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O Homem, Deus e o Universo 1 - O CONCEITO DE ABSOLUTO I Vazio ou Repleto?

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Spiritual


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Page 1: O Homem, Deus e o Universo - Cap I

O Homem, Deus e o Universo

1 - O CONCEITO DE ABSOLUTO I

Vazio ou Repleto?

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O Homem, Deus e o Universo

IntroduçãoO conceito do Absoluto está destinado a permanecer sem solução na filosofia, pois transcende o intelecto.

Mas é, ao mesmo tempo, o conceito mais profundo em todo o reino da filosofia.

O Absoluto é o coração e a base do universo manifesto.

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O Homem, Deus e o Universo

IntroduçãoNo estudo do Absoluto é importante não confundirmos nossas cogitações mentais com o conhecimento dessa Realidade e também usar em conjunto o pensamento sério e a devoção profunda, para não incorrermos na mera especulação mental.Ao tratar do conceito de Absoluto vamos ver, uma a uma, certas ideias que esclarecem seus vários aspectos (como as peças de um quebra cabeça). Tomadas uma a uma, nada significam, mas postas juntas, mesmo que de maneira incompleta, permitem ver o quadro como um todo (mesmo que faltem algumas peças!).

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O Homem, Deus e o Universo

IntroduçãoTemos que lembrar que ao intelecto só é dado tratar de aspectos isolados de qualquer conceito. Assim, o intelecto não dá a percepção das Verdades Superiores, mas prepara o terreno para a aquisição dessa percepção, já que a força do intelecto para ultrapassar as ideias levam a consciência além da influência obscurecedora desse mesmo intelecto.A tarefa de tentar compreender o Absoluto apenas com o intelecto é como a tarefa de colocar todo o oceano dentro de uma gota.

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O Homem, Deus e o Universo

IntroduçãoVamos nos utilizar de algumas analogias para tentarmos entender o mistério dos mistérios. Para isso tomemos exemplos da Ciência, a maior aliada do Ocultismo.A primeira analogia é a da dispersão da luz branca quando essa passa por um prisma.

Luz branca

Espectro Visível

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O Homem, Deus e o Universo

IntroduçãoNesse caso, alguns pontos merecem atenção:

1 – Vê-se a possibilidade de se integrar uma série gradativa de objetos num estado perfeitamente equilibrado em que nenhum dos objetos esteja presente individualmente, mas cujos componentes possam ser obtidos por diferenciação;

2 – Para uma entidade que somente vivesse do lado das cores esta jamais entenderia o que é a luz branca, a menos que a visse. Do mesmo modo, uma entidade que vivesse no lado da luz branca jamais saberia o que seriam as cores caso não passasse para o lado das cores (só se conhece o reino da consciência abandonando o reino da mente);

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O Homem, Deus e o Universo

Introdução3 – A luz branca não é afetada pelo que acontece do lado das cores, já que o processo é contínuo;

4 – Para um mundo que conheça apenas as cores, a ausência delas pode ser encarada como trevas. Mas a luz branca não é trevas e é destituída de qualquer dos atributos das luzes coloridas. (Assim é fácil ver como o Absoluto é destituído de qualquer atributo - Nirguna Brahman ou Brahman sem atributos);

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O Homem, Deus e o Universo

Introdução5 – A Mônada tem que descer aos mundos inferiores para conhecer as cores obtidas por diferenciação da luz branca que compõe o mundo onde ela sempre viveu (razão da evolução nos planos inferiores);

6 – Vemos como é impossível conhecer um princípio ou realidade do qual foi obtido por diferenciação uma série de derivados, até que se possa transcender a região desses derivados e emergir no princípio gerador;

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O Homem, Deus e o Universo

Introdução7 – Como não vemos toda a luz do espectro eletromagnético e nem ouvimos todos os sons de todas as frequências, do mesmo modo temos que estar cientes de que nossa compreensão da Realidade é limitada a uma faixa ou intervalo.

Após uma análise qualitativa da questão, façamos uma análise quantitativa.

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O Homem, Deus e o Universo

Introdução

O zero tem a extraordinária propriedade de tudo conter desde que contrabalanceadas por seus opostos. Essa propriedade lança um pouco de luz sobre como pode tudo vir à existência a partir do vazio.

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O Homem, Deus e o Universo

IntroduçãoAssim, podemos fazer o seguinte resumo:

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O Homem, Deus e o Universo

IntroduçãoA Questão de Saguna e Nirguna-Brahman

Deus possui um aspecto totalmente impessoal e outro totalmente pessoal ao mesmo tempo.

Nirguna-Brahman: Deus impessoalSaguna-Brahman: Deus pessoal

Se, de um lado Deus abrange o universo inteiro com seu amor, de outro, ele deve ter cada alma individual como o mais amado e cuidado filho, como se cada ser fosse o centro do universo (de fato para cada consciência individual ela é o centro do universo).

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O Homem, Deus e o Universo

IntroduçãoA Questão do Por quê do Universo

O Manifesto e o Não-Manifesto são dois estados opostos do Ser. Um não pode existir sem o outro, num conjunto equilibrado. Assim, se há shristi deve haver pralaya e vice-versa. Essa alternância eterna é da própria natureza da Realidade e não um exercício de vontade de qualquer ser.Esse equilíbrio eterno do Absoluto se manifesta na vida prática como a Lei da Compensação onde todas as vantagens na vida de um indivíduo são equilibradas por uma desvantagem. Todo prazer é compensado por uma dor real ou potencial. Assim, se desejamos as coisas da vida superior, temos que desistir das coisas da vida inferior.

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O Homem, Deus e o Universo

IntroduçãoNa química essa lei se manifesta como a conhecida lei de Chatelier:

“se um sistema em equilíbrio químico é submetido a qualquer mudança, ele reage de maneira a anular o efeito da mudança”

Vemos assim que podem existir, simultaneamente, um estado de perfeito equilíbrio e outro de mudança dinâmica, desde que a mudança introduzida seja compensada por outra mudança de natureza equivalente.

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O Homem, Deus e o Universo

Introdução

FIM