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O João comprou o bairro Empresário passou a régua no Jardim Gramado JD vai investir R$ 30 milhões no Grama- do e vendê-lo fracionado. “Aqui tem área para colégio, hospital, oportunidade para empreendedores e também um bom lugar para morar”, disse Destro, entusiasmado com o bairro que comprou. A atitude não chega a surpreender quem o conhece. Em 2012, os paranaenses da capital que disputaram um grande leilão descobriram que existe um tal João Destro em Cascavel. Ele arrematou o Pinheirão, em 2012, por R$ 57 milhões. O complexo esportivo no coração de Curitiba tem 124 mil metros quadrados. No Gramado, foi preciso complementar a rede de energia elétrica, iluminação, água e esgoto, além do recape e pavimentação as- fáltica sobre ruas alargadas para 12 metros. “Eu acredito no potencial de Cascavel”, justificou JD. Mas ele se queixa. Afirma que a região toda, incluindo o alto da Ave- nida Brasil, merece mais atenção do poder público. “É a entrada da cidade, o cartão de vi- sitas. As obras do PDI chegaram só até o leão da praça. Do leão para cima estão alguns dos maiores pagadores de impostos do município”, queixa-se o João. A propósito, o empresário que comprou o bairro inteiro tem alguns outros imóveis por aí: pagou R$ 423 mil de IPTU este ano para a Prefeitura de Cascavel e outros R$ 41 mil de taxa de lixo. Não é incomum empreendedores do mun- do dos loteamentos transformar uma área rural colada na cidade em um novo bairro. Mas comprar um bairro inteiro dentro da cidade em área nobre, demolir tudo que está em pé sobre ele e ajardinar 75 mil metros quadrados é algo insólito. É o que está fazendo o empresário João Destro no Jardim Gramado. Possivelmen- te, o corretor que lhe ofereceu um terreno no local levou um susto quando ele perguntou: - “e para comprar tudo, quanto é?”. A canetada do JD passa a régua na mais longa e barulhenta invasão de área urbana de Cascavel. Os invasores foram transferi- dos para uma área no Jardim Veneza, região Sul do município. Coube a Destro escavar até as fundações das residências ali edificadas e recolher todo o lixo que se acumulou durante décadas de invasão. Foram mais de 500 cargas de entulhos. O novo proprietário refez a arboriza- ção com mil ipês, extremosas, manacás e quaresmeiras. E mandou plantar a grama Cascavel, sexta-feira, 05 de outubro de 2018 - Ano XXII - Nº 2168 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo “O Senado é melhor que o paraíso, pois não precisa morrer para chegar lá...” (Roberto Requião de Mello Silva, na busca de mais oito anos no Jardim do Éden, lugarzinho que custa R$ 29 milhões/dia ao pagador de impostos) esmeralda em toda a área. O investimento vem em um momento recessivo no mercado imobiliário local. E é exatamente neste período que aparecem as ditas “vacas mortas” para quem está capita- lizado. É o clássico “dinheiro faz dinheiro” falando alto. A intervenção anunciada, ontem, nas concessões rodoviárias no Paraná, faz lembrar o “descon- tinho” de 50% nas tarifas que Jaime Lerner concedeu quando viu a reeleição estremecer. Não é muito diferente também do famoso “abaixa ou acaba”, a bra- vata requianista que serviu para produzir votos, mas revelou-se depois só mais um estelionato eleitoral. O eleitor paranaense vai cair nesta conversa nova- mente? Porco na urna A semana de 23 a 30 de novembro é deci- siva na Frimesa. Neste período, diretoria e conselheiros definem o futuro do bilio- nário projeto que estabelece em Assis o maior frigorífico de abate de suínos da América Latina. Não por acaso, a decisão ficou para depois das urnas. Conforme o resultado, o projeto vai para a gaveta. Destro planta grama no Gramado: R$ 30 milhões

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Page 1: O João comprou o bairro - Pitoco · O João comprou o bairro Empresário passou a régua no Jardim Gramado JD vai investir R$ 30 milhões no Grama-do e vendê-lo fracionado. “Aqui

O João comprou o bairroEmpresário passou a régua no Jardim Gramado

JD vai investir R$ 30 milhões no Grama-do e vendê-lo fracionado. “Aqui tem área para colégio, hospital, oportunidade para empreendedores e também um bom lugar para morar”, disse Destro, entusiasmado com o bairro que comprou.

A atitude não chega a surpreender quem o conhece. Em 2012, os paranaenses da capital que disputaram um grande leilão descobriram que existe um tal João Destro em Cascavel.

Ele arrematou o Pinheirão, em 2012, por R$ 57 milhões. O complexo esportivo no coração de Curitiba tem 124 mil metros quadrados.

No Gramado, foi preciso complementar a rede de energia elétrica, iluminação, água e esgoto, além do recape e pavimentação as-fáltica sobre ruas alargadas para 12 metros.

“Eu acredito no potencial de Cascavel”, justificou JD. Mas ele se queixa. Afirma que a região toda, incluindo o alto da Ave-nida Brasil, merece mais atenção do poder público.

“É a entrada da cidade, o cartão de vi-sitas. As obras do PDI chegaram só até o leão da praça. Do leão para cima estão alguns dos maiores pagadores de impostos do município”, queixa-se o João.

A propósito, o empresário que comprou o bairro inteiro tem alguns outros imóveis por aí: pagou R$ 423 mil de IPTU este ano para a Prefeitura de Cascavel e outros R$ 41 mil de taxa de lixo.

Não é incomum empreendedores do mun-do dos loteamentos transformar uma área rural colada na cidade em um novo bairro. Mas comprar um bairro inteiro dentro da cidade em área nobre, demolir tudo que está em pé sobre ele e ajardinar 75 mil metros quadrados é algo insólito.

É o que está fazendo o empresário João Destro no Jardim Gramado. Possivelmen-te, o corretor que lhe ofereceu um terreno no local levou um susto quando ele perguntou: - “e para comprar tudo, quanto é?”.

A canetada do JD passa a régua na mais longa e barulhenta invasão de área urbana de Cascavel. Os invasores foram transferi-dos para uma área no Jardim Veneza, região Sul do município.

Coube a Destro escavar até as fundações das residências ali edifi cadas e recolher todo o lixo que se acumulou durante décadas de invasão. Foram mais de 500 cargas de entulhos.

O novo proprietário refez a arboriza-ção com mil ipês, extremosas, manacás e quaresmeiras. E mandou plantar a grama

Cascavel, sexta-feira, 05 de outubro de 2018 - Ano XXII - Nº 2168 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo

“O Senado é melhor que o paraíso, pois não precisa morrer para chegar

lá...” (Roberto Requião de Mello Silva, na busca de mais

oito anos no Jardim do Éden, lugarzinho que custa R$ 29 milhões/dia ao pagador de impostos)

esmeralda em toda a área.O investimento vem em um momento

recessivo no mercado imobiliário local. E é exatamente neste período que aparecem as ditas “vacas mortas” para quem está capita-lizado. É o clássico “dinheiro faz dinheiro” falando alto.

A intervenção anunciada, ontem, nas concessões rodoviárias no Paraná, faz lembrar o “descon-tinho” de 50% nas tarifas que

Jaime Lerner concedeu quando viu a reeleição estremecer. Não

é muito diferente também do famoso “abaixa ou acaba”, a bra-vata requianista que serviu para produzir votos, mas revelou-se depois só mais um estelionato eleitoral. O eleitor paranaense vai cair nesta conversa nova-

mente?

Porco na urnaA semana de 23 a 30 de novembro é deci-siva na Frimesa. Neste período, diretoria e conselheiros defi nem o futuro do bilio-

nário projeto que estabelece em Assis o maior frigorífi co de abate de suínos da

América Latina. Não por acaso, a decisão fi cou para depois das urnas. Conforme o

resultado, o projeto vai para a gaveta.

Destro planta grama no Gramado: R$ 30 milhões

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45 3038-2255nutricard.com.brO seu cartão de benefícios. OOOOO seu cartão de benefíífí iicios

A Pajero do RatinhoELEIÇÕES 2018

Se fosse uma partida decisiva de futebol, fi nal de campeona-to, Ratinho Junior teria entrado em campo, no último debate da campanha (terça-feira, na RPC), jogando pelo empate. Conforme a combinação de resultados, até uma derrota por um ou dois gols lhe favorecia.

Se o debate na Globo era a úl-tima esperança de Cida e João Arruda para tirar o queijo das patinhas do rato, possivelmente ela foi desperdiçada. Não foi por falta de empenho da candidata 11 e do 15.

Os nanicos também não aju-daram muito. O maior trunfo apresentado pelo Ogier foi os-tentar o mesmo número do líder na corrida presidencial. É pou-co. O voto não é vinculado. Ou-tro nanico, o número 50, tentou ser engraçado. Tudo que conse-guiu foi parecer debochado.

Arruda repetiu novamente a cantilena: Rato e Cida são Beto.

Ele falou isso a campanha intei-ra, explorou as bombas no Cen-tro Cívico, e tudo virou fumaça. O esforço para ligar o rato ao gato foi, porém, mais comedi-do. Afi nal, o sogro do João, na mesma operação que engaiolou o Beto, tinha a seu desfavor um mandato de prisão.

MAMATAS - Alheio à panca-daria, e sabedor que seria o alvo principal, Ratinho começou in-seguro, nervoso, mas depois en-grenou. “Vou acabar com esta mamata”, bradou, sobre a apo-sentadoria dos ex-governadores.

Depois disse que a chácara onde o Requião criava seus ca-valos de raça com dinheiro pú-blico quando governava o Para-ná será transformada em uma escola agrícola. Repetiu que será austero e vai reduzir as secreta-rias para 14.

Disse ainda que os gordos car-gos comissionados do Palácio Iguaçu não serão mais o porto

“Menino” de 37 anos pode se tornar o governador mais jovem do Paraná neste domingo

seguro de deputados e vereado-res derrotados nas urnas, os tais amigos do rei.

A PAJERO - Ao fi nal do de-bate, Dona Cida parecia tensa. Alguém tinha preparado para ela uma bala de prata contra o rato. Tensa, por que Cida é doce. Teria que fugir de suas caracte-rísticas ternas e fofas para atacar o adversário.

Mas era o último debate, a fi -nal do campeonato. Era agora ou nunca e Arruda jogava re-trancado para não arrumar en-crenca na família.

Então Cida disse que Rati-nho, que agora fala em cortar mordomias, quando assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, exigiu usar uma Pajero, carro de luxo da Mitsubishi.

O roedor aparentemente não

se abalou. Disse que o veículo já estava disponível na estrutura do Iguaçu, e que o utilizou so-mente no cumprimento do ofí-cio de secretário.

O raticida parece ter sido insu-fi ciente. O fi lho do apresentador jogava pelo empate. O jogo esta-va tão fraquinho que até a der-rota por um placar magro seria sufi ciente. Tudo caminha para que das urnas de domingo surja o mais jovem governador da his-tória: Carlos Massa Junior, nas-cido no Dia do Índio, em abril de 1981, portanto aos 37 anos de idade.

Em tempo: nenhum dos candidatos competitivos ousou mexer com as vacas sagradas das estatais paranaenses. É o medo do corporativismo e dos calafrios que a palavra “privati-zação” ainda gera em ponderá-veis segmentos do eleitorado.

Candidatos no debate:

joguinho sofrível,

com pou-cas oportu-nidades de

gol

Giu

liano

Gom

es/P

RP

ress

#APAIXONADOS por sua

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04 de outubro de 2018 | 03

Eleições 2018Embora a eleição proporcio-

nal seja extremamente fragmen-tada, ela servirá para, de alguma forma, medir a quantas anda o prestígio político do Paço.

Leonaldo Paranhos, bem avaliado na última pesquisa de satisfação de seu governo, está empenhado na campanha à re-eleição do deputado Evandro Roman.

vai precisar amarrar compro-missos com setores fi siológicos da política paranaense.

Modesto, Plinio Destro pediu ao menos um dia de senador, nos eventuais oito anos de Orio-visto, caso eleito. O cascavelense é o segundo suplente do profes-sor.

Presente ao Café com Pitoco, o desportista e colecionador de gibis dos anos 50, Jauri Pres-tes, defendeu o voto ao Senado para Zé Boni (288), com quem compõe chapa para a Câma-ra Alta. Jauri foi engraxate em Cascavel nos anos 50, e acredi-ta que pode obter uma votação lustrada aqui.

PitocasValter Pitol agora pode

dizer que tem um funcionário há quase 13 mil quilômetros de distância.

A Copacol acaba de inaugu-rar o escritório de vendas em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Para tanto, contra-tou o profi ssional de vendas árabe, Sadath Khan.

O árabe esteve 15 dias em Cafelândia para assimilar o espírito cooperativista. O Oriente Médio responde por 20% do volume total exporta-do pela Copacol.

A propósito, Pitol assinou um cheque de R$ 10 milhões mês passado. Foi para adqui-rir uma unidade em Jesuítas capaz de armazenar 140 mil sacas de grãos.

No ritmo de “Ai se eu te pego”, ritmo que o projetou internacionalmente, Michel Teló vem a Cafelândia no próximo dia 20. Ele e o pa-dre Alessandro Campos animam a programação alu-siva aos 55 anos da Copacol.

O desempenho de Ratinho Júnior em Cascavel também dá um indicativo da força ou fra-queza do prefeito. No último debate da campanha, na Globo, Rato citou Paranhos em contex-to positivo.

Se o 55 acender ao Iguaçu, Paranhos estará para Ratinho como Edgar estava para Beto Richa: portas escancaradas.

O empenho do roedor agora é para “lacrar” já no próximo domingo. Assim, avalia ele, não Jauri do gibi: herói dele agora é o 288

AgendaA Brunetto Consultoria, Audi-

toria e Contabilidade celebra 20 anos na próxima quarta-feira. Será no NShow Eventos com palestra sobre sucessão e gestão na empresa familiar.

A Apofi lab organiza uma re-cepção na sede da instituição para inaugurar o sistema de energia solar obtido junto a Itaipu. É no dia 18, às 8 horas.

Todas as emoções do GP Bra-sil de Fórmula 1 estão acessíveis via Edo Tur. Pacotes a partir de R$ 1,8 mil incluem ônibus leito com o frigobar abastecido (free), diária e café da manhã no Ibis e o ingresso para o se-tor A de Interlagos. O GP Brasil acontece em paralelo ao Salão do Automóvel. Informe-se no 3222.3095.

A reportagem da rádio Col-méia estará nas ruas desde cedo no próximo domingo, acompa-nhando cada fato relevante da campanha eleitoral. Mais tarde, 17 horas, o time comandado por José Orildo Pasa e José Rober-to Benjamim traz a apuração em tempo real, e a análise po-lítica dos resultados com ênfase no desempenho dos candidatos de Cascavel e região.

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04 | [email protected]

Oriovisto e Plinio na Acic

Ass

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CIC

Nome dele é OriovistoRicha empobreceu nos últimos quatro anos e é um “mendigo” na comparação patrimonial como homem do nome raro

SENADO

estudantes para marchar. Era 1968, o ano que não acabou. Na relação de presos, Oriovisto e José Dirceu, entre outros me-nos votados. Dirceu permane-ceria na esquerda. O colega de prisão “endireitou”.

Ninguém poderia imaginar que o menino rebelde se torna-ria fundador e principal líder de um grupo empresarial bilioná-rio. Por 40 anos, Oriovisto co-mandou o Positivo, holding de vasto ramo de negócios, que vai da educação à informática. É o maior fabricante de computa-dores da América Latina. O gru-po faturou, ano passado, mais de 900 milhões de dólares, algo como R$ 3,4 bilhões.

E por que diabos este sujeito vai pôr a foto em um santinho, no momento em que a classe política é demonizada no país inteiro? Por que razão irá se ex-por aos insultos de eleitores tos-cos, que lançam todos na vala comum?

“Tendo a condição de passar cada dia da semana em um

país diferente, você está fa-zendo o quê aqui?”, perguntou outro estreante no mundo das urnas, o vice de Ratinho, Darci Piana.

O candidato ao Senado foi di-dático na resposta, como con-vém a um educador. Ele ata-cou a “corrupção indecente”, o “custo sem cabimento” do Con-gresso Nacional e as “aposenta-dorias milionárias” de políticos, sempre citando números.

Disse que irá reduzir a menos

Entre todos os encontros promovidos pela Acic com os candidatos, este ano, o mais prestigiado foi mesmo a visita do professor Oriovisto Gui-marães. Haviam algumas ra-zões para isso. Uma delas está na suplência. Plínio Destro, ex--presidente da entidade, está na chapa do candidato ao Senado.

Se Oriovisto fosse um fi lósofo grego, não causaria estranheza entre tantos outros nomes in-comuns: Sócrates, Platão, Aris-tóteles, Pitágoras. E há relação entre eles. O professor é fi lóso-fo. Devorou livros de todos estes autores.

O apreço pela fi losofi a e po-lítica vem de longe. Oriovisto, por infl uência do pai, fl ertou com a esquerda revolucionária na juventude. Ele militou num grupelho denominado “Política Operária” (Polop).

Oriovisto estava naquele fa-moso congresso da UNE, em Ibiúna, interior de São Paulo, em que os milicos colocaram os

de 50% o custo de seu gabinete no Senado e que homem públi-co não deve se portar como au-toridade legitimada para rece-ber privilégios.

Oriovisto, o homem do nome difícil, cita de memória inúme-ras estatísticas do orçamento. Demonstra domínio do terreno que pretende ocupar. Mas en-frenta, segundo o Ibope, dura batalha pelas cadeiras no Sena-do com Requião, Richa, Flávio Arns e Alex, a disputa mais emo-cionante da eleição no Paraná.

www.historiascooperativas.com.br

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05 de outubro de 2018 | 05

U N I V E L . B R | 3 0 3 6 . 3 6 6 4

Em tempo: O homem do Positivo declarou o maior patri-mônio entre todos os postulan-tes ao Senado: R$ 239 milhões. A segunda mais rica é a petis-ta Miriam, com R$ 6 milhões. Beto Richa é quase um mendigo se comparado a Oriovisto. Se for possível acreditar nos valores declarados pelos candidatos, Richa acumulou R$ 4,8 mi-lhões, 12% “mais pobre” que em 2014, quando havia declarado renda para disputar a reeleição ao Iguaçu.

Uma perguntaPitoco – Em certa ocasião,

quando governador, Requião “acusou” você de ser rico... Enriquecer no Brasil é crime?

Oriovisto – Nunca morei em luxuosa chácara banca-da pelo governo, tirando dez PMs da segurança pública para cuidar de meus cavalos. Nunca usei helicóptero pago com dinheiro do povo. Digo para ele: rico é você. Leva uma vida de rico com o dinheiro público, acumulando salário gigante com aposentadoria imoral. Moro em uma casa simples, dirijo meu próprio carro, pago muitos impostos e a vida toda gerei empregos e oportunidades.

Estácio aqui

O diretor da Universidade Estácio, Alexandre Par-reiras, esteve em Cascavel. Ele visitou as instalações do Colégio Expressão, local em que a Estácio já atua com ensino a distância. O proje-to é implantar, já em 2019, cinco cursos presenciais: Administração, Contábeis, Marketing, RH e Logística.

“Dependendo da resposta do mercado, traremos cursos na área de saúde e engenha-ria, temos uma centena de cursos em nosso portfólio”, disse Parreiras, recebido aqui pela professora Mar-lene Dolce e sua equipe. A Estácio tem mais de meio milhão de alunos matricula-dos em todo o país.

Deu no twitter

“Minha solidariedade aos colegas atacados por fazerem jornalismo. A crítica é livre, um direito de todos e própria do ofício. Mas isso é diferente de achar que se pode ofender o mensageiro por causa da men-sagem. Liberdade de imprensa, agradando ou não, é um pilar da democracia”

(Filipe Coutinho, jornalista)

The endEntão será preciso optar entre

os bárbaros barbudos e os bár-baros barbados?

Regi

nald

Arm

nstro

ng

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06 | [email protected]

ENSAIO

Conjugue o verbo banirLute para obter o direito e a condição de escolher quem vai fi car perto de você

Carregamos na bagagem da vida o ônus e o bônus do enve-lhecimento. O ônus está literal-mente na cara: pés de galinha, de peru, melenas escassas, a “lata” não ajuda muito e aquela barriguinha já não pode ser dis-farçada.

Mas há também o bônus. E o melhor deles é a serenidade que somente as agudas experiências anteriores podem proporcionar. Isso vale muito. Outra vanta-gem que pode surgir aos pratea-dos pelo luar do tempo, está re-lacionado na condição de poder escolher de quem fi car perto.

E essa premissa pode ser apli-cada inclusive às redes sociais. Sabe aquele sujeito alucinado que entra nos comentários em letras maiúsculas falando pala-vrões, rotulando você, insultan-do todo mundo que não pensa igual ele?

Sabe né? Experimente pres-sionar o dedinho sobre o co-mentário na tela do seu celu-lar. Vai surgir a opção “banir”. Aperte com gosto. Conjugue o verbo banir. Dá um alívio, uma sensação que a agressão vai ces-sar, um gostinho de vingança, embora este seja um sentimento pouco nobre.

Certo, haverá uma curtida a menos na sua página. Você ba-niu alguém em sumário julga-mento. Mas depois dos 50, você não precisa mais fazer média, não precisa de popularidade, dispensa a quantidade e valora a qualidade das companhias.

“Evite pessoas barulhentas e agressivas. Elas são um tor-mento para o espírito”, ensina um dos mais belos textos já pro-

Pensata“Muitas pessoas são como cami-

nhões de lixo. Andam por aí carre-gadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e de desa-pontamento.

À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descar-regam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente. Isto não é problema seu!

Apenas sorria, acene, deseje-lhes o bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas.

Fique tranquilo... respire, e deixe o lixeiro passar.

A vida é 10% o que você faz dela e 90% a maneira como você a recebe!”

(Extraído do texto “A lei do caminhão de lixo”,

de autoria desconhecida)

duzidos, “Desidera-ta”. E lembre-se: o ônus virá para todos, é debitado biologi-camente no holerite da existência. O bô-nus só virá para os serenos que reúnam coragem e sabedoria para afastar os baru-lhentos e agressivos do seu entorno. Banir é o verbo da hora!

Aquele abraçoPara os assinantes Rubens Griep, Jaime Lain, Pedro Nodari, Edmar Brigol, Thiago Moreira, Ruy Foltz, Luiz Carlos Duarte, Celso Miyamoto e equipe da Marcenaria Lins.

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05 de outubro de 2018 | 07

Jairo

Edu

ardo

Pare, pense e limpeGrupo “emenda” mensagem da sinalização de trânsito em Cascavel

EMENDA NA PLACA

para o carro. É capaz de criar ordem, de evitar acidentes, o seu voto é capaz de tudo isso”, disse um membro.

O grupo está no Twitter, onde arregimenta 1.378 seguidores. Ali, um pequeno poema resume o pensamento da galera em um fl erte com conceitos anarquistas emergidos no alvorecer do século passado: “A expressão individual é uma arma/ palavras e ideias são a munição/ quero ver matar um pensamento depois que ele penetra na multidão...”

Em tempo: interessante seria os meninos que fazem munição das palavras e ideias, que após o pleito eleitoral removam os adesi-vos. Afi nal, a mensagem já foi pas-sada e atingiu (ou não) seus obje-tivos. Depois de lida e absorvida, se transforma em apenas algo pa-recido com a pichação. Vira uma placa rabiscada. Limpem a sina-lização a posterior, e desta forma estarão reafi rmando seu pressu-posto: um pensamento incutido na multidão é imortal.

“Tal publicidade é tão repetitiva que se tornou uma placa”. A men-sagem quer dizer que ninguém mais olha para a placa. Sabe-se que lá, na placa, há um polígono de oito lados com fundo vermelho escrito “Pare” em letras maiúscu-las.

O cérebro humano reage auto-maticamente ao semáforo e à pla-ca do pare, sem que seja preciso pensar. É o tal refl exo condiciona-do. Foi então que alguém decidiu agregar uma mensagem à placa. Emendaram o pare com a frase: “...de falar, cumpra.”

A manifestação individual e si-lenciosa está nas placas vermelhas da rua Souza Naves, bem ali onde a rua muda de nome, de Londrina para Kennedy. E também em ou-tros pontos da cidade.

Segundo integrantes do Pan-gere Cult, grupo que idealizou a manifestação, o cenário político conturbado inspirou a ação. “Que-remos mostrar que o voto é tão forte quanto uma placa de pare

A placa emendada:

apelo à força do voto

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