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REPORTAGEM TESTEMUNHO Durante a Quaresma, toda a sociedade foi convida- da a refletir sobre a nova Campanha da Fraternidade. Mas qual a sua relação com a realidade do povo, quan- do este necessita de aten- dimento médico? A equipe d’O Mensageiro foi conhe- cer a realidade de um posto de saúde. Jovem relata seu despertar para o serviço à Igreja, após descobrir – durante a cateque- se para a Crisma – que seu bati- zado não era válido. “Foi como uma crise existencial. Pensei: durante todo esse tempo vivi uma espécie de mentira. Hoje eu sei que isso foi uma ‘cutuca- da’ para acordar para a verda- deira comunhão com Cristo”. Da Igreja aos postos de saúde Seguindo a Cristo ENTREVISTA Pe. Júlio César avalia o enga- jamento e espiritualidade dos nossos jovens Juventude Jesus garante a vitória da vida sobre a morte” Q uando passou o sába- do, Maria Madalena e Maria, a mãe de Tia- go, e Salomé compra- ram perfumes para ungir o corpo de Jesus. E bem cedo, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo. E diziam entre si: ‘Quem rolará para nós a pedra da entrada do túmulo?’ Era uma pedra muito grande. Mas, quan- do olharam, viram que a pedra já tinha sido retirada. Entraram en- tão no túmulo e viram um jovem, sentado ao lado direito, vestido de branco. Mas o jovem lhes disse: ‘Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucifica- do? Ele ressuscitou’” (Mc 16, 1-6). Aleluia, aleluia! Exultem o céu e os anjos! Que os mensageiros de Deus façam soar as trombetas anunciando a vitória da vida sobre a morte! Neste “novo amanhecer” Igreja em festa, com a ressurreição do Senhor COM A RESSURREIÇÃO DO SENHOR, NOSSA IGREJA ESTÁ EM FESTA DIANTE DE TÃO GRANDE MISTÉRIO DE AMOR, FUNDAMENTO DE NOSSA FÉ CRISTÃ PASCOM contemplemos Jesus Cristo, o “servo” que se fez obediente ao Pai até a morte, mas que ressuscitou e foi elevado ao trono de Rei do céu e da terra. Doravante podemos dizer que somos felizes, porque a Ressurreição de Jesus veio nos garantir a vitória da vida sobre a morte, do amor sobre o ódio e da misericórdia sobre o pecado. Ele, o Ressuscitado, é a pro- posta definitiva de salvação para nossa humanidade. O verdadeiro caminho para a vida sempre pas- sará por Ele e quem se distanciar d’Ele estará indo de encontro à morte. Que a mãe Igreja alegre-se pela Ressurreição do Senhor, que vem iluminar e amparar toda a criação. De que nos valeria ter nascido, se não fossemos resgatados no amor do Cristo? Graças ao Pai, Jesus venceu as trevas da morte física e espiritual, rompendo definitiva- mente o inferno. Como dizia o apóstolo Pau- lo, “se não tivéssemos o Cristo a quem iríamos?” Nos momentos de tribulação, dor e sofrimento, com quem contaríamos de forma incondicional? Portanto, é moti- vo de grande júbilo celebrarmos a Ressurreição do Senhor, que vem confirmar a sua presença viva no meio de nós. Com a sua ressurrei- ção, Ele nos aponta um caminho Páscoa (do hebraico Pessach) significa passagem. É a maior e a mais importante festa de toda a Cristan- dade | Foto: Divulgação MAR-ABR 2012 Ano XIII |nº 134 www.paroquiagloria.org.br Em maio, Semana Mariana O mensageiro da Glória PÁSCOA certo onde a promessa da vida em plenitude deixa de ser apenas uma esperança para ser uma realida- de para aqueles que vivem o seu Evangelho. Definitivamente, através da Ressurreição do Senhor, nossa Igreja está em festa diante de tão grande mistério de amor, que se constitui no fundamento de nossa fé cristã. E para todos nós, que por essa mesma fé participamos de sua morte de cruz, agora partici- paremos de sua glória. Portanto, o Senhor Ressusci- tado nos convoca a sermos novas criaturas, libertas de tudo que nos afasta do seu Evangelho. O Senhor nos lembra que se faz presente em cada irmão crucificado dessa ter- ra que está faminto, nu, enfermo e abandonado, ressuscitando-o para uma vida plena através do amor de cada um de nós.

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Page 1: O mensageiro da Glória - paroquiagloria.org.br · Igreja em festa, com a ressurreição do Senhor Com a RessuRReição do senhoR, nossa igReja está em festa diante de tão gRande

REPORTAGEM TESTEMUNHO

Durante a Quaresma, toda a sociedade foi convida-da a refletir sobre a nova Campanha da Fraternidade. Mas qual a sua relação com a realidade do povo, quan-do este necessita de aten-dimento médico? A equipe d’O Mensageiro foi conhe-cer a realidade de um posto de saúde.

Jovem relata seu despertar para o serviço à Igreja, após descobrir – durante a cateque-se para a Crisma – que seu bati-zado não era válido. “Foi como uma crise existencial. Pensei: durante todo esse tempo vivi uma espécie de mentira. Hoje eu sei que isso foi uma ‘cutuca-da’ para acordar para a verda-deira comunhão com Cristo”.

Da Igreja aos postos de saúde

Seguindo a CristoENTREVISTA

Pe. Júlio César avalia o enga-jamento e espiritualidade dos nossos jovens

Juventude

Jesus garante a vitória da vida sobre a morte”

“Quando passou o sába-

do, Maria Madalena e Maria, a mãe de Tia-go, e Salomé compra-ram perfumes para

ungir o corpo de Jesus. E bem cedo, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo. E diziam entre si: ‘Quem rolará para nós a pedra da entrada do túmulo?’ Era uma pedra muito grande. Mas, quan-do olharam, viram que a pedra já tinha sido retirada. Entraram en-tão no túmulo e viram um jovem, sentado ao lado direito, vestido de branco. Mas o jovem lhes disse: ‘Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucifica-do? Ele ressuscitou’” (Mc 16, 1-6).

Aleluia, aleluia! Exultem o céu e os anjos! Que os mensageiros de Deus façam soar as trombetas anunciando a vitória da vida sobre a morte! Neste “novo amanhecer”

Igreja em festa, com a ressurreição do Senhor

Com a RessuRReição do senhoR, nossa igReja está em festa diante de tão gRande mistéRio de amoR, fundamento de nossa fé CRistã

PASCOM

contemplemos Jesus Cristo, o “servo” que se fez obediente ao Pai até a morte, mas que ressuscitou e foi elevado ao trono de Rei do céu e da terra. Doravante podemos dizer que somos felizes, porque a Ressurreição de Jesus veio nos garantir a vitória da vida sobre a morte, do amor sobre o ódio e da misericórdia sobre o pecado.

Ele, o Ressuscitado, é a pro-posta definitiva de salvação para nossa humanidade. O verdadeiro caminho para a vida sempre pas-sará por Ele e quem se distanciar d’Ele estará indo de encontro à morte.

Que a mãe Igreja alegre-se pela Ressurreição do Senhor, que vem iluminar e amparar toda a criação. De que nos valeria ter nascido, se não fossemos resgatados no amor do Cristo? Graças ao Pai, Jesus venceu as trevas da morte física e espiritual, rompendo definitiva-mente o inferno.

Como dizia o apóstolo Pau-lo, “se não tivéssemos o Cristo a quem iríamos?” Nos momentos de tribulação, dor e sofrimento, com quem contaríamos de forma incondicional? Portanto, é moti-vo de grande júbilo celebrarmos a Ressurreição do Senhor, que vem confirmar a sua presença viva no meio de nós. Com a sua ressurrei-ção, Ele nos aponta um caminho

Páscoa (do hebraico Pessach) significa passagem. É a maior e a mais importante festa de toda a Cristan-dade | Foto: Divulgação

MAR-ABR 2012 Ano XIII |nº 134www.paroquiagloria.org.br

Em maio, Semana Mariana

O mensageiro da

Glória

PÁSCOA

certo onde a promessa da vida em plenitude deixa de ser apenas uma esperança para ser uma realida-de para aqueles que vivem o seu Evangelho.

Definitivamente, através da Ressurreição do Senhor, nossa Igreja está em festa diante de tão grande mistério de amor, que se constitui no fundamento de nossa fé cristã. E para todos nós, que por essa mesma fé participamos de sua morte de cruz, agora partici-paremos de sua glória.

Portanto, o Senhor Ressusci-tado nos convoca a sermos novas criaturas, libertas de tudo que nos afasta do seu Evangelho. O Senhor nos lembra que se faz presente em cada irmão crucificado dessa ter-ra que está faminto, nu, enfermo e abandonado, ressuscitando-o para uma vida plena através do amor de cada um de nós.

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PASCOMO MENSAGEIRO DA GLÓRIA É O VEÍCULO OFICIAL DE DIVULGAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA GLÓRIA, DA ARQUIDIOCESE DE FORTALEZA. AVENIDA OLIVEIRA PAIVA, 905 - CIDADE DOS FUNCIONÁRIOS - CEP:60822.130 - FORTALEZA - CEARÁ. TELEFONE: (85) 3279.4500 - SUPERVISÃO: PE. FRANCISCO - REPÓRTERES: CÉLIA PINHEIRO, DANILO AMARAL, GIL BEZERRA, MOISÉS FURTADO, NARCÉLIO BARROS, RODRIGO DE ALMEIDA, PATRÍCIA GUABIRABA, PAULO DAVI, SARAH GUABIRABA E WAGNER NASCIMENTO - JORNALISTA RESPONSÁVEL: PATRÍCIA GUABIRABA (MTB 01597JP-CE) - PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: BRUNO BARBOSA - IMPRESSÃO: GRÁFICA ENCAIXE - TIRAGEM: 3000 EXEMPLARES

O PAIXÃO DO SENHOR | A celebração da Paixão do Senhor ocorreu no dia 06 de Abril de 2012, Sexta-feira Santa, às 15h, sendo seguida pela Via Sacra. Foto: Narcélio Barros

Galeria

Catarina era apenas uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana. Mesmo analfa-beta, talvez tenha sido a figura feminina mais impressionante do cristianismo do segundo milênio. Nasceu em 25 de março de 1347, em Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e ela era uma dos vinte e cinco filhos do casal. Fica fácil imaginar a in-fância conturbada que Catarina teve. Além de não poder estudar, cresceu franzina, fraca e viveu sempre doente. Mas, mesmo que não fosse assim tão debili-tada, certamente a sua missão apostólica a teria fragilizado. Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo.

Desejando seguir o caminho da perfeição, aos sete anos de idade consagrou sua virgindade a Deus. Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências, mesmo contra a oposição familiar. Aos quinze anos, Catarina ingres-sou na Ordem Terceira de São Domingos. Durante as orações contemplativas, envolvia-se em êxtase, de tal forma que só esse fato possibilitou que convertesse centenas de almas durante a juventude. Já adulta e atuante, começou por ditar cartas ao povo, orientando suas atitudes, convocando para a caridade, o entendimento e a paz. Foi então que enfrentou a primeira dificuldade que muitos acha-riam impossível de ser vencida: o cisma católico.

Dois papas disputavam o tro-no de Pedro, dividindo a Igreja e

fazendo sofrer a população cató-lica em todo o mundo. Ela viajou por toda a Itália e outros países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes católicos, cardeais e bispos, e conseguiu que o papa legítimo, Urbano VI, retomas-se sua posição e voltasse para Roma. Fazia setenta anos que o papado estava em Avignon e não em Roma, e a Cúria sofria influências francesas.

Outra dificuldade, intranspo-nível para muitos, que enfrentou serenamente e com firmeza, foi a peste, que matou pelo menos um terço da população européia. Ela tanto lutou pelos doentes, tantos curou com as próprias mãos e orações, que converteu mais algumas centenas de pa-gãos. Suas atitudes não deixa-ram de causar perplexidade em seus contemporâneos. Estava à frente, muitos séculos, dos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente.

Em meio a tudo isso, dei-xou obras literárias ditadas e editadas de alto valor histórico, místico e religioso, como o livro “Diálogo sobre a Divina Providência”, lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Sua cabeça está em Sena, onde se mantém sua casa, e seu corpo está em Roma, na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. Foi declarada “doutora da Igre-ja” pelo papa Paulo VI em 1970. (Fonte: www.paulinas.org.br)

Santo do Mês

Esse tempo de graça, que também contagia a comunidade da Glória, auxilia-nos frente aos grandes desafios da evangeliza-ção. Neste ano de 2012, quando esperávamos cerca de 300 jovens para a Crisma, eis que se inscre-vem mais de 500. Também a ca-tequese de 1ª Eucaristia superou as expectativas. Por isso se faz necessária a campanha das cadei-ras, para acolher bem as nossas

EditorialA Igreja vive um momento su-blime com a Páscoa do Senhor. O próprio Filho de Deus, após enfrentar humanamente a morte de cruz, ressuscita dentre os mor-tos como primícias da nossa sal-vação. Impossível não se alegrar com tamanha prova de amor.

Páscoa é também oportuni-dade de renovação. É tempo de deixa para trás qualquer senti-mento ou atitude que me afasta dos irmãos – seja o rancor, a falta de perdão, a avareza, a incompre-ensão... Como vou me aproximar dignamente do altar do Senhor se eu odeio o meu próximo?

Jesus nos ensinou o caminho da salvação pelo amor. Amor que significa “decisão de amar”, mes-mo quando tudo à volta parece desfavorável. Amor que se tra-duz na abertura à vontade do Pai, mesmo quando ceder parece per-der. Amor que se fortalece na fé, na esperança e na caridade, e não se apega aos valores do mundo.

crianças e jovens. Mais uma vez a comunidade está de parabéns, pela sua resposta positiva diante dos nossos apelos.

E após 40 dias de reflexão pro-funda com a Quaresma, quando vivenciamos de modo particular a prática do jejum, da penitência, da oração e da esmola, busque-mos colocar em prática ações concretas para “que a saúde se di-funda sobre a terra” (Eclo, 38,8), conforme nos convida a Campa-nha da Fraternidade deste ano. Nossa Paróquia precisa de agen-tes para a Pastoral da Saúde, que está em formação. Se você pode colaborar de algum modo, deixe seu contato na secretaria.

Que a Páscoa do Senhor – a festa das festas – possa encontrar lugar nos nossos corações, reno-vando forças e alegria para a ca-minhada.

*Pe. Francisco de Assis, pároco

Páscoa: a festa das festasSanta Catarina de Sena

02 MAR-ABR 2012 Ano XIII |nº 134

www.paroquiagloria.org.br

O mensageiro da

Glória

Informações

MISSAS NA MATRIZ | Segunda a Sexta: 6h30 e 18h30; Sábado: 6h30, 16h30 e 18h30; Domingo: 8h, 11h, 18h e 20h; 2º Domingo de cada mês - Missa da Misericórdia: 16h; Dia 13 de cada mês: Missa às 12h

HORÁRIO DAS CONFISSÕES | Terça a Sexta, das 15h às 18h

FUNCIONAMENTO DA SECRETARIA | Terça a Domingo, das 8h às 11h e das 14h às 19h30. Fone: (85) 3279.4500.

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“Eles buscam a nossa Paró-quia porque ela possui o histó-rico de ser uma igreja organiza-da, de ter pastorais organizadas. As celebrações e os retiros da Crisma, por exemplo, são muito lindos. Isso foi um ganho para a Paróquia, mas por outro lado está fazendo com que outras

Este ano, a Paróquia Nossa Senhora da Glória se surpreen-deu com o número de jovens que procura-

ram a igreja para o sacramento da Crisma. Foram mais de 500 inscrições realizadas, quando a expectativa era de aproximada-mente 300 jovens. Apesar das dificuldades, o nosso pároco, Pe. Francisco de Assis Filho, e a Pas-toral da Crisma decidiram aco-lher toda a juventude que busca-va o sacramento da confirmação.

De acordo com Shirley Soa-res, que integra a coordenação da Pastoral da Crisma, a principal dificuldade enfrentada é a quanti-dade maior de crismandos do que espaços e até mesmo cadeiras. “A Igreja recomenda que nós temos que fazer catequese com vinte

Mais de 500 jovens inscritosCRISMA

CResCe o númeRo de jovens que busCam o saCRamento da ConfiRmação. PaRóquia busCa atendeR, mas enfRenta difiCuldades

pessoas, no máximo; nós estamos com quase trinta”, afirmou.

Segundo ela, há muita gente que vem de outras comunida-des, a exemplo de Messejana, Tancredo Neves, Cajazeiras, Seis Bocas. O ideal seria que esses jo-vens buscassem o sacramento na Paróquia de sua área pastoral.

pessoas venham de fora”, expli-cou Shirley. A procura pelo sa-cramento continuou até mesmo após o término do período de inscrições. “A Paróquia fez a op-ção de acolher, mas a partir de um determinado momento nós não pudemos mais”, completou.

A catequese para a Crisma tem a duração de aproxima-damente um ano e três meses. Em 2010, a Paróquia da Glória crismou 398 jovens. Em 2011, foram 368 crismados. Shirley conta que atualmente a coor-denação da Pastoral da Crisma possui seis mulheres; quatro delas se crismaram na Paróquia mais recentemente. “Elas foram crismandas, depois catequistas e agora coordenadoras. São pes-soas novas, que estão amadure-cendo e assumindo o trabalho. Hoje nós estamos com 53 cate-quistas e 18 turmas de crisma”, disse Shirley. As turmas se di-videm na segunda-feira, sexta--feira, sábado e domingo.

Sobre a grande procura dos jovens pela Igreja, a coordena-dora acredita que está aconte-cendo um novo despertar da

juventude. “Eu acredito que a catequese está acontecendo, porque para mim não é só rece-ber o sacramento; é permane-cer, é servir à Igreja. João Paulo II dizia que o jovem é o futuro da Igreja, e eu acredito nisso. Quando a catequese começa, os jovens já são chamados a servir – seja nas barracas, que vão ar-recadar recursos para o retiro e outros eventos, seja na Liturgia, participando das missas. Alguns já vão fazer o Encontro de Jo-vens com Cristo (EJC). Então eles já começam a se engajar na nossa ação pastoral. Com isso, a juventude vai despertando para permanecer na Igreja”, avalia.

CampanhaVocê é convidado(a) a partici-par conosco da Campanha das Cadeiras, contribuindo, assim, para dar melhores condições de evangelização às turmas de catequese de 1ª Eucaristia e Crisma. Basta doar o valor de R$ 30,00 na secretaria, o que equivale à compra de uma ca-deira, ou qualquer outro valor que preferir.

A Festa da Divina Misericórdia, cele-brada no primeiro domingo depois da Páscoa, foi instituída oficialmente como festa universal pelo papa João Paulo II no ano 2000. “Por todo o mundo, o segundo Domingo da Pás-coa irá receber o nome de Domingo da Divina Misericórdia, um convi-te perene para os cristãos de todo o mundo enfrentarem, com confiança na divina benevolência, as dificulda-des e desafios que a humanidade irá experimentar nos anos que virão” (Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Decreto de 23 de Maio de 2000).

Na Paróquia da Glória, a Festa da Divina Misericórdia acontecerá de 11 a 15 de abril, sob a coorde-nação do Apostolado da Divina Misericórdia. Nesse período ha-verá missas às 18h30min, seguida

Festa da Misericórdia acontece de 11 a 15 de abrilAPOSTOLADO

A Festa encontra suas ori-gens em Santa Maria Faustina Kowalska, que na década de 1930 obteve de Jesus reve-lações acerca da instituição dessa festa no seio da Igreja, bem como profecias e mani-festações que o próprio Cristo mandou que as escrevesse e retransmitisse à humanidade.

No diário de Santa Faus-tina, encontramos essas refe-rências: “Nenhuma alma terá justificação, enquanto não se dirigir, com confiança, à Minha misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa deve ser a

Festa da Misericórdia” (Di-ário, 570). “Neste dia, estão abertas as entranhas da Mi-nha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericór-dia; a alma que se confessar e comungar alcançará o perdão total das culpas e castigos; nesse dia estão abertas todas as comportas Divinas, pelas quais fluem as graças” (Diá-rio, 699); “Dize à humanidade que sofre que se aproxime do meu coração misericordioso, e eu a cumularei de paz (Di-ário 1074)

Saiba mais...

MAR-ABR 2012 Ano XIII |nº 134www.paroquiagloria.org.br 03

O mensageiro da

Glória

de palestras com temas diversos, com início às 19h30min. No dia 11, quarta-feira, o tema da palestra é “A Festa da Divina Misericórdia”, com Pe. Júlio César, nosso vigário paroquial. No dia 12, quinta-feira, o tema é “O Ícone da Misericórdia, com Átila Amaral Brilhante, da Comunidade Shalom. No dia 13, sexta-feira, haverá a recitação do Terço da Misericórdia. No sábado, 14, a Festa será recordada nas mis-sas das 16h30min e 18h30min.

Domingo, dia 15 de abril, come-moraremos de fato a Festa da Divi-na Misericórdia. Às 14h, abertura e louvor com o grupo “Corações em Deus”. Às 15h haverá adoração ao Santíssimo Sacramento e recitação do Terço da Misericórdia. A Festa culmina com a Celebração Eucarís-tica, às 16h.

A missão maior do Apostolado da Divina Misericórdia é visitar os enfermos e levar o Terço da Miseri-córdia aos cristãos e às famílias em geral, seja nas casas, nos hospitais ou nos asilos.

Na Paróquia, o Apostolado con-duz a recitação do Terço da Miseri-córdia toda sexta-feira, às 15h, na Ca-pela do Santíssimo (na 1ª sexta-feira do mês o terço é recitado na Igreja, sendo precedido pela Adoração ao Santíssimo). A reunião dos integran-tes do movimento acontece na 2ª sexta-feira do mês, após o terço.

A Celebração da Misericórdia também faz parte da programação de missas da nossa Matriz, aconte-cendo no 2º domingo de cada mês, às 16h, sendo precedida da Adoração ao Santíssimo e do Terço da Miseri-córdia, que começam antes, às 15h.

Em 2010, a Paróquia da Glória crismou 398 jovens. Em 2011, foram 368 crismandos | Foto: Pastoral da Crisma

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Durante o período da Quaresma, toda a so-ciedade foi convidada a refletir sobre a nova Campanha da Fra-

ternidade, lançada pela Conferên-cia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que veio com o tema “Fra-ternidade e Saúde Pública” e com o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo, 38,8).

Mas qual a relação da Campa-nha da Fraternidade com a reali-dade do povo, quando este neces-sita de atendimento médico? Se a saúde deve ser difundida por sobre a terra e se a mesma saúde deve caminhar ao lado da fraternidade, nenhum lugar é melhor para fazer tais observações do que em uma Unidade Básica de Saúde. Foi por esta razão que a equipe do jornal O Mensageiro da Glória foi conhecer mais de perto a realidade do Centro de Saúde Dr. Manoel Carlos Gou-veia, que fica próximo à Paróquia Nossa Senhora da Glória.

O Centro de Saúde Dr. Manoel Carlos Gouveia é um dos vinte Cen-tros de Saúde da Família instalados na Secretaria Executiva Regional VI, da Prefeitura de Fortaleza, e há mais de 30 anos foi inaugurado. O posto fica bem no meio do Jardim das Oliveiras, que faz divisa com bairros como Luciano Cavalcante, Cidade dos Funcionários e Parque Manibura, locais onde vive a gran-de maioria dos pacientes que bus-cam atendimento nessa unidade. Somos recepcionados pela coorde-nadora, Edineide do Nascimento. É ela que nos envolve com núme-ros e histórias sobre a realidade de um espaço aonde todos vão buscar cura para o corpo. “Não temos um

REPORTAGEM

a equiPe d’o mensageiRo da glóRia foi ConfeRiR Como as Comunidades do entoRno da PaRóquia são atendidas quando busCam saúde

Campanha da Fraternidade: da Igreja aos postos de saúde

No posto de saúde a população busca consultas, remédios, vacinas e outros ser-viços | Foto: Sarah Guabiraba (Pascom)

PASCOM

atendimento ideal, infelizmente”, reconhece de cara a coordenadora. “Aqui, poderíamos ter mais pro-fissionais. São dois médicos onde poderiam existir quatro e são três enfermeiras onde deveriam ter quatro. Mas nós nos esforçamos para dar a todos um atendimento mais humanizado”.

São cerca de 500 pacientes atendidos mensalmente, o que dá uma média de 170, por dia. Se dividirmos o atendimento pelos dois médicos, o número chega a mais de 80 pessoas. Isso sem falar na saúde bucal, com mais de 400 atendimentos por mês, para três dentistas. Difícil esperar um aten-dimento de qualidade diante des-tes números, como admite a única médica no local, naquela tarde, Greyciane Barbosa, uma genera-lista, ou seja, que atende de tudo e qualquer tipo de paciente, da crian-ça ao idoso: “Eu vou fazendo tudo na medida do possível. Não é por que tem muita gente lá fora que eu vou atender mais pessoas aqui ou fazer isso mais rápido. Eu procuro atender bem a todos. Mas, é claro, com poucos profissionais o atendi-mento vai ficando mesmo um pou-co desumanizado e muitos acabam

voltando pra casa sem a consulta”.Ao logo da nossa visita vai fican-

do claro que não é o computador com defeito ou a falta de medica-mentos que mais aborrece gesto-res, médicos ou pacientes, e sim a pouca quantidade de profissionais da saúde. Edineide bate na mesma tecla: “Mais médicos e enfermeiras, ou melhor, mais concursos públi-cos para que eles possam vir. É dis-so que precisamos para melhorar”, defende. Perguntada se haveria lugar no posto para mais médicos, a coordenadora revela que a Prefei-tura já liberou verba para a refor-ma do prédio e que, mesmo sem a reforma, já daria para adaptar salas para acolher melhor o público.

Nossa equipe constatou tam-bém, naquela tarde, dois medi-camentos em falta no posto de saúde: captopril e omeprazol, respectivamente remédios para o controle da pressão arterial e para tratamento gástrico. “Acho que só chegam na semana que vêm. Como são os remédios mais procurados, são os que acabam primeiro”, explica a atendente da farmácia que funciona no posto, Andrea Santiago. “Sem eles aqui acabo tendo que indicar outras

unidades e farmácias populares para que os pacientes possam ad-quiri-los”, lamenta.

Onde procurar ajudaApesar de sempre se falar sobre o assunto, ainda muita gente desco-nhece – ou esquece, por conveni-ência – que casos simples e rotinei-ros devem ser dirigidos aos postos de saúde (consultas, vacinas e con-trole da hipertensão, por exemplo). Conforme se necessite de atendi-mentos mais complexos, só aí de-vem ser procuradas as unidades de atendimento secundário, caso dos Frotinhas e Gonzaguinhas, e terciário, caso do Instituto Dr. José Frota. “A humanização também significa educar as pessoas a não procurarem grandes hospitais, que já estão lotados. Aqui orientamos as pessoas quanto a isso”, explica João Hernando, auxiliar de enfer-magem.

E quanto aos pacientes, o que pensam disso? “Estou com 9 me-ses, e desde o início venho fazendo o meu pré-natal aqui neste posto, que é pertinho da minha casa”, anima-se a dona de casa Antônia Monteiro. “É melhor vir ao posto do que ir a um hospital, que nunca

tem médico. Se eu preciso de uma vacina para o meu filho de três anos, aqui eles dão”, explica a tam-bém dona de casa, Sara Apolinário. “Minha filha é recém nascida e de-pois que ela ganhou alta no hospital os médicos disseram que eu deve-ria fazer o teste do pezinho aqui no posto, que é bem perto da minha casa. Isso foi muito melhor”; desta vez foi o motorista Paulo Martins quem se mostra bem orientado.

Que a saúde se difundaEm uma de suas pregações, Jesus disse: “Os sãos não precisam de médico, mas os enfermos; eu não vim chamar os justos, mas os peca-dores” (São Marcos 2,17). Em Sua caminhada, Jesus teve um cuidado especial com os doentes, curando diversas enfermidades do corpo e da alma. Também nós devemos abraçar a luta por uma saúde pú-blica de qualidade, que atenda dig-namente todos os Filhos de Deus que dela necessitarem.

Com a Campanha da Fraterni-dade deste ano, toda a Igreja e cada um de nós pode refletir melhor sobre este caminhar de milhares de pessoas a esperar em filas e em macas espalhadas por corredores, ou na falta de medicamentos para aqueles que possuem cada vez me-nos condições de cura. Apesar dos comentários sobre os problemas recorrentes do Sistema Único de Saúde (SUS), ele ainda é a única opção para o tratamento dos nos-sos irmãos menos favorecidos.

Para avançarmos, é necessá-rio um maior compromisso dos gestores públicos, a ampliação de verbas para o setor e um maior engajamento dos profissionais. “A filosofia do SUS é perfeita; o que falta mesmo é as pessoas arrega-çarem as mangas para trabalhar pelo paciente. O problema não é só estrutural, é humano também”, comenta a professora Míriam Ca-liupe, da Escola de Enfermagem da Universidade de Fortaleza.

Centro de Saúde da Família Dr. Manoel Carlos GouveiaAv. Des. Fausto Albuquerque, nº 486 - Jardim das Oliveiras (85) 3452.6092 - 3488.3287

Serviço

04 MAR-ABR 2012 Ano XIII |nº 134

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O mensageiro da

Glória

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Penso que, quando ou-viram de Jesus esta palavra decidida de encorajamento, o co-ração dos discípulos

estremeceu de alegria. Como seria maravilhoso se Jesus pu-desse dirigi-la também a nós! Para sermos um pouco dignos dela, procuremos compreendê--la. Jesus tinha acabado de fa-zer a famosa comparação da videira e das varas. Ele é a ver-dadeira videira, o Pai é o agri-cultor, que corta as varas que não dão fruto e poda todas as varas que dão fruto, para que dêem mais fruto. Depois de ex-plicar isto, Ele afirma: “Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado”.

“Já estais purificados…”. De que pureza se trata? É aquela disposição de ânimo necessá-ria para estar diante de Deus, aquela ausência de obstáculos (como o pecado, por exemplo) que se opõem ao contato com o sacro e ao encontro com o divino. Para ter esta pureza é necessária uma ajuda do Alto. Já no Antigo Testamento o ho-mem tinha tomado consciência da sua incapacidade de se apro-ximar de Deus apenas com as suas próprias forças. Era neces-sário que Deus lhe purificasse o coração, lhe desse um coração novo. Há um Salmo lindíssimo que diz: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro” (1).

“Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado” (Jo 15, 3)

PALAVRA DE VIDA

“Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado”. Segundo Jesus, existe um meio para se ser puro: é a Sua Palavra. Aquela Palavra que os discípulos ouviram, e à qual aderiram, purificou-os. A Palavra de Jesus, na verdade, não é como as palavras huma-nas. Nela está presente Cristo tal como, de outro modo, está presente na Eucaristia. Por meio dela, Cristo entra em nós. Aceitando-a, pondo-a em práti-ca, faz-se com que Cristo nas-ça e cresça no nosso coração. Paulo VI dizia: “Como é que Jesus se torna presente nas al-mas? Através da comunicação da Palavra passa o pensamento divino, passa o Verbo, o Filho de Deus feito Homem. Poder--se-ia afirmar que o Senhor Se encarna dentro de nós, quando aceitamos que a Palavra venha viver dentro de nós” (2).

“Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado”. A Palavra de Jesus é também comparada a uma semente lançada no íntimo do crente. Quando é recebida, ela penetra em cada pessoa e, como uma semente, desenvol-ve-se, cresce, dá fruto, “cristifi-ca”, tornando-nos semelhantes a Cristo. Quando é interioriza-da pelo Espírito, a Palavra tem realmente a capacidade e a for-ça de manter o cristão afastado do mal: enquanto deixar agir

É no amor recíproco que se vive a Palavra com os seus efeitos de purificação, de santidade, de proximidade com Deus. | Foto: Divulgação

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O mensageiro da

Glória

em si a Palavra, ele estará livre do pecado, e, portanto, é puro. Pecará só se deixar de obedecer à verdade.

“Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado”. Como devemos viver, então, para merecermos também nós o elogio de Jesus? Pondo em prática cada Palavra de Deus, nutrindo-nos dela, momento após momento. Fa-zendo da nossa existência uma obra de contínua reevangeli-zação. Deste modo podemos chegar a ter os mesmos pensa-mentos e sentimentos de Jesus, para O revivermos no mundo, para mostrarmos à sociedade – muitas vezes enredada no visco do mal e do pecado – a pure-za divina, a transparência que o Evangelho dá. Durante este mês, ainda, se for possível (isto é, se as nossas intenções forem partilhadas por outros), procu-remos pôr em prática, de modo especial, a Palavra que exprime o mandamento do amor recí-proco. Na verdade, para João evangelista – que refere a frase de Jesus que hoje considera-mos – existe uma ligação entre a Palavra de Cristo e o manda-mento novo.

Segundo ele, é no amor recí-proco que se vive a Palavra com os seus efeitos de purificação, de santidade, de impecabilida-de, de fruto, de proximidade com Deus. O indivíduo isolado é incapaz de resistir durante muito tempo às solicitações do mundo, ao passo que, no amor recíproco, encontra um ambien-te são, onde pode proteger a sua existência cristã autêntica.

Referências: 1) Sl 51, 12; 2) Insegnamenti di Paolo VI, V, Cidade do Vaticano 1967, p. 936. Autoria: Chiara Lubi-ch, fundadora do Movimento dos Focolares (esta Palavra de Vida foi publicada original-mente em maio de 1982)

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O mensageiro da

Glória

aquele que dá Com amoR, alegRia e desPRendimento ReCebe mais. é o deus da vida quem nos auxilia na Caminhada

Amar o próximo é dever nosso e amar a Deus é i n d i s p e n s á v e l . Por isso, partilhe

como pode com aquele que não tem. Há muitas maneiras de servir ao Senhor, e ser dizi-mista é uma delas. Você que é agente de pastoral ou não, que participa ativamente das cele-brações das santas missas de nossa Paróquia, consulte seu coração e faça uma experiên-cia: assuma um compromis-so com Deus, devolvendo seu Dízimo todos os meses, para o seu bem e o de toda a nossa comunidade.

Dízimo é partilha CHAMADO

Ser dizimista é trazer para a própria vida o que Deus nos ensina nas escrituras, o amor ao nosso semelhante; isso significa que estamos em sintonia com Ele. Deus nos

PASTORAL DO DÍZIMO

O plantão do Dízimo está pre-sente ao final de todas as cele-brações da Paróquia da Glória, seja na Matriz ou nas comuni-dades Lago Jacarey e Parque Del Sol. Você também pode fazer o download da ficha de inscrição do Dízimo através do banner principal do nosso site: www.paroquiagloria.org.br.

Saiba mais...

A juventude da Paróquia da Glória não cessa de buscar novas formas de aprofundar a sua espiritualidade, assim com a da nossa comunida-de. A nova iniciativa da Prio-ridade Juventude (PrJ) é a “Quinta-feira Santa”, lançada pela primeira vez no dia 22 de março. “Lançamos esse proje-to porque sentimos a necessi-dade de ter um momento de adoração”, explica Jéssica Be-zerra, da PJ.

A “Quinta-feira Santa” acontece toda 3ª quinta-feira do mês, às 20h, no Salão Pa-

Novo momento de adoração, com a Quinta-feira Santa

JUVENTUDE

roquial – com exceção dos meses em que a Paróquia esti-ver vivenciando um momento litúrgico maior, a exemplo da Festa da Padroeira. Consiste num momento de adoração conduzido pelos jovens, segui-do da explanação de um tema com um palestrante convida-do. “É aberta a todos os paro-quianos e agentes pastorais, jovens ou adultos. Todos são convidados!”, destaca Jéssica.

O primeiro evento abordou “A Semana Santa”, com Mor-gana Holanda, da Comunida-de Shalom. A próxima “Quin-

ta-feira Santa” acontecerá no dia 19 de abril. O palestrante será o irmão Emanuel, Mis-sionário do Sagrado Coração, da Paróquia do Sagrado Co-ração de Nossa Senhora (Ae-rolândia). “A misericórdia de Deus é invencível” será o tema da palestra. Imperdível para quem quer avançar no cami-nho da santidade!

Quinta-feira SantaDia 19 de abril de 2012, às 20h, no Salão Paroquial. Com o palestrante: Irmão Emanuel. Tema: “A misericórdia de Deus é invencível”

Serviço

Terço dos HomensO movimento do Terço dos Homens já melhorou e resgatou a vida de milhares de homens e suas famílias. O Terço acontece todas as terças-feiras, às 20h, na igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora da Glória. Participe!

Festa da PadroeiraA 1ª reunião de preparação para a Festa da Padroeira 2012 aconteceu na noite do dia 28 de março. A festa, em honra de Nossa Senhora da Glória, ocorrerá de 03 a 12 de agosto. Todas as pastorais, movimentos e serviços são convidados a

se engajar ativamente dos preparativos, para que faça-mos uma linda festa, digna de nossa padroeira.

Jantar das MãesO núcleo dirigente do En-contro de Casais com Cristo (ECC) comunica que já está com os convites para o Jan-tar das Mães, que será re-alizado no dia 05 de Maio, às 20h, no pátio de nossa Paróquia. O custo do jantar é R$ 25,00 por pessoa. Os interessados devem entrar em contato com os parti-cipantes dos seus círculos com a maior brevidade possível. A quantidade de convites é limitada.

Avisos

concede tantas graças que a nossa resposta não poderia ser diferente: a profunda gra-tidão. Não devemos somente pedir que Deus faça mais por nós, sem que façamos algo

por Ele, que está presente nas celebrações eucarísticas, nas pessoas que buscam os sacra-mentos e nos nossos irmãos mais necessitados. A respos-ta mais efetiva para isso é ser

dizimista, pois o seu dízimo contribuirá para a conserva-ção da nossa Igreja, para o crescimento da ação pastoral e também para a melhoria de vida dos irmãos mais carentes de nossa comunidade.

Inscreva-se e ponha em prática esse rico ensinamen-to. Aquele que dá com amor, alegria e desprendimento recebe mais. Com certeza o Deus da vida nos auxiliará na caminhada, a fim de con-tinuamos firmes na missão evangelizadora. Lembrai-vos dessas palavras inesquecíveis que Nossa Senhora nos dei-xou: “Fazei tudo o que Ele vos disser, correspondendo com vosso amor e vosso chamado”. Fazendo assim, não morrere-mos de mãos vazias. Seja um dizimista fiel!

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O mensageiro da

Glória

Semana MarianaDe 14 a 18 de maio, a Paró-quia da Glória realizará mais uma Semana Mariana. O ciclo de palestras, com foco na vida, virtudes e dogmas de Nossa Senhora, já virou tradição na nossa Paróquia e acontecerá sempre às 19h30min, após as missas. Toda a comunidade é con-vidada a participar e, assim, aprofundar-se na espiritu-alidade mariana. Confira a programação e agende-se!14/05 (segunda-feira): “Os dogmas de Maria”, com Pe. Júlio César, vigário paro-quial15/05 (terça-feira): “Maria e o terço”, com Cléber Noguei-ra, e “As dores de Maria”, com Emiliano Fortaleza16/05 (quarta-feira): “Ma-ria, a peregrina”, com Irmã Neiva

17/05 (quinta-feira): “O si-lêncio de Maria”, com Irmã Nora Tavares18/05 (sexta-feira): “Maria na família”, com Maurício Duran

Novo bispo auxiliarO Santo Padre, o papa Bento XVI nomeou, no dia 21 de março, um novo bispo au-xiliar para Arquidiocese de Fortaleza, monsenhor José Luiz Gomes de Vasconcelos. O anúncio foi feito por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo metro-politano de Fortaleza, no mesmo dia, pela manhã, na Residência Arquiepiscopal. A ordenação Episcopal será no dia da Festa de São Bar-nabé Apóstolo, 11 de junho, na Catedral de Garanhuns, Pernambuco.

Avisos

1º Enférias Jovens (Encontro de Fé de Férias dos Jovens)Data: 06, 07 e 08 de julhoLocal: Centro de Espiritualidade Santa Teresinha (Mondubim)Inscrições: Com a Prioridade Juventude, a partir do dia 22 de abrilMais informações: Marcos Felipe ([email protected])

ServiçoN os dias 06, 07 e 08 de ju-lho, a Prioridade Juventude da Paróquia Nossa Senhora da Glória realizará o 1º En-férias Jovens (Encontro de Fé de Férias dos Jovens). É um evento destinado aos jovens – principalmente aqueles que nunca fizeram um seminário de vida no Es-pírito Santo, um Encontro de Jovens com Cristo ou um retiro. O Enférias será rea-lizado no Centro de Espiri-tualidade Santa Teresinha, localizado no Mondubim.

Será um encontro de grande convivência, louvor,

Encontro de fé nas férias

formação, oração e adora-ção. Se você tem sede de participar, participe! Se você conhece alguém que precisa de um momento es-pecial com Cristo, convide--o! “Temos certeza de que o Enférias fará um grande di-ferencial na vida de muitos jovens”, afirmam os coorde-nadores do evento.

As inscrições serão aber-tas no dia 22 de abril (domin-go), das 17h às 19h30min, em uma das salas do Centro Pastoral da nossa Paróquia. Serão 200 vagas destinadas a jovens entre 18 e 29 anos.

JUVENTUDE

objetivo é evitaR o isolamento, integRando essas Pessoas à PaRóquia atRavés das PastoRais e movimentos

Na grande família dos filhos de Deus ninguém pode ficar de fora, todos de-vem ser acolhidos.

Mas isso não acontecia de modo mais efetivo com os viúvos e vi-úvas de nossa comunidade. Foi pensando nisso que a Pastoral Familiar, a pedido do Pe. Fran-cisco, preparou mais um Encon-tro de Viúvos e Viúvas. O evento

Pastoral Familiar realiza Encontro de Viúvos e Viúvas

INTEGRAÇÃO

acontecerá no dia 22 de abril, das 8h às 12h, no auditório do Centro Pastoral.

“Há muitos casos de pessoas que acabam no isolamento, após o falecimento do cônjuge, inclu-sive fiéis que participavam ativa-mente do Encontro de Casais com Cristo (ECC)”, explica Duílio Ro-cha, da Pastoral Familiar. “Nosso objetivo é integrar essas pessoas à Paróquia, fazer com elas conti-nuem se encontrando, engajá-las nos nossos movimentos”, acres-centa o agente pastoral. O encon-tro é também uma oportunidade de encontrar novas pessoas que compartilham com o mesmo ide-al de seguimento ao Cristo.

A expectativa inicial, de 40 participantes, já foi superada. Mas a Pastoral Familiar está dis-

posta a acolher todos os viúvos e viúvas que buscarem se inscrever, até a capacidade máxima do au-ditório da Paróquia. As inscrições podem ser feitas na Secretaria até o dia 20 de abril. “Será um encon-tro bem dinâmico, com momen-tos de formação, integração e des-contração”, finaliza Duílio.

será um encontro bem dinâmico”“

Duílio Rocha, Pastoral Familiar

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O mensageiro da

Glória

dade de estar com os amigos. Iniciei a Crisma com esse in-tuito, o de somar mais amigos no meu “Orkut”.

Com o tempo, aquele ami-go que influenciou o meu in-gresso à Crisma acabou desis-tindo. Pensei em abandonar junto com ele, pois eu estava

Meu nome é Le-onardo Ca-valcante. Fre-qüento a Igreja da Glória des-

de os meus oito anos. Desde a minha 1ª Eucaristia, nunca liguei muito para a Igreja; só ia a algumas ocasiões como casa-mentos e missas de 7º dia. Na minha família, apenas minha mãe perseverava em Cristo. Era ela quem nos levava para as missas de domingo – às ve-zes à força.

Eu não me importava muito com os eventos da Igreja, nem com as homilias de domingo. Para mim, ir à Igreja era ape-nas um programa diferenciado no domingo. Na verdade, eu contava as horas para a mis-sa acabar. Eu não participava verdadeiramente da celebra-ção; apenas assistia. Era quase como um programa de televi-são, que você senta e assiste tudo no automático. Sabia de-corados os momentos de le-vantar e sentar e me assustava com as mudanças nos tempos litúrgicos, quando ficava meio perdido no decorrer da missa.

“Foi no serviço a Cristo que me vi no caminho”

TESTEMUNHO I

Em uma das missas de do-mingo foi anunciada a aber-tura das inscrições para a Crisma de 2009 e me inscrevi por influência de um amigo. Eu até tinha noção da impor-tância deste sacramento, mas para mim as reuniões eram apenas mais uma oportuni-

levando aquilo como um lazer, um “point” de encontros no sábado à tarde! Fui levando com a barriga durante algum tempo, quando descobri, em uma das formações sobre fal-sas doutrinas, que meu batiza-do não havia sido válido. Por um descuido de meus pais (foi

por pura inocência que o fize-ram), eu fui batizado na Igreja Brasileira.

A partir deste momento eu decidi parar para refletir: de que me adiantou participar da comunhão todo esse tempo se nem ao mesmo batizado eu sou? Foi como uma crise exis-tencial. Pensei: durante todo esse tempo vivi uma espécie de mentira. Hoje eu sei que isso foi um toque, uma “cutu-cada” para acordar. Acordar para viver a verdadeira comu-nhão com Cristo. Decidi fazer diferente a partir daquele mo-mento. Fui batizado em 2010 na Vigília Pascal.

A Crisma acabou e toda a mi-nha ocupação foi embora. Con-tinuei participando das missas todos os domingos, vivencian-do Cristo em minha vida, só que isso não bastava. Era ne-cessário mais. E foi no serviço a Cristo que me vi no caminho. Hoje sirvo na Pastoral da Aco-lhida, aos domingos, e sei que a caminhada só começou.

Deixo aqui meu pedido aos jovens da Paróquia Nossa Se-nhora da Glória: nossa Paró-quia necessita de você. Não deixe o fogo se apagar! Procure algo que lhe encante dentro da nossa igreja, seja a música, seja o Dízimo, a acolhida, a cateque-se, a comunicação, a liturgia, a Prioridade Juventude... Ou os movimentos, como o grupo Missão, a Obra Bene... Garan-to que existe um serviço que se encaixa bem com os seus dons e a sua disponibilidade.

E não se esqueça: servin-do à Igreja você serve a Deus, através dos irmãos.

LEONARDO CAVALCANTE

Shairon Monteiro, 27 anos, nasceu, mora e trabalha em Barbalha, município que fica distante 503 Km de Fortale-za. É casado com Thamyles. No dia 12 de fevereiro, quando aproveitava o final de semana na capital cearense, aceitou o convite para ir à missa na co-

“Se eu morasse em Fortaleza, eu não perderia um dia de missa ali”

TESTEMUNHO II

munidade Parque Del Sol, que pertence à área pastoral da nossa Paróquia. Saiu de lá en-cantado e deu o seguinte tes-temunho:

“Achei a missa uma mara-vilha. Foi bem diferente de to-das as outras missas que eu já tive a oportunidade de parti-

cipar em toda a minha vida. O fato de ter sido uma celebra-ção ao ar livre, fez com que eu ficasse mais à vontade. Eu sou do interior, e as missas que eu freqüento no interior são in-termináveis.

Esta foi uma missa que realmente mexeu comigo. O

tempo passou tão rápido que eu nem percebi. Se todas as missas tivessem uma pregação como aquela, haveria mais ca-tólicos no mundo. Queria que minha mãe, que hoje é evan-gélica, assistisse a essa missa. Tenho certeza de que ela vol-taria a ser católica.

Minha mãe já me chamou para um culto na igreja dela, dizendo que iria ser “diferen-te”. Mas eu não achei nada “diferente”, como ela dizia. Agora, essa missa que eu as-sisti, sim, foi diferente. Senti

uma unidade, uma aproxima-ção entre as pessoas.

Nunca assisti a uma missa com um padre* daquele jeito. Ele deixou uma mensagem so-bre procurar entender a vida do próximo, que é a pessoa que está ao nosso lado, e pode estar pas-sando por necessidades. Se eu morasse em Fortaleza, eu não perderia um dia de missa ali”.

*O padre a quem Shairon se refere é o Pe. Francisco de Assis. O testemunho foi conce-dido à equipe d´O Mensageiro no dia 12 de fevereiro.

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O mensageiro da

Glória

Entrevista

No dia 03 de março, no aterro da Praia de Iracema, aconteceu o Bote Fé Fortaleza. Na ocasião, mais de 100 mil pessoas acolhe-ram a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, que peregrinam por todo o País até a data da re-alização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Estes símbolos passaram por algumas paróquias e bairros da capital, entre os dias 02 e 03 de março.

O evento contou com uma mis-sa presidida pelo arcebispo de For-taleza, dom José Antônio, e conce-lebrada pelos bispos auxiliares e vários de padres da Arquidiocese. Houve também shows com Zé Vi-cente, Comunidade Recado, Suely Façanha, Missionário Shalom, Ir. Kelly Patrícia e banda Dominus.

O evento terminou por vol-ta das 23h. Mesmo com chuva, a grande maioria dos jovens não deixou de louvar e celebrar esse momento tão belo e tão impor-tante. A juventude da Paróquia da Glória estava presente, com jovens da Obra Bené, Grupo Missão, EJC, Prioridade Juventude e muitos paroquianos.

“Foi um momento de muita ale-gria para a juventude da nossa Ar-quidiocese. Quem participou teve uma noção do quanto será abenço-ada e grandiosa a JMJ de 2013, que será no Rio de Janeiro. Rezar com vários jovens, estar perto desses símbolos inspirados pelo Papa João Paulo II é uma experiência única”, afirmou Marcos Felipe, da Priorida-de Juventude de nossa Paróquia.

Nosso vigário paroquial, Pe.

“O jovem fortalece ainda mais a vida da Igreja”

Júlio César, participou do Bote Fé junto com a comitiva dos jovens. Acompanhe a entrevista que ele concedeu à equipe d’O Mensageiro.

Mensageiro da Glória: Pe. Júlio César, como foi participar do Bote Fé Fortaleza?Pe. Júlio: Para mim foi um mo-mento de muita alegria ver aquela juventude toda reunida ali na Praia de Iracema. A gente viu o tamanho da esperança que temos na nossa juventude. Não é à toa que o santo padre, o Papa Bento, e toda a nossa Igreja estão muito preocupados com os jovens porque, de fato, o

jovem é o futuro da Igreja. E não só da Igreja, mas de toda a humanida-de. Realmente eles são a esperança de um mundo novo, de um mundo melhor. Então para mim foi uma experiência muito gratificante estar no meio daquela juventude. Apesar de ser um padre jovem (tenho só 32 anos), eu me senti mais jo-vem do que eu já sou. Renovou o nosso ânimo na fé, na esperança e no exercício da caridade. Eu me emocionei muito quando a cruz foi chegando e foi aparecendo a figura do papa João Paulo II, que foi o idealizador desse projeto da Jorna-da Mundial da Juventude. Foi um

momento muito forte, marcante, ver a renovação da fé daqueles jovens.

Mensageiro da Glória: Como o senhor vê o engajamento e a procura cada vez maior dos jovens pela Igreja?Pe. Júlio: Apesar de estar há ape-nas dois meses na Paróquia Nossa Senhora da Glória, eu percebo que a presença da juventude aqui é muito forte. Eu passei por muitas experiências em outras paróquias, onde eu pude acompanhar uma boa presença dos jovens. Mas aqui eu fiquei impressionado com o engajamento e a procura da vida de Igreja que esses jovens têm. Aqui, por exemplo, eu percebo, da parte dos nossos jovens, uma espiritua-lidade muito profunda, uma sede de Deus, uma busca de vivenciar a Palavra de Deus. Isso é uma bênção, porque não é toda Paróquia que tem um número grande de jovens participando, engajados e com uma espiritualidade profunda como eu vejo aqui. Temos que louvar a Deus por isso. O jovem, quando toma essa consciência, de que é Igreja tam-bém, fortalece mais ainda a vida da própria Igreja no serviço do Reino de Deus.

Mensageiro da Glória: E como o chamado de Deus na sua vida, para a gente compartilhar com outros jovens?Pe. Júlio: Bom, o meu chamado vocacional foi assim como todo chamado vocacional é: um mistério. Ninguém entende; somente Deus

tem suas razões. Até os meus 16 anos eu não pensava fortemente em ser padre. Eu sempre fui um jovem muito engajado na vida da Igreja. Meus pais são católicos, então desde criança eu sempre fui acostumado a essa vivência de Igreja. Fui coroinha sete anos, ajudei quatro párocos; fui catequista, fui da pastoral do Dízimo, fui da Pastoral Missionária, fui catequista de Crisma, inclusive formei minha própria irmã. Isso foi ajudando aos poucos a despertar a minha vocação. Foi a partir dos 17 anos que começou realmente o despertar para o chamado ao sacer-dócio. Com 18 anos eu comecei a participar dos encontros vocacionais aqui da Arquidiocese de Fortaleza (participei em 1998 e 1999). Em 1999 eu ingressei, aos 19 anos, no seminário, terminando ainda o ensino médio (naquele tempo se podia ainda terminar os últimos anos do colegial no seminário). Após nove anos de formação, me ordenei padre com 28 anos. E este ano, com a graça de Deus, vou completar quatro anos de ordenação no dia 28 de novembro. Então foi assim o meu chamado vocacional.

Mensageiro da Glória: E que mensagem o senhor deixaria aos jo-vens que sentem a mesma vocação?Pe. Júlio: Eu sempre digo que Deus vai mostrando com o passar do tempo os seus sinais e a gente vai despertando. Então se você está sentindo o chamado de Deus para uma determinada vocação especí-fica – ou para a vida consagrada, como uma irmã religiosa, uma freira, ou como um sacerdote, um ministro de Deus – não tenha medo de responder o sim. Por mais que a gente sinta medo (porque a gente teme o desconhecido), quando Deus chama alguém Ele o capacita. Deus não chama os capacitados ou esco-lhe apenas os melhores. Aquele que Ele escolhe, Ele o capacita. Então não tenha medo de responder o sim, porque vale a pena seguir a Deus como ideal de toda a nossa vida.

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O mensageiro da

Glória

Calendário litúrgico

ABRIL > 02/04: são francisco de Paula, eremita; 04/04: santo isidoro, bispo e doutor da igreja; 05/04: são vicente ferrer, presbítero; 07/04: são joão batista de la salle, presbítero; 11/04: santo estanislau, bispo e mártir; 13/04: são martinho i, papa e mártir; 21/04: santo anselmo, bispo e doutor da igreja; 23/04: são jorge, mártir; 23/04: santo adalberto, bispo e mártir; 24/04: são fidélis de sigmaringa, presbítero e mártir; 25/04: são marcos, evangelista; 28/04: são Pedro Chanel, presbítero e mártir; 28/04: são luís grignon de mantfort, presbítero; 29/04: santa Catarina de sena, virgem e doutora da igreja; 30/04: são Pio v, papa.

A partir do milagre da ressur-reição de Cristo, bem que po-demos aproveitar para refle-tir sobre os atuais valores que norteiam a nossa sociedade! Cada vez mais nos surpre-endemos com fatos e atitu-des completamente contrá-rios ao Evangelho por parte de muitos que deveriam ser-vir de exemplos de conduta para a sociedade, principal-mente para as nossas crian-ças e jovens.

Quando tomamos conheci-mento de atos de desonestida-de, de corrupção, de violência e de falta de moralidade, os quais deveriam ser evitados em prol do bem comum da sociedade, nós nos pergun-tamos: de onde saíram esses valores tão distorcidos? ^

Se a família é a célula da so-ciedade, o que está realmente ocorrendo no seio dela? Por que esta célula está tão fra-gilizada que não é mais capaz

Sejamos diferentes em Cristo ressuscitado

PARA REFLETIR

de formar homens e mulheres capazes de constituírem uma sociedade justa e fraterna? Por que nos deixamos mani-pular pelos falsos valores que só difundem o egoísmo e a indiferença quanto à vida do próximo? Por que não con-seguimos ainda compreender que somente convivendo em harmonia e respeito com o nosso próximo é que alcan-çaremos a paz social? Por que é tão difícil aceitarmos que será unicamente através da espiritualidade no Cristo Ressuscitado e na sua proje-ção na pessoa do irmão que conseguiremos ser homens e mulheres valorosos?

Tenhamos a coragem de assumir a nossa opção pelo Ressuscitado! Sejamos dife-rentes, espelhados no Cristo que ascendeu aos céus – o mesmo a quem crucificamos por nossa própria ignorân-cia, egoísmo e indiferença. Somente assim poderemos transformar a estrutura de nossa atual sociedade.

PASCOM

morrer, então produz muito fruto” (Jo 12, 24).

A parte final da reflexão do Papa foi dedicada à Maria “que acompanhou o seu Filho ao longo da via dolorosa, Ela que esteve aos pés da Cruz na hora da sua morte, Ela que encora-jou a Igreja desde o seu nasci-mento a viver na presença do Senhor” – e prosseguiu – invo-cando-a para que “conduza os nossos corações, os corações de todas as famílias, através do vasto mysterium passsio-nis rumo ao mysterium pas-chale, rumo à luz que irrompe da Ressurreição de Cristo e manifesta a vitória definitiva do amor, da alegria e da vida, sobre o mal, o sofrimento e a morte”. (Fonte: Zenit.org)

“A via da Cruz parecia sem saí-da e, no entanto, mudou a vida e a história do homem, abrin-do a passagem para ‘os novos céus e a terra nova’” (cf. Ap 21, 1). Com estas palavras o papa Bento XVI se dirigiu ao final da Via Sacra, no dia 06 de abril, aos presentes e aos que segui-ram através da rádio e televi-são. A Igreja – afirmou o Papa – celebra a morte do Filho de Deus e, pois na sua Cruz, “vê a árvore da vida, fecunda duma nova esperança”.

Depois de recordar com compaixão que a experiência do sofrimento “marca a hu-manidade e, naturalmente, a família” o Bispo de Roma re-velou que a Via Sacra é “um convite feito a todos nós, e de modo especial às famílias, para contemplarmos Cristo crucifi-cado a fim de termos a força de ultrapassar as dificuldades”. Por que a “Cruz de Jesus é o si-nal supremo do amor de Deus por cada homem, a resposta superabundante à necessidade que toda a pessoa sente de ser amada”.

O Papa convidou a olhar para a Cruz, sobretudo “quan-do os desvarios humanos e outras dificuldades põem em risco e ferem a unidade da nos-sa vida e da nossa família”, na certeza de que “não estamos sozinhos; não está sozinha a família: Jesus está presente com o seu amor, sustenta-a com a sua graça e dá-lhe a for-ça para prosseguir”.

Não existe cruz sem Páscoa

A VOZ DO PASTOR

Percorrer com esperança a estação de dor e da prova, é o mistério da paixão, mor-te e ressurreição de Cristo. Os sofrimentos se “vividos com Cristo, com fé n’Ele, – explicou o Papa – trazem já dentro de si a luz da ressur-reição, a vida nova do mun-do ressuscitado, a páscoa de todo o homem que crê na sua Palavra”.

Segundo o Bispo de Roma “naquele Homem crucificado que é o Filho de Deus, mesmo a própria morte ganha novo significado e orientação, é resgatada e vencida, torna-se passagem para a nova vida: “Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, continua só um grão de trigo; mas, se