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“ O PAPEL DO LÍDER COM RESPONSABILIDADE SÓCIO AMBIENTAL NAS EMPRESAS” Mirian Stainsack Crozeta 1 RESUMO A grande concorrência existente hoje está demonstrando, tanto no país quanto no exterior, que se as lideranças das empresas não se prepararem para renovação, perderão competitividade. O desafio é conseguir desenvolver aos colaboradores, dando-lhes a oportunidade de fazer com que suas ideias se realizem e ao mesmo tempo também criar uma mentalidade que é possível inovar, criar, utilizar tecnologia de ponta, mas, sobretudo sem prejudicar o meio ambiente. A sustentabilidade abrange vários níveis da organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro. Até alguns anos atrás, acreditava-se que o líder empreendedor era inato, que nascia com um diferencial e era predestinado ao sucesso nos negócios. Pessoas sem essas características eram desencorajadas a empreender. O intraempreendedorismo é um sistema revolucionário para acelerar as inovações dentro de grandes empresas, através do uso melhor dos seus talentos empreendedores, inclusive no que diz respeito à sustentabilidade. É um sistema que oferece uma maneira saudável para se reagir aos desafios empresariais do novo milênio. Palavras-chave: Sustentabilidade, intraempreendedorismo, concorrência, competitividade INTRODUÇÃO O conceito de intraempreendedorismo foi estabelecido há duas décadas, mas as empresas não estavam dispostas a dar aos empregados a liberdade para criar e, consequentemente, errar. Além do mais não queriam arcar com os custos dos erros que inevitavelmente acontecem no percurso no que diz respeito aos cuidados com o 1 Acadêmica do Curso MBA em Gestão Estratégica de Pessoas – RH na Faculdade Opet.

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“ O PAPEL DO LÍDER COM RESPONSABILIDADE SÓCIO AMBIENTAL

NAS EMPRESAS”

Mirian Stainsack Crozeta1

RESUMO

A grande concorrência existente hoje está demonstrando, tanto no país quanto no exterior, que se as lideranças das empresas não se prepararem para renovação, perderão competitividade. O desafio é conseguir desenvolver aos colaboradores, dando-lhes a oportunidade de fazer com que suas ideias se realizem e ao mesmo tempo também criar uma mentalidade que é possível inovar, criar, utilizar tecnologia de ponta, mas, sobretudo sem prejudicar o meio ambiente. A sustentabilidade abrange vários níveis da organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro. Até alguns anos atrás, acreditava-se que o líder empreendedor era inato, que nascia com um diferencial e era predestinado ao sucesso nos negócios. Pessoas sem essas características eram desencorajadas a empreender. O intraempreendedorismo é um sistema revolucionário para acelerar as inovações dentro de grandes empresas, através do uso melhor dos seus talentos empreendedores, inclusive no que diz respeito à sustentabilidade. É um sistema que oferece uma maneira saudável para se reagir aos desafios empresariais do novo milênio.

Palavras-chave: Sustentabilidade, intraempreendedorismo, concorrência, competitividade

INTRODUÇÃO

O conceito de intraempreendedorismo foi estabelecido há duas décadas, mas

as empresas não estavam dispostas a dar aos empregados a liberdade para criar e,

consequentemente, errar. Além do mais não queriam arcar com os custos dos erros

que inevitavelmente acontecem no percurso no que diz respeito aos cuidados com o

1 Acadêmica do Curso MBA em Gestão Estratégica de Pessoas – RH na Faculdade Opet.

meio ambiente. Hoje esse conceito já está muito difundido e valorizado pelos lideres

nas organizações, havendo verdadeiras revoluções no sentido de preservar o

planeta.

O intraempreendedorismo é um sistema revolucionário para acelerar as

inovações dentro de grandes empresas, através do uso melhor dos seus talentos

empreendedores, inclusive no que diz respeito à sustentabilidade. É um sistema que

oferece uma maneira saudável para se reagir aos desafios empresariais do novo

milênio.

A grande concorrência existente hoje está demonstrando, tanto no país

quanto no exterior, que se as empresas não se prepararem para renovação,

perderão competitividade. O desafio é conseguir desenvolver aos colaboradores,

dando-lhes a oportunidade de fazer com que suas ideias se realizem e ao mesmo

tempo também criar uma mentalidade que é possível inovar, criar, utilizar tecnologia

de ponta, mas, sobretudo sem prejudicar o meio ambiente. A sustentabilidade

abrange vários níveis da organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.

Até alguns anos atrás, acreditava-se que o líder empreendedor era inato, que

nascia com um diferencial e era predestinado ao sucesso nos negócios. Pessoas

sem essas características eram desencorajadas a empreender. Hoje em dia, esse

discurso mudou e atualmente existe a certeza de que o processo da liderança

empreendedora pode ser ensinado e entendido por qualquer pessoa e que o

sucesso é decorrente de uma gama de fatores internos e externos ao negócio, do

perfil empreendedor e de como ele administra as adversidades que encontra no dia

a dia de seu empreendimento. No entanto o ensino de empreendedorismo ajudará

na formação de melhores intra – empreendedores (funcionários empreendedores), e

na maior geração de riqueza do país. Neste contexto surge o seguinte

questionamento de como se pode ter uma sustentabilidade organizacional num

modelo de gestão com responsabilidade sócio ambiental.

Ocorre que a tecnologia consiste no conhecimento adequado e nos

equipamentos à disposição do pessoal técnico pertencentes à empresa. Essa base

deve ser constantemente ampliada e revista e isso pode ser obtido de várias formas:

através de programas de pesquisa e desenvolvimento em andamento que permitam

incorporar conhecimentos adicionais pela experimentação; via contribuição dada por

elementos contratados que podem ser recém formados, que trazem para a empresa

o aprendizado universitário mais atualizado; pelo intercâmbio com clientes

importantes, laboratórios governamentais; licenciando tecnologia de terceiros, e

através de uma constante revisão e consulta à literatura especializada.

A oportunidade e a necessidade de inovação nas organizações é algo que

muitos lideres empresários estão buscando. Partindo por este principio o

intraempreendedorismo preenche uma lacuna deixado aberto por muitos anos

dentro das organizações, a sustentabilidade organizacional através do modelo de

gestão com interatividade total, é o sonho de toda organização que almeja o

crescimento da empresa, o qual criará um diferencial competitivo neste mundo

corporativo tão complexo na atualidade.

Discutir e pesquisar sobre as questões da cultura organizacional vem se

tornando presença constante na maior parte das atividades profissionais, não

apenas na parte administrativa. Não apenas um simples modismo, estudos nesta

área permitem uma maior compreensão das organizações além daqueles aspectos

abordados nas análises estruturais mais tradicionais.

É possível, por exemplo, através desses estudos, responder as razões porque

surgem tantas dificuldades aos processos de mudança que as organizações tentam

implantar no encalço da solução de problemas. Entende-se que valores,

aparentemente sem importância na organização, podem, quando analisados e

questionados, inviabilizar todo um trabalho bem planejado de reorganização. Sem

dúvida é um tema que merece atenção, e parece certo dizer que o interesse é de

consenso geral. Mas o interesse aumentou junto com o impulso de saciar as

expectativas dos acadêmicos, aceitando o desafio de explorar o assunto mais a

fundo.

Os empresários da atualidade são pessoas diferenciadas que possuem

motivação singular, apaixonados pelo que fazem e que não se contentam em ser

mais um na multidão, onde todos querem ser reconhecidos e admirados.

Uma organização que desenvolver a capacidade criativa com

responsabilidade sócio ambiental de seus colaboradores tem seu lugar de destaque

no meio, pela constante inovação e desenvolvimento de lideres em potencial.

Funcionário empreendedor, o líder que persegue este objetivo, trabalha

individual e coletivamente. Inova, identifica e cria oportunidades de negócios, monta

e coordena novas combinações de recursos para extrair os melhores benefícios de

suas inovações num meio incerto. Profissional com este perfil traz inovações à

empresa, tem certa dose de ousadia e soluciona de forma inusitada diversos

problemas corporativos. Para um empreendimento humano ser sustentável, tem de

ter em vista 4 requisitos básicos. Esse empreendimento tem de ser: ecologicamente

correto; economicamente viável; socialmente justo; e culturalmente aceito.

Diante do que foi exposto, pretende-se, como objetivo geral, demonstrar a

viabilidade da sustentabilidade organizacional com um modelo de gestão com

interatividade total.

Especificamente, procura-se demonstrar que as inovações envolvem uma

interatividade total da organização, e trazem benefícios tanto para organização,

como para a sociedade. Ainda, é fundamental, no presente estudo, avaliar a

necessidade de mudanças no sistema de gestão tradicional, bem como propor um

modelo ideal de sustentabilidade no contexto do intraempreendedorismo.

Para realização deste estudo será utilizada a pesquisa bibliográfica. Minayo

(1993, p.245) define o objeto da pesquisa qualitativa como sendo “... o nível dos

significados, motivos, aspirações, atitudes, crenças e valores, que se expressa pela

linguagem comum e na vida cotidiana”. A presente pesquisa é de natureza holística

e naturalística, ou seja, preocupa-se com o individuo, seu ambiente em toda a sua

complexidade, sem impor limitações ou controle ao pesquisador. (POLIT E

HUNGLER, 1995).

1 ADMINISTRAÇÃO GERAL, EMPREENDEDORISMO E A INDUSTRIALIZAÇÃO

De acordo com Moscovici (1994), as primeiras indústrias brasileiras nasceram

na época "entre guerras", com nível tecnológico simples, produzindo bens no setor

alimentício, têxtil, mecânico, metalúrgico e químico. Normalmente dirigidas por

engenheiros recém-formados, ignoravam as doutrinas de administração e se

preocupavam basicamente com a conquista do mercado, tecnologia e produção,

sem muito envolvimento com as necessidades do meio ambiente. Apesar da

inexperiência, e das multinacionais instaladas em território nacional, tais empresas

sobreviveram, porém, muitas vezes com prejuízo ao meio ambiente.

Contudo no início dos anos 50, surgiu a necessidade de aprendizagem

administrativa entre os dirigentes, nascendo da nova postura a indústria

automobilística nacional (1957-73), com avanço tecnológico e prosperidade

generalizada.

Para enfrentar a nova situação surgiu as faculdades de administração que

difundiram teorias usadas por empresas estrangeiras.

Na modernidade, todavia, as empresas têm procurado se utilizar das teorias e

seguir à risca um controle de qualidade e produção que ajudem a garantir sua

sobrevivência no mercado.

Ver a empresa como um organismo complexo, leva a uma análise do que

ocorre tanto no plano individual quanto organizacional, obrigando-se a reconhecer a

atuação da empresa como um todo que abrange a identidade da pessoa que

trabalha, seus sentimentos e suas necessidades, frente à identidade da empresa e

seu patrimônio.

Esta relação implica na necessidade de uma fundamentação bastante sólida

no que diz respeito aos programas de treinamento e desenvolvimento do pessoal, já

que este tem que estar em harmonia com a empresa.

De acordo com Boog (1994), foi necessária uma mudança na forma

tradicional de gerir pessoas nas organizações, deixando-se de colocar um foco

utilitário nas pessoas e seus talentos. O autor lembra que a área de recursos

humanos, isto é, de talentos humanos deve ter uma estrutura reduzida, apontando

os três pecados da área:

• "complicômetro": a tendência de buscar a autovalorização, complicando

as soluções que seriam simples de outra forma;

• tempo de resposta: quase uma consequência do "complicômetro", uma

vez que essas soluções elaboradíssimas dificilmente atendem ao crono-

grama do usuário;

• muito tempo em sala de aula: denota a tendência do profissional de

T&D em não conhecer de perto a realidade de trabalho das pessoas

que ele deve dar apoio. (BOOG, 1994, p.11)

Conforme se pode perceber, os novos paradigmas holísticos alteraram as

ações do pessoal, trazendo enormes desafios aos profissionais da área.

À procura de soluções pode-se recorrer ao estudo das visões sobre as

organizações. A maior parte das soluções é bem conhecida, mas uma em especial

tem-se revelado uma excelente âncora para conduzir processos de mudança de

forma eficaz.

A figura 1 diferencia tudo o que existe dentro de uma empresa em quatro

níveis qualitativamente diferentes:

Figura 1

Quatro Atividades Essenciais

Fonte: BOOG, 1994

Figura 2

Representação da Visão Holística

Fonte: BOOG, 1994.

Como se pode perceber pela análise da figura 2, uma empresa eficiente

deve se esmerar no nível dos recursos e dos processos, e o melhor a se obter é a

manutenção e melhoria ou inovação, para recursos e processos, respectivamente.

Além de cuidar de recursos e processos, também se deve dar atenção ao nível das

relações entre as pessoas, visto que é somente no âmbito da relação que o

indivíduo se desenvolve. Ainda, é indispensável que se trabalhe no processo de

mudança na esfera da identidade, onde as transformações ou processo de mudança

tem origem.

Estes conceitos, não podem estar em harmonia, segundo Boog (1994), se

a equipe de direção da empresa não estiver engajada com os processos de

transformação que a empresa precisa passar naturalmente.

Qualquer processo de mudança inicia na consciência da sua necessidade

sentida por uma ou mais pessoas do nível de identidade da organização. Essas

pessoas são, a princípio, os donos do processo.

2 INTRAEMPREENDEDORISMO, QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO, O

AMBIENTE NO TRABALHO E RESPONSABILIDADE SOCIAL

2.1 INTRA-EMPREENDEDORISMO

O conceito de intraempreendedorismo é citado como um sistema

revolucionário para acelerar as inovações dentro de grandes empresas, através do

uso melhor da liderança dos empreendedores, inclusive no que diz respeito à

sustentabilidade. É um sistema que oferece uma maneira saudável para se reagir

aos desafios empresariais do novo milênio (GASALLA, 2009).

A grande concorrência existente hoje está demonstrando, tanto no país

quanto no exterior, que se as empresas não se prepararem para renovação,

perderão competitividade. O desafio é conseguir desenvolver colaboradores, dando-

lhes a oportunidade de fazer com que suas ideias se realizem e ao mesmo tempo

também criar uma mentalidade que é possível inovar, criar, utilizar tecnologia de

ponta, mas, sobretudo sem prejudicar o meio ambiente. A sustentabilidade abrange

vários níveis da organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.

Até alguns anos atrás, acreditava-se que o líder empreendedor era inato, que

nascia com um diferencial e era predestinado ao sucesso nos negócios. Pessoas

sem essas características eram desencorajadas a empreender. Hoje em dia, esse

discurso mudou e atualmente existe a certeza de que o processo empreendedor

pode ser ensinado e entendido por qualquer pessoa e que o sucesso é decorrente

de uma gama de fatores internos e externos ao negócio, do perfil empreendedor e

de como ele administra as adversidades que encontra no dia a dia de seu

empreendimento. No entanto o ensino de empreendedorismo ajudará na formação

de melhores lideres, e na maior geração de riqueza do país. (GASALLA, 2009).

Ocorre que a tecnologia consiste no conhecimento adequado e nos

equipamentos à disposição do pessoal técnico pertencentes à empresa. Essa base

deve ser constantemente ampliada e revista e isso pode ser obtido de várias formas:

através de programas de pesquisa e desenvolvimento em andamento que permitam

incorporar conhecimentos adicionais pela experimentação; via contribuição dada por

elementos contratados que podem ser recém formados, que trazem para a empresa

o aprendizado universitário mais atualizado; pelo intercâmbio com clientes

importantes, laboratórios governamentais; licenciando tecnologia de terceiros, e

através de uma constante revisão e consulta à literatura especializada.

A oportunidade e a necessidade de inovação nas organizações é algo que

muitos lideres estão buscando. Partindo por este principio o intraempreendedorismo

preenche uma lacuna deixado aberto por muitos anos dentro das organizações, a

sustentabilidade organizacional através do modelo de gestão com interatividade

total, é o sonho de todo líder que almeja o crescimento da empresa, o qual criará um

diferencial competitivo neste mundo corporativo tão complexo na atualidade.

Discutir e pesquisar sobre as questões da cultura organizacional vem se

tornando presença constante na maior parte das atividades profissionais, não

apenas na parte administrativa. Não apenas um simples modismo, estudos nesta

área permitem uma maior compreensão das organizações além daqueles aspectos

abordados nas análises estruturais mais tradicionais.

É possível, por exemplo, através desses estudos, responder as razões porque

surgem tantas dificuldades aos processos de mudança que as organizações tentam

implantar no encalço da solução de problemas. Entende-se que valores,

aparentemente sem importância na organização, podem, quando analisados e

questionados, inviabilizar todo um trabalho bem planejado de reorganização. Sem

dúvida é um tema que merece atenção, e parece certo dizer que o interesse é de

consenso geral. Mas o interesse aumentou junto com o impulso de saciar as

expectativas dos acadêmicos, aceitando o desafio de explorar o assunto mais a

fundo.

Dentro de um processo onde as mudanças são planejadas, existe a

necessidade de conhecer e adotar novos conceitos e paradigmas de gestão, o que

exige novos conhecimentos por parte de todas as pessoas envolvidas no processo.

Tabela 1 - Paradigmas em conflito

Paradigma Tradicional Paradigma HolísticoA empresa é uma máquina e as pessoas, as engrenagens.

Estruturas funcionais de grande porte.

No mundo dos negócios, a abertura e a franqueza são secundárias.

A competição é a mola que move a empresa.

Só o topo da empresa deve conhecer as estratégias e metas. Segredo.

Os gerentes são as cabeças que planejam.Os trabalhadores são os corpos e apenas executam.

Delegar é perder poder.

Um bom gerente deve ser antes de tudo um bom técnico.

Linha de produção.

Eficiência acima de tudo.

Impessoal e burocrática.

Organograma "afilado" (muitos níveis hierárquicos).

Lealdade a "feudos".

A produção é o centro.

Qualidade é centrada no produto e responsabilidade do Controle de Qualidade.Centralize tudo e estabeleça conflitos.Os melhores vencerão.

Estilo centralizado e diretivo.

Comunicação em um sentido (de cima para baixo).

O dinheiro é o motivador máximo das pessoas.

Primeiro eu, depois o grupo.

Devo resolver problemas.

Se eu ganho, alguém perde.

A empresa é um sistema dinâmico e orgânico.

Estruturas de unidades de negócio.

Abertura e a franqueza são as bases do sucesso.

A cooperação é a mola que move a empresa.

Todo pessoal chave participa e conhece as estratégias e metas. Transparência.

Todos têm cabeça e corpo, que devem ser integrados.

Delegar é ganhar poder.

Um bom gerente tem habilidades técnicas, humanas e conceituais.

Células de trabalho.

Flexibilidade acima de tudo.

Estrutura baseada em pessoas.

Organograma "achatado" (poucos níveis hierárquicos).

Lealdade ao sistema global.

O cliente é o centro.

Qualidade é global e responsabilidade de todos.Descentralize e estabeleça um bom espírito de equipe. O grupo vence.

Estilo descentralizado e participativo.

Comunicação em todos os sentidos.

A motivação vem do atendimento às necessidades.

Equilíbrio entre o grupo e eu.

Devo capitalizar oportunidades.

Todos podemos ganhar.

O passado deve ser protegido.

Aqui aprendemos o jeito de ganhar dinheiro. Não se mexe em time que está ganhando.

Intuição não vale muito. O bom é a lógica racional.

Lucro acima de tudo e, se possível, a curto prazo.

O lucro vale mais que preservar o meio ambiente.

Tem gente que cuida por nós da Gerência de RH.

Recursos Humanos.

Paternalismo.

Cargos estreitos e carreira curta.

O futuro deve ser buscado.

Estamos sempre abertos a rever nossos produtos, serviços e formas de agir.

Lógica e intuição valem muito.

Cliente acima de tudo. O lucro vem como decorrência.

Lucratividade e meio ambiente são compatíveis.

Todo Gerente é também um Gerente de Pessoas.

Talento e Seres Humanos.

Profissionalismo.

Cargos amplos e carreira longa.

Fonte: BOOG, 1994, p.4-6.

Conforme esquematizado na Figura acima as estratégias de mudanças

referem-se primeiramente aos aspectos qualitativos da empresa em termos de

liderança, comunicações, participação entre outros. É importante que a equipe de

direção tenha uma visão futura dos aspectos qualitativos da empresa, visão esta

cristalizada na intenção do grupo, a ser passada e discutida com todos os escalões

da empresa no sentido de validá-la e transformá-la em um "instrumento referencial

para conduzir o processo de mudança nos aspectos qualitativos", principalmente no

que diz respeito à sustentabilidade, que é representada na responsabilidade social

da empresa. (BOOG, 1994, p.60)

Tabela 2 - OBJETIVOS DA SUSTENTABILIDADE

Mudança do Conhecimento

Mudança de Atitude

Mudança na Habilidade

Mudança no Desempenho do

Trabalho

Mudança nos Resultados -

Fins Operacionais

Características dos

Participantes

Suficiente motivação

Atitudes flexíveis da parte dos participantes

Integração com o assunto a ser

aprendido

Hábitos não conflitantes ou

traços de personalidade

Esforço do Aprendizado

Métodos de instrução diretos

(instrução programada,

filmes, conferências, leituras, etc.)

Instrução competente

Discussões das aplicações no

trabalho e benefícios pessoais

Prática de habilidades desejadas

Treinamento corretivo (terapia)

p/corrigir hábitos indesejáveis e

padrões de comportamento

Oportunidade para prática no trabalho

de habilidades recém-adquiridas

Clima de Liderança

Atitude neutra ou positiva do superior em direção ao

desenvolvimento

Atitudes e exemplos do

superior consistente com

mudança desejada

Acompanhamento, aconselhamento, e revisões periódicas

de desempenho pelo superior,

consistente com desempenho

desejado

Avaliação de desempenho pelo superior: baseada

nas práticas ensinadas na fase

de aprendizado

Clima Organizacional

Metas, filosofia de alta

administração e políticas

consistentes com fases de

aprendizado

Filosofia, práticas e precedentes dos

executivos ligados e elaboração de

políticas consistentes com

desempenho gerencial desejado

Alta administração

c/apoio e interesse ativo no desenvolvimento

Sistema de incentivos

projetados para recompensar as

praticas ministradas na

fase de aprendizado

Cultura Organizacional

Condições culturais e

crenças sociais consistentes com

atitudes desejadas

Regras e padrões do grupo informal consistentes com

mudanças desejadas

Atitudes positivas dos empregados e grupo informal

em direção a mudanças desejadas

Fonte: Elaboração do autor, baseado em BOOG, 1991, p.280.

2.4 A SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL

De acordo com Luiz Carlos Merege (2009, p. 1), a “sustentabilidade

organizacional identifica-se com a função de gestão e é onde temos atualmente a

maior atenção com relação a formação de dirigentes do terceiro setor em nosso

país.”

De fato, ultimamente multiplicaram-se os cursos e programas de capacitação

voltados para esta temática, onde se oferecem cursos de especialização e já

existem projetos de cursos de mestrado nessa área.

Ocorre que o desenvolvimento do conhecimento na área de gestão tem sido

“fundamental” (MEREGE, 2009, p. 1) para o crescimento das organizações no que

diz respeito às suas possibilidades de ofertar mais serviços e atendimento ao seu

público.

As organizações se conscientizaram da necessidade de profissionalizar sua administração e muitos dirigentes buscaram aprimorar sua formação como gestores. A sustentabilidade institucional refere-se ao que se considera o fa-tor mais estratégico...que é exatamente o seu posicionamento frente aos ou-tros dois setores: o Estado e o setor privado. Nesse caso o papel da lide-rança.(MEREGE, 2009, p. 1).

Figura 3

O Desafio da Sustentabilidade

Fonte: AYE, 2009.

Em outras palavras, a sustentabilidade institucional se faz através da lide-

rança que consegue explorar o seu ambiente socioeconômico, focar suas energias

em uma causa, mobilizar colaboradores e a comunidade e inspirar outros a lutarem

por valores e princípios que possam melhorar a qualidade de vida em nosso país.

Figura 4 – Necessidades Humanas

Fonte: Elaboração do autor baseada em MASLOW, 1943.

Para Sima (1994), a situação das indústrias não é fácil. Estas passam por

uma fase de automação, na qual são atribuídas as tarefas mais simples e repetitivas

às máquinas, exigindo dos seus empregados um conhecimento mais amplo e

CRESCIMENTO DO SER HUMANO

NECESSIDADES

HUMANAS

(simultâneas)

SAÚDE MENTAL

AUTORREALIZAÇÃO Desenvolvimento do

próprio potencial

ESTIMAAutoconfiança eindependência

SOCIAISAceitação, amizade,

associação

SEGURANÇA ECONÔMICA

Proteção da família

FISIOLÓGICASSobrevivência,

alimentação

SAÚDE ESPIRITUAL

diversificado. Assim, também, está mudando a concepção de satisfação no trabalho,

cedendo lugar às atividades que garantam uma maior satisfação no processo

produtivo e exija menor esforço físico e maior esforço mental. Desta forma, a

estrutura proposta por Taylor, perde cada vez mais seu lugar, dando passo a um

trabalho mais humano e evolutivo aos trabalhadores.

Assim, segundo Vieira (1990), práticas mais participativas, maior

descentralização das decisões, desenhos organizacionais menos rígidos e redução

de níveis hierárquicos, são elementos condutores a uma melhoria nas relações de

trabalho. Isto significa melhorar a qualidade de vida no trabalho (QVT).

Segundo Nadler & Lawler (1983), QVT

(…) é um modo de pensar sobre as pessoas, t rabalho e organizações. Seus elementos dist intos são: 1) preocupação sobre o impacto do t rabalho sobre as pessoas, e a efet ividade organizacional, 2) a ideia de part ic ipação na solução de problemas organizacionais e tomada de decisão.

Este conceito retrata a necessidade de se contribuir para a compreensão dos

fatores que interferem no trabalho e suas consequências sobre o homem e o meio

ambiente.

Macedo (1993) afirma que a participação na resolução de problemas,

reestruturação do trabalho, sistemas de compensação inovadores e melhoria no

ambiente de trabalho, buscam criar um envolvimento ótimo entre os empregados e a

organização, o que se traduz em um nível maior de satisfação e motivação, onde

seja atingida a efetividade organizacional e preservada a saúde do sistema.

O conceito de qualidade de vida no trabalho é a aplicação concreta de uma

filosofia humanista, pela introdução de métodos participativos, visando a modificar

um ou diversos aspectos do meio do trabalho, afim de criar uma situação nova, mais

favorável à satisfação dos empregados e a produtividade da empresa (CARVALHO,

1988). Dubois et al (1980), defendem que a QVT, baseia-se em certos fatores que

promovem o bem-estar à mobilização do pessoal, incluindo elementos

organizacionais, ambientais e comportamentais. Em relação aos fatores

comportamentais, pode-se citar os ligados à autonomia, responsabilidade,

variedade, consideração, relacionamento e participação, sendo este último fator

considerado o de maior importância para que o indivíduo sinta-se envolvido com a

empresa, refletindo isto no seu desempenho e produtividade.

Além da concordância e boa intenção de todos os participantes de uma

empresa, Carvalho (1988) ressalta que é necessário desenvolver a competência

técnica. Deste modo, o treinamento de todos é fundamental para a participação.

Entretanto, Costa (1994), afirma que no Brasil, apenas 0,1% dos operários

apresentam sugestões para melhor qualidade no trabalho, no que diz respeito à

segurança, à saúde, e às relações entre patrão e empregado. No Japão, 95% dos

empregados colaboram com sugestões. A média mundial é de 60%. Estes

percentuais revelam, comparativamente, como o país está incipiente em termos de

participação no processo de implantação de qualidade.

Outrossim, observa-se que o desempenho da indústria brasileira está abaixo

do padrão mundial. No Brasil, a grande maioria das empresas não se preocupa com

a qualidade do meio ambiente, investe menos de 1% das horas trabalhadas pelo

empregado durante o ano em Educação Ambiental. Já no Japão, os empregados

passam, em média, 10% do tempo de trabalho em treinamento, sendo a média

mundial de 3% (COSTA, 1994). A liderança com responsabilidade sócio ambiental

tem como objetivo central gerar uma organização mais humanizada para, através

dela, resultar uma relação entre capital e trabalho não conflitantes, mas sim

cooperativa (VIEIRA, 1990).

Na sociedade progressista existe um interesse cada vez maior sobre

"sustentabilidade", principalmente no setor empresarial, uma vez que para a

obtenção do certificado de "qualidade total", faz-se necessário proporcionar saúde,

segurança e um nível de satisfação no trabalho, apoiado pela Norma

Regulamentadora 17 (NR17), publicada em 1978, e modernizada em 1990. Ela

busca estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho

às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar

conforto, segurança e desempenho eficiente, obrigando o mapeamento ergonômico

de toda a empresa no sentido de garantir cuidados com o meio ambiente.

Segundo a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) (1995), nos

Estados Unidos, as 500 maiores empresas têm programas estruturados de

qualidade de vida voltados para disseminar um estilo de vida saudável entre os

funcionários, especialmente no que diz respeito ao respeito com a ecologia, e pelo

menos 80% das companhias americanas desenvolvem algum tipo de ação neste

sentido. As empresas estão percebendo que é impossível falar em qualidade total

sem investir na qualidade de vida de seus colaboradores, que está relacionada ao

ambiente saudável. Essa tendência não é limitada ao universo empresarial. Há uma

forte demanda para melhorar a qualidade de vida, e a promoção da saúde no mundo

inteiro, não somente no sentido de assistência médica, mas sim no sentido de

prevenir doenças (OMS,1994).

Segundo Caldas (1995), a forma como as organizações alocam recursos para

a manutenção e o desenvolvimento de seus recursos humanos e ambientais, é de

extrema importância. Manter o meio ambiente saudável está diretamente ligado à

performance da companhia. Porém, este não é um processo que se instale

rapidamente. Como toda a ação educativa, necessita de um tempo para ser

assimilado. A implantação de programas de qualidade de vida ambiental deve seguir

padrões essenciais de qualidade: comprometimento de alta cúpula, definição clara

da filosofia e dos objetivos, avaliação das necessidades internas, coordenação de

profissionais qualificados, ações de marketing, sistemas eficientes de operação e

administração, procedimentos de avaliação e sistemas de comunicações eficientes.

Bem como, ressaltar a importância de uma cultura que busca desenvolver hábitos e

atitudes saudáveis e que esta se torne familiar no dia a dia da empresa, oferecendo

uma melhor qualidade de vida e promovendo a saúde.

A 20ª Conferência Internacional do National Wellness Institute, realizada em

1995 nos Estados Unidos, analisou a experiência das grandes empresas

americanas nos últimos 18 anos, e os principais pontos observados foram os

seguintes (ABQV, 1995):

a) qualidade de vida faz parte hoje da estratégia das organizações;

b) antes de implantar programas de sustentabilidade é preciso diagnosticar

as necessidades, prioridades, metas e desenvolvimento dos objetivos a

serem atingidos;

c) o sucesso dos programas depende do comprometimento das lideranças;

d) os resultados devem ser mensurados, assim como o grau de envolvimento

e satisfação;

e) os programas devem envolver também as famílias, não apenas os traba-

lhadores;

f) é preciso reconhecer as limitações para a implantação dos programas;

g) a ênfase deve ser para a educação e a conscientização; cada indivíduo é

responsável;

h) entusiasmo e autenticidade na comunicação são indispensáveis para se

obter a adesão ao programa, e disseminar a consciência da saúde do

meio ambiente;

i) é fundamental que as áreas relacionadas à saúde desenvolvam um traba-

lho integrado;

j) investir em assistência preventiva;

k) os gastos com promoção de saúde e prevenção de doenças relacionadas

à poluição representam de 1,5% a 2% do custo com assistência curativa.

3 A SUSTENTABILIDADE EM CURITIBA

Assim como tantas cidades no Brasil já adotaram o modelo que Curitiba criou

pioneiramente, ao fechar ruas aos veículos para devolvê-las ao pedestre, muitas

outras cidades e até mesmo os condomínios e edifícios residenciais praticam hoje a

coleta seletiva do lixo.

Com mais de um milhão e meio de habitantes, Curitiba produz diariamente

950 toneladas de lixo doméstico, 350 toneladas de lixo industrial, 100 toneladas de

resíduos de jardins e da poda de árvores e 20 toneladas de lixo hospitalar. No início

de 1989, o único aterro existente na cidade para a disposição de lixo estava

saturado, ou, pior ainda, com a vida útil no estágio final. A abertura de novo aterro

dependeria de um relatório de impacto ambiental que não demoraria menos de seis

meses.

As soluções convencionais - soluções antiecológicas como os aterros e

soluções antieconômicas como as caríssimas usinas de reciclagem - não chegariam

a tempo. De novo, era preciso inventar:

Sabia-se que de todo o lixo domiciliar, pelo menos 40% eram materiais

recicláveis: papel, papelão, vidro, plásticos e metais. Muitas usinas, hoje, separam

esses materiais, manualmente, mecanicamente e até eletromagneticamente, com

equipamentos tão simples quanto a mão humana e tão complexos quanto esteiras

mecânicas e campos magnéticos. A invenção de Curitiba foi inventou foi

simplesmente a seleção manual prévia, a domicílio. Muito mais fácil e muito mais

lógico que juntar tudo indiscriminadamente e, depois, separar o reciclável do

inaproveitável, seria evitar essa mistura, essa lata de lixo única inicial.

Assim, começou o programa "Lixo que não é Lixo", já em outubro de 1989,

depois de uma campanha de esclarecimento e sedução que atingiu todos os quase

400 mil domicílios da cidade. A campanha mostrou, por exemplo, que a reciclagem

de 50 quilos de papel usado evita o corte de uma árvore; que um quilo de vidro

quebrado pode produzir praticamente um quilo de vidro novo - e assim por diante.

Hoje, Curitiba economiza, por dia, cinco bosques de porte médio, mil árvores

ao todo, só com a reciclagem de papel usado. Em apenas um ano, o papel reciclado

a partir dessa seleção domiciliar prévia correspondia a 650 mil árvores. Ao mesmo

tempo, o novo aterro sanitário, para o lixo não reciclável, teve sua vida útil duplicada,

porque recebe muito menos lixo do que se esperava.

Mas o maior sucesso do programa é que Curitiba é a cidade do mundo de

maior índice de participação de seus moradores na coleta seletiva de lixo, um

modelo para qualquer comunidade e para qualquer economia autossustentada.

(PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA, 1992, p.116-7)

Responsável pela coleta, limpeza e destinação final do lixo de Curitiba, o

Departamento de Limpeza Pública utiliza companhia especializada em coleta do lixo,

sendo a mais renomada a Lipater, que atuava em 1984.

O Departamento é responsável pelo recolhimento do "Lixo que não é Lixo" e

pela compra do lixo nas favelas - um programa que paga com vales-transporte os

resíduos recolhidos em áreas de difícil acesso para os caminhões. Também faz a

coleta dos resíduos domésticos e recolhe e dá destino final diferenciado ao lixo

hospitalar.

No Brasil, de modo geral, os serviços de limpeza pública só recolhem os

resíduos domésticos. Em Curitiba, o Departamento de Limpeza Pública coordena

cerca de 2.200 coletas mensais de 1.600 toneladas de resíduos vegetais e entulhos.

As seis administrações regionais da Prefeitura encarregam-se de identificar

as propriedades em situação irregular, notificando os donos. Se a limpeza não é

feita, o Departamento de Controle e Pesquisa Ambiental da Secretaria Municipal do

Meio Ambiente determina a limpeza e autoriza a inscrição do faltoso na dívida ativa,

para ressarcimento do serviço realizado pela Prefeitura.

O plano de coleta de resíduos domésticos foi redimensionado em 1989. De 74

setores da cidade, o novo plano passou a contemplar 98, atendendo em dias

alternados, sempre três vezes na semana, todas as regiões da zona urbana.

Elaborou-se em 1992 um projeto que permitiu o recolhimento do lixo

contaminado em diversos lugares onde se armazena lixo hospitalar. Isso aconteceu

porque observou-se que aproximadamente 800 estabelecimentos geravam de 4 a 5

toneladas deste lixo.

São importantes ainda, para o meio ambiente e a qualidade de vida, os

trabalhos de limpeza das vias públicas.

Na área central, 28 quilômetros quadrados são varridos manualmente todos

os dias por aproximadamente 415 garis. Aos sábados e domingos, o serviço é

mantido por cerca de 50 trabalhadores. A partir do núcleo central, 60 quilômetros

quadrados sofrem varrição mecânica, pelo menos uma vez por semana, realizada

por motovarredeiras. Em dois turnos, caminhões-pipas lavam leitos de ruas,

calçadas, calçadões, Mercado Público Municipal, zonas de feiras livres, cobertura de

pontos de ônibus e de táxis.

Com equipe própria, o Departamento de Limpeza Pública usa pá carregadeira

e caminhões para remover até 500 metros de entulho por mês dos passeios e áreas

de domínio público.

Todo o resíduo doméstico é acomodado segundo as mais modernas normas

técnicas no Aterro Sanitário da Caximba, uma área de 46 hectares (desapropriada

em 1988), e que desde 89 recebe o lixo de Curitiba. Com uma vida útil prevista de

15 anos, a Caximba deve ganhar uma boa sobrevida em função do uso de um

compactador e da sensível redução no volume dos detritos obtida pela separação

doméstica do lixo reciclável.

Os resíduos hospitalares são dispostos em valas sépticas de três metros de

largura por três de profundidade. O terreno altamente impermeável e a localização

do lençol freático a 12 metros de profundidade garantem a proteção do meio

ambiente.

Por sua vez, os resíduos vegetais e entulhos são acomodados numa área

própria para aterro. O futuro reserva para esse material a composição de adubo

orgânico de boa qualidade.

Curitiba, no início de 1989, se viu tendo que encarar, de frente, 700 toneladas

diárias de lixo e nenhuma área preparada para recebê-las.

A solução durante alguns meses foi depositar o lixo na divisa com o município

de São José dos Pinhais, localizado na região metropolitana de Curitiba.

Foi feito um acordo entre as Prefeituras prevendo o uso temporário do aterro

sanitário do Barro Preto.

Em seguida foi ativado um novo aterro, chamado Aterro Sanitário da Caximba

- local que ocupa uma área total de 46 hectares, sendo que 25 hectares são usados

para a deposição do lixo.

O local possui uma cortina vegetal de 50 metros de largura para proteger as

áreas vizinhas. Construído dentro das especificações mais modernas, o aterro

cumpre todas as exigências para redução do impacto sobre o meio ambiente, sendo

dotado também de infraestrutura para proteção das águas pluviais.

A impermeabilização de fundo impede qualquer contaminação do lençol

freático. O terreno, totalmente drenado, leva o percolado ou chorume para um

condutor principal e para um sistema de tratamento, o aterro possui, ainda,

tubulação vertical para saída de gases.

Formado por 6 células com 11 camadas de 4 metros de altura cada uma, o

Aterro da Caximba tem uma vida útil prevista de 15 anos. Isso significa que dentro

desse período precisará ser encontrada uma área e preparada para receber o lixo

que continuará a crescer na mesma velocidade do crescimento da cidade.

Implantado em outubro de 1989, o programa "Lixo que não é Lixo"

desencadeou uma série de iniciativas no que diz respeito à proteção ambiental, à

educação ambiental e à melhoria da qualidade de vida.

Começou a se corrigir o desperdício, com a inutilização de materiais como

papel, papelão, vidro, metais, plásticos e tecidos, que poderiam ser totalmente

reaproveitados.

A obra Memória da Curitiba Urbana esclarece que a campanha de

esclarecimento foi importante.

Aliada à educação ambiental nas escolas da rede municipal, a informação à

criança mostrou o que Curitiba podia fazer com seu lixo: "um terço do lixo

classificado como reciclável passou a ser recolhido uma vez por semana nos bairros

e diariamente no centro da cidade, por caminhões especiais - fechados".

Neste contexto, uma única organização difere em sua maneira de lidar com a

reciclagem, conforme procura-se mostrar abaixo.

3.1 ALGUMAS INICIATIVAS

O Shopping Palladium iniciou a divulgação de um processo único de gestão

do lixo. Até mesmo o lixo orgânico, será totalmente reciclado. A administração afirma

que a iniciativa do Palladium é pioneira no Brasil, pois o empreendimento, que já

tinha o processo de reciclagem de resíduos sólidos, é o primeiro shopping a receber

o selo “Eco Lixo Zero”, do Instituto Ambiental do Paraná. É informado ao público

que, com o fim de gerenciar o lixo, o Palladium instalou um tanque metálico de 7.500

litros, onde todo o lixo orgânico é despejado. Já o material reciclável é armazenado,

temporariamente, em um contêiner metálico e segue para novo processo de limpeza

e reciclagem. O resíduo orgânico misturado é levado diretamente para a granja de

engorda de suínos em Araucária, da empresa Abdalla Ambiental, que é responsável

pelo projeto. Nesta granja existem 1800 suínos para engorda, sendo que projeto

prevê a ampliação para seis mil suínos. O detalhe interessante fica por conta do fato

que não há qualquer contato manual com os resíduos orgânicos, que são

transportados por mangueiras em tubulações subterrâneas e depois são aquecidos

a 90 graus por 20 minutos. É explicado que tal processo permite a eliminação de

bactérias e outros micro-organismos que possam prejudicar os suínos. O

aquecimento da caldeira é feito também por material reciclável. As caixas de

madeira, que embalam as frutas e verduras, são queimadas, produzindo o calor

necessário. É citado também pelos administradores que no primeiro mês de testes

do programa, o Shopping Palladium reciclou cerca de 90 toneladas de lixo orgânico.

Agora, a proposta do empreendimento é iniciar uma grande campanha de

conscientização, para funcionários, lojistas e comunidade, sobre a importância da

reciclagem do lixo para a preservação ambiental.

O Mercado Condor da Rua Prefeito Ângelo Lopes possui as devidas latas de

lixo para reciclagem, porém, a Administração explica que não é dado o devido

destino ao lixo em questão, de maneira que ele é recolhido pelo caminhão de lixo

comum ou então pelos famosos catadores de papel, latinhas, etc.

Não existem sacolas recicláveis, elas são de plástico normal.

Contrariando esta informação, a notícia da Gazeta do Povo continha a

seguinte informação:

Com a aproximação do prazo limite para que os grandes geradores – estabelecimentos que produzem pelo menos 600 litros de resíduos por semana – deixem de depositar o lixo na Caximba, soluções baseadas em ideias simples começam a aparecer. É o caso de um projeto idealizado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e desenvolvido pela empresa Abdalla Ambiental, implantado em seis lojas da rede de Supermercados Condor e no Shopping Palladium. A técnica, considerada simples e econômica, passou por um período de testes e pode servir de base para outros grandes geradores, que só podem usar a Caximba até o próximo dia 15. O processo se baseia em um modelo da Holanda e consiste basicamente na separação criteriosa do lixo orgânico. Os resíduos são levados a um triturador e, em seguida, despejados em um misturador, que mantém a “mistura” em constante movimento. Mais tarde, o produto é levado a uma estufa – aquecida a 90ºC, seguindo a legislação – com o objetivo de eliminar possíveis bactérias e micro-organismos. Depois do processo, essa espécie de “lavagem” é usada como ração para suínos em uma granja de posse da Abdalla Ambiental. E as embalagens são recicladas. “É a solução para a geração dos resíduos orgânicos, porque tudo pode ser aproveitado no processo”, afirma Pedro Joanir Zonta, presidente do grupo Condor. (BOREKI, Vinicius, Gazeta do Povo, 10/4/2009)

Como se pode perceber, de acordo com o presidente do IAP, Vitor Hugo

Burko, a parceria entre iniciativa privada e órgão público representa grande avanço

na questão da sustentabilidade. “O IAP não pode apenas fiscalizar e punir. É preciso

encontrar meios e tecnologias que possam auxiliar o meio ambiente”, opina.

Ademais, conforme o secretário estadual de Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, a

eficiência do projeto pode significar um ganho de qualidade no tratamento do lixo.

“Esse lixo ia para um aterro sanitário e precisava de uma série de cuidados. Agora,

tem destinação, deixando de gerar odor, chorume e gás metano”, afirma a

reportagem.

Conforme o secretário, citado no jornal, as cidades do Paraná construíram

148 aterros em 12 anos. Desse total, 136 se transformaram em “lixões”. “Esse é o

investimento certo, porque diminui o impacto ao meio ambiente”, diz. Conforme

dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, cerca de 60%

dos resíduos destinados aos aterros são orgânicos. Em países desenvolvidos, o

porcentual se aproxima dos 30%. “Essa diferença significa que depositamos muitas

vitaminas, proteínas, que poderiam ser aproveitadas, no lixo”, diz.

Além da prevenção dos danos ambientais – difícil de se medir economicamente falando –, o investimento para a implantação do processo não é alto: R$ 4 milhões, incluindo compra de máquinas e tratamento de funcionários no caso do Condor. Hoje, seis dos 19 supermercados de Curitiba e Região Metropolitana adotaram a técnica (o grupo tem outras oito lojas). O objetivo é estender o projeto a todas as lojas, evitando que 20 toneladas diárias de resíduos orgânicos sejam despejadas no aterro da Caximba. Desde o mês passado, o Shopping Palladium, com a mesmo procedimento, deixou de depositar 96 toneladas de resíduos por mês. . (BOREKI, Vinicius, Gazeta do Povo, 10/4/2009)

O Four Points by Sheraton Curitiba, administrado pela Atlantica Hotels

International, reciclou no mês de fevereiro mais de uma tonelada de lixo, entre papel,

vidros, plásticos e outros materiais. Nesse mês, todo o óleo utilizado na cozinha do

hotel também deverá ser reciclado, aumentando assim os índices conquistados até

o momento.

Segundo Pedro Carneiro, gerente de A&B, foi contratado um estagiário para trabalhar especificamente na área de reciclagem. O contato foi feito por meio da ONG Elo Agência de Apoio Social e Ambiental, que ajuda jovens secundaristas. O estudante recebe uma bolsa-auxílio no valor de R$180, vale transporte e 10% referente ao seguro de acidentes pessoais. Entre as empresas parceiras da ação estão Transresíduos, Ouro Fino e Restióleo.

A gerência do Hipermercado Extra não poupou esforços para divulgar as

campanhas da loja e se ofereceu para levar a equipe até o local da reciclagem. Há a

consciência da responsabilidade social empresarial, mas entende que o Brasil tem

dado passos largos no sentido da profissionalização do setor e da busca por

estratégias de inclusão social através do setor privado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No contexto mundial a preocupação com meio ambiente tem se tornado um

dos assuntos mais discutidos. A interferência humana no equilíbrio da natureza tem

resultado em impactos ambientais muitas vezes irreversíveis e extremamente

prejudiciais aos seres vivos.

O empreendedorismo deve ser colocado como se uma comunidade tenha de

ser autora dos processos de mudanças necessários ao seu crescimento e ao acesso

de toda a população à riqueza gerada.

No Brasil, o crescimento econômico ao longo do tempo não tem significado

melhoria de vida para grande parte da população. A concentração da renda e a

consequente injustiça social, desrespeito ao meio ambiente, e tem resistido as

políticas de qualquer matiz, aos governos de qualquer cor.

A liderança responsável é oferecida pela literatura como um fenômeno

cultural, pois acredita-se que as nossas soluções têm que ter a nossa cara, o nosso

jeito, a forma brasileira de ver o mundo, o nosso sistema de valores. Somente há

duas décadas sabe-se que é possível aprender-se a ser empreendedor, não importa

a idade, formação, ou origem. É recente também a percepção de que o

empreendedor é o elemento que dispara o processo de desenvolvimento.

Pelo que se pode compreender, a solução é o desenvolvimento de uma

sociedade empreendedora através do trabalho de indivíduos inovadores,

independentes, que aceitam riscos e tomam a si a tarefa de transformar a sua

comunidade. É preciso libertar no brasileiro a sua infinita capacidade de sonhar e de

transformar sonhos em realidade, ou seja, é preciso libertar o empreendedor que

existe em cada um de nós.

O site da Internet responsabilidade.com explica que as transformações so-

cioeconômicas dos últimos 20 anos, vem afetando profundamente o comportamento

de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do lucro. De

um lado, o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de riqueza;

por outro lado, é bem sabido que com grande poder, vem grande responsabilidade.

Em virtude da capacidade criativa já existente, e dos recursos financeiros e huma-

nos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca responsabilidade social.

Dessa maneira, a ideia de responsabilidade social que teria sido incorporada

aos negócios é, portanto, relativamente recente, tendo surgido a partir de novas de-

mandas e maior pressão por transparência nos negócios, empresas se vêm força-

das a adotar uma postura mais responsável em suas ações.

É fato que, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas os moti-

vos por trás desse paradigma não interessam somente ao bem estar social, mas

também envolvem melhor performance nos negócios e, consequentemente, maior

lucratividade.

No contexto do presente estudo, reconhece-se que a busca da liderança com

responsabilidade social corporativa tem, grosso modo, as seguintes características:

• É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas.

A liderança precisa prestar contas aos funcionários, à mídia, ao governo, ao setor

não governamental e ambiental e, por fim, às comunidades com que opera. Empre-

sas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais em seus processos de-

cisórios. Desta maneira, um diálogo mais participativo não apenas representa uma

mudança de comportamento da empresa, mas também significa maior legitimidade

social.

• É distributiva. Ou seja, a responsabilidade social nos negócios é um

conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva, ao ponto que não apenas o produ-

to final deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de inte-

resse comum e, sendo assim deve ser difundido ao longo de todo e qualquer pro-

cesso produtivo. Não se pode esquecer que empresas também são responsáveis

por seus fornecedores e devem fazer valer seus códigos de ética aos produtos e

serviços usados ao longo de seus processos produtivos.

• É sustentável. Responsabilidade social anda de mãos dadas com o

conceito de desenvolvimento sustentável, exigindo uma atitude responsável em rela-

ção ao ambiente e à sociedade. Não apenas garante a não escassez de recursos,

como também passa a ampliar o conceito a uma escala mais ampla. Importante lem-

brar que o desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via

do fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um

todo e por fim leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por nature-

za preventiva e permite a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou

processos judiciais.

• É transparente. Como consequência de erros passados, a globalização

acabou por trazer consigo demandas por transparência. Empresas são gradualmen-

te obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os impactos de suas ati-

vidades e as medidas tomadas para prevenção ou compensação de acidentes. Des-

sa maneira, empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde sua perfor-

mance é aferida nas mais diferentes modalidades possíveis. Algumas empresas já

os fazem em caráter voluntário, porém, há previsão de que relatórios sócio-ambien-

tais serão compulsórios num futuro próximo.

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