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O Padre António Vieira e o seu tempo

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Page 1: O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo

O Padre António Vieira e o seu tempo

Page 2: O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo

Anónimo, Retrato do Padre António Vieira, Casa Cadaval, Muge, Portugal.

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Anónimo, Retrato do Padre António Vieira, Casa Cadaval, Muge, Portugal.

Rembrandt, A Ronda da Noite

(1642).

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Homem Circunstância

«Eu sou eu e a minha circunstância.»

José Ortega y Gasset, Meditações do Quixote, 1914.

PENSAR

Page 5: O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo

O século XVII

• Publicação de Dom Quixote, de Cervantes (1605).

• Consolidação da Revolução Científica (associada

ao trabalho de autores como Galileu ou Newton).

• Publicação do Discurso do Método, de Descartes (1637).

• Monarquia absolutista de Luís XIV (França).

• Afirmação da estética barroca (com pintores como

Rubens ou Rembrandt e compositores como Bach

ou Vivaldi).

Peter Paul Rubens, Neptuno e Ceres (c. 1618).

• Continuação da expansão marítima europeia (Holanda

e Inglaterra consolidam o seu poder).

Page 6: O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo

O século XVII

• Publicação de Dom Quixote, de Cervantes (1605).

• Consolidação da Revolução Científica (associada

ao trabalho de autores como Galileu ou Newton).

• Publicação do Discurso do Método, de Descartes (1637).

• Monarquia absolutista de Luís XIV (França).

• Afirmação da estética barroca (com pintores como

Rubens ou Rembrandt e compositores como Bach

ou Vivaldi).

• Continuação da expansão marítima europeia (Holanda

e Inglaterra consolidam o seu poder).

Portugal:

• Crise económica e política.

• Restauração da independência (1640) —D. João IV assume o poder.

• Afirmação do papel da Inquisição.

• Descoberta de ouro no Brasil.

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(Lisboa, 1608 — Baía, 1697)

1614 — Com seis anos, parte para o Brasil com a sua família.

1623 — Inicia o noviciado na Companhia de Jesus; participando nas missões,

conhece o modo de vida das tribos indígenas e a sua língua.

António Vieira

Representação de indígenas brasileiros feita por ocidentais, incluída no Atlas Miller (1519).

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1630 — Inicia a atividade de pregador.

1640 — Depois da restauração da independência,

regressa a Portugal, onde apoia D. João IV, vindo

a desempenhar o papel de diplomata.

Nos seus sermões, tece críticas à Inquisição,

instituição que o perseguirá quase até ao fim

da sua vida.

1653 — Desiludido com os resultados da sua atividade

diplomática e com a ação inquisitorial, volta ao Brasil.Vieira Protetor dos Índios,

gravura do livro de André de Barros Vida do Apostolico Padre Antonio

Vieyra da Companhia de Jesus… (1746).

Page 9: O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo

1654 — Prega o Sermão de Santo António aos Peixes.

Regressa ao reino para defender os seus argumentos.

Anónimo, Santo António Pregando aos Peixes, Convento de São Francisco, Quito, Equador.

Page 10: O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo

1654 — Prega o Sermão de Santo António aos Peixes.

Regressa ao reino para defender os seus argumentos.

Gregório Lopes, Pregação de Santo António aos Peixes (século XVI).

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1654 — Prega o Sermão de Santo António aos Peixes.

Regressa ao reino para defender os seus argumentos.

Já no Brasil, ordena a libertação de índios cativos, vindo a ser alvo de grande

animosidade por parte dos moradores.

Oscar Pereira da Silva,Desembarque de Pedro

Álvares Cabral em Porto Seguro (1922).

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1656 — Com a morte de D. João IV, perde a proteção de que antes beneficiara;

é preso e enviado para Portugal, onde a Inquisição continua a persegui-lo.

Anónimo, Expulsão do Padre António Vieira do Maranhão (gravura do século XVIII).

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Parte, depois, para Roma, procurando proteção.

1673 — Reconhecido como exímio orador, é nomeado pregador da rainha Cristina da

Suécia.

Livre da Inquisição, regressa a Portugal, mas termina os seus dias no Brasil, ocupado

com a preparação da publicação dos seus sermões.

1697 — Morre na Baía.

Frontispício da 1.ª ediçãodos Sermões de Vieira.

Page 14: O padre antonio_vieira_e_o_seu_tempo

«António Vieira é de facto

o maior prosador

— direi mais,

é o maior artista —

da língua portuguesa.»

Fernando Pessoa,

Páginas Íntimas e de Autointerpretação.

Padre António Vieira, autor desconhecido (início do século XVIII).