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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PES I CONGRESSO NACION ¹ Professora da Educação Infantil no m Triângulo Mineiro. Realiza pesquisas na ² Professora da Educação Infantil no m Goiás – Campus Catalão. Realiza pesqu O INTÉRPRETE DA L EIXO Resumo: As questões referentes aos Intérpre educacionais, apesar desta profissã deficiência nos ambientes escolares com a oficialização da Lei nº 12.3 profissão de Tradutor e Intérprete da estudo tem como foco discutir sobre focando especificamente no âmbito identificar as dificuldades enfrenta trabalho; analisar as condições ofere de descrever como se dá a formação obtenção dos dados se deu a parti profissionais que atuam junto a est experiências vivenciadas, fundamen educacionais ainda são pouco recon fatores que dificultam a atuação de disciplinas antecipadamente, a p Intérprete/professor. Assim, faz-se n das escolas frente à atuação dos Inté ensino e aprendizagem dos alunos su Palavras-chave: Intérpretes. Surdez Introdução: RSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU SQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPE NAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂN I CONALIBRAS-UFU ISSN 2447-4 município de Uberlândia. Mestranda em Educação pel a área de Educação Infantil. taynara.m.resende@gmail município de Uberlândia. Mestranda em Educação pel uisas na área de Educação de Jovens e Adultos. jujuxpk LÍNGUA DE SINAIS: POSSIBILIDADES E O 3: Tradução e Interpretação de Libras Tayna J etes da Língua de Sinais (ILS) ainda são pouco ão ser de extrema importância para que a inc se concretize, em especial, os surdos. Esta profis 319 de 1º de setembro de 2010, a qual em seu a Língua Brasileira de Sinais. Com base nessas c e questões que perpassam a profissão do Intérpr educacional. Os objetivos almejados para a reali adas pelos Intérpretes da Língua de Sinais e ecidas pelas escolas de ensino regular para o trab o de Intérpretes. Nesta pesquisa exploratória, de a ir de observações e entrevistas realizadas com te profissional em uma escola municipal de Ub ntadas em estudos sobre o tema, possibilitou con nhecidos, até mesmo no próprio ambiente de traba este profissional, como a falta de acesso aos con pouca formação inicial e continuada e a necessário repensar as políticas públicas e a própr érpretes da Língua de sinais, pois, estes são essenc urdos. z. Inclusão. ECIAL – CEPAE NDIA 4959 la Universidade Federal do l.com . la Universidade Federal de [email protected]om.br . E DESAFIOS ara, RESENDE, UFTM ¹ Juliana, ROCHA, UFG ² o discutidas nos âmbitos clusão das pessoas com ssão só ganhou destaque artigo 1º regulamenta a considerações, o presente rete de Língua de Sinais, ização deste trabalho são suas possibilidades de balho do Intérprete; além abordagem qualitativa, a um Intérprete, alunos e berlândia. A análise das ncluir que os Intérpretes alho, visto que há alguns nteúdos curriculares das até mesmo a relação ria ação dos profissionais ciais para a qualidade do

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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

¹ Professora da Educação Infantil no muTriângulo Mineiro. Realiza pesquisas na ² Professora da Educação Infantil no muGoiás – Campus Catalão. Realiza pesquis

O INTÉRPRETE DA LÍN

EIXO

Resumo:

As questões referentes aos Intérpreteeducacionais, apesar desta profissãodeficiência nos ambientes escolares com a oficialização da Lei nº 12.31profissão de Tradutor e Intérprete da estudo tem como foco discutir sobre focando especificamente no âmbito eidentificar as dificuldades enfrentadtrabalho; analisar as condições oferecde descrever como se dá a formação obtenção dos dados se deu a partir profissionais que atuam junto a esteexperiências vivenciadas, fundamentaeducacionais ainda são pouco reconhefatores que dificultam a atuação destdisciplinas antecipadamente, a poIntérprete/professor. Assim, faz-se nedas escolas frente à atuação dos Intérpensino e aprendizagem dos alunos sur Palavras-chave: Intérpretes. Surdez.

Introdução:

IVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU

ISSN 2447-49

no município de Uberlândia. Mestranda em Educação pela as na área de Educação Infantil. [email protected]

no município de Uberlândia. Mestranda em Educação pela esquisas na área de Educação de Jovens e Adultos. jujuxpk@

A LÍNGUA DE SINAIS: POSSIBILIDADES E

IXO 3: Tradução e Interpretação de Libras

Taynara

Ju

érpretes da Língua de Sinais (ILS) ainda são pouco dfissão ser de extrema importância para que a inclu

se concretize, em especial, os surdos. Esta profiss12.319 de 1º de setembro de 2010, a qual em seu ate da Língua Brasileira de Sinais. Com base nessas consobre questões que perpassam a profissão do Intérpretbito educacional. Os objetivos almejados para a realiza

frentadas pelos Intérpretes da Língua de Sinais e soferecidas pelas escolas de ensino regular para o trabaação de Intérpretes. Nesta pesquisa exploratória, de abpartir de observações e entrevistas realizadas com ua este profissional em uma escola municipal de Ubeamentadas em estudos sobre o tema, possibilitou conceconhecidos, até mesmo no próprio ambiente de trabalho deste profissional, como a falta de acesso aos conta pouca formação inicial e continuada e atése necessário repensar as políticas públicas e a própria

Intérpretes da Língua de sinais, pois, estes são essencios surdos.

rdez. Inclusão.

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

o pela Universidade Federal do mail.com.

o pela Universidade Federal de [email protected].

ES E DESAFIOS

aynara, RESENDE, UFTM ¹

Juliana, ROCHA, UFG ²

ouco discutidas nos âmbitos inclusão das pessoas com

profissão só ganhou destaque seu artigo 1º regulamenta a sas considerações, o presente

rete de Língua de Sinais, realização deste trabalho são is e suas possibilidades de trabalho do Intérprete; além , de abordagem qualitativa, a om um Intérprete, alunos e e Uberlândia. A análise das u concluir que os Intérpretes trabalho, visto que há alguns s conteúdos curriculares das e até mesmo a relação rópria ação dos profissionais ssenciais para a qualidade do

UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

As discussões acerca do te

Brasil e no mundo, principalmen

ensino. Para se tratar sobre esse as

trabalham com esses indivíduos, s

espaços públicos, sendo assim,

dificuldades de um profissional em

O Intérprete da Língua Br

surdos, mediando e facilitando a i

pela comunidade surda. Este traba

há profissionais em quantidade s

população surda do país.

Este trabalho é resultado d

decorrer do curso de Pedagogia na

gerais: identificar as dificuldade

possibilidades de trabalho; analisa

trabalho do Intérprete de Libras; e

Uberlândia - MG. Sendo assim, pa

acerca da temática, bem como o

entrevistas com os sujeitos envolv

sendo eles o próprio Intérprete,

Atendimento Educacional Especia

trabalhava.

O Intérprete Educacional

O Intérprete educacional é

educação. É a área de interpretação

é observada em outros países.

Ao considerar a realidade bra

parcela de surdos matriculados em

exigências legais que determinam

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ISSN 2447-49

do tema da inclusão e da deficiência estão sendo

almente com a ideia da inserção dos deficientes

esse assunto, faz-se necessário abordar a questão d

duos, seja na escola, na Igreja, no ambiente de tra

ssim, neste trabalho será enfatizada a realidade

nal em específico: o Intérprete da Língua de Sinais.

ua Brasileira de Sinais (Libras) é o profissional q

do a interação da comunidade ouvinte com a língu

trabalho ainda é muito recente no Brasil e, por es

dade suficiente e bem qualificados para atender

ltado de pesquisas realizadas nas disciplinas de M

gia na Universidade Federal de Uberlândia e apres

uldades enfrentadas pelos Intérpretes da Língua

nalisar as condições oferecidas pelas escolas de e

ras; e descrever como se dá a formação de Intérpr

im, para seu desenvolvimento foram realizadas pes

omo observações em uma escola municipal de U

envolvidos diretamente no trabalho do Intérprete d

prete, duas alunas surdas, a diretora da escola,

specializado (AEE) e a professora regente da sala

onal é o profissional que atua como Intérprete de

retação mais requisitada atualmente. Na verdade, es

ade brasileira na qual as escolas particulares e públ

dos em diferentes níveis de escolarização, seria im

inam o acesso e a permanência do aluno na escola

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

sendo muito difundidas no

ientes na rede regular de

estão dos profissionais que

de trabalho ou em outros

alidade, os desafios e as

Sinais.

ional que trabalha com os

a língua de sinais utilizada

por esse motivo ainda não

ender toda a demanda da

s de Monografia I e II no

e apresenta como objetivos

Língua de Sinais e suas

s de ensino regular para o

pretes no município de

as pesquisas bibliográficas

l de Uberlândia, além de

prete da Língua de Sinais,

scola, a coordenadora do

a sala em que o Intérprete

rete de língua de sinais na

ade, essa demanda também

e públicas têm uma grande

eria impossível atender às

escola observando-se suas

UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

especificidades sem a presença de

na especialização dos ILS na área d

O Intérprete especialista p

intermediar as relações entre os a

alunos ouvintes. Entretanto, as co

fáceis de serem determinadas. Há v

do tipo de intermediação que acont

se confunde com o papel do pro

comentam e discutem em relação a

próprio professor regente da turma

conteúdos desenvolvidos em aula.

Em algumas ocasiões, o pro

aluno surdo, como sendo ele a pes

sua vez, ao assumir todos os pa

sobrecarregando e, também, confu

ainda está sendo constituído.

Em alguns casos, aos ILS

ensino e aprendizagem, porém, s

assumiria a função de tutoria me

de interpretação não é permitido.

Intérpretes que assumem a funçã

com as diferentes áreas do ens

Considerando tais questões, pode

Intérprete que em si já se basta e c

este seja contratado como tal.

Essa discussão acerca das

vários países, como os Estados U

assumam funções que não sejam e

alunos, apresentar informações a

acompanhar os alunos, além de re

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ça de Intérpretes de língua de sinais. Assim, faz

área da educação.

ista para atuar na área da educação necessita

e os alunos e os professores, bem como, entre os

as competências e responsabilidades destes profi

s. Há vários problemas de ordem ética que acabam

acontece em sala de aula. Muitas vezes, a função

do professor. Os alunos dirigem questões diretam

lação aos tópicos abordados com o Intérprete e não

turma atribui ao Intérprete a responsabilidade de a

aula.

, o professor consulta o Intérprete a respeito do

e a pessoa mais indicada a dar um parecer a respe

os papéis delegados por parte dos professores

confundindo o seu papel dentro do processo educa

os ILS é permitido oferecer um retorno ao profe

rém, se esta possibilidade existe, seria possível pre

ria mediante a supervisão do professor, o que em

itido. Desta forma, isso poderia gerar muitos pro

função de tutores necessitariam de estar preparad

o ensino e este trabalho cabe apenas ao profes

, poder-se-ia determinar que o Intérprete assumirá

asta e caso seja requerido um professor que domine

a das funções dos Intérpretes de língua de sinais

dos Unidos, por exemplo, o qual determinou ser

ejam específicas da sua atuação enquanto Intérpre

ões a respeito do desenvolvimento dos alunos s

de realizar atividades extra-classe. (NETO E GASP

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

, faz-se necessário investir

essita ter um perfil para

ntre os alunos surdos e os

s profissionais não são tão

cabam surgindo em função

nção do Intérprete em sala

diretamente ao Intérprete,

e e não com o professor. O

de de assumir o ensino dos

do desenvolvimento do

respeito. O Intérprete, por

ssores e alunos, acaba se

educacional, um papel que

professor do processo de

vel prever que o Intérprete

e em outras circunstâncias

os problemas, visto que os

eparados para trabalharem

professor e não aos ILS.

umirá somente a função de

omine língua de sinais que

sinais, têm se estendido a

u ser antiético que os ILS

ntérpretes, como tutorar os

unos surdos, disciplinar e

GASPARINI, 2007)

UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

Há alguns autores, no enta

desenvolvimento dos alunos surdo

conhecimento e o contato interpe

interdependência.

Souza (2007, p. 167), ao

Intérprete da língua de sinais afirm

O trabalho dfigura do intsituações traconvocam osFalta que moou antes, qusujeito surdoConfiguraçãointérprete –aprendizagem

Esta autora faz referência t

no processo de ensino e aprendiz

estabelecer uma relação de ensino

também que a relação professor

somente se resolverá com o ap

indispensável se o Intérprete educa

Contudo esta mesma autora

o professor não participar do proc

avaliar a aprendizagem deste alu

adequada para se tornar responsá

inviável a transferência de certa

educacional.

É evidente que, em sala d

construindo sentidos, esclarecendo

sentido da palavra, poderá apena

surdos. Isto porque o espaço educa

se objetiva é a construção de conhe

alcançar esse fim.

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o entanto, que apontam ser o Intérprete uma peça

surdos, sendo, dessa forma, impossível de se impe

interpessoal entre esse dois sujeitos que constitu

), ao tratar sobre a relação estabelecida entre o

afirma:

alho do tradutor, entendido como ato amoroso e de entregdo intérprete educacional de Libras – uma face pouco vises tradutórias: torna crucial a relação pessoal, em jogosam os sujeitos – estudante e intérprete – ao preenchimentoue mobiliza o desejo de transmissão de conhecimento peloes, que o mobiliza a transmitir marcas simbólicas que, po surdo se inscrever também na deriva de outra línguuração que, a meu ver, impossibilita o intérprete de ser, em

– ele é sempre mais que isso: ele é parte do acizagem em que é, ao mesmo tempo, sujeito e objeto.

ncia também à figura do professor, o qual será ape

rendizagem do aluno surdo, visto que este profe

ensino com o surdo por não ter domínio da língu

fessor/aluno/intérprete sempre será problemática

o apagamento da figura do professor, visto

educacional dominar a disciplina que está sendo m

autora encontra um problema ao estabelecer esta s

o processo de ensino e aprendizagem do estudante

ste aluno? O Intérprete na maioria das vezes n

sponsável completamente pela educação dos alun

certas responsabilidades ao profissional que a

sala de aula, muitas vezes, o Intérprete precisa at

ecendo questões, uma vez que, se fizer uma inte

apenas ter como resultado a não compreensão p

educacional tem peculiaridades que precisam ser

conhecimentos dos alunos e muitos recursos pode

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

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a peça fundamental para o

e impedir a transmissão do

onstituem uma relação de

ntre os alunos surdos e o

entrega à obra, apresenta – na co visível em relação a outras jogos de acontecimentos que mento de uma falta em ambos. to pelo intérprete ao estudante, ue, por sua vez, permitirão ao língua e em outra cultura. er, em sala de aula, “apenas” o do acontecimento de ensino-

erá apenas um coadjuvante

professor não conseguirá

a língua de sinais. Afirma

ática e que esse dilema

visto que este se torna

ndo ministrada na classe.

esta situação, visto que se

udante surdo, como poderá

zes não possui formação

s alunos surdos, assim, é

que atua como Intérprete

cisa atuar como educador,

a interpretação no estrito

nsão por parte dos alunos

m ser consideradas. O que

s podem ser utilizados para

UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

No entanto, o professor não

papel principal é interpretar. O ILS

dos alunos. É preciso que a atu

propiciando que cada um cumpra

que cada um possa sugerir ao o

melhor condição possível de apren

Desta forma, de modo gera

da educação redirecionem os qu

Intérprete caracteriza o seu papel

do professor, responsável pela cl

turma é claro e deve ser respeitado

no que se refere à educação da

conjuntas e trocando a partir de seu

conhecimentos escolares, aspectos

Neste sentido, o professor

grupo um contexto diferenciado

estrutura física da sala de aula, a

exposição por parte do professor sã

No espaço de classe, o p

Intérprete pode contribuir muito p

Intérprete é fundamental, visto que

revelar suas dúvidas, discutir sobr

com o aluno, para que o conhecime

O incômodo do professor

surdo, atribuindo ao Intérprete o in

Intérprete desconfiando de sua atua

Se não existir cumplicidad

conflitos poderão dificultar e até m

surdas no espaço escolar.

Ao integrar o espaço educ

ouvintes, também se direcionam

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or não pode atribuir suas responsabilidades ao Inté

O ILS não pode ser responsabilizado pela aquisiçã

a atuação do Intérprete se constitua em parcer

mpra efetivamente com seu papel, em uma ativid

ao outro, melhorias para desenvolver suas funç

aprendizagem para a criança surda.

o geral, é recomendável que os Intérpretes de líng

os questionamentos dos alunos ao professor,

papel na intermediação, mesmo quando este papel

ela classe, e coordenador do processo de ensino

eitado, todavia, se o Intérprete puder atuar como p

ão das crianças surdas, dividindo inquietações,

de seu papel de ILS, que é o de auxiliar a criança s

pectos da prática pedagógica podem ser revistos e m

essor também precisa passar pelo processo de apr

ciado com a presença de alunos surdos e de IL

aula, a disposição das pessoas em classe, a adeq

ssor são exemplos de aspectos a serem reconsidera

e, o professor tem autonomia e, quando compre

uito para as ações que ocorrem em sala. A parce

sto que o Intérprete precisa poder negociar conteúd

ir sobre as questões do aprendiz e por muitas vez

hecimento que se almeja seja construído.

essor frente à presença do Intérprete poderá levá

te o insucesso desse aluno. Outra possibilidade é

ua atuação.

icidade e aceitação entre professor e Intérprete em

até mesmo inviabilizar as possibilidades de aprend

educacional, o Intérprete passa a fazer parte del

onam a ele, criando questões, relacionando-se co

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

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ao Intérprete, visto que seu

quisição de conhecimentos

parceria com o professor,

atividade colaborativa, em

s funções, promovendo a

de língua de sinais da área

ssor, pois desta forma o

papel é alargado. O papel

ensino e aprendizagem da

omo parceiro do professor,

ações, buscando soluções

iança surda na aquisição de

tos e melhorados.

de aprendizagem de ter no

de ILS. A adequação da

a adequação da forma de

siderados em sala de aula.

ompreende a presença do

parceria entre professor e

onteúdos com o professor,

tas vezes mediar a relação

levá-lo a ignorar o aluno

ade é a de polarizar com o

rete em sala de aula, esses

aprendizagem das crianças

rte dele. Os outros alunos,

se com este profissional

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Realização:

como um educador. Contudo, su

conjunto com os professores, para

Em relação ainda aos ILS

considerados para que haja uma

professor e a aprendizagem dos alu

a importância de o professor ser

necessidade dos Intérpretes se ma

informações confidenciais; o direit

preparação das aulas que garantem

que as aulas sejam organizadas

possibilitando um melhor trabalho.

Outro aspecto importante

nível educacional no qual este des

educação infantil, ensino fundam

graduação. Obviamente que em ca

Nos níveis iniciais, o I

implicações, pois crianças apre

puramente como uma pessoa me

tende a estabelecer o vínculo com

estabelece essa relação. (MEC, 2

Por outro lado, o adolesc

conseguem entender a real f

conhecimento. Nos níveis poster

mais específicos e mais aprofund

de exigência dos níveis mais adia

É importante apresentar tam

língua de sinais. O próprio Mini

professores enquanto Intérpretes,

Intérprete por terem um bom domí

Nesse caso, esse profission

de sinais. A proposta do MEC em

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do, suas limitações de atuação e seu papel deve

, para que essas interações não ocasionem conflitos

os ILS nas salas de aula, é necessário que algu

uma verdadeira mediação entre o conhecimen

dos alunos surdos, entre esses elementos destacam

or ser a figura de autoridade absoluta em qualq

manterem neutros e garantirem o direito dos

direito dos ILS de serem auxiliados pelo professor

rantem a qualidade da sua atuação; além de ser im

zadas de forma que o Intérprete tenha um int

balho. (MEC, 2004)

rtante a ser considerado na atuação do Intérprete

te desempenha seu trabalho, visto que este profissi

ndamental, ensino médio, no nível universitário

em cada nível deve-se considerar diferentes fatores

s, o Intérprete estará diante de crianças e isso

s apresentam dificuldades em compreender a f

soa mediadora da relação entre o professor e o alu

lo com quem lhe dirige o olhar. Nesse caso, o Int

EC, 2004)

dolescente e o adulto lidam melhor com a presen

real função destes profissionais em sala, ou

posteriores, o Intérprete passa a necessitar de con

rofundados para poder realizar a interpretação com

is adiantados da escolarização.

tar também a questão dos professores que também

Ministério de Educação e Cultura - MEC está

retes, visto que alguns professores acabam assum

domínio da língua de sinais.

issional tem duas profissões: a de professor e a de

C em formar Intérpretes selecionando professores

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

l devem ser definidos em

nflitos.

e alguns elementos sejam

cimento apresentado pelo

acam-se alguns, entre eles:

qualquer sala de aula; a

o dos alunos de manter as

fessor através da revisão e

ser imprescindível também

m intervalo de descanso,

rprete em sala de aula é o

rofissional poderá atuar na

sitário e no nível de pós-

fatores.

e isso ocasiona diversas

r a função do Intérprete

e o aluno. A criança surda

, o Intérprete é aquele que

presença dos ILS, pois já

, ou seja, mediador do

e conhecimentos cada vez

ão compatível com o grau

ambém são intérpretes de

está procurando formar

assumindo a função de

e a de Intérprete de língua

ssores da rede regular de

UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

ensino objetiva abrir este campo

intérprete" deve ser o profissional

pode efetivar-se com dupla funçã

regente de uma turma seja em cl

escola especial, neste caso, não a

Intérprete em contexto de sala de a

atuação do professor-intérprete, p

tempo, pois isto seria inviável para

Outro aspecto que se faz ne

atuação em sala de aula, já que es

que requer formação e suporte

capacitação envolve conhecimento

de conceitos e a construção de con

Olhares sobre a atuação do Intér

A partir da pesquisa realiz

em uma sala de aula na qual uma

Uberlândia – MG, foi possível org

no que se refere ao trabalho do Int

do Intérprete na escola pesquisada

Intérprete da Língua de Sinais e De

que a pesquisa realizada na escola

Língua de Sinais desta instituição,

dessas categorias relatam aspectos

Na categoria Inclusão e po

relatou como se deu sua inserção

resistência, principalmente por p

presença estranha dentro de sua sa

relatos obtidos por meio da entr

coordenadora do AEE:

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campo de atuação dentro das escolas. Desta fo

sional cuja carreira é a do magistério e cuja atuaçã

função. Em um turno, este profissional exerce a

em classe comum, em classe especial, em sala d

não atuando como Intérprete. E em outro turno,

la de aula, onde há outro professor regente. Ou seja

rete, porém, não autoriza o exercício das duas

el para o processo de ensino e aprendizagem dos alu

faz necessário refletir é a questão da capacitação d

que este ambiente de trabalho se constitui em um e

porte técnico, nem sempre percebidos apenas c

imento sobre o processo de ensino e aprendizagem

e conhecimentos que demandam formação detalha

Intérprete de Libras na escola

realizada na escola, utilizando de entrevistas e ob

l uma Intérprete de Língua de Sinais trabalhava n

el organizar quatro categorias que se mostraram

do Intérprete na escola, são elas: Inclusão e possi

uisada; Relação Intérprete/alunos/professor; Form

is e Desafios da profissão. Essas categorias foram o

scola possibilite “vivenciar” o trabalho desenvolvi

uição, viabilizando a análise e a discussão dos dado

ectos do trabalho do Intérprete que se faz necessár

o e possibilidades de trabalho do Intérprete na esc

erção nesta escola pesquisada, relatando que inici

por parte dos professores, por se sentirem inco

sua sala de aula, mas com o tempo tudo se dava n

a entrevista registraram este aspecto, como foi

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

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sta forma, o "professor-

atuação na rede de ensino

rce a função de docente,

sala de recursos, ou em

urno, exerce a função de

u seja, o MEC viabiliza a

duas funções ao mesmo

dos alunos surdos.

tação dos Intérpretes para

um espaço diferenciado

enas com a prática. Tal

izagem, sobre a formação

etalhada e específica.

s e observações realizadas

hava na rede municipal de

aram de grande relevância

possibilidades de trabalho

Formação do profissional

oram organizadas de forma

nvolvido pelo Intérprete de

s dados obtidos. Cada uma

cessário serem repensados.

na escola, este profissional

e inicialmente houve certa

incomodados com uma

dava naturalmente. Alguns

o foi o caso do relato da

UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

Alguns profe

pro professo

quero!. Mas

professor fic

conversando

Como ressaltou a coordena

Intérprete é um direito do aluno su

do contexto educacional e do proj

incluam este aluno proporciona

Considerando a proposta bilíngue,

língua primeira, ou seja, a língua

Tartuci (2004), o papel de aprendiz

sala de aula.

Portanto, o Intérprete tor

acolhimento e respeito tanto pelos

Na categoria Relação Intér

Intérprete essa mesma situação in

professor, pelo fato do professor re

decorrer do ano a relação com o re

alunos, tanto nas observações, qua

entre ambos.

Eu com a Int

dentro de s

nenhuma, ela

Já na categoria Formação desta não é uma questão muito discda diretora:

A formação

engano. (DIR

O acompanhamento da form

está sendo desenvolvida esta forma

de professores e demais funcionár

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professores têm dificuldade em aceitar. No primeiro mo

essor que vai ficar um Intérprete na sala dele, o professo

Mas não é questão de querer, é questão de direito do a

r fica um pouco inseguro com a presença de uma pessoa

ndo, vai sensibilizando. E tem dado resultado.(COORDE

ordenadora do Atendimento Educacional Especial

uno surdo. No processo de educação o surdo é part

o projeto pedagógico, tornando-se relevante refleti

rcionando a ele, medidas que auxiliem em

íngue, espera-se que o surdo apreenda o conhecime

íngua de sinais, pois, só assim, não simulará, com

prendiz, reproduzindo os rituais escolares para se to

te torna-se parte ativa do processo pedagógic

pelos professores, como de toda a equipe da escola

o Intérprete/alunos/professor também há que se c

ção inicial de incômodo ao se tratar de trabalhar

ssor regente se sentir “vigiado”. É importante ress

m o regente da turma foi se consolidando e melhora

s, quanto nas entrevistas, pode-se observar que há

a Intérprete também é tranqüilo. Eu não interfiro no traba

e sala de aula. As meninas com ela (Intérprete) eu

a, elas aceitaram bem. (PROFESSORA)

ação do Profissional Intérprete da Língua de Sinato discutida na escola, principalmente pela incerte

ção continuada do Intérprete é feita no CEMEPE, uma

(DIRETORA)

da formação continuada é importante para que se po

formação em sala de aula, não só no caso dos Inté

cionários da instituição. Como não há acompanham

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

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momento, quando você fala

fessor, diz: - Não quero, não

do aluno. Eu imagino que o

ssoa em sala, mas a gente vai

DENADORA DO AEE)

pecializado, a presença do

é parte ativa e participante

refletir sobre medidas que

em sua aprendizagem.

hecimento por meio de sua

rá, como apresenta Góes e

ra se tornar um “aluno” em

agógico, necessitando de

escola.

e se considerar na fala do

alhar em uma sala com o

te ressaltar ademais que no

elhorando. Em relação aos

que há uma intensa relação

rabalho dela, nem ela no meu

eu não percebi resistência

e Sinais, notou-se que não ncerteza verificada na fala

uma vez por mês, se não me

e se possa relacionar como

s Intérpretes, mas também

nhamento das atividades

UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

de formação, a escola não terá

impossibilitando a intervenção nes

Em relação a última catego

desafios para a atuação dos Intérp

dificuldade de inserção na comun

trabalho do Intérprete e também

educacional vigente nas escolas, a

das pessoas com necessidades es

Intérpretes o objeto de estudo deste

Assim, é necessário discuti

que acolhem os alunos com deficiê

para dentro dos muros da escola, n

exclusão”, pois agindo desta mane

sofrerão preconceitos e rejeições,

os alunos de como agir e interagir

Considerações Finais

Este trabalho teve como ob

Língua de Sinais e suas possibilida

por campos como a surdez, a Líng

ILS.

Neste percurso, percebeu

além da questão da formação inici

pesquisado não há este último tipo

esse quadro se altere em favor tant

a formação, seja a inicial, a qu

observada, seja a continuada, é im

dos surdos.

IVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU

ISSN 2447-49

terá conhecimento sobre as práticas realizada

ão nestas práticas com vistas a melhorias para os al

categoria analisada: Desafios da profissão, verifica

Intérpretes de língua de sinais, podendo-se aponta

comunidade surda, a rejeição de alguns profissio

mbém, como foi apontado pela Intérprete entre

olas, a qual não está adequada para que haja uma

des especiais, em específico, os surdos, os quai

o deste trabalho.

discutir e refletir sobre as formas de inclusão apres

deficiência, pois é importante compreender que ape

cola, não se caracteriza uma forma de inclusão, mas

maneira, a escola vai inserir os alunos em um am

ições, por falta de informações tanto para os profis

eragir com essas pessoas especificas.

mo objetivo identificar as dificuldades enfrentadas

sibilidades de trabalho no Município de Uberlândia

a Língua de Sinais Brasileira e também por desafi

ebeu-se que as dificuldades enfrentadas pelos In

o inicial e continuada deste profissional, observan

o tipo de formação, o que exige a tomada de medid

or tanto dos Intérpretes, quanto dos alunos que são

a qual também não foi constatada na entrevis

a, é imprescindível para a melhor atuação deste pr

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

alizadas pelos Intérpretes,

a os alunos surdos.

rifica-se que são muitos os

apontar alguns entre eles a

rofissionais em relação ao

entrevistada, a proposta

a uma verdadeira inclusão

s quais são junto com os

apresentada pelas escolas

ue apenas inserir os alunos

o, mas sim de “inclusão na

um ambiente no qual estes

profissionais, quanto para

ntadas pelos Intérpretes da

rlândia – MG, perpassando

desafios enfrentados pelos

los Intérpretes vão muito

ervando que no município

medidas urgentes para que

e são auxiliados, visto que

trevista com a Intérprete

este profissional e também

UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

É importante ressaltar tam

legislação elaborada com o intuito

Sinais se faça valer nos ambien

estabelecer a formação mínima pa

exceções caso essa formação não s

além disso, não oferecer formação

uma língua viva, em constante alte

Desta forma, conclui-se e

discutir sobre esse assunto, visto

conseguir alcançar condições digna

Vale ressaltar também que

acrescentar e melhorar nas discuss

a melhoria da educação para todos

Referências:

GOÉS, M.C.R; TARTUCI, D. Alurituais de sala de aula. In: LODI,2004.

MEC. O tradutor e intérprete d2004.

NETO, Dinéia Ghizzo, GASPAprofissional Tradutor Interprete(Monografia). Faculdade de Ensino

SOUZA. V. R. M. Gênese da Universidade Federal da Bahia. Sa

IVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU

ISSN 2447-49

mbém, sobre a necessidade de se estabelecer

intuito de se oficializar a profissão de Tradutor/Int

mbientes em que atuam esses profissionais. Poi

ima para a atuação, mas logo em seguida, no mes

não seja alcançada pelos interessados em atuarem

mação continuada para esses profissionais que trab

te alteração.

se este trabalho, com a sensação de que muito

, visto que por ser uma profissão recente, há m

s dignas de trabalho e reconhecimento.

m que esta pesquisa não finaliza nestas páginas,

iscussões e na prática dos Intérpretes de Língua de

todos.

D. Alunos surdos na escola regular: as experiênciaODI, et al. Leitura, escrita e diversidade. Port

rete de Língua Brasileira de Sinais e Língua P

ASPARINI, Leila. As dificuldades encontrarprete de língua de sinais no ensino regular. Ensino Superior do Centro do Paraná. Medianeira,

e da educação de surdos em Aracaju. Disseia. Salvador, 2007.

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

elecer medidas para que a

tor/Intérprete de Língua de

is. Pois, de nada adianta,

o mesmo texto, a lei abrir

uarem como Intérpretes. E,

e trabalham com a Libras,

muito ainda se tem para

, há muito que lutar para

inas, pois muito se tem a

gua de Sinais, objetivando

riências de letramento e os . Porto Alegre: Mediação,

gua Portuguesa. Brasília,

contradas pelo Dissertação

neira, 2007.

Dissertação (Doutorado).