 de maio de 2018 no agronegócio do Oeste do Paraná. E possivelmente jamais irá se repetir. Bastava olhar nos olhos dos dirigentes da Coopa- vel, JBS, Frimesa, Globoaves, Lar, Pluma Agroavícola, entre outras gigantes, reunidos emergencialmente na Acic. A melhor palavra para descrever a expressão dos executivos é “desespero”. Mas falou-se também em tsunami, caos e catástrofe. A palavra “caos” surgiu pela primeira vez na quinta-feira da semana passada, na posse da Acic, e saiu da garganta apertada do pre- sidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Era um momento de inflexão. Até aquele ponto – e inclusive naquele evento específico – havia apoio declarado das principais lideranças de Cascavel a greve dos caminhoneiros. No dia seguinte o tom mudou. Reunião emergencial do G8 no fim de semana. Na segunda-feira uma nota do grupo das principais entidades da cidade apelava aos associados: retirem o apoio, não participem das manifestações, se o fizerem, não usem o nome das entidades. Embora tardiamente, as lideranças perce- beram que a outrora manifestação simpática se transformara numa espécie de “chupa- Jogar o bebê no ralo junto com a água suja da bacia. Matar a galinha dos ovos de ouro. Envenenar o boi junto com o carrapato. Há muitas ex- pressões populares para definir como o estrangulamento do agronegócio abalou a economia regional. Os efeitos da asfixia tem potencial para produzir um cenário tal, que o diesel pode ser distribuído gratuita- mente que não haverá carga para carregar. O pinto está morto. O bom senso também. E a lucidez há muito já não está se sentindo bem... -cabra”, aquele mitológico monstro que devora os animais do sítio. A imagem que melhor traduzia aquela hora do espanto era proibida de comparti- lhar. Em um celular, um boquiaberto agro- negociante assistia o vídeo de uma máquina exterminando pintainhos como se fosse um liquidificador gigante. Apenas uma das em- presas ali presente, acabara de sacrificar 1,6 milhão de pintainhos. O pinto pagou o pato. Resumo dos depoimentos: R$ 200 mi- lhões por dia de prejuízo na agricultura do Oeste, um “estoque” de 10 milhões de fran- “Nada é pior do que saltar no escuro gritando slogans bonitos e inúteis” (Elio Gaspari, Jornalista, autor de 5 volumes sobre a história do regime militar, entre eles ‘A Ditadura Encurralada’, na Folha de São Paulo) Cascavel, sexta-feira, 01 de junho de 2018 - Ano XXII - Nº 2149 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo Feriado nacional Já saiu o primeiro gol da Copa da Rússia. E foi efusivamente comemorado por seto- res do funcionalismo público. A galera não precisa comparecer a repartição no horá- rio do jogo do Brasil. Se você tem algo na gaveta do barnabé para tocar sua vida em frente, espere. Vivemos na nação que não tem pressa pois tudo estará resolvido com o desempenho do time da CBF. Mala e cuia A gauchada do Banrisul disse adeus a Cas- cavel, levando consigo camisetas do Grê- mio e do Inter com o logotipo do banco es- tampado. O prédio que eles ocupavam na Avenida Brasil será mais uma farmácia Nis- sei. Para o banco estatal, não teve remédio.

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Page 1: O pinto pagou o pato - pitoco.com.br · Falou & disse Editorial O pinto pagou o pato Em desespero, lideranças perceberam o abraço do afogado ... uma galinha, depois matou o cachorro

Falou & disse

Editorial

O pinto pagou o patoEm desespero, lideranças perceberam o abraço do afogado

gos passados do ponto do abate (e outros 70 milhões na fi la), mortandade em massa, canibalização, contratos de exportação des-cumpridos, multas contratuais gigantes e o pior: confi ança quebrada com os clientes de dezenas de países.

“O ano de 2018 terminou hoje para nós. 2019 também está perdido”, resumiu o executivo Elias Zidek, da Frimesa. Ele disse que a empresa terá que renegociar pagamentos e empregos serão debelados. “A comida de amanhã está morrendo hoje”, lastimou o executivo envolto em uma expres-são extenuada.

Pior, naquele momento, terça-feira, 9º dia de paralisia total, o Oeste do Paraná era o torniquete apertado do movimento. Nada se movia. Caminhões que ousassem entrar na cidade eram buscados de volta para os pon-tos de aglomeração. “Fomos sequestrados”, desabafou um executivo.

Embora isso não tenha mais importância agora, em algum momento entre o caos e a catástrofe, soube-se que o apoio incondi-cional de ontem, virou o pesadelo de hoje e de amanhã. E alguns dos que lamentam agora, embebidos de legítima indignação, percebem ter recebido o abraço do afogado.

Jamais houve um dia como 29 de maio de 2018 no agronegócio do Oeste do Paraná. E possivelmente jamais irá se repetir. Bastava olhar nos olhos dos dirigentes da Coopa-vel, JBS, Frimesa, Globoaves, Lar, Pluma Agroavícola, entre outras gigantes, reunidos emergencialmente na Acic. A melhor palavra para descrever a expressão dos executivos é “desespero”. Mas falou-se também em tsunami, caos e catástrofe.

A palavra “caos” surgiu pela primeira vez na quinta-feira da semana passada, na posse da Acic, e saiu da garganta apertada do pre-sidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Era um momento de infl exão. Até aquele ponto – e inclusive naquele evento específi co – havia apoio declarado das principais lideranças de Cascavel a greve dos caminhoneiros.

No dia seguinte o tom mudou. Reunião emergencial do G8 no fim de semana. Na segunda-feira uma nota do grupo das principais entidades da cidade apelava aos associados: retirem o apoio, não participem das manifestações, se o fi zerem, não usem o nome das entidades.

Embora tardiamente, as lideranças perce-beram que a outrora manifestação simpática se transformara numa espécie de “chupa-

Jogar o bebê no ralo junto com a água suja da bacia. Matar a galinha

dos ovos de ouro. Envenenar o boi junto com o carrapato. Há muitas ex-pressões populares para defi nir como

o estrangulamento do agronegócio abalou a economia regional.

Os efeitos da asfi xia tem potencial para produzir um cenário tal, que o diesel pode ser distribuído gratuita-mente que não haverá carga para

carregar. O pinto está morto. O bom senso também. E a lucidez há muito

já não está se sentindo bem...

-cabra”, aquele mitológico monstro que devora os animais do sítio.

A imagem que melhor traduzia aquela hora do espanto era proibida de comparti-lhar. Em um celular, um boquiaberto agro-negociante assistia o vídeo de uma máquina exterminando pintainhos como se fosse um liquidifi cador gigante. Apenas uma das em-presas ali presente, acabara de sacrifi car 1,6 milhão de pintainhos. O pinto pagou o pato.

Resumo dos depoimentos: R$ 200 mi-lhões por dia de prejuízo na agricultura do Oeste, um “estoque” de 10 milhões de fran-

“Nada é pior do que saltar no escuro gritando slogans bonitos e inúteis”

(Elio Gaspari, Jornalista, autor de 5 volumes sobre a história do regime militar, entre eles

‘A Ditadura Encurralada’, na Folha de São Paulo)

Cascavel, sexta-feira, 01 de junho de 2018 - Ano XXII - Nº 2149 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo

Feriado nacionalJá saiu o primeiro gol da Copa da Rússia. E foi efusivamente comemorado por seto-res do funcionalismo público. A galera não precisa comparecer a repartição no horá-rio do jogo do Brasil. Se você tem algo na gaveta do barnabé para tocar sua vida em frente, espere. Vivemos na nação que não tem pressa pois tudo estará resolvido com o desempenho do time da CBF.

Mala e cuiaA gauchada do Banrisul disse adeus a Cas-cavel, levando consigo camisetas do Grê-mio e do Inter com o logotipo do banco es-tampado. O prédio que eles ocupavam na Avenida Brasil será mais uma farmácia Nis-sei. Para o banco estatal, não teve remédio.

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02 | [email protected]

O Juiz Pedro Ivo Lins Mo-reira – o mesmo do caso Diplo-mata – fez publicar o edital que leiloa a sede do Atacado Lide-rança, na BR 277.

Será um leilão eletrônico, no próximo dia 14, através do site da leiloeira Maria Clarice Moreira (www.mariaclarice-leilões.com.br).

São 68,5 mil metros quadra-dos de área total (19 mil de área construída). O imóvel está ava-liado em R$ 44,6 milhões.

Já o lance mínimo parte de R$ 28 milhões. Em processo de recuperação judicial, o Atacado Liderança voltou a operar no antigo endereço, no Jardim Ma-ria Luiza.

Se não houver comprador, ou-tros interessados poderão fazer proposta ao juiz. A Prefeitura de Cascavel tem interesse no imóvel.

Eleições 2018“Fomos hipnotizados para

imaginar que o problema é o confl ito entre capital e trabalho. Juntos, empregados e empre-gadores, puxamos a carruagem pesada da máquina estatal, que carrega os aristocratas do po-der público. A aristocracia pre-cisa ser lembrada de quem são os patrões. Os patrões são os que puxam a carruagem. Essa gente precisa descer da carro-ça, vir para o nível do solo, onde está quem produz para esse Brasil, e ajudar a puxar a car-ga. É preciso devolver o estado brasileiro aos seus reais donos”.

(Flávio Rocha, pré-candida-to a presidente, na Acic)

45 3038-2255nutricard.com.brO seu cartão de benefícios. OOOOO seu cartão de benefíífí iicios

Pensata“A democracia é a pior for-

ma de governo, exceto todas as outras que foram tentadas”.

(Winston Churchill, herói inglês da 2ª Guerra Mundial)

PitocasNo calor insano da greve, a

Associação Comercial e Indus-trial de Cascavel (Acic) restou cindida. De um lado, empre-sários pró-bloqueios fi zeram fi la para pedir desfi liação da entidade. Na outra ponta, um representativo grupo de asso-ciados parabenizou a diretoria pela condução da crise.

O presidente da Acic, Ed-son Vasconcelos, passou em branco a noite de terça para quarta-feira, mediando o diálo-go entre transportadores e po-lícia para uma desmobilização pacífi ca.

O vice-presidente da coope-rativa Lar, Urbano Frey não quer nem falar do assunto, está traumatizado. Ele foi conduzi-do coercitivamente por mani-festantes até uma emissora de rádio de Medianeira, e obrigado a declarar apoio a greve.

ErrataDiferente do que publicamos

na versão revista do Pitoco, a primeira igreja evangélica esta-belecida em Cascavel foi a Pres-biteriana da rua Paraná, onde hoje está o Paço das Artes, no fi nal dos anos 50.

A propósito, a foto das pá-ginas amarelas da revista e da capa são de autoria dos repór-teres fotográfi cos Vanderlei Faria e Luiz Carlos Cadini, respectivamente.

The end“O único caminho de aces-

so ao poder é pelo voto”

(General do Exército Brasileiro Joaquim Silva e

Luna, Ministro da Defesa)

Quem dá mais?

Segundo o secretário de De-senvolvimento Econômico, João Alberto Soares, o mu-nicípio poderá ofertar o lance mínimo, em desapropriação amigável.

A ideia é implantar um cen-tro de convenções e eventos que possa ser chamado por este nome. O imóvel que hoje abri-ga o centro de eventos, na rua Fortunato Bebber, seria então transformado em um centro de recepção e distribuição de com-pras do município.

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Aquele abraço

01 de junho de 2018 | 03

#APAIXONADOS por sua

Para os fãs do mascote do Pi-toco, Marco Antônio e Maria Helena (foto), e para os assinan-tes Fábio Bidu Lopes, Marcos Wypych, Jo Ferrarini, Miroslau Bailak, Darci Pereira, Aldo Da-gostim, Marcia Baldini, Rogerio Rizzardi e Fernando Luis Motter.

AgendaProssegue até domingo, no Clube Comercial, o Feirão de Imóveis

da Caixa.

Ele falou“Esses tresloucados, esses

malucos vêm procurar a gente aqui e perguntam: ‘Até quando as Forças Armadas vão dei-xar o País afundando? Cadê a responsabilidade das Forças Armadas?´. Eu respondo com o artigo 142 da Constituição. Está tudo ali. Ponto”.

(General Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército.

Artigo 142: “as Forças Ar-madas são instituições nacio-nais permanentes e regulares, organizadas com base na hie-rarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presi-dente da República, e destinam--se à defesa da Pátria, à garan-tia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”)

O FC Cascavel vai formalizar uma proposta de parceria com a Prefeitura para assumir a reforma e manutenção do estádio Ninho da Cobra. Um pré-projeto de como irá fi car a arena já está desenha-do (foto).

Inquieto empreendedor na gastronomia, Vilson Guetter (Nos-sa Família) aposta na região Oeste de Cascavel. Ele está no coman-do da Pizzaria Angra, no numeral 252 da rua Antonia Ribeiro, próximo da Univel.

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04 | [email protected]

Encontrei um bichinho na rua. Que gracinha, era fi lhote, parecia tão frágil. Nem me preo-cupei em identifi car a espécie ou raça. Levei para meu sítio.

Fui alimentando aquele ani-malzinho. As vezes ele parecia meio agressivo. Deveria ser re-beldia adolescente, pensei.

Dali a pouco ele devorou uma galinha, depois matou o cachorro e atacou até meu pa-pagaio.

– Alto lá, interferi eu. O que você está fazendo?

Como em fábula os animais falam, o bicho disse:

- Quero mais, o que você deu é insufi ciente. O sistema está péssimo. Vamos destruí-lo, va-mos derrubar o comando.

Pensei: que história é essa? Comando de que? Sou apenas um agricultor que teve pena de um bichinho indefeso.

ENSAIO

“O sistema está péssimo. Vamos destruí-lo, vamos derrubar o comando”

A fábula do chupa-cabras

- Nada mais vai sair do seu sítio enquanto o comando não cair, disse o monstrinho.

Apavorei-me. Eu não tenho infl uência neste tal comando! Não está em meu alcance derru-bar ninguém!

O fi lhotinho indefeso se agigantara. Virou um chupa--cabras. Devorou tudo que eu tinha. Devorou até meu grito. Mas o tal comando não caiu. O tal sistema continua em pé.

O chupa-cabras então cla-mou por outros bichos, estes, fardados. Os fardados chega-ram e ao invés de contribuir para derrubar o comando, pren-deram o monstro em fl agrante delito.

Estou falido, mas me livrei do chupa-cabras. Fica a lição: não alimente um bicho que você não conhece. Ele pode sair do controle. E devorar você junta-mente com suas retas intenções e legítimas indignações.

MESES

R$ 154.490 R$ 120.490

Cascavel: Av. Brasil, 1748 - (45) 3220-8200 • Toledo: Av. Parigot de Souza, 1215 - (45) 3379-7600Assis Chateaubriand: Av. Tupassi, 1500 - (44) 3528-8950 • Palotina: Av. Pres. Kennedy, 1761 - (44) 3649-0000

Preços e condições de financiamento válidos até 15/06/2018. Custo Efetivo Total (CET), calculado na data de 27/03/2018 a partir de 4,18% a.m. e 63,48% a.a, por meio do Programa Ford Credit. Não abrangem seguro, acessórios, documentação e serviços de despachante, manutenção ou qualquer outro serviço prestado pelo Distribuidor. Sujeito à aprovação de crédito. O valor de composição do CET poderá sofrer alteração, quando da data efetiva da contratação, considerando o valor do bem adquirido, as despesas contratadas pelo cliente e os custos de Registros de Cartórios variáveis de acordo com a UF (não inclusos no valor das parcelas e no cálculo da CET). Contratos de Financiamento e Arrendamento Ford Credit são operacionalizados pelo Banco Bradesco Financiamentos S.A. Valores válidos para cores sólidas. Frete incluso. Imagens meramente ilustrativas.

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