agora é...A Revista do IBGEagora é...A Revista do IBGE

Pins: recebendo os novos servidores

Cooperação internacional: intercâmbio de experiências

Inovações na amostra do Censo

nº 2 | abr -set 2012

Encontrode geraçõesO IBGE comemora 76 anos

Encontrode geraçõesO IBGE comemora 76 anos

IBGE: 76 anos e muitos motivos para comemorar.

Parabéns a todos os profissionais

que trabalharam e trabalham

construindo essa história.

nº 2 | abr-set 2012

Publicação do Instituto Brasileiro de Geogra� a e Estatística - IBGE, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Governo Federal.

Centro de Documentação e Disseminação de Informações - CDDI

Coordenação de MarketingRua General Canabarro, 706 - 3º andarMaracanã - Rio de Janeiro - RJ - 20271-205Tel.: (21) 2142-0123 ramais 3597 / 3547

Coordenação de MarketingDanielle Macedo

Editora-executivaAgláia Tavares (MTB. Nº 18 033)

Reportagem e EdiçãoCamila Ermida Pinto, Marcelo Benedicto Ferreira, Marília Loschi de Melo e Mario Grabois

Edição de imagensHelga Szpiz, Licia Rubinstein e Ubiratã O. dos Santos

Projeto Grá� coAlexandre Facuri

NESTA EDIÇÃO:

Editoração EletrônicaAlexandre Facuri

CapaAlexandre Facuri

Imagens da capaLicia Rubinstein e Acervo IBGE

Fotogra� as/ImagensÁlvaro Vasconcellos, Arquivo Público Mineiro, Licia Rubinstein, Patrick Clement, Rubens Theophilo, Sxc.hu, UNFPA Brasil, Unidades Estaduais do IBGE (CE, DF, PR, RO e RS), Unstats.un.org e Vanor Correia.

Infográ� cosMarcos Balster

ColaboradoresGDI da Diretoria de Geociências, Marco Santos, Rose Barros, Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA Brasil) e Unidades Estaduais do IBGE (CE, DF, PR, RO e RS)

Revisão de TextosGerência de Editoração: Kátia Vaz CavalcantiCopidesque e Revisão: Anna Maria dos Santos, Cristina R. C. de Carvalho e Kátia Domingos VieiraProdução Grá� ca: Evilmerodac Domingos Silva

Impressão Editora Grá� ca Formato 3 Ltda. – MECirculação IBGETiragem 20.000 exemplares

Permitida a reprodução das matérias e das ilustrações desta edição, desde que citada a fonte.

Fala, IBGE.

Agora, com o nome devidamente eleito pelos servidores, chegamos à terceira edição do nosso veículo interno de comunicação.

Certamente há muito para falar, para debater e, também, para ouvir. Nossa instituição vive um momento intenso de discussões, de mudanças, de aprimoramentos que buscamos no presente para nos permitir construir o futuro que sonhamos.

A revista procura acompanhar esse rico processo e em suas páginas temos um painel do que está acontecendo atualmente: a chegada e a adaptação dos novos funcionários, os trabalhos do Comitê de Política de Comunicação, os variados e diferentes desa� os enfrentados pelos ibgeanos no dia a dia de trabalho, entre tantos outros assuntos e preocupações.

Nossas expectativas são muitas e é bom que seja assim, porque sabemos que o IBGE aos 76 anos - reportagem em destaque nesta edição - é uma instituição que desempenha um papel de alta relevância para o desenvolvimento e a vida nacional. Nossa responsabilidade é grande.

Rea� rmo, no entanto, que o sucesso e as conquistas que podemos obter dependem, como sempre, da nossa capacidade de trabalhar e agir em conjunto, de modo coletivo e multidisciplinar, como já costumam ser as nossas atividades e práticas no instituto.

A todos, boa leitura!Saudações,

Wasmália BivarPresidenta do IBGE

Carta da Presidenta

6 Notas

9 Espaço do leitor

10 Concurso Nome da revista é escolhido.

12 Geociências Evento discute inovação geocientí� ca.

13 Pins A chegada dos novos servidores.

16 Capa Festejos por todo o país.

21 Internacional Cooperação técnica reúne INEs no IBGE.

24 Amostra Como representar o país.

26 Comunicação Em busca de uma política.

28 Nossa história O “G” mais o “E”.

30 Fotolegenda

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Sumário • abr-set 2012

Apresentamos o primeiro número da “Fala, IBGE”, a revista do IBGE, agora já devidamente batizada com o nome escolhido democraticamente pelos ibgeanos.

Nós vamos enfrentando os desa� os para retratar os assuntos e temas de interesse dos servidores, tentando uma linguagem que fale aos corações e mentes de cada um, e vamos, aos poucos, encontrando os “tons” e os “motes” mais adequados.

Nessa “Fala, IBGE” inaugural, trazemos na matéria de capa as comemorações dos 76 anos da instituição no clima do encontro de gerações e das perspectivas para os próximos anos. Nas outras matérias, apresentamos a chegada dos novos servidores e a realização do Pins e o andamento dos debates para a formulação de uma política de comunicação na casa. Assuntos que cuidam do presente e do futuro do IBGE.

Destacamos também matérias sobre o processo de escolha do nome da revista. Na sequência das divulgações do Censo 2010, trouxemos a Amostra do Censo e na área internacional, registramos como foi o encontro com a delegação de Angola e o seminário realizado no CDDI sobre Censo, além de continuarmos contando um pouco mais da vida do IBGE, na seção Nossa História.

A “Fala, IBGE” está sendo construída em um importante momento para a instituição. É nossa missão retratar e reportar toda essa diversidade de assuntos e interesses de todos nós.

Equipe de redação

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Carta da redaçãoabr-set 2012 •

Reunião de estatística da ONUO IBGE participou da 43ª Sessão da Comissão de Estatística da Organização das Nações Unidas, realizada no � nal de fevereiro, em Nova York, Estados Unidos, estando representado pela diretora de Pesquisas, Marcia Quintslr e pelo coordenador de Contas Nacionais, Roberto Olinto.

Além do IBGE, participam das sessões todos os Institutos O� ciais de Estatística dos Países membros das Nações Unidas que discutem temas surgidos das prioridades estabelecidas no âmbito do Conselho Econômico e Social – ECOSOC, das Nações Unidas e re� etem mensurações estatísticas associadas a políticas publicas e questões sociais, econômicas e ambientais, identi� cadas pelos governantes e sociedade como prioritárias.

Para Márcia, a participação do IBGE consolida sua posição de destaque na Comunidade Estatística Internacional. Posição, segundo ela, conquistada pela excelência de sua produção e pelo “fato de reunirmos estatísticas e geociências e pela destacada participação de nossos técnicos em muitos eventos internacionais”.

No fórum, foram tomadas resoluções para estabelecer normas e metodologias que garantam a comparabilidade internacional dos principais indicadores econômicos e sociais. E um importante projeto - “Estratégia Global para o Aprimoramento das Estatísticas Agropecuárias” – foi apresentado, tendo como suporte o Comitê Global de Governabilidade, que conta com a presidenta do IBGE como integrante. Márcia adiantou que o IBGE irá coordenar, no âmbito da América Latina, as ações para implantação desse projeto nos países da região.

Também foram dados os informes sobre o desenvolvimento de trabalhos sobre Estatísticas de Gênero; Grupo de Washington sobre Estatísticas de Pessoas com De� ciência; Estatísticas do comércio internacional de mercadorias; Estatísticas do comércio internacional de serviços; Estatísticas de � nanças; Programa Internacional de Comparação; Grupo de Ottawa sobre Índices de Preço, entre outros assuntos.

Márcia ressaltou que o IBGE foi convidado a participar como palestrante num seminário que aconteceu paralelamente à Conferência, intitulado “Contando 7 bilhões de pessoas – O futuro – dos Censos de População e Domicílios”.

“Nesse seminário, nosso censo foi citado inúmeras vezes pela inovação e operação bem-sucedida em que se constituiu. Foi emocionante representar esse trabalho de todos naquele fórum tão importante. Melhor ainda porque as discussões que suscitamos mostravam o alto interesse de todos em conhecer melhor nossa experiência. Todo o IBGE está de parabéns”.

E informou que a sessão da ONU aprovou um marco conceitual para as Contas Econômicas Ambientais. “Mais uma vez, como hóspedes da Rio+20 e participantes de fóruns de discussão sobre estatísticas ambientais, nossa posição de apoio a essa iniciativa fez a diferença”, � nalizou.

Loja Virtual passa por reformulação

Como parte do projeto de reformulação do portal do IBGE, a nova loja, no ar desde setembro de 2012, se adapta às atuais tendências de vendas pela Internet.

Alcides Alves Braga, gerente de projeto do Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI), lotado na Gerência de Comercialização (GECOM), lembra do início das vendas, que remontam ao ano 2000: “os pedidos de compra eram feitos por e-mail”. De lá pra cá, muita coisa mudou. Atualmente o usuário visualiza a possibilidade de download do produto pesquisado, além de ter sugestões de outros produtos relacionados com a sua pesquisa. “Agora o usuário tem mais informações para auxiliar na sua decisão de compra”, resume Alcides.

As melhorias não param por aí. Mais bandeiras de cartão de crédito sendo aceitas e inclusão da transferência bancária como mais uma forma de pagamento são outros exemplos. Internamente, as mudanças incluem a geração de bancos de dados e relatórios mais detalhados, indicadores de produtos pesquisados e possibilidade de venda casada, entre outros recursos do sistema.

Quer conferir como ficou a Loja do IBGE? Acesse http://loja.ibge.gov.br/

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6 Notas

No último dia 16 de maio entrou em vigor a Lei nº 12.527, com o objetivo de regulamentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas. A lei estabelece que a informação produzida pelo setor público deve estar disponível a quem este serve, ou seja, à sociedade, a menos que esta informação esteja expressamente protegida. Assim, qualquer cidadão pode agora solicitar acesso às informações públicas, ou seja, àquelas não classificadas como sigilosas.

Para garantir o acesso, a Lei, além de estipular procedimentos, normas e prazos, prevê a criação, em todos os órgãos e entidades do poder público, de um Serviço de Informações ao Cidadão (SIC). No IBGE, o serviço é disponibilizado por meio de atendimento presencial, internet, telefone e correspondência.

O IBGE constituiu um Grupo de Trabalho que estudou a adequação da instituição aos requisitos da nova lei. Foram trabalhados os princípios gerais da lei, sua regulamentação e as medidas adotadas no IBGE para seu cumprimento. Entre as medidas, estão a criação de um hotsite (www.ibge.gov.br/acesso) sobre a lei dentro do portal do IBGE e a organização de uma rotina de atendimento para as diversas áreas do instituto.

Para que todos os servidores do IBGE conhecessem as novas medidas, foi gravado um vídeo pela presidenta Wasmália Bivar e realizada uma apresentação do assessor da Diretoria de Informática, José Bevilaqua, e do gerente de Atendimento do Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI), Carlos Lessa.

Lei de Acesso à Informação já é realidade no IBGE

Serviço de Informações ao Cidadão (SIC)Atendimento presencialAv. Franklin Roosevelt, 166 – TérreoCEP: 20021-120 CentroRio de Janeiro/RJ

Segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h30.

Atendimento pela InternetRealizado diretamente no Sistema de Solicitação de Acesso à Informação do Poder Executivo Federal, no endereço www.acessoainformacao.gov.br

Atendimento por telefoneEsclarecimento de dúvidas ou informações adicionais através do número 0800-721-8181.

Atendimento por correspondênciaSolicitações de informações poderão ser encaminhadas pelos Correios para o endereço:

Instituto Brasileiro de Geogra� a e Estatística (IBGE)Serviço de Informações ao Cidadão (SIC)Av. Franklin Roosevelt, 166 – TérreoCEP: 20021-120 CentroRio de Janeiro/RJ

O Serviço de Informações ao Cidadão (SIC), localizado na sede do IBGE, está pronto para realizar atendimentos.

Pedidos recebidos até 20/9/2012: 332 Pedidos

Desse total, 95,48% já foram respondidos e 4,52% estão em tramitação.

Recursos:

14 recursos em 1ª instância – 11 já respondidos

4 recursos em 2ª instância – 3 já respondidos

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O Museu de Arte Moderna - MAM, no Rio de Janeiro, foi o cenário escolhido para o lançamento do “Brasil em Números 2012”. Um

cenário em sintonia com a publicação, já que algumas das obras do museu ilustram a edição. O evento contou com a participação dos colaboradores da publicação, servidores do IBGE e funcionários do MAM, que compareceram ao coquetel servido no espelho d´água do museu. Na cerimônia, a presidenta do IBGE, Wasmália Bivar, enfatizou a importância da parceria estabelecida pelo projeto e agradeceu a todos os envolvidos na edição deste ano. A curadora do Departamento

de Pesquisa e Documentação do Museu e coordenadora da pesquisa das obras publicadas no “Brasil em Números”, Elizabeth Varella, destacou a facilidade no andamento de todas as etapas em que o IBGE e o MAM atuaram juntos.

“Brasil em Números” é uma publicação bilíngue editada anualmente pelo IBGE. Além de reunir os principais indicadores de diversos temas produzidos no país, traz também comentários de renomados pesquisadores e técnicos convidados. A edição de 2012, em comemoração à Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, a Rio+20, traz também um mapa temático mostrando os biomas continentais e a diversidade ambiental presente no território brasileiro.

A arte de mostrar o Brasil em Números

Elizabeth Varella, do MAM ( à esquerda) e Wasmália Bivar conversam durante o coquetel de lançamento da vigésima edição do Brasil em Números. O Gerente de Relações Institucionais do Centro de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE, David Montero Dias, abriu a cerimônia e falou da importância do projeto no IBGE.

O IBGE lança nova base cartográ� ca em escala 1:250.00 como parte do projeto SIGBRASIL . Referência cartográ� ca para as ações de planejamento, monitoramento e atualização das informações dos recursos naturais do país, a nova escala (em que 1 cm no mapa signi� ca 2,5 km no terreno) possibilita uma visualização muito mais detalhada que a escala anterior de 1:1.000.000.

Na construção da nova base, foram utilizados como referência os procedimentos descritos no Manual Técnico de Geociências (nº 12 da série de manuais da Geociências) que pode ser acessado em ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/cartogra� a/manual_procedimento_tecnico.pdf .

O Manual de Procedimentos Técnicos para Fiscalização, Controle de Qualidade e Validação da Base Cartográ� ca na escala 1:250.000, produzido pela Coordenação de Cartogra� a da Diretoria de Geociências do IBGE, visa orientar a atividade de � scalização de serviços de mapeamento, padronizando procedimentos, como o preparo de imagens e construção de mapas.

Com os dados das diversas categorias de informação presentes na nova base, ela está preparada para integrar a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), em futuro próximo. A base com a nova escala pode ser acessada através do link www.ibge.gov.br/home/download/geociencias.shtm .

IBGE lança nova base cartográfi ca em escala 1:250.000

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8 Notas

Excelente ideia“A edição da revista IBGE foi uma excelente ideia. É através dela que nós, os aposentados, acompanhamos o que está sendo realizado na nossa "casa". E, ao tomar conhecimento das missões do IBGE no exterior � camos ainda mais orgulhosos ao saber que a nossa instituição ultrapassou as fronteiras. Só podemos dizer "parabéns" aos colegas da ativa. E, que continuem com garra para nos dar orgulho de termos também participado, em outros tempos, do nosso IBGE.Ao saber dos novos atlas a serem lançados, gostaria de dar uma sugestão: por que não realizar um outro atlas localizando as unidades de conservação e terras indígenas? Vai a sugestão”.

Mitiko UneAposentado

Agradecimento “Agradeço aos colegas da Revista do IBGE.Obrigado por editarem minhas obras na já conceituada ‘FALA, IBGE’.Valeu, foi como um prêmio,� quei muito feliz”.

Antonio Augusto Fontenelle Mayrinck "Gagú"Aposentado

Parabéns“Caros, Parabéns pela revista!! Adorei receber a Revista do IBGE em casa.Como Ibegeana aposentada, apaixonada pelo IBGE, � co muito feliz de poder estar informada sobre os projetos que o IBGE vem desenvolvendo e acompanhar o sucesso do instituto.Gostei muito do nome da Revista e sugiro que continue se chamando Revista do IBGE, nada mais representativo do que esse nome que envolve todo o corpo dos funcionários da casa.Atenciosamente”,

Reina M. HanonoAposentada

Entre em contato através do e-mail espacodoleitor@ibge.gov.br

ou nosso endereço: Coordenação de Marketing / CDDI / IBGERua General Canabarro, 706 - Sala 320 - Cep: 20271-205 - Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2142-0123 - Ramais 4789 / 3597 / 3547

Todo material enviado será analisado e selecionado pela equipe da revista, podendo ou não ser publicado. O material obedecerá a critérios editoriais que excluem todo o tipo de material impróprio. Outras comunicações para a redação podem ser enviadas para revistadoibge@ibge.gov.br .

Participe! Este espaço é seu.

Bacharel em Pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Luiz Gonzaga Castro dos Santos é o autor das telas acima. Seus trabalhos também foram expostos no Salão Um da Universidade Federal Fluminense; Salão do Estudante da Universidade Federal Fluminense; Salão Preto e Branco da Câmara dos Vereadores de Duque de Caxias; Salão de Arte de São João de Meriti, além dos três salões de arte promovidos pelo IBGE. Já fez exposições individuais na Sala José Cândido de Oliveira da Fundação Niteroiense de Arte , Sesc de Niterói e no Museu da Imagem e do Som no Rio de Janeiro.

Gonzaga, como é conhecido, ingressou no IBGE em 1981 e hoje trabalha na Gerência de Editoração do Centro de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE (CDDI).

Para conhecer mais seus trabalhos visite:http://lgonzaga.tripod.comhttp://www.clicfolio.com/lgonzagahttp://www.artbreak.com/LGonzaga

Jogando bola

Santa ceia

Arte ibgeana

abr-set 2012 •

9Espaço do leitor

Três meses de concurso. Noventa e oito nomes diferentes sugeridos, cinco � nalistas e apenas um vencedor. Você já deve ter percebido

logo na capa da revista. Sim! Já temos um nome de� nitivo para a nova revista do IBGE. Os ibgeanos sugeriram, votaram e escolheram Fala, IBGE como o nome da nossa nova revista.

Chegou a hora de apresentar os � nalistas e o vencedor do concurso. Entre servidores com anos de instituição e outros recém-chegados, a diversidade esteve presente nos nomes sugeridos.

O grande vencedorServidor do IBGE desde 1973, Ismar Wollmann do Amaral Silva

encerrou seu ciclo de serviços prestados à instituição ao aposentar-se no dia 30 de março. Porém, não sem antes

deixar uma importante contribuição. É sugestão dele o nome “Fala, IBGE”, vencedor do concurso.

“Como estava prestes a me aposentar, pensei que seria interessante sugerir o nome porque

se eu ganhasse � caria um ‘algo a mais’ pro meu currículo”, conta. Não deu outra.

A trajetória pro� ssional de Ismar foi toda na Diretoria de Geociências, tendo se aposentado pela Gerência de Documentação e Informação (GDI/DGC). Ele conta como foi seu processo de criação do nome. “A primeira ideia que me veio à cabeça foi ‘Fala, Ibgeano’.

Fala, IBGE!

Texto Camila Ermida

Ismar Wollmann do Amaral Silva posa sorridente ao se consagrar vencedor do concurso.

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10 Concurso

Mas pensei que assim seria muito especí� co para o ibgeano. E o IBGE é algo muito maior. É uma instituição que tem uma grande interação com a sociedade, com o usuário especializado, a academia... É um mundo muito mais amplo. Então amadureci a primeira ideia, que evoluiu para ‘Fala, IBGE’”.

Ismar também lembra que desde o início acreditou no nome e que não economizou na propaganda. “Não me surpreendi quando vi que estava entre os � nalistas. Comecei a comentar com meus colegas, no restaurante. Falei que a minha sugestão estava entre as cinco e pedia para o pessoal votar. Achei engraçado porque algumas pessoas me respondiam dizendo que já tinham votado no ‘Fala, IBGE’ sem saber que tinha sido o nome sugerido por mim!”, comemora.

Os fi nalistasAglaé Pereira de Andrade Celestino, da Coordenação de Índice de Preços (Coinp/DPE), foi a autora do nome “Revista do IBGE”, que � cou em segundo lugar. “Uma revista chamada revista. A ideia é de rever, olhar novamente o que se tem. De vez em quando não passamos a nossa vida em revista? Estamos sempre revendo nossas atitudes com relação à vida, às pessoas, à nossa família... No caso do IBGE, seria interessante por conta do retrato da história da instituição”. E é nessa linha que Aglaé faz questão de lembrar da importância da revista, especialmente por conta do tamanho do instituto: “Acho importante que a instituição tenha e cuide desse tipo de veiculação de informação e circulação de ideias. Acho bacana que tenha participação dos estados. A gente tem que ouvir o nosso sotaque, ter as pessoas se expressando. Temos uma grande diversidade de culturas, de pessoas, de pensamentos. O ibgeano não é igualzinho em todo lugar”.

Outro � nalista foi Hugo Leonnardo Gomides do Couto, que ingressou na instituição em 2010 e desde então trabalha na Unidade Estadual do IBGE em Goiás. Neto e � lho de ibgeanos, ele lembra que o linguajar ibgeano sempre esteve presente em seu cotidiano, o que ajudou no encadeamento das ideias e nos conceitos que quis transmitir com o nome “IBGEana”. “A palavra ibgeano

representa uma identidade dos servidores do IBGE. Além disso, considerei - na escolha do nome - o recente e importante crescimento das mulheres no cenário social vigente. Assim, um nome feminino poderia representar adequadamente esse movimento de protagonismo das mulheres nas instituições, o que não é diferente na realidade atual do IBGE, em que temos uma mulher como presidente da instituição”.

Empatado em número de votos com “IBGEana” � cou o nome “Perspectiva”, sugerido por Jorge Luiz Raimundo, que integra a equipe de Manutenção Predial da Gerência de Atendimento (GAT-4). Segundo ele, sua sugestão teve como objetivo transmitir uma mensagem de esperança e expectativa por bons acontecimentos futuros.

Já Ivana Maria Morandi Lustosa integra o rol de servidores do IBGE desde 2006 e é lotada na agência de Corrente, no Piauí. Ela vai direto ao ponto: “Ora, a gíria ‘papo � no’ se refere a pessoas com conversas antenadas, atualizadas, con� áveis. A revista, sendo uma conversa entre funcionários, só poderia ser entre pessoas que sejam ‘papo � no’. A revista é a conversa em si: uma conversa ‘papo � no’”.

Conheça os números da votação fi nal:

Nome Número de votos

Fala, IBGE 131

Revista do IBGE 102

IBGEana 46

Perspectiva 46

Papo Fino 20

Fonte: Comissão Julgadora.

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A presença de coordenadores, gerentes e técnicos da DGC e de outras áreas do IBGE marcou a ampla participação da instituição no evento.

O diretor de Geociências, Wadih João Scandar Neto (à direita) explicou, na abertura do evento, que a geoinformação ganha cada vez mais importância para o planejamento das ações humanas, sejam nas áreas públicas ou privadas.

Texto Mario Grabois

IBGE é destaque no LAGF

Pelo segundo ano consecutivo, foi realizado o Latin American Geospatial Forum (LAGF), entre os dias 15 e 17 de agosto,

no Rio de Janeiro. O tema deste ano foi “Tecnologia Acionável para o Desenvolvimento Sustentável”.

O evento reuniu instituições, órgãos públicos e privados e teve por objetivo a apresentação, o debate e a promoção de novas tecnologias, equipamentos, sistemas, técnicas e metodologias nos campos da geoinformação e da geotecnologia, além de ser um espaço de troca de experiências com técnicos e pro� ssionais do setor, na América Latina.

O IBGE teve uma participação de destaque no LAGF, coordenando e participando de inúmeros seminários, sessões e simpósios.

Para o diretor da DGC, Wadih João Scandar Neto, esse evento sempre traz a oportunidade dos servidores do IBGE se atualizarem, conhecendo o que há de mais novo em termos de tecnologia para a produção da informação geocientí� ca. “Também é uma oportunidade para nós divulgarmos quais foram os avanços recentes que aconteceram no âmbito do IBGE, da Concar (Comissão Nacional de Cartogra� a), do Brasil, uma vez que é um congresso internacional que envolve outros países da América Latina e até representantes de países de

fora da região”, explica Wadih.

O LAGF abrigou também a 9ª Reunião do Comitê

Permanente para a Infraestrutura de Dados

Geoespaciais das Américas (CP-IDEA).

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12 Geociências

Desde março, o time de ibgeanos conta com reforços: ao todo 198 novos servidores, distribuídos em todo o território nacional, assinaram o termo

de posse e iniciaram seus trabalhos. Destes, 175 são provenientes dos 50% do Concurso Público de 2009 (que tiveram sua nomeação autorizada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão em dezembro do ano passado) e mais 23 foram chamados para a reposição de vagas de novos servidores deste mesmo concurso, que pediram a exoneração do cargo.

Os novos servidores foram recebidos pela instituição com a realização do Programa de Integração dos Novos Servidores (Pins). A Coordenadora de Recursos Humanos (CRH/DE), Paula Dias Azevedo, explica que o programa 

Texto Marília Loschi e Mario Grabois

Novas servidoras envolvidas nas atividades da dinâmica de grupo do Programa de Integração dos Novos Servidores.

De braços abertos para os

novos servidores

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13Pins

vem sendo realizado desde o concurso de 2005: “O objetivo do Pins é mostrar o IBGE para as pessoas que estão chegando na instituição entenderem um pouco como ela funciona, como as coisas se relacionam, qual é a importância da interação entre as áreas. E falar um pouco da área de Recursos Humanos, a� nal de contas as pessoas precisam ter todas as informações para a vida delas aqui dentro a partir de agora”.

Com este objetivo, o IBGE realizou, nos dias 2 e 3 de abril, um evento para a nova edição do Pins no Auditório Teixeira de Freitas, no CDDI, e nas sedes das Unidades Estaduais, que assistiram à programação por videotransmissão. Segundo a Coordenação de Recursos Humanos, a realização de um evento descentralizado teve como objetivo promover a integração dos novos servidores às suas equipes de trabalho e alcançar um número maior de pessoas, envolvendo também os demais servidores.

Paula Azevedo realizou a apresentação de abertura do evento e em seguida passou a palavra aos membros do Conselho-Diretor, que deram as boas-vindas aos novos e ofereceram uma visão geral do trabalho da instituição e seu papel na sociedade. A presidenta da instituição, Wasmália Bivar, lembrou da postura ética necessária tanto

ao funcionário público em geral quanto, especi� camente, ao servidor ibgeano: “Isso tem a ver com a relevância, fazer tudo dentro de padrões técnicos reconhecidos. Tem a ver com estar disposto a comunicar com a sociedade, e cada um de vocês vai ser um agente disseminador desse trabalho”. E � nalizou: “Eu espero que vocês todos tenham uma feliz carreira dentro da instituição, que vocês possam, como nós que já nos encontramos aqui, ser animados por esse mesmo espírito que nos anima, que somos orgulhosos do que fazemos e somos entusiastas do que fazemos”.

Valéria Espíndola, psicóloga, é uma das novas servidoras participantes do Pins. Está lotada na DE, depois de ter passado por sete anos no Exército como psicóloga e um ano e meio na Receita Federal: “Eu sempre ouvi falar que a instituição (IBGE) é muito boa para se trabalhar e a expectativa é de me aprimorar pro� ssionalmente. Eu sei que o IBGE dá essa oportunidade de estudo, de desenvolvimento, é essa a expectativa que eu tenho”.

André Lico, outro novato, é analista de sistemas, lotado na CRH. Ele também espera se desenvolver dentro da instituição: “A minha expectativa é a melhor possível. Eu conhecia pouco o IBGE como instituição, apenas o que a gente vê pela imprensa,

Roberto Machado Alves, gerente de Provimento da GEPAR, as estagiárias Luciana Gonzaga Correia, Juliana Gouveia de Souza, Fabiana Mansur Giorgio de Almeida e Rossana Patitucci Franco, gerente de provimento e acompanhamento de RH (CRH/GEPAR).

A nova servidora Camila Rodrigues de Souza apresenta o “projeto” desenvolvido durante a dinâmica de gruporealizada no encontro. À direita, Carla Bottino Antonaccio, psicóloga da GEPAR, que também ingressou noConcurso de 2010, e é atualmente responsável pela elaboração e aplicação da Dinâmica de Grupo no Pins.

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porque toda semana tem alguma informação aqui do IBGE, do Censo, mas não tinha informação nenhuma de como era trabalhar aqui. Mas sempre achei interessante essa parte de geodésia, de cartogra� a e quero conhecer também como é feita essa parte do Censo, que é no mínimo uma coisa monstruosa, que é você pegar tantos dados de tantos lugares distantes como tem o Brasil”.

Ao longo dos dois dias de evento, os novos servidores participaram de palestras sobre os trabalhos das diretorias e coordenações gerais do IBGE, receberam informações sobre os aspectos administrativos da vida funcional e sobre a infraestrutura e utilização da tecnologia de informação e comunicação no IBGE.

Rossana Patitucci Franco, gerente de Provimento e Acompanhamento de Recursos Humanos (Gepar) da CRH, esclarece que o Programa de Integração é bem maior do que esses dois dias de evento: “Esse evento é uma etapa inicial de um programa para esse grupo, de um acompanhamento da integração deles às equipes de trabalho e à instituição como um todo. A gente

chama de evento receptivo, para apresentar a eles a instituição de uma forma acolhedora e deixar bem claro o quanto eles são bem-vindos”.

O Pins 2012 inclui ainda cursos a distância, questionários e acompanhamento ao longo dos próximos meses. “O Pins não acaba aqui”, explica Paula Azevedo. “Na próxima etapa vão ser oferecidos cursos online pela Escola Virtual do IBGE, alguns obrigatórios, outros optativos. E a gente continua fazendo o acompanhamento: daqui a quatro meses a gente faz uma nova rodada

de questionários, depois de um ano faz um novo...

A proposta da CRH é manter esse acompanhamento.”

André Lico, analista de sistemas, e Valéria Espíndola, psicóloga, são dois

dos novos ibgeanos.

A nova servidora Camila Rodrigues de Souza apresenta o “projeto” desenvolvido durante a dinâmica de gruporealizada no encontro. À direita, Carla Bottino Antonaccio, psicóloga da GEPAR, que também ingressou noConcurso de 2010, e é atualmente responsável pela elaboração e aplicação da Dinâmica de Grupo no Pins.

Os novos servidores puderam esclarecer dúvidas durante a realização do Pins.

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ParabénsIBGE! Instituto celebra

76 anos de serviços prestados ao Brasil.

No dia 29 de maio, os ibgeanos estavam em festa para comemorar o aniversário da instituição. O ponto alto das cerimônias, realizadas

em algumas unidades do IBGE, foram as homenagens aos servidores: além dos que se aposentaram no último ano, e aqueles que completaram 20, 30 e 40 anos de casa, também foram homenageados os funcionários com 10 e 15 anos de trabalho na instituição.

No Rio de Janeiro, o evento aconteceu no Teatro João Caetano e, além das homenagens, contou com uma apresentação especial do Coral do IBGE, que fez a plateia viajar no tempo através de uma seleção de músicas que foram temas de novelas. Segundo a presidenta, Wasmália Bivar, foi um momento de celebrar as mudanças e inovações pelas quais o instituto vem passando, como ter pela primeira vez uma mulher na presidência e, como na gestão anterior, alguém que integra quadro funcional, o que ela espera se tornar uma tradição.

“Os recursos humanos da nossa casa são o nosso patrimônio. O IBGE é uma criação coletiva, os seus produtos são, na verdade,

criação coletiva, e é esse coletivo que hoje nós estamos homenageando”, ressalta Wasmália. E é o que vamos

ver na fotorreportagem a seguir.

Em discurso dirigido aos servidores, na abertura da cerimônia em homenagem aos 76 anos do IBGE, no Rio de Janeiro, a presidenta Wasmália Bivar falou de projetos e perspectivas para a instituição, como a PNAD Contínua, a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), a utilização de novas mídias na difusão de informações e o desenvolvimento de um novo modelo de gestão que permita o planejamento e o acompanhamento do trabalho.

Texto Marcelo Benedicto, Marília Loschi e Mario Grabois

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A apresentação do Coral do IBGE contou com a participação de 54 componentes, cujo repertório teve arranjos concebidos especialmente para o aniversário do instituto. A plateia também soltou a voz para acompanhar o coro na interpretação de várias músicas.

Funcionários e aposentados homenageados são recepcionados no hall do Teatro João Catano, no Rio de Janeiro, na abertura da cerimônia em comemoração aos 76 anos do IBGE.

Após momentos de muita emoção nas homenagens aos ibgeanos, tudo terminou em festa: um animado coquetel, regado por muito bate-papo ibgeano, encerra o evento de aniversário do instituto.

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Ibgeanos que completaram 10, 15, 30 e 40 anos de trabalho na instituição recebem os cumprimentos do Conselho-Diretor.

Servidores que se aposentaram no último ano são ovacionados por amigos e familiares durante entrega das placas em homenagem aos anos de trabalho e dedicação ao IBGE.

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Homenagensespeciais

José Enilcio Rocha Collares, homenageado especial da DGC, disse que sempre procurou trabalhar do modo que acreditava,

como no projeto Previsão de Safras e quando foi chefe do Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.

Luiz Nery da Costa, homenageado especial da DPE, emocionado, recebe os cumprimentos da presidenta Wasmália Bivar na

plateia. Ele foi o responsável pela introdução da Pesquisa de avaliação da cobertura do Censo Demográfi co, em 1970.

A homenageada especial do CDDI, Magda Prates Coelho, atribuiu à experiência profi ssional e ao apoio de suas equipes o êxito

dos projetos que coordenou no IBGE, como as publicações “Brasil 500 anos de Povoamento” e “Estatísticas do Século XX”.

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Comemorações nas Unidades Estaduais

Nas Unidades Estaduais, as comemorações variaram, mas o momento do bolo com os parabéns para o IBGE foi

praticamente unanimidade na hora da confraternização, após as homenagens aos servidores. No Paraná e no Rio Grande do Sul, houve participação dos coros das Unidades e, em Rondônia, a música � cou por conta da apresentação dos servidores Luiz Cochi e Tamires de Paiva Barroso. Em Pernambuco, o chefe em exercício, João Rosendo de Lima Sobrinho, emocionou muita gente ao ler um texto de Teixeira de Freitas ("O postulado dos números", em que defendeu a criação do IBGE). No Ceará, o dia festivo contou com o lançamento do cordel de Gutemberg Liberato de Andrade, vencedor de concurso de poesia, e apresentação da condecoração da Ordem do Mérito Cartográ� co concedida pela Sociedade Brasileira de Cartogra� a ao servidor José Augusto Faes. No Distrito Federal, a comemoração aconteceu na Reserva Ecológica do IBGE, com uma corrida ecológica de 8 km, o� cina de artesanato com materiais recicláveis, futebol, feijoada e galinhada.

No Ceará, foram homenageados servidores com 10, 30 e 40 anos de serviços prestados ao IBGE, além de alguns aposentados.

No Rio Grande do Sul, Fábio Einsfeld, Admar Dornfeld e Ivon Schaedler, homenageados por seus 30 anos de IBGE.

No Distrito Federal, ofi cinas de artesanato, futebol, corrida e almoço especial.

No Paraná, a comemoração contou com a participação do Coral da unidade e rendeu homenagens a sete servidores.

Em Rondônia, a celebração teve palestra motivacional e música, além das tradicionais homenagens aos servidores.

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Dentro das ações de cooperação internacional, o IBGE recebeu em março a

visita de sete integrantes do Instituto Nacional de Estatística da Angola. Eles foram recepcionados no Centro de Inteligência Corporativa (CIC) por um grupo de gerentes do IBGE, sob o comando de Maria Vilma Salles Garcia, coordenadora operacional dos Censos (COC/PR).

O encontro começou com os visitantes expondo o “estado da arte” do trabalho do INE Angola, que pretende realizar seu Recenseamento Geral de População e Habitação em julho de 2013 e espera contar uma população em torno de 21 milhões de habitantes. Na sequência, Maria Vilma apresentou uma visão geral dos censos brasileiros, incluindo metodologia de coleta de dados, estrutura organizacional do IBGE, ações preparatórias, cronograma, recrutamento, seleção de pessoal e treinamento.

Nos dias que se seguiram, o grupo se dividiu entre diversas áreas de interesse no IBGE, como cartogra� a, editoração e reprogra� a, marketing e divulgação dos resultados. Paulo Fonseca, líder da equipe e chefe da Divisão de Recenseamento

e Inquéritos do INE Angola, ressaltou que tudo o que foi veri� cado durante a visita esteve de acordo com as expectativas dos integrantes do grupo. “O apoio do IBGE vai ser, de fato, fundamental para o sucesso do nosso censo. Com a ajuda de vocês e com nossos técnicos locais, levaremos o processo avante”, resumiu.

Preocupado com a escassez de tempo para tanto trabalho a realizar, Paulo lembrou que o último recenseamento no país foi realizado no ano de 1970 e que há mais de 20 anos não se realiza uma atualização topográ� ca de Angola. No entanto, uma certa dose de otimismo surgiu. “Aqui no IBGE conseguimos identi� car que existem instrumentos apropriados que, se aplicados à nossa realidade, poderemos em tempo recorde recuperar o tempo perdido”, comemorou.

O encerramento da visita contou com a presença da presidenta Wasmália Bivar, que ofereceu apoio técnico-institucional: “podemos colaborar inclusive fazendo uma visita a Angola para apoiar as escolhas técnicas necessárias à realização do censo com segurança”.

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Texto Camila Ermida

Presidenta Wasmália Bivar e profi ssionais do IBGE recebem integrantes do Instituto Nacional de Estatística da Angola

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Países afetados por desastres ambientais, como enchentes e terremotos, ou que enfrentaram guerras e con� itos recentes precisam reunir

informações capazes de orientá-los na reconstrução de suas nações. Em busca de ampliar e trocar conhecimentos necessários à realização dessa tarefa, técnicos da Bolívia, Venezuela, Angola, Haiti, Senegal, Moçambique, Ruanda, entre outros, vieram ao Brasil conhecer a experiência do IBGE, especialmente na utilização do PDA na coleta de dados e da Base Territorial Digital. As discussões aconteceram no seminário “Experiência do Censo Demográ� co 2010 no Brasil e sobre a coleta de informações em países em situação pós-crise ou de emergência”, realizado de 28 a 31 de agosto de 2012, no CDDI.

O evento foi organizado pelo IBGE em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), agência de cooperação internacional da ONU voltada ao desenvolvimento das populações. Na abertura, Harold Robinson, representante do UNFPA no Brasil, ressaltou a importância do planejamento de políticas públicas com base

Cooperação internacional:uma via de mão dupla

Texto Marcelo Benedicto e Mario Grabois

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em dados de boa qualidade: “São insumos necessários para a tomada de decisões na recuperação dos países atingidos pelos desastres e crises humanitárias, como também para promover o desenvolvimento sustentável”.

Tradição em cooperação na área de pesquisaA partir dos acordos de cooperação � rmados pelo IBGE com Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, quando técnicos do instituto visitaram esses países para auxiliarem no planejamento dos recenseamentos, e do empréstimo de PDAs para Uruguai e Paraguai, houve um aumento das solicitações por esse tipo de cooperação. Segundo Roberto Sant'Anna, da Assessoria de Relações Internacionais, como o corpo técnico da instituição não tem como atender a todas essas demandas, a realização do seminário foi a solução encontrada para a troca de experiências.

“Também tivemos a oportunidade de discutir com alguns países possibilidades de cooperações pontuais, como o encaminhamento de PDAs para o Senegal e uma visita técnica a Moçambique para auxiliar na parte de cartogra� a. Esse trabalho tem a intermediação da Agência Brasileira de Cooperação que possui um programa de cooperação técnica com as nações amigas”, esclarece Roberto.

Segundo Taís de Freitas Santos, representante assistente do UNFPA Brasil, esse seminário aconteceu em um momento muito importante porque muitos dos países participantes estão envolvidos com a realização de seus Censos Demográ� cos. “É uma troca em que todos se bene� ciam. A gente tem aqui alguns países que já coletaram dados em situação de emergência, seja de pós-guerra ou de algum fenômeno natural que produziu uma catástrofe, e o Brasil não tem tanta experiência nessas questões”, explica Taís. Ainda segunda ela, o UNFPA tem mantido uma relação histórica com o IBGE desde o início de suas atividades no Brasil, no começo da década de 1990.

Experiência compartilhadaA tecnologia desenvolvida pelo IBGE para a realização do Censo 2010 é o que Antonio Adriano, do INE Moçambique, pretende aproveitar no censo de seu país, que está planejado para 2017: “a experiência que recolhemos aqui vai

do desenho conceitual à cartogra� a, à própria divulgação e disseminação dos resultados; todo o processo, incluindo as tecnologias de informação e comunicação, e a base territorial”.

Para Liliana Acevedo Arenas, do Departamento Administrativo Nacional de Estatística da Colômbia (DANE), a experiência brasileira também será importante para o Censo Nacional de População e Habitação, que espera realizar em 2015. “No Censo de 2005, � zemos uma primeira experiência de coleta com o PDA e vamos continuar com o mesmo esquema. Agora poderemos fazer um melhor controle e monitoramento das operações de campo, para que possamos gastar um tempo mínimo, mas sem afetar a qualidade da informação”, comenta.

Ao � nal do evento, a declaração de Milton Rondó, representante do Ministério das Relações Exteriores, mostrou que a cooperação é uma via de mão dupla: “Nós somos o país do Paulo Freire, que talvez tenha sido o maior educador do século XX. O homem que dizia que ninguém só ensina e ninguém só aprende, pois todos nós ensinamos e aprendemos. Se a gente tem bônus por ter passado a ser uma economia tão importante, a gente também tem que ter responsabilidades internacionais”.

Milton Rondó (Ministério das Relações Exteriores), Wasmália Bivar (IBGE) e Harlod Robinson (UNFPA) reafi rmam compromisso com a cooperação internacional na área de estatística.

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Áreas de ponderação e calibraçãoA de� nição das áreas de ponderação e a estimação são coisas que estão ligadas, explica Antonio José Ribeiro Dias, conhecido como Vermelho, responsável pela Gerência de Metodologia Estatística (GME/Comeq). Ele acentua que a área de ponderação é um agrupamento de setores e que é construída de forma que tenha um tamanho adequado e su� ciente para que se façam boas estimativas e, ao mesmo tempo, impeçam a identi� cação do informante.

Como às vezes pode � car difícil para o usuário compreender porque em uma mesma pesquisa (Censo 2010) possam aparecer resultados diferentes, é feita a calibração, um procedimento estatístico que permite consolidar os resultados do universo (questionário básico) com os da amostra. De acordo com André Wallace Nery da Costa, que trabalha na equipe do Vermelho, na GME, a calibração permite conferir os resultados da amostra com os resultados já conhecidos (os resultados do universo), além de possibilitar melhorar a precisão dos resultados das demais variáveis, aquelas em que não se conhece o resultado (as que foram pesquisadas apenas na Amostra).

e mudançasAvanços

da Amostra do Censo 2010

Os resultados gerais da Amostra do Censo 2010 revelaram signi� cativos aspectos da realidade brasileira, mostrando

mudanças e transformações veri� cadas no Brasil desde o Censo 2000. São informações sobre migração, nupcialidade, fecundidade, educação, trabalho e rendimento, pessoas com de� ciência, domicílios e deslocamento para trabalho e estudo, além de tempo de deslocamento para trabalho. Esse conjunto propicia aos usuários públicos, privados e cidadãos, em geral, ter contato com um amplo painel da sociedade brasileira atual.

A presidenta do IBGE, Wasmália Bivar, no evento de apresentação dos resultados gerais, registrou a importância de alguns desses aspectos da divulgação como a redução signi� cativa da mortalidade infantil, as melhorias veri� cadas no mercado de trabalho e no rendimento da população, a promoção no nível educacional e que, além de expressar as mudanças, os resultados contribuíram para situar aonde ainda são necessários avanços e novas melhorias no país. Wasmália Bivar destacou a dimensão da Amostra em relação ao Censo no seu conjunto. “Nós estamos divulgando a totalidade das questões levantadas no questionário da amostra, que é muito grande; o Censo brasileiro é um dos maiores do mundo”, disse Wasmália.

O questionário da amostra foi respondido em mais de 6 milhões de domicílios, signi� cando uma fração amostral geral da ordem de 11%, e representando mais de 20,6 milhões de pessoas, ou seja, uma “amostra robusta”, nas palavras da presidenta.

AprimoramentosOs censos demográ� cos, em alguns países, adotam o processo de amostragem para uma parte das variáveis, enfocando características que interessam às sociedades conhecer para poder

Texto Mario Grabois

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acompanhar ao longo do tempo. No Brasil, o uso de dois questionários – básico e amostra – foi utilizado pela primeira vez no Censo 1960. Nos Censos 1960, 1970 e 1980 a fração amostral era 25%, ou seja, um em cada quatro domicílios respondia o “questionário grande”.

A partir da década de 1990, o IBGE avançou em uma série de estudos para ajustar as frações de modo a aumentar a qualidade e a precisão das amostras. Nos Censos 1991 e 2000, houve mudanças e foram adotadas duas frações: 20% para municípios com até 15 mil habitantes e 10% para os demais. Esse processo de estudo e de avanços na pesquisa metodológica produziu importantes resultados que foram aplicados no Censo Demográ� co 2010.

A coordenadora de Métodos e Qualidade da Diretoria de Pesquisas (Comeq/DPE), Sonia Albieri, explica que em 2010, facilitado pela tecnologia do uso do PDA, foram estabelecidas cinco frações amostrais, o que representou um grande avanço para o Censo. A coordenadora relata um pouco da história dessas mudanças fazendo uma comparação. Ela diz que “a roupa tamanho único é aquela que não � ca bem em ninguém”, justi� cando que uma fração única acaba não sendo adequada para nenhum município. “Passamos para duas e agora para cinco”, comenta Sonia Albieri, mostrando que esse desenvolvimento expressa “a evolução ao longo dos censos, no qual a gente foi tentando diminuir custos mantendo a qualidade”.

O gerente de Desenvolvimento e Pesquisa (GDP/Comeq), Marcos Paulo Soares de Freitas, acrescenta que a realização da Amostra do Censo 2010 otimizou recursos ao diminuir a fração amostral nos grandes municípios, sem perda de qualidade, enquanto nos municípios menores o aumento da fração propiciou melhorias na estimativa. “Com essa mudança, praticamente você homogeneizou a questão da qualidade”, diz Marcos Paulo.

Consulta e participaçãoOutro avanço signi� cativo veri� cado no Censo 2010 foi em relação ao processo de consulta via Comissões Municipais de Geogra� a e Estatística (CMGEs), para a de� nição das áreas de ponderação nos municípios com população superior a 190 mil habitantes. “O IBGE contatou as Prefeituras ou os órgãos de planejamento para eles de� nirem essas áreas para a gente, de maneira que pudéssemos produzir esses dados da Amostra num recorte geográ� co que interessasse a eles”, esclarece Sonia Albieri. O objetivo é fornecer informações sobre essas determinadas áreas, de modo que facilitem, orientem e ajudem na de� nição e aplicação de políticas públicas.

Esse tipo de contato já havia sido feito em 2000, mas com a relação promovida através das CMGEs, que já constituía um fórum organizado pelo IBGE junto aos órgãos públicos e a sociedade, o trabalho alcançou maior repercussão.

Para coordenadora de Métodos e Qualidade da Diretoria de Pesquisas (COMEQ/DPE), Sonia Albieri, o IBGE tem uma rica história na área de metodologia e na busca permanente da qualidade do trabalho. Na foto do meio, o gerente de Desenvolvimento e Pesquisa, Marcos Paulo Soares de Freitas e embaixo o gerente de Metodologia Estatística, Antonio José Ribeiro Dias (Vermelho).

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Quando o assunto écomunicação

Etimologicamente, o verbo comunicar deriva do latim comunicare que signi� ca "pôr em comum; fazer saber; estabelecer ligação; entrar em

relação com". No ambiente organizacional, é sabido que a comunicação entre os funcionários e o entendimento dos processos de trabalho contribuem para fazer a empresa “acontecer” como um todo. 

Para discutir o assunto e com o objetivo de melhorar o relacionamento da instituição com seus públicos interno e externo, foi instituído no IBGE o Comitê de Política de Comunicação. Composto por representantes de todas as diretorias do IBGE e das Unidades Estaduais (UEs), o grupo vem se reunindo desde o início de 2012 a � m de elaborar a Política de Comunicação do IBGE e um Plano de Ações para colocá-la em prática. Para o ano de 2013, está prevista a elaboração de um Plano de Monitoramento que avaliará a aplicação da Política.

Texto Camila Ermida

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26 Comunicação

Silvia Maia Fonseca, coordenadora de Comunicação Social (CCS/PR), é jornalista por formação e ingressou na instituição em 1987. Como repórter, Silvia cobria as entrevistas coletivas do IBGE. Para ela, que preside o Comitê, a sua criação mostra que a comunicação é estratégica e fundamental para o IBGE: “é um compromisso e um investimento da direção, além da responsabilidade do Comitê, que reúne pro� ssionais de comunicação, marketing, dos recursos humanos, entre outros”.

Comunicação internaCom mais de 25 anos de IBGE, Francisco de Assis Correa Alchorne, gerente da Gerência de Disseminação de Informações da Diretoria de Pesquisas (GDI/DPE), conta que nos diversos fóruns de que já participou tem sido um consenso a opinião de que a comunicação externa do IBGE é muito boa, enquanto a interna é muito de� ciente.

No Comitê, esse assunto é recorrente em todas as reuniões e ganha ainda mais força na voz de Luciene Aparecida Ferreira de Barros Longo. Ela, que che� a a Supervisão de Documentação e Disseminação de Informações (SDI) em Minas Gerais e trabalha diretamente com a divulgação de pesquisas, vê essa questão como primordial. “Um exemplo é a comunicação com as agências, que muitas vezes dependem de uma conexão precária tanto com a Internet como com a Intranet, gerando demora para o atendimento”, a� rma.

Para aprofundar o assunto e trazer dados que contribuam ainda mais para o trabalho do Comitê, foi realizada uma pesquisa sobre hábitos de comunicação dos servidores do IBGE. “É por meio do conhecimento da realidade que enfrentamos atualmente que será possível identi� car os gargalos no � uxo de informação tanto no âmbito interno quanto no externo e, assim, buscar uma nova atitude em prol de uma comunicação rápida, transparente e de qualidade”, destaca Luciene.

Expectativas em relação ao trabalho

Francisco está muito otimista quanto ao trabalho do Comitê. Ele acredita que uma comunicação e� ciente impacta diretamente na valorização e no respeito ao servidor. “Espero que efetivamente tenhamos uma organização, uma coordenação do � uxo de informações no IBGE, no caso das frequentemente disponíveis, mas também um aumento considerável na circulação de informações, que chamo de ‘a tempo e a hora’, o que está entre os valores discutidos no comitê como ‘agilidade’, e� ciência’, ‘transparência’”, aponta.

Outra que está bastante esperançosa é Luciene, especialmente no que tange à atuação dos estados. “As UEs e as agências são uma peça primordial, pois estão na ponta do processo de coleta e também devem estar na mesma posição como divulgadoras da informação. É um processo que vai e volta e esse percurso deve ser percorrido sem entraves para a boa comunicação”.

Já Silvia faz um alerta importante: “esse material não pode � car na gaveta. As ações de comunicação devem ser implementadas, avaliadas e sempre atualizadas. Quem garante que ela seja boa é o servidor e a sociedade”.

No endereço http://w3.presidencia.ibge.gov.br/comites_internos_cpc.asp é possível conhecer todos os integrantes do grupo e acompanhar a evolução do trabalho, acessando notícias, o conteúdo integral das atas das reuniões, além dos materiais que estão servindo como objeto de estudo e re� exão para as discussões.

Saiba mais

Silvia Maia Fonseca, presidenta do Comitê: “a discussão sobre comunicação não é só mais

do que bem-vinda, é fundamental!"

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No início de 1938, o Rio de Janeiro e boa parte do Brasil estava em plena Era do Rádio. Aquela caixinha mágica inventada pelo padre gaúcho

Roberto Landell de Moura – e erroneamente atribuída a Marconi ou a Nicolas Tesla, conforme narrou Ernani Fornari no livro “O incrível padre Landell de Moura” – estava presente em vários lares brasileiros.

E foi pelas ondas do rádio que o país primeiramente descobriu que não haveria mais eleições presidenciais, que o governo tinha decretado o Estado Novo, desde novembro do ano anterior.

E o presidente conhecido como “A Es� nge de São Borja” começou aquele 1938 discursando pelo rádio, prevendo “um ano de intenso trabalho e de realizações fecundas”. Certamente, o presidente precisaria de números para conhecer a situação do país. Números que o Instituto Nacional de Estatística (INE), prometia lhe dar, especialmente com o Censo 1940.

Em 1937, criou-se o Conselho Nacional de Geogra� a, com as bênçãos de Teixeira de Freitas, que, desde os primórdios, antevia a necessidade de ter ao menos a cartogra� a entre o ferramental do Instituto. No próprio Decreto nº 24.609, de 6 de julho de 1934, que criava o INE (decreto este redigido por Teixeira de Freitas e aprovado por Juarez Távora) trazia dois

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Texto Marco Santos

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28 Nossa história

artigos (Art. 14 e Art. 26) com menções claras sobre as necessidades geográ� cas do novo órgão de estatística. Teixeira de Freitas conhecia perfeitamente a importância da união da Estatística com a Geografia. Para a obtenção de bons números, havia de se ter uma verdadeira ordenação do território e seu mais amplo conhecimento. Ele tinha a exata noção da necessidade de bases geográficas bem estabelecidas e antevia as possibilidades que o saber geográfico traria ao conhecimento estatístico.

Em 1936, como consta na Resolução nº 18, do Conselho Nacional de Estatística, já corria a voz alta a necessidade de organização do “Conselho Brasileiro de Geogra� a como órgão nuclear de um sistema coordenador das instituições geográ� cas nacionais”. No ano seguinte, o Decreto nº 1.527, de 24 de março, criava o CBG, integrando-o ao INE, sob a mesma presidência, com procedimentos e práticas administrativas semelhantes às do órgão de estatística. Na Resolução nº 31 do CNE estava instituída a expansão do INE, com os serviços de estatística e geogra� a trabalhando em mútua cooperação na “grande organização nacional dedicada ao estudo da terra e do homem brasileiro”. E mais: sugeria um novo nome para a Casa.

E a nova denominação chegaria seis meses depois, por intermédio do Decreto-Lei nº 218, de 26 de janeiro de 1938, assinado pelo presidente Getúlio Vargas. Conforme dizia o Art. 1: “O Instituto Nacional de Estatística passa denominar-se “Instituto Brasileiro de Geogra� a e Estatística”.

O momento exato de nascimento do IBGE, com o “E” recebendo o “G” deveria ser assinalado por festas e comemorações. Curiosamente não o foi. Nem ao menos no Edifício A Noite, na Praça Mauá, onde se abrigava o novo Instituto. Aquele 26 de janeiro foi tratado como um dia qualquer e a criação da nova Casa da Estatística e da Geogra� a como algo previsível e de pouca importância. Tanto que, no exato momento em que Vargas assinava, criando o novo órgão, o presidente do IBGE, José Carlos Macedo Soares, conforme notícia divulgada nos jornais, veraneava em Lindóia, aproveitando as benfazejas suas águas minerais e clima. E ainda: os jornais diários

da Capital Federal pouca importância deram ao nascimento do principal órgão de estatística e geogra� a nacional. O Globo e Jornal do Brasil não publicaram uma linha sequer. O Jornal e o Jornal do Commercio trouxeram notas minúsculas, dando conta da assinatura do tal Decreto-Lei. Naquele 26 de janeiro, todas as atenções estavam voltadas para a chegada no dia anterior de três aviadores da Itália fascista, entre eles, Bruno Mussolini, um dos � lhos do próprio Duce, que aqui foi chamado de “Centurião da Juventude Fascista”. Os três ases italianos bateram o recorde de voo aéreo, gastando inacreditáveis 19 horas e 40 minutos entre Roma e o Rio. Os chamados “heróis que contribuíram para que a Itália dominasse todos os oceanos” falaram ao microfone da “Hora do Brasil”, no mesmo dia em que, no mesmo programa o� cial, era anunciada a criação do IBGE. O tempo mostrou que Teixeira de Freitas estava certo quando discursou, em 1953, na Sociedade Brasileira de Geogra� a: “Os geógrafos e estatísticos são beneméritos servidores da Pátria. Eles têm feito tudo o que o Brasil possui como conhecimento do que é e do que vale, através de seus estudos e pesquisas”.

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O IBGE marcou presença durante a Rio+20 com o Mapa de Biomas, composto em 100 placas de vidro temperado, retroiluminadas. Os visitantes puderam caminhar livremente sobre o mapa e conferir, através do tamanho de seu pé ou de seu passo, a distância entre os vários pontos. Além dos biomas, o mapa mostrava a localização de todas as cidades do Brasil, com seus principais acessos e o nível de densidade populacional de cada uma.

RIO+20Texto Marília Loschi | Foto Álvaro Vasconcellos

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