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O mito da qualificação profissional e do capital humano Marcelo Lima 1 Mabele Costa de Freitas 2 Fernanda Sarmento Vilarins 3 Renan dos Santos Sperandio 4 Resumo Neste artigo, pretende-se problematizar a relação Trabalho e Educação por das questões relativas à convergência, real e ideológica, entre ações de qualificação e inserção no emprego. Com base no materialismo histórico dialético, este trabalho coloca sob crítica, os pressupostos ideológicos e pseudocientíficos do discurso da empregabilidade e da teoria do capital humano que vem a qualificação e a escolarização como determinantes da inserção no emprego formal para acupações operacionais. No caminho metodológico percorrido, problematiza, por meio de análise documental de ênfase qualitativa, uma base de dados capaz de informar sobre a oferta de emprego nas ocuapções mais demandadas, os requisitos de acesso e a oferta de cursos de cursos nos anos de 2112, 2013 e 2014 no estado do Espírito Santo. Ou seja, este trabalho tem o fito de discutir aquilo que ao nosso ver se tornou uma espécie de mito da qualificação e da escolarização como solução automática para o desemprego. Também, considera-se necessário colocar em questão tema recorrente na sociedade e nos meios de comunicação que sistematicamente vem, a partir de interesses ideológicos e de mercado, reiterando a relação automática entre qualificação e emprego. Introdução A situação de desemprego na qual se encontram muitos trabalhadores que não encontram outra forma de gerar os meios de sua sobrevivência é dramática e complexa. As causas e conseqüência sociais de um número elevado de desempregados, em qualquer lugar ou fase histórica do capitalismo, são inúmeras. Mas o fato é que o desemprego não é apenas uma experiência dramática individual ela também se constitui num componente de crise econômica quando atinge determinadas dimensões ameaça o próprio funcionamento do sistema, pois pode afetar o nível de consumo e se relaciona ainda com a coesão social em geral. Em muitos momentos a relação dos indivíduos com o desemprego se define pela condição de classe social. E o desemprego muitas vezes visto como problema, para o capital também se constitui em solução quando os empregadores vivem a pressão por aumentos da massa 1 Prof. Dr. em Educação pela UFF, docente do centro de educação e membro do PPGE-UFES e do NET (sub coordenador núcleo de estudos sobre o trabalho) 2 Graduada em Pedagogia pela UFES 3 Graduanda em Ciências Sociais da UFES e bolsista jovens talentos para ciência da Capes 4 Graduando em Pedagogia da UFES e bolsista PIIC da UFES

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O mito da qualificação profissional e do capital humano

Marcelo Lima1

Mabele Costa de Freitas2

Fernanda Sarmento Vilarins3

Renan dos Santos Sperandio4

Resumo

Neste artigo, pretende-se problematizar a relação Trabalho e Educação por das questões relativas à convergência, real e ideológica, entre ações de qualificação e inserção no emprego. Com base no materialismo histórico dialético, este trabalho coloca sob crítica, os pressupostos ideológicos e pseudocientíficos do discurso da empregabilidade e da teoria do capital humano que vem a qualificação e a escolarização como determinantes da inserção no emprego formal para acupações operacionais. No caminho metodológico percorrido, problematiza, por meio de análise documental de ênfase qualitativa, uma base de dados capaz de informar sobre a oferta de emprego nas ocuapções mais demandadas, os requisitos de acesso e a oferta de cursos de cursos nos anos de 2112, 2013 e 2014 no estado do Espírito Santo. Ou seja, este trabalho tem o fito de discutir aquilo que ao nosso ver se tornou uma espécie de mito da qualificação e da escolarização como solução automática para o desemprego. Também, considera-se necessário colocar em questão tema recorrente na sociedade e nos meios de comunicação que sistematicamente vem, a partir de interesses ideológicos e de mercado, reiterando a relação automática entre qualificação e emprego.

Introdução

A situação de desemprego na qual se encontram muitos trabalhadores que não encontram

outra forma de gerar os meios de sua sobrevivência é dramática e complexa. As causas e

conseqüência sociais de um número elevado de desempregados, em qualquer lugar ou fase

histórica do capitalismo, são inúmeras. Mas o fato é que o desemprego não é apenas uma

experiência dramática individual ela também se constitui num componente de crise

econômica quando atinge determinadas dimensões ameaça o próprio funcionamento do

sistema, pois pode afetar o nível de consumo e se relaciona ainda com a coesão social em

geral.

Em muitos momentos a relação dos indivíduos com o desemprego se define pela condição

de classe social. E o desemprego muitas vezes visto como problema, para o capital também

se constitui em solução quando os empregadores vivem a pressão por aumentos da massa

1Prof. Dr. em Educação pela UFF, docente do centro de educação e membro do PPGE-UFES e do NET (sub coordenador núcleo de estudos sobre o trabalho) 2Graduada em Pedagogia pela UFES 3Graduanda em Ciências Sociais da UFES e bolsista jovens talentos para ciência da Capes 4Graduando em Pedagogia da UFES e bolsista PIIC da UFES

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salarial. Deste modo, o desemprego também se constitui em mecanismo do capital para

manter sob o controle a classe trabalhadora e limitar os níveis de remuneração.

Não obstante, o desemprego com o advento do trabalho como direito social passou a ser um

mal a ser solucionado. E no âmbito da política pública social passou a ser combatido pela

via da reversão de suas causas. No entanto, sabe-se que as causas do desemprego têm caráter

mais estrutural que conjuntural. Que suas raízes se relacionam muito mais com o sistema

econômico e com a gestão das empresas do que por características do sujeito desempregado.

Situam-se muito mais na lógica de extração de mais-valia do que na combinação dos

atributos dos candidatos ao emprego.

A partir da constituição de 1988 na qual se instituiu o direito social ao trabalho, acreditou-se

ser possível reverter os processos sistemáticos de exclusão do emprego formal. Para tanto,

elegeu-se uma série de serviços que devem ser realizados pelo Estado com o fito de reverter

o processo de desemprego, mas que no capitalismo é parte de sua essência, mas também de

seu limite.

Para tanto, estabeleceu-se uma série de políticas que busca inspirada pela teoria do capital

humano e pelo discurso da empregabilidade reverter as taxas de desemprego por meio de

programas de qualificação social e profissional, e utilizando a intermediação de mão de obra

e o seguro desemprego, pois afinal de contas o desemprego não é apenas uma questão que

diz respeito somente ao desempregado, mas a toda a sociedade.

Dimensão metodológica

Definir em que medida a qualificação, apropriada no processo de trabalho ou no processo de

estudo nas instituições especializadas, e a escolarização interferem no processo de inserção

no emprego no Brasil atual é uma tarefa difícil e complexa. As dificuldades de

esclarecimento desse fenômeno não explicam a questão do desemprego, mas é possível

discutir os fatores que influem na inserção dos trabalhadores a partir de alguns recortes

metodológicos.

O caminho metodológico empreendido neste trabalho utiliza-se da combinação de quatro

recortes do fenômeno estudado. O primeiro recorte toma como referência determinado

espaço e tempo nos quais vagas de emprego são ofertadas para indicar as ocupações mais

demandadas no estado do espírito Santo em 2012, 2013 e 2014. Um segundo recorte

circunscreve as vagas a certos tipos de profissões e ocupações cuja inserção se pretende

compreender. Um terceiro recorte pretende classificar os pré-requisitos estabelecidos pelo

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empregador que no mesmo espaço-tempo demanda determinados grupos profissionais. No

quarto recorte analisa-se a oferta dos cursos qualificação profissional referenciados no

espaço-tempo nas áreas das ocupações mais demandadas.

A fonte 01 é o site da secretaria de ciência, tecnologia, trabalho e inovação do estado do

Espírito Santo. Neste caso iniciando com análise documental do site www.sectit.es.gov.br

que informa semanalmente a flutuação de vagas identifica-se as maiores demandas por mão

de obra apresentado pelo sistema estadual de intermediação de mão de obra do estado do

Espírito Santo no período de 2012, 2013 e 2014.

(Disponível <<http://www.sectti.es.gov.br/noticias/agencias-do-sine-ofertam-674-vagas-de-emprego-nesta-segunda-feira-14>>)

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A fonte 02 é o jornal “A Gazeta” coluna de empregos. Ou seja, definido as ocupações mais

demandadas, procede-se a analise dos pré-requisitos explicitados nos anúncios publicados

no jornal local de grande circulação local. Essas exigências a serem cumpridas pelos

candidatos às vagas para as ocupações mais demandadas são estabelecidas pelos

empregadores e se tornam critério de acesso. Assim uma vez, classificadas as ocupações

mais demandadas no espaço-tempo determinado, procede-se a uma investigação dos pré-

requisitos explicitados nos anúncios de emprego publicados nos jornais de grande circulação

referente ao mesmo espaço-tempo determinado das mesmas funções mais demandas.

“A Gazeta” Anúncio de 2011

Como processo de classificação, procede-se aqui um agrupamento das demandas por

semestre em cada ano em três categorias: a) as ocupações que não exigem qualificação:

auxiliares, ajudantes que em geral ou não possuem função definida ou exigem pouco

conhecimento sobre o trabalho que realizam; b) as ocupações que exigem qualificação

relativa adquiridas dentro e fora da escola e do trabalho: eletricistas, pedreiros, cabeleireiros,

mecânicos, etc; e c) as ocupações que exigem qualificação pré-determinada: técnicos em

edificações, em eletrotécnica, em química, etc.

A fonte 03 se constitui nos anúncios e publicações registrados nos sites das instituições de

educação profissional e imprensa em geral sobre os cursos ofertados na relação com as

mesmas ocupações mais demandadas. A análise dos cursos de qualificação e dos discursos

que prometem menos do que fazem. Além disso, vendem e difundem uma visão mítica da

qualificação e da escolarização como solução automática para o desemprego.

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(Disponível em <http://www.ejornais.com.br/jornal_a_gazeta_es.html>>)

Com base na triangulação das fontes 01, 02 e 03, tenta-se operar os aspectos pesquisados

(fatores da pesquisa: a) demanda por trabalhadores; b) pré-requisitos de acesso; c) cursos

ofertados no espaço-tempo e ocupações determinadas e d) discurso da empregabilidade e da

teoria do capital humano (TCH) na análise documental, no sentido de correlacioná-los e

concluir levando em conta uma totalidade mais ampla que os engendra e os determina.

Teoria do capital humano e as justificativas da política de qualificação

Por hipótese inicial considera-se a TCH e o discurso da empregabilidade como forma de

linguagem e de ideologia difundida pelo capital para a) justificar as causas do desemprego;

b) culpabilizar o trabalhador que se encontra fora do mercado formal de trabalho e

desprovido de certos tipos de conhecimentos, habilidades e competências apontados pelo

capital como indispensáveis; c) atribuir uma falsa centralidade à educação na sua relação

com o trabalho e d) criar um mercado de formação.

Alguns autores ligados ao campo Trabalho e educação da Anped (associação nacional de

pesquisa e pós-graduação em educação) tratam desse tema de modo bastante crítico. Destes

destacamos apenas alguns pela importância e pela atualidade.

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Oliveira (2013), resgatando Frigotto (1989), afirma que a “Teoria do Capital Humano

inverte as relações de determinação” quando estabelece “que o status econômico dos

indivíduos” decorre “do seu nível de escolarização ou de sua qualificação profissional”. Por

este argumento, a TCH ao atribuir poderes quase mágicos à educação na definição da

inserção econômica dos mais pobres, ela “oculta o fato da condição de pobreza dos

indivíduos ser”, ao contrário, “o impeditivo de seu acesso à educação” (OLIVEIRA, p.01,

2013).

No discurso da teoria do capital humano, busca-se também articular de capital humano com

a ideia de mobilidade social. Para a TCH, além de chave para inserção, estudando-se mais

anos ganha-se melhor. No dizer de Oliveira (2013), no entanto, a “despeito de terem aumentado

os níveis de escolarização e qualificação da força de trabalho no Brasil, paulatinamente os

trabalhadores vêm sofrendo perdas salariais, levando-se em consideração a relação entre

escolarização e o rendimento recebido”(OLIVEIRA, 2013, p. 02).

Tas afirmações se mostram bastante incoerentes quando se analisa os altíssimos níveis de

rotatividade no emprego e de desemprego de pessoas mais escolarizadas. Para tanto cabe

verificar as informações da CAGED-M.T.E., também analisadas em Pochmann (2008) e em

Oliveira (2013), segundo as quais no Brasil “não se criaram as condições para o

aproveitamento” das pessoas “com maior escolarização”(OLIVEIRA, 2031, p.03).

Ou seja, por razões óbvias, mas pouco difundidas, a característica da estrutura do mercado

de trabalho que em geral é piramidal (mais gente de menos escolaridade na base e menos

gente com mais escolaridade no topo) quanto mais escolaridade menor é a oferta de postos

de trabalho. Como afirma Oliveira (2013), apesar do discurso dos “apologetas do

desenvolvimento de competências laborais para o aumento da empregabilidade”, o que se

fez no Brasil foi mais se encarregar da formação “de mão de obra para empregos incertos e

precários” (OLIVEIRA, 2013, p. 02-03).

Ou seja, quando o trabalhador tem mais escolaridade ou qualificação profissional o emprego

não lhe está assegurado, mas, entretanto, quando o trabalhador tem pouca formação ele é

responsabilizado no discurso da empregabilidade pelo desemprego por não possuir os

saberes considerados como indispensáveis pelo capital para se empregar.

O discurso corrente e hegemônico continua pregando que a falta de emprego justifica-se por

falta de qualificação, pouca escolarização ou falta de experiência profissional. Por esta idéia,

o ingressante ao mercado de trabalho tem que estar completamente disposto, disponível e

preparado para o trabalho. O desemprego seria, então, não uma disfunção econômica, um

descompasso entre oferta de postos de trabalho e procura por mão de obra. Tratar-se-ia de

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uma questão tecnológica a ser solucionada pela via da escolarização e da formação

profissional. Gera-se, aqui, por esta lógica, o mito da qualificação, processo formativo que

seria por si capaz de determinar a inserção produtiva dos indivíduos. Logo para se resolver a

questão do desemprego empreende-se a formulação, o financiamento e a execução de políticas

públicas de qualificação profissional.

Desde os anos 1940, o Estado brasileiro veio implementar políticas de estruturação da oferta de

qualificação profissional. A criação do sistema “S”(Senai, Senac, etc), o fortalecimento da rede

federal de educação profissional (as ETFs), o surgimento do sistema nacional de emprego nos

anos 1970 (Sine) e mais recentemente a criação do fundo de amparo ao trabalhador (FAT) vem

dando vida e força a uma densa rede de serviços formativos que promete o milagre do emprego

cujos argumentos se nutrem dos fundamentos da TCH e do mito da qualificação.

Além das instituições criadas, alguns programas ganham destaque neste processo. O programa

intensivo de preparação de mão de obra Industrial (PIPMOI) da ditadura militar, o plano

nacional de formação profissional (PLANFOR) do governo FHC, o plano nacional de

qualificação (PNQ) do governo Lula e a atual política do governo Dilma: o programa nacional

de acesso ao ensino técnico e ao emprego (PRONATEC) são políticas indutoras de caráter muito

mais ideológico do que econômico. Estas, são iniciativas que promovem nos momentos de

muito desemprego (para justificar o desemprego ou atender o clamor dos trabalhadores

desempregados) ou em momentos de elevação do emprego (para reduzir a pressão pela elevação

dos salários e atender o clamor dos empregadores) os governos se mobilizam para financiar e

estruturar a oferta de qualificação profissional. Tais programas não tornam a oferta de

qualificação um direito social consolidado.

Ou seja, sem integrar as ações de escolarização e de qualificação, estes programas oferecem

cursos de estreita terminalidade que se caracterizam pela pequena carga horária e pela

desarticulação com a escola comum, não permitindo aos educandos continuidade de estudos

para além do mercado de trabalho.

Nos últimos anos, tem havido uma diversidade de políticas de qualificação profissional como:

PROJOVEM, Agente Jovem, Saberes da Terra, Consórcio Social da Juventude, Escola de

Fábrica, Primeiro Emprego, Soldado Cidadão e o Proeja e PRONATEC. (OLIVEIRA, 2013,

P.03). Mas eles não tocam no centro da questão da geração da pobreza e da marginalidade cuja

articulação com o desemprego se relaciona em parte com as oportunidades de oferta de

escolarização e de qualificação profissional de qualidade social.

Esse movimento de oferta das ações de qualificação ancora-se na ideologia do capital

humano. Para Oliveira (2013), o objetivo desta a ideologia é “utilizar a educação” como

espaço “de disseminação de valores e práticas” para “assegurar no plano das ideias a

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conformação da classe”, e atribuir no final das contas à escolarização “a responsabilidade”

de ser causa e também solução para “desigualdade social e econômica” (OLIVEIRA, 2013,

p.02).

Além disso, as políticas públicas de trabalho, emprego e renda, sobretudo, por meio dos seus

programas de inserção, reinserção via intermediação de mão de obra e de qualificação

profissional apontam para as demandas por formação a sua legitimidade e necessidade.

Sobre a década de 1990 uma pesquisa realizada por França, G.N.; Gasparini, C.E. e

Loureiro, P.R. A. discutiu nos anos 2000 a “relação entre escolaridade e renda no Brasil”.

Para esses autores: na década de 90 “não se verificaram melhorias na renda dos salários

apesar da evolução dos indicadores de educação”. Para explicar essa dissociação entre renda

e escolaridade no período, França (et AL) afirma que “a qualidade do ensino” (...) não se

elevou, tendo sua expansão sido, na verdade, mais quantitativa”. Afirmam ainda que “a

precariedade da recente expansão do ensino brasileiro contribuiu para a estagnação da renda,

na medida em que não preparou (adequadamente) os trabalhadores para o mercado de

trabalho”.

Isso significa também que mais educação não assegura mais renda e que esse “mais” precisa

ser adequadamente definido e que na maioria das vezes, como afirma Frigotto (1994), cabe

perguntar: mais o quanto? E para quem? Na maioria das vezes a “produtividade da escola

improdutiva” produz os resultados que dela são esperados.

Sobre atualidade, a questão também, se revela bastante complexa. Segundo o DIEESE

(2011), o SINE no ano de 2010 ofertou nacionalmente cerca de 2,5 milhões de postos de

trabalho, dos quais apenas 31,5% requeriam a conclusão do ensino médio ou superior e 68,5

% exigiam menos que o ensino médio completo como perfil de entrada. Oliveira (2013),

informa: do total de vagas que não exigiam ensino médio completo (com perfil de entrada

estabelecido pelo tipo de atividade) na hora da “contratação (dos trabalhadores encaminhados

pelo SINE) o processo de seleção” acabou preferindo 49,8% de candidatos que tinham “ensino

médio completo” ou “ensino superior completo”. “Ou seja, no momento de seleção, em função

da oferta de trabalhadores” com mais escolaridade do que a exigida, o empregador pode-se se

dar-se “ao luxo” de elevar ainda mais os “níveis de escolarização” (OLIVEIRA, 2013, p. 03-04).

Olhando este tema com mais cuidado, no entanto, não se pode afirmar que não haja relação

entre educação e emprego, ou que em outros termos, que a relação entre desemprego e

qualificação profissional é muito mais complexa. Castro, C. M. (1972), já sinalizava que a

educação aumenta a educabilidade e não a empregabilidade. Para Castro, R. P. (2004), “é

ilusório” relacionar diretamente “aumento do nível de escolarização da população e a

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diminuição dos índices de desemprego”. Para Castro, R. P.(2004), isso ocorre por que a

seletividade do mercado de trabalho tem menos a ver com a incorporação tecnológica (que

comprova a TCH) e tem mais a ver com a regressão dos postos de trabalho num contexto de

maior número de pessoas disponíveis com maior escolaridade.

Primeiras aproximações com a realidade do emprego e da qualificação

Num primeiro recorte toma-se como referência determinado espaço e tempo nos quais vagas

de emprego são ofertadas para indicar as ocupações mais demandadas no estado do espírito

Santo. Com base na fonte 01 (site da secretaria de ciência, tecnologia, trabalho e inovação

do estado do Espírito Santo) analisa-se informações disponíveis no site www.sectit.es.gov.br

que informa semanalmente as vagas de emprego mais demandas nos anos de 2012, 2013 e

2014 divididos por semestre.

Para classificar as ocupações mais demandas procede-se a alguns enquadramentos que sub-

classificam as ocupações mais demandadas em cada semestre no estado do Espírito Santo

por eixo tecnológico (ver catálogo Pronatec-Fic) e em três tipos: a) ocupações sem

qualificação; b) ocupações com qualificação relativa; e c) ocupações com qualificação

determinada. No primeiro caso são empregos para ajudantes, auxiliares, braçais, etc que

realizam tarefas simples que pela repetição tornam-se meio para aprendizagem de outras

funções pouco mais complexas. No segundo caso, são ocupações que tem qualificação em

cursos disponíveis, mas também podem ser apropriadas por processos de experiência

profissional. Exemplo: cabeleireiro, eletricistas, mecânicos, etc. E no terceiro caso, são

ocupações formadas em cursos determinados para as quais a inserção já exige determinada

formação. Exemplo: motorista, técnicos, engenheiro, etc.

1º Semestre de 2012

No primeiro semestre de 2012 as ocupações mais demandadas pelos empregadores, em

freqüência de 0 a 100 (em ordem decrescente), informadas pelo sine estadual vinculado à

sectit, para as ocupações sem qualificação foram: (84,58) Empregado Doméstico, (84,57)

Vendedor, (79,15) Gari, (52,77) Ajudante de carga e descarga, (45,28) Ajudante de obra,

(33,32) Vendedor de serviços, (28,96) Auxiliar de serviços gerais, (25,52) Vendedor interno,

(25,51) Auxiliar de laboratório, (21,82) Auxiliar de linha de produção, (16,32) Servente de

obras, (16,31) Atendente de telemarketing, (16,30) Auxiliar de escritório, (16,29) Servente

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de limpeza, (14,63) Auxiliar de crédito, (10,93) Ajudante de eletricista e (7,8) Ajudante

florestal (ver anexo).

Para as ocupações com qualificação relativa, em freqüência de 0 a 100 (em ordem

decrescente), foram: (80,84) Pedreiro, (79,15) Oficial de serviços gerais, (71,35)

Carpinteiro, (60,42) Operador de martelo pneumático, (59,95) Montador de móveis, (53,12)

Caldeireiro, (47,78) Mecânico, (35,05) Costureira, (34,9) Cozinheiro, (29) Marteleiro,

(27,76) Encanador, (27,75) Eletricista, (18,07) Encarregado de concreto, (18,06) Eletricista

de manutenção, (18,05) Meio Oficial, (18,04) Encarregado de pedreiro, (18,05) Operador de

máquinas, (16,32) Cobrador de ônibus, (16,31) Corretor de imóveis, (16,30) Encanador

Industrial, (14,63) Assistente administrativo, (10,89) Consultor de vendas e (8,29)

Cabeleireiro (ver anexo).

Para as ocupações com qualificação determinada, em freqüência de 0 a 100 (em ordem

decrescente), foram: (14,63) Motorista de caminhão, (14,60) Motorista de ônibus urbano,

(10,93) Tratorista agrícola e (10,89) Motorista (ver anexo).

Utilizando-se a classificação das ocupações por eixo tecnológico, obtem-se outra

classificação das vagas mais demandadas no primeiro semestre de 2012, em ordem

decrescente com freqüência de 0 a 1000: (714,4) Infraestrutura (Ajudante de carga e

descarga, Ajudante de eletricista, Encarregado de concreto, Ajudante de obra, Eletricista de

manutenção, Meio Oficial, Encarregado de pedreiro, Auxiliar de serviços gerais,

Carpinteiro, Encanador, Cobrador de transporte coletivo, Eletricista, Servente de obras,

Montador de móveis, Motorista, Empregado Doméstico, Motorista de caminhão, Motorista

de ônibus urbano, Oficial de serviços gerais, Pedreiro, Assistente administrativo, Atendente

de telemarketing, Auxiliar de crédito, Corretor de imóveis, Auxiliar de escritório, Consultor

de vendas, Vendedor interno, Vendedor de serviços e Vendedor); (224,71) Controle e

processos Industriais (Caldeireiro, Operador de martelo pneumático, Encanador Industrial,

Mecânico, Marteleiro, Operador de máquinas e Auxiliar de linha de produção); (129,28)

Ambiente e Saúde (Auxiliar de laboratório, Cabeleireiro, Servente de limpeza e Gari);

(106,4) Recursos Naturais (Agricultor, Ajudante florestal e Tratorista agrícola); (35,05)

Produção Cultural e Desgn (Costureira) e (34,9) Turismo, Hospitalidade e lazer (Cozinheiro)

(ver anexo).

2º Semestre de 2012

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No primeiro semestre de 2012 as ocupações mais demandadas pelos empregadores, em

freqüência de 0 a 100 (em ordem decrescente), informadas pelo sine estadual vinculado à

sectit, para as ocupações sem qualificação foram: Vendedor (200,64), Ajudante de obra

(137,03), Ajudante de carga e descarga (76,12), Auxiliar de linha de produção (40,79),

Repositor (35,94), Embalador (35,04), Empregado Doméstico (35,01), Carregador de

caminhão (32,15), Ajudante de reflorestamento (26,44), Operador de caixa (25,33), Auxiliar

de corte (24,33), Frentista (24,25), Ajudante de Cozinha (23,61), Auxiliar de

armazenamento (18,77), Auxiliar de estoque (18,66), Conferente de mercadoria (18,55),

Auxiliar de lavanderia (14,57), Recepcionista (14,50), Auxiliar de produção (12,74),

Balconista de açougue (12,64), Vendedor permissionário (11,59), Ajudante de embarque de

cargas (10,61), Auxiliar de serviços gerais (9,68), Ajudante de motorista (8,39), Atendente

de telemarketing (8,30) e Atendente de balcão (7,82).

Para as ocupações com qualificação relativa, em freqüência de 0 a 100 (em ordem

decrescente), foram: Pedreiro (189,05), Serrador (155,02), Costureira (135,87), Oficial de

serviços gerais (133,45), Mecânico (129,19), Carpinteiro (76,33), Garçom (68,5), Agricultor

(67,01), Eletricista (66,03), Mecânico montador (61,47), Encanador Industrial (60,08),

Caldeireiro (55,19), Armardor de ferragens (44,95), Açougueiro (32,01), Operador de

marketing de rede (23,56), Cozinheiro (21,65), Cobrador de transporte coletivo (21,65),

Aux. Téc de controle de qualidade (21,39), Marceneiro (18,13), Acabador de mármore

(14,57), Salva vidas (14,57), Eletricista veicular (13,93), Arquivista (13,93), Assistente

administrativo (13,93), Representante comercial (13,93), Fiscal de lavoura (11,97),

Operador de máquinas (10,61), Pintor de automóveis (9,68), Copeiro (9,68), Estoquista

(8,71), Aux. Controle de qualidade (8,71), Cabeleireiro (8,39), Cozinheiro de restaurante

(7,82), Instalador de alarme (7,82), Montador (7,82), Fiscal de loja (7,82), Abastecedor de

linha de produção (7,82) e Soldador (7,82).

Para as ocupações com qualificação determinada, em freqüência de 0 a 100 (em ordem

decrescente), foram: Motorista de entrega (52,11), Motorista (47,65), Motorista de ônibus

urbano (21,65), Motorista rodoviário (18,77), Professor (16,94), Motorista carreteiro

(16,52), Motorista de caminhão (11,97), Engenheiro de Planejamento (9,98), Engenheiro de

segurança (9,98), Téc. Construção civil (9,98), Engenheiro de produção (9,98), Téc.

Controle ambiental (9,98) e Analista ambiental (9,98).

Utilizando-se a classificação das ocupações por eixo tecnológico, obtem-se outra

classificação das vagas mais demandadas no primeiro semestre de 2012, em ordem

decrescente com freqüência de 0 a 1000: Turismo, Hospitalidade e lazer (139,08)

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[Ajudante de Cozinha, Cozinheiro de restaurante, Atendente de balcão, Copeiro, Cozinheiro

e Garçom]; Infraestrutura (1144,35) [Ajudante de carga e descarga, Ajudante de embarque

de cargas, Ajudante de motorista, Carregador de caminhão, Ajudante de obra, Armardor de

ferragens, Auxiliar de armazenamento, Auxiliar de serviços gerais, Carpinteiro, Cobrador de

transporte coletivo, Eletricista veicular, Eletricista, Auxiliar de lavanderia, Frentista,

Instalador de alarme, Engenheiro de Planejamento, Engenheiro de segurança, Marceneiro,

Montador, Téc. Construção civil, Motorista, Motorista de entrega, Motorista carreteiro,

Empregado Doméstico, Motorista de caminhão, Motorista de ônibus urbano, Motorista

rodoviário, Oficial de serviços gerais e Pedreiro]; Gestão e Negócios (392,32) [Arquivista,

Assistente administrativo, Atendente de telemarketing, Auxiliar de estoque, Conferente de

mercadoria, Estoquista, Fiscal de loja, Representante comercial, Operador de caixa,

Recepcionista, Repositor, Vendedor de serviços, Vendedor e Vendedor permissionário];

Desenvolvimento Educacional e Social (16,94) [Professor]; Controle e processos

Industriais (377,61) [Caldeireiro, Pintor de automóveis, Embalador, Mecânico montador,

Encanador Industrial, Mecânico, Abastecedor de linha de produção, Operador de máquinas e

Soldador; Informação e Comunicação (23,56) [Operador de marketing de rede]; Produção

Industrial (263,2) [Acabador de mármore, Auxiliar de linha de produção, Aux. Téc de

controle de qualidade, Engenheiro de produção, Aux. Controle de qualidade, Auxiliar de

produção e Serrador; Recursos Naturais (125,38) [Agricultor, Analista ambiental, Fiscal de

lavoura, Téc. Controle ambiental e Ajudante de reflorestamento]; Segurança (14,57) [Salva

vidas]; Produção Alimentícia (44,75) [Balconista de açougue e Açougueiro]; Produção

Cultural e Design (160,2) [Costureira e Auxiliar de corte] e Ambiente e Saúde (16,94)

[Cabeleireiro].

1º Semestre de 2013

No primeiro semestre de 2013 as ocupações mais demandadas pelos empregadores, em

freqüência de 0 a 100 (em ordem decrescente), informadas pelo sine estadual vinculado à

Sectit, para as ocupações sem qualificação foram: Ajudante de carga e descarga (72,79),

Ajudante de obra (55,58), Oficial de serviços gerais (39,25), Repositor (34,93), Auxiliar de

linha de produção (23,65), Auxiliar de limpeza (14,93), Atendente de lanchonete (14,46),

Auxiliar de armazenamento (14,46), Auxiliar de produção (14,46), Auxiliar administrativo

(13,86), Ajudante de reflorestamento (12,57), Balconista de açougue (14,46), Assessor de

diretoria (13,86), Porteiro (10,17), Auxiliar de dentista (10,17), Embalador (10,17),

Atendente de balcão (7,77), Balconista (19,1), Auxiliar de depósito (34,89), Recepcionista

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(10,3), Frentista (9,19), Assistente administrativo (13,99), Auxiliar de enfermagem (7,38),

Vendedor (81,65) e Cobrador de transporte coletivo (42,31).

Para as ocupações com qualificação relativa, em freqüência de 0 a 100 (em ordem

decrescente), foram:

Para as ocupações com qualificação determinada, em freqüência de 0 a 100 (em ordem

decrescente), foram:

Utilizando-se a classificação das ocupações por eixo tecnológico, obtem-se outra

classificação das vagas mais demandadas no primeiro semestre de 2012, em ordem

decrescente com freqüência de 0 a 1000:

2º Semestre de 2013

No primeiro semestre de 2013 as ocupações mais demandadas pelos empregadores, em

freqüência de 0 a 100 (em ordem decrescente), informadas pelo sine estadual vinculado à

Sectit, para as ocupações sem qualificação foram:

Para as ocupações com qualificação relativa, em freqüência de 0 a 100 (em ordem

decrescente), foram:

Para as ocupações com qualificação determinada, em freqüência de 0 a 100 (em ordem

decrescente), foram:

Utilizando-se a classificação das ocupações por eixo tecnológico, obtém-se outra

classificação das vagas mais demandadas no primeiro semestre de 2012, em ordem

decrescente com freqüência de 0 a 1000:

Análise dos dados

Em se tratando do contexto atual, que se caracteriza, por um lado, por uma progressiva

incorporação tecnológica, mas, por outro por razoável crescimento econômico em que

ocorre redução relativa do desemprego e aumento da demanda por força de trabalho, as

exigências para inserção no emprego são relativizadas.

Existem muitas profissões cujo exercício pressupõe uma formação institucionalizada. Para

ser engenheiro, médico, enfermeiro ou técnico em edificações, por exemplo, é necessária

uma formação e mesmo que o mercado de trabalho possa exigir mais ou menos

qualificações o requisito fundamental é o diploma. Ou seja, sem esta qualificação o

desempregado não se insere. Mas se excluirmos desta análise, num extremo, as funções cuja

aprendizagem se dá imediatamente no processo de trabalho e, no outro, as ocupações e

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profissões já regulamentadas que possuem pré-requisitos que exigem obrigatoriamente

cursos técnicos e superiores, como ficam, em termos de exigências de formação para o

acesso ao emprego, as ocupações de natureza mais operacional que correspondem às

funções e às ocupações “subtécnicas” preponderantemente manuais, mas que exigem

conhecimentos específicos como: pedreiros, eletricistas, pintores, costureiros, cozinheiros,

soldadores, cabeleireiros, torneiros mecânicos, etc?

Sabe-se que o mercado de trabalho ajusta suas exigências em função do fluxo de demanda e

de oferta e que em alguns casos de muita demanda por trabalhadores, nos casos em que a

qualificação é indispensável às empresas podem qualificar depois de inseridos os

trabalhadores. Neste caso, pode-se pensar que em determinados contextos pode haver um

processo de redução do conjunto de pré-requisitos de emprego. Esse contexto colocaria em

questão o mito da qualificação. Aqui, o discurso da empregabilidade e da teoria do capital

humano que atribui à formação profissional capacidade mágica de solucionar os problemas

de desemprego ficaria em debate.

Tendo em vista este contexto de baixo desemprego, poderíamos levantar a seguinte questão:

como ficam as políticas de trabalho e de emprego que operam importantes recursos públicos

intermediando mão de obra e para a qual se propõe a resolver questões como falta de

ocupação e de renda e tem como uma de suas estratégias básicas a oferta de qualificação

profissional e de escolarização?

A difusão do discurso do mito da qualificação

Busca por matérias jornalísticas que atribuem a qualificação profissional solução para

carência de mão de obra e desemprego.

� Em jornal “Folha de São Paulo”, 2010:

o principal motivo para o não preenchimento dos postos é a falta de qualificação da mão de

obra, o que compreende baixo nível de escolaridade, carência de preparo técnico e pouca

experiência. (SOFIA, em 13/02/2010, p. 1. Disponível em

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1402201002.htm.)

� Em jornal “A Gazeta”, 2012:

“para construir uma carreira de sucesso, independentemente da idade, é preciso planejar e

investir em qualificação contínua, desde cedo [...]” (SANCHOTENE, em 23/08/2012, p. 1.

Disponível em

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http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/08/oportunidades/sua_carreira/766-os-

desafios-da-sua-carreira-aos-20-30-40-e-50-anos.html

� Em artigo do CTE, 2009:

[...] preocupações com a falta de mão de obra qualificada, com a formação de profissionais

jovens no mercado e também com a capacitação de seus próprios quadros e equipes, em

vista da retomada de expansão e da nova dinâmica do mercado da construção, que vai atuar

em novas frentes e investir em novas tecnologias e na industrialização. (MELO, em

18/12/2009, p. 1. Disponível em

http://www.cte.com.br/site/artigos_gestao_ler.php?id_artigo=1512)

Ao observar as notícias de jornal reafirmam a ideia do mito da qualificação profissional,

remetendo à teoria do capital humano, mas a Qualificação não garante acesso ao emprego,

de acordo com o segundo momento da pesquisa.

Pesquisa 2

De acordo com o guia FIC Pronatec (2012) para atuar na ocupação de auxiliar de

cabeleireiro. Seria preciso uma formação de 200 horas e uma escolaridade mínima de

Ensino Fundamental Incompleto, no entanto dos 16 anúncios coletados nos anúncios de

“A Gazeta” 2010/2011, todos exigiram apenas experiência como requisito sem mencionar

conforme figura 01 exigência de qualificação ou de escolaridade (Disponível em

http://pronatec.mec.gov.br/fic/et_ambiente_saude/et_ambiente_saude.php#498 <<acesso

16/04/2013>>).

figura 1

De acordo com a CBO – Ministério do Trabalho e Emprego enquandram-se nesta função (CÓDIGO CBO Nº

5161) os trabalhadores nos serviços de embelezamento e higiene: (5161-05 – Barbeiro e 5161-10 - Cabeleireiro

- Ajudante de cabeleireiro, Auxiliar de cabeleireiro, Cabeleireiro escovista, Cabeleireiro feminino, Cabeleireiro

masculino, Cabeleireiro penteador, Cabeleireiro tinturista, Cabeleireiro unissex (Disponível em

http://www.escolaciemsahb.com.br/modules/news/article.php?storyid=35 << acessso em 16/04/2013>>)

Área: Serviços Gerais – Porteiro – Vigia.

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� Segundo a CBO 5174 (porteiro/vigia): desempenha funções afetas ao segmento de

asseio e conservação e não são consideradas atividades de vigilância/segurança

(disponível em http://www.sindasseio.org.br/noticias.asp?PORTEIROVIGIA-OU-

VIGILANTEuJMuE-.html <<acesso em 16/04/2013>>).

� De acordo com guia Pronatec Fic (2012), para atuar nesta área seria necessária uma

formação de 160 horas e Escolaridade Mínima de Ensino Fundamental

Incompleto. No entanto, dos 29 anúncios selecionados em “A Gazeta 2010-2011,

apenas 04 exigem qualificação e experiência e 25 apenas experiência (disponível

em <<acesso em 16/04/2013).

http://pronatec.mec.gov.br/fic/et_infraestrutura/et_infraestrutura.php#56

figura 2

Na figura 02, destacamos um anúncio que exige escolaridade de ensino médio completo,

informática básica e experiência.

Fica claro que os requisitos para alguns casos (empresas e não condomínios) podem ser

maiores, embora não seja regra para inserção para todos os postulantes ao cargo

� Área: Construção civil – Pedreiro.

� Segundo a CBO do M.T.E. (2010) são em geral trabalhadores que atuam em

estruturas de alvenaria, também denominados de (7152-10) Entaipador, Entijolador,

Estucador, Pedreiro de acabamento, Pedreiro de concreto, Pedreiro de fachada,

Pedreiro de manutenção e conservação, Pedreiro de reforma geral. Estes

profissionais organizam e preparam o local de trabalho na obra; constroem

fundações e estruturas de alvenaria. Aplicam revestimentos e contrapisos.

(disponível em

http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf;jsessionid=8781509731383A62C

DABF6F09E6DB068.lbroute814 <<acesso 16/04/2013).

Segundo o guia Pronatec Fic (2012), seria necessário para atuar nessa área curso de

qualificação de 200 horas e escolaridade mínima de Ensino Fundamental Completo, o

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que contrasta em muito com a escolaridade vigente nesse setor produtivo

(http://pronatec.mec.gov.br/fic/et_infraestrutura/et_infraestrutura.php#711 <<acesso em

16/04 /2013).

figura 3

Dos 19 anúncios coletados de “A Gazeta” 2010-2011, todos exigiram apenas a experiência

como pré-requisito. Ao que parece a não exigência de qualificação resulta de grande

demanda por estes profissionais, mas também revela o baixo reconhecimento das

instituições formadoras no campo da construção civil, setor em muitos profissionais

aprendem a profissão em serviço.

� Área: Indústria - Costureira

� Segundo a CBO do M.T.E.(2010), os operadores de máquinas para costura de peças

do vestuário , também denominados de Costureiro na confecção em série (7632-10) e

de Auxiliar de costura, Costureira em geral, Costureiro de amostra, Costureiro de

roupas (confecção em série) trabalham com Costureira de máquina overloque,

Costureira de máquina reta, Costureira de máquinas industriais. Sua função está em

organizar o local de trabalho, preparar máquinas e amostras de costura, operar

máquinas de costura na montagem em série de peças do vestuário (disponível em

http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloResultado.jsf <<

acesso em 16/04/2013).

� De acordo com o guia Pronatec Fic (2012), seria necessário para atuar nesse setor

qualificação profissional de 160 horas e escolaridade mínima de ensino

fundamental Incompleto ( disponível em

http://pronatec.mec.gov.br/fic/et_producao_cultural_design/et_producao_cultural_de

sign.php#564 <<acesso em 16/04/2013).

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figura 4

Dos 09 anúncios coletados todos requerem apenas experiência como requisito. Não consta

exigência de escolaridade e de qualificação. Acredita-se que o tipo de trabalho em razão de

seu grau de repetição na prática prescinde de uma formação mais elaborada para atuação

direta na produção. Também chama atenção que todos os anúncios mencionem a ocupação

sempre no feminino – COSTUREIRA.

Requisitos de emprego preponderantes nos anúncios de “A Gazeta” 2010-2011

� Os pré-requisitos exigidos pelos empregadores por meio dos anúncios publicados

destoa dos pré-requisitos exigidos pelo Guia de cursos PRONATEC e não se

articulam com as premissas da TCH e ignora o mito da qualificação e da

empregabilidade.

Considerações finais

Este trabalho buscou, por meio de uma breve sistematização da bibliografia específica e

análise documental de anúncios de emprego para funções operacionais, problematizar o mito

da qualificação e da escolarização como solução automática para o desemprego. Analisou-se

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as matérias de jornal e anúncios que requerem mão de obra operacional em “A Gazeta”

(seção “oportunidades”) nos anos de 2010 e 2011 para discutir em que medida determinadas

ocupações pré exigem qualificação e escolarização para inserção no emprego na atualidade

confirmando, negando ou relativizando o peso de determinados requisitos para inserção

produtiva. Ao que os dados indicam o perfil de exigência entre as profissões não é

exatamente igual e neste momento exige-se muito mais experiência profissional do que

qualificação e escolaridade a partir do que se levanta o questionamento e a reflexões sobre

os níveis de relevância da escolaridade e da qualificação profissional para inserção

produtiva.

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em 03/06/2014 16 horas

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Anexo 01 1° Semestre de 2012

Qualificação Ocupações freqüência Freqüência Geral

O

cup

açõ

es s

em q

ual

ifica

ção

Ajudante de carga e descarga 52,77

580,14

Ajudante de eletricista 10,93

Ajudante de obra 45,28

Auxiliar de serviços gerais 28,96

Servente de obras 16,32

Empregado Doméstico 84,58

Atendente de telemarketing 16,32

Auxiliar de crédito 14,63

Auxiliar de escritório 16,32

Vendedor interno 25,52

Vendedor de serviços 33,32

Vendedor 84,58

Auxiliar de laboratório 25,52

Servente de limpeza 16,32

Gari 79,15

Auxiliar de linha de produção 21,82

Ajudante florestal 7,8

O

cup

açõ

es c

om

qu

alifi

caçã

o r

elat

iva

Cozinheiro 34,9

Encarregado de concreto 18,07

Eletricista de manutenção 18,07

Meio Oficial 18,07

Encarregado de pedreiro 18,07

Carpinteiro 71,35

Encanador 27,76

Cobrador de ônibus 16,32

Eletricista 27,76 Costureira 35,05

Montador de móveis 59,95

Oficial de serviços gerais 79,15

Pedreiro 80,84

Assistente administrativo 14,63

Corretor de imóveis 16,32

Consultor de vendas 10,89

Cabeleireiro 8,29

Caldeireiro 53,12

Operador de martelo pneumático 60,42

Encanador Industrial 16,32

Mecânico 47,78

Marteleiro 29

Operador de máquinas 18,07

Ocu

paç

ões

co

m

qu

alifi

caçã

o

det

erm

inad

a

Motorista 10,89

Motorista de caminhão 14,63

Motorista de ônibus urbano 14,63

Tratorista agrícola 10,93

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Anexo 02 1° Semestre de 2012

Eixo Tecnológico Ocupações Total Turismo, Hospitalidade e lazer Cozinheiro 34,9 34,9

Infraestrutura

Ajudante de carga e descarga 52,77

714,4

Ajudante de eletricista 10,93

Encarregado de concreto 18,07

Ajudante de obra 45,28

Eletricista de manutenção 18,07

Meio Oficial 18,07

Encarregado de pedreiro 18,07

Auxiliar de serviços gerais 28,96

Carpinteiro 71,35

Encanador 27,76

Cobrador de transporte coletivo 16,32

Eletricista 27,76

Servente de obras 16,32

Montador de móveis 59,95

Motorista 10,89

Empregado Doméstico 84,58

Motorista de caminhão 14,63

Motorista de ônibus urbano 14,63

Oficial de serviços gerais 79,15

Pedreiro 80,84

Assistente administrativo 14,63

Atendente de telemarketing 16,32

Auxiliar de crédito 14,63

Corretor de imóveis 16,32

Auxiliar de escritório 16,32

Consultor de vendas 10,89

Vendedor interno 25,52

Vendedor de serviços 33,32

Vendedor 84,58

Ambiente e Saúde

Auxiliar de laboratório 25,52

129,28 Cabeleireiro 8,29

Servente de limpeza 16,32

Gari 79,15

Controle e processos Industriais

Caldeireiro 53,12

224,71

Operador de martelo pneumático 60,42

Encanador Industrial 16,32

Mecânico 47,78

Marteleiro 29

Operador de máquinas 18,07

Auxiliar de linha de produção 21,82

Recursos Naturais Agricultor 87,67

106,4 Ajudante florestal 7,8

Tratorista agrícola 10,93 Produção Cultural e Desgn Costureira 35,05 35,05

Anexo 03

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2° Semestre de 2012

Qualificação Ocupações freqüência Freqüência Geral

O

cup

açõ

es s

em q

ual

ifica

ção

Ajudante de Cozinha 23,61

997,26

Vendedor 200,64

Ajudante de obra 137,03

Ajudante de carga e descarga 76,12

Auxiliar de linha de produção 40,79

Repositor 35,94

Embalador 35,04

Empregado Doméstico 35,01

Carregador de caminhão 32,15

Ajudante de reflorestamento 26,44

Operador de caixa 25,33

Auxiliar de corte 24,33

Frentista 24,25

Auxiliar de armazenamento 18,77

Auxiliar de estoque 18,77

Conferente de mercadoria 18,77

Auxiliar de lavanderia 14,57

Recepcionista 14,57

Auxiliar de produção 12,74

Balconista de açougue 12,74

Vendedor permissionário 11,59

Ajudante de embarque de cargas 10,61

Auxiliar de serviços gerais 9,68

Ajudante de motorista 8,39

Atendente de telemarketing 8,39

Atendente de balcão 7,82

O

cup

açõ

es c

om

qu

alifi

caçã

o r

elat

iva

Pedreiro 189,05

1635,56

Serrador 155,02

Costureira 135,87

Oficial de serviços gerais 133,45

Mecânico 129,19

Carpinteiro 76,33

Garçom 68,5

Agricultor 67,01

Eletricista 66,03

Mecânico montador 61,47

Encanador Industrial 60,08

Caldeireiro 55,19

Armardor de ferragens 44,95

Açougueiro 32,01

Operador de marketing de rede 23,56

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Cozinheiro 21,65

Cobrador de transporte coletivo 21,65

Aux. Téc de controle de qualidade 21,39

Marceneiro 18,13

Acabador de mármore 14,57

Salva vidas 14,57

Eletricista veicular 13,93

Arquivista 13,93

Assistente administrativo 13,93

Representante comercial 13,93

Fiscal de lavoura 11,97

Operador de máquinas 10,61

Pintor de automóveis 9,68

Copeiro 9,68

Estoquista 8,71

Aux. Controle de qualidade 8,71

Cabeleireiro 8,39

Cozinheiro de restaurante 7,82

Instalador de alarme 7,82

Montador 7,82

Fiscal de loja 7,82

Abastecedor de linha de produção 7,82

Soldador 7,82

O

cup

açõ

es c

om

qu

alifi

caçã

o p

re-d

eter

min

ada

Motorista de entrega 52,11

Motorista 47,65

Motorista de ônibus urbano 21,65

Motorista rodoviário 18,77

Professor 16,94

Motorista carreteiro 16,52

Motorista de caminhão 11,97

Engenheiro de Planejamento 9,98

Engenheiro de segurança 9,98

Téc. Construção civil 9,98

Engenheiro de produção 9,98

Téc. Controle ambiental 9,98

Analista ambiental 9,98

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Anexo 4 2° Semestre de 2012

Eixo Tecnológico Ocupações Total

Turismo, Hospitalidade

e lazer

Ajudante de Cozinha 23,61

139,08

Cozinheiro de restaurante 7,82

Atendente de balcão 7,82

Copeiro 9,68

Cozinheiro 21,65

Garçom 68,5

Infraestrutura

Ajudante de carga e descarga 76,12

1144,35

Ajudante de embarque de cargas 10,61

Ajudante de motorista 8,39

Carregador de caminhão 32,15

Ajudante de obra 137,03

Armardor de ferragens 44,95

Auxiliar de armazenamento 18,77

Auxiliar de serviços gerais 9,68

Carpinteiro 76,33

Cobrador de transporte coletivo 21,65

Eletricista veicular 13,93

Eletricista 66,03

Auxiliar de lavanderia 14,57

Frentista 24,25

Instalador de alarme 7,82

Engenheiro de Planejamento 9,98

Engenheiro de segurança 9,98

Marceneiro 18,13

Montador 7,82

Téc. Construção civil 9,98

Motorista 47,65

Motorista de entrega 52,11

Motorista carreteiro 16,52

Empregado Doméstico 35,01

Motorista de caminhão 11,97

Motorista de ônibus urbano 21,65

Motorista rodoviário 18,77

Oficial de serviços gerais 133,45

Pedreiro 189,05

Gestão e Negócios

Arquivista 13,93

392,32

Assistente administrativo 13,93

Atendente de telemarketing 8,39

Auxiliar de estoque 18,77

Conferente de mercadoria 18,77

Estoquista 8,71

Fiscal de loja 7,82

Representante comercial 13,93

Operador de caixa 25,33

Recepcionista 14,57

Repositor 35,94

Vendedor de serviços 0

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Vendedor 200,64

Vendedor permissionário 11,59

Cabeleireiro 8,39 Desenvolvimento

Professor 16,94 16,94 Educacional e Social

Controle e processos

Caldeireiro 55,19

377,61

Pintor de automóveis 9,68

Embalador 35,04

Mecânico montador 61,47

Encanador Industrial 60,08

Industriais

Mecânico 129,19

Abastecedor de linha de produção 7,82

Operador de máquinas 10,61

Soldador 7,82

Informação e Comunicação

Operador de marketing de rede 23,56 23,56

Produção Industrial

Acabador de mármore 14,57

263,2

Auxiliar de linha de produção 40,79 Aux. Téc de controle de

qualidade 21,39

Engenheiro de produção 9,98

Aux. Controle de qualidade 8,71

Auxiliar de produção 12,74

Serrador 155,02

Recursos Naturais

Agricultor 67,01

125,38 Analista ambiental 9,98

Fiscal de lavoura 11,97

Téc. Controle ambiental 9,98

Ajudante de reflorestamento 26,44 Segurança Salva vidas 14,57 14,57

Produção Alimentícia

Balconista de açougue 12,74 44,75

Açougueiro 32,01 Produção Cultural e Costureira 135,87

160,2 Design Auxiliar de corte 24,33

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Anexo 05

Tipo Ocupações de 2013 1°Semestre Total

Ocu

paç

ões

se

m q

ual

ifica

ção

Ajudante de carga e descarga 72,79

596,35

Ajudante de obra 55,58

Oficial de serviços gerais 39,25

Repositor 34,93

Auxiliar de linha de produção 23,65

Auxiliar de limpeza 14,93

Atendente de lanchonete 14,46

Auxiliar de armazenamento 14,46

Auxiliar de produção 14,46

Auxiliar administrativo 13,86

Ajudante de reflorestamento 12,57

Balconista de açougue 14,46

Assessor de diretoria 13,86

Porteiro 10,17

Auxiliar de dentista 10,17

Embalador 10,17

Atendente de balcão 7,77

Balconista 19,1

Auxiliar de depósito 34,89

Recepcionista 10,3

Frentista 9,19

Assistente administrativo 13,99

Auxiliar de enfermagem 7,38

Vendedor 81,65

Cobrador de transporte coletivo 42,31

O

cup

açõ

es

com

q

ual

ifica

ção

D

eter

min

ada

Nutricionista 24,03

115,38 Motoboy 19,36

Motorista 18,91

Farmacêutico 11,37

Técnico de enfermagem 13,86

Dentista 13,86

Motorista de ônibus urbano 13,99

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Anexo 06

Tipo Ocupações de 2013 1°Semestre Total

Ocu

paç

ões

co

m q

ual

ifica

ção

rel

ativ

a Agricultor 76,41

659,45

Carpinteiro 61,8

Operador de telemarketing 57,72

Pedreiro 52,92

Garçom 42,79

Costureira 40,45

Cozinheiro 36,22

Manicure 34,63

Padeiro 27,85

Motorista de caminhão 27,63

Promotor de vendas 24,33

Açougueiro 15,53

Analista contábil 14,46

Armador de ferragens 14,46

Acabador de mármore e granito 14,3

Camareira de hotel 13,86

Cabeleireiro 11,37

Vigilante 10,3

Mecânico 10,17

Borracheiro 9,72

Gesseiro 9,19

Marceneiro 9,19

Montador de estruturas 9,19

Soldador 9,19

Vendedor permissionário 9,19

Consultor de vendas 7,77

Eletricista 7,74

Jardineiro 1,07

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Anexo 07

Tipo Ocupações de 2013 2°Semestre Total

Ocu

paç

ões

se

m q

ual

ifica

ção

Auxiliar de contabilidade 3,75

560,47

Auxiliar de laboratório 3,75

Oficial de serviços gerais 3,75

Telefonista 4,19

Auxiliar contábil 4,19

Repositor 4,19

Cobrador de transporte coletivo 6,39

Auxiliar de cobrança 6,8

Auxiliar de cozinha 6,8

Auxiliar de escritório 6,99

Auxiliar de serviços gerais 6,99

Auxiliar de expedição de jornal 7,52

Auxiliar de serviços de aeroporto 7,52

Recepcionista 7,74

Assistente de vendas 7,68

Auxiliar de enfermagem 7,38

Lavador de veículos 7,74

Ajudante de motorista 9,38

Atendente de lanchonete 9,38

Auxiliar de linha de produção 13,79

Coveiro 13,48

Gari 13,48

Frentista 15,12

Embalador 20,28

Porteiro 22,45

Auxiliar administrativo 27,8

Auxiliar de depósito 27,08

Ajudante de carga e descarga 24,64

Vendedor 71,17

Ajudante de obra 64,83

Auxiliar de limpeza 51,9

Atendente de balcão 36,77

Ajudante de cozinha 35,55

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Anexo 08

Tipo Ocupações de 2013 2°Semestre Total

Ocu

paç

ões

co

m q

ual

ifica

ção

Det

erm

inad

a

Técnico de enfermagem 22,19

197,79

Motoboy 21,16

Motorista 22,84

Motorista carreteiro 17,12

Veterinário 16,85

Nutricionista 14,85

Técnico em contabilidade 11,27

Técnico em informática 11,27

Tratorista agrícola 11,27

Web design 7,52

Professor de educação física 7,38

Bibliotecário 6,99

Motorista de caminhão 6,8

Auditor interno 6,39

Técnico em edificações 6,39

Professor 3,75

Técnico em elétrica 3,75

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Anexo 09

Tipo Ocupações de 2013 2°Semestre Total

O

cup

açõ

es c

om

qu

alifi

caçã

o r

elat

iva

Pedreiro 54,45

684,95

Garçom 46,1

Agricultor 44,09

Cozinheiro 41,5

Açougueiro 39,58

Atendente de telemarketing 35,38

Carpinteiro 35,22

Costureira 33,38

Manicure 30,66

Mecânico 28,92

Consultor de vendas 25,59

Jardineiro 20,65

Operador de rádio 18,79

Operador de caixa 18,48

Marceneiro 14,51

Soldador 13,48

Vidraceiro 11,43

Barman 11,27

Cuidadora de idosas 11,27

Instrutor de informática 11,27

Serrador 11,27

Farmacêutico 10,58

Promotor de vendas 9,38

Eletricista 7,74

Operador de empilhadeira 7,74

Pizzaiolo 7,74

Caldeireiro 7,68

Armador de ferragens 7,52

Arquivista 7,52

Babá 7,52

Camareira de hotel 7,52

Oficial polivalente 7,52

Serralheiro 7,47

Acabador de mármore e granito 7,38

Chapeiro 7,38

Bombeiro hidráulico 6,39

Despachante de embarque 6,39

Montador 4,19

]

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1° Semestre de 2013

Eixo Tecnológico Ocupações Total

Turismo, Hospitalidade e lazer

Ajudante de Cozinha 0

134,2

Atendente de balcão 7,77

Atendente de lanchonete 14,46

Auxiliar de cozinha 0

Balconista 19,1

Barman 0

Camareira de hotel 13,86

Chapeiro 0

Cozinheiro 36,22

Garçom 42,79

Pizzaiolo 0

Infraestrutura

Ajudante de carga e descarga 72,79

533,81

Ajudante de motorista 0

Ajudante de obra 55,58

Armardor de ferragens 14,46

Auxiliar de armazenamento 14,46

Auxiliar de depósito 34,89

Auxiliar de serviços de aeroporto 0

Auxiliar de serviços gerais 0

Bombeiro Hidráulico 0

Borracheiro 9,72

Carpinteiro 61,8

Cobrador de transporte coletivo 42,31

Despachante de embarque 0

Eletricista 7,74

Frentista 9,19

Gesseiro 9,19

Jardineiro 1,07

Lavador de veículos 0

Marceneiro 9,19

Montador 0

Montador de estruturas 9,19

Motoboy 19,36

Motorista 18,91

Motorista carreteiro 0

Motorista de caminhão 27,63

Motorista de ônibus urbano 13,99

Oficial de serviços gerais 39,25

Oficial polivalente 0

Operador de empilhadeira 0

Pedreiro 52,92

Porteiro 10,17

Téc. Edificações 0

Téc. Elétrica 0

Vidraceiro 0

Gestão e Negócios Analista contábil 14,46

268,2 Arquivista 0

Assistente administrativo 13,99

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Assistente de vendas 0

Atendente de telemarketing 0

Auxiliar administrativo 13,86

Auxiliar contábil 0

Auxiliar de cobrança 0

Auxiliar de contabilidade 0

Auxiliar de escritório 0

Consultor de vendas 7,77

Operador de caixa 0

Operador de telemarketing 57,72

Promotor de vendas 24,33

Recepcionista 10,3

Repositor 34,93

Téc. Contabiliade 0

Telefonista 0

Vendedor 81,65

Vendedor permissionário 9,19

Ambiente e Saúde

Auxiliar de dentista 10,17

141,6

Auxiliar de enfermagem 7,38

Auxiliar de laboratório 0

Auxiliar de limpeza 14,93

Babá 0

Cabeleireiro 11,37

Coveiro 0

Cuidador de idosos 0

Dentista 13,86

Farmacêutico 11,37

Gari 0

Manicure 34,63

Nutricionista 24,03

Téc. Enfermagem 13,86

Veterinário 0

Desenvolvimento Educacional e Social

Bibliotecário 0 0 Professor 0

Professor de Ed. Física 0

Controle e processos Industriais

Caldeireiro 0

29,53 Embalador 10,17

Mecânico 10,17

Serralheiro 0

Soldador 9,19

Informação e Comunicação

Instrututor de informática 0

0 Operador de rádio 0

Téc. Informática 0

Web designer 0

Produção Industrial

Acabador de mármore 14,3

52,41 Auxiliar de linha de produção 23,65

Auxiliar de produção 14,46

Serrador 0

Recursos Naturais Agricultor 76,41

88,98 Ajudante de reflorestamento 12,57

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Tratorista agrícola 0

Segurança Vigilante 10,3 10,3

Produção Alimentícia Balconista de açougue 14,46

57,84 Açougueiro 15,53

Padeiro 27,85

Produção Cultural e Design

Costureira 40,45 40,45

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2° Semestre de 2013

Eixo Tecnológico Ocupações Total

Turismo, Hospitalidade e lazer

Ajudante de Cozinha 35,55

210,01

Atendente de balcão 36,77

Atendente de lanchonete 9,38

Auxiliar de cozinha 6,8

Balconista 0

Barman 11,27

Camareira de hotel 7,52

Chapeiro 7,38

Cozinheiro 41,5

Garçom 46,1

Pizzaiolo 7,74

Infraestrutura

Ajudante de carga e descarga 24,64

457,7

Ajudante de motorista 9,38

Ajudante de obra 64,83

Armardor de ferragens 7,52

Auxiliar de armazenamento 0

Auxiliar de depósito 27,08

Auxiliar de serviços de aeroporto 7,52

Auxiliar de serviços gerais 6,99

Bombeiro Hidráulico 6,39

Borracheiro 0

Carpinteiro 35,22

Cobrador de transporte coletivo 6,39

Despachante de embarque 6,39

Eletricista 7,74

Frentista 15,12

Gesseiro 0

Jardineiro 20,65

Lavador de veículos 7,74

Marceneiro 14,51

Montador 4,19

Montador de estruturas 0

Motoboy 21,16

Motorista 22,84

Motorista carreteiro 17,12

Motorista de caminhão 6,8

Motorista de ônibus urbano 0

Oficial de serviços gerais 3,75

Oficial polivalente 7,52

Operador de empilhadeira 7,74

Pedreiro 54,45

Porteiro 22,45

Téc. Edificações 6,39

Téc. Elétrica 3,75

Vidraceiro 11,43

Gestão e Negócios Analista contábil 0

252,12 Arquivista 7,52

Assistente administrativo 0

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Assistente de vendas 7,68

Atendente de telemarketing 35,38

Auxiliar administrativo 27,8

Auxiliar contábil 4,19

Auxiliar de cobrança 6,8

Auxiliar de contabilidade 3,75

Auxiliar de escritório 6,99

Consultor de vendas 25,59

Operador de caixa 18,48

Operador de telemarketing 0

Promotor de vendas 9,38

Recepcionista 7,74

Repositor 4,19

Téc. Contabiliade 11,27

Telefonista 4,19

Vendedor 71,17

Vendedor permissionário 0

Ambiente e Saúde

Auxiliar de dentista 0

203,91

Auxiliar de enfermagem 7,38

Auxiliar de laboratório 3,75

Auxiliar de limpeza 51,9

Babá 7,52

Cabeleireiro 0

Coveiro 13,48

Cuidador de idosos 11,27

Dentista 0

Farmacêutico 10,58

Gari 13,48

Manicure 30,66

Nutricionista 14,85

Téc. Enfermagem 22,19

Veterinário 16,85

Desenvolvimento Educacional e Social

Bibliotecário 6,99 18,12 Professor 3,75

Professor de Ed. Física 7,38

Controle e processos Industriais

Caldeireiro 7,68

77,83 Embalador 20,28

Mecânico 28,92

Serralheiro 7,47

Soldador 13,48

Informação e Comunicação

Instrututor de informática 11,27

48,85 Operador de rádio 18,79

Téc. Informática 11,27

Web designer 7,52

Produção Industrial

Acabador de mármore 7,38

32,44 Auxiliar de linha de produção 13,79

Auxiliar de produção 0

Serrador 11,27

Recursos Naturais Agricultor 44,09

55,36 Ajudante de reflorestamento 0

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Tratorista agrícola 11,27

Segurança Vigilante 0 0

Produção Alimentícia Balconista de açougue 0

39,58 Açougueiro 39,58

Padeiro 0

Produção Cultural e Design

Costureira 33,38 33,38