o menino que tocava violino

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O Menino que Tocava Violino Adilon Pereira da Silva 2010

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O Menino que Tocava Violino

Adilon Pereira da Silva

2010

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Rio de Janeiro – Brasil – 2010 O Menino que Tocava Violino Ficção Autor: Adilon Pereira da Silva Revisão: Fernando Borges da Motta Edição: Jeovani Menezes Diagramação e Capa: André Henning Impressão: Perffil Comunicação e Editora Todos os direitos reservados.

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O menino que tocava violino

ra um casal bem formado. Ele, músico, futebolista e funcionário público. Cidadão correto no trabalho, no lar e na sociedade. Ela, dona de casa,

amiga, respeitosa, e amada por todos, quer dentro da família, como na vizinhança, muito bonita, morena de olhos verdes, cabelos até ao ombro, linda mulher.

O casal vivia sonhando e programando ter um filho, mas a natureza estava sempre adiando e não os contemplava com uma gravidez, que assim coroaria o grande amor existente naquele lar cheio de harmonia e felicidade.

Um dia a dona felicidade bateu à porta, toc–toc–toc. Quem é? Uma voz lá de dentro perguntou: quem bate? Não faças perguntas, deixa-me entrar. Dali um mês os primeiros enjôos começaram a aparecer, nem precisava fazer teste, mas fizeram, não deu outra, gravidez.

A família que já era feliz não coube em si, e explodiu em alegria. Ela dizia, graças, graças, eu vou ser mãe, eu vou ser mãe! Deus ouviu as minhas preces. O pai da mesma forma que a mãe também ficou muito feliz, e saiu gritando aos quatro ventos: eu vou ser pai, não falei, eu sempre acreditei que eu seria pai, e vem aí um jogador de futebol! A mãe extasiada dizia: isso mesmo... vai ser jogador de futebol.

Passaram-se dois meses, três, quatro meses, enfim. Ficaram sabendo o sexo, é homem, vai ser jogador de futebol. Aos seis

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meses o rebento começou a dar o ar da graça, tuco–tuco–tuco, no útero da mãe, tuco–tuco–tuco. Olha aí marido não te falei, que ia ser jogador de futebol. Olha só os chutes que ele está dando na minha barriga. Olha só, o marido muito eufórico e carinhoso, olhou a barriga da já futura mamãe, pôs a mão e sentiu os chutes e confirmou, era verdade, ele está chutando... vai ser jogador de futebol.

Nove meses depois nasceu o rebento, trazendo alegria ao lar que já era feliz. Daí o casal começou a conjecturar, qual nome dariam ao muito amado filho. Perguntou toda sorridente a mamãe de olhos verdes ao pai muito eufórico que sugeriu três nomes, o do seu pai, do meu pai, ou o meu.

Ela sem definição opinou colocar os três nomes numa cumbuca, o que for sorteado será o nome. Isto feito a mamãe de olhos verdes chamou os dois avós, expôs o plano e aí fizeram o sorteio. Papai da mamãe mais expedito disse que era quem enfiaria a mão na cumbuca, pois era especialista nisso.

Pronto, enfiou a mão, tirou uma papelzinho com o nome escrito, suspense total, tam–tam–tam, o nome de quem? De quem? Abriu, silêncio total, o nome do... do... do pai!

Riso geral, os quatro abraçaram-se, pularam, riram e choraram de alegria, enfim um júnior na família. Então o garoto receberia no cartório e na pia batismal o nome Pedro Honório Pereira Pena Júnior. O pai atende pelo nome de Pedro Honório Pereira e a mãe por Nely Pereira Pena.

No dia seguinte ao nascimento de Pedro Honório Pereira Pena Júnior, o pai caminhou até ao único cartório da cidade à

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Rua da Conceição e registrou o Pedro Honório Pereira Pena Júnior. Daí foi para casa todo eufórico. Mostrou para esposa, já está registrado, agora vamos marcar a data do batizado.

Pensaram, pensaram, e aí o pai de Pedro Honório sugeriu marcar para 22 de agosto, um domingo, coincidindo com a data de aniversário do seu pai. A esposa morena de olhos verdes, não se conteve de alegria, caiu nos braços do marido, abraçou-o, beijou e disse-lhe: meu amor como você é bom, generoso, amigo, você só me faz feliz, nós nascemos um para o outro, obrigado meu amor! E ali ficaram abraçados por alguns minutos que pareceram horas e mais horas.

Data de batizado marcada, outro problema agradavel para resolver, padrinhos, quem chamaremos? A mãe morena de olhos verdes disse: fácil, padrinho de batismo chamaremos os seus pais, de representar a minha mãe e de toalha a minha irmã. Quando for crismar chamaremos a sua irmã caçula e de primeira comunhão deixaremos para o Juninho escolher.

Chegou o dia 22 de agosto, domingo, dia ensolarado, o batizado do Pedro Honório Pereira Pena Júnior. Sete horas da manhã, todos a caminho da Igreja Matriz Jesus Menino Deus. Assistiram a missa, logo após começou a cerimônia batismal, ministrada pelo simpático e querido pároco Jurandir. Este veio da cidade de Argirita especialmente para atender o pedido da família de Pedro Honório. O batizado foi realizado com a maior pompa, os padrinhos e os pais ricamente vestidos. Quanto ao Pedro Honório Pereira Pena Júnior, aí sim que foi chic, o pequeno usava touca de lã azul, que fora confeccionada pela avó paterna que também

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confeccionou os sapatinhos da mesma cor. O macacãozinho também azul fora feito sob encomenda e uma camisinha branca com peito franzido e bordado, que deu a um requinte todo especial ao evento.

Depois do Padre Jurandir findar a cerimônia, veio o melhor de tudo, o convite para o almoço, a fim de festejar o grande acontecimento que foi o nascimento do Pedro Honório Pereira Pena Júnior e do seu batizado, que foi uma forma também de apresentá-lo a sociedade.

Como não podia deixar de ser, o Padre Jurandir foi almoçar junto à familia de Pedro Honório Pereira Pena Júnior, levando consigo o pároco titular da Matriz Jesus Menino Deus. Este fez-se acompanhar dos coroinhas ajudantes do missal.

Chegando a casa, o novo papai Pedro Honório franqueou a casa aos convivas dizendo para servirem-se. Dispuseram carnes assadas de grandes variedades bovinas, suínas e muitas penosas à mesa. Bebidas? Poucas cervejas e muito refrigerantes e sucos naturais. A festa perdurou até à tarde, entre comes e bebes e muita alegria entre familiares, convidados e penetras dizendo-se amigo da família.

Os dias foram passando, pequenas cólicas apareceram nada que prejudicasse o bebê, houve a tradicional troca do dia pela noite, a mamãe morena dos olhos verdes com amor e carinho, ia cuidando do pequeno Pedro Honório. Passados esses momentos começou a vir a dentição. Os vovôs corujas, tanto paternos como maternos, e os padrinhos ficaram vigilantes para ver quem via o primeiro

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dentinho a nascer. Mesmo sabendo que quem visse o dentinho a nascer teria que dar um presente. Nada disso era empecilho. A disputa foi grande, porém coube a futura madrinha de crisma a ver o tão esperado dentinho, mas coube vovô dar-lhe o dinheiro para que fosse comprado o presente, o que foi feito rapidamente. Foi até a loja, comprou um carrinho elétrico e cumpriu o previsto presente dado. Com um aninho o Pedro Honório Pereira Pena Junior começou a dar os primeiros passos. Com um ano e seis meses começou a falar mamãe e papai, o que foi mais um motivo de alegria dos pais que ali esperavam um jogador de futebol.

Aos quatro meses de nascimento a mãe Nely, assistindo uma orquestra executando uma obra só para violino, e segurando o pequeno Pedro Honório ao colo, este ficou inquieto, parecendo querer dizer para a mamãe Nely: eu não vou ser jogador de futebol, e sim, tocador de violino.

O tempo passou, e já com mais de um aninho, na mesma sala de festa, desta vez estava papai Pedro Honório, a mamãe Nely e o menor Júnior, mais uma orquestra tocava a obra só para violino. O pequeno ali expressou toda a sua alegria, ria, pulava, puxava a mãe, puxava o pai, mostrava a televisão, e os pais nada entendiam, mas o pequeno sem saber ainda falar, mas dizia para os pais, eu não vou ser jogador de futebol, eu vou ser tocador de violino.

Aos dois anos de idade do pequeno Pedro Honório seu pai entrou numa loja de um e noventa e nove e comprou um violãozinho de plástico, levando-o para o pequeno. Este o pegou e andou pra cá e prá lá até que achou uma

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barbatana de guarda-chuva e, instintivamente, levou o violãozinho ao queixo e com a barbatana começou a mostrar para os pais que ele não seria jogador de futebol e sim tocador de violino.

Sabiamente os pais entenderam o recado, e logo procuraram um professor de música, que indicou um maestro perfeccionista em violino. Imediatamente Pedro Honório, o pai, procurou o maestro a ele indicado. Ao ser recebido pelo maestro, expôs toda a situação, ao que o maestro o atendeu, e de pronto solicitou a presença do candidato a violinista.

Ao ser apresentado, o maestro ficou radiante de alegria por ver que iria ensinar música a um garoto de apenas dois anos. Disse que era muita emoção e que ali nasceria um grande violinista. O pequeno Pedro Honório apesar de apenas dois aninhos também esboçou um sorriso prá lá de felicidade. No dia marcado lá foi o pai de Pedro Honório, sua mãe Nely, morena de olhos verdes, levando o pequeno menino para a sua primeira aula de música.

Primeiramente o maestro iria ensiná-lo as notas musicais. Depois da primeira aula o pequeno Pedro Honório voltou para casa levado pelos pais, mais feliz do que pode se imaginar. Ria, pulava e dizia: obrigado papai, obrigado mamãe, eu vou ser um tocador de violino!

Depois de algumas aulas de notas musicais, o maestro maravilhado com seu mais novo pupilo, devido o seu talento musical, decidiu que ele já iria começar a tocar violino, e que sorte você já vai começar a tocar no

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Stradivarius, o menino arregalou os olhos como se já tivesse a noção do que é um violino Stradivarius.

Em poucos meses, mais muita dedicação e competência, o pequeno Pedro Honório deu mostra de que seria um grande tocador de violino. Toda a família, avós, pais e o maestro estavam deslumbrados com o menino tocador de violino.

Veio a idade escolar, quatro aninhos, matriculado no tal prézinho, os pais não disseram a diretora e nem a professora que o pequeno Pedro Honório era o menino tocador de violino. No colégio tudo transcorria normalmente, apenas na hora do recreio é que ocorriam os problemas. Os coleguinhas de classe convidavam para jogar bola, mas ele tímida e calmamente respondia não saber jogar. Os coleguinhas incentivavam a aprender, mas respondia não querer jogar.

Depois de dias e dias de convites para jogar bola, e de muitas negativas, os colegas começaram a desconfiar do coleguinha, fazer piadinhas. Começaram até a bater no tocador de violino. O pequeno Pedro Honório ficava arredio, às vezes chorava diante das más brincadeiras dos coleguinhas, mas nunca reclamava nem com a professora, nem com a diretora. Em casa também nada falava. Para os pais tudo estava a mil maravilhas, pois contra o pequeno nunca houve nenhuma reclamação. Os cadernos sempre estavam em ordem, bem cuidados, notas ótimas, das quais os pais se orgulhavam, pois além de estar se tornando um gênio do violino, no colégio também tudo ia indo muito bem, fora os coleguinhas, que ficavam sempre a mangar do colega Pedro Honório.

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Findou-se o ano, veio a festa de despedida, o pequeno Pedro Honório recebeu da mão da diretora o documento que atestava que passara de ano, e no próximo já estaria com outras professoras. E com os sinceros parabéns, pois recebeu a mais alta nota da classe, o que não causou admiração aos pais, pois estes sempre acreditaram na dedicação do filho. As professoras também ficaram emocionadas com o pequeno Pedro Honório, os colegas ficaram calados e timidamente abaixaram a cabeça.

O que ninguém contava é que quando foi anunciado o fim da festa, o pai do pequeno Pedro Honório, pediu a diretora, para prolongar um pouco mais. Dai houve um murmurinho de enfado e desconforto, quer pelos demais alunos, quanto dos próprios pais. Então o pai do pequeno tocador de violino, subiu ao palco o trazendo puxado pela mão, e a seguir tirou da capa o violino e o entregou ao Pedro Honório, que com maestria e competência começou a tocar. Então acabou o murmúrio, o engano sumiu e vieram os aplausos ao pequeno tocador de violino.

Tocou a primeira, a segunda peça, quando este disse que seria a última que iria tocar, veio aquele sonoro nãaaooooo geral. Aquele que não queria jogar bola, que até então era hostilizado pelos coleguinhas, passou a ser respeitado e admirado pelos tais. No ano seguinte nova vida que segue, ao começar o ano letivo. Quando Pedro Honório apresentou-se para retomar os estudos, aqueles coleguinhas que antes o ofendiam, viraram amigos, defensores e admiradores. Sempre chamando de amiguinho o grande gênio do violino.

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Nova vida, novo ano, mais amigos no colégio. Nas aulas de música cada vez mais chamava a atenção do maestro responsável pela grande ascensão do grande pequeno tocador de violino. O maestro falava ao seu pequeno gênio que no final do ano iria tocar com ele no recital só de violino no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Que responsabilidade que estaria pondo ao menino, sair da sua pequena cidade direto para o grande Theatro Municipal. Para a surpresa do maestro que achava que o pequeno gênio do violino iria tremer, ledo engano, o pequeno respondeu que estaria lá.

O ano passou, no colégio tudo as mil maravilhas, notas altas, cadernos e livros bem cuidados, e o respeito e admiração dos coleguinhas, das professoras e diretora sem palavras, só lagrimas escorriam pelas faces. O pequeno pegava seu violino e começava a desfilar seu repertório musical, encantando a todos, professoras, diretora, coleguinhas escolares e os pais. Como não podia deixar de ser, os pais de Pedro Honório, o pequeno tocador de violino, iam às lagrimas de tanta emoção.

Como o maestro havia falado ao pequeno tocador de violino, chegou o final do ano e com isso também estava chegando o dia “D” da apresentação no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Este mais os pais do tocador de violino se reuniram e marcaram a data da tão esperada viagem para grande apresentação no grande teatro.

Às dez horas todos prontos, entraram num possante Mercedes Benz do ano, abastecido a óleo, fizeram uma parada num restaurante a beira da estrada, na Serra do

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Capim, a fim de fazerem um rápido lanche. Isto feito pé na estrada, e chegaram no Copacabana Palace, às catorze e trinta onde ficaram hospedados até o dia da apresentação.

Claro que a pompa, o requinte do Hotel Copacabana Palace, causou um deslumbre não só ao pequeno tocador de violino, como também aos seus pais, Pedro Honório e Nely. O maestro já estava acostumado a grandes hotéis, pra ele ali era apenas mais um.

O grande dia chegou, tudo pronto, rumaram-se o maestro, o casal Pedro Honório e Nely, mais o pequeno tocador de violino, ao Theatro Municipal. Lá chegando, grandes emoções estavam reservadas aos artistas que fariam apresentação única no teatro. Logo na porta uma foto do maestro e do pequeno tocador de violino, o cartaz estava escrito em letreiro, hoje dia 31 de dezembro apresentação única do pequeno grande gênio, o tocador de violino.

Os pais do pequeno tocador de violino foram às lágrimas de tanta emoção. A hora mais esperada debaixo de grandes aplausos de uma platéia seleta, todos de pé, adentra ao palco o maestro e o pequeno artista Pedro Honório, o tocador de violino. Este se dobrou em dois agradecendo a recepção e começou a tocar só classicos importados dos compositores russos, o que deixou a platéia extasiada com cada acorde e como a vareta deslizava nas cordas do violino Stradivarius.

A cada música executada a platéia levantava e aplaudia o pequeno grande tocador de violino. Quando já findava a apresentação única, nova surpresa, pois até então só tocara música de compositores russos, o grande tocador de violino

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desfilou para o delírio da platéia já esfuziante, músicas de Antonio Carlos Gomes, Hernesto Nazareth, Heitor Villa Lobos, foi o ápice, a platéia não sabia se ria ou se chorava ou ainda se aplaudia. O maestro chorava, abraçava o pequeno grande gênio e pegou-o no colo. A cortina do teatro descerrou.

O maestro e o grande tocador de violino desapareceram. No camarim, o nosso pequeno artista, protegido pelos pais muito emocionados, recebeu algumas celebridades. Dentre em pouco rumaram até ao Copacabana Palace, onde tomaram aquela ducha refrescante, jantaram e dormiram.

A comitiva de artistas tirou o dia seguinte para um merecido descanso, e na parte da tarde visitaram o Cristo Redentor. No terceiro dia da épica apresentação, o maestro e o pequeno tocador de violino, acompanhado de seus pais, seguiram para o interior. Lá chegando outra grande surpresa para o grande tocador de violino.

Na entrada da cidade uma multidão a esperá-los – o prefeito mandou estender o tapete vermelho para que ali pudesse pisar o pequeno Pedro Honório, o tocador de violino. Além do prefeito que ali estava para recepcioná-lo, estavam seus colegas de colégio, a câmara de vereadores em peso, o Padre Jurandir (lembra-se dele?), o pároco da Igreja Matriz Jesus Menino Deus, os pastores de várias igrejas, professoras, a diretora e a população maciça. Estavam dando as boas vindas ao mais ilustre artista da cidade, o pequeno Pedro Honório, o tocador de violino.

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A cidade pequena do interior, hoje prostra aos pés do seu mais ilustre morador, e ele simplesmente leva a sua vida na maior tranqüilidade, estudando, tocando violino e amigos dos seus coleguinhas da escola, sempre respeitoso com suas professoras.

Aos dez anos viajou para a Europa, acompanhado do seu inseparável professor e maestro para se apresentar nos grandes teatros europeus. Apresentações estas que foram sucesso de público e bilheteria nunca visto antes.

Hoje, o menino tem lá os seus quase noventa anos... ainda é um menino quando toca seu violino, com a sua alegria, pureza e felicidade. Quem vê o homem já cheio das rugas e marcas da idade e não sabe a sua história pode ver apenas um idoso com seu velho instrumento, mas quem ouve o velho instrumento soar as notas perfeitas – a harmonia e a melodia enchendo o ar e a alma – não vê mais um idoso, vê alguém sem idade, homem maduro e menino, na música e no cumprimento do propósito da vida.

Entre tantas histórias tristes da vida que colecionamos de tanto ver, ainda surgem vidas que valem ser vividas, sonhos que sonhados juntos viram felicidade, e crianças que fazem da história mais do que estórias, trazem a alegria e a liberdade.

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Outros trabalhos do autor. Contos do Dilon

Uma deliciosa viagem pelo imaginário e vida do autor em breves crônicas do cotidiano com um tempero bem mineiro de humor fino e inteligente.

Verso e Prosa

O autor conta muito de si através de seus poemas, músicas e causos, reais e imaginários, levando o leitor a pequenas reflexões através da introspecção e interpretação da vida, com seus erros e acertos.

O Madre-Silva

Uma história incomum e um personagem incomum, criam um clima fantástico nesta ficção, meio western cabocla com tempero nordestino.

Todas essas obras podem ser encomendadas através dos

telefones e e-mail da gráfica. Tels.: (21) 3836-9901 e 3253-9118 E-mail: [email protected]

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Impresso majoritariamente em Garamond corpo 14 nas oficinas da Perffil Comunicação

Editora, e Athos Gráfica, sob encomenda do autor. Todos os direitos reservados ao autor conforme Lei de Direitos Autorais nº 9610 de 19/02/1998. Reprodução somente com autorização prévia do autor.