o meu mundo

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O MEU MUNDO O MUNDO DO TROMPETE DEDICADO AOS QUE MAIS ADORAM ESTE INSTRUMENTO História do trompete Os primeiros trompetes eram feitos de um tubo de cana, bambu, madeira ou osso e até conchas, e só mais tarde se fizeram de metal. Embora os trompetes sejam instrumentos de tubo essencialmente cilíndrico, há trompetes extraeuropeus (por exemplo, as do antigo Egipto) que são nitidamente cónicos. Os mais primitivos eram usados à maneira de um megafone, para fins mágicos ou rituais: cantava-se ou gritava-se para dentro do tubo para afastar os maus espíritos. A partir da Idade do Bronze os trompetes passaram a ser usados sobretudo para fins marciais. Na Idade Média os trompetes eram sempre feitos de latão, usando-se também outros metais, marfim e cornos de animais. No entanto, tinham uma embocadura já semelhante à dos instrumentos acuais: um bocal em forma de taça. Este bocal era muitas vezes parte integrante do instrumento e não uma peça separada, como acontece atualmente. Até fins da Renascença predomina ainda o trompete natural, ou trombeta natural (aquela que produz os harmónico naturais). As trombetas menores eram designadas por clarinho. Era habitual, ao utilizar várias trombetas em conjunto, cada uma delas usar só os harmónicos de uma determinada zona. Durante o período Barroco os trombetistas passaram a se especializar em cada um destes registos, sendo inclusive remunerados em função disso. O registo clarinho, extremamente difícil, era tocado apenas por virtuosos excecionais, capazes de tocar até ao 18.º harmónico. A trombeta natural no registo de clarinho tem um timbre particularmente belo, bastante diferente do timbre do trompete atual. O desaparecimento, após a Revolução Francesa, de pequenas cortes que mantinham músicos foi uma das razões que fizeram com que os executantes de clarinho desaparecessem também no fim do séc. XVIII. A impossibilidade de produzir mais sons para além de uma única série de harmónicos era a maior limitação dos instrumentos naturais. Já no princípio do Barroco este problema começa a ser encarado seriamente, surgindo os trompetes de varas. Existe em Berlim uma trombeta de 1615 em que o tubo do bocal pode ser puxado para fora 56cm, aumentando o comprimento do tubo o suficiente para o som baixar uma terceira. Vários instrumentos, hoje obsoletos, foram construídos como resultado de invenções e tentativas, até ao aparecimento dos pistões em 1815. Surge então uma nova era, não só para o trompete como também para outros metais.

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Page 1: O meu mundo

O MEU MUNDO O MUNDO DO TROMPETE

D E D I C A D O A O S Q U E M A I S A D O R A M E S T E I N S T R U M E N T O

História do trompete

Os primeiros trompetes eram feitos de um tubo de cana, bambu, madeira ou osso e até

conchas, e só mais tarde se fizeram de metal. Embora os trompetes sejam instrumentos de

tubo essencialmente cilíndrico, há trompetes extraeuropeus (por exemplo, as do antigo

Egipto) que são nitidamente cónicos. Os mais primitivos eram usados à maneira de um

megafone, para fins mágicos ou rituais: cantava-se ou gritava-se para dentro do tubo para

afastar os maus espíritos. A partir da Idade do Bronze os trompetes passaram a ser usados

sobretudo para fins marciais. Na Idade Média os trompetes eram sempre feitos de latão,

usando-se também outros metais, marfim e cornos de animais. No entanto, tinham uma

embocadura já semelhante à dos instrumentos acuais: um bocal em forma de taça. Este

bocal era muitas vezes parte integrante do instrumento e não uma peça separada, como

acontece atualmente. Até fins da Renascença predomina ainda o trompete natural, ou

trombeta natural (aquela que produz os harmónico naturais). As trombetas menores eram

designadas por clarinho. Era habitual, ao utilizar várias trombetas em conjunto, cada uma

delas usar só os harmónicos de uma determinada zona. Durante o período Barroco os

trombetistas passaram a se especializar em cada um destes registos, sendo inclusive

remunerados em função disso. O registo clarinho, extremamente difícil, era tocado apenas

por virtuosos excecionais, capazes de tocar até ao 18.º harmónico. A trombeta natural no

registo de clarinho tem um timbre particularmente belo, bastante diferente do timbre do

trompete atual. O desaparecimento, após a Revolução Francesa, de pequenas cortes que

mantinham músicos foi uma das razões que fizeram com que os executantes de clarinho

desaparecessem também no fim do séc. XVIII. A impossibilidade de produzir mais sons

para além de uma única série de harmónicos era a maior limitação dos instrumentos

naturais. Já no princípio do Barroco este problema começa a ser encarado seriamente,

surgindo os trompetes de varas. Existe em Berlim uma trombeta de 1615 em que o tubo do

bocal pode ser puxado para fora 56cm, aumentando o comprimento do tubo o suficiente

para o som baixar uma terceira. Vários instrumentos, hoje obsoletos, foram construídos

como resultado de invenções e tentativas, até ao aparecimento dos pistões em 1815. Surge

então uma nova era, não só para o trompete como também para outros metais.

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O M O T I V O D E V O S A P R E S E N T A R U M A B R E V E H I S T Ó R I A D O T R O M P E T E ?

Porque eu toco trompete.

Adoro o trompete.

Pois, eu acho que quem toca trompete é um herói, saber da história do que agente adora

é muito cativante, e motivador para continuar tocando...

E também porque quando li pela primeira vez a historia me incentivoua dedicar mais ao

instrumento.

Ps: Dediquem-se ao estudo musical e serão uns heróis.