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O IMORTAL JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 57 Nº 680 Outubro de 2010 R$ 1,50 “A vida é imortal, não existe a morte; não adianta morrer, nem descansar, porque ninguém descansa nem morre.” Marília Barbosa “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, tal é a lei.” Allan Kardec Um bate-papo com Maria Lúcia Dias Faria Em quatro semanas de exibição, o filme Nosso Lar supera 3 milhões de espectadores Conforme se esperava, o filme Nosso Lar (foto) tem sido um sucesso, como mos- tram os números divulgados pela Fox Filmes, distribui- dora do filme, segundo a qual, em quatro semanas de exibição nos cinemas do Brasil, o filme superou a marca de 3 milhões de es- pectadores. Em entrevista a Pedro Martins Freire, de Fortaleza (CE), Wagner de Assis disse que a ideia de filmar Nosso Lar começou em 2005, quando se encontrou com o ator Renato Prieto e juntos foram até a Federação Espírita Brasilei- ra. Aceita a ideia, passou-se de imediato ao trabalho. Para escre- ver o roteiro, ele conversou com mais de cem leitores do livro, ano- tando as sugestões e os conselhos recebidos. Em seguida foi até a Fox para garantir a distribuição. Cor- ria o ano de 2006, mas a estreia se deu somente em 3 de setembro de 2010. Embora a crítica especializada tenha feito restrições à qualidade do filme, Nosso Lar confirmou o que dele se esperava, ao levar ao público informações sobre o que nos aguarda depois que deixamos o cenário físico em que nos movi- mentamos durante nossa existên- cia corpórea. Pág. 3 Maria Lúcia Resende Dias Fa- ria, presidente da Federação Espí- rita do Estado do Espírito Santo, em entrevista concedida ao nosso colaborador Orson Peter Carrara, fala sobre o movimento espírita em seu Estado. Natural de Divisa, atual Dores do Rio Preto, mas residindo na ci- dade de Vila Velha, Maria Lúcia exerce pela segunda vez o manda- to de presidente da Federativa es- tadual, que ela preside com seu habitual dinamismo. Pág. 16 Elsa Rossi ministra seminário sobre passe na Itália No mês passado, na provín- cia de Treviso, no norte da Itá- lia, nossa colaboradora Elsa Rossi, atual presidente da BUSS – British Union of Spiritist Societies, ministrou um seminá- rio que atraiu a atenção de confrades ligados aos diversos grupos espíritas existentes na- quele país. O tema foi o passe. O seminário por ela minis- trado é parte integrante dos eventos programados neste se- mestre pela USI - Unione Spiritica Italiana, com a cola- boração dos grupos espíritas afiliados. A USI é uma das fe- derativas nacionais que inte- gram o Conselho Espírita Inter- nacional. Pág. 6 O Encontro com Divaldo Franco em Guarajuba reúne 584 pessoas Realizado pela terceira vez, de 4 a 7 de setembro de 2010, o Encontro Fraterno com Dival- do Franco (fotos) na praia de Guarajuba, Bahia, teve por local o Hotel Vila Galé Marés, situa- do no conhecido balneário baiano. O evento, que foi desenvol- vido de forma primorosa em to- dos os aspectos, teve a participa- Celso Martins .............................................. 7 Crônicas de Além-Mar .............................. 12 De coração para coração ............................. 4 Divaldo responde ...................................... 15 Editorial ....................................................... 2 Édo Mariani ............................................... 15 Emmanuel ................................................... 2 Espiritismo para as crianças ..................... 14 Estudando a série André Luiz ..................... 5 Grandes vultos do Espiritismo ................... 7 Histórias que nos ensinam ........................ 13 Jane Martins Vilela ................................... 13 Joanna de Ângelis ....................................... 2 José Soares Cardoso .................................. 15 Palestras, seminários e outros eventos ..... 11 Waldenir Aparecido Cuin ......................... 10 Ainda nesta edição Londrina sedia no dia 23 o I Festival Espírita da Canção A Federação Espírita do Paraná (FEP), por meio da 5ª URE, promo- ve em outubro o I Festi- val Espírita da Canção Inter-Norte (Fecin), que será realizado no dia 23 no Centro de Conven- ções do Hotel Sumatra (Rua Souza Naves, 803 - Centro). Para prestigiar o evento, o ingresso é um litro de leite ou óleo. Compositores que resi- dem em municípios aten- didos pelas 4ª, 5ª e 6ª UREs podem se inscre- ver para participar do Festival com composi- ções musicais que sejam inéditas. Pág. 11 ção de 584 inscri- tos, oriundos de várias localida- des do Brasil e também de Por- tugal, Áustria e Paraguai, o que evidencia sua im- portância para to- dos os que dele participaram. Com pontua- lidade britânica, às 20h do dia 4 de setembro, Nestor João Masotti, presidente da Fe- deração Espírita Brasileira e parti- cipante do En- contro Fraterno, a convite do an- fitrião Divaldo Franco, fez a pre- ce de abertura. Abrilhantando o evento, Di- valdo fez o lançamento oficial de mais uma obra de sua psicogra- fia – Transição Planetária-, cujo autor é Manoel Philomeno de Miranda, que nela examina os mecanismos e as razões de ordem superior da transição que se ope- ra em nosso planeta. Págs. 8 e 9

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O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA

Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 57 Nº 680 Outubro de 2010 R$ 1,50

“A vida é imortal,não existe a morte;não adianta morrer,

nem descansar,porque

ninguém descansanem morre.”

Marília Barbosa

“Nascer,morrer,renascerainda e

progredircontinuamente,

tal é a lei.”Allan Kardec

Um bate-papo comMaria Lúcia Dias Faria

Em quatro semanas de exibição, o filme Nosso Lar supera 3 milhões de espectadores

Conforme se esperava, ofilme Nosso Lar (foto) temsido um sucesso, como mos-tram os números divulgadospela Fox Filmes, distribui-dora do filme, segundo aqual, em quatro semanas deexibição nos cinemas doBrasil, o filme superou amarca de 3 milhões de es-pectadores.

Em entrevista a Pedro MartinsFreire, de Fortaleza (CE), Wagnerde Assis disse que a ideia defilmar Nosso Lar começou em2005, quando se encontrou com oator Renato Prieto e juntos foramaté a Federação Espírita Brasilei-ra. Aceita a ideia, passou-se deimediato ao trabalho. Para escre-ver o roteiro, ele conversou commais de cem leitores do livro, ano-tando as sugestões e os conselhosrecebidos. Em seguida foi até a Fox

para garantir a distribuição. Cor-ria o ano de 2006, mas a estreia sedeu somente em 3 de setembro de2010.

Embora a crítica especializadatenha feito restrições à qualidadedo filme, Nosso Lar confirmou oque dele se esperava, ao levar aopúblico informações sobre o quenos aguarda depois que deixamoso cenário físico em que nos movi-mentamos durante nossa existên-cia corpórea. Pág. 3

Maria Lúcia Resende Dias Fa-ria, presidente da Federação Espí-rita do Estado do Espírito Santo,em entrevista concedida ao nossocolaborador Orson Peter Carrara,fala sobre o movimento espírita emseu Estado.

Natural de Divisa, atual Doresdo Rio Preto, mas residindo na ci-dade de Vila Velha, Maria Lúciaexerce pela segunda vez o manda-to de presidente da Federativa es-tadual, que ela preside com seuhabitual dinamismo. Pág. 16

Elsa Rossi ministra semináriosobre passe na Itália

No mês passado, na provín-cia de Treviso, no norte da Itá-lia, nossa colaboradora ElsaRossi, atual presidente da BUSS– Brit ish Union of Spiri t istSocieties, ministrou um seminá-r io que atraiu a atenção deconfrades ligados aos diversosgrupos espíritas existentes na-quele país. O tema foi o passe.

O seminário por ela minis-trado é parte integrante doseventos programados neste se-mest re pela USI - UnioneSpiritica Italiana, com a cola-boração dos grupos espíritasafiliados. A USI é uma das fe-derativas nacionais que inte-gram o Conselho Espírita Inter-nacional. Pág. 6

O Encontro com Divaldo Franco emGuarajuba reúne 584 pessoas

Realizado pela terceira vez,de 4 a 7 de setembro de 2010,o Encontro Fraterno com Dival-do Franco (fotos) na praia deGuarajuba, Bahia, teve por localo Hotel Vila Galé Marés, situa-do no conhecido balneáriobaiano.

O evento, que foi desenvol-vido de forma primorosa em to-dos os aspectos, teve a participa-

Celso Martins .............................................. 7Crônicas de Além-Mar .............................. 12De coração para coração ............................. 4Divaldo responde ...................................... 15Editorial ....................................................... 2Édo Mariani ............................................... 15Emmanuel ................................................... 2Espiritismo para as crianças ..................... 14Estudando a série André Luiz ..................... 5Grandes vultos do Espiritismo ................... 7Histórias que nos ensinam ........................ 13Jane Martins Vilela ................................... 13Joanna de Ângelis ....................................... 2José Soares Cardoso.................................. 15Palestras, seminários e outros eventos ..... 11Waldenir Aparecido Cuin ......................... 10

Ainda nesta ediçãoLondrina sedia nodia 23 o I Festival

Espírita da CançãoA Federação Espírita

do Paraná (FEP), por

meio da 5ª URE, promo-

ve em outubro o I Festi-

val Espírita da Canção

Inter-Norte (Fecin), que

será realizado no dia 23

no Centro de Conven-

ções do Hotel Sumatra

(Rua Souza Naves, 803 -

Centro).

Para prest igiar o

evento, o ingresso é um

litro de leite ou óleo.

Compositores que resi-

dem em municípios aten-

didos pelas 4ª, 5ª e 6ª

UREs podem se inscre-

ver para participar do

Festival com composi-

ções musicais que sejam

inéditas. Pág. 11

ção de 584 inscri-tos, oriundos devárias localida-des do Brasil etambém de Por-tugal, Áustria eParaguai, o queevidencia sua im-portância para to-dos os que deleparticiparam.

Com pontua-lidade britânica,às 20h do dia 4 desetembro, NestorJoão Masotti,presidente da Fe-deração EspíritaBrasileira e parti-cipante do En-contro Fraterno,a convite do an-

fitrião Divaldo Franco, fez a pre-ce de abertura.

Abrilhantando o evento, Di-valdo fez o lançamento oficial demais uma obra de sua psicogra-fia – Transição Planetária-, cujoautor é Manoel Philomeno deMiranda, que nela examina osmecanismos e as razões de ordemsuperior da transição que se ope-ra em nosso planeta. Págs. 8 e 9

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O IMORTALPÁGINA 2 OUTUBRO/2010

EditorialEMMANUEL

A regra de ouro do Cristianis-mo é o amor ao próximo. E a cari-dade é o amor em ação.

Segundo os ensinamentos espí-ritas, não existem duas formas dese fazer o bem, pois o bem é sem-pre o bem. Mas existem várias ex-pressões do bem, vários modos defazer a caridade.

Reparemos nesta recomenda-ção do apóstolo Paulo: “Cada umprocure agradar ao próximo, emvista do bem, para edificar”.

O objetivo do cristão é a edifi-cação de todos. Que é queedificamos? Edificamos o bemdentro de cada um e em torno denós, de forma que promovemos odespertamento dos seres para obem, para as virtudes, para a ne-cessidade de seguir o caminhoevolutivo em direção à perfeição.E auxiliamos a edificação do bemnas mentes e corações por meio doconhecimento da Lei de Deus e doamor e da prática da caridade.

Note o leitor que promovemosa edificação, não a realizamos nosoutros, porque a edificação do bemé uma conquista própria. Por isso éque o amor cristão é o compromis-so ativo com o crescimento do pró-ximo, e fomentamos o que há debom em nosso semelhante para queseus dons cresçam e ele, por si mes-mo, conquiste os valores morais e

Quando o amor domina as pai-sagens do coração, mesmo existin-do quaisquer dificuldades de ordemsexual, faz-se possível superá-las,mediante a transformação dos de-sejos e frustrações em solidarieda-de, em arte, em construção do bem,que visam ao progresso das pesso-as, assim como da comunidade, tor-nando-se, portanto, irrelevantes taisquestões.

Muitas vezes, na Terra, na posi-ção de cultores da delinquência, con-seguimos escapar das sentinelas dapunição.

Faltas não previstas na legislaçãoterrestre, como sejam certos atos decrueldade e muitos crimes da ingrati-dão, muros a dentro de nossa vidaparticular, quase sempre acarretam aqueda e a perturbação, a enfermida-de e a morte de criaturas que a Divi-na Bondade nos põe no caminho.

De outra feita, quando positiva-mente enodoados com o ferrete daculpa, conseguimos aligeirar nossaspenas ou delas nos exonerar, subor-nando consciências dolosas, no re-cinto dos tribunais.

Todavia, a reta justiça nos espe-ra, infalível, e além da morte, aindamesmo quando tenhamos legado aomundo vastas parcelas de cultura ebenemerência, eis que as marcas deignomínia se nos destacam do ser,então expostas à Grande Luz.

Nessa crise inesperada, implora-mos nós mesmos retorno ereadmissão nos cursos de trabalhoem que se nos desmandaram a de-serção e a falência, a fim de ressar-cirmos os débitos que os homens nãoconheceram, mas que vibram, obce-cantes, no imo de nossas almas.

É assim que voltamos ao cadinhofervente da purgação, retomando nosfios da consanguinidade a presença

A regra de ourocresça por si mesmo. Não podemos,como é óbvio, crescer por ele, maspodemos auxiliá-lo a crescer, talcomo fazemos com nossos filhos.

A edificação do bem é feitacom vistas ao bem.

É pelo bem do semelhante queagimos sobre ele tendo por ferra-menta a doutrina e os recursos quea doutrina espírita nos oferece – opasse, o atendimento fraterno, apalestra, os cursos, os encontros econgressos, as associações entrecentros, o atendimento a carentes,doentes e necessitados em geral.

Com vistas para o bem, com opropósito do bem, com o móvel dobem, com o bem norteando nossasações, concepções e posturas, épreciso que nossa motivação sejaúnica e exclusivamente o bem,com total desinteresse e abnegaçãoe sem qualquer outro móvel estra-nho à prática do bem, como a sa-tisfação da vaidade, a busca de re-compensa futura, o proselitismo equalquer outra coisa que não sejaa busca da simplicidade, da abne-gação, do amor e da bondade, quesão as virtudes do bom médium,pois nós todos somos médiunsquando nos fazemos intermediári-os da misericórdia divina.

Como propõe Paulo, devemosagradar ao próximo e ser, onde es-tivermos, fonte de alegria e conten-

tamento, porque é eminentementefeliz o ato de se fazer o bem, umavez que o bem é a única fonte defelicidade real num planeta, comoa Terra, de provas e expiações.

O cristão deve manter-se ale-gre mesmo nas aflições, e trazercontentamento no coração porquesua fé, sua esperança e sua carida-de contentam sua alma, dando-lheo necessário para ter firmeza notestemunho e carinho na prática dobem.

Paulo diz também que é preci-so rir com quem ri, e chorar comquem chora. Mas isso não signifi-ca entristecer-se com quem estátriste, mas sim compadecer-se comaqueles que sofrem. Compadecer-se, não sofrer. Apiedar-se, não en-tristecer-se. Ter misericórdia, mascom alegria, sem que nossa alegriaseja fonte de amargor para quemsofre, mas uma alegria que conta-gia de bom ânimo, que dá força eamparo, que ergue e alivia.

Agradar com vistas para o beme com o propósito de edificação –essa é uma das formas de caridadeque todos nós podemos praticar etodo um programa a ser seguido,ou – quem sabe? – tão-somente umconselho de quem, como Paulo,soube testemunhar o amor e o sa-crifício do Cristo nas mais durassituações do seu apostolado.

Um minuto com Joanna de ÂngelisO ser humano, embora vincula-

do ao sexo pelo atavismo da repro-dução, está fadado ao amor, que temmais vigor do que o simplesintercurso genital.

Sem dúvida, por outro lado, asgrandes edificações de grandeza dahumanidade tiveram no sexo o seuélan de estímulo e de força.

Não obstante, persegue-se o su-cesso, a glória efêmera, o poder

Cadinhodaqueles que mais ferimos, para de-volver-lhes em ternura e devotamen-to os patrimônios dilapidados,rearticulando os elos da harmoniaque nos ligam a todos, na universa-lidade da vida, perante a Lei.

Reverenciemos, desse modo, nolar humano, não apenas o templo decarinho em que se nos reabastecemas forças, no exercício do bem eter-no, mas igualmente a rude escola daregeneração, em que retomamos oconvívio dos velhos adversários quenós mesmos criamos, a ressurgiremna forma de aversões instintivas edesafetos ocultos, que nos constran-gem cada hora à lição da renúncia eà mensagem do sacrifício.

E por mais inquietante se nos afi-gure a experiência no educandáriodoméstico, guardemos, dentro dele,extrema devoção ao dever, perdoandoe ajudando, compreendendo e ampa-rando sem descansar, pois somenteaquele que se engrandeceu, entre asquatro paredes da própria casa, é quepode, em verdade, servir à obra deDeus no campo vasto do mundo.

JOANNA DE ÂNGELIS,mentora espiritual de Divaldo P.Franco, é autora, entre outros livros,de Amor, Imbatível Amor, do qualfoi extraído o texto acima.

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EMMANUEL, que foi o mentorespiritual de Francisco CândidoXavier e coordenador da obra medi-única do saudoso médium mineiro,é autor, entre outros livros, de Reli-gião dos Espíritos, do qual foi ex-traído o texto acima.

para desfrutar dos prazeres que osexo proporciona, resvalando-se emequívoco lamentável e perturbador.

O amor à arte e à beleza igual-mente inspirou Miguel Ângelo apintar a capela Sistina, dentre ou-tras obras magistrais, a esculpir LaPietá e o Moisés; o amor à ciênciaconduziu Pasteur à descoberta dosmicróbios; o amor à verdade levouJesus à cruz, traçando uma rota desegurança para as criaturas huma-nas de todos os tempos...

O amor é o doce enlevo queembriaga de paz os seres e os pro-move aos píncaros da autorrealiza-ção, estimulando o sexo dignifica-do, reprodutor e calmante.

Sexo, em si mesmo, sem os con-dimentos do amor, é impulso vio-lento e fugaz.

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O IMORTALOUTUBRO/2010 PÁGINA 3

Segundo a Fox Filmes, dis-tribuidora do filme Nosso Lar(fotos), ele superou a marca demais de 3 milhões de especta-dores em quatro semanas deexibição nos cinemas brasilei-ros.

Embora a crítica especializa-da tenha feito restrições à quali-dade do filme, Nosso Lar confir-mou o que dele se esperava, aolevar ao público informações so-bre o que nos espera depois quedeixamos o cenário físico em quenos movimentamos durante nos-sa existência corpórea.

Nossa linguagem – muitosassim o disseram – é pobrepara expressar a grandeza daprodução, mas é suficientepara mostrar a emoção que ofilme provocou naqueles que,olhos fixos na tela, acompa-nharam as peripécias de AndréLuiz, antes e depois de sua de-sencarnação.

Artistas consagrados da te-levisão brasileira, a exemplode Stênio Garcia, CarolinaDieckmann, Sílvia Pfeiffer,Isabel Filardis e muitos outrosnão temeram dizer o que sen-tiram, como mostram os depo-imentos a seguir (1):

“Depois desse filme, sóconsigo pensar nos meus valo-res, no bem que posso fazerpelo próximo, minha família.Muito emocionada!” – SamaraFelippo.

“O filme é incrível.” –Marina Ruy Barbosa.

MARCELO BORELADE OLIVEIRA

[email protected] Londrina

O filme Nosso Lar é, como se esperava, um sucesso

Usamos todas as técnicas de efei-tos visuais disponíveis no merca-do”.

Isso pode ser percebido, porexemplo, na cena em que o prota-gonista André Luiz caminha porum imenso e sombrio vale situadoentre montanhas pontiagudas cri-adas por computação gráfica, as-sim como as árvores mortas e nu-vens de fumaça. Já na colônia, asconstruções de arquitetura ousadae futurista também foram fruto dotrabalho da Intelligent Creatures,empresa responsável pela pós-pro-dução que, de acordo com o dire-tor, unia a estrutura, a experiênciae a capacidade de lidar com impre-vistos, necessárias para a tarefa.Flores, animais e outros elemen-tos também foram acrescentadosvirtualmente em diversas cenas.

Mesmo contando com todaessa tecnologia em seu filme,Wagner diz que a história é o gran-de atrativo de Nosso Lar: “A gen-te sempre teve em mente que to-dos esses efeitos são secundários,apenas ajudam a contar a história.O que importa de verdade é o dra-ma”.

99% das pessoas seemocionam e, entre elas,algumas muito abertas

Em entrevista a Pedro MartinsFreire (2), de Fortaleza (CE),Wagner de Assis disse que a ideiade filmar Nosso Lar começou em2005, quando se encontrou com o

ator Renato Prieto e juntos foramaté a Federação Espírita Brasilei-ra. Aceita a ideia, passou-se de ime-diato ao trabalho. Para escrever oroteiro, ele conversou com mais decem leitores do livro, anotando assugestões e os conselhos recebidos.Em seguida foi até a Fox para ga-rantir a distribuição. Corria o anode 2006. A Fox topou e foi firma-do então um pré-contrato. Aí elefoi à busca dos investidores, quan-do muitas pessoas se juntaram aoprojeto, gente de várias religiões,algo que, segundo ele, foi bastanteinteressante. A pré-produção ini-ciou-se em novembro de 2008 e,dois anos depois, o filme foi fina-lizado.

Sobre as reações do público,Wagner de Assis disse o seguinte:“Estou muito feliz com as reações.99% das pessoas se emocionam e,entre delas, algumas muito abertas.Por exemplo, quem leu o livro de-saba mesmo, se identifica, se em-polga, gosta das licenças que fo-ram feitas, como Emmanuel pre-sente na história. Outra parte ficamuito intrigada, questionadora.Tem outra que diz ter tomado umsoco no estômago, que está saindoimpactado com tudo aquilo. E ou-tra parte, mínima, um por cento,reage virulentamente contra o fil-me. Assim, comecei a entender aforça dessa história junto às pes-soas. Porque elas não veem o fil-me como um filme, como ele é,

“A pessoa acaba o namoro,acorda cedo num sábado chuvoso,vê um filme tocante, chora a ses-são inteira e acaba num almoçocom crianças lindas. Melhora ousucumbe, não é não?! O filme éemocionante e o recomendo. Praassistir de coração aberto.” –Daniel Del Sarto.

Segundo Wagner de Assis,a história é o grandeatrativo de Nosso Lar

“O filme Nosso Lar é mara-vilhoso!! Várias mensagens deamor, reflexão e esperança. Re-comendo a todos!’ – AparecidaPetrowky.

“Adorei ver esse filme. Lin-do!!! Não paro de pensar... Soco noestômago.” – Nívea Stelmann.

“O filme mexeu comigo, viviuma experiência.” – LuigiBaricelli.

“O filme é muito importante, ébelíssimo. É uma experiênciaimpactante.” – Elizabeth Jhin, au-tora da novela das seis horasda Rede Globo de Televisão, Escri-to nas Estrelas.

No início do projeto, Wagner deAssis, realizador e diretor do fil-me, não imaginava que NossoLar seria tão grandioso e diz mes-mo que a realização de cada cenaera repleta de aprendizado e des-coberta: “Queria poder dar à histó-ria tudo o que ela merece, entãoprecisava investir nos efeitos paraque o filme tivesse credibilidade.

mas como um simbolismo da re-alidade, porque o filme traz umacarga espiritual que é presença deChico Xavier e seu trabalho me-diúnico. Eu sabia que isso exis-tia, mas não como chegaria aopúblico. É sempre uma coisanova que acontece com o filmena tela, né? E é incrível ver a rai-va certas pessoas que têm do fil-me enquanto tema”.

Notas:(1) Os depoimentos de

Elizabeth Jhin e vários atores daTV Globo podem ser vistosem: http://www.youtube.com/w a t c h ? v = e c u V D f e b x -o&feature=related

(2) A íntegra da entrevista deWagner de Assis a Pedro MartinsFreire pode ser vista em: http://blogs.diariodonordeste.com.br/blogdecinema/

(3) Outras repercussões sobreo filme podem ser encontradas noblog seguinte: http://valintim.blogspot.com/2009/08/nosso-lar-o-filme.html

Exibido nos cinemas do Brasil desde o dia 3 de setembro, o filme Nosso Lar correspondeuàs expectativas e superou em quatro semanas a marca de 3 milhões de espectadores

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O IMORTALPÁGINA 4 OUTUBRO/2010

De coração para coração

Neste mês de outubro comemo-ra-se mais um aniversário de nasci-mento de Allan Kardec, o Codifica-dor da Doutrina Espírita, a quemprestamos singela homenagem aorecordar neste espaço alguns lancesinteressantes de sua vida e sua obra.

Nascido na cidade de Lyon(França) em 3 de outubro de 1804,filho de Jean Baptiste Antoine Rivaile Jeanne Louise Duhamel, Kardecrecebeu o nome de Hippolyte LéonDenizard Rivail.

Em Lyon mesmo fez seus primei-ros estudos, seguindo depois paraYverdon (Suíça), a fim de estudarcom o célebre professor JohannHeinrich Pestalozzi, pedagogo suí-ço que fundou diversas escolas. Ali,desde cedo, o jovem Hippolyte tor-nou-se um dos mais eminentes dis-cípulos de Pestalozzi. Segundo a“Revista Espírita” de maio de 1869,desde os 14 anos o jovem lionês en-sinava aos colegas menos adiantadostudo o que aprendia.

Concluídos os estudos na Suíça,ele se estabeleceu na Capital france-sa, onde se tornaria conceituado mes-tre, não só de Letras como de Ciênci-as, distinguindo-se também comopedagogo, autor de obras didáticas edivulgador do método de Pestalozzi.Encontrando-se no mundo literário deParis com a professora AmélieGabrielle Boudet, também autora delivros didáticos, o professor contraiucom ela matrimônio, conquistando as-sim uma colaboradora valiosa parasua futura atuação missionária.

Como pedagogo, no primeiroperíodo de sua vida, publicou nume-rosos livros didáticos e apresentouplanos e métodos referentes à refor-ma do ensino francês. Entre as obraspublicadas destacam-se: Curso Teó-rico e Prático de Aritmética, Gramá-tica Francesa Clássica, CatecismoGramatical da Língua Francesa, alémde programas para os cursos ordiná-rios de Física, Química, Astronomiae Fisiologia.

Em 1854, o professou ouviu pelaprimeira vez falar nas mesas girantes.A princípio, revelou-se cético a res-peito dos fenômenos, embora fosse,desde muito, afeito ao estudo doMagnetismo. No ano seguinte, quan-do um amigo voltou a falar-lhe so-bre o assunto, ele decidiu observar eassistiu pela primeira vez aospropalados fenômenos. Corria o mêsde maio de 1855. A partir de entãopassou a dedicar-se à investigaçãodos fenômenos, recebendo provasnumerosas de que as manifestaçõeseram produzidas pelos Espíritos depessoas que haviam vivido na Terra.

O produto do seu trabalho resul-tou, inicialmente, na elaboração daprimeira versão de “O Livro dos Es-píritos”, publicada em 18 de abril de1857, a qual é considerada o marcoinicial da Codificação do Espiritismo,conquanto o formato definitivo des-se livro tenha saído apenas três anosdepois, em março de 1860. Foi porocasião da publicação desse livro que

Allan Kardec, sua vida e sua obra

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO - [email protected] Londrina

ele adotou o pseudônimo “Allan Kar-dec”, nome que tivera numa anteriorexistência entre os druidas.

Explicando o que o levou à con-vicção espírita, ele dizia que sua cren-ça apoiava-se no raciocínio e nos fa-tos. Era do seu feitio examinar primei-ro, antes de negar ou afirmar, fosse qualfosse o tema em questão. Foi, assim,como um estudioso racionalista eemancipado de qualquer misticismo,que ele se pôs a examinar os fenôme-nos relacionados com as mesasgirantes e os que se seguiram.

Depois de publicar “O Livro dosEspíritos”, lançou em 1o de janeiro de1858 a “Revista Espírita” e em 1o deabril do mesmo ano fundou a Socie-dade Parisiense de Estudos Espíritas.Em março de 1860 publicou a segun-da e definitiva edição de “O Livro dosEspíritos”, seguindo-se então as de-mais obras consideradas fundamentaisao estudo do Espiritismo: “O Livro dosMédiuns”, em 1861; “O Evangelhosegundo o Espiritismo”, em 1864; “OCéu e o Inferno”, em 1865, e “A Gê-nese”, em 1868, entremeadas de algu-mas consideradas introdutórias oucomplementares: “Instruções Práticassobre as Manifestações Espíritas”(1858), “O que é o Espiritismo”(1859), “O Espiritismo na sua maissimples expressão” (1862) e “ViagemEspírita em 1862”. Alguns anos depoisde sua desencarnação, foi publicado olivro intitulado “Obras Póstumas”,com textos de autoria de Kardec, mui-tos deles inéditos até então.

A primeira revelação de sua mis-são ele a recebeu em 30-4-1856 pormeio da jovem Srta. Japhet, o que foiconfirmado em 12-6-1856 em men-

sagem recebida pela médium Aline eem 12-4-1860 por meio do Sr. Crozet.

Kardec, cognominado por Cami-lle Flammarion “o bom senso encar-nado”, adotou em seu trabalho o mé-todo intuitivo-racionalista, que apren-dera com Pestalozzi. Entendia ele que“todo bom método devia partir doconhecimento dos fatos adquiridospela observação, pela experiência epela analogia, para daí se extraírem,por indução, os resultados e se che-gar a enunciados gerais que pudes-sem servir de base de raciocínio, dis-pondo-se esses materiais com ordem,sem lacuna, harmoniosamente”.

J. Herculano Pires diz que o mé-todo adotado por Kardec nacodificação da Doutrina Espíritatransformou-se no método da própriadoutrina e tem, na sua própria sim-plicidade, a garantia de sua eficiên-cia. E o notável confrade paulista re-sumiu-o nos quatro seguintes pontos:

1. Escolha de colaboradoresmediúnicos insuspeitos, tanto do pon-to de vista moral, quanto da pureza dasfaculdades e da assistência espiritual.

2. Análise rigorosa das comuni-cações, do ponto de vista lógico, bemcomo do seu confronto com as ver-dades científicas demonstradas, pon-do-se de lado tudo aquilo que nãopossa ser logicamente justificado.

3. Controle dos Espíritos comu-nicantes, através da coerência de suascomunicações e do teor de sua lin-guagem.

4. Consenso universal, ou seja,concordância das várias comunica-ções, dadas por médiuns diferentes,ao mesmo tempo e em vários luga-res, sobre o mesmo assunto.

Qual é o correto: “O show con-tou com as presenças de Gil e Cae-tano” ou “O show contou com apresença de Gil e Caetano”?

A regra, pouco conhecida detodos, recomenda que, quando umapropriedade se refere a duas oumais pessoas, o vocábulo ficará nosingular.

Eis alguns exemplos:- O show contou com a presen-

ça de Gil e Caetano. (E não: ........as presenças.)

- A polícia apurou a identidadedos mortos.

- No domingo ocorre a volta deRenato e Roger ao time do Vitória.

Pílulas gramaticais- Todos aguardam o compare-

cimento do prefeito e do governa-dor.

- O time sentiu a ausência deJoão e Thiago.

Algo parecido ocorre quandonos referimos às partes do corpode um grupo de pessoas, as quaisdevem ficar no singular:

- Todos os presentes balança-ram a cabeça. (E não: ............ ascabeças.)

- O coração dos brasileiros pul-sou acelerado na hora do pênalti.

- Todos os alunos daquela es-cola tiveram problemas no estôma-go.

Alguém nos pergunta: Se, defato, existem os anjos da guarda,que tipo de mal que nos acometemais os aflige?

Os bons Espíritos e, portanto, oschamados anjos da guarda se preo-cupam com nossos males, do mesmojeito que compartilham nossas alegri-as. Procurando fazer-nos todo o bemque lhes seja possível, é natural quese sintam ditosos com nossa felicida-de e nossos momentos de alegria.

Sabendo ser transitória a exis-tência corporal e cientes de que astribulações a ela inerentes constitu-em meios de alcançarmos uma si-tuação melhor, os bons Espíritos seafligem mais com os males que te-nham origem em causas de ordemmoral do que com nossos sofrimen-tos físicos, todos passageiros.

Assim, eles pouco se incomo-dam com as desgraças que atingem

forma as conclusões em torno doassunto examinado:

1. Os bons Espíritos se afligemquando nós, diante de um mal qual-quer, não sabemos suportá-lo comresignação; os inferiores, no entan-to, se rejubilam com nossa posturanegativa.

2. Os males morais que maispreocupam os Benfeitores Espiri-tuais são o nosso egoísmo e a du-reza dos nossos corações, de que,ensina o Espiritismo, decorre tudoo mais. Nossos adversários desen-carnados e os maus Espíritos, po-rém, adoram tal comportamento.

3. Os bons Espíritos se riem detodos os males imaginários quenascem do nosso orgulho e da nos-sa ambição. Os inferiores, contu-do, valem-se deles para, se for pos-sível, afundar-nos mais ainda nofosso da amargura.

O Espiritismo respondenossas ideias e preocupações mun-danas, do mesmo modo como, ali-ás, agimos com relação às mágoaspueris das crianças.

Vendo nas amarguras da vida ummeio de nos adiantarmos, eles asconsideram como uma crise ocasio-nal de que resultará a salvação dodoente. Compadecem-se dos nossossofrimentos, como nos compadece-mos dos sofrimentos de um amigo.Entretanto, enxergando as coisas deum ponto de vista mais justo, apre-ciam-nos de um modo diverso donosso.

Em casos assim, os bons Espíri-tos procuram levantar-nos o ânimono interesse do nosso futuro, en-quanto os Espíritos inferiores, como objetivo de comprometer-nos, nosimpelem ao desespero.

À vista dos ensinamentos espí-ritas, podemos deduzir da seguinte

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O IMORTALOUTUBRO/2010 PÁGINA 5

mônio sido previsto em sua progra-mação reencarnatória, ao abandonaros deveres espirituais complicou seufuturo e acabou casando-se. Dessecasamento adveio um filho, uma en-tidade monstruosa ligada a sua mu-lher, criatura de condição muito in-ferior à sua. Seu lar passou a ser umtormento constante até que regres-sou, mal tendo completado 40 anos,roído pela sífilis, pelo álcool e pe-los desgostos, sem nada haver feitode útil para seu futuro eterno. (Obracitada, cap. 7, pp. 41 a 46.)

D. Que ensinamento podemoscolher do caso Acelino?

R.: Esse caso é bem típico domédium que, embora amparado pe-los benfeitores espirituais e dotadode várias faculdades - vidência, au-dição e psicografia -, decidiu fazerda mediunidade fonte de renda ma-terial, fato que lhe rendeu sofrimen-tos acerbos depois de sua desencar-nação, quando permaneceu algema-do aos seus consulentes criminosospor onze anos consecutivos. (Obracitada, cap. 8, pp. 47 a 50.)

Texto para leitura5. A palestra de Telésforo - An-

tigo lidador do Ministério da Comu-nicação, Telésforo dirigiu sua pala-vra a uma plateia numerosa deaprendizes do trabalho de intercâm-bio entre os dois planos. Muitoscompanheiros ali presentes haviamfracassado em suas tarefas na Ter-ra. O palestrante falou sobre as cau-sas desses fracassos e exortou a to-dos a uma nova atitude diante davida, destacando a importância dotrabalho como necessidade funda-mental de cada espírito. “Quem nãodeseje servir, procure outros gêne-ros de tarefa”, advertiu Telésforo.“Aqui, acima de trabalhadores, pre-cisamos de servidores que atendamde boa vontade”, acrescentou o ins-trutor espiritual. Debaixo de profun-da impressão, em face das declara-ções incisivas de Telésforo, nume-

Continuamos a apresentar o tex-to condensado da obra “Os Mensa-geiros”, de André Luiz, psicografa-da pelo médium Francisco Cândi-do Xavier e publicada pela editorada Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminaresA. Qual é a importância do

trabalho para nós?R.: É muito grande. O trabalho

é uma necessidade fundamental doEspírito. “Quem não deseje servir,procure outros gêneros de tarefa”,advertiu o instrutor Telésforo.“Aqui, acima de trabalhadores, pre-cisamos de servidores que atendamde boa vontade”, acrescentou o ins-trutor espiritual. (Os Mensageiros,cap. 5 e 6, pp. 31 a 39.)

B. Qual era a missão de Otá-vio e por que fracassou?

R.: Otávio preparou-se durantetrinta anos consecutivos para voltar àTerra em tarefa mediúnica, desejosode saldar suas contas e elevar-se nasenda da perfeição. O Ministério daComunicação favoreceu-o com todasas facilidades e seis entidades amigasmovimentaram os maiores recursosem benefício do seu êxito. No início,deveria enfrentar dificuldades crescen-tes; depois viriam socorros materiais,à medida que fosse testemunhando re-núncia, desprendimento, desinteressepor remuneração. Apesar disso, Otá-vio fracassou. E fracassou porque lhefaltavam as qualidades necessárias detrabalhador e companheiro fiel, por-que nutria desconfiança com relaçãoaos orientadores espirituais e porquerevelava acentuado pendor para a crí-tica dos atos alheios. E ele tanto duvi-dou, que os apelos espirituais foramlevados à conta de alucinações. Ummédico lhe aconselhou, então, experi-ências sexuais e, aos 19 anos, Otáviojá se entregava desenfreadamente aoabuso do sexo, o que o afastougradativamente do dever espiritualassumido. (Obra citada, cap. 7, pp. 41a 46.)

C. Uma pessoa que não tem ocasamento em sua programaçãopode casar-se?

R.: Sim. Foi o que se deu comOtávio. Embora não tendo o matri-

rosos circunstantes choravam em si-lêncio. Eram servidores que havi-am fracassado em suas tarefas ter-restres. (Cap. 5 e 6, pp. 31 a 39)

6. Conversação sadia - Finda apreleção, Aniceto deixou-os à vonta-de. André Luiz, Vicente e outros fi-caram a palestrar, cientes de que em“Nosso Lar” considera-se trabalhoútil toda conversação sadia que con-corra para enriquecer os conhecimen-tos e aptidões para o serviço. “Pelasnossas palestras construtivas, recebe-remos também a remuneração devi-da à cooperação normal”, esclareceuVicente. E se a conversa descambassepara temas inferiores? – indagouAndré. Vicente explicou que, então,o prejuízo seria da pessoa, porque alia palavra define o Espírito. Fugindoà palestra instrutiva, sua presença setornaria desagradável e seu rosto secobriria de sombra indefinível, de talmodo que os orientadores conhece-riam sua atitude imediatamente. (Cap.6, pág. 40)

7. O caso Otávio - De absolutofracasso foi a experiência que Otávioteve em sua última romagem terrena.Após contrair dívidas enormes emoutro tempo, ele fora recolhido por ir-mãos dedicados de “Nosso Lar”, quese revelaram incansáveis para com ele.Preparou-se, então, durante trinta anosconsecutivos, para voltar à Terra emtarefa mediúnica, desejoso de saldarsuas contas e elevar-se na senda da per-feição. O Ministério da Comunicaçãofavoreceu-o com todas as facilidadese, sobretudo, seis entidades amigasmovimentaram os maiores recursosem benefício do seu êxito. O matri-mônio não estava nas suas cogitações;seu caso particular assim o exigia. Nãoobstante solteiro, deveria receber aosvinte anos os seis amigos que muitotrabalharam por ele em “Nosso Lar”,que chegariam ao seu círculo comoórfãos. No início, deveria enfrentar di-ficuldades crescentes; depois viriamsocorros materiais, à medida que fos-

se testemunhando renúncia, despren-dimento, desinteresse por remunera-ção... Sua mãe era espiritista desdemoça. Aos treze anos de idade, Otávioficou órfão de mãe e aos quinze co-meçaram os primeiros chamados daesfera superior. O pai casou-se segun-da vez e, apesar da bondade e coope-ração que a madrasta lhe oferecia, Otá-vio se colocava num plano de falsa su-perioridade em relação a ela, passan-do a viver revoltado, entre queixas elamentações descabidas. Levado a umgrupo espírita de excelente orientaçãoevangélica, faltavam-lhe as qualidadesde trabalhador e companheiro fiel. Nu-tria desconfiança com relação aosorientadores espirituais e revelavaacentuado pendor para a crítica dosatos alheios. E tanto duvidou, que osapelos espirituais foram levados à con-ta de alucinações. Um médico lheaconselhou experiências sexuais e, aos19 anos, Otávio entregava-se desen-freadamente ao abuso do sexo. Issoafastou-o gradativamente do dever es-piritual. O pai desencarnou quando elecontava pouco mais de vinte anos.Dois anos depois, a madrasta foi reco-lhida a um leprosário, deixando na or-fandade seis crianças. Otávio afastou-se dos pequenos, tomado de horror,abandonando-os definitivamente, semrefletir que lançava seus credores ge-nerosos de “Nosso Lar” a destino in-certo. Mais tarde, casou-se e recebeucomo filho uma entidade monstruosaligada a sua mulher, criatura de condi-ção muito inferior à sua. Seu lar pas-sou a ser um tormento constante atéque regressou, mal tendo completado40 anos, roído pela sífilis, pelo álcoole pelos desgostos, sem nada haver fei-to de útil para seu futuro eterno. (Cap.7, pp. 41 a 46)

8. O caso Acelino - Ouvindo o re-lato feito por Otávio, estava Acelino,que também partira de “Nosso Lar”,no século passado, após cuidadosa pre-paração no Ministério da Comunica-ção. Uma das ministras da Comunica-

MARCELO BORELA DEOLIVEIRA

[email protected] Londrina

Estudando a série André Luiz

Os MensageirosAndré Luiz

(2ª Parte)ção presidiu pessoalmente as medidasatinentes à sua tarefa na Crosta. Tudocorrera bem. Aos vinte anos, Acelinofoi chamado à tarefa mediúnica, rece-bendo enorme amparo dos benfeito-res espirituais. Dotado das faculdadesde vidência, audição e psicografia, eledecidiu – apesar dos apelos dos ben-feitores espirituais – fazer da mediu-nidade fonte de renda material, semesperar os abundantes recursos que oSenhor lhe enviaria mais tarde, apósseus testemunhos no trabalho. Nãomais a escola da virtude, do amor fra-ternal, da edificação superior, e sim aconcorrência comercial, as ligaçõeshumanas, os caprichos apaixonados,os casos de polícia e todo um cortejode misérias da Humanidade. Transfor-mara-se completamente a paisagemespiritual que o rodeava. Ao desencar-nar, Acelino ficou algemado aos seusconsulentes criminosos, também de-sencarnados, por sinistros elos men-tais, em virtude da imprevidência nadefesa do seu próprio patrimônio es-piritual. Durante onze anos consecu-tivos, expiou a falta entre eles, emmeio ao remorso e à amargura. (Cap.8, pp. 47 a 50)

Frases e apontamentosimportantes

14. Raros triunfam, porque qua-se todos estamos ainda ligados a ex-tenso pretérito de erros criminosos,que nos deformaram a personalida-de. Em cada novo ciclo de empreen-dimentos carnais, acreditamos mui-to mais em nossas tendências inferi-ores do passado, que nas possibilida-des divinas do presente, complican-do sempre o futuro. É desse modo queprosseguimos, por lá, agarrados aomal e esquecidos do bem, chegando,por vezes, ao disparate de interpretardificuldades como punições, quandotodo obstáculo traduz oportunidadeverdadeiramente preciosa aos que játenham “olhos de ver”. (Tobias, cap.3, pág. 24) - (Continua na pág. 12desta edição.)

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O IMORTALPÁGINA 6 OUTUBRO/2010

O IMORTAL na internetAlém de circular com seu formato impresso, o jornal O

Imortal pode ser visto também na internet, bastando para issoacessar o site www.oconsolador.com, em cuja página inicialhá um link que permite o acesso do leitor às últimas ediçõesdo jornal, sem custo algum.

Para contactar a Redação do jornal, o interessado deve uti-lizar este e-mail: [email protected].

No dia 12 de setembro, na ci-dade de Vedelago, província deTreviso, no norte da Itália, nossaquerida amiga e dedicada traba-lhadora Elsa Rossi ministrou umSeminário sobre o Passe (fotos).Elsa Rossi é 2ª Secretária do Con-selho Espírita Internacional e aatual presidente da BUSS – BritishUnion of Spiritist Societies.

O seminário por ela ministra-do é parte integrante dos eventosprogramados neste semestre de2010 pela USI - Unione SpiriticaItaliana, com a colaboração dosgrupos espíritas afiliados. A USIé uma das federativas nacionaisque integram o Conselho EspíritaInternacional. Participaram doevento 25 pessoas, das quais 6 ita-lianos que, graças ao trabalho feitopor Francesca Cascioulo, deRoma, Soraia de Santana Piloto,de Firenze, e Evi Alborghetti, pre-sidente da USI, puderam contar,durante a exposição, com a ver-são italiana do Manual do Passe,de autoria de Elsa Rossi. O Ma-nual está à disposição dos interes-sados no site do Conselho Espíri-ta Internacional.

Como previsto, a exposiçãoque a querida confreira proferiucom habilidade e eficiência enri-queceu o conhecimento de todossobre a influência da ação fluídicapara o nosso equilíbrio psicofísi-co e espiritual. Elsa Rossi expli-cou em sua fala que todos nós, sedotados de boa vontade e empe-nhados na própria reforma ínti-ma, podemos ser também instru-mentos de Jesus na aplicação dopasse magnético, um recurso sim-ples que podemos dispensar embenefício de nós e do próximo.

Seminário sobre o Passereúne bom público na Itália

Durante o seminário houvetambém, paralelamente, atividadesde evangelização voltadas às cri-anças presentes, sob a coordena-ção de Graziela Henriques, do Gru-po Cammino della Luce, Treviso.

Dando continuidade à progra-mação da USI - Unione SpiriticaItaliana neste ano, o confradeCarlos Campetti também visitaráa Itália, no dia 3 de outubro, quan-do abordará o tema “É chegada ahora... Reforma Intima”. O eventoocorrerá na cidade de Lecco e seráorganizado pelo GLAK - Gruppodi Lecco Allan Kardec. Maisinformações: [email protected]

Antonio Cesar Perri de Carvalhofalará sobre Chico Xavier na Itália

Logo depois, todos estarão departida para o 6° Congresso Espí-rita Mundial, quando teremos aoportunidade de reencontrar e matar a saudades dos amigos mas, principalmente, de participar des-sa festa de Paz e Luz.

De volta à Itália, os eventos con-tinuarão, recebendo dessa vez oconfrade Antonio Cesar Perri deCarvalho, que falará sobre “Vida eobra de Chico Xavier”, em cumpri-mento da seguinte programação:

17/10 - domingo - GLAK -Gruppo di Lecco Allan Kardec. Con-tato e mais informações:g r u p p o d i l e c c o @ y a h o o . i t ,[email protected]: 380 290 37 56 – Regina Piccoli.

18/10 - segunda-feira - SDS -Sentieri dell Spirito. Contato emais informações:[email protected], [email protected]: 328 007 7657 - ReginaZanella.

20/10 - quarta-feira - ASIC -Associazione Il Consolatore diFerrara. Contato e mais informa-ções: [email protected], [email protected]: 320 6992168 – ElianeStakowski.

Encerrando as atividades desteano, será a vez de os confrades daItália receberem HumbertoWerdine para os seguintes eventos:

13/Novembro - sábado -Gruppo “Cammino della Luce”,na cidade de Treviso. Tema:Reencarnação.Contato e mais in-formações: camminod e l l a l u c e @ h o t m a i l . c o m ,u n i o n e s p i r i t i c a i t a l i a n a @yahoo.it. Cell. 340 811 8279 –Dilza Zamprogno.

14/Novembro - domingo -GLAK — Gruppo di Lecco AllanKardec, na cidade de Lecco.Tema: “Obsessão: como e porque acontece, prevenção e cura”.Contato e mais informações:gruppodilecco @yahoo.it,[email protected]: 380 290 37 56 – ReginaPiccoli.

C o l a b o r a ç ã o : R e g i n aPiccoli. Fotos: Regilda Barretoe Eliane Pizzolatto.

CLAUDIA [email protected]

De Madri, Espanha

Elsa Rossi (no centro, com vestido cinza)e os participantes do seminário

Vista parcial do públicopresente no Seminário na Itália

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O IMORTALOUTUBRO/2010 PÁGINA 7

Grandes Vultos do EspiritismoMARINEI FERREIRA REZENDE - [email protected]

De Londrina

Augusto Militão Pacheco

Dr. Augusto Militão Pacheconasceu no dia 13 de junho de 1866e desencarnou em 7 de julho de1954, em São Paulo-SP.

Muito deve o Espiritismo aesse confrade, pelo testemunho quedeu da Doutrina dos Espíritos.Animado de uma fé imorredourana vida espiritual conseguiuprelibar, através da existência tran-sitória do corpo, a vida imortal doEspírito imperecível.

Formado pela Faculdade deMedicina do Rio de Janeiro,Militão Pacheco foi nessa mesmaocasião convidado a ir ao Estadodo Maranhão a fim de ajudar a de-belar um surto de peste bubônicaque grassava naquela região doBrasil. Apesar de não contar comqualquer espécie de hospital de iso-lamento nem com condições ade-quadas para o combate àquela en-fermidade contagiosa, dirigiu-separa lá em companhia do diretordo Hospital de Isolamento de S.Paulo, dois médicos mineiros emais um outro, conseguindomarcante sucesso na tarefa.

Nessa ocasião foi convidadopara ser diretor do Serviço Sanitá-rio do Estado do Maranhão peloperíodo de dois anos e para lá trans-feriu-se com sua esposa e três fi-lhos, renunciando, porém, apósoito meses de atividades intensas,por não ver atendidas suas reivin-dicações, consideradas por ele im-prescindíveis para o bom andamen-to dos serviços.

Nos primeiros anos do século20, em 1901 ou 1902, comparecen-do a uma sessão espírita, ali lem-brou-se de sua filhinha desencarna-da com apenas 52 dias de vida e

formulou ardente solicitação mentalpara que ela viesse beijá-lo. Sem quetivesse qualquer conhecimento dodesejo que alimentava, os médiunsvidentes que ali estavam, decorridosalguns minutos, descreveram o Espí-rito de uma menina que havia se diri-gido ao pai e ali estava cobrindo-o debeijos. Esse testemunho foi o sufici-ente para que Militão Pacheco se con-vertesse ao Espiritismo.

Um outro fato veio mudar o rumode sua vida, Sua esposa sofria, haviaalguns anos, de pertinaz enfermidade.Para curá-la, havia ele esgotado todosos recursos que a medicina alopática lhehavia proporcionado. Visitando a famí-lia do Juiz de Direito de Campinas, elateve ali uma de suas crises. A esposado juiz pediu permissão para recomen-dar-lhe um remédio homeopático. O re-médio foi comprado e o tratamento ini-ciado. Após essa ocorrência, ela teveapenas duas ameaças de crise e o maldesapareceu por completo. O Dr.Militão Pacheco, que vinha exercendoa medicina alopática fazia cinco anos,procurou o único médico homeopataexistente em Campinas, iniciando as-sim um estudo profundo sobre ahomeopatia, para o que conseguiu al-guns livros a título de empréstimo. Dalipor diante deixou por completo de pra-ticar a medicina alopática.

No dia 23 de julho de 1896, pormeio de decreto assinado pelo entãopresidente do Estado de S. Paulo,Jorge Tibiriçá, e por Gustavo de Oli-veira Godoy, Militão Pacheco foinomeado para exercer o cargo deinspetor sanitário do Estado, cargono qual foi efetivado em 26 de se-tembro do mesmo ano, exercendo-oaté 1920, quando se aposentou.

Durante mais de meio século, o Dr.Pacheco exerceu na capital paulista oapostolado da Medicina. Dizemosapostolado porque foi notável médicono sentido cordial, humanitário,prestativo, dedicando-se inteiramenteà tarefa de auxiliar o próximo, conse-

guindo desta forma realizar gigantes-co trabalho de assistência individuale coletiva como poucos conseguiramrealizar na Terra.

O prestigioso jornal “Diário deS. Paulo”, em sua edição de 27 dejunho de 1944, publicou extensa re-portagem sobre as festividades co-memorativas do cinquentenário deformatura e de exercício de profis-são do Dr. Augusto Militão Pacheco.Graças aos numerosos discursosproferidos na oportunidade, pude-mos conhecer verdadeiros rasgos degenerosidade e de amor, partidos dafigura inconfundível daquele que ti-nha em alta conta a dignidade hu-mana e o sacerdócio da Medicina.

Militão foi sempre de incompará-vel bondade no tratamento de todosos seus incontáveis clientes,

retornando ao mundo espiritual aben-çoado por milhares de corações e le-gando aos homens uma vida que seconstituiu em verdadeiro modelo devirtude, um exemplo incomparável debeleza moral, emanada de um caráterreto e de uma decisão inquebrantável.

Muitas pessoas que não podiampagar consultas eram atendidas comigual dedicação e não raras voltavamcom o auxílio financeiro para a aqui-sição dos remédios prescritos poraquelas mãos abençoadas.

No terreno filosófico, conquan-to fosse grande admirador de geni-ais pensadores de várias escolas, poisera um cidadão independente e por-tador de invejável cultura intelectu-al e científica, nunca negou sua in-condicional dedicação à DoutrinaEspírita, tornando-se um dos espíri-

tas mais respeitáveis e dignos doEstado de São Paulo e do Brasil.

Em julho de 1936, quando se co-gitou da fundação da Federação Es-pírita do Estado de S. Paulo, foi umdos elementos que mais propugnarampara essa realização. A reuniãoconvocada para apreciar a redaçãofinal dos estatutos sociais e procederà eleição da primeira diretoria foi porele presidida, passando a figurarcomo um dos seus sócios fundado-res e primeiro vice-presidente da res-peitável instituição. Durante muitosanos foi também presidente da Asso-ciação Espírita São Pedro e São Pau-lo, uma das mais prestigiosas insti-tuições espíritas de seu tempo, a qualposteriormente veio a integrar-se naFederação. (Fonte: Grandes Vultosdo Espiritismo.)

Terapia da paz

Aproveito esta época do ano paraler, de dia, um livro com os escritosdo Einstein filósofo (e que senhor fi-lósofo!), uma besta na definição irô-nica de um colega meu, marxista, em1965, no hall (lamento o anglicismo,deveria, patriota, gravar pátio) da Fa-culdade de Filosofia da então Univer-sidade do extinto Estado da Guanaba-ra, só porque o Pai da Teoria da Rela-tividade aceitava Deus, como no-loexpôs Kardec em O Livro dos Espíri-tos de maneira clara, objetiva, simples,tirando a Neli, minha esposa, do ma-terialismo em 1962, vinda do catoli-cismo e crente em Sta. Therezinha.

E, de noite, escrevendo novo li-vro de memórias, que a Capemi, leia-se César Reis, em Esperanto, me co-bra 30h por dia, pô!...

Paz... Ah! Paz! O mundo nunca aconheceu. Nem mesmo quando poraqui passou o príncipe da paz, em que

CELSO [email protected]

Do Rio de Janeiro

pese a relativa tranquilidade do gover-no de Augusto. Claro que a matança dosinocentes, relatada por Mateus, jamaisexistiu. É lenda, como os modernos es-tudos sobre o Jesus histórico deixambem claro, arrepiando os espíritas pie-gas que não agem com a fé raciocina-da, fielmente observada pelo mestre deLião. Carlos de Brito Imbassahy e JoséHerculano Pires que o digam.

Paz... Até o coração humano nãoé campo de paz. Jesus mesmo diziaque não a trouxe porque nos pôs emnossa mão a batata quente da respon-sabilidade dos atos, das palavras, dopensamento mais secreto. E na áreado sexo, ah! Freud aí (tirante os seusexcessos) que nos diga o que é cobi-çar a mulher alheia, né?

Não li antes da Donizete Pinheironada ainda. Pudera! Tanto livro saindono meio espírita, não me dá para acom-panhar, embora aposentado, mas aindatrabalhando na máquina de escrever.Jesus dizia que iríamos pregar pelos te-lhados o que ouvíamos ao pé do ouvi-do. O Mestre perfeitamente previa os

fios elétricos da moderna radiofonia,implantada no Brasil em 7 de setem-bro de 1922, pelo médico e etnólogoRoquete Pinto, havendo quem digaque fora antes, 10 anos antes, na Rá-dio Clube de Recife. Bem, veio depoisSchutel, veio ainda Caetano Mero,veio por fim João Pinto de Souza eculminou com Geraldo de Aquino.

No livro Terapia da Paz, lançadoquando o Irã se prepara para produzirtalvez bombas atômicas, e falece mo-ral aos EUA recriminá-lo, pois solta-ram duas em Hiroshima e Nagasakisó para verem os seus efeitos em co-baias humanas, o magistrado deMarília cita fatos (e eu, professor deBiologia e Física me amarro em fatosda vida real) e, em cima deles, filoso-fa no nível do povo, e não em brancasnuvens, como dizia o poeta lagartixaLaurindo Rabelo, em vida (e nãomediunicamente, como li num livro nabiblioteca do C. E. Léon Denis, no RJ),sobre o nosso viver. (Cartas: CaixaPostal 61003, Vila Militar, Rio de Ja-neiro, RJ, CEP 21615-970.)

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Um sucesso o 3º Encontro Fraterno com Divaldo Franco

O Encontro Fraterno com Di-valdo Franco, de 4 a 7 de setem-bro de 2010, foi realizado no Ho-tel Vila Galé Marés, na praia deGuarajuba, Bahia. O evento, quefoi desenvolvido de forma primo-rosa em todos os aspectos, teve aparticipação de 584 inscritos, evi-denciando a sua importância paratantos quantos se fizeram presen-tes (fotos).

Desde o momento da chegada,onde cada um foi recebido comgrande alegria e organização, an-tecipava-se o sucesso desse encon-tro que está em sua 3ª edição, comtransmissão ao vivo pela TV CEI.

Com pontualidade britânica, às20h do dia 4 de setembro, NestorJoão Masotti, presidente da Fede-ração Espírita Brasileira e partici-pante do Encontro Fraterno, a con-vite do anfitrião Divaldo Franco,fez a prece de abertura. Após umbreve momento musical, que a to-dos encantou, Divaldo agradeceua presença de todos, destacando osrepresentantes de Portugal,Paraguai e Áustria.

Abrilhantando o evento e numgesto de reconhecimento, Divaldofez o lançamento oficial de maisuma obra de sua psicografia – Transição Planetária-, cujo autoré Manoel Philomeno de Miranda.Nesta extraordinária Obra, os lei-tores conhecerão os mecanismos eas razões de ordem superior datransição planetária, em favor dasmudanças urgentes e necessáriasque promovam o respeito às leis,à ética e à Natureza, transforman-do o homem num ser integral,

consciente dos seus deveres paracom Deus, consigo próprio e o pró-ximo.

Tecendo considerações históri-cas sobre Israel à época em queCristo nasceu entre nós, Divaldocom mestria nos levou a reflexionarsobre O Reino Diferente, tema des-se primeiro dia, desdobrado em AMensagem de Jesus; a GrandeTransição; e o Reino de Deus estádentro de cada um que o deseje.

Jesus, o Mestre por excelência,recrutou seus apóstolos entre osgalileus, considerados pobres e do-tados de parcos valores, porém pos-suidores de dotes morais elevados.Com Seu peculiar magnetismo ca-tivou-os de tal maneira que, a umsimples convite, deixaram de ime-diato os seus afazeres e colocaram-se inteiramente a serviço do MestreGalileu, como tão bem discorreu oDivaldo Franco.

O Reino de Jesus que é propos-to à Humanidade deve estabelecer-se dentro de cada um, mediante umarevolução interna, autovencendo-se,conquistando a paz íntima, a harmo-nia, começando por amar mais osoutros, perdoando-se e perdoandoàqueles que julga tê-lo prejudicado.

Em seguimento, no dia 5, foiapresentado o 2º módulo que tevepor títuloNecessidade daAutoiluminação, subdivido em Ovazio existencial; O autoencontro;Autorrealização; e Triunfo sobre oego (infância psicológica; conquis-ta do Si; libertação pessoal).

A prece de abertura foi feitapelo vice-presidente da FederaçãoEspírita de Portugal, Vitor Mora.Logo depois foi apresentado o pro-jeto, em execução, doCentro deParto Normal Marieta de SouzaPereira, com detalhamento desdeo seu início.

A função de nossas vidas é semear.Uns semeiam luzes e colhemmadrugadas esplendorosasDivaldo Franco, para fixar-nos

no tema Autoiluminação, narrouuma parábola muçulmana, onde oRei bondoso possuía a alcunhade justo. Nesta parábola uma mu-lher viúva, pobre e com filhos paraalimentar, é acusada de roubar fru-tos caídos no chão da propriedadedo Rei. Apanhada pelo Grão-vizir,este a acusava em meio ao alaridode vozes, despertando a atenção doSoberano que, aproximando-se, to-mou conhecimento da ocorrência eobtém a confissão da mulher.

Dirigiu-se ao Grão-vizir e per-guntou: Qual a sentença? Oapedrejamento, respondeu seu mi-nistro. Então, disse o Rei, executea sentença, no que foi redarguido sernecessário levar a criminosaao poste do martírio no Templo. OSoberano sugeriu que se cumprissea sentença, ali mesmo, no local docrime. Seu Grão-vizir argumentouque não havia pedras disponíveis nolocal, porém o Rei retirou seus anéise sugeriu que os demais fizessem omesmo, lançando-os contra a crimi-nosa. Fez o mesmo com a gema queadornava seu turbante. A mulherestupefata não compreendeu e, atur-dida, ouviu seu Soberano dizer-lhepara recolher todas as pedras e queas vendesse para dar de comida aosseus filhos, estando livre a partirdaquele momento, pois a sentençahavia sido cumprida.

Divaldo perpassou suas infor-mações pelos conceitos emitidospor Sidarta Gautama – o Buda -, quesignifica o desperto, o iluminado;Mira y Lopes, sociólogo, médicopsiquiatra e psicólogo, nascido emCuba quando a ilha ainda era umapossessão espanhola; e Carl Gustav

Jung, psiquiatrasuíço, enriquecen-do com brilhantis-mo o trabalhoapresentado.

Discorreu aseguir sobre a Pa-rábola do Semea-dor, situando naHistória os acon-tecimentos. Afir-mou o nobre con-ferencista que afunção de nossasvidas é semear.Uns semeiam lu-zes e colhem ma-drugadas esplen-dorosas, outrossemeiam trevas ecolhem aflições,tormentos. Adver-tiu que, na funçãode semeadores,precisamos estaratentos à qualida-de das sementes,isto é, a palavra divina, e que nãoimporta a nós onde a semente caia.Cumpre, igualmente, examinar ossolos morais que temos em nós, tra-balhando-os para que se tornem fér-teis e generosos.

E por falar em sementes, seme-aduras e solos, Divaldo propôs plan-tar, ao lado do Centro de EventosJorge Amado, do Hotel Vila GaléMarés, uma palmeira, o que efeti-vamente ocorreu. Para lá os partici-pantes se dirigiram e acompanha-ram Divaldo Franco na ação deplantar para o futuro. Que seja umapalmeira generosa, dadivosa e alta-neira acolhendo tantos quantos delase aproximem!

No período noturno do dia 5 desetembro, Divaldo apresentou o 3ºmódulo, cujo tema Libertação do

PÁGINA 8 PÁGINA 9O IMORTAL OUTUBRO/2010OUTUBRO/2010

PAULO SALERNO [email protected]

Porto Alegre, Rio Grande doSul (Brasil)

Sofrimento foi subdividido em Vidae significado, morte e ressurreição.

Após a prece proferida por Fran-cisco Ferraz Batista, presidente daFederação Espírita do Paraná, Di-valdo Franco utilizou-se de LéonTolstoi, escritor russo que se con-verteu ao cristianismo, tendo ado-tado e difundido o conceito da não-violência e passado a viver comoum camponês, para expor que araré orar e que é possível libertar-sedo sofrimento com medidas racio-nais que nos levem a compreendera situação incômoda, trabalhandopara alcançar a harmonia, ainda quesob pesado fardo.

Em outra narrativa brilhante Dival-do enunciou o conceito de que a Justi-ça Divina sempre se faz presente navida da criatura, afirmando que Deus

vê a verdade, mas Ele espera. Coubea Allan Kardec se utilizar da Lei deCausa e Efeito, elucidando que a reen-carnação é a chave para entender onosso sofrimento.

Buda recomendava uma viade salvação em oito passos;

Joanna propõe-nos oitopropostas para o bem viverEmoldurou sua exposição apre-

sentando as quatro nobres verdadesde Sidarta Gautama – o Buda, quaissejam: 1) Todos os seres estão su-jeitos ao sofrimento; 2) O sofrimen-to surge de causas específicas; 3)Eliminando as causas, o sofrimen-to é eliminado; e 4) O sofrimento esuas causas são eliminados. É o fimdo caminho de sofrimento.

Divaldo apregoou que a Doutri-na Espírita nos liberta das paixões

apr is ionadorasque, através davivência das li-ções do Evange-lho e das diretrizespropostas pelosEspíritos Superio-res, têm na carida-de o caminho realpara a salvação ea aquisição dasaúde integral.Buda recomenda-va uma via de sal-vação, em oitopassos, e Joannade Ângelis pro-põe, também, oitopropostas para obem viver, conti-das no seulivro Plenitude,capítulo 8, a saber:

1) Crer reta-mente, direcio-nando o pensa-mento de forma

positiva, edificante e com propósi-tos saudáveis;

2) Querer retamente propõe mé-todos compatíveis com os objetivosda crença anelada;

3) Falar retamente, pois que asboas palavras enrijecem o caráter,dulcificam o coração e iluminam avida;

4) Operar retamente significaque quem não atua errado, não temnecessidade de repetir a experiên-cia, refazer o caminho, ressarcir dé-bitos;

5) Viver retamente é não se ho-miziar no erro, não se exaltar, nãose deprimir;

6) Esforçar-se retamente é saberaplicar a capacidade de seus recur-sos naquilo que propicia a felicida-de real, duradoura, sem as aflições

dos prazeres fugidios;7) Pensar retamente é facultar a

harmonia psicológica e a sintoniacom os benfeitores da humanidade,é encontrar-se consigo mesmo, como seu próximo e com Deus;

8) Meditar retamente é crer,querer, falar, operar, viver, esforçar-se e pensar com retidão, adquirindoos valores indispensáveis à salva-ção. Nesse estágio a pessoa doa-see já não mais vive, sendo o Cristoquem vive nela. Liberta-se, por fim,do sofrimento.

Finalizando sua exposição no-turna, Divaldo enfatizou que “a doré inevitável, mas o Evangelho deJesus é um canto de esperanças”.

No dia 6 de setembro, em ma-nhã esplendorosa, teve seguimentoo Encontro Fraterno com DivaldoFranco. Luiza Leontina AndradeRibeiro, presidente da FederaçãoEspírita do Mato Grosso, fez a pre-ce de abertura, preparando o ambi-ente para as atividades doutrináriascom Divaldo Franco. O 4º módulo,com o tema Renovando Atitudes,ensejou a Divaldo narrar a históriacomovente de Lucien, um jovemtalentoso que desejava ser o maiorintérprete mundial de FredericChopin. Acometido, ainda muitojovem, pela hanseníase, Lucien teveseu projeto interrompido, pois que,pela doença, perdeu a sensibilidadedos dedos de suas mãos. Lucien,além da reclusão em um leprosário,teve agravado o seu sofrimento atra-vés de duas tentativas de envenena-mento por parte de sua mãe, que seenvergonhava do filho leproso.

Em uma forma sintética, Dival-do Franco expôs o seu encontro es-piritual com Jésus Gonçalves.

Suportar as dores, renovar asatitudes, eis a tarefa que compete aquem deseja alcançar a plenitude

Naquela ocasião o tribunobaiano experimentava momentosdifíceis e sua vida íntima era atri-bulada por tormentos diversos, portristezas e ansiedades em busca depaz e por Deus. Meditando profun-damente, Jésus Gonçalves lhe apa-receu portando as deformidadescausadas pela hanseníase e pouco apouco vai se transformando em umser possuidor de luminosidade in-terior, desprovido das chagas puru-lentas e das amputações das extre-midades.

Jésus Gonçalves, então, orientouDivaldo a visitar os leprosários e,porque Divaldo resistia ao convite,convenceu-o com o seguinte argu-mentou: - Divaldo, eu estou te pe-dindo que vás lá, a fim de que nãovás para lá! Preferes ir lá ou paralá? Assim, Divaldo passou a visi-tar os leprosários do Brasil e daAmérica Latina e tantos outros deque tomava conhecimento ao redordo mundo.

Examinando o passado destesdois personagens – Lucien e JésusGonçalves -, Divaldo ensinou quenossas dores têm razão. Não é im-portante saber quando nos equivo-camos, mas saber que nos equivo-camos. Suportar as dores, renovaras atitudes, construindo o ser novo,enriquecendo-se de paz, eis a tarefaque compete àquele que deseja al-cançar a plenitude.

Nesta oportunidade foi lançadoo Selo Comemorativo dos 63 anosde fundação do Centro Espírita Ca-minho da Redenção. A solenidadecontou com presença da DiretoraRegional Adjunta da Empresa Bra-sileira de Correios e Telégrafos daBahia, Ana Virgínia de AndradeBarata, da Chefe de Filatelia e deum Assessor. Ana Virgínia, em seupronunciamento, enalteceu a Dou-

Quase 600 pessoas do Brasil e do exterior participaram do evento realizado no início de setembro na praia de Guarajuba-BAtrina Espírita e as obras da Man-são do Caminho e do Centro Espí-rita Caminho da Redenção, afir-mando que, ao se falar em Espiri-tismo em Salvador, na Bahia ou noBrasil, é o mesmo que falar naMansão do Caminho e que o SeloPersonalizado, ora lançado, é o re-conhecimento da Empresa Brasi-leira de Correios e Telégrafos aesse trabalho grandioso a serviçoda comunidade.

Divaldo Franco classificou essemomento como de alta magnitudee o lançamento do Selo Comemo-rativo é de relevante importância,demonstrando que o Brasil é umceleiro de crenças e religiões.

Avançando na temática progra-mada, Divaldo abordou aspectosda vida, dos desafios e das solu-ções, afirmando que a vida é umgrande enigma, pois que, nas di-versas vertentes do conhecimento,cada qual a define sob o seu pontode vista particular e conhecimentoespecífico. A vida tem um sentidomuito amplo, visto que, nas erasdo tempo, ela se apresenta peculi-ar, em um ritmo de crescimento eaperfeiçoamento e que tem as suassoluções nos braços do amor.

Apoiando-se no livro Vida,Desafios e Soluções, de Joanna deÂngelis, Divaldo informou queninguém se encontraria reencar-nado na Terra se a existência físi-ca não tivesse uma finalidade su-perior. Descobrir essa finalidadeé o desafio que se impõe. Identi-ficar o que podemos fazer em fa-vor do nosso progresso continuaa nos desafiar, pois que o ser hu-mano segue uma fatalidade gran-diosa: a autorrealização total, soba atração do Pensamento Divino.(Continua na pág. 10 desta mes-ma edição.)

Apresentação do primeiro módulo Aspecto geral do público

Um momento de descontração Plantando uma palmeira

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O IMORTALPÁGINA 10 OUTUBRO/2010

– No momento da morte, qual é osentimento que domina na maioria doshomens: a dúvida, o medo ou a espe-rança? “A dúvida para os cépticos en-durecidos, o medo para os culpados ea esperança para os homens de bem.” (Questão 691, de “O Livro dosEspíritos” – Allan Kardec.)

Não temos qualquer dúvida de quesomos Espíritos imortais a caminho daperfeição, mas, no momento, estamosvivendo aqui na Terra, vestindo umcorpo carnal que um dia desaparecerá.Sendo essa realidade inconteste preci-samos refletir sobre esse momento, istoé, sobre o instante de deixarmos a vida

física, que é passageira, para o retornoà vida espiritual, essa, sim, definitiva.Queiramos ou não, acreditemos ou não,nada mudará o roteiro das leis univer-sais, pois que as mesmas foram insti-tuídas por Deus, nosso Pai de eternabondade, que deliberou com sabedo-ria, obviamente, sem precisar consul-tar a opinião dos homens.

Assim sendo, mais cedo ou maistarde, fora da matéria nos defrontare-mos com a nossa própria consciência.E como nela está escrita a Lei Deus(questão 621, de “O Livro dos Espíri-tos), teremos a oportunidade de nosalegrar com tudo que fizemos ou denos entristecer com as deliberações to-madas ao longo da vida. Sem dúvidanenhuma, somos totalmente responsá-veis pelos nossos atos.

que, conhecendo a máxima: “é dando quese recebe” (Francisco de Assis), terá ple-nas convicções de que o bem ofertadotrará o bem de retorno.

Ciente dessa assertiva, caberá a cadaser humano planejar seu retorno à ver-dadeira vida. O livre-arbítrio faculta acada um o direito de escolha, apenascabendo compreender que responderápelo que decidir. E os chamamentos parauma vida digna, participativa e voltadapara a prosperidade geral estão por todaparte. Ninguém, por certo, poderá ale-gar ignorância ou dizer que não sabiacomo agir corretamente. A mesma for-ça e intensidade que se usam para a prá-

Um sucesso o 3º EncontroFraterno com Divaldo Franco

(Conclusão da reportagem publicada nas págs. 8 e 9.)

No livro O Caminho da Auto-transformação, Eva Pierrakos afir-ma que a mudança é uma caracte-rística essencial da vida; onde hávida, há mudança infindável. Já nolivro A Arte de Reencontrar-se,Edoardo Giusti escreveu que a pri-meira escolha que o homem deve fa-zer é entre ser protagonista ou es-pectador da sua própria vida.

Apesar dos avanços notáveis daciência, não fomos capazes de

avanço igual no campo da moral

Voltando ao livro Vida, Desafi-os e Soluções, Divaldo destacouque aprofundar reflexões, em tornodo que é e do que parece ser, consti-tui proposta de afirmação da iden-tidade e libertação dos mecanismosde evasão da realidade.Em outromomento disse o nobre expositor: Avida interior bem direcionada ensi-na a criatura a aceitar-se como é,sem desejar imitar modelos transi-tórios das glórias momentâneas, quebrilham sob os focos das lâmpadasdas ilusões.É necessário procurar Je-sus, o modelo e guia para a humani-dade. O homem psicológico saudá-vel não vive de recordações, nem seatormenta com as aspirações. Entreoutras colocações, Divaldo Francoencerrou o módulo da manhã, sobfortes e calorosos aplausos.

No período da noite foi levado aefeito o 5º módulo, momento em que

No momento da morte do corpo

Divaldo respondeu a inúmeras per-guntas que aprofundaram as temáticasdos módulos anteriores. Pôde-se en-tão constatar o grande interesse pelosassuntos deste magnífico evento quecativou e encantou cada participante.

No dia derradeiro do Encontro Fra-terno e envolvidos com os sentimen-tos de despedida, cada um dos partici-pantes já antevia os momentos de sau-dade, pelo extraordinário convívio.Nesse dia, 7 de setembro, Divaldo apre-sentou considerações sobre os estudos e obras do psicólogo existencialistaRollo May, dos Estados Unidos daAmérica, destacando que todas as cri-aturas apresentam reflexos de suas ati-tudes passadas, corroborando a Dou-trina Espírita no tocante à reencarna-ção e à Lei de Causa e Efeito.

Destacou o avanço da ciência, par-ticularmente a que envolveu adecodificação do Genoma Humano,capitaneada pelo Dr. Francis Collins emais 200 outros cientistas de 50 univer-sidades de diversos países. Recentemen-te o Dr. Collins afirmou que tudo o quevai nos acontecer está escrito no DNA.

Embora tenhamos conquistadograndes avanços tecnológicos e cien-tíficos, ainda não fomos capazes deavanços significativos no campo damoral. Divaldo Franco deu ênfase,então, à terceira parte de O Livro dosEspíritos, que, se bem vivenciada, le-vará a Humanidade ao exercício inte-gral da Lei de Amor que nos preenche-rá o vazio existencial. O nobre pales-trante recomendou-nos a vivenciar atolerância, a solidariedade, a carida-de e a ingenuidade, cultivando as coi-sas simples, não permitindo que o maldos outros nos faça mal.

WALDENIR APARECIDO [email protected] Votuporanga, SP

PAULO SALERNO [email protected]

Porto Alegre, Rio Grande do Sul(Brasil)

Então, no momento da morte, a cri-atura céptica, descrente e endurecidaestará envolta pela dúvida, pois que, emnão sabendo como direcionar seus dias,por certo não saberá também como avida seguirá, uma vez que se reconhe-cerá viva, fora do corpo. Já o culpado,sabendo que agiu na contramão da ló-gica e bom senso, disseminando dorese sofrimentos, pela lei de causa e efei-to e de ação e reação, terá certeza deque responderá pelos prejuízos causa-dos, daí o medo pelo que poderá vir.

O homem de bem, aquele que viveudistribuindo ações e comportamentos quepuderam, de alguma forma, promover be-nefícios aos irmãos do caminho, que se-meou o bem sempre que pôde e procu-rou não prejudicar quem quer que fosse,terá motivos de imensas esperanças, pois

Finalizando seu trabalho, Dival-do narrou a Lenda da Dívida de Gra-tidão, de Selma Lagerlöf, um encon-tro psíquico com seu avô desencar-nado Peter Lagerlöf, narrada porocasião em que ela recebeu o Prê-mio Nobel de Literatura em 1909.

O Encontro Fraterno com Dival-do Franco teve a participação de dele-gações dos Estados da Bahia, Alagoas,Ceará, Sergipe, Distrito Federal, Espí-rito Santo, Goiás, Tocantins, MatoGrosso, Paraná, Rio Grande do Norte,Minas Gerais, Rio de Janeiro, Roraima,Paraíba, Rio Grande do Sul, SantaCatarina, Pernambuco e São Paulo. Asdelegações internacionais vieram daÁustria, Portugal e Paraguai. O Paranácompareceu com 51 participantes.

Reflexionar sobre o Evangelhode Jesus Cristo, sob a ótica da Dou-trina Espírita, foram momentos delegítima fraternidade que ensejoumomentos de convivência sob asbênçãos dos Espíritos amigos. Todosque participaram deste ágaperetornaram levando consigo valiososensinamentos para a Vida. Nenhumserá mais o mesmo que lá chegou nodia 4 de setembro de 2010.

Divaldo! Não há como te agra-decer. Ficou uma dívida de gratidão.Saldaremos, amando nosso próximo,tornando-nos seres cônscios de nos-sos deveres, para conosco e para coma Humanidade. Jesus! Abençoe estePlaneta que se estorcega neste mo-mento de transição. Até breve.

Nota:Colaboraram nesta reportagem

Félix, autor da foto oficial, e JorgeMoehlecke, autor das demais fotos.

tica de ações infelizes, nascedouro demontanhas de sofrimentos, mudando dedireção, gerarão procedimentos dignose salutares construtores de oceanos depaz e serenidade.

Não olvidemos, então, que por maiscômoda, tranquila e despreocupada sejaa vida na Terra, ela é efêmera e passa-geira, e momento chegará que seu fimserá decretado. Nesse exato instante,qual será o nosso sentimento: o de dú-vida, de medo ou de esperança?

Reflitamos.... Ainda estamos nocorpo físico e, se houver necessidadede mudanças na direção do nossocomportamento, ainda há tempo.

“Nossa maior conquista seráalcançada quando nos tornarmos

verdadeiros espíritas”(Conclusão da entrevista publicada

na pág. 16 desta edição.)

– Como trabalhadores espíri-tas, divulgadores, dirigentes etc.,qual o melhor caminho a seguirpara que estejamos divulgandocorretamente o Espiritismo, comfidelidade ao Evangelho de Jesuse à Codificação Espírita?

Existem duas frases contidasem O Evangelho segundo oEspiritismo que são sempre lembra-das, citadas e bastante divulgadas nomeio espírita: a primeira é do nobrecodificador Allan Kardec: “Reconhe-ce-se o verdadeiro espírita pela suatransformação moral e pelos esforçosque empreende para domar as suasmás inclinações”; e a segunda do Es-pírito de Verdade: “Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; ins-truí-vos, este o segundo!”. À vista dis-so, e apesar dos desafios do momentoatual, se formos capazes de nos amar-mos fraternalmente e nos instruirmos,com consciência de que somos seresimortais e que nossa meta é alcançar-mos, um dia, a perfeição que nos estádestinada, fatalmente seremos condu-zidos ao esforço permanente de nossaprópria melhoria. Eis aí o caminho aseguir para divulgarmos corretamen-te o Espiritismo.

– Sobre o centenário de ChicoXavier, o que nos diria?

O querido Chico Xavier é o exem-plo maior de que é possível ter umavivência evangélica no mundo de hoje,o que muitos afirmam ser impossível.Muito justo todo o movimento querelembre esse Espírito ímpar cujospassos foram calcados no amor incon-dicional ao próximo. Uma vida

dedicada a servir com abnegação e quenem sempre foi sem atribulações eincompreensões. Sem endeusamentoe sem idolatria, devemos tê-lo comoum exemplo de um verdadeiro espíri-ta. Tive apenas um contato com Chico,mas que me trouxe muitas emoções eestímulo para o trabalho espírita.

– Suas palavras finais. Agradeço aos espíritas capixabas

que confiaram em mim e em nossaequipe para dirigir a nossa amada Fe-deração Espírita, que no próximo anocompleta 90 anos de existência. Rea-firmo que todos temos consciência daresponsabilidade que é estar coordenan-do o movimento espírita capixaba, ten-do em vista a história dos valorosos quenos antecederam. Como mensagem fi-nal, gostaria de lembrar o convite quenos foi feito pelo venerável amigo Dr.Bezerra de Menezes, pela abençoadamediunidade de Divaldo Franco, namensagem Sem Adiamentos, publicadaem Reformador de maio/2008:

[...] Vivemos os momentos difí-ceis da grande transição terrestre. [...]Não são fáceis as batalhas travadasno íntimo, mas Jesus não nos prome-teu facilidades. [...] Agora é o grandeinstante da decisão. Não há mais lu-gar para titubeios, para postergarmosa realização do ideal. [...] Jesus, meusfilhos, encontra-se conduzindo a nauterrestre e a levará ao porto seguroque lhe está destinado. Disputemos ahonra de fazer parte da sua tripula-ção, na condição de humildes cola-boradores. Que sejamos, porém, fi-éis ao comando de Sua dúlcida voz.Nota do autor:

O site da Federação Espírita doEstado do Espírito Santoé www.feees.org.br e o endereçoeletrônico, [email protected].

ORSON PETER [email protected]

De Matão, SP

Entrevista: Maria Lúcia Resende Dias Faria

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O IMORTALOUTUBRO/2010 PÁGINA 11

Estado do ParanáCambé – Todas as quartas-feiras, às20h30, o Centro Espírita Allan Kar-dec promove em sua sede, na RuaPará, 292, um ciclo de palestras. Par-ticiparão da programação de outubroos seguintes palestrantes: dia 6, JoséSamorano (Santo Anastácio-SP); dia13, José Miguel Silveira (Londrina);dia 20, Célia Xavier Camargo(Rolândia); dia 27, Pedro Garcia(Arapongas).– Um jantar festivo será realizado nodia 2 de outubro, na Loja MaçônicaRegeneração 3ª, em Londrina, paracomemorar o aniversário de 97 anosdo confrade Hugo Gonçalves, diretordeste jornal. A ele, em nome de todaa nossa equipe, um afetuoso abraço eos nossos parabéns!

Curitiba – Uma palestra sobre o tema“O desafio de reencontrar Deus” rea-liza-se no dia 3 de outubro, às 10h,no Teatro da FEP (Alameda Cabral,300). O palestrante será o confradeLuiz Maurício Resende. A entrada éfranca.– Realiza-se no dia 12 deste mês olançamento do livro infantil “Umaoficina chamada Terra”, sob a coor-denação do DIJ. O evento ocorre noTeatro da FEP (Alameda Cabral, 300),a partir das 17 horas. Estará presentea autora Anabela Sabino, que autogra-fará a obra para os interessados. Ascrianças serão entretidas comrecreadores coordenados pelo DIJ eapós o lançamento conhecerão a bi-blioteca infantil, participando dacontação de histórias. Haverá tambéma participação do Quinteto de Cordasdo Teatro da FEP e a apresentação doMomento Espírita ao vivo, com Pau-lo Roberto de Oliveira.– Um seminário sobre o tema “Reen-carnação - o elo perdido”, coordena-do por Carlos Augusto, foi ministra-do no dia 11 de setembro, das 15h às18h, no Centro Espírita Abibe Isfer(Alameda Cabral, 300 – Centro). Fo-ram abordados no seminário aspec-tos como a conexão entre a JustiçaDivina e a razão humana, além da ló-gica dos fenômenos sociais.

Londrina – A Federação Espírita doParaná (FEP) por meio da 5ª URE,promove em outubro o I Festival Es-pírita da Canção Inter-Norte (Fecin),além da Semana Nacional de Arte Es-pírita (Abrarte), que ocorrerá no pe-ríodo de 16 a 24 de outubro. O Fecin

Palestras, seminários e outros eventos

Roma volta a ser palcode um fato histórico

(Retificação da matéria publicadana pág. 3 da edição anterior.)

Na reportagem em epígrafepublicada na edição de setembrode 2010, houve um erro em umdos parágrafos, como é adiantedemonstrado.

Em vez de:Em sua narrativa, o autor es-

piritual, Emmanuel, conta a his-tória de duas almas afins que sedistanciaram entre si, no tempo eno espaço, escolhendo caminhosantagônicos: o de PúblioLentulus Cornelius que, tendo aoportunidade de radicalizar suavida, preferiu os atalhos da fama,do orgulho e do poderio dosCésares, contrastando com osnobres ideais de sua esposa LíviaLentulus que, renunciando às gló-rias do mundo, vivenciou a men-sagem divina do amor universaldo Rabi da Galileia.

Leia-se:Em sua narrativa, o autor es-

piritual, Emmanuel, conta a his-tória de duas almas unidas notempo e no espaço por um eloforte, sagrado, indestrutível: Je-sus Cristo. É a história do Sena-dor do Império Públio Lentuluse sua esposa Lívia. Públio perten-ceu à aristocracia romana. Since-ro, afetuoso, firme em suas con-vicções, trazia o coração mergu-lhado na fé e na bondade e, emtodos os tempos, foi fiel aos prin-cípios esposados. Por isto o ve-remos, no decorrer da história,buscando a Verdade, encontran-do-a em Jesus, o doce Rabi daGaliléia, que lhe ensinou a trocaro orgulho pela humildade e osdeuses de pedra pelo Deus únicoe verdadeiro. (Da Redação)

será no dia 23, no Centro de Conven-ções do Hotel Sumatra (Rua Souza Na-ves, 803 - Centro). Para prestigiar oevento, o ingresso é um litro de leite ouóleo. Compositores que residem emmunicípios atendidos pelas 4ª, 5ª e 6ªUREs podem se inscrever para partici-par do Festival por meio de apresenta-ções artísticas. O regulamento e todasdemais informações sobre o evento po-dem ser obtidas no endereço eletrônicowww.festival-fecin.blogspot.com oupelo e-mail [email protected].– O programa radiofônico Além daVida, produzido por confrades espíri-tas da região e transmitido pela RádioLondrina – AM 560 kHz aos domingos,no horário de 8h30 às 9h30, pode serouvido agora também pela internet, noendereço www.radiolondrina.com.br.– O Grupo de Estudos Espíritas AbelGomes (GEEAG) inicia no dia 19 deoutubro, terça, às 18h30, o estudo dolivro “Obras Póstumas”, de Allan Kar-dec. A inscrição é livre e gratuita. Asreuniões, que têm duração de 70 minu-tos cada uma, são semanais e realizam-se no miniauditório do Centro EspíritaNosso Lar. A coordenação do estudoserá feita por Astolfo O. de OliveiraFilho. Igual estudo também se realiza-rá na quinta-feira, às 14h30, no mesmolocal, com início no dia 21 de outubro.As inscrições para ambas as turmas jápodem ser feitas na Livraria do “NossoLar”.– Está no ar mais um veículo de comuni-cação sobre o movimento espírita emLondrina. Com o objetivo de divulgar asinstituições espíritas da cidade e tambémas assistenciais, o sitewww.espiritasdelondrina.com.br passou afuncionar no mês passado. Nele é possí-vel encontrar endereços das casas espíri-

tas de Londrina, programação de ativi-dades, horários de trabalhos, entre outros.

Arapongas – Realizou-se no dia 26 desetembro, das 9h às 13h, um semináriosobre “Relações Interpessoais na CasaEspírita”. O evento ocorreu na Casa Es-pírita A Caminho da Luz (Rua Corruíra,415) e foi coordenado por Maria da Gra-ça Rozetti. Foram abordados aspectoscomo: facilitar ao colaborador espíritaconviver com as diferenças e reconhecê-las, estimular o afeto e a integração dogrupo para um melhor desenvolvimen-to das tarefas na Casa Espírita.

Castro – O Centro Espírita Jesus Pe-rante a Cristandade promoveu nos dias25 e 26 de setembro o 1.500º EncontroFraterno Auta de Souza, com o temacentral “A vida no Mundo Espiritual”.O evento debateu temas como: 100anos de Chico Xavier, depressão e sui-cídio; obsessão na infância; relaciona-mento conjugal, entre outros.

Ibiporã – A Fraternidade Espírita Men-sageiros da Luz promove todo mês pa-lestras abertas ao público que se reali-zam sempre às quartas-feiras, pontual-mente às 20h15. Durante o mês de ou-tubro estão programados os seguintespalestrantes: dia 6, David José de Oli-veira (Ibiporã); dia 13, Marcelo Seneda(Londrina); dia 20, Vera Lucia Tamayo(Ibiporã); dia 27, Hunoel Gonçalves(Ibiporã).

Lapa – Um seminário sobre a Evange-lização no SAPSE, promovido pelaequipe do Departamento de Infância eJuventude da FEP, será realizado no dia2 de outubro no Centro Espírita AllanKardec. O evento abordará o acolhi-mento na Evangelização Infanto-Juve-nil às crianças provenientes das famíli-as assistidas; orientação do trabalho daevangelização no SAPSE; entre outros.

Maringá – A equipe do DIJ da 7ª UREpromoveu no dia 11 de setembro semi-nário sobre o tema “Doutrina Espíritae a Juventude”. O evento ocorreu naAssociação Espírita de Maringá (Ave-nida Paissandu, 1.156 – Vila Operária),das 14h às 18h.

Matinhos – Foi realizado no dia 25 desetembro seminário sobre o tema “OEstudo da Doutrina Espírita e a Juven-tude”. O evento foi promovido pelo DIJda 1ª URE e ocorreu na AssociaçãoEspírita de Matinhos (Rua do Sossego,

237). Foram abordados aspectos como:de que forma estudar as Obras Básicasna Juventude; como tornar as aulas maisenvolventes, de forma a se transmitirao jovem a importância do estudo e suaaplicabilidade em seu dia-a-dia e comoutilizar dinâmicas com os jovens.

Paranavaí – Realizou-se no dia 26 desetembro o seminário “Obsessão: o dra-ma da humanidade”. O evento foi co-ordenado por Carlos Augusto e teve porlocal o Centro Espírita Fé, Amor e Ca-ridade (Rua Guaporé, 1.576). Foramabordados aspectos como conflitos pes-soais – perturbações generalizadas –personalidades mundiais vitimadas.Outras informações com a 8ª URE.

Tamarana – Realizou-se no dia 26 desetembro o 7º Encontro da Primavera,que teve por público alvo os jovens de13 a 21 anos que participam regular-mente de uma Casa espírita. O tema foiMediunidade. A coordenação esteve acargo de Isabel Cristina S. Flores, deCascavel-PR, e Ricardo A. Xavier, deFoz do Iguaçu-PR. O local do eventofoi a fazenda experimental da Unopar.

Umuarama – Um seminário sobreo tema “Pais e evangelização - de-safios de urgência”, promovido pelaequipe do Departamento de Infân-cia e Juventude (DIJ), foi realizadono dia 11 de setembro, no CentroEspírita Allan Kardec (Rua Bahia,4.368). Foram abordados aspectoscomo a formação do lar e missãodos pais, educação à luz da Doutri-na Espírita, o apoio indispensáveldos pais na tarefa da evangelização,a ação conjunta da família e Insti-tuição Espírita.

Outras localidadesValência – Realiza-se nos dias 10 a12 de outubro o 6º Congresso Espíri-ta Mundial. O evento será realizadono Centro de Eventos Feira deValência, localizado na Avenida deLas Ferias s / n - 46035 Valência. Osite para informações e inscriçõesé http://www.2010.kardec.es.

Brasília – A Semana Nacional de Arteserá realizada no período de 16 a 24de outubro, envolvendo várias insti-tuições espíritas da Capital federal.

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Estudando a série André LuizOs Mensageiros

André Luiz(Conclusão do texto publicado na pág. 5.)

15. Tudo vem a seu tempo, tan-to no bem quanto no mal, Primeiro,a semente, depois os frutos. (...) Aárvore, para produzir, não reclamaas folhas mortas. Para nós, atualmen-te, meu amigo, o mal é simples re-sultado da ignorância e nada mais.(Vicente, cap. 4, pág. 30)

16. As transições essenciais daexistência na Terra encontram a mai-oria dos homens absolutamente dis-traídos das realidades eternas. A men-te humana abre-se, cada vez mais, parao contacto com as expressões invisí-veis, dentro das quais funciona e semovimenta. Isto é uma fatalidadeevolutiva. (Telésforo, cap. 5, pág. 32)

17. Toda expressão religiosa é sa-grada, todo movimento superior de edu-cação espiritual é santo em si mesmo.(...) Sacerdotes e intérpretes dos núcle-os organizados da religião e da filoso-fia não percebem ainda que o espíritoda Revelação é progressivo, como aalma do homem. As concepções reli-giosas se elevam com a mente da cria-tura. (Telésforo, cap. 5, pág. 33)

18. A Ciência progride vertigino-samente no planeta e, no entanto, àmedida que se suprimem sofrimentosdo corpo, multiplicam-se aflições daalma. (...) a estatística dos crimes hu-manos é espantosa. Os assassínios daguerra apresentam requintes de perver-sidade muito além dos que foram co-nhecidos em épocas anteriores. (...)Não existe em país algum preparaçãoespiritual bastante para o conforto fí-sico. (Telésforo, cap. 5, pp. 33 e 34)

19. Concordamos que a reverênciaao Pai, a fé e a vontade são expressõesbásicas da realização divina no homem,mas não podemos esquecer que o tra-balho é necessidade fundamental decada espírito. (...) Precisamos oferecer,no mundo, os instrumentos necessári-os às retificações espirituais, habilitan-do nossos irmãos encarnados a ummaior entendimento do Espírito doCristo. (Telésforo, cap. 5, pp. 34 e 35)

20. Raríssimos conquistam algumêxito nos delicados misteres da mediu-nidade e da doutrinação. (...) pouquís-simos são os que se lembram das reali-dades eternas, no “outro lado do véu”...A ignorância domina a maioria dasconsciências encarnadas. E a ignorân-cia é mãe das misérias, das fraquezas,dos crimes. (Telésforo, cap. 6, pág. 36)

21. Cesse, para nós outros, a con-cepção de que a Terra é o vale tene-broso, destinado a quedas lamentá-veis, e agasalhemos a certeza de quea esfera carnal é uma grande oficinade trabalho redentor. Preparemo-nospara a cooperação eficiente e indispen-sável. Esqueçamos os erros do passa-

propósito de lhe mancharem aságuas. (...) São os sequiosos da faci-lidade, os amigos do menor esforço,os preguiçosos e delinquentes de to-das as situações, que desejam ouviros Espíritos desencarnados, receososda acusação que lhes dirige a pró-pria consciência. (...) Tudo por quê,meus irmãos? Por termos esqueci-do, em nossos labores carnais, queEspiritismo é revelação divina paraa renovação fundamental dos ho-mens. (Telésforo, cap. 6, pág. 38)

24. O Senhor renova diariamen-te nossas benditas oportunidades detrabalho, mas, para atingirmos osresultados precisos, é imprescindí-vel sejamos seguidores darenunciação ao inferior. (...) E nin-guém espere subir, espiritualmente,sem esforço, sem suor e sem lágri-mas!... (Telésforo, cap. 6, pág. 39)

25. As tarefas espirituais ocu-pam-se de interesses eternos... Osmordomos de bens da alma estãoinvestidos de responsabilidadespesadíssimas. (Otávio, cap. 7, pág.42) (Marcelo Borela de Oliveira.)

O IMORTALPÁGINA 12 OUTUBRO/2010

ELSA [email protected]

De Londres (Reino Unido)

Com alegria pudemos finalmente vi-sitar de 16 a 23 de setembro o continen-te africano, mais precisamente Angola.

Esperavam-me os afetuosos amigose irmãos Amélia Cazalma e seu esposoTrajano N. Trajano, dirigentes da Socie-dade Espírita Allan Kardec de Angola, co-nhecida como SEAKA - www.seaka.org,-, e da Casa do Caminho André Luiz, ins-tituição filantrópica que, integrada àSEAKA, presta assistência aos necessi-tados em diferentes áreas.

Numa área imensa de 42 hectares,plantação natural de embondeiros, a pre-servação da vida se faz através de peque-

nos animais, pássaros, plantas, vegetaçãoe mangueiras carregadas de frutas. Tudoo que vive é ali respeitado. É a lei de amorque impera em todos os corações, de fun-cionários, pacientes, atendentes, trabalha-dores em geral. Ali, até as criançaspequeninas aprendem a preservar a vida.

Nesse ambiente amplo em que oamor impera, sente-se a vibração de pazo tempo todo, a atmosfera muda, o ca-lor não incomoda, a poeira não suja.Não tenho palavras para explicar. Re-sidindo já há tantos anos na Europa,acabamos por ficar longe de realidadescomo a que vimos de perto em Angola.

A baía de Luanda, o mar contor-nando a cidade, sente-se que fora, emremoto tempo da história, parte do con-tinente sul ou mesmo da costa do Bra-

sil, tal o formato do mar e o povo amis-toso, fraternal, simpático, que por ve-zes me senti no Brasil.

Ali estive como representante doCEI - Conselho Espírita Internacional,hospedada por cinco dias, e pudeacompanhar de perto todas as ativida-des diárias que lá são realizadas, naárea doutrinária e assistencial.

Participamos em dois eventosmarcantes, agendados para o dia 18 desetembro de 2010. Um deles, a festade 2 anos de inauguração da ClínicaDr. Agostinho Neto, assim denomina-da em homenagem ao presidente, quefora medico, o Dr. Agostinho. A festi-vidade de dois anos de funcionamentoda maternidade contou com váriasapresentações teatrais escritas pelas

Crônicas de Além-Mar

Espiritismo na África

ELSA ROSSI, escritora e pales-trante espírita brasileira radicada emLondres, é 2ª Secretária do Conse-lho Espírita Internacional, diretorado Departamento de Unificaçãopara os Países da Europa, organis-mo do Conselho Espírita Internaci-onal, e atual presidente da BritishUnion of Spiritist Societies (BUSS).

alunas recém- alfabetizadas e drama-tizadas por elas mesmas, sempre colo-cando passagens do Evangelho na vidadiária do povo. Essas alunas, cincomeses atrás, eram totalmente analfa-betas. Na Casa do Caminho, todos osfuncionários e voluntários, sem exce-ção, frequentam os estudos espíritasoferecidos em vários dias da semana.

Também participamos no lança-mento da pedra fundamental da quadraesportiva que o governo de Angolaconstruirá em breve nessa grande área.A proposta é trazer o jovem e a criançapara a alfabetização, para a escola, eoferecer-lhe o esporte, mantendo-os,assim, ocupados e com condições de semelhorarem para o futuro.

A recepção do hospital mantém

permanentemente televisores ligados,com o que o paciente, enquanto perma-nece na sala de espera, pode ouvir pa-lestras de Divaldo Franco e RaulTeixeira, fazendo com que o ambienteesteja sempre favorável ao bem-estarespiritual, beneficiando o atendimentoao corpo físico. A maternidade, a ala dassenhoras, dos homens, ambulatório,enfim, todo o atendimento é gratuito.Em uma placa grande pode-se ler: “Éproibido pagar pelo atendimento”.

Como nos faz bem poder visitar tra-balhos como esse de Amélia em Luan-da, Angola, nos mesmos moldes do rea-lizado pela Mansão do Caminho. Pro-vavelmente em outras cidades do Brasile em alguns países da América Latinaexistam também outros locais que este-jam colocando em prática os ensinos deJesus, atendendo os carentes com amor.

Amélia aproveitou e nos levou aconhecer o trabalho que todos os sába-dos realizam, levando viveres, materi-al utilitário, roupas, comida, leite etc.para os irmãos hansenianos doLeprosário da Funda. Uma situação iné-dita: todos os dias são distribuídos 3.000sopas e 3.000 pães aos necessitados.

Acompanhada por Amélia e Trajano,pude visitar dois grupos espíritas em Lu-anda, levando a eles informações sobre otrabalho do Conselho Espírita Internaci-onal: o Grupo Espírita Fraternidade e Paz,dirigido por Pedro Aganian, e, na ultimanoite, o União Espiritual Cristã de Ango-la, dirigido por João M. P. Saraiva eAmélia Dalomba. Os dois grupos espíri-tas acima citados levam assistência a ins-tituições de outras religiões, com distri-buição de sopas e viveres aos carentes emhospitais e locais determinados.

Com o coração cheio de gratidão aDeus, retornamos a Londres para nos-sas tarefas diante de computador, compapéis por toda parte, mas temos a cer-teza de que reencontramos verdadeirosirmãos em Angola, como os temos en-contrado em outras terras de além-mar.

do e lembremo-nos de nossas obriga-ções fundamentais. A causa geral dosdesastres mediúnicos é a ausência danoção de responsabilidade e da recor-dação do dever a cumprir. (Telésforo,cap. 6, pág. 37)

22. Quando o Senhor vos enviavapossibilidades materiais para o neces-sário, regressáveis à ambição desme-dida; ante o acréscimo de misericór-dia do labor intensificado, agarrastesa ideia da existência cômoda; junto àsexperiências afetivas, preferistes osdesvios sexuais; ao lado da família,voltastes à tirania doméstica, e aosinteresses da vida eterna sobrepusestesas sugestões inferiores da preguiça eda vaidade. Destes-vos, na maioria, àpalavra sem responsabilidade e à in-dagação sem discernimento, amonto-ando atividades inúteis. Como mé-diuns, muitos de vós preferíeis a in-consciência de vós mesmos; comodoutrinadores, formuláveis conceitospara exportação, jamais para uso pró-prio. (Telésforo, cap. 6, pág. 38)

23. Grandes massas batem às fon-tes do Espiritismo sagrado, tão só no

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O IMORTALOUTUBRO/2010 PÁGINA 13

“Encarnando, com o objetivode se aperfeiçoar, o Espírito,durante a infância, é maisacessível às impressões que

recebe, capazes de lhe auxilia-rem o adiantamento, para o quedevem contribuir os incumbidos

de educá-lo.” (O Livro dosEspíritos, questão 383.)

Kauan hoje tem 6 anos. Desdea mais tenra idade, ao começar acaminhar, tinha uma grande agita-ção. A mãe não dava conta dele,uma ansiedade! Quando começoua ir para a escolinha aos três anos,muitas dificuldades tinha essa mãecom ele, devido à inquietude. Ob-servávamos nele, no pouco conta-to, duas belas virtudes: uma inteli-gência muito grande, falava um

português corretíssimo, difícil dever numa criança da idade dele eaté mais velhas, da faixa social dele.

O mais comum, infelizmente,verificamos, são crianças de até dezanos frequentando escolas públicas,na faixa social do Kauan, já na sé-tima série do ensino fundamental,falando “nós vai”, “nós foi”, etc.,com uma dificuldade enorme de seexpressar, e os pais têm que falarpor elas. O Kauan não; ele falavapor si, num português que nos en-cantava.

Outra virtude do Kauan era oafeto. Muito carinhoso onde nosvisse, vinha correndo com os bra-ços abertos nos abraçar. Víamos seucarinho com a mãe. No meio da agi-tação ele sempre vinha correndo ea abraçava ternamente, acariciando-lhe o rosto.

Começou o “pré”, nem cincoanos tinha, e veio a mãe aflita por-que os professores queriam que o

menino fosse para a neuropediatria,para tomar medicação, a famosaritalina que, infelizmente, está sen-do dada como água para as criançasdessa geração, mais da metade, pro-vavelmente, sem necessidade.

A mãe disse que a professoranão aguentava, porque ele termina-va a tarefa muito rápido e aí ficava“perturbando” a aula.

Isso mostrava a inteligência dacriança. Tolhê-la? Que despreparo!Pedimos à mãe que conversassecom a professora – em vez de re-médio, que ela aumentasse a quan-tidade de atividades dele, já que eleacabava primeiro do que os outros.A professora assim o fez.

Pedimos à mãe que conversassecom o Kauan durante o sono, orien-tando-o, dizendo-lhe que ele conse-guia ficar tranquilo, sereno, sempre.A mãe tinha até medo de ter outrofilho, mas essa mãe foi sendo vito-riosa, amando esse menino e insis-tindo na educação, na disciplina.

Hoje tem 6 anos o Kauan, tãogrande e inteligente que esquece-mos que tem 6 anos, parece ter dez.

Nós dizemos a ele: “Kauan,você é muito inteligente!” e ele res-ponde imediatamente: “Sou, sim.”

Agora, finalmente, ele tem umirmãozinho, com cerca de quatromeses. Cuida tanto do irmão, pare-ce o pai do menino! É bom a mãetrazê-los juntos, o carinho dele como irmão... Hoje, tranquilíssimo, semagitação nenhuma.

A mãe esteve com eles essesdias conosco e ela comentou quan-to o Kauan ficou tranquilo após onascimento do irmão.

Aproveitamos o ensejo em quea reencarnação está sendo muitocomentada este ano na mídia, nocinema, nas novelas etc., devido aocentenário de Chico Xavier, e dis-semos à mãe: “Vai ver que oMateus (o bebê), antes de reencar-nar, ficava junto com o Kauan, es-piritualmente, brincando e o dei-xando agitado. Agora reencarnou,e o Kauan sossegou!”

“Sabe que a senhora tem ra-zão!”, disse a mãe. “Ele, agora queo Mateus nasceu, esse amiguinhosumiu, nunca mais ele falou doamiguinho imaginário, mas quan-do o Mateus acorda ele já procurao Kauan com os olhos e fica muitocalmo quando ouve a voz do ir-mão.”

Ao vermos o carinho e o cuida-do de Kauan com o Mateus, nós lhedissemos: “Você cuida muito bem

do seu irmãozinho, muito bem!” Eele, com 6 anos, responde: “Cuidocom a minha vida – dou minha vidapor ele, se precisar!”

Que beleza, como diria o nossoamigo, o “gigante deitado”, Jerô-nimo Mendonça: “Que beleza!”

Sem desmerecer ninguém, a“escolhinha” queria “tranquilizar”essa criança com ritalina!...

Estamos vendo isso todo dia.Mães chegando com os filhos di-zendo que são agitados, que preci-sam de “calmante”, que a escolapede, que eles não aguentam, queas crianças não obedecem e vemoso contrário do que dizem, as crian-ças sentadas tranquilas, fazendotudo o que nós pedimos, colaboran-do em tudo conosco, atendendo-nosem tudo... Há que pensar! Temosum atendimento excelente na áreada psicologia infantil em nossa ci-dade pelo sistema do CAPS (Cen-tro de Atendimento de Psicologiada Infância). Eles começam a aten-der as crianças a partir dos quatroanos. Mas agitação, “hiperativida-de”, só a partir de sete anos, pois acriança é naturalmente agitada, temmuita energia até os sete. Temosvisto pais chegando querendo tra-tar as crianças de dois, três, quatro,cinco anos com “calmantes”, semnecessidade. É questão de paciên-cia, educação, amor, limites...

O Kauan era mesmo uma cri-ança agitada, mas a mãe nos ouviue ele hoje está muito bem, sem nun-ca ter tomado medicação.

Temos conversado com as psi-cólogas que avaliam as crianças. Amaioria dos casos é falta de limi-tes, falta de disciplina, falta deamor. Problemas com a família e aescola e não com a criança.

Para ilustrar um pouco mais,esta semana também atendemosoutra criança para a qual a avó que-ria um neuropediatra para dar re-médio porque não parava (Coitadosdos neuropediatras!). Um meninode quatro anos!

O menino “quietinho”, “bonzi-nho”, nos atendendo em tudo! E aavó dizendo que estava irritado,agressivo, nervoso, desobediente...

Mas o que aconteceu, “por trásdesse sofrimento”? O pai abando-nou, a mãe é ausente, está por con-ta da avó – a mãe mora junto, mastrabalha fora o tempo todo e, quan-do tem tempo livre, sai com as ami-gas e não dá afeto ao menino – e amãe, sem maturidade espiritual, játem 29 anos de idade física! O me-

Amor e educaçãoJANE MARTINS VILELA

[email protected] Cambé

nino ainda viu o tio ser preso pelapolícia...

Há motivos para estar agitado,nervoso. Há que amar, há que edu-car, amor tudo resolve. O meninoestava uma paz, nada de hiperati-vidade e querem remédio, que émais cômodo do que agir educan-do.

Como diz Santo Agostinho, em“O Evangelho segundo o Espiritis-mo”, “... Ó espíritas! Compreendeihoje o grande papel da humanida-de; compreendei que quandoproduzis um corpo a alma que nelese encarna vem do espaço para pro-gredir; sabei vossos deveres ecolocai todo o vosso amor em apro-ximar essa alma de Deus; é a mis-são que vos está confiada e da qualrecebereis a recompensa se acumprirdes fielmente. Vossos cui-dados, a educação que lhe derdes,ajudarão seu aperfeiçoamento e seubem-estar futuro. Pensai que a cadapai e a cada mãe Deus perguntará:‘Que fizeste do filho confiado àvossa guarda?’... Desde o berço, acriança manifesta os instintos bonsou maus que traz da sua existênciaanterior; é a estudá-los que é pre-ciso se aplicar, todos os males temseu princípio no egoísmo e no or-gulho; espreitai, pois, os menoressinais que revelem os germens des-ses vícios, e empenhai-vos emcombatê-los sem esperar que lan-cem raízes profundas; fazei comoo bom jardineiro, que arranca osmaus brotos à medida que os vêdespontar sobre a árvore...”

Vamos amar muito as nossascrianças, vamos educá-las desde oberço como nos é pedido e muitosmales serão evitados. Remédio, sóquando realmente necessário!

Eduquemos para termos umageração futura melhor, comafetividade, honra, caráter nobre, ohomem de bem do evangelho.

Não confundir instrução comeducação!

Instrução sem amor, inteligênciasem amor, pode gerar destruição.

O amor está sempre à frente.Educação é possível em quem nãotem instrução, vem da família, a fa-mília precisa conscientizar-se do quedisse Santo Agostinho e cuidar desuas crianças, os Espíritos quereencarnam na terra, muito inteligen-tes atualmente, muito necessitados deaprender a amar e vencer o orgulho,desenvolvendo a humildade.

Amor e educação – uma medi-cação necessária para todos.

Histórias quenos ensinam

Dra. Marlene Nobre, através dolivro “Lições de Sabedoria”, edita-do pela Folha Espírita, de São Pau-lo, que trata de momentos da vida deChico Xavier, narra uma interessan-te história de reencarnação e de amoratestado pelo médium mineiro.

Um rico fazendeiro, criador degado no estado do Pará, tinha umafilha de 21 anos, que se apaixonoupelo filho de seu vizinho de terras,de quem era inimigo mortal.

Esse senhor ameaçou deserdá-la, chegando mesmo a deixá-la pordez dias a pão e água no porão dafazenda, mais tarde enviando-apara São Luís do Maranhão, comointerna em um colégio de freiras,sem que isso em nada modificas-se a ligação entre os dois.

Passados alguns dias, o rapaz foimorto em uma emboscada promo-vida por dois pistoleiros, sem que apolícia descobrisse o mandante.

Após a morte do jovem, amoça entrou em profunda depres-são, chegando quase à loucura,tendo ficado internada em hospi-tal psiquiátrico por aproximada-mente seis meses.

JOSÉ ANTÔNIOV. DE PAULA

[email protected] Cambé

Um dia, sob forte insistência dopai, concorda em casar com umjovem filho de outro fazendeiro,amigo da família. Onze mesesapós, nasce um forte menino que,com apenas um mês de vida, jádemonstrava estranha alergia quan-do na presença do avô, que serejubilava com a chegada do neto.

Por mais ou menos três anos,especialistas cuidaram da criança,sem chegarem a um resultadosatisfatório.

Aproximadamente no ano de1981, a irmã do fazendeiro, umaprofessora paraense, procura Chico,em Uberaba, para buscar orientaçãosobre o estranho fenômeno.

Relata Marlene Nobre que, aoser abordado sobre o assunto, as-sim Chico respondeu: “Infeliz-mente, agora há pouco o que fa-zer. Estão me dizendo aqui que oEspírito dessa criança é o do pró-prio rapaz que foi morto. A pai-xão de ambos não se findou coma morte dele. Não tendo podidoentrar em sua família pela portado matrimônio, voltou aos braçosde sua amada por via da reencar-nação”.

Em outras palavras, mesmocontra a vontade do rico fazendei-ro, o jovem, que fora filho do vi-zinho inimigo, herdará suas terras.

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O IMORTALPÁGINA 14 OUTUBRO/2010

O presente de CláudiaCláudia estava bastante preocupada.O Dia das Crianças estava chegan-

do e ela pensava o que pediria de pre-sente aos seus pais. Voltando da esco-la para casa, Cláudia passou por umaloja e viu um lindo vestido na vitrine.Parecia feito para ela!

Chegando a casa, largou a mochi-la e correu para a cozinha onde a mãeestava terminando o almoço.

A menina estava indo muito malem matemática, e a mãe sabia disso,lembrando-a que precisava estudarmais para melhorar sua nota. Então,Cláudia resolveu agir como sempre:

— Mamãe, se eu tirar nota boa naprova de matemática, você me dá umvestido como presente no Dia das Cri-anças? Agora, ao voltar para casa, vium lindo numa loja! Deve ser caro,mas vale a pena!

Dona Marieta, que estava cansa-da das exigências da filha, respondeu:

— Vou pensar no assunto,Claudinha.

— Vai pensar? Pensar por quê,mamãe? Se eu me sair bem na provatenho direito de pedir o vestido! Sem-pre foi assim!...

O pior é que era verdade. A mãesabia que a filha tinha razão.

Afinal, fora ela que acostumara

Iniciava-se o século XIX e um so-pro de paz invadia os corações cansa-dos de desentendimentos e de guerras.

Era uma época de grandes transforma-

ções e notáveis conquistas. A Ciência avan-

çava com passos de gigante.

Entre elas, a invenção da impren-sa, por Gutenberg, permitiu a existên-cia de jornais e de revistas, que leva-vam informações para as pessoas, bemcomo de bibliotecas circulantes.

As comunicações fi-caram grandemente faci-litadas com o telégrafo, eas ferrovias estabelece-ram intercâmbio diretoentre os povos. Mais tar-de, surgiram o telefone eo fonógrafo (tipo de apa-relho de som antigo). A li-teratura, a música, a pin-tura, as artes de um modogeral cresceram e se ele-varam para o Alto.

Pois foi exatamente nesse séculode conquistas notáveis, a gerar otimis-mo e bem-estar nas pessoas, quandouma onda de luzes verte sobre a Terra,que nasceu o pequeno Hippolyte LéonDenizard Rivail.

Era o momento de cumprir-se apromessa que Jesus havia feito: man-dar o “Consolador” para ajudar a todaa humanidade, relembrando tudo o queele havia dito (que os homens esque-ceram) e ensinar muito mais.

Assim, veio ao mundo aquele que

Salve Allan Kardec!

mal sua filha, ainda pequena. Quandosaía na rua, não voltava para casa semtrazer algum presentinho, balas, do-ces ou chocolates. A menina ia cres-cendo, e ela sempre dizia:

— Claudinha, se você estudar, eulhe dou um presente!

Assim, a garota acostumara-se a nadafazer sem receber algo em troca, fosseatender um pedido da mãe, tomar banho,fazer os deveres da escola ou estudar.Agora, já com onze anos, sentia-se nodireito de exigir o que desejava.

Dona Marieta, intimamente, reco-nhecia que agira errado e que teria deconsertar o que fizera. Mas, como?...

Pensou bastante e orou a Jesus pe-dindo ajuda para saber que atitude tomar.

Como nenhuma ideia luminosa sur-gisse em sua mente, Dona Marieta en-tendeu que a responsabilidade era sua eque ela precisava enfrentar a verdade.

Pensou bem e tomou uma decisão.No dia seguinte, Dona Marieta nãoacordou a filha para ir à escola. Quan-do abriu os olhos e olhou no relógio,a garota viu que estava atrasada. Ves-tiu-se rapidamente e correu ao quarto

viria a ser o grande Codificador daDoutrina Espírita, e que ficaria mun-dialmente conhecido como Allan Kar-dec: Hippolyte Léon Denizard Rivail,nascido em Lyon, na França, no dia 3de outubro de 1804, de uma antiga fa-mília de magistrados.

Deve ter sido uma criança comoqualquer outra, gostando de correr ede brincar. Porém, era dotado de umainteligência notável e, desde pequeno,

queria ser professor.Com certeza, em vir-

tude do compromissoque assumira ainda nomundo espiritual, intima-mente sentia necessidadede preparar-se para rea-lizar sua missão.

Por isso, aproveitoutodas as oportunidadespara aprender. Na épocapropícia, seu pai o mandou

para Yverdum, na Suíça, onde estudouna Escola de Pestalozzi, que era um cé-lebre educador. Dotado de condiçõesespeciais, desde a idade de quatorze anosensinava o que sabia aos seus colegasque tinham aprendido menos do que ele.

Foi nessa escola que se preparou eamadureceu para, mais tarde, transfor-mar-se no grande Codificador da Dou-trina Espírita.

Salve, Allan Kardec!Receba nossa gratidão e votos de

Felicidades pela passagem de mais umaniversário!

da mãe, que ainda estava deitada.— Mamãe, por que não me acor-

dou hoje?— Eu estava cansada. Além dis-

so, você tem despertador e tem idadesuficiente para acordar sem que eu achame, minha filha.

Cláudia estranhou a resposta, mas,como estava com pressa, correu até acozinha para tomar o café da manhã.Ao ver que a mesa não estava posta,voltou ao quarto da mãe.

— Mamãe, o que está acontecendo?Você não me chamou hoje e não prepa-rou o café da manhã! Está doente?

Tranquilamente, a mãe respondeu:— Não, minha filha. Estou muito

bem. Apenas cansei de fazer tudo semreceber nada em troca.

— Como assim, mamãe? — re-trucou a menina, surpresa.

— É simples! Sempre que faz al-guma coisa, você se acha no direitode cobrar, não é? Então, cansei de fa-zer tudo de graça.

— Mas, você é a mãe, tem a obri-gação de trabalhar!

— Eu não penso assim. Tudo oque tenho feito é com muito amor, semesperar nada de ninguém. Mas, na ver-dade, somos três a morar nesta casa ecreio que todos devem ter suas obri-gações. Seu pai trabalha para mantera família. Eu cuido da casa, da limpe-za, das roupas, da comida e faço ascompras. E você?

— Eu vou à escola, ora essa!— É verdade, minha filha. Mas sen-

te-se no direito de cobrar por uma obri-gação que é só sua! Estudar, tirar boasnotas e ser aprovada no final do ano, édever seu e de ninguém mais; assimcomo arrumar sua cama, guardar as rou-pas, recolher seus brinquedos, etc.

Claudinha pensou bem, pela pri-meira vez analisando a situação comoera realmente.

— Minha filha, todas as pessoastêm direitos e deveres, em partes iguais,e ficamos responsáveis por tudo o quefazemos de bom e de ruim. É lei daNatureza: colhemos o que plantamos.Então, depende de cada qual o que de-seja colher no futuro. Entendeu?

— Entendi, mamãe. Quer dizerque não vou ganhar o vestido.

A mãe sorriu e esclareceu, com-preensiva:

— Eu não disse isso, filha. A pro-pósito, você sabe o que é “presente”?

— Claro que sei, mamãe! É algoque damos a alguém que amamos,com carinho, para agradar!

— Exatamente, filha. Então, não

podemos exigir um “presente” a al-guém. Quanto ao seu vestido, vere-mos. É bastante caro e não sei se tere-mos condição de comprá-lo agora.Cumpra seus deveres e depois volta-remos a conversar sobre o assunto.

Desse dia em diante, a mãe nãoprecisou mais chamar Cláudia paraestudar nem para fazer as tarefas.Como resultado, as notas melhoraram,mas ainda estavam baixas.

Era véspera do Dia das Crianças.Desconsolada, intimamente a meninapensava que não iria ganhar o vestidoque tanto desejava.

No dia seguinte, a mãe acordou-acedo:

— Feliz Dia das Crianças,Claudinha! Levante-se, vamos fazerum passeio!

Encantada com a ideia, a garota le-vantou-se, rápido. O pai, a mãe e elaforam a um grande e belo parque, brin-caram bastante, comeram sanduíche,pipocas, tomaram sorvete, passearam de

trenzinho, de pedalinho e muito mais.No final da tarde, quando

retornaram, Cláudia estava feliz.— Obrigada, mamãe e papai, pelo

lindo dia! Não ganhei o vestido quetanto queria, mas não me importo mes-mo, porque o dia foi ótimo!

— Está vendo, minha filha? Ago-ra, não temos dinheiro para compraraquele vestido, mas quem sabe no seuaniversário, que está próximo? Porém,uma coisa é certa: nossa felicidade nãodepende daquilo que temos, mas decomo encaramos a vida.

A menina deu um grande abraçona mãezinha e concordou:

— Tem razão, mamãe. Mas não sepreocupe. Recebi presente muito mai-or: este passeio lindo e o amor devocês! Obrigada.

Meimei

(Página recebida por Célia X.de Camargo em 27/09/2010.)

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O IMORTALOUTUBRO/2010 PÁGINA 15

Sofrimento regenerador

Na questão 167 de O Livrodos Espíritos, Kardec indaga osinstrutores espirituais: “Qual a fi-nalidade da reencarnação?” Res-ponderam eles: “Expiação, me-lhoramento progressivo da huma-nidade. Sem isto, onde estaria ajustiça?”

É corriqueiro constatar mui-tos espíritas afirmarem que épreciso sofrer para pagar dívi-das do passado. Afirmam que,fazendo alguém sofrer numaexistência, volta-se na próximasofrendo o mesmo mal, para suaquitação.

Até alguns expositores espíri-tas, em palestras, costumam afir-mar a mesma coisa, como se issotivesse fundamento no Espiritis-mo. Afirmam que a finalidade dareencarnação é “pagar dívida”,“resgatar crimes”.

Entretanto, o que aprendemosno Espiritismo é que o mal prati-cado precisa ser ressarcido, nãocomo castigo, mas como aprendi-zado e correção para colaborarcom a nossa evolução espiritual.Mesmo que o ofendido tenha per-doado, um dia o ofensor sentiránecessidade de reparar o mal, pas-sando por sofrimento idêntico aopor ele praticado, para alívio de suaconsciência.

Para que o culpado sinta estanecessidade, é preciso que tomeconsciência da sua culpa, reconhe-

ÉDO [email protected]

De Matão

ça seu erro e arrependa-se. Deus,na sua infinita misericórdia, aguar-da o momento mais convenientepara que ele possa assumir a pro-va, pois só assim, quando fortale-cido, terá melhores condições pararealizar conscientemente o reparoda falta e usufruir da tranquilidadenecessária ao seu bem-estar e feli-cidade futura.

Portanto, o sofrimento não éimposto ao Espírito por castigo di-vino. Ele faz parte da Lei de Açãoe Reação; de Causa e Efeito; dePlantação e Colheita.

Na questão 1000 de O Livrodos Espíritos, Kardec faz o seguin-te questionamento: “Já desde estavida poderemos ir resgatando asnossas faltas?” Resposta: “Sim, re-parando-as. Mas, não creiais queas resgateis mediante algumas pri-vações pueris, ou distribuindo emesmolas o que possuirdes (...). Sópor meio do bem se repara o mal ea reparação nenhum mérito apre-senta se não atinge o homem noseu orgulho, nem nos seus interes-ses materiais”.

Contrariando ensinamentoscoerentes da doutrina espírita,muitos companheiros afirmamque é necessário tolerar com re-signação todas as provas e, as-sim entendendo, se curvam di-ante de uma passividade de con-formação e de improdutividade,deixando de cumprir as propos-tas reencarnatórias dereformulação de atitudes corajo-sas, alterando o seu “carma”pela ação do merecimento pró-

como recomendou Jesus. Mesmoque apenas uma das partes enten-da a razão das desavenças, já émotivo suficiente para reconhecerque a Lei de Causa e Efeito estápresente e assim lutar com todasas forças para salvar a oportuni-dade de solver seus problemas,perdoando e amando a outra. Se-paração entre os cônjuges, queconhecem os ensinamentos dou-trinários, só mesmo quando osconflitos perigarem atritos maio-res, complicando ainda mais o fu-turo de ambos.

Neste sentido atentamos paraas luzes que o Espírito Emmanu-el nos traz em seu livro Leis deAmor. Inquiriram-no na questão11: “O que foi em vida passada omarido desleal?” Resposta: “Omarido desleal, em muitas cir-cunstâncias, é o mesmo esposo dopretérito, que precipitamos na de-serção, com os próprios exemplosmenos felizes”. E na seguinte: “Ea esposa desorientada?”. “A com-panheira desorientada que nosamarga o sentimento é a mulherque menosprezamos em outra

época, obrigando-a a resvalar nopoço da loucura.”

Ambas as respostas são bastan-te evidentes para nos alertar sobreo engano das separações,prorrogativas de débitos vencidosque, no futuro, para a felicidadedos participantes deverão ser res-gatados, muitas vezes em situaçõesmais difíceis.

Especialmente os Espíritasdevem se conscientizar de que afinalidade do sofrimento é a deaprender que “só por meio dobem se repara o mal e a repara-ção nenhum mérito apresenta, senão atingir o homem no seu or-gulho, nem nos seus interessesmateriais”, conforme nos ensi-nam os amigos espirituais naquestão 1000 de “O Livro dosEspíritos”.

Assim procedendo estaremosusando o sofrimento regeneradorcomo oportunidade de acerto donosso passado delituoso.

Pensemos nisso, aproveitemosa benfeitora oportunidade que anossa nova reencarnação está nosproporcionando.

prio no trabalho da busca de re-cursos morais para a construçãoda própria felicidade.

Segundo se entende dos ensi-namentos espíritas, a dor não é fon-te de salvação como muitos equi-vocadamente aceitam. Ela, segun-do Emmanuel, é a “pedagogia di-vina” que nos ensina a aproveitá-la, pois ela é que ensina a reconhe-cer e entender a sua ação benéficailuminando os caminhos da evolu-ção espiritual.

Portanto, se nos encontramosao lado dessa ou daquela pessoapor união conjugal e não nos sen-timos felizes, não será a separaçãoque irá fazer a nossa felicidade. Énecessário refletir sobre a máximaespírita: “não há efeito sem cau-sa”. Se a Lei nos reuniu nesta exis-tência, provavelmente é para efei-to de reconciliação; é para se apa-rar as arestas por nós mesmos cri-adas. Como não pode existir pazentre adversários, é fácil para osespíritas entenderem que a Lei nosuniu para desfazer animosidades,reconciliando com o nosso próxi-mo, enquanto a caminho com ele,

Divaldo responde– Descreva alguma visão

interexistente que captou noscontatos que teve com ChicoXavier, seja em trabalho conjun-to, seja quando estiveram apenasconversando, a sós ou na presen-ça de outras pessoas.

Divaldo Franco: Muitas ve-zes, ao lado do Chico, em transepela psicografia, vi-o esvanecer-se e iluminar-se, agigantando-see passando a integrar a corte dosBenfeitores Espirituais, que nos

Extraído de entrevista publicada no Jornal Espírita de setembrode 1992.

traziam suas mensagens repassa-das de beleza e vida. Noutras ve-zes, quando em transe psicofôni-co, nas sessões mediúnicas de de-sobsessão, que realizava emUberaba, igualmente vi-o deslo-car-se do corpo físico, como seestivesse desencarnado, colabo-rando em atividades socorristas...São tão inumeráveis as facetaspsíquicas e grandiosas do queri-do médium-benfeitor, que não meatreveria a alongar relatos em tor-no dele.

Canção do retorno

Pelos caminhos do mundo

Andei, andei sem parar,

Viajei longas ausências,

Longas ausências do lar.

Peregrino sonhador,

Caminhando noite e dia,

Passei por muitos cansaços,

Sujeitando a mente e os braços

A mil testes de energia.

Corria em busca da sorte,

Mas corria qual menino,

Que não crê, não crê na morte,

E que pensa, simplesmente,

Que viver eternamente

É seu direito e destino...

O sol para mim, o sol

Era sempre sol nascente.

E eu gastando as horas

E os dias todos dos anos,

José Soares Cardoso

Que não me sobrava tempo

De pensar nos desenganos

Nem nas sombras do poente...

Quantas vezes, quantas vezes!

Avisos eu recebia,

Avisos graves da vida,

Porém a mente entretida

Com tantos, tantos problemas,

Deles não se apercebia.

Mas um dia, há sempre um dia...

Fui obrigado a parar,

Não para ver as estrelas,

Que há muito tempo eu não via,

Por não ter tempo de vê-las,

Mas parei para pensar...

E pensando transportei-me

Ao mundo vago do sonho

Onde vi, tristes, saudosos,

Meus filhinhos, cinco estrelas,

De ternura e de inocência,

Como a pedir com insistência

Que seu papai fosse vê-las.

Também havia outra estrela

Que estava um tanto apagada

Pela sombra da saudade,

Que, por certo, a torturava.

Essa estrela, a esposa amada,

Recobrava a vida e o brilho,

Ao me ver, qual fosse um filho

Que ela, ansiosa, esperava...

Ao despertar descobri

Que embora a adversidade

Das horas tempestuosas

E dos imensos cansaços,

Eu sou feliz porque tenho

Seis criaturas amadas,

Seis estrelas luminosas

Que conduzo entre meus

braços!

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O IMORTALPÁGINA 16

O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITARUA PARÁ, 292, CAIXA POSTAL 63CEP 86.180-970TELEFONE: (043) 3254-3261 - CAMBÉ - PR

Maria Lúcia Resende DiasFaria (foto) nasceu em Divisa, hojeDores do Rio Preto, e reside emVila Velha, Espírito Santo. Espíritahá 40 anos, exerce pela segunda vezo mandato de presidente da Fede-ração Espírita do Estado do Espíri-to Santo. Na presente entrevista elafala sobre as atividades realizadaspela Federação que preside, cujo di-namismo o leitor pode aferir pelasrespostas que a compõem.

– Situe o perfil do movimen-to espírita no Espírito Santo.Quantas instituições são adesasà Federação?

O movimento espírita no Es-tado está crescendo a passos lar-gos e tendo como base o manualda FEB “Orientação ao CentroEspírita”. Temos 94 casas espíri-tas adesas e 18 em processo deadesão, distribuídas por 44 mu-nicípios, e nossa meta é a implan-tação de uma casa espírita emcada município. Na Grande Vitó-ria são 54 casas adesas e 15 emprocesso de adesão.

– Fale-nos sobre seu Estadoe suas principais atividades eco-nômicas.

O Espírito Santo é o menor(mas certamente um dos mais aco-lhedores) Estado da região sudes-te do Brasil. Sua gente caracteri-za-se pelo bom coração e pelaafetividade. Possui 78 municípiose uma população em torno de 3,4milhões. Sua economia baseia-sena agricultura e pecuária (café,milho, feijão, banana, rebanho bo-vino, suíno e de aves); na indús-tria – com destaque para a indús-tria alimentícia, metalúrgica, quí-mica e de mineração. É tambémum estado que se notabiliza pelas

ORSON PETER [email protected]

De Matão, SP

OUTUBRO/2010

“Nossa maior conquista será alcançada quando nostornarmos verdadeiros espíritas”

A presidente da Federação Espírita do Espírito Santo fala sobre omovimento espírita em seu Estado, seus desafios e suas conquistas

reservas de petró-leo, gás natural ecalcário, além depossuir um dosmaiores comple-xos portuários daAmérica Latina.

– Como é ad-ministrar a Fe-deração Espíritado Estado? Equais os princi-pais desafios?

Estar à frenteda instituição fe-derativa capixabaé uma honra, umaalegria, muito tra-balho e uma imen-sa responsabilidade. Ressaltamosque o trabalho é extremamente gra-tificante e que é feito com muito ca-rinho e dedicação, não só por mim,mas por toda a equipe que compõe adiretoria e que se tem mostrado de-votada e unida em torno do ideal es-pírita. Os desafios são aqueles quegiram em torno das nossas dificul-dades e limitações pessoais, na con-dição de Espíritos em processoevolutivo em que ainda nos situa-mos. A principal conquista foi o for-talecimento do movimento federa-tivo, através da consolidação dosCRE’s (Conselhos Regionais Espí-ritas), da atuação da FEEES juntodas instituições através de seus De-partamentos e, também, da FEEESse fazendo presente no âmbito da so-ciedade e das organizações sociais.

– Quais os eventos mais im-portantes realizados pela Fede-ração ao longo do ano?

São muitos e diversificados oseventos por nós realizados. Anual-mente temos os Encontros de Traba-lhadores Espíritas, por região; o En-contro de Presidentes das Casas Es-píritas; Encontros Estaduais por Áre-as Estratégicas; atividade comemo-

rativa do Dia Estadual da Confrater-nização Espírita (dia 03/08) quandoocorre uma solenidade na AssembleiaLegislativa Estadual. De dois em doisanos é realizado o Congresso Espíri-ta Estadual. Além desses eventos quecompõem o calendário anual daFEEES, atendemos os pedidos quenos chegam das instituições queobjetivam a melhor capacitação dotrabalho e do trabalhador espírita.

– Em sua participação comorepresentante da federativa noConselho Federativo Nacional,como V. percebe a interação doBrasil espírita, considerando suaexperiência no Estado e os esfor-ços conjugados entre as federa-tivas?

A percepção é a de que a cadadia a interação do Brasil espírita sefortifica e os laços entre os espíritase as instituições se estreitam, aindaque vivamos num país de dimensãocontinental. Os meios eletrônicosque possibilitam mais velocidade noprocesso de comunicação têm sidoferramentas aliadas nesse processo.E isso é importante e fundamental,notadamente neste momento em queos espíritas e o movimento espírita

rompem as fron-teiras do solo bra-sileiro e voltam-separa seus irmãos eirmãs de outrospaíses e continen-tes, levando a ex-periência davivência espíritabrasileira que é tãorespeitada. E esteé, sem dúvida, opapel da pátria doEvangelho.

– Em suaopinião, quaissão as maioresdificuldades domovimento espí-

rita na atualidade? As dificuldades do movimen-

to espírita repousam nas limitaçõespessoais (conforme já dissemos an-teriormente) que ainda trazemosem nós. Não devemos nos esque-cer de que a Doutrina trazida pe-los Amigos Espirituais Superioresé edificação sólida capaz de nosapoiar nos momentos mais difíceisda caminhada, mas que o movi-mento espírita é de responsabilida-de de homens e mulheres que sedebatem, ainda, com limitaçõespessoais, emocionais, temporais eintelectuais e tantas outras, masque certamente estão buscando re-alizar o melhor que podem paralevarem adiante a bandeira deIsmael – Deus, Cristo e Caridade.

– Quais as maiores alegriasou conquistas?

A maior alegria – sem dúvidaalguma – é aquela que cada traba-lhador ou trabalhadora espírita sen-te quando percebe que conseguiu au-xiliar algum irmão de caminhada. Équando a mensagem de esperança,que só a Doutrina Espírita é capazde nos proporcionar, acalma cora-ções inquietos ou amedrontados pelo

amanhã. É quando a compreensãode Deus e suas leis atinge mentese possibilita a compreensão daexistência e todas as aparentes di-vergências e desigualdades que de-paramos ao longo dela. E a maiorconquista será alcançada quandoformos capazes de nos tornarmosverdadeiros espíritas.

– Todos temos assistido aosesforços da Federação Espíri-ta Brasileira e do Conselho Fe-derativo Nacional para a cor-reta divulgação espírita, paraa reunião dos trabalhadores es-píritas, e para que colhamos,coletivamente, os frutos da ex-traordinária Doutrina Espíri-ta. Por outro lado, a traduçãode obras pelo CEI, as viagensinternacionais de Divaldo eRaul, os esforços internos nopaís por tantos idealistas e, cla-ro, também a presença dos Es-píritos benfeitores nessas ações.Qual o ponto mais marcantedisso tudo, em sua visão?

É realmente extraordinário edigno de nossa admiração o es-forço dos trabalhadores encarna-dos e dos Espíritos benfeitoresneste trabalho de divulgação dadoutrina espírita. O que maischama atenção é que, à medidaque o pensamento espírita vaiavançando pelo planeta, maisclaro se torna que os princípiosfundamentais desta doutrina deluz e amor encontravam-se, aoque parece, em estado latente noscorações e mentes das criaturas,necessitando somente de um so-pro que possibilitasse que o véuse levantasse. E esses abnegadosirmãos e irmãs não se têm furta-do, muitas vezes em detrimentode questões pessoais, em levaresse sopro renovador de compre-ensão da mensagem cristã. (Con-tinua na pág. 10 desta edição.)

Entrevista: Maria Lúcia Resende Dias Faria

Maria Lúcia Resende Dias Faria