o int rprete da l ngua de sinais possibilidades e … · ua brasileira de sinais (libras) é o...
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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA
¹ Professora da Educação Infantil no muTriângulo Mineiro. Realiza pesquisas na ² Professora da Educação Infantil no muGoiás – Campus Catalão. Realiza pesquis
O INTÉRPRETE DA LÍN
EIXO
Resumo:
As questões referentes aos Intérpreteeducacionais, apesar desta profissãodeficiência nos ambientes escolares com a oficialização da Lei nº 12.31profissão de Tradutor e Intérprete da estudo tem como foco discutir sobre focando especificamente no âmbito eidentificar as dificuldades enfrentadtrabalho; analisar as condições oferecde descrever como se dá a formação obtenção dos dados se deu a partir profissionais que atuam junto a esteexperiências vivenciadas, fundamentaeducacionais ainda são pouco reconhefatores que dificultam a atuação destdisciplinas antecipadamente, a poIntérprete/professor. Assim, faz-se nedas escolas frente à atuação dos Intérpensino e aprendizagem dos alunos sur Palavras-chave: Intérpretes. Surdez.
Introdução:
IVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU
ISSN 2447-49
no município de Uberlândia. Mestranda em Educação pela as na área de Educação Infantil. [email protected]
no município de Uberlândia. Mestranda em Educação pela esquisas na área de Educação de Jovens e Adultos. jujuxpk@
A LÍNGUA DE SINAIS: POSSIBILIDADES E
IXO 3: Tradução e Interpretação de Libras
Taynara
Ju
érpretes da Língua de Sinais (ILS) ainda são pouco dfissão ser de extrema importância para que a inclu
se concretize, em especial, os surdos. Esta profiss12.319 de 1º de setembro de 2010, a qual em seu ate da Língua Brasileira de Sinais. Com base nessas consobre questões que perpassam a profissão do Intérpretbito educacional. Os objetivos almejados para a realiza
frentadas pelos Intérpretes da Língua de Sinais e soferecidas pelas escolas de ensino regular para o trabaação de Intérpretes. Nesta pesquisa exploratória, de abpartir de observações e entrevistas realizadas com ua este profissional em uma escola municipal de Ubeamentadas em estudos sobre o tema, possibilitou conceconhecidos, até mesmo no próprio ambiente de trabalho deste profissional, como a falta de acesso aos conta pouca formação inicial e continuada e atése necessário repensar as políticas públicas e a própria
Intérpretes da Língua de sinais, pois, estes são essencios surdos.
rdez. Inclusão.
ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA
4959
o pela Universidade Federal do mail.com.
o pela Universidade Federal de [email protected].
ES E DESAFIOS
aynara, RESENDE, UFTM ¹
Juliana, ROCHA, UFG ²
ouco discutidas nos âmbitos inclusão das pessoas com
profissão só ganhou destaque seu artigo 1º regulamenta a sas considerações, o presente
rete de Língua de Sinais, realização deste trabalho são is e suas possibilidades de trabalho do Intérprete; além , de abordagem qualitativa, a om um Intérprete, alunos e e Uberlândia. A análise das u concluir que os Intérpretes trabalho, visto que há alguns s conteúdos curriculares das e até mesmo a relação rópria ação dos profissionais ssenciais para a qualidade do
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Realização:
As discussões acerca do te
Brasil e no mundo, principalmen
ensino. Para se tratar sobre esse as
trabalham com esses indivíduos, s
espaços públicos, sendo assim,
dificuldades de um profissional em
O Intérprete da Língua Br
surdos, mediando e facilitando a i
pela comunidade surda. Este traba
há profissionais em quantidade s
população surda do país.
Este trabalho é resultado d
decorrer do curso de Pedagogia na
gerais: identificar as dificuldade
possibilidades de trabalho; analisa
trabalho do Intérprete de Libras; e
Uberlândia - MG. Sendo assim, pa
acerca da temática, bem como o
entrevistas com os sujeitos envolv
sendo eles o próprio Intérprete,
Atendimento Educacional Especia
trabalhava.
O Intérprete Educacional
O Intérprete educacional é
educação. É a área de interpretação
é observada em outros países.
Ao considerar a realidade bra
parcela de surdos matriculados em
exigências legais que determinam
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do tema da inclusão e da deficiência estão sendo
almente com a ideia da inserção dos deficientes
esse assunto, faz-se necessário abordar a questão d
duos, seja na escola, na Igreja, no ambiente de tra
ssim, neste trabalho será enfatizada a realidade
nal em específico: o Intérprete da Língua de Sinais.
ua Brasileira de Sinais (Libras) é o profissional q
do a interação da comunidade ouvinte com a língu
trabalho ainda é muito recente no Brasil e, por es
dade suficiente e bem qualificados para atender
ltado de pesquisas realizadas nas disciplinas de M
gia na Universidade Federal de Uberlândia e apres
uldades enfrentadas pelos Intérpretes da Língua
nalisar as condições oferecidas pelas escolas de e
ras; e descrever como se dá a formação de Intérpr
im, para seu desenvolvimento foram realizadas pes
omo observações em uma escola municipal de U
envolvidos diretamente no trabalho do Intérprete d
prete, duas alunas surdas, a diretora da escola,
specializado (AEE) e a professora regente da sala
onal é o profissional que atua como Intérprete de
retação mais requisitada atualmente. Na verdade, es
ade brasileira na qual as escolas particulares e públ
dos em diferentes níveis de escolarização, seria im
inam o acesso e a permanência do aluno na escola
ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA
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sendo muito difundidas no
ientes na rede regular de
estão dos profissionais que
de trabalho ou em outros
alidade, os desafios e as
Sinais.
ional que trabalha com os
a língua de sinais utilizada
por esse motivo ainda não
ender toda a demanda da
s de Monografia I e II no
e apresenta como objetivos
Língua de Sinais e suas
s de ensino regular para o
pretes no município de
as pesquisas bibliográficas
l de Uberlândia, além de
prete da Língua de Sinais,
scola, a coordenadora do
a sala em que o Intérprete
rete de língua de sinais na
ade, essa demanda também
e públicas têm uma grande
eria impossível atender às
escola observando-se suas
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Realização:
especificidades sem a presença de
na especialização dos ILS na área d
O Intérprete especialista p
intermediar as relações entre os a
alunos ouvintes. Entretanto, as co
fáceis de serem determinadas. Há v
do tipo de intermediação que acont
se confunde com o papel do pro
comentam e discutem em relação a
próprio professor regente da turma
conteúdos desenvolvidos em aula.
Em algumas ocasiões, o pro
aluno surdo, como sendo ele a pes
sua vez, ao assumir todos os pa
sobrecarregando e, também, confu
ainda está sendo constituído.
Em alguns casos, aos ILS
ensino e aprendizagem, porém, s
assumiria a função de tutoria me
de interpretação não é permitido.
Intérpretes que assumem a funçã
com as diferentes áreas do ens
Considerando tais questões, pode
Intérprete que em si já se basta e c
este seja contratado como tal.
Essa discussão acerca das
vários países, como os Estados U
assumam funções que não sejam e
alunos, apresentar informações a
acompanhar os alunos, além de re
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ça de Intérpretes de língua de sinais. Assim, faz
área da educação.
ista para atuar na área da educação necessita
e os alunos e os professores, bem como, entre os
as competências e responsabilidades destes profi
s. Há vários problemas de ordem ética que acabam
acontece em sala de aula. Muitas vezes, a função
do professor. Os alunos dirigem questões diretam
lação aos tópicos abordados com o Intérprete e não
turma atribui ao Intérprete a responsabilidade de a
aula.
, o professor consulta o Intérprete a respeito do
e a pessoa mais indicada a dar um parecer a respe
os papéis delegados por parte dos professores
confundindo o seu papel dentro do processo educa
os ILS é permitido oferecer um retorno ao profe
rém, se esta possibilidade existe, seria possível pre
ria mediante a supervisão do professor, o que em
itido. Desta forma, isso poderia gerar muitos pro
função de tutores necessitariam de estar preparad
o ensino e este trabalho cabe apenas ao profes
, poder-se-ia determinar que o Intérprete assumirá
asta e caso seja requerido um professor que domine
a das funções dos Intérpretes de língua de sinais
dos Unidos, por exemplo, o qual determinou ser
ejam específicas da sua atuação enquanto Intérpre
ões a respeito do desenvolvimento dos alunos s
de realizar atividades extra-classe. (NETO E GASP
ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA
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, faz-se necessário investir
essita ter um perfil para
ntre os alunos surdos e os
s profissionais não são tão
cabam surgindo em função
nção do Intérprete em sala
diretamente ao Intérprete,
e e não com o professor. O
de de assumir o ensino dos
do desenvolvimento do
respeito. O Intérprete, por
ssores e alunos, acaba se
educacional, um papel que
professor do processo de
vel prever que o Intérprete
e em outras circunstâncias
os problemas, visto que os
eparados para trabalharem
professor e não aos ILS.
umirá somente a função de
omine língua de sinais que
sinais, têm se estendido a
u ser antiético que os ILS
ntérpretes, como tutorar os
unos surdos, disciplinar e
GASPARINI, 2007)
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Realização:
Há alguns autores, no enta
desenvolvimento dos alunos surdo
conhecimento e o contato interpe
interdependência.
Souza (2007, p. 167), ao
Intérprete da língua de sinais afirm
O trabalho dfigura do intsituações traconvocam osFalta que moou antes, qusujeito surdoConfiguraçãointérprete –aprendizagem
Esta autora faz referência t
no processo de ensino e aprendiz
estabelecer uma relação de ensino
também que a relação professor
somente se resolverá com o ap
indispensável se o Intérprete educa
Contudo esta mesma autora
o professor não participar do proc
avaliar a aprendizagem deste alu
adequada para se tornar responsá
inviável a transferência de certa
educacional.
É evidente que, em sala d
construindo sentidos, esclarecendo
sentido da palavra, poderá apena
surdos. Isto porque o espaço educa
se objetiva é a construção de conhe
alcançar esse fim.
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o entanto, que apontam ser o Intérprete uma peça
surdos, sendo, dessa forma, impossível de se impe
interpessoal entre esse dois sujeitos que constitu
), ao tratar sobre a relação estabelecida entre o
afirma:
alho do tradutor, entendido como ato amoroso e de entregdo intérprete educacional de Libras – uma face pouco vises tradutórias: torna crucial a relação pessoal, em jogosam os sujeitos – estudante e intérprete – ao preenchimentoue mobiliza o desejo de transmissão de conhecimento peloes, que o mobiliza a transmitir marcas simbólicas que, po surdo se inscrever também na deriva de outra línguuração que, a meu ver, impossibilita o intérprete de ser, em
– ele é sempre mais que isso: ele é parte do acizagem em que é, ao mesmo tempo, sujeito e objeto.
ncia também à figura do professor, o qual será ape
rendizagem do aluno surdo, visto que este profe
ensino com o surdo por não ter domínio da língu
fessor/aluno/intérprete sempre será problemática
o apagamento da figura do professor, visto
educacional dominar a disciplina que está sendo m
autora encontra um problema ao estabelecer esta s
o processo de ensino e aprendizagem do estudante
ste aluno? O Intérprete na maioria das vezes n
sponsável completamente pela educação dos alun
certas responsabilidades ao profissional que a
sala de aula, muitas vezes, o Intérprete precisa at
ecendo questões, uma vez que, se fizer uma inte
apenas ter como resultado a não compreensão p
educacional tem peculiaridades que precisam ser
conhecimentos dos alunos e muitos recursos pode
ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA
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a peça fundamental para o
e impedir a transmissão do
onstituem uma relação de
ntre os alunos surdos e o
entrega à obra, apresenta – na co visível em relação a outras jogos de acontecimentos que mento de uma falta em ambos. to pelo intérprete ao estudante, ue, por sua vez, permitirão ao língua e em outra cultura. er, em sala de aula, “apenas” o do acontecimento de ensino-
erá apenas um coadjuvante
professor não conseguirá
a língua de sinais. Afirma
ática e que esse dilema
visto que este se torna
ndo ministrada na classe.
esta situação, visto que se
udante surdo, como poderá
zes não possui formação
s alunos surdos, assim, é
que atua como Intérprete
cisa atuar como educador,
a interpretação no estrito
nsão por parte dos alunos
m ser consideradas. O que
s podem ser utilizados para
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No entanto, o professor não
papel principal é interpretar. O ILS
dos alunos. É preciso que a atu
propiciando que cada um cumpra
que cada um possa sugerir ao o
melhor condição possível de apren
Desta forma, de modo gera
da educação redirecionem os qu
Intérprete caracteriza o seu papel
do professor, responsável pela cl
turma é claro e deve ser respeitado
no que se refere à educação da
conjuntas e trocando a partir de seu
conhecimentos escolares, aspectos
Neste sentido, o professor
grupo um contexto diferenciado
estrutura física da sala de aula, a
exposição por parte do professor sã
No espaço de classe, o p
Intérprete pode contribuir muito p
Intérprete é fundamental, visto que
revelar suas dúvidas, discutir sobr
com o aluno, para que o conhecime
O incômodo do professor
surdo, atribuindo ao Intérprete o in
Intérprete desconfiando de sua atua
Se não existir cumplicidad
conflitos poderão dificultar e até m
surdas no espaço escolar.
Ao integrar o espaço educ
ouvintes, também se direcionam
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or não pode atribuir suas responsabilidades ao Inté
O ILS não pode ser responsabilizado pela aquisiçã
a atuação do Intérprete se constitua em parcer
mpra efetivamente com seu papel, em uma ativid
ao outro, melhorias para desenvolver suas funç
aprendizagem para a criança surda.
o geral, é recomendável que os Intérpretes de líng
os questionamentos dos alunos ao professor,
papel na intermediação, mesmo quando este papel
ela classe, e coordenador do processo de ensino
eitado, todavia, se o Intérprete puder atuar como p
ão das crianças surdas, dividindo inquietações,
de seu papel de ILS, que é o de auxiliar a criança s
pectos da prática pedagógica podem ser revistos e m
essor também precisa passar pelo processo de apr
ciado com a presença de alunos surdos e de IL
aula, a disposição das pessoas em classe, a adeq
ssor são exemplos de aspectos a serem reconsidera
e, o professor tem autonomia e, quando compre
uito para as ações que ocorrem em sala. A parce
sto que o Intérprete precisa poder negociar conteúd
ir sobre as questões do aprendiz e por muitas vez
hecimento que se almeja seja construído.
essor frente à presença do Intérprete poderá levá
te o insucesso desse aluno. Outra possibilidade é
ua atuação.
icidade e aceitação entre professor e Intérprete em
até mesmo inviabilizar as possibilidades de aprend
educacional, o Intérprete passa a fazer parte del
onam a ele, criando questões, relacionando-se co
ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA
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ao Intérprete, visto que seu
quisição de conhecimentos
parceria com o professor,
atividade colaborativa, em
s funções, promovendo a
de língua de sinais da área
ssor, pois desta forma o
papel é alargado. O papel
ensino e aprendizagem da
omo parceiro do professor,
ações, buscando soluções
iança surda na aquisição de
tos e melhorados.
de aprendizagem de ter no
de ILS. A adequação da
a adequação da forma de
siderados em sala de aula.
ompreende a presença do
parceria entre professor e
onteúdos com o professor,
tas vezes mediar a relação
levá-lo a ignorar o aluno
ade é a de polarizar com o
rete em sala de aula, esses
aprendizagem das crianças
rte dele. Os outros alunos,
se com este profissional
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Realização:
como um educador. Contudo, su
conjunto com os professores, para
Em relação ainda aos ILS
considerados para que haja uma
professor e a aprendizagem dos alu
a importância de o professor ser
necessidade dos Intérpretes se ma
informações confidenciais; o direit
preparação das aulas que garantem
que as aulas sejam organizadas
possibilitando um melhor trabalho.
Outro aspecto importante
nível educacional no qual este des
educação infantil, ensino fundam
graduação. Obviamente que em ca
Nos níveis iniciais, o I
implicações, pois crianças apre
puramente como uma pessoa me
tende a estabelecer o vínculo com
estabelece essa relação. (MEC, 2
Por outro lado, o adolesc
conseguem entender a real f
conhecimento. Nos níveis poster
mais específicos e mais aprofund
de exigência dos níveis mais adia
É importante apresentar tam
língua de sinais. O próprio Mini
professores enquanto Intérpretes,
Intérprete por terem um bom domí
Nesse caso, esse profission
de sinais. A proposta do MEC em
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do, suas limitações de atuação e seu papel deve
, para que essas interações não ocasionem conflitos
os ILS nas salas de aula, é necessário que algu
uma verdadeira mediação entre o conhecimen
dos alunos surdos, entre esses elementos destacam
or ser a figura de autoridade absoluta em qualq
manterem neutros e garantirem o direito dos
direito dos ILS de serem auxiliados pelo professor
rantem a qualidade da sua atuação; além de ser im
zadas de forma que o Intérprete tenha um int
balho. (MEC, 2004)
rtante a ser considerado na atuação do Intérprete
te desempenha seu trabalho, visto que este profissi
ndamental, ensino médio, no nível universitário
em cada nível deve-se considerar diferentes fatores
s, o Intérprete estará diante de crianças e isso
s apresentam dificuldades em compreender a f
soa mediadora da relação entre o professor e o alu
lo com quem lhe dirige o olhar. Nesse caso, o Int
EC, 2004)
dolescente e o adulto lidam melhor com a presen
real função destes profissionais em sala, ou
posteriores, o Intérprete passa a necessitar de con
rofundados para poder realizar a interpretação com
is adiantados da escolarização.
tar também a questão dos professores que também
Ministério de Educação e Cultura - MEC está
retes, visto que alguns professores acabam assum
domínio da língua de sinais.
issional tem duas profissões: a de professor e a de
C em formar Intérpretes selecionando professores
ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA
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l devem ser definidos em
nflitos.
e alguns elementos sejam
cimento apresentado pelo
acam-se alguns, entre eles:
qualquer sala de aula; a
o dos alunos de manter as
fessor através da revisão e
ser imprescindível também
m intervalo de descanso,
rprete em sala de aula é o
rofissional poderá atuar na
sitário e no nível de pós-
fatores.
e isso ocasiona diversas
r a função do Intérprete
e o aluno. A criança surda
, o Intérprete é aquele que
presença dos ILS, pois já
, ou seja, mediador do
e conhecimentos cada vez
ão compatível com o grau
ambém são intérpretes de
está procurando formar
assumindo a função de
e a de Intérprete de língua
ssores da rede regular de
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Realização:
ensino objetiva abrir este campo
intérprete" deve ser o profissional
pode efetivar-se com dupla funçã
regente de uma turma seja em cl
escola especial, neste caso, não a
Intérprete em contexto de sala de a
atuação do professor-intérprete, p
tempo, pois isto seria inviável para
Outro aspecto que se faz ne
atuação em sala de aula, já que es
que requer formação e suporte
capacitação envolve conhecimento
de conceitos e a construção de con
Olhares sobre a atuação do Intér
A partir da pesquisa realiz
em uma sala de aula na qual uma
Uberlândia – MG, foi possível org
no que se refere ao trabalho do Int
do Intérprete na escola pesquisada
Intérprete da Língua de Sinais e De
que a pesquisa realizada na escola
Língua de Sinais desta instituição,
dessas categorias relatam aspectos
Na categoria Inclusão e po
relatou como se deu sua inserção
resistência, principalmente por p
presença estranha dentro de sua sa
relatos obtidos por meio da entr
coordenadora do AEE:
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campo de atuação dentro das escolas. Desta fo
sional cuja carreira é a do magistério e cuja atuaçã
função. Em um turno, este profissional exerce a
em classe comum, em classe especial, em sala d
não atuando como Intérprete. E em outro turno,
la de aula, onde há outro professor regente. Ou seja
rete, porém, não autoriza o exercício das duas
el para o processo de ensino e aprendizagem dos alu
faz necessário refletir é a questão da capacitação d
que este ambiente de trabalho se constitui em um e
porte técnico, nem sempre percebidos apenas c
imento sobre o processo de ensino e aprendizagem
e conhecimentos que demandam formação detalha
Intérprete de Libras na escola
realizada na escola, utilizando de entrevistas e ob
l uma Intérprete de Língua de Sinais trabalhava n
el organizar quatro categorias que se mostraram
do Intérprete na escola, são elas: Inclusão e possi
uisada; Relação Intérprete/alunos/professor; Form
is e Desafios da profissão. Essas categorias foram o
scola possibilite “vivenciar” o trabalho desenvolvi
uição, viabilizando a análise e a discussão dos dado
ectos do trabalho do Intérprete que se faz necessár
o e possibilidades de trabalho do Intérprete na esc
erção nesta escola pesquisada, relatando que inici
por parte dos professores, por se sentirem inco
sua sala de aula, mas com o tempo tudo se dava n
a entrevista registraram este aspecto, como foi
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sta forma, o "professor-
atuação na rede de ensino
rce a função de docente,
sala de recursos, ou em
urno, exerce a função de
u seja, o MEC viabiliza a
duas funções ao mesmo
dos alunos surdos.
tação dos Intérpretes para
um espaço diferenciado
enas com a prática. Tal
izagem, sobre a formação
etalhada e específica.
s e observações realizadas
hava na rede municipal de
aram de grande relevância
possibilidades de trabalho
Formação do profissional
oram organizadas de forma
nvolvido pelo Intérprete de
s dados obtidos. Cada uma
cessário serem repensados.
na escola, este profissional
e inicialmente houve certa
incomodados com uma
dava naturalmente. Alguns
o foi o caso do relato da
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Realização:
Alguns profe
pro professo
quero!. Mas
professor fic
conversando
Como ressaltou a coordena
Intérprete é um direito do aluno su
do contexto educacional e do proj
incluam este aluno proporciona
Considerando a proposta bilíngue,
língua primeira, ou seja, a língua
Tartuci (2004), o papel de aprendiz
sala de aula.
Portanto, o Intérprete tor
acolhimento e respeito tanto pelos
Na categoria Relação Intér
Intérprete essa mesma situação in
professor, pelo fato do professor re
decorrer do ano a relação com o re
alunos, tanto nas observações, qua
entre ambos.
Eu com a Int
dentro de s
nenhuma, ela
Já na categoria Formação desta não é uma questão muito discda diretora:
A formação
engano. (DIR
O acompanhamento da form
está sendo desenvolvida esta forma
de professores e demais funcionár
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professores têm dificuldade em aceitar. No primeiro mo
essor que vai ficar um Intérprete na sala dele, o professo
Mas não é questão de querer, é questão de direito do a
r fica um pouco inseguro com a presença de uma pessoa
ndo, vai sensibilizando. E tem dado resultado.(COORDE
ordenadora do Atendimento Educacional Especial
uno surdo. No processo de educação o surdo é part
o projeto pedagógico, tornando-se relevante refleti
rcionando a ele, medidas que auxiliem em
íngue, espera-se que o surdo apreenda o conhecime
íngua de sinais, pois, só assim, não simulará, com
prendiz, reproduzindo os rituais escolares para se to
te torna-se parte ativa do processo pedagógic
pelos professores, como de toda a equipe da escola
o Intérprete/alunos/professor também há que se c
ção inicial de incômodo ao se tratar de trabalhar
ssor regente se sentir “vigiado”. É importante ress
m o regente da turma foi se consolidando e melhora
s, quanto nas entrevistas, pode-se observar que há
a Intérprete também é tranqüilo. Eu não interfiro no traba
e sala de aula. As meninas com ela (Intérprete) eu
a, elas aceitaram bem. (PROFESSORA)
ação do Profissional Intérprete da Língua de Sinato discutida na escola, principalmente pela incerte
ção continuada do Intérprete é feita no CEMEPE, uma
(DIRETORA)
da formação continuada é importante para que se po
formação em sala de aula, não só no caso dos Inté
cionários da instituição. Como não há acompanham
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momento, quando você fala
fessor, diz: - Não quero, não
do aluno. Eu imagino que o
ssoa em sala, mas a gente vai
DENADORA DO AEE)
pecializado, a presença do
é parte ativa e participante
refletir sobre medidas que
em sua aprendizagem.
hecimento por meio de sua
rá, como apresenta Góes e
ra se tornar um “aluno” em
agógico, necessitando de
escola.
e se considerar na fala do
alhar em uma sala com o
te ressaltar ademais que no
elhorando. Em relação aos
que há uma intensa relação
rabalho dela, nem ela no meu
eu não percebi resistência
e Sinais, notou-se que não ncerteza verificada na fala
uma vez por mês, se não me
e se possa relacionar como
s Intérpretes, mas também
nhamento das atividades
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de formação, a escola não terá
impossibilitando a intervenção nes
Em relação a última catego
desafios para a atuação dos Intérp
dificuldade de inserção na comun
trabalho do Intérprete e também
educacional vigente nas escolas, a
das pessoas com necessidades es
Intérpretes o objeto de estudo deste
Assim, é necessário discuti
que acolhem os alunos com deficiê
para dentro dos muros da escola, n
exclusão”, pois agindo desta mane
sofrerão preconceitos e rejeições,
os alunos de como agir e interagir
Considerações Finais
Este trabalho teve como ob
Língua de Sinais e suas possibilida
por campos como a surdez, a Líng
ILS.
Neste percurso, percebeu
além da questão da formação inici
pesquisado não há este último tipo
esse quadro se altere em favor tant
a formação, seja a inicial, a qu
observada, seja a continuada, é im
dos surdos.
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terá conhecimento sobre as práticas realizada
ão nestas práticas com vistas a melhorias para os al
categoria analisada: Desafios da profissão, verifica
Intérpretes de língua de sinais, podendo-se aponta
comunidade surda, a rejeição de alguns profissio
mbém, como foi apontado pela Intérprete entre
olas, a qual não está adequada para que haja uma
des especiais, em específico, os surdos, os quai
o deste trabalho.
discutir e refletir sobre as formas de inclusão apres
deficiência, pois é importante compreender que ape
cola, não se caracteriza uma forma de inclusão, mas
maneira, a escola vai inserir os alunos em um am
ições, por falta de informações tanto para os profis
eragir com essas pessoas especificas.
mo objetivo identificar as dificuldades enfrentadas
sibilidades de trabalho no Município de Uberlândia
a Língua de Sinais Brasileira e também por desafi
ebeu-se que as dificuldades enfrentadas pelos In
o inicial e continuada deste profissional, observan
o tipo de formação, o que exige a tomada de medid
or tanto dos Intérpretes, quanto dos alunos que são
a qual também não foi constatada na entrevis
a, é imprescindível para a melhor atuação deste pr
ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA
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alizadas pelos Intérpretes,
a os alunos surdos.
rifica-se que são muitos os
apontar alguns entre eles a
rofissionais em relação ao
entrevistada, a proposta
a uma verdadeira inclusão
s quais são junto com os
apresentada pelas escolas
ue apenas inserir os alunos
o, mas sim de “inclusão na
um ambiente no qual estes
profissionais, quanto para
ntadas pelos Intérpretes da
rlândia – MG, perpassando
desafios enfrentados pelos
los Intérpretes vão muito
ervando que no município
medidas urgentes para que
e são auxiliados, visto que
trevista com a Intérprete
este profissional e também
UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA
Realização:
É importante ressaltar tam
legislação elaborada com o intuito
Sinais se faça valer nos ambien
estabelecer a formação mínima pa
exceções caso essa formação não s
além disso, não oferecer formação
uma língua viva, em constante alte
Desta forma, conclui-se e
discutir sobre esse assunto, visto
conseguir alcançar condições digna
Vale ressaltar também que
acrescentar e melhorar nas discuss
a melhoria da educação para todos
Referências:
GOÉS, M.C.R; TARTUCI, D. Alurituais de sala de aula. In: LODI,2004.
MEC. O tradutor e intérprete d2004.
NETO, Dinéia Ghizzo, GASPAprofissional Tradutor Interprete(Monografia). Faculdade de Ensino
SOUZA. V. R. M. Gênese da Universidade Federal da Bahia. Sa
IVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU
ISSN 2447-49
mbém, sobre a necessidade de se estabelecer
intuito de se oficializar a profissão de Tradutor/Int
mbientes em que atuam esses profissionais. Poi
ima para a atuação, mas logo em seguida, no mes
não seja alcançada pelos interessados em atuarem
mação continuada para esses profissionais que trab
te alteração.
se este trabalho, com a sensação de que muito
, visto que por ser uma profissão recente, há m
s dignas de trabalho e reconhecimento.
m que esta pesquisa não finaliza nestas páginas,
iscussões e na prática dos Intérpretes de Língua de
todos.
D. Alunos surdos na escola regular: as experiênciaODI, et al. Leitura, escrita e diversidade. Port
rete de Língua Brasileira de Sinais e Língua P
ASPARINI, Leila. As dificuldades encontrarprete de língua de sinais no ensino regular. Ensino Superior do Centro do Paraná. Medianeira,
e da educação de surdos em Aracaju. Disseia. Salvador, 2007.
ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA
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elecer medidas para que a
tor/Intérprete de Língua de
is. Pois, de nada adianta,
o mesmo texto, a lei abrir
uarem como Intérpretes. E,
e trabalham com a Libras,
muito ainda se tem para
, há muito que lutar para
inas, pois muito se tem a
gua de Sinais, objetivando
riências de letramento e os . Porto Alegre: Mediação,
gua Portuguesa. Brasília,
contradas pelo Dissertação
neira, 2007.
Dissertação (Doutorado).