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Palestra apresentada no I Congresso Brasileiro sobre Desastres Naturais, Rio Claro, SP, em maio de 2012

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  • 1. O Instituto Geolgico na preveno de desastres naturais: mtodo de mapeamento de risco em escala regionalClaudio Jos Ferreira Grupo de Pesquisa Congresso Brasileiro sobre Desastres Naturais -Rio Claro, SP - 14 -17 de maio de 2012

2. Roteiro Atuao do Instituto Geolgico em risco e desastresAbordagem da paisagem em nvel regionalConceitos de risco e A questo da desastresescala 3. Histrico Origem: Comisso Geogrfica e GeolgicaRelatrio Sobre os movimentos das guas observadas no valle do Tiet eTamanduatehy durante a enchente de janeiro de 1887 4. Desastres e Acidentes HistricosMonte Serrat, Santos, 1928Fotos: Poliantia Santista, 1996,Ed. Caudex, S. Vicente/SP 5. Desastres e Acidentes HistricosSantos, 1956Fonte: www.novomilenio.inf.br/santos 6. Desastres e Acidentes Histricos Caraguatatuba 1967Fonte: Saulo Gil Imprensa LivreFotos: Arquivo Agncia Estado - AE 7. O Gerenciamento de Riscos -HISTRICO - Aes1985 - Deslizamentos generalizados na regio de Cubato1985-Instalaode ComissoEspecial paraa Restaurao da Serra do Mar1987 - Plano de Contingncia para o Polo Industrial deCubatoVero de 1987-88 - Acidentes generalizados com mortesna regio da Serra do Mar1988 - Relatrio Instabilidades da Serra do Mar -Situaes de Risco 8. O Gerenciamento de Riscos -HISTRICO - AesGesto Ambiental ePlanejamento Territorial Evitar ConviverAes de Defesa Civil 9. O Gerenciamento de Riscos -HISTRICO - AesGesto Ambiental e Plano Preventivo de Defesa CivilPlanejamento Territorial Evitar e mitigarPPDC Cartas geolgico-geotcnicas1989 - Guaruj90/92 Ubatuba94/96 So Sebastio Desenvolvimento e Operao de PlanosPreventivos e de Contingncia de Defesa95 - CubatoCivil98/05 SIIGALMapas de risco 2004 -2012 identificao e caracterizao de reas de Instrumentos de Polticas Pblicasrisco crticasPD municipaisGERCO - ZEE Conviver e mitigarUCsCBH Aes de Defesa Civil 10. Os Planos Preventivos e de ContingnciaArranjo Institucional REDECCEDEC COMDECDAEE IG IPT CETESBCEAN PPDC TE Serra do Mar C Planos de Contingncia PlanoC SAISPPlanoEscorregamentosContingncia EContingncia e InundaesRPolo IndustrialSVale Ribeira reas de Risco CubatoMComit para Estudos das Ameaas Naturais e Tecnolgicas do Estado de So Paulo 11. O papel do Instituto Geolgico Poltica Estudos e Divulgao e Cursos e Pesquisas Material Treinamentos EducativoPlanejamentoGerenciamentoOperao e SGIG DesenvolvimentoPlanos Cartografia de RiscoApoio Tcnico -CEDEC Estudo de NovosMapeamento de Fenmenos Grupo de Pesquisareas de Risco Perigosos - CNPq 12. Mapeamento de risco- 31 municpios mapeados 2005 a 2009 + 9 -2012Aparecida, Caapava,Pindamonhangaba,Redeno da Serra,Roseira, Taubat,Guaratinguet, Trememb eSo Jos do Rio Preto 13. Planos Preventivos e de Contingncia 14. OPERAO VERO 2009/2010 (58 ATENDIMENTOS) OPERAO VERO 2009/2010 (58 ATENDIMENTOS)Dezembro/2009 11 atendimentos (Santa Branca, So Luiz do Paraitinga,Mau, Ubatuba, Bofete, Taboo da Serra, Ribeiro Pires, Vargem Grande doSul, Santo Antonio do Pinhal, So Sebastio e Guaratinguet);Janeiro/2010 21 atendimentos (Franco da Rocha, Cunha (2),Guaratinguet (2), Guararema, Cunha, So Luiz do Paraitinga (2), Bananal,Ribeiro Grande, Santa Branca, Santo Andr, Mairipor, Ubatuba, RibeiroPires, Carapicuba, Suzano, So Sebastio, Atibaia e So Bernardo doCampo);Fevereiro/2010 09 atendimentos (Cajati, Miracatu, Pedro de Toledo,Guapiara, Apia, Mogi das Cruzes, Ilhabela, Aparecida e Praia Grande); Maro/2010 10 atendimentos (Avar, Po, guas de Lindia, Areias, SoJos do Barreiro, So Bernardo do Campo, Mau, Atibaia, Guaratinguet eSo Sebastio);Abril/2010 07 atendimentos (Santa Branca, Praia Grande, Cubato, SoVicente, Mirassol, Ribeiro Pires e Ubatuba).20 atendimentos extra-plano 20 atendimentos extra-plano207 reas vistoriadas207 reas vistoriadas 15. OPERAO VERO 2010 - 201129 Atendimentos23 Municpios76 reas vistoriadasDados das reas vistoriadas pelo IG 16. Principais AesPreveno de Desastres Atendimentos Emergenciais 17. Principais Aes Participao em Operaes EspeciaisPreveno de Desastres Santa Catarina 2009 18. Principais AesParticipao em Operaes Especiais Preveno de DesastresAlagoas 2010 19. Articulao institucional e tomada de deciso Programa Estadual de Gesto de Desastres Naturais e de Reduo de Riscos Geolgicos - FEV. e MAR. 2010 demanda Governador para Casa Militar e Instituto Geolgico - informaes sobre: nmero, gravidade e localizao de reas de risco no Estado de So Paulo; como mapear todas os municpios. - MAR. 2010 CEDEC consulta COMDECs para apurao preliminar das reas de risco: 3.690 reas. - percepo de risco. - JUN. 2010 Instituto Geolgico apresenta a SMA e CMil PropostaHistricoPreliminar do Programa Estadual de Preveno de DesastresCriao da Naturais e de Reduo de Riscos Geolgicos.Proposta - JUL. a Dez. 2010 - contatos com dirigentes e tcnicos de outras instituies e secretarias de estado. - DEZ. 2010 - informao tcnica A Poltica Estadual de Mudanas Climticas e Comunicao Estadual sobre Vulnerabilidade a Desastres Naturais e Plano Estratgico para Aes Emergenciais e Mapeamento de reas de Risco (PEMC) e RQA 2010. - JAN. e FEV. 2011 - duas reunies estratgicas com representantes de todas as instituies envolvidas na proposta CEDEC (Cmil); IG, CPLA, e CETESB (SMA); SHab.; IPT (SDECT); DAEE e SABESP (SSRH). Assuntos: Contedo da Proposta; Estratgias de encaminhamento; Minuta de Decreto do PDN; -MAI. e JUN. 2011 planos e contato CEPAM para aes de capacitao municipal; 20. Objetivos vislumbrar aes complementares e inovadorasnecessrias para ampliar a capacidade do Estado naPreveno de Desastres.Motivaotratar a preveno de desastres naturais e reduo deriscos geolgicos no estado de So Paulo de formaAesampla e articulada, visando reduzir asvulnerabilidades, minimizar as perdas e ampliar acapacidade de enfrentamento das situaes deemergncia e os riscos existentesEstratgias 21. - combater o aumento de perdas e danos associados a fenmenos naturais noEstado de So Paulo;Objetivos - garantir a eficcia dos planos preventivos e de contingncia j existentes, eampliar a capacidade de atuao do Estado em situaes de emergncia;- equilibrar a capacidade de enfrentamento do Estado de SP diante do nmerocrescente de acidentes e desastres, e face tendncia de intensificao deMotivao eventos climticos adversos;- articular aes da Defesa Civil com a PEMC e com outras aes e programasde diferentes secretarias de governo;- executar aes complementares ao gerenciamento de desastres e aoAesmonitoramento de reas de risco, incorporando aes de planejamento doterritrio e de erradicao das situaes de risco j existentes;- apresentar uma resposta articulada do Governo do Estado de So Paulo sexpectativas da populao e cobrana da comunidade tcnica, do setorEstratgias judicirio e dos meios de comunicao;- mostrar liderana, consonncia e equilbrio com aes similares em outrosestados da federao. 22. Objetivos Identificao, definio e aperfeioamento deatividades de gerenciamento de risco.MotivaoIncorporao de atividades que permitam evitar oaparecimento de novas reas e eliminar, ouminimizar os riscos, na reas identificadas.Aesincorporao de componentes que melhorem apercepo das comunidades afetadas, aEstratgias comunicao com a sociedade e a melhoriaconstante da base tcnica e dos recursostecnolgicos aplicados no combate aos desastres 23. a) estabelecimento de Decreto instituindo o PDN;Objetivosb) criao de um Comit Deliberativo composto porsecretrios de governo de pastas pertinentes ao assunto;c) constituio de um Grupo de Articulao de AesMotivao Executivas (GAAE), com instituies de atuao direta, paraformulao de Plano de Trabalho e para o acompanhamentodas aes contempladas no PDN;d) dimensionamento e viabilizao de recursos humanos eAesfinanceiros, arranjos interinstitucionais e programascomplementares;e) coordenao do GAAE a cargo da CEDEC comEstratgias Secretaria Executiva do IG, em consonncia com a PEMC.ComitDeliberativoCEANTECGrupo deCEHArticulaode AesExecutivasCEMC 24. Programa Estadual de Gesto de Desastres Naturais e de Reduo deRiscos GeolgicosGRUPO DE AES 25. Conceitos de Risco Medida de danos ou prejuzos potenciaisPoltica Nacional deRelao existente entre umaDefesa Civil - 1995ameaa com o grau de vulnerabilidade do sistema receptor a seus efeitosEstratgia Internacional para Reduo deCombinao da probabilidade deocorrncia de um evento e suasDesastres ONU - 2009 consequncias negativasISO 31000Gerenciamento de Risco - Efeito da incerteza sobre objetivos 2009 26. Anlise de Risco R = f ( Evento, Vulnerabilidade, Consequncias)PolticaDano, Perda,Ameaa VulnerabilidadeNacionalPrejuzoISDR- PerigoVulnerabilidadeExposioONUISO - FontesControle Consequncia31000R = P * V *D 27. Anlise de Risco 28. IPCC, 2012: Summary for Policymakers. In: Managing the Risks of Extreme Events and Disasters toAdvance Climate Change Adaptation [Field, C.B., V. Barros, T.F. Stocker, D. Qin, D.J. Dokken, K.L. Ebi,M.D. Mastrandrea,K.J. Mach, G.-K. Plattner, S.K. Allen, M. Tignor, and P.M. Midgley (eds.)]. A SpecialReport of Working Groups I and II of the Intergovernmental Panel on Climate Change. CambridgeUniversity Press, Cambridge, UK, andNew York, NY, USA, pp. 1-19. 29. Perigo: fenmeno, substncia,atividade humana ou condioperigosa que pode causar perdade vidas, ferimentos ou outrosimpactos na sade, danos apropriedades, perda de meios desubsistncia e servios,interrupo social e econmicaou danos ambientais 30. Ameaa: estimativa deocorrncia e magnitude deum evento adverso,expressa em termos deprobabilidade estatsticade concretizao doevento e da provvelmagnitude de suamanifestao 31. Fonte de risco: elementoque sozinho ou emcombinao tem opotencial intrnseco degerar riscoEvento: ocorrncia oumudana de um conjuntoparticular decircunstncias 32. Diferena Perigo vs Risco 33. Diferena Perigo vs Risco Elemento em Risco 34. VulnerabilidadeCaractersticas ecircunstncias de umacomunidade, sistema oubem que a fazemsuscetvel ao efeitos deum perigo. 35. Vulnerabilidade Condio intrnseca ao corpo ousistema receptor que, em interao coma magnitude do evento ou acidente,caracteriza os efeitos adversos,medidos em termos de intensidade dosdanos provveis. Relao existente entre a magnitudeda ameaa, caso ela se concretize, e aintensidade do dano consequente. 36. Vulnerabilidade Controle: medidaque modifica o riscoNOTA 1 Controle incluiqualquer processo,poltica, equipamento,prtica ou outra aoque modifica o risco 37. Diadema, 2004Diadema, 2004Santa Branca, 2011 Ubatuba 38. ExposioPessoas, propriedades, sistemas ou outroselementos presentes em zonas perigosasque esto portanto sujeitas a danospotenciaisMedidas da exposio podem incluir onmero de pessoas ou tipos de valorespresentes em uma rea. Essa quantidadepode ser combinada com a vulnerabilidadedo elemento exposto a qualquer perigo emparticular para estimar o risco. 39. Dano Medida que define a intensidade ouseveridade da leso resultante de umacidente ou evento adverso. Perda humana, material ou ambiental,fsica ou funcional, que pode resultar, casoseja perdido o controle sobre o risco. Intensidade das perdas humanas,materiais ou ambientais, induzidas spessoas, comunidades, instituies,instalaes e/ou ecossistemas, comoconsequncia de um desastre. 40. Gesto ou Gerenciamento de RiscoEstabelecimento do contextoAvaliao de riscoIdentificao do riscoComunicao Monitoramento e consultaAnlise de risco e reviso Apreciao do risco Tratamento do risco 41. Risco vs DesastreRisco Desastre,acidente, evento,fenmenoProbabilidade O que j ocorreuPredioAcontecidoPrevisoPrognoseEstimativa 42. Hierarquia dos desastres 43. Critrios para reconhecimento de desastres 10ou mais pessoas I Desastre de pequeno mortas;porte ou acidente: < 5% do 100PIB;ou mais pessoas afetadas;II Desastre de mdioporte: 5 -10% do PIB; Estado de emergncia ou calamidade pblica;III Desastre de grande Chamadoporte: 10 30% do PIB;para assistncia internacional. IV Desastre de muitogrande Porte: > 30%. http://www.unisdr.org/disaster -statistics/introduction.htm Fonte: CODAR 44. Desastres Nada Naturais Se vocs me permitirem, eu diria que os desastres naturais foram extintos quase ao mesmo tempo que os dinossauros Joaquin Toro http://blogs.worldbank.org/latinamerica/comment/reply/529, junho 2011 Os desastres aparentam ser cclicos, mas h um continuum de desigualdade social, de obsolescncia planejada, de indiferena e indisposio poltica, de recusa renncia de privilgios e de desencorajamento para a mudana social que os tornam no apenas permanentes, mas recrudescidos. Norma Valencio, dezembro de 2010 Thereis no such thing as a natural disaster, only natural hazards. Disasters often follow natural hazards. ISDR - ONU 45. Desastres Nada NaturaisNO NATURAIS NATURAISSOCIEDADECHUVAS 46. Os desastres no Estado de So PauloMortes Desastres Afetados Mortes homicdios dolosos 47. Consequncias dos desastresCONSEQUNCIAS POR TIPOS DE EVENTO 379 registros 01/12/2010 30/09/2011R$ 46.293.950 R$ 61.662.350R$ 9.080.000 R$ 4.640.000R$ 1.648.400 27227 34348 29473824 350 4829 910InundaesEscorregamentos TemporaisOutrosTotaisMortesAfetados Prejuzos 48. Desastres por tipos de processos379 registros 01/12/2010 30/09/2011 Inundaes 35,1% Alagamentos23,0% Escorregamentos19,3% Subsidncias 2,1% Eroses lineares 0,8% Eroso fluvial 0,8% Temporais17,2% Ressacas 1,6% Incndios Florestais0,3% 49. A questo da escalaEntendida como processo, a anliseEntendida como ada escala demanda metodologias queda escala demandaESCALAESCALAenfatizem relaes e transformaesenfatizem relaes e transformaesmultiescalares, e no apenas uma smultiescalares, e no apenas uma sescala. Reconhece-se oescala. Reconhece-seescalonamento de processos sociais;escalonamentoas escalas geogrficas no so dadas,as geogrficas no so dadas,nem fixas e exibem profundanem fixas e exibem profundaimbricao mtua. Fonte:imbricao mtua. Fonte:Macrozoneamento Ecolgico-Econmico daMacrozoneamento Ecolgico-Econmico daAmaznia LegalAmaznia LegalMapa o resultado de uma consulta (ou conjunto deMapa o resultado(ou conjunto deconsultas) dentre centenas de possibilidades em umconsultas) dentre centenas de possibilidadesumsistema de informao geogrficasistema informao geogrfica 50. Exemplos Uso rural versus dinmica urbana para o mapeamentode riscoTIPOLOGIA SETORIZAOResidencial-comercial- Densidade Estgio OrdenamentoserviosGrandes -EquipamentosEspaos Verdes-Urbanosreas desocupadas -Loteamentos - 51. Exemplos Escorregamentos planares versus corridas de massa 52. A questo da escala no fazemos mais estudos e no fazemos mais estudos projetos sobre estticos mapas em projetos sobre estticos em papel... A manipulao das papel... A manipulao das informaes espaciais e os informaes espaciais e os produtos finais operacionais j so produtos finais operacionais j so e sero inexoravelmente digitais. e sero inexoravelmente digitais. o que nos permite variar livremente o que nos permite variar livrementeESCALAESCALA sua escala com o zoom... Dias sua escala com o zoom... Dias R.W. MundoGEO 66, 2012. R.W.O mapa matricial, no vetorial! O conceito deO mapa matricial, no vetorial!conceito deresoluo mais til que o de escala!resoluo mais til que o de escala! 53. Escalas Resolues e Nveis de Gesto de Risco PolticaPoltica>30m 1:100.000 1:1.000.000>30m 1:100.000 1:1.000.000 Planejamento5-30m 1:100.000 1:10.000Planejamento5-30m 1:100.000 1:10.000 GerenciamentoGerenciamento 1-5m1-5m1:10.000 1:10001:10.000 1:1000 Interveno