o novo mercado para a agroindústria: retorno à origem · segmentos industriais. retorno À...
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ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
1. CONTEXTO
2. QUALIDADE E PROCESSOS DE QUALIFICAÇÃO
3. APROPRIAÇÃO DE VALORES
4. INDIÇÕES GEOGRÁFICAS DE ORIGEM
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sistema Agroalimentar
Crítica ética e estética à
padronização e artificialização
da produção e do consumo alimentar.
Espaços para a emergência de
experiências inovadoras.
CRESCIMENTO E DIVERSIFICAÇÃO DE CIRCUITOS
“ALTERNATIVOS” DE PRODUÇÃO E CONSUMO
NOVOS ESPAÇOS PARA PRODUTOS COM FORTE ENRAIZAMENTO
SOCIOCULTURAL NOS TERRITÓRIOS
NOVAS OPORTUNIDADES PARA A AGROINDÚSTRIA E A AGRICULTURA FAMILIAR
AGROINDÚSTRIA RURAL E
AGRICULTURA FAMILIAR
Fonte: Projeto PGDR-UFRGS/IPEA/IBGE (2011). Organização: Roni Blume
CONSUMIDORES
Aumento das expectativas sociais e demanda por produtos com
características qualitativas específicas.
Novas oportunidades de mercado para produtos que:
Preservam o meio ambiente e a biodiversidade;
Promovem equidade social;
Valorizam a artesanalidade da produção;
Promovem tradições e características vinculadas à origem geográfica;
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“QUALITY TURN”
Produtos artesanais, tradicionais, caseiros, coloniais,
orgânicos, agroecológicos, indicação geográfica, sustentáveis,
religiosos (hallal), sem OGM (“qualidade zero”).
Noções correntes de qualidade tornam-se obsoletas. Apelam a um novo
conjunto de valores: origem, saúde, forma de produção, igualdade social.
Mercados, redes e novos movimentos sociais econômicosMovimentos de produtores e consumidores assumem papel relevante,
contrapondo processos de dessingularização dos alimentos com discursos e
práticas inovadoras (consumo politizado).
QUALIDADE COMO VALOR
DINÂMICAS DE APROPRIAÇÃO E REAPROPRIAÇÃO
Caso clássico: orgânicos / agroecológicos
Fonte: Revista Veja. Fonte: Rede Xiquexique
INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS DE ORIGEM
Proteção, diferenciação e
agregação de valor para os
produtores
“Sinal distintivo” para os
consumidores
Reconhecimentos para os
territórios
Instrumento específico de
distinção qualitativa
Solicitações de Registro (até 03/04/2012):
29 Denominações de Origem;
35 Indicações de Procedência
Registros concedidos (até 03/04/2012):
6 Denominações de Origem (2 Brasileiras)
17 Indicações de Procedência
Fonte: FAO-SINER-GI
Identificação dos recursos locais materiais e imateriais e seus potenciais
Qualificação do produto por meio da definição de regras de produção: regulamento de uso
Remuneração do produto pelo mercado consumidor (geração e distribuição do valor agregado)
Reprodução dos recursos locais garantindo sustentabilidade do sistema
O CICLO VIRTUOSO DA QUALIDADE BASEADA NA ORIGEM
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GESTORES PÚBLICOS
ONG’s
PESQUISA e EXTENSÃO
OUTRAS ATIVIDADES ECONÔMICAS
TERRITÓRIO
PRODUTORESCONSUMIDORES
LOCAIS
PROCESSADORES
DISTRIBUIDORES
CONSUMIDORES
CADEIA
PRODUTIVA
Fonte: FAO-SINER-GI
I. Descrição do produto e dos processos de produção
II. Demonstração do vínculo do produto com sua origem
III. Delimintação da área geográfica
IV. Mecanismos de controle e “certificação”
Normas, regras, convenções definindoprodutos, pessoas, técnicas relevantes
FORMATANDO O “MERCADO”
REGULAMENTO DE USO: CONSTRUÇÃO DE COMPROMISSOS VALORATIVOS
Qualidade
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INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA VALE DOS VINHEDOS
REGULAMENTO DE USO: CONSTRUÇÃO DE COMPROMISSOS VALORATIVOS
1997 2000 2007
CULTIVAR ISABEL
CULTIVAR MERLOT
Indicação Geográfica e Modernização
dos Sistemas de Produção
Padrões de Identidade Enológica
Técnica de viticultura e vinificação
Padrão de qualidade industrial
Vinícolas adequadas às regras da DO: 8
Vinhos adequados às regras da DO: 11
Integração vertical da produção
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Fotos: TIAGO QUEIROZ/AE. Estadão
INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA VALE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO
Regulamento de Uso define que as
normas da Produção Integrada de
Frutas (PIF) correspondem aos
requisitos da Indicação de
Procedência (Art. 5).
INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA PELOTAS (PÊSSEGO) (PROJETO EM DISCUSSÃO)
Foto: Carlos Alberto Flores
Discussão sobre a possibilidade do
Regulamento de Uso da IG definir as normas
da Produção Integrada de Frutas (PIF) como
requisitos básicos.
INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA VALES DA UVA GOTHE
Figura Herança genética da uva GoetheFonte: European Vitis Database (apud Mariot, 2003).
IGS E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO NATURAL
ESPAÇO / PAISAGEM, BIODIVERSIDADE, MEIO AMBIENTE
JALAPÃO - TO (CAPIM DOURADO)
PAMPA GAÚCHO DA CAMPANHA MERIDIONAL (CARNE)
LITORAL NORTE GAÚCHO (ARROZ)
Fotos: Carlos Nabinger
INDICAÇÕES DE PROCEDÊNCIA
JALAPÃO (CAPIM DOURADO)
GOIABEIRAS (PANELAS DE BARRO)
PELOTAS (DOCES)
Indicação Geográfica e salvaguarda do patrimônio imaterial
INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 57/2011 - MAPA
Maturação de queijos artesanais por período inferior a 60 dias.
Define requisitos para sua produção, garantindo a qualidade do produto e
atendendo aos aspectos de sanidade e saúde pública.
Restrita a queijarias situadas em regiões certificadas ou
tradicionalmente reconhecidas.
Exige pesquisas e estudos específicos, que devem ser realizados
por comitês técnico-científicos designados pelo ministério.
INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA SERRO
Bem comum / Valorizaçãodo
Patrimônio Cultural Imaterial
Acesso a mercados, preço
prêmio, agregação de
valor e redução de custo
Eficiência técnica,
certificados de conformidade
Sistemas de produção
ecológicamente sustentáveis
Terroir, Costumes e Tradições
locais
INDICAÇÃO
GEOGRÁFICA
AS JUSTIFICAÇÕES QUE LEGITIMAM OS PROJETOS DE IGS
Bem comum /
Patrimônio Cultural
Imaterial
Acesso a mercados, preço
prêmio, agregação
de valor
Sistemas de produção
ecológicamente
sustentáveis
Eficiência técnica,
certificados de
conformidade
Terroir, Costumes
e Tradições
locais
AS JUSTIFICAÇÕES QUE
LEGITIMAM OS
PROJETOS DE IGS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
i. Padrões de qualidade definindo o formato do mercado
ii. Coexistência de sistemas de julgamento (conflitos e sinergias)
iii. Aumento da escala e riscos de descaracterização
iv. Tipicidade ligada ao terroir versus tipicidade técnica
v. Valorização no mercado e riscos de sobreexploração
vi. Elevação do nível de exigências e riscos de exclusão
vii. Distribuição do valor agregado na cadeia e no território