o negro no espaÇo urbano de presidente prudente
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O NEGRO NO ESPAÇO URBANO DE PRESIDENTE PRUDENTE: UMA ANÁLISE CRÍTICA SOBRE SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL URBANA
NEGRA
Tais Evandra de Carvalho Teles dos Santos
Faculdade de Ciências e Tecnologias - FCT/UNESP
INTRODUÇÃO
Este trabalho é produto do desenvolvimento da pesquisa, em iniciação científica,
intitulada “Juventude Negra em cena: a construção da territorialidade sob a ótica étnico
racial”, que vem sendo desenvolvido ao longo do primeiro semestre de 2014 e recebe
financiamento da Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP1.
Quando nos propusemos ao desenvolvimento deste projeto de pesquisa, já era de
nosso conhecimento a necessidade de nos aprofundarmos em leituras que dialogassem
com o assunto em questão. Nosso trabalho pode, à primeira vista, parecer abordar
assuntos desconexos, mas cabe aqui um esforço nosso em demonstrarmos que não o é.
Ao levarmos em consideração que nossa pesquisa se coloca no campo da ciência
geográfica e que nós a situamos no bojo da discussão de uma Geografia que visa
entender as complexidades das relações sociais existentes, estamos nos propondo a
produzir um conhecimento que leve em consideração os sujeitos sociais, como parte
integrante do processo de construção do território.
Para isso, apoiamo-nos nas considerações de autores que versam sobre a
discussão de uma geografia crítica, essa que historicamente problematiza tanto as
11 Essa Pesquisa é desenvolvida sob a orientação do Professor Drº Nécio Turra Neto, membro do departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia- FCT/ UNESP, campus de Presidente Prudente- SP.
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considerações da Geografia Clássica, quanto as desigualdades socioespaciais que
resultam da produção capitalista do espaço.
A produção do conhecimento se pauta nesse novo pensar geográfico, este que
por sua vez passa a considerar as relações sociais existente num dado espaço com
criticidade; não mais excluindo as tensões e conflitos existentes em tais relações.
Teríamos então a emergência de uma Geografia preocupada e engajada com a justiça
social, comprometida em entender e estudar as disparidades econômicas e sociais assim
como as disparidades regionais (PESSOA; BRITO, 2009).
No contexto brasileiro, a Geografia Crítica surge em meio a um período de
restrições dos direitos humanos, ganha força, sobretudo, em meados dos anos 1970 e
início dos anos 1980. É justamente neste período que as manifestações por garantia dos
direitos civis ganham notável visibilidade, em meio a intensa repressão exercida pelos
militares que tomaram o poder. É assim, num contesto de comoção popular, que os
sujeitos passam então a ser entendidos como construtores do espaço.
É entendendo a importância do sujeito social para a construção do espaço, que
agregamos mais dois elementos a esta analise. O primeiro refere-se ao debate sobre
relações étnicas e raciais no Brasil, sobretudo na Geografia brasileira e o segundo ao
debate geracional. Nossa proposta é então compreender como que, no bojo da ciência
geográfica, meninos e meninas constroem o espaço a partir das suas ralações sociais
tecidas cotidianamente. Dialogamos assim com a perspectiva da Geografia Crítica
Cultural, bem como trazemos elementos da Sociologia e Antropologia.
A Geografia trabalha, sobretudo, com os conceitos de espaço, território e
paisagem, porém, em meio a essas discussões, temos outros elementos fundantes como
as relações sociais que, via de regra, possuem dimensões espaciais, à medida que essas
relações adquirem um nível de complexidade e organização. Estas passam a apropriar-
se desses espaços e constituir, a partir deste, o território.
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É justamente compreendendo essa qualidade da ciência geográfica que este
trabalho tem como propósito discutir as relações étnico raciais e o espaço urbano,
adicionando a estes a análise geracional, ou seja, compreender como a Juventude Negra
constrói seus territórios de identificação, a partir da apropriação dos espaços localizados
no meio urbano de Presidente Prudente-SP.
OBJETIVO
Este projeto de pesquisa tem como objetivo conhecer o processo de
espacialização dos jovens negros de Presidente Prudente, para além dos locais de
moradia, em direção dos locais de encontro e manifestação cultural, com vistas a
identificar a existência de um processo construção de uma territorialização afirmativa,
considerando os referentes de identificação negra desses sujeitos.
METODOLOGIA
Nessa primeira etapa da pesquisa, realizamos um vasto levantamento
bibliográfico, nos acervos digitais das principais universidades do Estado de São Paulo,
sobretudo, a Unesp, Usp e Unicamp. O banco de dados da Universidade Federal de São
de Carlos – Ufscar, também fora visitado, principalmente pelo fato desta manter um
rool de trabalhos relativos a discussão étnico racial, permeando as atividades do Núcleo
de Estudos Afro-Brasileiro ( Neab).
A coleta desse material é fase perene ao longo do projeto de pesquisa; a esta se
somam as leituras e fichas técnicas de resumo. Outra fonte de suma importância tem
sido a base de dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística- IBGE;
aqui, temos coletado planilhas, tabelas e alguns gráficos, assim como relatórios e
anuários referentes ao censo demográfico 2010.
As informações disponíveis pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA) também se configura como fonte importante para nossa pesquisa, sobretudo, por
apresentar análises de dados do ponto de vista qualitativo. Consideramos também as
pesquisas realizadas pelo “Observatório Negro”, onde é possível encontrar uma série de
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artigos e periódicos disponíveis em modelo digital. Outra fonte de informação é a da
Secretaria de Avaliação e Gestão de Informação (SAGI), com vistas a identificar os
principais bairros com presença negra na cidade e as informações disponíveis pela
Fundação de Sistema Estadual de Análise de Dados- Seadi.
Desse modo, a partir dos dados coletados, passamos então a uma fase de
tratamento das informações, na qual foi necessário a produção de tabelas específicas ao
nosso recorte temático. Após termos os dados coletados, tabulados e analisados,
passamos então para a fase da elaboração cartográfica.
O número de informações geradas a partir das tabelas produzidas foi
significativamente grande, fato que nos forçou a sua subdivisão em alguns conjuntos de
análise. Assim, pensamos primeiramente no georreferenciamento dos dados da
população negra total por setor censitário; sendo os demais conjuntos de informações
agrupadas em pequenos grupos por faixa etária, assim obtemos mais 3 subgrupos
divididos entre jovens negros ( soma de pretos e pardos) de 15 a 19, seguidas por jovens
negros de 20 a 24 e, por fim, jovens negros de 24 a 29 anos. Os dados coletados
também foram tabulados por gênero.
A produção cartográfica elaborada a partir dos dados tabulados foi possível com
o uso de recurso tecnológico do programa de mapeamento temático MapInfo®, versão
10.0. Esse recurso dispõe das ferramentas para efetuar georreferenciamentos (ação de
ligar uma informação a uma posição no mapa), distribuição territorial, combinação e
divisão de objetos e coberturas. É possível efetuar também consultas a banco de dados
com a ferramenta de buscas SQL e visualização múltipla de dados em três diferentes
tipos: listagens, mapas e gráficos.
A construção dos indicadores resultou da coleta das variáveis: população
autodeclarada preta e população autodeclarada parda, obtidas da publicação do censo
2010 IBGE resultados do Universo por setores censitários, a seguir foi somado a
quantidade total de cada setor das respectivas variáveis e realizada uma segunda soma,
já esta, do total da cidade da população autodeclarada.
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Com isso, em cada setor pudemos chegar a um percentual em relação ao total da
cidade, o que foi representado no mapa através das quatro classes encontradas pelo
processo estatístico de mediana, sendo esta o valor numérico que separa a metade
superior de uma amostra de dados, uma população ou uma distribuição de
probabilidade, à partir da metade inferior, podendo ser encontradas várias classes
através deste processo) – no nosso caso quatro classes.
RESULTADOS PRELIMINARES
Desse modo, a partir dos nossos esforços em georreferenciar os dados da
população negra de Presidente Prudente, sobretudo da população na faixa etária de 15 a
29 anos, podemos constatar que o município apresenta uma quantidade significativa de
autodeclarantes pretos e pardos. O percentual de 1/3 da população é expressiva se
pensarmos o contexto social em que o quesito da autodeclaração em cor/raça no Brasil
está inserido.
Presidente Prudente marca hoje um total de 207.610 habitantes, sendo que
desses 63.984 localizados no perímetro urbano, se autodeclaram pretos e pardos. Outro
ponto de merecido destaque é que a juventude negra deste município é ligeiramente
mais expressiva entre os meninos.
O esforço em mapear os dados tabulados confirmou a hipótese inicial da
pesquisa: a população negra de Presidente Prudente ocupa, sobremaneira, os espaços
mais afastados das áreas centrais do município, confirmando um cenário típico das
grandes cidades brasileiras, com precárias condições de reprodução da vida humana.
Cabe aqui o destaque para o fato de Presidente Prudente configurar-se como uma cidade
média, porém, é possível afirmar ocorrência da mesma lógica de inclusão marginal e de
segregação socioespacial urbana.
A disposição dos dados foi compilada por setor censitário, ao cruzarmos a
representação cartográfica da espacialização da população negra de Presidente Prudente
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com o mapa de exclusão social do município2, a luz da análise crítica, observa-se que
nos mesmos setores temos os maiores índices de analfabetismo, ausência de tratamento
de esgoto e famílias com os menores rendimentos. A presença negra em Presidente
Prudente-SP é marcadamente expressiva nos extremos: leste, norte e oeste do
município.
2 O mapa de exclusão social é resultados dos estudos realizado por Victor Augusto Luizari Camacho,
sendo este um dos resultados da Monografia de conclusão do Curso de Geografia da Faculdade de
Ciências e Tecnologias FCT/ UNESP campus de Presidente Prudente, para obtenção de título de Bacharel
– “ Problematizando mudanças espaciais e temporais entre os anos de 2000 e 2010: Os mapas da
exclusão/inclusão social de Presidente Prudente/SP com o apoio do CEMESPP ( Centro de Estudos e de
Mapeamento da exclusão social para Políticas Publicas).
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A SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL NAS CIDADES BRASILEIRAS TEM COR
Partindo das considerações feitas acima, pretendemos neste ensaio apresentar
algumas indagações que se fazem pertinentes ao desenvolvimento de nossa pesquisa. O
debate sobre segregação socioespacial é bastante presente no âmbito da Geografia
Urbana brasileira. Porém, nossa proposta aqui é o trato dessa temática juntamente com a
discussão étnica e racial e sobre Juventude. Esse debate se faz fulcral, sobretudo, pelo
fato de que um dos resultados preliminares da nossa pesquisa aponta a situação de
marginalidade a qual essa população está submetida.
O debate conceitual sobre o que seria especificamente segregação perpassa por
uma gama de possíveis interpretações. Segundo as considerações de Haroldo Torres
(2004), a segregação se daria a partir da interpretação da dimensão da segregação como
separação residencial entre grupos sociais; em contrapartida o Sociólogo Edward Telles,
faz se favorável a ideia de segregação a parti da separação residencial, porém leva em
questão o critério racial, afirmando a existência de uma segregação hierarquizada pela
cor da pele. Os estudos de Manuel Castell (1983) apontam para o debate do princípio
homogeneizador da segregação espacial.
A esse respeito, Pasternak (2004), a partir das assertivas de Castell (1983), a
segregação está diretamente relacionada com renda, ou seja, por mais plural que seja os
níveis de renda numa determinada área de concentração espacial, esses geralmente
sempre irão seguir o mesmo nível de concentração e padrões sociais e econômicos,
destoando assim daquelas em que o nível de concentração de renda seja inferior.
É, sobretudo, considerando tal assertiva, que analisamos o fenômeno da
segregação numa escala de classe econômica e social. Acreditamos veementemente na
homogeneidade econômica em níveis de concentração espacial. Isso pode ser observado
também nos resultados que apresentamos a respeito da concentração populacional negra
em Presidente Prudente, quando analisados a luz da interpretação dos índices de
inclusão e exclusão desse município.
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Porém, além da questão dos rendimentos, temos o debate racial, sobretudo, no
contexto histórico, político e social brasileiro, em que, devido ao discurso de (uma
falsa) democracia racial, nega-se a existência de um racismo que segrega e hierarquiza
as pessoas de acordo com seus critérios físicos e econômicos Garcia (2009).
Ao partimos do principio da existência da segregação voluntária e involuntária,
estaríamos afirmando a existência de uma parcela da população dotada de recursos e
desejo de segregar-se voluntariamente. Esses, atualmente, configuram-se como os
grandes enclaves habitacionais de alta renda, cada vez mais presentes nas cidades.
Porém, tal como salienta Kowarick apud Sarah (2004), a população de baixa renda não
“escolhe” não ter acesso a educação digna e aos serviços essenciais à reprodução da
vida humana. Quando colocamos essa discussão no contesto social brasileiro, estamos
falando, em grande parte, da população negra no Brasil. É esta que majoritariamente
ocupa a áreas mais precárias e segregadas espacialmente nas cidades brasileiras.
A este respeito, concordamos com as considerações de Garcia (2009, p. 32),
quando afirma que
[...] embora a segregação urbana e racial no Brasil seja significativamente, especialmente nas metrópoles brasileiras ela não é auto-evidente e, portanto, exige dos estudos e das políticas urbanas torná-las uma prioridade para a superação. A relevância do fenômeno é apontada por vários autores, especificamente Jordi Borja e Manuel Castells (1997), que tratam a problemática urbana sob o conceito de segregação urbana e demonstram um aumento tanto do racismo, como da segmentação, quanto da segregação nas metrópoles em todo o mundo. [...]
Tais características têm deixado de ser exclusivas dos grandes centros urbanos.
Nossos estudos apontam para uma tendência de reprodução deste cenário também numa
cidade média brasileira.
O debate acerca da segregação e a questão racial no Brasil permeia a questão da
formação histórica e social brasileira,para entendermos o atual processo espacial e
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social da cidades brasileiras, seja em uma grande metrópole, ou numa cidades média
como Presidente Prudente. Torna-se necessário memorarmos o nosso passado
escravocrata, ou seja, retomar a formação social brasileira, para compreender não só o
lugar social do negro na nossa sociedade, mas também o espaço que ocupa nas nossas
cidades de todos os portes.
A ESPACIALIZAÇÃO NEGRA EM PRESIDENTE PRUDENTE: UM OLHAR
PARA JUVENTUDE
Ao despendermos uma atenção maior ao recorte geracional, é possível afirmar
que a presença de jovens no município é marcante. Os jovens na faixa etária de 15 a 29
anos compreendem um total de 50.960 de habitantes, somando assim 24% da população
do município. Entre a população total, 32,2% se autodeclaram negros3. Entre o total de
jovens, 17,5% se autodeclaram pretos e pardos.
A proposta em abordar o tema juventude negra tem como principal enfoque
investigar como esses jovens constroem seus territórios de identificação, com vistas a
um referencial negro. Buscamos entender se as práticas cotidianas desses jovens estão
atreladas a necessidade de construírem uma identidade de valorização negra, sobretudo,
agregando elementos das manifestações culturais.
Porém, salientamos aqui um quadro desanimador acerca dos jovens negros no
Brasil, que se repete em Presidente Prudente. Estes ainda são os que mais sofrem com
os índices de violência cotidiana e policial. Em Presidente Prudente-SP, a presença de
jovens do sexo masculino e negros é maior que a presença feminina, porém, as taxas de
homicídio entre os jovens é de 1,7%, destes 1,9% são jovens negros; 51% dos jovens
que estão fora do ensino médio regular no município, são negros.
Os dados não diferentes no tange ao ensino superior. Os jovens negros são
aqueles que passam a desenvolver atividade com algum rendimento financeiro em idade 3 De acordo com a metodologia adotada pelos grandes centros de pesquisa e estatísticas de índices
demográficos no Brasil, como IBGE e o IPEA, definem que negros é a soma de total de pessoas que se autodeclaram Pretas e Pardas. Estes adotam assim, as reivindicações do Movimento Negro Organizado Brasileiro.
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mais precoce, se comparado com a população não negra. Em contrapartida, são os que
recebem salários menores. As informações coletas apontam ainda que dos 399 jovens
identificados em situação de extrema pobreza, 250 são jovens negros, o que corresponde
a mais de 60% dos dados.
Considerando todas as mazelas herdadas do processo de formação social
brasileira e não nos eximindo da responsabilidades de tomarmos parte da situação em
que vivem esses meninos e meninas negros em diversas cidades brasileiras é que
entendemos a necessidade de uma abordagem de pesquisa que vise a valorização das
práticas culturais desses jovens.
Sabemos que, com nossos esforços, não será possível abranger uma grande
quantidades de jovens em nossas pesquisas, porém, acreditamos que o desenvolvimento
desta, possa contribuir para um olhar, não apenas das ruínas do sistema que insiste em
marginalizar a população negra brasileira, mas também pela busca da valorização deste
povo, que também construiu e constrói este país.
REFERENCIAS
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BRITO; PESSOA. Da Origem da Geografia Critica a Geografia Crítica Escolar. In: ENCONTRO NACIONAL DE PRÁTICA DE ENSINO EM GEOGRAFIA., X, . Porto Alegre- RS. Anais.... Setembro de 2009.CASTELLS, M. O Debate sobre a Teoria do Espaço. In: CASTELL, M. A Questão Urbana. Editora Paz e Terra, 1983 . V. 48. p.344
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http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010 > acessado em 04/03/2014
Artigos e notas técnicas sobre a população negra no Brasil- Banco de Dados Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/nota_tecnica/131119_notatecnicadiest10.pdf > acessado em 28/05/2014
SPOSATI; TORRES; PASTERNAK; VILLAÇA; KOWARICK; SCHOR. A pesquisa sobre segregação: conceitos, métodos e medições. Espaço e Debates, Org. Sarah Feldmam. São Paulo, , NERU, v.5 p.1-24: 1-45, 2004.