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EEmMemória de Clarencc Larki n,enge nheiro m ecâ ni coea rquit eto que se to rnoumini stro aos 34 anos, qu e em 1 92 0 pu bl ico u o l iv ro de ma pa s o ri ginal do sécu lo X X ,  D ispens a t ion a l T r u t h (A Ve r d adeda D is p en s açã ó ) .  Esse li vro tem a judado a m uito s minist ros, estud io sos da blia e estuda ntes dedicad os, que desejam dist inguir  j usti fi ca d a m en t e a P ala v r a d a v e r dade d e q u a lq u e r outro l i v r o desse g êne r o. Dr. David L. Co oper, Me stre e D outo r, f unda dor e pre sidente da So- cieda de d e Pesq uisa Bíbli ca , cujo l iv ro grá f ico mag ist ral T he World’ s Greate st   IJ b r ary G r a p hicall y Il l u s tr a t ed ( A M a i or C ole ç ão G r a fi c a ment eIl ustr a d a do M undo) ,  publicadaem 1 94 2, temajudado a m ol dar o nosso p ensam ento como autores. Dedicado  A os m i l h ões de l e i t o r es da sé r ie d e no v el a s so b r e o fi m dos te m pos DE I X ADOS PARA TRÁS®— qu e procura m e studa r m a is prof und a m ente a s m uitas E scri turas proféti cas na s qua is as histó ri as sã o baseadas... ea os cri stãos de todos o s l ug ares que de sejam conh ecer a s mara vi l hosas Sagradas Escrituras.  A p r ofeciaéa h i stó r iaesc r itadean t emão. A p e n a s aB í b l ia t e m a v erda d e p r o f é t i ca f idedign a . Estes grá f ico s são a cu lminaçã o de m uito s anos de estudo cuidadoso em preendido pel os autores e seu s m uit os co lega s estudi oso s da s prof ecias no  Pre - T r ib R e s e a r c h C en t er {Cent r od eP e s quisa P r é - T r i bul a ç ao). E, naturalme nte, este li vro é dedica do pri nci pa l me nte ao nosso Senhor e S alvador J esus Cristo, que é o único “espírito daprofecia” ( A pocalipse 19.10 b).  A p e n a s o es t u do d a p r ofecia dá a E l e seu l egí t i mo l ugar n a h i s t ó r i a , ta n t o no pass ado como no f utu ro.  A gradecimentos Q uerem os ex pressar noss a gra ti dão a  Edi tora Ha r vest H ousepor sua fé emnossa visão des te i me nso pro jeto —Bob Haw kins J r, que a creditou em nossa i déia; C arol yn M cCrea dy, L ara e Weiker e Bett y Fl etcher, que to ma ram nossas idéias elhes deram f orma; e S teve M il ler, sem cuja pe rsi stênci a eassistência este li vro nuncateria sido concluído. Este proj eto também se benefi cio u m uito da habilida de criativ a de K arl Sch aller, J eff L ane e os dem ais mem bros da equipe da  Le g a c y r oad S o lu t i ons.  Foi umaalegria trabal har com todas essa s pesso as!

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EEmMemória de

Clarencc Larkin, engenheiro mecânico e arquiteto que se tornou ministroaos 34 anos, que em 1920 publicou o livro de mapas original do século XX, Dispensational Truth (A Verdadeda Dispensaçãó). Esse livro tem ajudado a muitosministros, estudiosos da Bíblia e estudantes dedicados, que desejam distinguir

 justificadamente a Palavra da verdade de qualquer outro livro desse gênero.

Dr. David L. Cooper, Mestre e Doutor, fundador e presidente da So-ciedade de Pesquisa Bíblica, cujo livro gráfico magistral TheWorld’s Greatest  IJbrary Graphically Illustrated (A Maior Coleção GraficamenteIlustrada doMundo), publicada em 1942, tem ajudado a moldar o nosso pensamento como autores.

Dedicado

 Aos milhões de leitores da série de novelas sobre o fim dos tempos— DEIXADOS PARA TRÁS®— que procuram estudar mais profundamenteas muitas Escrituras proféticas nas quais as histórias são baseadas... e aos cristãosde todos os lugares que desejam conhecer as maravilhosas Sagradas Escrituras.

 A profecia é a história escrita de antemão. Apenas a Bíblia tem a verdade proféticafidedigna. Estes gráficos são a culminação de muitos anos de estudo cuidadosoempreendido pelos autores e seus muitos colegas estudiosos das profecias no

 Pre-Trib Research Center {CentrodePesquisa Pré-Tribulaçao).

E, naturalmente, este livro é dedicado principalmente ao nosso Senhore Salvador Jesus Cristo, que é o único “espírito da profecia” (Apocalipse 19.10b).

 Apenas o estudo da profecia dá a Ele seu legítimo lugar na história, tanto nopassado como no futuro.

 A g r a d e c i m e n t o s

Queremos expressar nossa gratidão a Editora Harvest Housepor sua féem nossa visão deste imenso projeto —Bob Hawkins Jr, que acreditou em nossa

idéia; Carolyn McCready, Larae Weiker e Betty Fletcher, que tomaram nossas idéiase lhes deram forma; eSteve Miller, sem cuja persistência e assistência

este livro nunca teria sido concluído. Este projeto também se beneficiou muitoda habilidade criativa de Karl Schaller, Jeff Lane e os demais membros

da equipe da Legacyroad Solutions. Foi uma alegria trabalhar com todas essas pessoas!

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Po r  q ue  u m Li v ro  G rá f i c o  So b r e  a  Pr o f e c i a Bíbl ica?

Há um provérbio popular que sugere que “uma figura vale mais que mil palavras”. Se oconsiderarmos verdadeiro, um bom gráfico vale mais que mil palavras sobre a profecia bíblica. O

 valor dos gráficos é que eles nos ajudam a ver o tempo dos eventos proféticos e a relação de unscom os outros. Com um gráfico, podemos resumir um assunto ou tema que, de forma escrita,levaria páginas para explicar. Neste livro, você vai encontrar virtualmente todos os temaschave da

profecia bíblica, em forma de gráfico.Uma das características distintivas do cristianismo bíblico é que Deus conhece e revela ofuturo (Isaías 46.811). Somente Deus pode fazer isso. Assim, o futuro está estabelecido e não estásujeito a mudanças. Podemos olhar os gráficos neste livro com a certeza de que os ensinamentosbíblicos que eles retratam irão acontecer, seguramente. Podemos ter confiança em que Deuscontinuará a cumprir Seu plano para as eras, e que nós, cristãos, temos uma parte significativanesse plano.

Nossa oração é que GloriosoRetornocapacite a todos os que têm interesse na profeciabíblica a aprender os ensinamentos proféticos das Escrituras de modo mais significativo.

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Co n t e ú d o

1. Compreendendo o Plano de Deus Para as Eras..............................................................................................07

2. O Que É a Profecia Bíblica?.................................................................................................................................11

3. Por Que os Cristãos Devem Estudar a Profecia Bíblica?.............................................................................12

4. A Maior Biblioteca do Mundo.............................................................................................................................15

5. Como A Bíblia Chegou Até Nós.........................................................................................................................16

6. Os Quatro Eventos Centrais da História..........................................................................................................23

7. A Certeza Absoluta da Volta de Cristo..............................................................................................................24

8. Os Picos da Montanha da Profecia....................................................................................................................26

9. O Esboço da Isaías Sobre o Ministério do Messias.......................................................................................28

10. Satanás: Seu Passado, Presente e Futuro.......................................................................................................31

11. O Sermão no Jardim das Oliveiras...................................................................................................................34

12. Paulo e a Segunda Vinda.....................................................................................................................................37

13. Pedro e o Futuro...................................................................................................................................................39

14. A Revelação do Futuro a João..........................................................................................................................42

15. Os Três Grupos de Pessoas na Profecia Bíblica...........................................................................................45

16. O Destino Profético da Igreja...........................................................................................................................46

17. O Arrebatamento da Igreja.................................................................................................................................49

18. O Tribunal de Cristo............................................................................................................................................51

19. A Tribulação............................................................................................................................................................54

20. A Batalha do Armagedom e a Volta de Cristo..............................................................................................61

21. Glorioso Retorno...................................................................................................................................................63

22. Os 75 Dias de Preparação para o Milênio.....................................................................................................64

23. Do Julgamento ao Milênio..................................................................................................................................66

24. O Milênio................................................................................................................................................................67

25. O Julgamento do Grande Trono Branco.........................................................................................................69

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26. O Estado Eterno.................................................................................................................................................72

27. As Alianças.............................................................................................................................................................74

28. As Dispensações...................................................................................................................................................78

29. Israel: O Grande Sinal de Deus para o Fim dos Tempos..........................................................................81

30. O Esboço de Daniel Sobre o Futuro..............................................................................................................84

31. As 70 Semanas de Daniel..................................................................................................................................86

32. Ezequiel 3739 ......................................................................................................................................................87

33. Ezequiel 4048 ......................................................................................................................................................90

34. O Tabernáculo de Israel, o Templo e a Arca na História e na Profecia................................................93

35. Elias e João Batista na História e na Profecia..............................................................................................96

36. As Festas de Israel na Profecia.........................................................................................................................98

37. Babilônia na História e na Profecia.................................................................................................................101

38. As Várias Visões do Arrebatamento...............................................................................................................103

39. Os Vários Arrebatamentos na História e na Profecia................................................................................106

40. As Duas Fases do Retorno de Cristo..............................................................................................................108

41. O Arrebatamento: Comparando João 14 com 1Tessalonicenses 4.......................................................110

42. O Espírito Santo e o Arrebatamento.............................................................................................................112

43. Montando o Cenário............................................................................................................................................114

44. Os Sinais da Volta de Cristo.............................................................................................................................116

45. As Ressurreições e os Julgamentos nas Escrituras......................................................................................118

46. Apocalipse 1922..................................................................................................................................................120

47. As Várias Visões do Milênio.............................................................................................................................125

48. Onde os Mortos Estão Agora?.........................................................................................................................127

49. O Fim da História e o Começo da Eternidade............................................................................................131

50. Qual É a Sua Escolha?......................................................................................................................................134

índice de Gráficos................................................................................................................................................135

Notas.......................................................................................................................................................................137

Encarte Gráfico: “Compreendendo o Plano de Deus Para as Eras” Final do Livro

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Co m p r e e n d e n d o  o

Pl a n o  d e  D eus para  a s E r a s

Por razões que apenas Deus conhece, Eledecidiu povoar a eternidade com uma raça de sereshumanos que escolhem adorálO, obedecendo à Sua

 vontade. Criou o homem à Sua própria imagem, comuma mente superior a de qualquer outra criatura

 vivente, e soprou nesse homem “o fôlego de vida eele passou a ser uma alma vivente”. Desse primeirohomem chamado Adão, Deus extraiu uma costela efez a mulher, a quem chamou Eva, para ser a compa-nheira auxiliar de Adão. Juntos, de acordo com o planodo Criador, eles tinham a capacidade de procriar ou-

tros seres humanos semelhantes a eles, com uma almaeterna e o livre arbítrio, capacitandoos também aobedecerem ou desobedecerem a Deus por meio desua escolha. Talvez a parte mais incrível desse mila-gre da criação é que eles também tinham a capacidadede transmitir o dom da procriação e o livre arbítrio aseus próprios filhos, por milhares de gerações.

O Deus Criador colocou, então, o homem esua esposa em um belo jardim, que Ele chamou Éden.

 AH colocou duas árvores especiais, que designou “a

árvore da vida” e “a árvore do conhecimento do beme do mal”. O homem e a mulher foram expressamenteproibidos de comer da segunda árvore, ou morreriam,mas não estavam proibidos de comer da árvore da

 vida. Muitos acham que, se tivessem comido primei-ramente da árvore da vida, antes de comerem daárvore proibida, eles teriam sido aprovados no testee o pecado não teria entrado na raça humana. Em

 vez disso, atenderam à voz do tentador e desobedece-

ram a Deus, comendo da árvore proibida. Por meiodesse ato, o pecado entrou na raça humana.Deus, em Sua maravilhosa graça, começou a

revelar Sua vontade ao homem desde o início, emGênesis 3.15, que é a primeira profecia relacionadaao plano redentor de Deus para a salvação da humani-dade. Desde então, pela mão de muitos escritores,Deus continuou a revelar mais do Seu plano que en-contramos na Bíblia.

 AO rigem do M al

Em algum momento do passado, um dosanjos especiais criados por Deus, Lúcifer, o “queru-bim ungido” (Ezequiel 28.14), originalmente criadoperfeito em todos os seus caminhos (como foram osoutros anjos e o homem), tornouse rebelde. Lúcifer,mais tarde, induziu um terço dos anjos do céu, comotambém Adão e Eva a fazerem o mesmo. Todos cieshaviam recebido o livre arbítrio c usaramno para serebelar contra Deus. Temos apenas alguns detalhes

acerca dessa rebelião, que resultou na expulsão deLúcifer (também chamado Satanás) do céu, junta-mente com os anjos que se uniram à sua rebelião(Apocalipse 12). Ele foi lançado para a terra, designa-da como seu território especial, onde se tornou o“príncipe da potestade do ar” (Efésios 2.2) e o “deusdesta era” (2 Coríntios 4.4). Isso deflagrou o conflitodas eras entre Deus e Satanás, no sentido de queambos buscam a adoração de cada homem e de cada

Glorioso Retomo 7

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mulher sobre a terra. Como diz a profecia, Satanás,o enganador mestre da humanidade, será, no final,totalmente banido do céu, juntamente com todosaqueles que o seguem, tanto anjos quanto sereshumanos. Após o reino milenar de Cristo e a rebeliãofinal de Satanás, todos eles serão lançados para dentrodo “lago de fogo” (Apocalipse 20.14).

Por que Deus colocou a humanidade nesta

terra —onde Satanás caído tem acesso à mente e à vontade das pessoas —nós não sabemos. Considerandoo objetivo do Criador de desenvolver uma raça depessoas dotadas de livre arbítrio, que voluntariamenteescolhessem adorálO e servir a Ele por toda a eterni-dade, este mundo se toma, então, um campo de provaou lugar de teste, onde cada pessoa deve fazer suaescolha sobre quem vai seguir Deus ou Satanás.Satanás, descrito por Jesus Cristo como “enganador”e “mentiroso”, não é honesto no modo como se apro-xima dos homens. Ele nunca pede especificamente

que a humanidade o sirva ou o adore (mas ele o faráno período da Tribulação). Em vez disso, ele seduzo homem com idéias como: “Faça as coisas ao seupróprio modo” ou “Você pode ser como Deus”. Amaneira como ele tentou Eva, em Gênesis 3, é umexemplo perfeito da maneira desonesta como enganatodas as pessoas. Em contraste com isso, Deus é a

 verdade; Ele sempre se aproxima do homem e damulher com honestidade. Em todas as eras, Ele pediufrancamente às pessoas que obedecessem a Ele e O

servissem. No Antigo Testamento Ele deu manda-mentos aos filhos de Israel e prometeu abençoálos,se eles guardassem os mandamentos; e amaldiçoálos, se desobedecessem a eles. Toda a história deIsrael é uma ilustração do cumprimento das promes-sas de Deus de acordo com as escolhas das pessoase com seu comportamento.

O Co n f l i t o  d a s E r a s

O ódio de Satanás pela humanidade tornase evidente quando examinamos o conflito das eras,como está revelado na Bíblia. Em cada era, Satanástem tentado destruir a humanidade, ao passo queDeus tem buscado salvar as pessoas. Adão e Evatinham algo que Satanás não tinha —um espíritoeterno capaz de ser sensível a Deus. Quando Satanásinduziuos a pecar, desobedecendo a Deus, esse espí-rito morreu. Isso tornou necessária a redenção dahumanidade por meio do derramamento de sangue

inocente. Portanto, Deus enviou Seu Filho à terrapara tornarse o redentor do homem, o único meiode salvação eterna, por meio do sacrifício do Filhona cruz. Desde então, toda a humanidade pôde, aoescolher receber a Cristo e confiar nEle, ter seu espí-rito “nascido de novo” (João 3.3, 7).

 A história completa do conflito das eras entreDeus e Satanás, pelas almas dos seres humanos, é

muito longa para ser incluída aqui, mas há algunspontoschave nessa história. Por exemplo, lemossobre o dilúvio em Gênesis, capítulos 68. Antes dodilúvio, as pessoas viviam por muito tempo (alguns

 viveram por oitocentos ou até novecentos anos).Pouco se sabe sobre esse período, exceto que, porfim, os homens na terra rebelaramse contra Deus,tornandose tão corruptos, moralmente, e violentos,que Deus mandou o dilúvio para destruir a todos,exceto, a Noé e sua família que foram considerados

 justos.

 Após o dilúvio, Deus enviou o arcoíris comolembrança permanente de que Ele nunca mais des-truiria o mundo por meio de um dilúvio. Emboratenha havido e ainda haja inundações locais, algumasbem severas, Deus, em sua misericórdia, tem mantidoSua palavra, e nunca mais houve um dilúvio de alcan-ce mundial.

Logo após o grande dilúvio, Satanás instigouNinrode e sua mãe a introduzir a idolatria na cidadede Babel que, depois de Jerusalém, é a segunda cidade

mais influente no mundo. Toda religião falsa, particu-larmente práticas pagãs de idolatria, reportase aBabel, uma cidade que está agora sendo reconstruída(de acordo com a profecia) e um dia será destruídapara sempre. Por causa das intenções erradas dohomem ao construir a torre de Babel, Deus trouxeconfusão sobre as pessoas, levandoas a falaremlínguas diferentes. Isso resultou na dispersão do povosobre a terra, formando grupos de acordo com sualíngua.

 A N a ç ã o  d e  Israe l

Mais tarde, Deus chamou Abraão da cidadeidólatra de Ur, prometendolhe uma nova terra e umpovo a partir de sua própria descendência. Abraão eSara, sua esposa, não tiveram seu prometido filhoaté que ambos estivessem muito velhos para gerar.Deus operou claramente um milagre quando fez queeles tivessem Isaque, o qual foi o começo de uma

8 Glorioso Retorno

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nova nação chamada Israel. Por meio de sua semente,Deus abençoaria as pessoas de todo o mundo; seriapor meio de Israel que Deus enviaria o Messias paraser o cordeiro do sacrifício e traria redenção para todoaquele que invocasse Seu nome.

Deus também planejou abençoar as pessoasdo mundo através da nação hebraica se eles obedeces-sem a Ele. Deus lhes deu a comissão de serem oslíderes espirituais do Antigo Testamento, e os colocou

na que hoje é chamada a Terra Santa. Essa terra repre-sentou uma ponte entre os continentes norte e sul.Era ali que os comerciantes e os reis de Israel podiamser testemunhas para as nações politeístas do mundo.Deus prometeu que aqueles que O adorassem e Oservissem seriam incrivelmente abençoados, acimade qualquer coisa conhecida em outras nações, entãoesses visitantes podiam levar a mensagem de Deus asuas pátrias —assim como a Rainha de Sabá fezdurante o reinado de Salomão. Por causa do acesso

de Israel à rota do comércio de seda no oriente, oshebreus poderiam ter influ-enciado até a China e o orien-te se tivessem permanecidosfiéis.

Deus queria ser Reide Israel, e estabeleceu Sualiderança por meio dos sacer-dotes, profetas e juizes, mui-tos dos quais escreveram a revelação de Sua vontade

para os israelitas e para as gerações futuras. Essarevelação é o que nós conhecemos agora como asSagradas Escrituras. Esses escritos sagrados contêmapenas registros de histórias, realmente autênticos,do homem, instruções sobre como viver, e profeciaspara o futuro. Tudo que Israel tinha de fazer paraexperimentar as incríveis bênçãos, era adorar somentea Deus e manifestar essa adoração obedecendo eservindo a Ele. Em vez disso, os israelitas foramenganados por Satanás e induzidos a buscar um reientre seu próprio povo —um rei que, por fim, desviouo povo da dependência e serviço a Deus, paradependerem e servirem a um rei terreno e ao governoterreno que este proporcionaria. Deus, então, escolheuoutro homem para tornarse rei —o rei Davi, “homemsegundo o coração de Deus”. Durante o reinado deDavi e a primeira parte do reinado de seu filhoSalomão, a nação de Israel voltou a obedecer a Deuse recebeu bênçãos até então nunca vistas.

Finalmente, tanto as dez tribos do norte deIsrael como as duas tribos de Judá, ao sul, abandona-ram a adoração a Deus e a maioria do povo tornouse idólatra. Por causa do pecado de idolatria, Deuslevantou o rei Nabucodonosor para fazer cativos os

 judeus e leválos para a Babilônia, onde permanece-ram por setenta anos. Ele fez isso para provar deuma vez por todas que somente Ele é Deus e somen-te Ele pode predizer o futuro, como os profetas hebreus

ensinavam.

D e  J esus  Cr i s t o   e m D i a n t e

 Aproximadamente quatrocentos anos depoisdo final do Antigo Testamento, a maior de todas asprofecias foi cumprida: o nascimento, a vida, a mortee a ressurreição do Messias. Pelo menos 109 profeciasforam cumpridas nos 33 anos de vida de J esus, cum-prindo a promessa de Deus, de quase quatro mil anosantes, de que a semente da mulher (Eva) esmagaria

a cabeça de Satanás. Istoaconteceu por meio da mortede Jesus Cristo na cruz, pelospecados do mundo inteiro.Quando clamou, na cruz:“Está consumado”, Jesus nãoquis dizer que o conflito entreas eras estava terminado. Elequis dizer que o sistema tem-

porário de sacrifício, do Antigo Testamento, não era

mais necessário, e que agora um caminho perma-nente, de livrarse do engano de Satanás e das conse-qüências do pecado estava aberto —a salvação pelagraça, por meio da fé em Cristo. Além disso, Jesusprometeu enviar Seu Espírito Santo para habitar noscrentes. Isso não os tornaria inatingíveis para os enga-nos de Satanás e para o mundo, mas os crentes teriamum poder sobrenatural com o qual combateriam opoder e o engano de Satanás, se andassem com Deuse dEle dependessem.

Este mundo não passou a ser um lugar per-feito desde então; em cada geração as pessoas têmtido que escolher a quem vão servir. Aqueles queescolhem seguir a Deus têm o auxílio do NovoTestamento, que contém novas revelações e profe-cias inspiradas pelo Espírito Santo. E, com a ajudada habitação desse mesmo Espírito, os crentes têmconseguido alcançar vitória sobre Satanás e sualegião de demônios.

Uma das afirmações queSatanás é um inimigo derrotado

é um plano profético para asegunda vinda de J esus Cristo.

__________________ 'V___________________m

Glorioso Retorno 9

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Contrastando com essa realidade, o mundocontinua nos mesmos passos destrutivos. Satanástem possuído reis, ditadores, presidentes e outros líde-res de governo. Muitos desses líderes têm estado entreas fontes de conflitos terrenos do homem. E a evolu-ção do tempo não tem sido acompanhada de evolu-ção da humanidade. No recente século XX, nossasociedade dita civilizada distinguiuse como a mais

bárbara na história da humanidade. Os governantesdos dias atuais e suas guerras têm causado mortes eassassinatos de quase cento e oitenta milhões dealmas, apenas neste século maior número de mortesdo que a soma de todas as guerras anteriores na histó-ria! Mesmo hoje, os noticiários da noite estão repletosde expressões da desumanidade dos homens contraseus semelhantes por meio de governos ou líderesditatoriais e opressivos.

O novo nascimento em Cristo e a habitaçãodo Espírito Santo, juntamente com os 27 livros, de

divina revelação, do Novo Testamento que ajudamo cristão a crescer espiritualmente, parecem teratenuado um pouco o estado da humanidade duranteesse conflito das eras. Milhões de cristãos têmse ser-

 vido da ajuda desses recursos e da igreja. Com refe-rência à Igreja, jesus disse: “As portas do inferno nãoprevalecerão sobre ela” (Mateus 16.18). Assim, oscristãos são protegidos a um tal ponto que as “astú-cias” de Satanás não podem destruílos. Uma das afir-mações de que Satanás é um inimigo derrotado é um

plano profético de Deus para a segunda vinda de JesusCristo. Nos primeiros três séculos de sua existência,a igreja tinha tanto zelo e fogo espiritual por causade sua crença na volta de Cristo para estabelecer Seureino sobre a terra, que o cristianismo tornouse areligião dominante e foi adotada como religião oficialdo Estado pelo imperador de Roma em 313 d.C.

O imperador Constantino tinha boas inten-ções quando associou religião e governo, mas Sata-nás descobriu rapidamente que o que ele não podiadeter por meio de perseguição, ele podia sufocar pormeio de indulgência. No início, Constantino mandoufazer cinqüenta novas cópias das Sagradas Escrituraspara substituir aquelas que os perseguidores da féantes dele haviam queimado. Depois deu aos líderesda igreja os antigos templos pagãos como lugares deadoração.

Por volta do século IV, a igreja de Romacomeçou a aceitar algumas das tradições e ensina-mentos do paganismo babilónico, religião oficial prati-

cada em Roma antes e depois do tempo de Cristo.No século V, Agostinho e seus seguidores gregos,que tinham sido educados no humanismo e no fata-lismo pagãos, introduziram o mais poderoso inimigodo verdadeiro cristianismo, a alegorização das Escri-turas. E interessante que Orígenes, o teólogo “cris-tão” grego, foi considerado um herético pela igrejado terceiro século, por alegorizar as Escrituras, ao

passo que a igreja do século V aceitou oficialmenteesse mesmo método de Agostinho de ensinar asprofecias. Tal método de interpretar as profecias pormeio de alegorias foi, posteriormente, aplicado àsEscrituras em sua totalidade. Isso abriu as portas paraa ascensão da religião pagã ao mesmo nível da verda-de bíblica. Por sua vez, essa prática levou à Idadedas Trevas, um período de mil e cem anos durante oqual se ocultou a Bíblia, das pessoas comuns. Foiapenas no século XVI, que a Reforma Protestantereverteu essa onda. Numa providência de Deus, a

invenção da imprensa e o trabalho de tradução daBíblia para a linguagem do povo comum por toda aEuropa, mais uma vez incendiaram a igreja. Umadas principais razões do surpreendente crescimentoda igreja durante os quatro séculos anteriores tinhasido a renovação do interesse pelas profecias sobreo fim dos tempos, que resultou naturalmente do fatode as pessoas começarem a ler as Escrituras sozinhase acreditar nelas literalmente. Até os dias de hoje, asigrejas e os cristãos que consideram a Bíblia literal-

mente tendem a ser prémilenistas, acreditando queDeus vencerá o conflito das eras quando Seu Filho Jesus voltar a esta terra como o “Rei dos Reis e Se-nhor dos Senhores” (Apocalipse 19.16). Ele, então,estabelecerá Seu reino de justiça sobre a terra pormil anos, e será seguido por uma eternidade melhor,descrita como céu.

O l h a n d o  para  a  E t e r n i d a d e

Há muitos outros detalhes da profecia futuraque vamos examinar neste livro. Contudo, seríamosnegligentes, se deixássemos de mencionar duas impor-tantes verdades sobre o tempo do homem sobre estaterra. Uma delas, é que toda a humanidade tem duascoisas em comum. Primeira, cada pessoa deve fazersua própria escolha sobre Deus durante seu tempode vida. Desde Adão e Eva até a última pessoa vivendodurante a rebelião final descrita em Apocalipse 20.1115, cada um deve decidir a quem vai adorar e servir

10 Glorioso Retorno

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—a Deus, ou aos deuses deste mundo (incluindoídolos, dinheiro, fama ou fortuna).

O segundo fato é que há somente dois lugaresonde passar a eternidade: o céu, no qual o próprio

 Jesus está preparando um lugar para os cristãos, ou oinferno, que foi preparado para o diabo e seus anjos.Se você ainda não fez sua escolha, recomendamoscom insistência que você creia que Jesus morreu por

seus pecados de acordo com as Escrituras, que Eleressuscitou novamente no terceiro dia e que vocêpode ser salvo, confessando seus pecados a Ele econvidandoO a entrar em sua vida por meio doEspírito Santo. Como todas as outras pessoas quetêm ouvido essa mensagem, você tem uma escolha afazer. Lembrese dc que seu destino eterno serádeterminado por essa escolha.

2.O q ue  É a  Pr o f e c i a  Bíbl ic a

Um pro fe ta é definido como “aquele que fala em nome de outro”, e uma profec ia é a mensagemque ele transmite. A profecia bíblica é a mensagem infalível de Deus ao homem, falada ou escrita

por profetas especialmente escolhidos por Deus. Hoje, muitas pessoas pensam que a profeciatrata apenas das predições sobre o futuro, mas não é este o caso. Em um sentido mais amplo,a profecia inclui qualquer aspecto da revelação de Deus ao homem como está registrada nos66 livros da Bíblia. Entretanto, neste livro, nosso foco será a profecia relacionada à previsão,

especialmente àquela que ainda é futura em relação aos nossos próprios dias.

 A profecia é a história escrita com antece-dência. O Senhor disse por meio de Isaías, o profeta:“Lembraivos das coisas passadas da antigüidade; queeu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não háoutro semelhante a mim; que desde o princípio anun-cio o que há de acontecer e desde a antigüidade, ascoisas que ainda não sucederam; que digo: o meuconselho permanecerá de pé, farei toda a minha vonta-de; que chamo a ave de rapina, desde o Oriente, e deuma terra longínqüa, o homem do meu conselho. Euo disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito,também o executarei” (Isaías 46.911). O Senhordetermina o que vai acontecer na história e entãofaz com que se cumpra. Considerando que Deus podefazêlo, não é difícil que Ele nos diga, de antemão, oque vai acontecer.

O apóstolo Pedro escreveu: “Porque não vosdemos a conhecer o poder c a vinda dc nosso Senhor

 Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inven-tadas, mas nós mesmos fomos testemunhas ocularesde sua majestade” (2 Pedro 1.16). As falsas religiões esuperstições são baseadas em histórias engenhosas,mas o cristianismo tem como base nada menos que arevelação do próprio Deus à humanidade, como

encontrada na Bíblia. Pedro continua citando a pro-fecia bíblica: “Temos, assim, tanto mais confirmadaa palavra profética, e fazeis bem em atendêla, comoa uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que odia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração”

(2 Pedro 1.19). Por que podemos depositar toda a nossaconfiança na Palavra profética de Deus? Porque, comoPedro conclui, a profecia não é uma questão de inter-pretação humana de eventos históricos: “Sabendo,primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escri-tura provém de particular elucidação; porque nunca

 jamais qualquer profecia foi dada por vontade huma-na, entretanto, homens (santos) falaram da parte deDeus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.20, 21).

 A profecia dá ao cristão um esboço do pro-

grama de Deus para o futuro. E pelo fato de centenasde profecias específicas já terem sido literalmentecumpridas a maioria delas em relação à primeira

 vinda de Cristo —sabemos que todas as profeciassobre o futuro serão cumpridas literalmente, no finaldos tempos, e a volta de Cristo também será cumpridaliteralmente. Um crente fiel deve ser encontrado

 vigiando e esperando a vinda do nosso Senhor.

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3.Por que os Cristãos D evem

E studar a  Proeeoa Bíbiica?

Certamente Deus sempre quis que os cristãos estudassem a Profecia Bíblica porquegrande parte da revelação divina para a humanidade, que nós chamamos de Bíblia, é formada

de profecias. Pelo menos vinte e oito por cento da Bíblia era de natureza profética no tempoem que foi escrita. O Dr. J ohn Walvoord, deão de profecia do Seminário Teológico de Dallas,

autor do livro “Pro fec ias da B íb l ia ” , ensina que metade das mil profecias bíblicas, documentadasno último século, já foi cumprida. Isso nos assegura que o restante das profecias bíblicas,

que tem muito a ver com nosso futuro, também será cumprido.

Infelizmente, muitos pastores hoje sabempouco ou nada sobre a profecia bíblica, porque nãofoi ensinada em seus seminários; conseqüentemente,não ensinam sobre profecia em seus púlpitos. Issofaz que muitos cristãos desconheçam os maravilho-sos planos de Deus para o futuro. O que é lamentável,pois há várias razões por que o povo de Deus deveestudar a profecia.

1. As Profecias nos Informam

S O B R E O M A I S I M P O R T A N T E

 A ssunto das Eras:

O Plano de D eus para o Homem

Não somos criaturas isoladas vivendo num vazio sem causa ou propósito (como os pensadoresseculares que atribuem a existência do homem a umacidente de evolução querem nos fazer crer). Fomoscriados com corpo, alma e espírito por um Deus amo-

roso que tem um plano detalhado para nosso futuro,o qual está revelado somente na Bíblia. Não conheceresse plano profédco toma todas as pessoas —mesmoos cristãos —vulneráveis a falsos ensinos sobre onosso presente e o nosso futuro. A única maneira deresponder aos convincentes argumentos de falsosmestres é estar armado com a verdade sobre o planode Deus para o futuro.

Nosso encarte gráfico, no final deste livro,intitulado “Compreendendo o Plano de Deus paraas Eras”, nos dá um quadro geral do que alguns pro-fessores de Bíblia chamam de “coração da Bíblia”ou “a coluna vertebral da Bíblia”. Preferimos pensarnos elementos desse gráfico como o próprio funda-mento das Escrituras e que todos os 66 livros da Bí-blia acrescentam detalhes a essa estrutura básica. Se

 você memorizar esses elementos básicos, será maisfácil lembrarse da cronologia e da história da Bíblia.Cremos que esse gráfico e os demais gráficos nestelivro vão ajudálo a compreender melhor o projetobásico de Deus para o homem —o passado, o presentee o futuro.

2. E s t u d a r  a s Pr o f e c i a s 

B íbl icas n o s Co n v e n c e  

d e  q u e  R e a l m e n t e  h á  um D eus

Somente Deus pode revelar o futuro! E istoé profecia —a história escrita com antecedência.Neste livro, vamos afirmar que muitas profeciasespecíficas na Bíblia já foram cumpridas. De fato,cada profecia cumprida, foi cumprida a seu própriotempo. Além disso, a Bíblia ensina que o teste de umprofeta é se sua profecia chega a se cumprir e se elaestá de acordo com o restante da Bíblia (Deuteronômio 18.22). Os muitos gráficos neste livro têm a

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intenção de convencêlo da verdade profética de que“há um Deus no céu que revela os mistérios” (misté-rios sobre o futuro Daniel 2.28). Nenhum outrolivro ou pessoa já predisse o futuro com total precisão.O fato de somente Deus poder fazer isso é umaconfirmação de que Ele é tudo que reivindica ser.

3. O Cumpr imen t o  L i t e r a l  

d a s  Pr o e e c i a s  n o s  En s i n a  q u e  a s Pr o f e c i a s D e v e m se r  

In t e r p r e t a d a s  L i t e r a l m e n t e

Hoje, muitos professores confundem oscristãos, ensinando que as Escrituras não devem serinterpretadas literalmente. Em vez disso, eles apelampara a cspiritualização ou interpretação alegórica dasprofecias bíblicas. O que leva apenas a confusão!

Deus quis dizer o que Ele disse e disse o que quis dizer?O estudo das profecias cumpridas responde com umretumbante sim. Nosso estudo das profecias jácumpridas nos inspira a confiar em que Deus vai cumpriras profecias que devem ser cumpridas no futuro.

4. O E s t u d o  d a s Pr o f e c i a s 

Capac i t a  os Cr i s t ã o s 

a  E scaparem d o s E n g a n o s 

d e  m u i t o s Fa l s o s P r o f e t a s q ue  

se  L e v a n t a m e m n o s s o s D ia s

Embora sempre tenha havido falsos mestres,à medida que nos aproximarmos do final dos tempos,haverá um aumento no número daqueles que, comseus ensinamentos errôneos, levam as pessoas a sedesviarem. A melhor defesa é “vistam toda a armadurade Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas

do Diabo” (Efésios 6.11 KJA). Nosso Senhor pre-disse que falsos cristos e falsos profetas surgiriam nofinal dos tempos, alguns dos quais poderão apresentargrandes sinais e milagres e enganar aqueles que nãoconhecem as Escrituras —particularmente as pas-sagens bíblicas que se referem às coisas futuras. Amelhor maneira de evitar ser enganado por falsosmestres é conhecer os ensinamentos proféticos daPalavra de Deus.

5. O E s t u d o   d a s  Pr o f e c i a s 

Pr o m o v e  u ma   Ig r e j a  

E v a n g e l iz a d o r a

Os períodos de maior evangelização dahistória da igreja têm sido os tempos em que a igrejase empenhou em estudar as profecias. Como um todo,a igreja primitiva era evangelizadora. Desde os temposem que o Senhor disse: “Voltarei e vos receberei paramim mesmo” (João 14.3), até pelos seguintes, e mais,três séculos, a igreja primitiva tinha um fervorevangelístico. Pode parecer que o entusiasmo da igrejatenha resultado da perseguição, mas parte da razãopor que ela era perseguida era seu fervor evangelístico—e isso, por sua vez, era devido ao fato de o breveretomo do nosso Senhor ser uma parte proeminentenos ensinos da igreja.

Por volta do século IV d.C., o paganismo

havia entrado sorrateiramente na igreja e a Bíblia nãoera mais ensinada amplamente. Tornouse um objetode adoração e, durante toda a Idade das Trevas, rara-mente era ensinada e muito pouco lida (poucossabiam ler). No século XIV, o cidadão inglês JohnWycüffe (1330 —1384) decidiu traduzir a Palavra deDeus para uma linguagem comum para que todos apudessem ler. Esse foi o ponto de partida da Reforma,e as pessoas começaram a ler a Bíblia novamente.

No século XIX, houve a redescoberta do

estudo da profecia, ou estudo das últimas coisas. Aomesmo tempo, nasceu a maior ênfase missionária eevangelística da era da igreja moderna. Durante oséculo passado, algumas das igrejas mais inclinadasa evangelização e a visão missionária foram aquelasque ensinaram as profecias e isso também é verdadeiroem nossos dias.

6. O E s t u d o  d as Pr o f e c i a s 

T e n d e  a  Pu r i f i c a r  o  Cr e n t e

Não é segredo que vivemos uma era profana.Infelizmente, muito dessa profanidade pode serencontrado até mesmo na igreja. Uma ferramenta queo Espírito Santo usa para motivar os "crentes a viverem

 vidas santas é o estudo das profecias, particularmentedaquelas passagens que se relacionam ao breveretomo do nosso Senhor. O apóstolo João disse issoa respeito daqueles que guardam a promessa da

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segunda vinda do Senhor em seus corações: “E a simesmo se purifica todo o que nele tem esta espe-rança, assim como ele é puro” (1João 3.3).

Muitos dos crentes, num momento de tenta-ção, têm pensado: “Hei de querer estar fazendo istoquando Cristo voltar? Quando a resposta é não, émais fácil rejeitar a tentação. Somos desafiados a

 viver de tal maneira que não nos sintamos envergo-nhados quando o nosso Senhor voltar.

7. A Pr o f e c i a  O f e r e c e  

E s pe r an ça  Se g u r a  e m u ma  

E r a  se m E sperança

O homem pode absorver muitas pressões na vida, mas não a falta de esperança. O mundo emque vivemos não tem esperança. Olhando para trás,

 vemos uma interminável história de guerras, ódio ecrueldade, tudo que revela a desumanidade do serhumano. O próprio estudo da história é um estudode guerras e da desumanidade do homem para comseu semelhante. O mundo todo anseia por paz, masnão conhece a paz. Os problemas do homem pioramcontinuamente, deixando muitos sem esperança.

. Os estudiosos da profecia, contudo, nãoapenas sabem o que nosso Deus amoroso tem plane-

 jado para o futuro deste planeta c dos bilhões depessoas que nele vivem, mas demonstram também

uma firme confiança em relação ao futuro e não estãocom medo. Não somente sabem o que o futuro

reserva; eles conhecem .Aquele que domina o futuro.O triste é que os piores dias na história

mundial não estão no passado, mas ainda estão por vir. O próprio Senhor nos adverte de que o fim dahistória humana seria um tempo de “grande tribula-ção, como desde o princípio do mundo até agora nãotem havido e nem haverá jamais” (Mateus 24.21).Quando estudamos o contexto dessa passagem, deta-

lhadamente, vemos que esse terror futuro será incom-parável na história da humanidade. Contudo, essanão é uma grande preocupação pessoal para o cristãoque compreende perfeitamente o plano profético deDeus, pois ele conhece seu lugar seguro no planofuturo de Deus.

Essa confiança ou esperança não é automá-tica; mas surge em resposta ao estudo da Palavra deDeus em geral, como também daquelas passagensque dizem respeito à profecia. E quando falamos de

esperança, não estamos falando sobre uma esperançaocasional que diz: “Esperamos que as coisas melho-rem”. Não, nós cristãos, temos acerteza de que o futu-ro acontecerá exatamente como Cristo predisse. Nãomeramente desejamos que Jesus volte novamente;temos a certeza de que Ele virá novamente porqueEle prometeu que voltaria. Quanto mais conhecemossobre as promessas proféticas de Deus, mais conven-cidos nos tornamos de seu cumprimento futuro. Osque estão familiarizados com as profecias bíblicassão os únicos que podem enfrentar com uma tranqüilaconfiança aquilo que parece ser um futuro incerto.

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Profecia

M ate us Marcos), Luc as

Trinta e Nove Livros do Antigo Testamento

Salmos

Poesia

 A Maior  bibiio t ec a  d o  Mu n d o

E Z j

Gênesis Êxodo

 jeremias

A Bíblia é a maior biblioteca do mundo (pois não é apenas um livro, mas uma bibliotecade 66 livros). Ela é a revelação do plano de Deus para o homem, sua história e seu futuro.

É um dos livros mais antigos do mundo e não é comparado a nenhum outro, escrito durante

um período de 1.500 anos, por mais de 40 autores de diferentes classes sociais. E, entretanto,quando lemos do Gênesis ao Apocalipse, percebemos uma incrível harmonia, que não pode seratribuída a quarenta homens diferentes, mas ao Deus sobrenatural, que usou tais homens para

revelar tanto Seu plano universal quanto Sua vontade para a humanidade.Como o apóstolo Pedro disse,a revelação de Deus veio, não por “vontade humana, entretanto,

homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.21).

História

 A Maior Biblioteca do Mundo

 Vinte e Sete Livros do Novo Testamento

Levítico Números 1Reis 2 Reis

HistóriaHa in roiaVida de Cristo

História

Profetas Maiores Profetas Menores

Epístolas e Cartas

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 A Co n f ia bil id a d e   d a   B íbl i a

O Espírito Santo tem preservado a exatidãoda Bíblia, a qual tem sido submetida a um testecuidadoso e minucioso, mais que qualquer outro livrona história. Os arqueólogos também têm encontradoevidências irrefutáveis que confirmam as declaraçõesdas Escrituras. No passado a Bíblia era ridicularizadapelos céticos por incluir a Assíria, a cidade de Nínive

e os nomes de reis não mencionados em nenhumaoutra parte da história antiga. Mas as descobertasarqueológicas têm confirmado e continuam afirman-do o que os céticos têm rejeitado. Quando considera-das devidamente, todas as evidências levam à con-clusão de que a Bíblia não é apenas a maior bibliotecado mundo, ela é também a mais confiável.

O falecido Dr. David L. Cooper, um dos maisdestacados estudiosos da Bíblia no mundo, falou dasEscrituras:

“Abundante e esmagadora é a prova de que as

Escrituras são o fôlego de Deus. Ninguém quebusque a verdade com mente aberta podeponderar sobre a evidência da divina origem dasEscrituras e chegar à conclusão de que os livrosda Bíblia foram escritos por homens nãoinspirados.”1

Há muitas linhas de evidência que levam aessa conclusão, mas por uma questão de limitaçãode espaço, vamos considerar apenas uma: há umaunidade absoluta que permeia esses 66 livros, escri-tos durante o período de 1.500 anos, por 40 ou mais

autores diferentes, vindos de formações diferentes eque experimentaram uma ampla variedade de cir-

Nenhum outro livro já foi tão amado ou tãoodiado. A Bíblia tem sido amada por multidões de

cunstâncias. Tal unidade é humanamente impossível—evidentemente foi Deus quem orquestrou essaunidade. O Dr. Cooper escreveu:

“Um exame cuidadoso de toda a Escrituramostra que o plano anunciado em Gênesis 3.15é consistentemente sustentado ao longo dasEscrituras. Esse versículo é o texto da Bíblia.Tudo o que segue é apenas o desdobramentodesse propósito divino que atravessa as eras e

culminará na ‘dispensação da plenitude dostempos’, quando Deus vai convergir todas ascoisas sob o domínio do Senhor Jesus Cristo(Efésios 1.10). Não há contradições nas Escri-turas. Para o leitor superficial pode parecer quehá algumas discordâncias, mas por meio dainvestigação meticulosa, essas coisas que pare-cem discrepantes, demonstram ser gloriosas,harmonizandose de maneira convincente.”2

 A profecia, ou a “história escrita com antece-dência”, fornece um esboço do programa de Deus

para o futuro antes que ele aconteça. E somenteDeus pode conhecer o futuro! Sendo assim, a profecianão serve apenas como uma previsão do futuro, maso cumprimento da profecia confirma a mão sobrena-tural de Deus nas Escrituras. Sendo que centenas deprofecias já foram cumpridas literalmente, podemosficar confiantes de que todas as profecias ainda nãocumpridas —particularmente as que dizem respeitoà segunda vinda de Cristo —também serão cumpridasliteralmente. E por isso que o crente fiel é aqueleque será encontrado vigiando e esperando a volta de

Cristo —o que esperamos que aconteça em nossosdias.

pessoas ao longo dos anos, muitas das quais têmexperimentado uma transformação de vida ao ler,

5.Co mo  a  Bíbiia  Ch e g o u  at é  n ó s

A Bíblia é a mais detalhada revelação de Deus e de Seu maravilhoso plano para o futuro da

humanidade. Há outras maneiras pelas quais Ele tem-se revelado - por meio dos céus, atravésdo Senhor J esus Cristo e pelo poder da cruz para transformar vidas hoje - mas a revelação maisdetalhada que Ele nos deu é a própria Bíblia. Esse maravilhoso livro foi compilado da maneiramais extraordinária como nenhum outro livro já escrito. O Deus Espírito Santo inspirou mais

de 40 homens santos, a maioria deles profetas, para escreverem os 66 livros dessa bibliotecadivina. A Bíblia contém tudo que precisamos saber sobre a salvação, como viver a vida cristã,

a natureza de Deus e de Seu plano, a segunda vinda de Cristo e o fim dos tempos.

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estudar e seguir seus princípios eternos de vida. ABíblia tem sido odiada por ateus, livres pensadores epor outros secularistas que fundamentam seu sistemade crenças no pressuposto de que não há Deus. Senão há Deus, então não há inspiração divina. Elesnão se importam de não conseguir explicar a notávelexatidão e consistência da Bíblia, escrita durante umperíodo de cerca de 1.500 anos, em sua maior partepor homens comuns. Ela tem sido objeto de grande

perseguição e queimada mais do que qualquer outrolivro na história. E também a única fonte confiávelde profecia. De fato, a capacidade de Deus em escre-

 ver a história com antecedência, que é a definição deprofecia, é uma das provas da origem divina das Escri-turas. O Dr. John Walvoord, decano dos estudiososde profecia no século XX, identificou 1.000 profeciasnas Escrituras, 500 das quais já foram cumpridasliteralmente. A conclusão óbvia é que as demais 500a serem cumpridas, que tratam dos eventos futuros

do fim dos tempos, também serão cumpridas lite-ralmente.Como a Bíblia é a fonte de todas as profecias

descritas neste livro de gráficos, é importante com-preender como ela surgiu, como foi preservada atra-

 vés dos séculos, e como podemos ter certeza de queela é a mesma revelação que Deus deu ao homemmilhares de anos atrás, quando foi escrita.

U m a  V i s ã o  G e r a l  d a  B íb l ia

 A Bíblia tem duas seções principais: o AntigoTestamento e o Novo Testamento. Vamos olhar pri-meiramente o Antigo Testamento.

O Antigo TestamentoOs livros do Antigo Testamento estão separa-

dos em cinco grupos básicos:

1. Lei..........5 livros —Gênesis a Deuteronômio2. Históricos...............12 livros —Josué a Ester

3. Poéticos......5 livros —Jó a Cantares de Salomão4. Profetas Maiores.....5 livros —Isaías a Daniel5. Profetas Menores..l2 livros —Oséias a Malaquias

O relato sobre Deus, a criação, o homem,sua origem e queda, o dilúvio e sobre as civilizaçõesprimitivas é apresentado de forma simples e claranos 50 capítulos de Gênesis, o primeiro livro da Bíblia,que, por anos, tem sido o principal alvo dos críticos.

 A maior crítica tem sido quanto à autoria de Gênesis,dizendo: “Moisés estava muito distante dos eventosoriginais para falar tão acuradamente”. Essas objeçÕes perdem consistência quando compreendemosque “toda Escritura é inspirada por Deus” (2 Timóteo3.16) e que foi Deus quem escreveu o livro por meiode Moisés. Uma vez que as descobertas arqueológicasindicam que “a escrita é tão antiga quanto o homem”,é altamente provável que Moisés tenha recebido rela-

tos escritos de muitos desses eventos, daqueles quede fato participaram deles.

Os outros 38 livros do Antigo Testamentoforam escritos durante ou logo após o tempo que elesdescrevem. Deus escolheu homens de várias classessociais, por meio dos quais “soprou” Sua Palavra.Entre os escritores havia sacerdotes, profetas, pastoresde ovelhas, reis e juizes. Todos trabalharam fielmente,quase sempre sem terem tido contato uns com osoutros, e mesmo assim toda a Bíblia é uma mensagem

única e consistente, de salvação. Devido à passagemdo tempo e ao uso de materiais frágeis e primitivospara os escritos, como argila, papiro ou couro, nãotemos os escritos originais produzidos por aqueleshomens, mas numerosas cópias antigas, dessesescritos, consideradas extremamente confiáveis. Aexatidão dos textos da Bíblia tem sido significativa-mente confirmada pelos rolos do Mar Morto, que,quando comparados à nossa Bíblia atual, revelamuma combinação quase perfeita.

 A palavracânon, que significa “vara de medir”ou “lei”, é o título dado aos escritos religiosos quesatisfazem os padrões exatos exigidos para seremincluídos no Antigo Testamento. O trabalho de cano-nizar o Antigo Testamento foi feito durante os diasde Neemias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Depois docativeiro de Israel na Babilônia, formouse um con-cílio de 120 homens, presidido por Esdras, com opropósito de reconstruir a adoração e a vida religiosado povo, depois que eles retornaram da Babilônia. Épossível que esse grupo de líderes espirituais, ou

certamente seus sucessores, tenha reunido muitos dosescritos religiosos que agora compõem o Antigo Tes-tamento. Josefo, notável historiador judeu, menciona22 livros que esse grupo acreditava ser de inspiraçãodivina, e relaciona esses livros. E significativo que alista corresponde exatamente ao Antigo Testamento nasBíblias de hoje —nossos 39 livros são exatamente osmesmos em conteúdo que esses 22 livros! (Antigamente,eles associavam vários livros, tais como 1e 2 Reis.)

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Ela tem sido objeto da maior perseguiçãoe queimada mais do que qualquer outrolivro na história, mas nunca deixou de sero maior best-seller de todos os tempos.

— i

 Antes que um livro pudesse ser incluído no Antigo Testamento, os canonizadores perguntavam:“Este livro é divinamente inspirado?” “Ele foi escritopor um profeta ou portavoz de Deus?” “Ele é ge-nuíno e pode referirse ao tempo e ao lugar, comotambém ao escritor?” Convém observar que Jesus eos apóstolos citaram o Antigo Testamento mais de600 vezes, indicando

que aprovavam ostextos selecionados.E com absoluta cer-teza, então, que pode-mos aceitar o AntigoTestamento comoPalavra divinamenteinspirada de Deus.

Período Interbíblico

 A primeira tradução do Antigo Testamentohebraico para outra língua foi chamada deSeptnaginta. Setenta estudiosos foram trazidos a Alexandria, noEgito, para fazerem essa tradução grega (daí o nomeSeptnaginta ou LW ou 70). O trabalho, que começoupor volta de 280 a.C. e foi concluído cerca de 100anos depois, é significativo para nós, porque provaque o Antigo Testamento foi canonizado nessa época.Ele também é importante, porque sua concordânciacom os textos hebraicos originais demonstra que os

tradutores tomaram o maior cuidado em produzir umtrabalho acurado.

Quando nossas Bíblias dos dias modernos sãocomparadas com os textos hebraicos antigos, com aSeptuaginta e outros textos gregos, muito poucasdiferenças são encontradas, o que sugere que a Bíbliatem sido preservada em sua exatidão, como nenhumoutro livro antigo.

 Apócrifos é o nome dado aos 14 livros queestão incluídos na Bíblia Católica Romana. Esses

livros foram escritos no período entre o Antigo Testa-mento e o Novo Testamento. Contém histórias fanta-siosas e declarações contraditórias que imediata-mente revelam não estarem no mesmo nível que asEscrituras. Nunca foram aceitos, pelos judeus, comoescritos inspirados, não foram citados por Jesus oupor qualquer dos apóstolos, nem reconhecidos pelaigreja primitiva. Tendo sido “incluídos” numa tradu-ção da Septuaginta grega durante o século IV e reco-

nhecidos pela igreja católica no Concílio de Trento,em 1546, os apócrifos nunca foram aceitos pela igrejaprotestante.

O Novo TestamentoO Novo Testamento não está organizado de

forma cronológica. O gráfico nas páginas 20 e 21alista os 27 livros na

ordem em que foramescritos, começandocom Tiago, por voltade 50 d.C.

O Novo Tes-tamento está divididoem cinco seções:

1. Os Evangelhos ........................... 4 livros —Mateus, Marcos, Lucas e João

2. A História da Igreja Primitiva......1livro — Atos

3. As Epístolas de Paulo............... 14 livros —Romanos a Hebreus

4. Epístolas Gerais ...........................7 livros —Tiago ajudas

5. Profético ..........................................1 livro — Apocalipse

 A A uto ridadedo Novo T estamento

Desde o início, em seus cultos, a igreja primi-tiva usou o Antigo Testamento, com a mesma autori-dade com que os judeus o faziam em suas sinagogas.Quando os livros do Novo Testamento estavam com-pletos, receberam o mesmo respeito dado aos profe-tas ou a Moisés e eram usados juntamente com asEscrituras do Antigo Testamento. De fato, em 1

Timóteo 5.18, o apóstolo Paulo faz referência aLucas 10.7, citandoo como “Escritura”. Ele eviden-temente considerava o Evangelho de Lucas comoEscritura antes de escrever sua grande mensagemsobre inspiração bíblica em 2 Timóteo 3.16. Em 2Pedro 3.1, 2, o apóstolo Pedro colocou escritos seuse dos outros apóstolos no mesmo nível dos escritosdos profetas do Antigo Testamento. Ele tambémmostrou, em 2 Pedro 3.1516, que estava familia

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rizado com os escritos de Paulo e os considerava nomesmo nível de autoridade reservado aos escritoresdo Antigo Testamento. Essa parece ser a perspectivacomum de todos os líderes da igreja primitiva.

OsM anuscritos O riginais

do Novo T estamento

Os manuscritos originais dos livros do NovoTestamento foram escritos em papiros, que é o nomede uma planta aquática do Egito. O material dosmanuscritos era derivado dessa planta e sua naturezafrágil tornou difícil a preservação deles. Durante oséculo IV, começou a ser usado o papel pergaminho,um material mais aperfeiçoado para escrita. Há váriascópias do Novo Testamento dessa era que sobrevi-

 veram até os dias de hoje.

T r a d u ç õ e s A n t i g a s 

d o   Novo T e s t a m e n t o

O Novo Testamento foi escrito originalmenteem grego, e o trabalho de tradução para outras línguascomeçou bem cedo.

 A tradução peshito ou siríaca foi escrita emsirocaldeu ou aramaico. Traduzida antes de 150 d.C.,ela sempre foi considerada com extremo respeito etornouse a Escritura oficial das igrejas orientais. Apartir dela, foram feitas traduções para o árabe, o

persa e o armênio. A Vulgata latina, traduzida por Jerônimo no

século IV, tornouse a Bíblia das igrejas ocidentais e,por mais de mil anos, foi a principal fonte de quasetodas as versões das Escrituras feitas no Ocidente.

Há dois fatos importantes confirmados poressas traduções antigas: primeiro, o Novo Testamentofoi concluído por volta do segundo século; e, segundo,a autenticidade do nosso Novo Testamento pode serreportada a 100 anos ou menos dos dias dos apóstolos.

 Até o livro de Apocalipse, escrito por João em Patmos,em 95 d.C., recebeu aceitação imediata da igrejaprimitiva como a conclusão apropriada para abiblioteca de Deus.

Centenas de outros manuscritos —versões etraduções para outras línguas —surgiram durante osegundo e o terceiro séculos. Esses manuscritos foramdestruídos pelos imperadores romanos, particular-

mente por Diocleciano, que ordenou a destruição dosescritos sagrados dos cristãos.

Quando professou o cristianismo em 312 d.C.,o imperador Constantino autorizou Eusébio, conhe-cido como o pai da história da igreja, a preparar 50cópias das Escrituras para serem usadas nas igrejas.

 A pergunta, naturalmente, surgiu: Quais livrosreligiosos devem ser considerados como parte dasSagradas Escrituras? Sua pesquisa resultou na res-posta óbvia: os 27 livros do Novo Testamento, porqueeles haviam sido universalmente aceitos desde os pri-meiros dias da igreja. Constantino também descobriuque os livros sobre os quais teria havido alguns ques-tionamentos, não pareciam ser tais que devessem seromitidos, pois o uso deles havia estabelecido, hámuito tempo, que eles eram reconhecidos comoEscrituras inspiradas, juntamente com os outroslivros. Os testes de canonicidade eram, em grandeparte, os mesmos usados para o Antigo Testamento:

o livro foi escrito por um apóstolo ou por um compa-nheiro chegado de um apóstolo? Ele está em harmo-nia com as doutrinas do Senhor e dos apóstolos? Eleé autêntico com respeito a fatos, a data de escrita, eautor? E, por fim, o livro havia sido aceito para usoda igreja primitiva? Os 27 livros do Novo Testamentoque usamos hoje foram formalmente sancionadospelo Concílio de Cartagena, em 397 d.C., que reco-nheceu apenas os livros que já haviam sido usadospela igreja por mais de três séculos.

Os Ma n u s c r i t o s A n t i g o s 

d a  B íbl ia

Os manuscritos existentes, mais antigos, quese referem à Bíblia toda, são mostrados no gráfico“Como a Bíblia Chegou até Nós”. Eles incluem apenasuma fração daqueles que ainda existem. Os estudiososdizem que temos mais de 4.000 manuscritos gregosdo Novo Testamento, 8.000 da Vulgata latina, e pelomenos 1.000 de outras versões antigas. Se somarmostodos, teremos mais de 13.000 manuscritos de todasas partes do Novo Testamento, sem mencionar os1.700 fragmentos do Antigo Testamento hebraico eas 350 cópias da Septuaginta grega.

Nenhum outro documento antigo chegousequer perto de ter tantos números fundamentandosua autenticidade.

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Como a Bíblia Chegou até NósA origem do 

tempo como 

nós o conhecemos

Gênesis 1.3 Adão 

930 anos

Dilúvio 

2385 a.C

Nóe 

950 anos

O chamado 

de Abraão 

1958 a.C.

IAbraão

175 anos

Êxodo 

1528 a.C.

Entrada em Canaã 

1488 a.C.

Moisés

Matusalém 

969 anos

As Eras j Período 

Passadas pré-diluviano

A linha do tempo é o centro do gráfico e revela osperíodos básicos da história da Biblia e da igreja.

Os rolos, representando cada livro da Biblia, estãolocalizados abaixo da linha do tempo conforme aordem em que foram escritos.

Os nomes de pessoas e dos eventos históricosrelevantes estão alistados acima da linha do tempo.

l X  j Manuscritos existentes.

 JosuéIsaque

Gideão

 Jacó

Estabelecimento 

do Reino 

1018 a.C.

ISamuel Reino 

Dividido 

Sauí 898. a.C. 

Davi

Salomão

Decreto de Ciro 

538 a.C.

Sansão

 José

Cativeiro Babilónico 

605 a.C.Ezequiel/

A Queda de \Daniell 

Israel

AAsce 

deC  

aoC  30 d

Esdras

722 jl.C. I NeemtasElias isaías J eremias,

Eliseu

427 anos ■

I430 anos

an( Juizes 470 anos

A Era do Reino 

413 anos

 J ó

Génesis Juizes 1Sm 2 Sm Oséias Amós Lm Esdras

Êxodo Salmos Joel Naum Na Ester

Deuteronômio Rute Ec Isaias Mq Daniel Zc

Levítico Pv Ob Sf 1Cr Neemias

Números 1Reis 2 Reis Hc Ageu Malaquias

 Josué Ct Jonas Jeremias 2Cr

Livros do Antigo Testamento

Anos de Silêncio 483 anos

Antigo Testamento

SeptuagintaLXX

280 a.C.

O Manuscrito Sinaítico - 340 d.C.Esse manuscrito, em grego, atualmente se

encontra no Museu Britânico. Em 1844, o Dr.Constantin Tischendorf descobriuo por acidente,no Monastério de Santa Catarina, no Monte Sinai.Ele viu algumas páginas dele no corredor, esperandopara serem usadas para alimentar o fogo do monas-tério e reconheceu que eles poderiam ter algum valor,assim, os resgatou. Posteriormente, o manuscrito foientregue ao czar da Rússia e, após a Revolução de1917, foi vendido ao Museu Britânico pela soma de

quinhentos mil libras.

O Manuscrito do Vaticano - 350 d.C.

Esse manuscrito, em grego, está na Bibliotecado Vaticano em Roma, Itália. Revelado pela primeira

 vez num catálogo da Biblioteca do Vaticano em1481, ele não foi aberto ao público senão depois queTregelles, um inglês, famoso estudioso da Bíblia, rece-beu autorização para estudálo por vários dias. Ele

revelou que o havia memorizado e que poderia repro-duzilo. Então, em 1889, o papa permitiu que ele fossefotografado e liberado para as bibliotecas do mundo.

O Manuscrito de Alexandria - 450 d.C.

Esse manuscrito foi escrito em grego, prova- velmente em Alexandria, Egito. Está atualmente noMuseu Britânico. Foi oferecido ao rei James I (King

 James I) da Inglaterra em 1627.

O Manuscrito de Efraim - 450 d.C.Escrito em grego e localizado na BibliotecaNacional de Paris, França, acreditase que essemanuscrito tenha sido escrito em Alexandria. Ele foiescoriado por alguém que não reconheceu seu valor,e o discurso de Efraim, um padre sírio do século IV,foi copiado sobre ele. Foi doado à biblioteca francesaem Paris, onde um estudioso percebeu que havia letrasindistintas sob o texto sírio. Mais tarde, foram aplica

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Ciemeiile de Roma 3 0 - 1 0 0  

Inácio 3 0 - 1 1 0

Policarpo6 9 - 1 5 5

 Tertuliano1 5 0 - 2 2 0

Origencs185  - 25 4

Papias7 0 - 1 5 5  

 Justino Mártir1 0 0 - 1 6 5  

Irineu1 3 0 - 2 0 0

Eiizebio 270- 340

Jeronimo340 - 420 

 Agostinho354 - 430

ição de J erusalém - 70 d.C.

i.e.

 Tiago 

1Ts

2Ts 

1Coríntios

coiossens«s O Cristianismo se 

 Torna a Igreja do 1pedra E stado-3 13 d.C.

2 Pedro 

 J udas

Reforma 

Protestante 1517 d.C.

Invenção daImprensa

Primeira Bibiiaimpressa em

1455 d.C.

 Tyndale1534

Romanos Hebreus •

2 Coríntios- 1 T«nát«y

Gálatas • Tio

Marcos 2 Timóteo

IgrejaPrimitiva

Igreja do Estado - Era das Trevas

Coverdale1535 J

O Surgimento das igrejas Protestantes

Lucas 1J oio 

Mateus 2 João 

Filemon 3 Joâo 

Atos

Etésios Apocalipse

96 d.C.Filipenses

 Livros do Novo 

Testamento

Versão Síria

ou Peschito

150 d.C.

Manuscrito(l / Sinaitico 1

340 d.C. 1

ManuscritoAlexandrino \ 

450 d.C. IU-1

Antiga Versão

LatinaH Manuscrito Manuscntode

/ Vaticano i350 d.C. 1

Efraim \200 d.C. • 450 d.C. ___ ]

Versão Wycliffe \1382 d.C. I

/ Genebra1560

Bispos1568 J

American Standard1901”1 ... J

VSR1952

King James/ 1611

J

 Manuscritos An tigos   Várias Traduções

dos sobre ele materiais químicos que ajudaram a recu-

perar grande parte do escrito original.Dessa época em diante, temos muitos outrosmanuscritos da Bíblia, incluindo o manuscrito deBeza de 550 d.C., que está na Biblioteca da Universi-dade de Cambridge, Inglaterra. O manuscrito deClaromontanus (550 d.C.) está na Biblioteca Nacionalde Paris. O manuscrito Washington (550 d.C.) estáagora na Biblioteca Nacional, Washington D.C.

Os escritos dos pais da igreja primitiva consis-tem de uma grande ponte entre os manuscritos antigose os escritos originais do Novo Testamento. Esseshomens foram os primeiros líderes da igreja cristãdepois dos dias dos apóstolos. Alguns dos mais impor-tantes estão alistados no gráfico juntamente com aépoca em que viveram. Em sua maior parte, eramhomens bem formados e grandes escritores. Citaramrepetidamente o Novo Testamento por exemplo,Clemente referiuse a Mateus, Lucas, Romanos,Coríntios, Hebreus, 1Timóteo e 1Pedro. Inácio referiu

se ao Evangelho como “a palavra de Jesus”. Policarpo,

um discípulo do apóstolo João, em uma carta bempequena que se lê em apenas dez minutos, faz citaçõesde dois terços dos livros do Novo Testamento. Irineucitou o Novo Testamento 1.800 vezes, e Tertuliano fezo mesmo 7.200 vezes. De fato, embora somente umapequena percentagem dos escritos dos pais da igrejaprimitiva tenham sobrevivido até os dias atuais, elesainda contêm aproximadamente 11 versículos do NovoTestamento. Isso indica que as palavras originais doNovo Testamento podem ser remontadas às cópias

produzidas poucos anos depois de quando os manus-critos originais foram escritos.

 V á r i a s  T r a d u ç õ e s  d a   B íbl i a

Vulgata Latina - 450 d.C.

Traduzida por Jerônimo, a partir dos manus-critos hebraico, grego e latino.

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A Versão de Wycliffe -1382

 John Wycliffe foi a primeira pessoa a traduzira Bíblia para o inglês. Ele foi chamado “A Estrela daManhã da Reforma”.

A Bíblia de Coverdale -1535

Traduzida por Miles Coverdale, essa é a pri-meira versão impressa na Inglaterra.

A Bíblia de Genebra -1560

Essa versão é a obra de William Whittingham,que foi o primeiro a usar a divisão em capítulos e

 versículos, encontrada em nossas Bíblias modernas.

AVersão King J ames -1611

Depois que o rei Henrique VIII rompeu oslaços de seu país com a igreja Católica, surgiu a neces-

sidade de uma versão inglesa da Bíblia, que pudesseser usada nas igrejas protestantes. Em 22 julho de1604, o rei James I anunciou que havia nomeado 54homens como tradutores, tendo como única exigênciaque fossem “doutores no estudo da Bíblia e das lín-guas originais”. O trabalho de tradução foi o maiscompleto já feito até aquela data. Seis diferentesgrupos de estudiosos primeiro traduziam uma deter-minada seção das Escrituras, e então a tradução delesera examinada pelos outros cinco grupos. Um comitê

de seis pessoas foi selecionado entre todos os tradutoresque tinham autoridade final em matéria de tradução. A versão King James permanece durante

todo esses anos, em uma classe singular. Sua lingua-gem fluente e agradável, em estilo shakesperiano, ba-seada principalmente na versão de Wycliffe de 1382,deu a ela um caráter majestoso, não compartilhadopor nenhuma outra tradução daquela época. Durantetoda a segunda metade do século XX, ela foi a maispopular versão da Bíblia inglesa, disponível. Não

possuímos os manuscritos de onde a Versão King James foi traduzida. Contase que devido ao grandeamor deste rei pelo estudo das Sagradas Escrituras,e pela fiel interpretação das línguas originais, os origi-nais teriam sido escondidos. O local jamais foi revela-do pelo rei, mas os manuscritos antigos que têm sidodescobertos desde 1611 atestam sua exatidão e con-fiabilidade.

A Versão Americana Standard -1901

Essa Bíblia é uma revisão da Versão RevisadaInglesa de 1895, que era uma tradução muito com-pleta. A ASV é considerada pelos estudiosos conser-

 vadores da Bíblia como a mais confiável e com amelhor tradução disponível hoje. Desde sua tradu-ção, tem sido atualizada e foi reintitulada como New

 American Standard Bible (A Nova Bíblia Standard  Americana),  sendo escolhida por muitos estudiosos

do grego, porque acreditam que esteja mais próximada linguagem original.

Muitas Traduções Modernas - 1950 a 2000

Na última metade do século, houve tal proli-feração de traduções em inglês que não é possívelmencionar todas aqui —incluindo a NewKingJa7?iesVersion (KingJames Atualizada), a Nova Versão Inter-nacional (NVI), e uma paráfrase extremamentepopular chamada Bíblia Viva, um texto de leitura

fácil que tem vendido muitos milhões de cópias.E significativo que as profecias que vamosdiscutir neste livro, sejam todas baseadas no livromais confiável e autêntico do mundo —a Bíblia. Elafoi escrita por Deus por meio de “santos homens dopassado” e preservada de maneira sobrenatural.Tantas profecias na Bíblia já foram cumpridas que aúnica explicação provável para essa exatidão é queas profecias foram inspiradas por Deus, que fez delasum recurso confiável para a compreensão do futuro.

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6.

OsQ uatro E ventos Centrais

da H istória

Na linha do tempo da história humana, há quatro eventos centrais que sobressaem entretodos os outros, por causa do tremendo impacto que tiveram ou terão no mundo.

Cada um desses mais significantes eventos na história marcou ou vai marcar o fim de uma eraou de um período de tempo. Os primeiros três são a criação, o dilúvio e a primeira vinda de Cristo,

incluindo sua morte e ressurreição. O quarto evento é a segunda vinda de J esus Cristo.Embora muitos fatos importantes tenham acontecido na história, nenhum deles

se igualou a esses quatro eventos, em significância.

Muito do que lemos na Bíblia tem a ver coma história do homem sobre a terra. A Bíblia fala muitopouco sobre as eras passadas ou as eras futuras. Cercade 50 % dos 66 livros da Bíblia cobrem a história dohomem, 25% contêm instruções sobre a maneiracomo Deus quer que vivamos, e 28% são profecia,algumas das quais já foram cumpridas.

Q u a t r o   E v e n t o s

E interessante notar que cada um dos quatroeventos principais é parte de um conflito titânico,entre Deus e Satanás, pela devoção da humanidade.Os primeiros três eventos tiveram um impacto signifi-cativo sobre as gerações que se seguiram. O quarto

Os Quatro Eventos Centrais da História A Primeira

Vinda de

Cristo

Vindade

'‘‘ Cristo

0 Dilúvio

Eras

PassadasOÉden

0 Antigo

Testamento

Os Anos de

Silêncio  A Era da Igreja 0

Eras do 

Porvir 

G Lei

Hitória Jó

Glorioso Retorno 23

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evento, a volta de Cristo, será da mesma forma.Os primeiros dois capítulos de Gênesis lan-

çam luz sobre a criação de Adão e Eva, que foramformados não apenas de corpo e mente, mas tambémde uma alma eterna. Logo depois da criação, temosa queda, ou o pecado de Adão e Eva. Eles foramcriados santos, contudo, foilhes dado o livre arbítrio,pelo qual podiam escolher obedecer ou desobedecera Deus. Sua desobediência trouxe, para o mundo, o

pecado e a corrupção, e pelos 1.000 anos seguintes,o mundo se tornou tão corrupto que Deus enviou odilúvio para destruir todos os homens, exceto Noé esua família —um total de oito almas.

O dilúvio que atingiu toda a terra, narradoem detalhes em Gênesis 8, é também mencionado naliteratura de vários povos do mundo andgo. Algunspesquisadores também têm descoberto evidênciasfísicas desse dilúvio —evidências que refutam algumasafirmações defendidas pela teoria da evolução.

O terceiro evento central foi a morte de Cristo

na cruz. A cruz, que é facilmente o símbolo mais famosoe reconhecido no mundo, fala mais que simplesmenteda morte de Jesus Cristo. Ela também aponta para Sua

 vida sem pecado e, o mais importante, Sua ressurreição,que tornou possível a nossa salvação.

Quando se deu espontaneamente para morrerna cruz pelos pecados de toda a humanidade, Jesusfindou a era da lei e introduziu a era da graça, emque Deus trataria com o homem pela graça. Essa eraterminará com o próximo evento central, a segunda

 vinda de Jesus Cristo. A segunda vinda, bem como os muitos even-

tos secundários que a precederão e sucederão, é oobjeto principal de toda a profecia. Ela é, sem dúvida,a mais extraordinária história do futuro a ser desven-dada em qualquer lugar do nosso mundo. Nenhumareligião, nenhuma cultura e nenhuma literatura ofe-rece nada comparável. De fato, os ensinos da Bíbliaa respeito do futuro têm inspirado muitos a viraremas costas para o seu pecado e a encontrarem a Cristocomo Senhor e Salvador.

Essa básica linha do tempo da história huma-na com seus quatro eventos centrais forma oesboço básico sobre os quais desenvolveremosmuitos outros gráficos deste livro. Desse modo, ébom lembrar desses eventos centrais e de seu signi-

ficado. Essa linha básica do tempo será mencionadaem outros lugares deste livro quando introduzirmosas muitas passagens proféticas das Escrituras queregistram os detalhes do futuro. E mais fácil relatartodos os ensinos proféticos nesse esboço gráfico.

7. A Ce r t e z a  A bso lu ta  

d a  V o l t a d e  Cristo

A mais significativa e singular verdade em toda a profecia bíblica é a certeza da segunda vinda de J esus Cristo. E bem pode ser por isso que Sua segunda vinda é mencionada 329 vezes na Bíblia,tornando-a a segunda doutrina mencionada mais vezes em toda a Escritura. Esse evento é a chaveprofética que desvenda todos os outros eventos futuros. Ele cumpre profecias tanto no Antigo comono Novo Testamento, incluindo muitas das profecias do próprio Cristo; a volta de Cristo completa aobra de salvação que Ele iniciou durante sua primeira vinda; e desencadeia mais de 15 eventos que

ocorrerão no futuro. Entretanto, o momento exato de Sua volta é desconhecido, pois J esus disse:“Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senãosomente o Pai” (Mateus 24.36). Embora possamos especular sobre o tempo em que o nosso

Senhor vai voltar, é absolutamente inquestionável o fato de que Ele virá novamente!

 Antes do nosso Senhor deixar o mundo, Eledeu a seus seguidores uma promessa incondicional:“Eu voltarei” (João 14.3). Não há meios de se colocarde lado essa promessa ou tentar darlhe outra expli-

cação. Embora alguns estudiosos procurem dar, enge-nhosamente, outro significado a essa promessa, elaé repetida de tantas maneiras que não pode serdescartada ou anulada.

24 Glorioso Retomo

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De todos os livros do Novo Testamento, apenas quatro nào contém ensinos sobre a segundavinda de Jesus Cristo. Desses quatro, três são livros de apenas um capítulo.

 A Certeza da Segunda V inda

 A  v in d a  d e   Cr ist o : u ma   D o u t r i n a -Ch a v e

Se o valor do ensino deve ser julgado pelafreqüência com que é mencionado, então a segunda

 vinda de Cristo pode ser facilmente classificada comouma das mais importantes doutrinas da Bíblia.Somente o assunto salvação é mencionado com maisfreqüência. Os 216 capítulos do Novo Testamentocontêm 318 referências à segunda vinda do Senhor,

o que significa que, de cada 30 versículos, um declaraesse fato.

Depois da doutrina da salvação pela graça,por meio da fé, a segunda vinda de Jesus foi a doutrinamais popular da igreja por mais de 300 anos. Observeo gráfico “A Certeza da Segunda Vinda”. Quase todosos livros do Novo Testamento contêm ensinamentossobre a segunda vinda, e três dos quatro livros quenão mencionam a volta de Jesus são cartas de apenasum capítulo, dirigidas a indivíduos.

O fato de a igreja do segundo e terceiro sécu-los ter vivido por e ter ensinado sobre a segunda vindade Cristo é visto como a força motriz que produziusantificação, evangelismo e missões mundiais —aoponto de os cristãos primitivos virarem o mundo decabeça para baixo. O cristianismo era tão persuasivoque Constantino o declarou como a religião oficialdo estado em 313 d.C.

 A V o l t a  d e   Cr i s t o : Uma  N ecess idade  D o u t r i n á r i a

 Várias doutrinaschave na Bíblia são absolu-tamente dependentes da vinda de Cristo. Por exemplo,a doutrina concernente à ressurreição do corpohumano não pode se cumprir até que Cristo volte (1Coríntios 15.53). A vitória de Cristo sobre Satanás,como prometida tantas vezes, iniciando em Gênesis3.15, não será cumprida até que Ele volte novamente.E a mais importante doutrina em toda a Escritura,aquela da qual todas as outras dependem, é a divin-dade de Jesus Cristo. Ele prometeu tantas vezes que

 voltaria que simplesmente não há maneira de vindicarsua natureza divina, se Ele não voltar. Deus não podementir ou enganar. Se Jesus não voltar, Ele seráacusado de fraude, para dizer o mínimo. Mas, sendoisso tão incompatível com Sua vida na terra, comSuas promessas, e com Sua natureza divina, umafraLide está além de qualquer possibilidade. O fato

permanece como Ele disse: “eu voltarei” (João 14.3). A segunda vinda de Cristo não é apenas certa, é umanecessidade doutrinária.

O que é notável é qtie 23 dos 27 livros doNovo Testamento se referem à segunda vinda donosso Senhor à terra. Os quatro livros que não ofazem Filemon, 2 e 3 João e Gálatas —o leitor devecompreender que três são cartas de apenas um capí

Glorioso Retorno 25

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talo, originalmente escritas a uma pessoa em particu-lar, sobre um assunto que não dizia respeito à segunda

 vinda. E o quarto livro, Gálatas, não se refereespecificamente à volta de Cristo, embora haja umareferência implícita a esse evento em Gálatas 1.4.

O peso total de evidências leva ã conclusãode que se alguém crê na Bíblia, deve crer na segunda

O fato de as duas vindas do Messias haverem

sido, por equívoco, concebidas como um únicoevento explica porque muitos judeus não aceitaram

 Jesus como seu Messias. Eles tomaram as promessasde Jesus referentes à vitória sobre o mundo(promessas que se aplicam à segunda vinda) e asaplicaram à Sua primeira vinda. Assim, o principalmotivo por que muitas pessoas rejeitaram a Jesusnão foi porque Ele não fosse o mais incrível operadorde milagres ou o maior mestre já visto. Foi porqueEle não quebrou os grilhões dos ditadores romanos.Eles queriam que Jesus libertasse Israel, contudo não

perceberam que as profecias relacionadas ao Seureino futuro seriam cumpridas em Sua segunda vinda,e não na primeira. Em vez disso, Ele veio para sofrerpelos pecados deles, morrer na cruz e ressuscitar sem o que não haveria perdão de pecados ou vidaeterna.

Por exemplo, Isaías escreveu: “Porque ummenino nos nasceu, um filho se nos deu; o governoestá sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravi-

 vinda de Cristo. A promessa da volta do nosso Senhornão era apenas uma convicção universal c um fatormotivador da igreja primitiva, mas também todos osnove autores da Escrituras do Novo Testamento men-cionaram isso. Uma vez que eles aceitaram tãoliteralmente a promessa do nosso Senhor: “Eu vol-tarei”, como poderíamos nós fazer menos que isso?

lhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,

Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo,e venha a paz sem fim sobre o trono de Davi e sobreo seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o

 juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelodo Se n h o r  dos Exércitos fará isto” (Isaías 9.6, 7). Opróprio Isaías não percebeu que se tratava de duas

 vindas distintas sendo descritas nessas palavras. Nós,que vivemos na era da igreja, temos o privilégio deolhar para trás e perceber que algumas profeciasforam cumpridas na primeira vinda de Cristo e outrassomente serão cumpridas em Sua segunda vinda.

Se considerarmos as profeciaschave dasduas vindas de Jesus como os picos de montanha, eoutros eventos, como a era da igreja e o período datribulação, como vales, então muito do que lemosna profecia bíblica se tornará mais claro.

 A importância de o gráfico identificar os picosdas montanhas da profecia e da história é mostradade maneira clara em um livro clássico escritopor Clarence Larkin:

8.Os Picosda M ontanha

da Profecia

Há algumas profecias do Antigo Testamento que são difíceis de compreender porque contêm,dentro de uma profecia, informações relevantes sobre as duas vindas de Cristo.Os profetas do Antigo Testamento não perceberam a longa era da igreja separando as duas vindas.

Mais especificamente, não compreenderam as duas vindas com clareza de raciocínio.Em 1Coríntios 2.9 Paulo se referiu a Isaías, que admitiu não compreender tudo o que Deus

havia preparado para a humanidade. Então Paulo acrescentou: “Mas Deus no-lo reveloupelo Espírito” (versículo 10). Assim, as profecias do Novo Testamento freqüentemente esclarecem

as profeciasdo final dos tempos do Antigo Testamento. E é por isso que elas devemser estudadas juntas,como estamos fazendo neste livro.

26Glorioso Retorno

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Os Picos da Montanha da ProfeciaEste gráfico nos permite ter uma 

ampla visão sobre as profecias 

da primeira e da segunda vinda. 

Os profetas do A.T. não tiveram 

essa perspectiva.

O Nascimento de

 J esus (Belém)

Números 24.17;

Isaías 7.14; Mq 5.2

O que osProfetas Viram

 A 

O “Vale” do

Antigo Testamento

O ponto de vista

dos profetas

“J á apareceu"

Sacerdote

Hebreus 4.14

“Aparece Agora”

Glória

Hebreus 9.24

“Vai aparecer"

O Calvário

Isaías 53.1-12

,

i* -

0 Sol da Justiça 0 Reino

0 Anticristo Malaquias 4.1-6 Dn 7,13,14;

Daniel 7.19-27 Is 2.1-3;

Mq 4.1,2;

A ,Ag 2.5-9

Æ u r*

m 0i   i m

A Cidade Santa

Apocalipse 21.2

A Destruição

da Terra pelor f .   «<i

Fogo

2 Pedro 3.7-13

9Novos Céus e

Nova Terra

Is 65.17; 66.22;

Ap 21.1

 J *mii]

O Vale da Igreja

Os profetas não

viram Isso

O Vale da

"Era P erfeita"

... o profeta viu numa linha reta os “Picos daProfecia” mas não viu o “Vale da Igreja” entreeles. Nosso ponto de visão está ao lado da reta. A nossa esquerda, podemos ver o “Vale” como “Primeiro Advento” (a cruz), e o “Segundo

 Advento” (a coroa), à nossa direita. Tudo quetemos a fazer é separar as profecias do “Pri-meiro Advento” das referências proféticas aCristo no Antigo Testamento, e aplicar asdemais profecias a Seu “Segundo advento”.Isso simplifica o estudo da profecia.”3

 As profecias de Isaías enfocam principalmenteo Messias e Israel. Jeremias proclamou o retorno de Israel

à sua própria terra. Ezequiel falou sobre a restauraçãode Israel à sua própria terra, bem como sobre a terra doMilênio, a restauração do Templo, e a forma de adoraçãodaquele tempo. Daniel profetizou sobre os gentios eseu grande líder final, o anticristo. Zacarias estava maispreocupado com os eventos que ocorreriam por ocasiãoda segunda vinda de Cristo:

 Anticristo (o pastor ídolo) —Zacarias 11.1517 Armagedon —Zacarias 14.13 A conversão de Israel Zacarias 12.914

 A volta de Cristo sobre o Monte das Oliveiras—Zacarias 14.411 A vida dos idosos em Jerusalém —Zacarias 8.38 A Festa dos Tabernáculos Zacarias 14.1621

Observe que Zacarias não vê esses eventosem sua ordem cronológica. Todos os profetas maiorese nove dos profetas menores enfatizam o reinado deCristo em suas profecias. Foi isso que confundiu oslíderes religiosos dos dias de Cristo. Mas hoje, numapercepção tardia, podemos separar as profecias daprimeira vinda, das profecias referentes à segunda

 vinda. Isso é melhor percebido quando se estudamas profecias à luz do gráfico acima. Essa compreensãoo ajudará a tornarse um “obreiro que não tem deque se envergonhar, que maneja bem a palavra da

 verdade” (2 Timóteo 2.15), em relação às profeciasfuturas.

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O Esboço de Isaías do Ministério do Messias

*li ; ■!*  Íi t

O Arrebatamento

MinistérioPessoal do

Senhor Jesus

3 Yz anos

30 d.C.

A DispensaçãoCristã

2000 +anos

Era da Graça

 A ’

A Segunda Vinda DiIA Grande

 Tribulação

7 anos

O Período da Tribulação

A Era do Reino

1000 anos

Converter uma naçãoIsrael no fim regeneradada Tribulação

Isaías 61.1-3O Espírito... está sobre mim, porque

o SENHOR me ungiu, para pregar...a curar os quebrantados de coração...

a proclamar libertação aos cativos...

a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança

do nosso Deus...a pôr sobre os que emSião estão uma coroa em vez de cinzas...a fimde que se chamemcarvalhos de justiça...

para a sua [do Senhor] glória.

As linhas do tempo de 

duração desproporcional estão interrompidas para indicar que elas não têma mesma extensão de tempo que as demais linhas no gráfico.

Como era Seu costume, Jesus entrou na sina-goga em Sua cidade natal, Nazaré, no dia de sába-do. Quando Ele se levantou para ler, leu, de Isaías61, apenas os versículos 1 e 2, terminando com aspalavras “a pregar o ano aceitável do Senhor”, umareferência à era da igreja. Então Ele fechou o livro

de Isaías e disse: “Hoje, secumpriu a Escritura queacabais deouvir” (Lucas 4.21) e sentouse. Dizendo isso, Jesusestava declarando que Ele era o cumprimento da pro-fecia messiânica de Isaías. Essa declaração fenome-nal, que oficialmente lançou Seu ministério de trêsanos e meio, seria uma blasfêmia, se Ele não fosse oFilho de Deus e o Messias que os judeus haviam espe-rado desde os dias do profeta Moisés, 1.500 anosantes. Os habitantes da cidade de Nazaré, onde Jesushavia crescido, não interpretaram mal o que Eleestava dizendo. Eles se recusaram a crer em Suadeclaração; eles O levaram ao cume de um montecom a intenção de precipitálo para baixo, para quemorresse. Até aquele momento eles não tinhamevidência suficiente para crer que Ele era o Messias.

 A evidência, é claro, se deu durante os três anos emeio seguintes, período de tempo em que Jesuscumpriu todas as 109 profecias da primeira vinda,incluindo aquelas que tinham a ver com Sua morte e

ressurreição. Jesus não era apenas um homem nahistória; Ele era, na verdade, o cumprimento de todasas profecias do Antigo Testamento, e deixou claroque reconhecia esse fato.

Sendo assim, quando Jesus leu as profeciassobre Si mesmo em Isaías 61, por que Ele parou no

início do versículo 2? Porque estava anunciando asrazões para Sua primeira vinda e porque devia“proclamar o ano aceitável do Senhor”. Essa é umareferência à era da igreja, freqüentemente chamada aera da graça, um tempo quando os pecadores podemlivremente clamar pelo nome do Senhor e seremsalvos (Romanos 10.13). Jesus interrompeu a leituraantes das palavras “e o dia da vingança do nossoDeus”, que fala do período da tribulação, mencionadopelos profetas hebreus como “o dia da ira” e “otempo do infortúnio de Jacó”, e chamado por Jeremiasde “o dia da vingança” (46.10). A razão disso é queo propósito de Sua primeira vinda era anunciar operíodo da graça e da salvação em que estamos

 vivendo, não o tempo de julgamento que ainda estápor vir.

 Jesus tinha muito a dizer sobre a era da igreja,mas pouco sobre o período da Tribulação. Em Mateus13 e em algumas passagens paralelas, Ele esboçou

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toda a dispensaçao da era da igreja em uma série deparábolas. Para os estudiosos do período prémilenarque interpretam a Bíblia literalmente, inclusive asprofecias, sempre que possível, essas parábolas sãouma explicação ilustrada da era da igreja. Eles tambémestabelecem um impressionante paralelo com adescrição da era da igreja encontrada em Apocalipse23. Jesus falou sobre a Tribulação em Mateus 24,

porém, a maior parte do que sabemos sobre aTribulação vem dos apóstolos Paulo e João.

O E sbo ço  d e  Isaías Comparado  

c o m a s 70 Se man as d e  D a n i e l

Daniel, outro dos notáveis profetas hebreus,escreveu uma visão panorâmica do tempo dos gentios.Ele não tinha muito a dizer sobre a era da igreja,porque sua visão tinha muito a ver com o governos

das nações gentílicas, particularmente aquelas quegovernariam sobre o mundo. Daniel tambémprofetizou sobre o tempo em que o Messias viria pelaprimeira vez, e declarou que ele seria “cortado”. Essaprofecia se cumpriu quando Jesus foi crucificado.

 A medida que estuda este gráfico em conexãocom o das 70 semanas de anos de Daniel, na página87, você verá que, iniciando com o decreto oarareconstruir Jerusalém, 483 anos se passariam até otempo da morte do Messias. Na profecia das 70 sema-

nas de Daniel, cada “semana” significa sete anos, euma vez que 69 semanas deveriam passar “até aoUngido, ao Príncipe” (ver Daniel 9.25 e Lucas 19.2838), o período totaliza 483 anos. A septuagésimasemana de anos, ou seja, os últimos sete anos, é operíodo da Tribulação mencionado por Jesus, Pauloe João. Jesus predisse em Mateus 24.15 que o Temploseria profanado durante a septuagésima semana. O

Templo será reconstruído e então profanado pelo Anticristo na metade do período da Tribulação. Eleestabelecerá a si mesmo como deus e exigirá que omundo o adore (2 Tessalonicenses 2.18).

O período da Tribulação não começa logoapós o Arrebatamento, como muitos cristãos pensam.De acordo com Daniel 9.27, o período começaráquando o Anticristo assinar uma aliança com Israel,por sete anos —uma aliança que ele romperá “nametade da semana”. Isso dará início ao maior período

de tribulação que o mundo jamais viu e jamais verá,de acordo com as palavras de Jesus em Mateus 24.21.Essa perseguição será deflagrada não apenas contraos judeus, mas incluirá também todos os crentes emCristo. Aqueles que forem martirizados irão emespírito para a presença do Senhor, aguardando asegunda fase da ressurreição (Apocalipse 20.4).

 Aqueles qiie perseverarem até o fim (Mateus 24.13)serão salvos da Tribulação, indo imediatamente parao Reino do Milênio.

30 Glorioso Retorno

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10.Sa t a n á s:

Seu  Passado , Presente  e  Fu t u r oSatanás não é apenas uma força maligna ou o “príncipe do mal”, como se acredita.

Pelo contrário, ele é um ser sobrenatural que dirige um reino de anjos caídos e demônios.Sua presença e poder neste mundo são tão abrangentes que fazemos bem em compreender

como ele opera, a fim de podermos nos proteger de suas artimanhas. Pedro disse:“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge

procurando alguém para devorar.” (1 Pedro 5.8) Os nomes atribuídos a ele na Bíblia descrevembem o seu caráter: “Satanás”, “diabo”, “dragão”, “serpente”, “vosso adversário” e, como nosso

Senhor se referiu a ele, “mentiroso desde o princípio”. Alguém que não compreende quea principal obra do diabo é a mentira, provavelmente será enganado por ele, particularmente

à medida que nós nos aproximamos do fim dos tempos.

 A O r i g e m d e   Sa t a n á s

Ninguém sabe com certeza quando Satanásfoi criado. Mas de uma coisa podemos ter certeza:ele é um ser criado. Ele pode pensar que é Deus, massomente Deus pode criar, e Satanás não é Deus.

 Alguns estudiosos da Bíblia acreditam que ele foi

criado antes da terra, em eras passadas. Contudo,Satanás e os anjos provavelmente foram criadosdurante os seis dias da criação.

Ezequiel dá essa descrição de Satanás:

“Estavas no Éden, jardim de Deus ... no diaem que foste criado... Tu eras querubim daguarda ungido, e te estabeleci; permanecias nomonte santo de Deus, no brilho das pedrasandavas. Perfeito eras nos teus caminhos,desde o dia em que foste criado até que se

achou iniqüidade em ti. Na multiplicação doteu comércio, se encheu o teu interior de violên-cia, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado,fora do monte de Deus e te farei perecer, óquerubim da guarda, em meio ao brilho daspedras. Elevouse o teu coração por causa datua formosura, corrompeste a tua sabedoria por

causa do teu resplendor; lanceite por terra,diante dos reis te pus, para que te contemplem”

(Ezequiel 28.1317).

Evidentemente Satanás era a mais bela dascriaturas do céu. Foi colocado no “jardim de Deus”(ou no jardim mineral de Deus, não confundir com o

 Jardim do Éden). Sua atribuição era “o querubim da

guarda ungido”. Muitos acreditam que ele comandavaos anjos ante o trono de Deus. Outros ainda acreditamque Satanás recebera domínio sobre toda esta terra,pois era chamado “o deus deste mundo”. Ele tinhalivre arbítrio, beleza e sabedoria, mas de algumaforma o mal surgiu em seu coração. Em vez de adorara Deus, ele almejou ser adorado como Deus, e isso olevou à queda:

“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filhoda alva! Como foste lançado por terra, tu quedebilitavas as nações! Tu dizias no teu coração:Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deusexaltarei o meu trono e no monte da congre-gação me assentarei, nas extremidades doNorte; subirei acima das mais altas nuvens eserei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14.1214).

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Mesmo que a queda de Satanás tenha ocor-rido em algum momento entre Gênesis capítulos 2 e3, ele ainda tem acesso ao reino celestial (Jó 12).Durante o período da Tribulação, ele será expulsodo céu e lançado para a terra.

“Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjospelejaram contra o dragão. Também pelejaramo dragão e seus anjos; todavia, não prevalece-

ram; nem mais se achou no céu o lugar deles.E foi expulso o grande dragão, a antigaserpente, que se chama Diabo e Satanás, osedutor de todo o mundo, sim, foi atirado paraa terra, e, com ele, os seus anjos.”

(Apocalipse 12.79)

Desse tempo em diante, tem perdurado oconflito das eras entre Deus e Satanás, pelas almasdos homens. Embora não saibamos exatamenteporque Deus permitiu esse conflito, sabemos como

ele irá terminar. Cristo virá novamente para estabele-cer Seu Reino, e Satanás será preso no profundo doabismo, por mil anos (Apocalipse 19.1120.7).

 A O br a  d e  Sa t a n á s n o  Pr e s e n t e

O desejo de Satanás é fazer que as pessoassigam a ele e não a Deus. Assim como ele levou umaterça parte dos anjos dos céus a seguilo em rebelião,ele tem levado bilhões de pessoas na terra a fazerem

o mesmo.No J ardim do Éden

Foi Satanás quem disse a Eva: “É assim queDeus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?...E certo que não morrereis” (Gênesis 3.1, 4). Satanáslevou Eva a questionar se Deus de fato manteria SuaPalavra. Adão e Eva comeram do fruto da árvoreproibida, introduzindo, no mundo, o primeiro pecadoe suas conseqüências. O pecado deles então passou

a todos os seus filhos e vai continuar daí, por todasas gerações, até o fim do Reino Milenar de Cristo.Foi o pecado de Adão e Eva que levou Deus a pro-meter enviar um Salvador (Gênesis 3.15) que resga-tasse toda a humanidade de seus pecados.

Corrompendo a Linhagem de Adão

Dos dias de Adão até o Dilúvio (cerca de 1000anos), durante um tempo de rápido crescimento

populacional, Satanás tentou corromper a linhagempura de Adão. Ele o fez permitindo a coabitação dosanjos caídos com as mulheres que eles achavamatraentes, e assim geraram os “nefilins”, ou caídos, numa tentativa de corromper a “semente da mulher”e frustrar o plano redentor de Deus. Lemos sobreisso em Gênesis 6.14 e Judas 7, e essa é, provavel-mente, a razão por que Deus recorreu à medidaextrema de enviar um dilúvio para destruir toda araça humana, com exceção da família de Noé, pormeio da qual Deus preservou a pureza da linhagemoriginal dos seres humanos. O pecado de misturar“carne estranha” com carne humana não podeacontecer novamente, porque Deus aprisionou essesanjos caídos no Tártaro (2 Pedro 2.410).

Rebelião na Torre de Babel

 A torre de Babel (Gênesis 11.19) foi umatentação inspirada por Satanás para estabelecer umareligião idólatra universal, em Babel, a maior cidadedo mundo daqueles dias, e impedir a humanidade deadorar ao único Deus verdadeiro. Deus interrompeuesse plano confundindo a linguagem deles, o que fezque as pessoas se separassem e se espalhassem pelomundo.

ATentação de Jó

Evidentemente Satanás tem acesso ao tronode Deus em algumas ocasiões, como no caso dejó.

Podemos ser consolados pelo fato de Satanás nãopoder tocar em um cristão, sem a permissão de Deus,e de Deus realmente nos dar graça e força quandosomos tentados por Satanás.

ATentativa de Eliminar a Raça Hebraica

Quando reconheceu que o Messias viria pormeio da raça hebraica, Satanás decidiu destruir todosos judeus enquanto estavam confinados em um únicolugar —o Egito. Na época do nascimento de Moisés,

o Faraó ordenou que todos os bebês hebreus do sexomasculino fossem mortos. Contudo, Deus trouxelibertação por meio de Moisés, salvando a raçahebraica e preservando a linhagem do Messiasprometido.

ATentativa de Matar o Messias

Satanás lançou um ataque contra o menino j esus quando Herodes mandou matar todos os bebês

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 fr.\ ) Satanás: Seu Passado, Presente e Futuro

cSatanás

“Tu eras querubim

da guarda ungido” =

Ezequiei 28.14Céus

Purificados

Éden Dilúvio Babel J ó O ÊxodoGen 3 Gen6 Gen 11 J ó 1-2 Êxodo 4

Sepultura

A f fiç s t a O Reinoojmoamento Milenar

rôaçâo Nações Cristpde o'?

SepulturaO Mundo após a Morte (Em gregqfHades)

Prisáo dos Anjos Caídos

2 Pedro 2.4-10

 J udas 6-7

Paraíso Grande J ustos Mortos Abismo jJ hpk lJ iortos

sV'''

 T S ?O Abismo Profundo

Final da História

O LagoLdf Eogo

 JriVLem Belém. Mas José e Maria fugiram para o Egito enão retornaram até que todo o perigo tivesse passado.

 As subseqüentes tentações e ataques de Satanáscontra a vida de Jesus também falharam, e Jesus pôdederrotar Satanás por meio de Sua crucificação eressurreição.

ATentativa de Destruir a Igreja

Durante toda a história da igreja, Satanástemse esforçado tentando destruir a Igreja. Seus doismétodos principais de ataque têm sido a perseguiçãoe o falso ensino. Quanto à perseguição, nenhumaorganização religiosa tem sido tão atacada quanto aigreja. Há uma estimativa de que 500 milhões de

cristãos foram martirizados durante os últimos 2.000anos, entretanto a igreja ainda é a maior instituiçãoreligiosa do mundo. Quanto aos falsos ensinos, Sata-nás tenta enganar os seres humanos para que nãocreiam em Deus e ajam à sua própria maneira.Durante o vindouro período da Tribulação, Satanás

usará ambos, a perseguição (Apocalipse 6.911) e osfalsos mestres (Mateus 24.2326) em seu esforço paraenganar as pessoas a respeito de Deus e de Cristo.

O Fu t u r o  d e  Sa t a n á s

Durante os sete anos da Tribulação, Satanás vai perseguir o povo de Deus impiedosamente. Por

Glorioso Retomo 33

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nio, Satanás será solto pela última vez para enganara humanidade e liderar uma última rebelião contraDeus. Depois dessa rebelião final, Satanás será “lan-çado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde jáse encontram não só a besta como também o falsoprofeta” (Apocalipse 20.10). Observe que eles aindaestão vivos e sofrendo nesse lago de fogo mesmodepois de 1.000 anos. Isso prova que as almas perdi-das não são completamente destruídas, mas serão“atormentadas de dia e de noite pelos séculos dosséculos” (versículo 10).

Muitos têmse perguntado por que Deuspermitirá que Satanás mais uma vez engane as nações.Mas se Deus não o fizer, todas as pessoas que nasce-rem e viverem durante o Reino Milenar estariam isentasda decisão de seguir a Deus ou seguir a Satanás. Aolibertar Satanás mais uma vez, todos os homens estarãoem igualdade de condição diante de Deus. Na verdade,pelo fato de seu destino eterno estar envolvido, a decisão

de receber ou rejeitar a Jesus, o Cristo, é a decisão maisimportante que você fará em sua vida.

í i .

O Sermão  n o  Mo n i e  d as O l iveir as

O sermão no Monte das Oliveiras, proferido pouco antes da crucificação de J esus, é a maisimportante passagem profética em toda a Bíblia. Ele é significativo porque foi pronunciado pelo

próprio J esus, imediatamente depois de ter sido rejeitado por Seu próprio povo e porque apresentao principal esboço dos eventos do final dos tempos. Se o estudarmos em relação a Daniel 2,7,8 e 9e a Apocalipse 2-20, esse sermão nos dará mais informações sobre os principais eventos aindareservados para a humanidade, do que pode ser encontrado nos escritos de qualquer religião do

mundo. Gostamos de pensar nesse esboço como um varal no qual todas as outras profecias sobreo final dos tempos podem ser penduradas no tempo apropriado ou, no caso de Daniel 2, 7, 8 e 9

e Apocalipse 2-20, colocados lado a lado. Esse sermão é de grande significado porque émencionado em todos os três Evangelhos sinóticos. A versão mais completa do sermãoestá em Mateus 24 e 25, e as passagens paralelas aparecem em Marcos 13 e Lucas 21.

meio de muitos falsos mestres que realizarão sinaise maravilhas, ele enganará milhões sobre a terra, paraque o adorem.

Satanás conhece e compreende a profecia,portanto, sabe que Cristo virá novamente. Mas seuegoísmo extremo o leva a pensar que pode impedir a

 vinda de Cristo. No final da Tribulação, Satanás reuni-rá os exércitos do mundo para batalhar contra Cristo

na que promete ser a maior batalha da história dahumanidade. Depois da batalha, na qual será derrota-do, Satanás será lançado no “profundo abismo” ondeestará “preso... por mil anos”, assim, não poderá “en-ganar as nações até se completarem os mil anos”(Apocalipse 20.13).

E interessante que nesse mesmo tempo, Deuslançará imediatamente o Anticristo e o falso profetadentro do “lago de fogo que arde com enxofre”(Apocalipse 19.20). A razão por que Satanás não vai

sofrer esse mesmo destino é que Deus ainda não teráacabado de tratar com ele. No final do reino do Milê

Um erro comum que muitos cristãos come-tem quando estudam esse sermão é que tentam en-contrar o arrebatamento nessa mensagem. Procuramem vão, porque ele não apenas não trata do arrebata-mento, mas também a própria igreja não havia sidofundada senão depois que essa mensagem foi entre-gue a Israel, seguida da rejeição de Cristo como Mes-

sias. Essa mensagem prediz os eventos do futuro deIsrael, embora boa parte de seu conteúdo seja aplicá-

 vel aos cristãos porque vamos compartilhar muitosdos mesmos eventos do fim dos tempos. Oarrebatamento não era o principal ensino do nossoSenhor, exceto em João 14.13. Ele deixou que asexplicações sobre o arrebatamento fossem feitas pelosapóstolos Paulo e João.

34 Glorioso Retorno

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 As P erguntas dos D isc ípu los

O sermão profético do Monte das Oliveirasé a resposta a três perguntas feitas pelos discípulos.

 Jesus havia acabado de predizer a destruição doTemplo de Jerusalém (que ocorreu em 70 d. C.). Comosoubessem que Daniel havia predito a destruição doTemplo, os discípulos imediatamente julgaram que

 Jesus falava sobre o fim dos tempos que Daniel havia

mencionado. Eles não faziam idéia de que Jesus esti- vesse predizendo a destruição que ocorreria em poucomenos de 40 anos. Depois que Jesus fez essa declara-ção, os discípulos perguntaram:

Quando acontecerão essas coisas?Qual será o sinal de Sua vinda?Qual será o sinal do fim dos tempos?

O sermão todo deve ser compreendido à luzda resposta de Jesus a essas perguntas.

 A R espo st a  d e  J esus

 A primeira coisa que Jesus queria que Seusdiscípulos —e nós —soubéssemos sobre o fim dostempos, é que haveria muitos enganadores e falsos

Messias que levariam muitas pessoas a se desviarem.De fato, há pelo menos nove advertências nessa men-sagem, sobre enganadores e falsos profetas que enga-nariam, se possível, até “os próprios eleitos”. Histori-camente, a era da igreja tem visto muitos mestres defalsas religiões, mas eles se manifestarão ainda mais,pouco antes da Tribulação, e aumentarão no períodoem que ela ocorrer.

 A resposta de Jesus à primeira pergunta real-

mente aparece em Lucas 21.2024 e será localizadaentre os versículos 6 e 7 de Mateus, capítulo 24.Mateus oferece, então, as respostas mais detalhadasàs outras perguntas, sendo, por isso, o relato preferidopelos estudiosos da Bíblia.

Os Sinais dos Tempos

Quais são os sinais do fim dos tempos? Oprimeiro sinal que Jesus apontou foi a guerra. Nãosimplesmente uma guerra qualquer, pois até aquela

data o mundo já havia assistido a mais de quinze milconflitos bélicos, mas uma guerra peculiar, deflagradapor duas nações e disseminada para muitas outrasnações de todos os continentes, até envolver o mundotodo. Ela viria a ser a maior guerra mundial na históriada humanidade. Isso ocorreu na Primeira Guerra

0 Sermão do Monte das O liveiras (Mt 24 - 25)

j

A destruição do

 Templo em70 d.C.

24.1-3

‘n Sinal’ A geração queu oinai “vir” essas coisas

Uma guerra # v não passarámundial, fome, f f  v j   v até que tudo

pestilência e - ■|| , tenha terminadoterremotos ? i * 24.32-36

24.7, 8 %0Arrebatamento

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Era da Igreja '  

* ' l i l

0 Glorioso Retorno kde Cristo - 24.26-31

t

Os 7 anos de Tribulação

Segunda Metade (3 'Á anos;

A Grande Tribulação - 24.21-25

A Tribulação

Começa

24.9-14

A Profanação do Templo e a

Perseguição aos Judeus

24.15-20

0 J ulgamento

das Nações

25.31-46

, As trihas do tempo tíe . duração desproporcional 

esíâo nt «rompidas paraindicar que elas nSotémamesmaexíensàode 

\ \ tempo que as demais ünhas no gráfico.

Glorioso Retorno 35

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Mundial em 1914 —1918. Desde então, haveria umdesfile de “sinais” (veja o capítulo 44 sobre “OsSinais da Volta de Cristo”), sendo que um dos maissignificativos foi a reunião do povo judeu de volta àterra de Israel e o reconhecimento de Israel comonação, em 1948. Muitos outros sinais ocorreram emcumprimento de Mateus 24.8: “Porém, tudo isto é oprincípio das dores” ou “o início das dores de parto”

(NASB), do modo como a mulher, antes do nasci-mento de seu filho, tem dores de parto, que vãoaumentando de freqüência e de intensidade (Isaías66.78). E por esse motivo que consideramos os sinaisdo nosso tempo como sendo a preparação do cenáriopara o período da tribulação.

A T r ib u l a ç ã o

Começando com Mateus 24.9, Jesus faz umabreve descrição do período da Tribulação (relatadocom mais detalhes em Apocalipse 4 a 19) que é limita-do a sete anos, de acordo com Daniel e João. Mateus24.914 cobre a primeira metade da Tribulação, e os versículos 1526 descrevem a segunda metade,também conhecida como a “Grande Tribulação”.Obviamente a segunda metade será pior que a pri-meira. Uma das maneiras mais significativas de iden-tificar esse período é a declaração do nosso Senhor,no versículo 21 —os eventos daquele tempo serãopiores que qualquer outro que já tenha ocorrido na

história da humanidade. Aqueles que defendem oponto de vista pretérito da profecia acreditam quetodo esse sofrimento já se cumpriu na destruição de

 Jerusalém em 70 d.C., mas há três problemas nesseponto de vista, além do fato de o Templo não tersido profanado como Jesus disse no versículo 15.Embora a destruição do Templo e de Jerusalém tenhasido gravemente injuriosa, não se compara às duasguerras mundiais que mataram mais de 20 milhõesde pessoas, como também não se compara ao

holocausto judaico. Em segundo lugar, Jesus não veio fisicamente em 70 d.C. como Ele prometeu oucomo os anjos asseguraram em Atos 1.911. E ter-ceiro, os preteristas não podem provar que Joãoescreveu Apocalipse sete anos antes da queda de

 Jerusalém. Pelo contrário, ele escreveu Apocalipseem 95 d.C. enquanto estava exilado na Ilha dePatmos, como a igreja sempre acreditou. Isso tornao preterismo simplesmente impossível, pois todo o

conteúdo do Apocalipse diz respeito às coisas queainda vão acontecer ou a um tempo ainda futuro.

Não, o pior tempo na história da humanidadeestá ainda por vir, no futuro. A descrição desse tempoé encontrada em Apocalipse 619, ilustrada e descritanas páginas 42 e 43.

G l o r io s o  R e t o r n o

Os discípulos perguntaram a Jesus quais ossinais de Sua vinda, e Ele deu detalhes muito signifi-cativos em Mateus 24.2731. Todas as outras passagensbíblicas sobre Sua volta gloriosa —tal como Apocalipse19.1116 —devem ser consideradas à luz dessa passa-gem. Embora ninguém saiba o dia ou a hora do Arre-batamento da igreja, sabemos quando o gloriosoretorno ocorrerá —“logo em seguida à tribulação”(versículo 29). Ele será acompanhado por aconteci-mentos cataclísmicos nos céus e “então aparecerá

no céu o sinal do Filho do homem” (versículo 30).Tudo isso acontecerá tão rapidamente que será tardedemais para as pessoas se prepararem. A decisão deaceitar ou não a Cristo como o Messias ressurretodeve ser feita antes que Ele venha em poder paraestabelecer Seu Reino, pois somente essa decisãodetermina quem vai entrar no Reino Milenar e quemserá lançado no castigo eterno. O julgamento dasnações vai ocorrer no momento da vinda de Cristo eimediatamente antes do início do Milênio (Mateus25.3146).

A G e r a ç ão   q u e   V e r á   e s s a s   C o i s a s

Tem havido bastante confusão pelo fato demuitas pessoas bem intencionadas tentarem identificara “geração [que não passará] sem que tudo istoaconteça” (Mateus 24.34). Alguns partem de “estageração”, no versículo 31, e crêem que está falandosobre a geração que teve início no tempo em que Israelse tornou nação em 1948. A passagem do tempo, é

claro, acabou por refutar essa idéia. E melhor inter-pretar esse versículo em seu contexto: isto é, a geraçãoque vê os eventos da Tribulação também verá a vindade Cristo e os outros eventos que levam ao fim dostempos. Isso evita especulações prejudiciais sobre ofuturo, pois ninguém sabe o dia e a hora (Mateus24.36). Tão logo o Anticristo e Israel assinarem umtratado de paz, que ele vai romper no meio daTribulação, passarão sete anos até a volta de Cristo.

3 6 Glorioso Retorno

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Contudo, assim como as pessoas nos dias de Noénão sabiam o dia ou a hora quando o dilúvio viria elevaria todos a julgamento, assim também os des-crentes não saberão nem estarão preparados para oglorioso retorno de Cristo. É por isso que Jesus adver-tiu os cristãos que estiverem vivos até o arrebata-mento, como também os santos da Tribulação, a“ficar... apercebidos; porque a hora em que nãocuidais, o Filho do homem virá” (Mateus 24.44).

Todos nós devemos aprender com a história das dez virgens que deviam viver cada dia a luz de Sua inespe-rada e repentina volta (Mateus 25.113).

 A declaração de Jesus em Mateus 24.35 é tãoapropriada hoje como quando foi dita: “Passará o céu ea terra, mas as minhas palavras não passarão”. Em outraspalavras, os eventos descritos por nosso Senhor noSermão no Monte das Oliveiras, são mais certos doque o céu de acima de nós e a terra em que vivemos.

12.Pa u l o  e  a  Segu n da  V inda

Os cristãos têm debatido há muito tempo se há ou não uma única passagem na Bíblia que revele,

em si mesma, as duas fases da vinda de Cristo, separadas pelo período da Tribulação.Cremos que, quando corretamente compreendida, 2 Tessalonicenses 2.1-12 é essa passagem. Tito 2.13 é o que chega mais perto de indicar as duas fases em um único versículo, enquanto o livro

de Apocalipse apresenta as duas fases em um único livro. Mas 2 Tessalonicenses 2.1-12revela o esboço completo desses significativos eventos em apenas alguns versículos.

O tema central é a segunda vinda de JesusCristo (2 Ts 1.1). A fase do Arrebatamento tambémé vista nas palavras “à nossa reunião com ele”, e oglorioso retorno é visto no versículo 8, nas palavras

“a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de suaboca, e o destruirá, pela manifestação de sua vinda”.Observe que esses dois eventos estão separados pelo“aparecimento do iníquo [o Anticristo]... segundo aeficácia de Satanás, com todo poder, e sinais eprodígios da mendra, e com todo engano de injustiça”(versículos 9, 10). Não há dúvida de que esse iníquoé o instrumento de Satanás, freqüentemente referidocomo Anticristo. Uma descrição completa de suas obrasdurante a Tribulação é dada em Apocalipse 1113.

O que é importante observar é que o SLirgi

mento do Anticristo está claramente localizado entreas duas fases da vinda de Cristo —o Arrebatamento,no versículo 1, e o glorioso retorno, no versículo 8,quando Cristo irá destruir o Anticristo. Como Joãodiz em Apocalipse 19.20, Cristo lançará o Anticristoe o Falso Profeta no Lago de Fogo para sempre. Issoapenas reforça as razões que sustentam a seguinteseqüência de eventos do Arrebatamento prétribula

cional: primeiro temos o Arrebatamento, em seguidao homem da iniqüidade é revelado, e finalmente édestruído pelo resplendor do glorioso aparecimentode Jesus. Isso é semelhante à descrição qLie o apóstolo

 João faz do Arrebatamento, em Apocalipse 4.13, operíodo de sete anos da Tribulação, em Apocalipse618, e o glorioso retorno, em Apocalipse 19.120.

O Q ue   é  A po st as ia ?

Essa seqüência de eventos é suficiente paraafirmar a exatidão da verdade do Arrebatamento prétribulacional. Contudo, podemos encontrar mais evi-dências se compreendermos corretamente 2 Tessalo-nicenses 2.3: “...porque isto não acontecerá sem que

primeiro venha a apostasia”. Há pouca concordânciaentre os estudiosos se a palavra grega apostesia (apos-tasia) se refere a uma retirada física (o Arrebatamento)ou a um evento metafórico [retirada (ou afastamento)da fé]. As primeiras sete traduções da Bíblia Inglesatraduzem essa palavra como “retirada”. A King Jamestraduz esta expressão grega de Paulo como “apos-tasia”, no sentido de um grande afastamento da

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i4l~.

Paulo e a Segunda VindaO Arrebatamento Pré-Tribuladonal emUmCapítulo - 2 Tessalonicenses 2.1-12

As ErasPassadas AEra&gga

A Casa do PAI

0 Arrebatamento

“Nossa união

com Ele*

(versículo 1)

»I &

2 Tessalonicenses 2.8-10

 A *c ^"

O Dia do

Senhor

(versículos 2,8)

t

 Tribulação de 7 Anos

3 'A  anos Grande Tribulação

t t tA Revelação O Homem da Cristo Destrói odo Homem Iniqüidade Profana Homem da

da Iniqüidade o Templo Iniqüidade(versículo 3) (versículo 4; Daniel 9.27) (versículo 8)

. i As linhas do tempo de\ \ duração desproporcional\ \ estão interrompidas para/ / indicar que elas não tèm\ \ a mesma extensão de

\ \ tempo que as demaislinhas no gráfico.

As Eras Futuras

autêntica fé cristã. Paulo fala de uma rebelião ativada iniqüidade sobre tudo que diz respeito ao Senhor.

 A King James ainda nos revela que João mencionou vários anticristo (1 Jo 2.18), mas, de todos, esse seráo pior. Podese argumentar que as sete traduções ante-riores da Bíblia inglesa estejam corretas em traduzila como “retirada”, que pode significar uma retiradafísica ou arrebatamento. Se “retirada” é a traduçãomais exata, essa passagem não deixaria dúvida emrelação ao Arrebatamento prétribulacional, pois elacoloca o Arrebatamento antes da revelação do ho-mem da iniqüidade. Contudo, se a tradução maispopular de “apostasia” ou “rebelião” é o verdadeirosignificado, então apostesia poderia se referir à carreirado Anticristo durante a Tribulação. A verdade impor-tante aqui é que “... o dia do Senhor” (v. 2) ou o gloriosoaparecimento, “não acontecerá” (v. 3) até que o “filhoda perdição” tenha sido revelado (ver Apocalipse 1213).

 Aqueles que discordam da visão do Arre-batamento prétribulacional preferem a tradução King

 James, na qual a palavra grega apostesia é traduzidacomo “primeiro venha a apostasia”, contudo, eles

podem ser prejudicados, pois sabem que concordarcom as primeiras sete traduções da Bíblia inglesa

pesaria mais a favor da posição do Arrebatamentoprétribulacional.

1384 Bíblia Wycliffe —“Retirar primeiro”1526 Bíblia Tyndale “Retirar primeiro”1535 Bíblia Coverdale “Retirar primeiro”1539 Bíblia Cranmer “Retirar primeiro”1576 Bíblia Breeches “Retirar primeiro”1583 Bíblia Beza “Retirar primeiro”1608 Bíblia de Genebra “Retirar primeiro”

O D r. Kenneth S. Wuest, um grande conhece-dor do grego, disse o seguinte sobre a tradução corretade apostesia'.

“A raiz do verbo aphistemi  é encontradaquinze vezes no Novo Testamento. Ela é traduzidacomo “retirar” onze vezes. Ela é usada uma vez emconexão com apostatarse da fé (1 Timóteo 4.1). Opróprio fato de as palavras “da fé” serem adicionadas,mostra que em si mesma a palavra não tem a idéia

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de afastarse da verdade. Ela é usada oito vezes comopartida de uma pessoa, e uma vez no sentido de partirde um lugar. Em outros lugares onde é encontrada,ela é traduzida como “desviar”, no caso daqueles quesofreram tentação (Lucas 8.13), “levar” muitaspessoas (Atos 5.37), “dai de mão a” esses homens e“deixaios” (Atos 5.38). O significado predominantedesse verbo no Novo Testamento, portanto, é o atode uma pessoa retirarse (ou partir) de uma pessoa

ou de um lugar. O substantivo neutro apostasion étraduzido em suas três ocorrências pela palavra“divórcio”, que sugere em si o afastamento de umapessoa de outra. Thayer traduz a palavra como“deserção” quando um homem livre se afasta de seupatrono”, “um divórcio, um repúdio”. A formafeminina, apostasia, aparece em Atos 21.21, ondePaulo é acusado de ensinar “todos os judeus entre osgentios a apostatarem de Moisés”, sendo “apostatar”

a tradução usada por algumas versões para a palavra.“Apostatar” envolve uma retirada ou afastamento.Essa palavra é encontrada somente aqui e em nossapassagem de Tessalonicenses.”4

De acordo com outros estudiosos do grego,o significado secundário de apostasia é “retirada” ou“desaparecimento”. Isso nos dá mais razão paraaceitarmos a tradução original inglesa de “retirada”,tal como o Arrebatamento, em vez de “apostasia” da

 Versões King James e NVI, ou, como alguns tradu-tores sugerem, “rebelião”. De fato, entendemos adeclaração “nossa reunião com ele” do versículo 1eapostesia do versículo 3 como referência à retiradados santos no Arrebatamento, o que confirma a nossapremissa de que ambas as fases da vinda do nossoSenhor, separadas pela Tribulação, são mencionadasem 2 Tessalonicenses 2.112.

13.Pe d r o  e  o Fu t u r o

Um dos últimos livros do Novo Testamento a ser escrito foi a 2a Epístola de Pedro. Como muitosdos outros apóstolos, ele foi impelido a advertir a igreja de que “nos últimos dias virão escarnece-

dores” (2 Pedro 3.3). Ele acertou o alvo, pois um dos muitos sinais que podemos estar vivenciandonos últimos dias é o aumento que temos visto de falsos profetas, falsos mestres, escarnecedores

(particularmente no ensino superior), e outros que negam que J esus virá novamente.

O apóstolo Pedro advertiu que um dos sinaisda segunda vinda é que os escarnecedores dirão:“Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desdeque os pais dormiram, todas as coisas permanecemcomo desde o princípio da criação.” Em outras pala-

 vras, os escarnecedores dizem que as coisas no mundosempre continuaram da mesma maneira. Mas, pelocontrário, o homem tem visto duas divisões principaisde tempo, e há uma terceira divisão a se cumprir. Aprimeira, que foi determinada pelo dilúvio, é chamadapor Pedro de “o mundo daquele tempo” (v. 6). Opresente mundo, ele chama de “os céus que agoraexistem e a terra” (v. 7). O terceiro, após a segunda

 vinda de Cristo, será um novo céu e uma nova terra.Pedro ensina muito claramente que este mun-

do sofreu uma gigantesca catástrofe e experimentará

ainda outra. A primeira, o dilúvio dos dias de Noé,mudou a ordem da natureza na atmosfera e sobre aterra. Conseqüentemente, a presente ordem não ésemelhante o bastante àquela que antecedeu o dilú-

 vio, para nos fornecer com exatidão as indicações decomo era o mundo. Os cientistas que tiram conclu-sões das condições presentes e aplicamnas às condi-ções anteriores ao dilúvio, chegam, inevitavelmente,a conclusões errôneas.

OsE scarnecedo res

A Origem dos Escarnecedores

 A teoria do uniformitarismo (N.T.: doutrinaque explica todas as mudanças por processos de ação

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Pedro e o Futuro (2 Pedro 3.1-14'A Criação O Dilúvio A Primeira Vinda 

de Cristo

As Eras Passadas

* V-,1.

O Mundo que Existia (versículo 6)

Catástrofe

0 Mundo que Existe (versículo 7)

0 Dia do Senhor

A Segunda Vinda de Cristo

Milênio

O Mundo que

está para vir

As Eras Futuras

Novos Céus e Nova

 Terra (versículos 10-13)

uniforme), popularizada em meados do século XIX,pelo geólogo inglês Sir Charles Lyell, tornouse umproeminente fundamento para o darwinismo e ateoria da evolução, o marxismo e o socialismo, ofreudianismo e o liberalismo. De fato, essa teoriafavoreceu muitos dos males que assolam nossasociedade hoje, e é propagada por muitos dosmembros mais bem instruídos intelectualmente denossa cultura.

Não permita que esta palavra incomum —uniformitarismo —o perturbe. Ela se refere simples-mente à idéia de que os atuais processos uniformes

de vida são suficientes para explicar a origem e odesenvolvimento de todos os fenômenos físicos ebiológicos sobre a terra. Isso, é claro, rejeita qualquerpossibilidade de intervenção divina por meio deeventos catastróficos designados por Deus para julgarsua criatura humana, o homem.

O que é fascinante é que, quase 2000 anosatrás, Pedro, um galileu pescador, predisse que osescarnecedores diriam “todas as coisas permanecemcomo no início da criação” (2 Pedro 3.4). Essa é exa-

tamente a filosofia dos nossos dias! A “progressãogradual” a partir de um início espontâneo através demilhões de anos até a presente ordem das coisasreflete o que os evolucionistas ensinam. No momentoem que alguém sugere uma interrupção catastróficaem sua teoria de uniformitarismo, eles escarnecem.

A Cegueira dos Escarnecedores

Quando confrontados com a crescente evi-

dência contrária ao uniformitarismo e à evoluçãodarwiniana, algumas delas apresentadas por estudiososnãocristãos tais como Hapgood, Hooker, Sandersone Velikovsky, muitas pessoas se perguntam por queos escarnecedores são tão cegos. Em 2 Pedro 3, oapóstolo Pedro cita duas razões.

 A primeira encontrase no versículo 5: “Por-que, deliberadamente, esquecem”. É difícil para umaluno que confia em seu professor, perceber que elepode estar sendo deliberadamente preconceituoso,mas esse é justamente o caso! A mente nãoregenerada dos descrentes resiste à idéia da intervenção de

Deus nas questões humanas. Os intelectuais seorgulham de serem objetivos, contudo, o objetivismo(N.T: doutrina filosófica que enfatiza a realidadeobjetiva de tudo que é conhecido ou percebido) sofrequando os nãocristãos se deparam com a Palavra deDeus. O problema é espiritual —uma questão de von-tade —e o descrente está se recusando, deliberada-mente, a enfrentar a verdade de um julgamento futuro.

Muito tempo antes de o geólogo Lyell pro-mover a teoria do uniformitarismo, ele era um huma-

nista ateu. Como tal, rejeitava os registros bíblicos.Não é de surpreender, então, que ele tenha chegadoa conclusões opostas aos ensinos da Bíblia. Tambémnão devemos nos surpreender de que o uniformita-rismo de Lyell, rejeitado por homens como Pasteur,foi prontamente aceito e desenvolvido pelos huma-nistas de seus dias. Todos tinham uma coisa emcomum: eram deliberadamente ignorantes da verdadeda Palavra de Deus.

40 Glorioso Retorno

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k Outra razão para a cegueira intelectual dosescarnecedores é que eles “andam segundo suaspróprias paixões” (v. 3). Estão focados exclusiva-mente nos prazeres de nosso mundo decaído. Voltairee Rousseau, dois céticos franceses que tiveram grandeinfluência no desenvolvimento do humanismo, erammoralmente degenerados. Por exemplo, a amante deRousseau concebeu, dele, cinco filhos ilegítimos, osquais foram todos cruelmente abandonados no Hos-

pital Público de Paris.Todas as evidências do mundo —científicase racionais —não vão convencer um homem que estádeterminado a rejeitar a Cristo. Nem pode um homeminclinado aos prazeres ouvir a voz do Espírito.Somente quando esgotar seus próprios recursos, talpessoa irá buscar a verdade real e definitiva.

O Julgamento dos Escarnecedores

 Aqueles que rejeitam a Deus, para satisfazer

sua lascívia imediata, quase que universalmente rejei-tam a idéia de julgamento eterno. Logicamente,nenhuma racionalização mudará o fato de que Deus

 vai mesmo julgálos no julgamento do Grande TronoBranco, um julgamento que é para toda a eternidade.Pedro declara que assim como Deus exerceu o julga-mento real nos dias de Noé, Ele o fará novamenteno futuro (2 Pedro 3.6,7). No versículo 7, Pedrotambém diz que assim como a Palavra de Deussustenta este mundo, que paira sobre o vazio doespaço, assim também Sua Palavra a respeito do

 julgamento será cumprida. Os homens podem nãogostar da idéia de julgamento, mas isso não mudaessa infalibilidade.

O Se n h o r

A Misericórdia do Senhor

Em 2 Pedro 3.9, Pedro disse: “(o Senhor) é

longânimo... não querendo que nenhum pereça, senãoque todos cheguem ao arrependimento.” Essa é umapremissa fundamental sobre a natureza de Deus, quedeve influenciar a nossa compreensão dEle. Ele nãoquer que ninguém pereça. Ele quer que todos oshomens venham a Ele, mesmo os maiores pecadores.Mas eles podem fazer isso somente pela fé na obracompleta de Seu Filho na cruz.

O Dia do Senhor Apesar da longanimidade e misericórdia de

Deus, a maior parte da humanidade irá rejeitálo,mesmo durante a Tribulação. Contudo, quando vierem poder, no “Dia do Senhor”, como Pedro o deno-mina (2 Pedro 3.1012), Ele vai destruir todos aquelesque rejeitaram Sua oferta de salvação gratuita. Isaías34 fornece mais detalhes, mas esse “Dia do Senhor”indica aquele tempo no final do Reino Milenar, quan-

do Deus vai destruir esta velha terra amaldiçoadapelo pecado. Sabemos que uma catástrofe mundial(o dilúvio) separa nosso mundo presente do mundoanterior, e Pedro usa isso como um sinal de que outracatástrofe terminará a presente ordem e conduzirá auma nova ordem que ele chama de “novos céus enova terra” (v. 13).

 A luz de tudo isso, somos desafiados a “(empenharnos) para ser achados por eles em paz, semmácula e irrepreensíveis” (v. 14). Quando nos lembra-

mos de manter essa perspectiva eterna, vivemos vidasmais santas, preocupandonos com as almas perdidas.Os escarnecedores dizem, que as coisas vão

continuar como sempre, e que Jesus não vai voltar.Contudo, como Pedro disse: “Não retarda o Senhora sua promessa, como alguns a julgam demorada” (2Pedro 3.9). Deus mantém suas promessas. Cristovoltará novamente!

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 A R e v e l a ç ã o  d o  Fu t u r o  a  J o ão

Por duas razões o livro de Apocalipse é, sem dúvida, o mais emocionante: Primeira, ele apresenta J esus Cristo em Seu digno esplendor e glória. Na primeira vez em que Ele veio a esta terra, foicomo Messias sofredor, motivo pelo qual os judeus O rejeitaram. Eles não queriam um salvadorpara perdoar seus pecados e dar-lhes a vida eterna; eles queriam um Messias que os libertasse

de seus conquistadores romanos e desse a eles as bênçãos prometidas pelos profetas paraa era do reino. Mas na segunda vez em que Cristo vier, Ele estará em plena glória.

 A segunda razão por que esse livro é uma qualquer outro livro ou profecia do mundo. Essesbênção é porque dá mais detalhes definitivos sobre o detalhes incluem a era da igreja, os sete anos dofuturo e o nosso relacionamento com ele, do que período da Tribulação, o glorioso retorno, o reino

 A Revelação do Futuro a João As co is as  que v iste”

 As Co is as  “que são”

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2 ; o- 1  '3.  J esusCristo

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 J J f 111

C rucificação  de C risto

d.C. 30

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 A pér o laMateus 13.45, 46

 A Er a Pres en te

Ressurreição  de C ristoMarcos 16.6 1 Pedro 1.3 "2

Os Sete Selos6.18.5

I . Mi I l l ii i M  ji   í I 3 à

As Sete  Trombetas

8.7-11.19

As Sete Figuras-chave

12.1-13.18

“As coisas que hão de acontecer

>s Sete  J ulgamentos da Babilônia

17.1-18.24

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I II I & I Jlá í I à I

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f i t !* I s s

A Colheita del Almas7.1-15

O Dragão é expulso do céu; 

Persegue a mulher

12.13-17

Primeira metade da Tribulação (3 anos)

A Colheita da  Terra14.14-20

Os S antos da T ribu são ressuscitad

20.4

Segunda metade da Tribulação (3 14 anos)

 A Tr ib ulação (A Septuag és im a Sem an a de Daniel )

A meretriz é destruída17.1-18

O Falso Profeta13.11-17

A Besta13.1-18

As linhas do tempo doduraçAo dcspropoicionalostao interrompidas paraindicar que cias não tèma mesma extensAo dotempo que as demaisUnhas no graiico.

42 Glorioso Retorno

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Milenar, o céu e uma infinidade de outros fatos sobreo futuro. A importância do Apocalipse não é exage-rada, pois sem ele muitas profecias do Novo Testa-mento não poderiam ser compreendidas.

Infelizmente, muitos mestres e pregadoresnunca tratam do livro de Apocalipse, mesmo aquelesque ensinam todos os outros livros da Bíblia. Pareceque há um ataque satânico contra a credibilidade dolivro, para impedir o povo de Deus de compreendê

lo e ser motivado por ele. Desde os séculos III e IV,adotouse o estilo grego de ler o texto de forma alegó-rica ou simbólica, em busca de mais de um significadopara as palavras do livro. Por causa disso, tradicional-mente, o Apocalipse tem permanecido um enigma.

 A razão é simples: não é possível compreender esselivro a menos que o consideremos literalmente, domodo como foi pretendido —isto é, literalmente, amenos que os fatos do contexto imediato indiquemoutro sentido. O método literal de interpretação deve

 AOs

Mil Anos

 Z)i l l s

1 1 1 1 ! 31

i i i M i iÜ 1112  i

A Destruição da Terra 

pelo Fogo2 Pedro 3.10-13

A Era das Eras

Lago de FogoA C ondenação de S atanásCondenação dos Pecadores

20.10-1533 Jà.lL

ser aplicado a esse livro, assim como aos demaislivros das Escrituras. De fato, o único modo de apromessa de bênção, para os que lêem e obedecem aseus mandamentos, se cumprir, é considerar o Apo-calipse literalmente (Apocalipse 1.3). Caso contrário,não poderemos compreender o livro e, assim, tambémnão receberemos a bênção prometida aos que o lêem.

Em Apocalipse 1, Jesus é visto caminhando

entre os candeeiros, ou igrejas. Já sabemos que a igrejadeve ser a luz do mundo e é incumbida de uma tarefafundamental: cumprir a grande comissão de levar oevangelho por todo o mundo. O esboço triplo de

 Apocalipse é encontrado em 1.19, no qual João éinstruído a escrever sobre: 1) “as coisas que viste” —a visão em seu conjunto; 2) “as que são” —a era daigreja; 3) “as que hão de acontecer depois destas” —o futuro. Vamos olhar brevemente as coisas que sãoe as coisas que hão de acontecer.

 A s Co i sas q u e  Sã o

 Apocalipse 23 tem a ver com a era da igreja, começando como primeiro século, que é chamado a era apostólica. Embora tenhammorrido antes do final do primeiro século, os apóstolos são mencio-nados na mensagem à igreja de Efeso. As cartas do Senhor às seteigrejas em Apocalipse 23 foram escritas não apenas para as sete igrejasalistadas, porque havia milhares de igrejas por volta de 95 d.C., quandoo livro de Apocalipse foi escrito. A maioria dos estudiosos literalistas

das profecias acredita que essas cartas se aplicam a todas as igrejas queexistiam naqueles dias e todas as demais ao longo das eras. Em cadacarta o Senhor desafia todos a ouvir “o que o Espírito diz às igrejas”.Observe que Ele se refere a igrejas, no plural. Essas cartas deviamcircular entre todas as igrejas, e de fato, podemos ver que elas sãoaplicáveis às igrejas de qualquer era. Também há alguns que defendema opinião de que essas sete igrejas representam uma progressão nahistória da igreja, começando com o primeiro século e continuando atéos dias de hoje. Gary Cohen, um estudioso das profecias e autor delivros sobre o assunto, explica isso da seguinte maneira:

“A teoria de que as sete igrejas de Apocalipse 23 são proféticas,que elas representam sete períodos consecutivos na história eclesiástica,aparentemente foi sugerida pela primeira vez por algumas palavras domártir Victorinus, Bispo de Pettau (morto em cerca de 303 d.C.). Essacrença, como afirmada hoje, não nega que as sete igrejas, ao mesmotempo, são tanto históricas e simbólicas. Ela afirma que o elementoprofético está em aditamento àqueles outros elementos e é inteiramente

Glorioso Retorno 43

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compatível com eles. Desse modo, essa posiçãocontempla as sete congregações como (1) existenteshistoricamente no tempo em que João escreveu o Apocalipse em 9596 d.C.; (2) como representativasde toda a igreja por meio dos sete tipos de igrejaslocais, que existem ao longo de todas as dispensações; e (3) como prefiguração dos sete aspectosde igrejas confessionais que surgirão sucessivamente

em proeminência antes da segunda vinda de Cristo”.5Em geral, os sete períodos são identificados

como segue:

Efeso igreja apostólica (30100 d.C.).Esmirna —igreja perseguida (100313 d.C.)Pérgamo —igreja do Estado (313590 d.C.Tiatira —igreja papal (5901517 d.C.)Sardes —igreja reformada (15171730 d.C.)Filadélfia —igreja missionária (17301900 d.C.)Laodicéia —igreja apóstata (1900 d.C.)

Embora essa crença consagrada pelo tempo —deque a mensagem de Cristo às sete igrejas contém uma

 visão profética dos sete períodos da história da igreja nunca tenha sido aceita unanimemente, ela é defen-dida pela maioria dos prcmilenaristas. Até mesmoPhillip Schaff, autor de History of Christian Church (’História da Igreja Crista), clássica coleção de oito volu-

mes, aceita essa posição. As primeiras três igrejas já passaram pelas páginasda história, mas as últimas quatro subsistem simul-taneamente, porque temos esses quatro tipos deigrejas em nosso mundo hoje. A mensagem paratodas é a mesma: “Sê fiel até à morte”.

 AsCoisas que H ão de A contecer

Imediatamente após a descrição da sétima igrejae logo antes de o juízo de Deus ser derramado, vemos

 João, um membro da igreja, ser levado ao céu(Apocalipse 4.1, 2). Embora não possamos basear a

 verdade do Arrebatamento prétribulacional nessaúnica passagem, certamente ela concorda com muitasoutras passagens que descrevem o evento (1 Coríntios 15.5058; 1 Tessalonicenses 4.1318; ver capí-tulo 17 sobre o Arrebatamento).

Os eventos dos últimos dias incluem a destrui-ção de Babilônia —no sentido governamental, reli-gioso e comercial. Isso será seguido pelo gloriosoretorno de Jesus Cristo, que lançará o Anticristo e oFalso Profeta no Lago de Fogo. Cristo então estabe-lecerá o Reino Milenar, e Satanás será preso por milanos. Ao final desse tempo, ele será solto para tentaras nações mais uma vez antes de ser lançado vivo

no Lago de Fogo para sempre! Então virá o Julgamento do Grande Trono Branco (Apocalipse20.1115), após o qual todos os descrentes serãolançados no Lago de Fogo.

O Apocalipse termina com uma visão de comoserá o céu. E a figura mais incrível da eternidade, jáapresentada, e está totalmente acessível para aquelesque recebem a Jesus. Mais detalhes sobre isso serãoapresentados em um capítulo mais à frente, mas porenquanto chamamos a atenção para o fato de que

 Jesus virá “sem demora” (querendo dizer que Sua vinda será “de repente”) e que Ele dará a recompensaa cada homem de acordo com suas obras (Apocalipse22.12). Não ignore a vinda de Jesus nem a recom-pensa da vida eterna pelo serviço fiel, porque essasrecompensas durarão por toda a eternidade!

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OsT rês G rupos de Pessoasna Proeeoa Bíblica

As Escrituras falam de três classes de pessoas que surgem ao longo de toda a profeciae da história. Encontramos esses três grupos em 1 Coríntios 10.32: “Não vos torneis causade tropeço nem para os judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus”.Até o tempo de Abraão, todas as pessoas eram gentias, incluindo Adão, Enoque e Noé.

Havia os gentios salvos, tais como Adão, Sete, Noé e Sem, e havia os gentios não-salvos,tais como Caim, Lameque e Ninrode. Assim, o primeiro homem foi um gentio,e os gentios continuaram a existir ao longo de toda a história da humanidade.

15.

Quando Deus chamou Abraão para

iniciar uma nova nação, Abraão tornouse oprimeiro hebreu, judeu ou israelita. Seu netofoi Jacó, que teve seu nome mudado paraIsrael (Gênesis 32.2428). Jacó teve 12filhos, que se tornaram os cabeças das 12tribos de Israel. Eles fundaram a nação dos

 judeus, e desde então a raça humana foi divi-dida entre judeus e gentios. Há judeus salvose judeus nãosalvos, embora Israel seja anação eleita de Deus, por meio da qual Ele

trouxe a salvação a toda a humanidade. Israelsurgiu com o “Pai Abraão” e vai continuarcomo uma entidade distinta por todo o restoda história.

 A igreja é o corpo de Cristo, que começou noDia do Pentecostes e vai até o céu, no arrebatamento.Não é constituída de apenas gentios e judeus, vistoque ela é a única entidade espiritualmente pura —écomposta dos salvos —apenas de judeus e gentiossalvos. Embora seja verdade que a instituição huma-

na que conhecemos como igreja contém um elementode nãocrentes, a verdadeira igreja é formada apenasde crentes genuínos em Cristo, seu Salvador. A igrejaé também uma entidade temporária; ela não existiaantes de seu nascimento no Pentecostes e terá um

fim abrupto no Arrebatamento. Assim, aqueles quesão salvos durante a tribulação e no Milênio nãofazem parte da igreja, embora essas pessoas sejamsalvas por crerem no mesmo evangelho que levouos indivíduos da era da igreja a Cristo.

 A profecia bíblica do fim dos tempos incluiuma menção a esses três grupos de pessoas —gentios,

 judeus e igreja. Deus tem um plano profético claropara cada um dos três grupos. Esses grupos de pes-soas são distintos sob muitos aspectos, mas seuscaminhos têmse entrelaçado ao longo de toda ahistória.

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16.O D est ino  Pro fé t i co  d a  Igreja

Qual é o futuro profético da igreja? Para responder a essa pergunta, devemos primeiro

compreender que a igreja se relaciona em dois sentidos com o programa de Deus.Primeiro, há a igreja verdadeira, que é formada de judeus e gentios que genuinamentereconhecem a Cristo como seu Salvador e tiveram seus pecados perdoados.A partir do Dia do Pentecostes em Atos 2 e continuando até o Arrebatamento,

todos os crentes fazem parte do corpo de Cristo, isto é, da igreja.

Segundo, há a área de influência da igreja con-fessional, que chamamos de cristandade. A cristan-dade constitui tudo que é associado com a igreja

 visível, incluindo todos os seus ramos, tais como ocatólico romano, o ortodoxo oriental, o protestante,e ainda as seitas. A cristandade inclui tanto os crentes

 verdadeiros quanto os meramente nominais, tanto otrigo como o joio (Mateus 13.2430). Esses dois as-pectos da igreja —crentes verdadeiros e cristandade têm destinos proféticos muito diferentes.

O próximo evento no calendário proféticopara a verdadeira igreja é o Arrebatamento (João14.13; 1 Coríntios 15.51, 52; 1 Tessalonicenses4.1318). No Arrebatamento, todos os crentes vivose mortos serão “arrebatados... entre nuvens, para o

encontro do Senhor nos ares” (1 Tessalonicenses4.17). Esse evento pode acontecer a qualquer mo-mento, sem aviso, e corresponde à ilustração deCristo como o Noivo e a igreja como a noiva. Nestaera, a igreja é a noiva de Cristo —totalmentecomprometida, tendo sido comprada com o sanguede Jesus. O Noivo voltou para a casa do Pai parapreparar um lugar para Sua noiva. Enquanto Ele estáfora (durante a era da igreja) a fidelidade da noiva écolocada à prova, pela separação, e ela deve perma-

necer fiel e, ao mesmo tempo, vigiando constante-mente pelo retorno inesperado do Noivo. QuandoDeus, o Pai, der o sinal, ouvirseá um brado, a erada igreja será encerrada no Arrebatamento, e os

 verdadeiros crentes irão estar com o Senhor. A cristandade, pelo contrário, será deixada

para trás para entrar no período de Tribulação e estásendo preparada para servir como meretriz de Sata-

nás —“a grande meretriz que se acha sentada sobremuitas águas” (Apocalipse 17.1). A cristandadeajudará a facilitar a grande ilusão do Anticristo naforma de igreja mundial. Essa igreja ecumênica eapóstata vai pavimentar o caminho para a religiãomundial, que incluirá a adoração ao Anticristo e aaceitação da marca da besta (Apocalipse 13.1618).E significativo notar que Apocalipse 13.1118 apre-senta o Falso Profeta (o cabeça da igreja mundialdurante a Tribulação) como aquele que advoga, emnome do Anticristo, a aceitação do número 666.

 Assim como o papel da verdadeira igreja é proclamara verdade de Deus, assim também a meretriz deSatanás terá um papel em fomentar seu engano.

 A igreja é singular no plano de Deus e

separada de Seu plano para Israel. Enquanto a igrejacompartilha das promessas espirituais da Aliança de

 Abraão como cumpridas em Cristo, Israel, e não aigreja, cumprirá seu destino de nação como entidadeseparada após o arrebatamento e a Tribulação edurante o Milênio. O Novo Testamento ensina quea igreja era um mistério não revelado no AntigoTestamento (Romanos 16.25, 26; Efésios 3.210;Colossenses 1.2527), que é também a razão por queela começou subitamente, em Atos 2, e por que esta

era terminará súbita e misteriosamente, sem aviso,no Arrebatamento. Portanto, a igreja não tem destinoprofético terreno além do Arrebatamento.

 A Ig r e j a  s o br e  a  T e r r a

 A era da igreja não é caracterizada por even-tos proféticos verificáveis historicamente (exceto seu

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surgimento no Dia do Pentecostes e sua partida noarrebatamento). Mas encontramos o curso geral daera da igreja na profecia e podemos extrair uma visãogeral do que podemos esperar durante a presente era.Mantenha em mente, contudo, que, durante a era daigreja, há profecias sendo cumpridas, que serelacionam com o plano profético de Deus para Israele não para a igreja. Por exemplo, a profecia referenteà destruição de Jerusalém e do Templo em 70 d.C.

se relaciona a Israel (Mateus 23.38; Lucas 19.43, 44;21.2024). Assim, convém olharmos o cumprimentodas profecias relacionadas ao restabelecimento deIsrael como nação em 1948, embora ainda estejamos

 vivendo na era da igreja. Vamos analisar, agora, três conjuntos de pas-

sagens do Novo Testamento que revelam o cursogeral da era da igreja.

Mateus 13

 As parábolas de Mateus 13 se referem à erada igreja em termos do reino de Deus aqui na terra, oque abrange o tempo entre a primeira e a segunda

 vinda de Cristo. O Dr. J. Dwight Pentecost resumeMateus 13 deste modo:

“Podemos resumir o ensinamento sobre o cursodesta era, dizendo: 1) haverá uma semeadurada Palavra por todo a era, que 2) será imitadapela semeadura de uma mensagem falsa; 3) o

reino assumirá enormes proporções externas,mas 4) será marcado pela corrupção doutrináriainterna; porém, o Senhor obterá para Si mesmo5) um tesouro particular dentre os filhos deIsrael e 6) dentre a igreja; 7) a era terminaráem julgamento, com os ímpios excluídos doreino a ser inaugurado e os justos reunidos paradesfrutar da bênção do reino do Messias”.6

Apocalipse 2-3

 Apocalipse 23 se refere aoprogra?na da igreja(e não ao reino). Assim, essa visão das sete igrejascomeça no Pentecostes e termina no arrebatamento(como indicado por Apocalipse 4.13). Essas seteigrejas históricas do primeiro século oferecem umpadrão dos tipos de igrejas que vão existir ao longode toda a história da igreja.

Epístolas

 A seguir está uma lista das sete passagensprincipais, nas epístolas, que tratam da igreja nosúltimos dias: 1Timóteo 4.13; 2 Timóteo 3.15; 4.3,4; Tiago 5.18; 2 Pedro 2.122; 3.36; e Judas 125.Cada uma dessas passagens enfatiza, repetidas vezes,que uma das características dominantes da igreja nosúltimos dias será a apostasia.

Os apóstolos repetidamente advertiram oscrentes a se prevenirem dos desvios da sã doutrina,ou apostasia. O fato de vermos tantos desvios hojeé um claro sinal de que estamos nos tempos do fim.

Embora o Novo Testamento não contenhaprofecias específicas concernentes à era da igreja,temos trcs conjuntos de passagens que pintam umquadro geral do curso desta era. Todos os três indicamque a apostasia vai caracterizar a cristandade duranteo tempo em que ocorrer o Arrebatamento.

 A Ig r e ja n o Céu

O Novo Testamento ensina que a igreja seráremovida pelo Arrebatamento antes do início daTribulação (1 Tessalonicenses 1.10; 5.9; Apocalipse3.10) e levada por Cristo para a casa do Pai (João14.13). A igreja estará no céu durante a Tribulação,como representado pelos 24 anciãos (Apocalipse 4.4,911; 7.13,14; 19.4), e durante esses sete anos passará

pelo julgamento diante do trono de Cristo (Apo-calipse 19.410, 19) como preparação para acompa-nhar o Senhor em sua segunda vinda (Apocalipse19.14). A preparação celestial da igreja durante aTribulação é vista em Apocalipse 19.7: “...porquesão chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a simesma já se ataviou”. Isso vai acontecer no iníciodo Milênio após a segunda vinda de Cristo.

Enquanto o próximo evento para a verdadeiraigreja o corpo de Cristo —é seu translado da terra

para o céu, no Arrebatamento, os descrentes deixadosna igreja organizada (institucional) vão passar pelaTribulação e formarão a base da superigreja apóstataque o Falso Profeta vai usar para ajudar o governomundial do Anticristo (Apocalipse 13; 1718). A

 verdadeira igreja de Jesus Cristo não passará pelaTribulação.

Glorioso Retorno 47

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Uma Visão Geral da Era da IgrejaMISTÉRIO

0 Plano de Deus(Efèsios 1.9-10)

MISTÉRIODeus, equiparado a Crisl

(Colossenses 1.2,3)

MISTÉRIOA Cegueira de Israel

(Romanos 11) ] LMISTÉRIO

A Piedade(1 Timóteo 3.16)

MISTÉRIOO Reino dos Céus(Marcos 4.10-12) I

MISTÉRIO

Í Um Corpo de Judeus />Gentios (Efésios 3.1-10)

MISTÉRIOde Deus i

(Romanos 16.25-27; \1 Corintios 2.6-8)

MISTÉRIOA Noiva de Cristo(Efésios 5.25-32)

MISTÉRIOO Arrebatamento da Igreja

(1 Corintios 15.50-53) í 

L _____   ___ U i

 LMISTÉRIO

Habitação de Cristo i(Colossenses 1.25-27) '

Dia de Pentecostes

tU

MISTÉRIOIniqüidade ou Ilegalidade

(2 Tessalonicenses 2.1-10)

L ___________J

O Semeador(Mateus 13.3-9) O trigo

e o J oio a  Semente36 43)

de Mostarda(Mateus 13.31,32 0 Fermento

(Mateus 13.33-35) O TesouroEscondido(Mateus 13.44)

MISTÉRIO7 Estrelas e Castiçais(Apocalipse 1.12-20)

A Pérola(Mateus 13.45-46)

Arrebatamento da 

Igreja ao Céu

A Rede(Mateus 13.47-50)

w

Filadélfia f l l l l

Laodicéia

33 70 d.C. d.C.   d.C.

A I g r e j a   n o   M il ê n io

Durante o Milênio, todos os membros daigreja vão reinar e governar com Cristo (Apocalipse3.21). Em Mateus 19.28, Jesus disse a seus dis-cípulos, que eram membros da igreja, que eles seassentariam junto com Ele no trono no reino egovernariam sobre as 12 tribos de Israel. Além disso,em 2 Timóteo 2.12, Paulo escreve: “se perseveramos,também com ele reinaremos”. O principal propósito

do Milênio é a restauração de Israel e do governo deCristo sobre o povo judeu, mas a igreja, como noivade Cristo, não estará ausente das atividades doMilênio.

 As Escrituras não deixam claro se Israel, aigreja e os outros grupos de crentes da história vãomanter suas distinções por toda a eternidade. Apa-rentemente, não há qualquer razão bíblica para queeles não possam adorar e servir a Deus comoentidades distintas por toda a eternidade.

48 Glorioso Retorno

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17.O A rrebatamento  d a  Igre ja

Desde que o nosso Senhor prometeu aos primeiros cristãos que Ele retornaria à casa de Seu Paipara lhes preparar um lugar e que voltaria e os receberia para Si mesmo, para que onde Ele

estivesse, seus discípulos também estivessem (João 14.3), os crentes têm aguardado

ansiosamente ser arrebatados ou transladados em vez de verem a morte. Em 1 Coríntios 15,Paulo escreveu: “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos (referindo-se à morte

dos cristãos), mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos(v v. 51 e 52). Como veremos mais adiante, esse evento é chamado de “mistério”, arrebatamento,

ou de “a bendita esperança” da igreja (Tito 2.13).

 A EXPECTATIVA DA VOLTA DE CRISTO bendita esperança que motivava a igreja do primeiroséculo era a volta iminente ou a súbita e inesperada

Os apóstolos e a igreja dos primeiros três vinda de Cristo a qualquer momento,séculos esperavam de todo o coração que Cristo As Escrituras indicam que algumas pessoas

 voltasse para Sua igreja durante os seus dias. A na igreja em Tessalônica ficaram perturbadas porque

Eventos do Arrebatamento1.0 próprio Senhor descerá da casa do Pai, onde está preparando 

um lugar para nós (J oão 14.1-3; 2 Tessalonicenses 4.16).

2. Ele virá novamente para nos receber para Si mesmo (J oão 14.1-3).

3. Ele vai ressuscitar aqueles que adormeceram nEle (cristãos que já 

morreram a quem nós não precederemos -1 Tessalonicenses 4.14,15).

4 .0 Senhor vai bradar quando descer (“dada a sua palavra 

de ordem”, 1 Tessalonicenses 4.16). Tudo isso vai 

acontecer num “piscar de olhos” (1 Coríntios 15.52).

5. Nós ouviremos a voz do arcanjo (talvez para

conduzir Israel durante os sete anos da

 Tribulação, como ele fez no Antigo 0 Tr°no,d® J ulgamenfo T i i . t i *  1 Coríntios 3.9-15 Testamento -1 Tessalonicenses 4.16).

seus espíritos, que J esus traz com Ele -1 Tessalonicenses 4.16,17).

8 . Em seguida, nós, os que estivermos vivos e permanecermos, seremos 

transformados (ou feitos incorruptíveis por termos nossos corpos feitos 

“imortais”- 1 Coríntios 15.51,53).

9. Seremos apanhados (arrebatados) juntamente com eles 

(1 Tessalonicenses 4.17).

10. Seremos levados para as nuvens (onde crentes que 

estavam mortos e os vivos terão uma grandiosa reunião 

- 1 Tessalonicenses 4.17).

11. E ncontraremos o Senhor nos ares 

(1 Tessalonicenses 4.17).

f/l.

©

6. Nós também ouviremos o toque da 

trombeta de Deus (1 Tessalonicenses 4.16), C D *$.>  /-  

a última trombeta para a igreja.

(Não confundir com a sétima trombeta 

do julgamento sobre o mundo durante a ( 4 )

 Tribulação em Apocalipse 11.15.) A  j. l

Arrebatamento7. Os mortos em Cristo ^

ressuscitarão primeiro (os restos W

corruptíveis de seus corposmortos se tomarão 1 Tessalonicenses 4.16,17

incorruptíveis e se unirão aos 1 Coríntio? 15.51-58

A Casa do Pai

nTo*m3{ ft, .«'•*f Í 2 ) ^ 12 •^risto nos receberá Para si mesmo e nos levará â casa do Pai

"para que, onde eu estou, estejais vós também” (J oão 14.3).

13. “E, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4.17),

14. Quando chamar os crentes, Cristo julgará todas as coisas. Os cristãos 

estarão diante do trono de julgamento de Cristo (Romanos 14.10; 2 

Coríntios 5.10), descrito em detalhes em 1 Coríntios 3.11-15. Esse julgamento 

prepara os cristãos para...

15. As bodas do Cordeiro. Antes do retorno de Cristo à terra, em poder e 

grande glória. Ele terá um encontro com Sua noiva, a igreja, e haverá as 

grandes bodas. Nesse ínterim, depois que a igreja é arrebatada, o mundo vai experimentar um derramar da ira de Deus como nunca se viu antes, o que o 

Senhor chama de “a grande Tribulação” (Mateus 24.21).

ra da Igreja

®©

7 Anos de Tribulação

Glorioso Retomo 49

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alguém afirmou que o dia indicado já havia passadoe que eles haviam sido deixados para trás. A respostade Paulo para eles em 1e 2 Tessalonicenses provavel-mente deu mais ímpeto à crença no retorno iminentede Cristo do que qualquer outra passagem sobre oassunto. A maioria dos cristãos do primeiro séculocria tão fervorosamente na vinda de Cristo, a qualquermomento, que eles eram movidos por paixão paracompartilhar sua fé por toda parte, como vemos em1 Tessalonicenses 1.610:

“Com efeito, vos tornastes imitadores nossose do Senhor, tendo recebido a palavra, postoque em meio de muita tribulação, com alegriado Espírito Santo, de sorte que vos tornasteso modelo para todos os crentes na Macedôniae na Acaia. Porque de vós repercutiu a palavrado Senhor não só na Macedônia e Acaia, mastambém por toda parte se divulgou a vossa fépara com Deus, a tal ponto de não termosnecessidade de acrescentar cousa alguma; poiseles mesmos, no tocante a nós, proclamam querepercussão teve o nosso ingresso no vossomeio, e como, deixando os ídolos, vos conver-testes a Deus, para servirdes o Deus vivo e

 verdadeiro e para aguardardes dos céus o seuFilho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos,

 Jesus, que nos livra da ira vindoura.”

Embora a igreja dos primeiros três séculos

não usasse a palavra arrebatamento para descreveressa ressurreição dos crentes que já haviam morridoe o translado dos cristãos vivos, ela esperava ansiosa-mente o evento. Mesmo durante a Idade das Trevas,quando a interpretação literal da Bíblia foi ofuscada,alguns ainda aguardavam o translado iminente daigreja. Mais tarde, os santos cristãos, tais como, HughLatimer (queimado na estaca, em 1555, por causade sua fé) que expressou sua segurança no arrebata-mento: “Talvez aconteça em meus dias, velho comoestou, ou nos dias de meus filhos... os santos ‘serão 

levados ao encontro comCristo nos ares’ e depois voltarãocom Ele novamente” (itálico acrescentado).

Desde os tempos de Latimer, a Bíblia temsido traduzida em muitas línguas. Onde quer que se

 vá, essa expectativa do translado para estar com Cristotemse tornado a esperança da igreja. A esperançadesse evento tem tido uma tremenda influência sobrea igreja durante os dois últimos séculos, à medidaque milhões de cristãos têm aceitado a mensagem

literal da promessa de nosso Senhor, de voltar parabuscar Sua igreja.

Os cristãos modernos conhecem esse eventocomo Arrebatamento aquele momento em que, “numabrir e fechar de olhos”, Cristo dará a ordem do céu e“os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois,nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados

 juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro doSenhor nos ares” (1Tessalonicenses 4.16, 17).

 A palavra grega para “arrebatados” éharpa o, que significa “apanhar para cima” ou “agarrar”. Apalavra  A rrebatamento  não aparece no NovoTestamento grego, porque é uma palavra latina. Aqueles que traduziram o Novo Testamento gregopara o latim usaram a palavra Arrebatamento  paradescrever este “agarrar” ou “levantar rápido” porquesugere uma exaltação de alegria —o que não é o casoquando uma pessoa é levada por seqüestrador oupor alguém que planeja fazer o mal contra o outro.

 AsDuas Fases da V o lta de C ris to

Quando as mais de 300 referências bíblicassobre a segunda vinda de Cristo são cuidadosamenteexaminadas, fica evidente que há duas fases para esseretorno. Essas passagens contêm muitíssimos atosem conflito em relação à volta de Cristo, para seremcombinadas em uma única vinda (quinze diferençasprincipais estão alistadas no gráfico da página 109).

Como sabemos que não há contradições naPalavra de Deus, nosso Senhor deve estar querendonos mostrar alguma coisa aqui. A maioria dos estu-diosos que consideram a Bíblia literalmente, sempreque possível, acredita que Ele está falando de uma“vinda” em duas fases. Primeiro, Ele virá de repente,nos ares, para arrebatar Sua igreja e levar os crentespara a casa de Seu Pai, em cumprimento a Sua promes-sa em João 14.13. No céu, eles vão comparecer diantedo trono de Cristo (2 Coríntios 5.810) e participar

da ceia das bodas do Cordeiro (Apocalipse 19.110).Depois Jesus concluirá a segunda vinda ao voltar àterra, gloriosamente, aos olhos de todos, em grandepoder, para estabelecer o Seu Reino.

Olhe agora, na página 49, as passagens quetratam do arrebatamento (as passagens que tratam dasegunda vinda são alistadas na página 63). Os núme-ros dentro dos círculos correspondem aos itens nume-rados nos gráfico.

50 Glorioso Retorno

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18.O T ribunal  d e  Cristo

Imediatamente após a arrebatamento, todos os cristãos deverão comparecer perante Cristo

para serem julgados por Ele. Esse julgamento não tem nada a ver com a salvação,porque apenas os salvos estarão ali. Paulo menciona esse nosso comparecimentoperante “o tribunal de Cristo” em 2 Coríntios 5.10 e em Romanos 14.10.

 A passagem mais detalhada das Escriturasrelacionada ao evento da vinda de Cristo é 1Coríntios3.915:

“Porque de Deus somos cooperadores; lavourade Deus, edifício de Deus sois vós. Segundo a

graça de Deus que me foi dada, lancei o funda-mento como prudente construtor; e outro edifi-ca sobre ele. Porém um cada veja como edifica.Porque ninguém pode lançar outro fundamen-to, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.Contudo, se o que alguém edifica sobre ofundamento é ouro, prata, pedras preciosas,madeira, feno, palha, manifesta se tornará aobra de cada um; pois o Dia a demonstrará,porque está sendo revelada pelo fogo; e qualseja a obra de cada um o próprio fogo o

provará. Se permanecer a obra de alguém quesobre o fundamento edificou, esse receberágalardão; se a obra de alguém se queimar,sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo,todavia, como que através do fogo”.

 AsBo as O b r a s

Uma vez que as boas obras receberão galar-dões, precisamos saber o que constitui uma boa obra.

 As seguintes passagens das Escrituras descrevemalgumas possibilidades:Testemunho.  Mateus 5.16 diz: “Assim brilhe

também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Paique está nos céus”, Esperase que um cristão deixesua luz brilhar para que o mundo a veja. Ele repre-

senta o Senhor Jesus Cristo para um mundo que, emgrande parte, não conhece o Senhor. Parte das boasobras do cristão envolve viver uma vida pura e seruma testemunha coerente do Senhor.

 Adoração. Jesus se referiu a adoração a Elecomo uma boa obra. Quando uma mulher ungiu Sua

cabeça com óleo precioso, Ele disse a Seus discípulossurpresos que a deixassem porque ela havia praticadouma “boa ação para comigo” (Mateus 26.10). Muitas

 vezes limitamos nosso conceito de adoração ao cultode louvor a Deus. Mas adorar a Cristo também é umaboa obra.

Generosidade. 1Timóteo 6.18 diz que ser “ricosde boas obras” envolve ser generoso e disposto a re-partir. O versículo diz especificamente que devemosser “prontos a repartir”. Em outras palavras, a boaobra consiste basicamente de generosidade. Se temos

uma atitude ou motivação errada, então nossa supostagenerosidade não é uma boa obra. Mas todos os atosrealizados com a motivação correta vão suportar oteste de fogo e receber o galardão.

 Jesus deixou claro que nada é tão pequenoque não possa ser considerado uma boa obra. EmMateus 10.42, Ele disse: “E quem der a beber, aindaque seja um copo de água fria, a um destes pequeni-nos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digoque de modo algum perderá o seu galardão”. Mesmo

uma palavra ou ação, aparentemente insignificante,praticada para a glória do Senhor receberá a divinarecompensa. Assim, virtualmente, tudo o que for feitopara Cristo, com a atitude e a motivação certas,receberá um galardão. Em 1 Coríntios 3.12, essasboas obras são descritas como ouro, prata e pedraspreciosas.

Glorioso Retorno 51

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O b r a s  c o m M o t i v a ç ã o  

E r r a d a

Por outro lado, Jesus nos diz que as obras feitascom a intenção de impressionar os homens são indignasa Seus olhos. Em Mateus 6.2, Ele declara, termi-nantemente, que qualquer que faz boas obras parareceber o louvor dos outros, não receberá a recompensade Deus. A aprovação terrena é a única recompensaque a pessoa vai receber. Essas obras, é claro, são amadeira, o feno, e a palha mencionados em 1Coríntios3.12. Elas não suportarão o teste do fogo.

O s G a l a r d õ e s E t e r n o s

Os dois maiores inimigos do serviço cristão, oegoísmo e a preguiça, têm roubado os galardões quemuitos filhos de Deus poderiam ter recebido. Não deixe

que esses inimigos o dominem para que você venha aser vítima do julgamento do dano (1 Coríntios 3.15).

Que tipo de recompensa nós que somos cris-tãos receberemos, quando formos julgados? Nas Es-crituras encontramos menção de cinco diferentescoroas reservadas para aqueles que são fiéis em fazera obra de Deus. Essas coroas e as passagens das Escri-turas relacionadas são demonstradas no gráfico “OTribunal de Cristo”.

Coroa incorruptível. Esta coroa, muitas vezes

chamada de a “coroa da vitória”, é conferida àquelesque esmurram seus corpos, e o reduzem à escravidão(1 Coríntios 9.27). Isto é, àqueles que se purificamda sedução e dos prazeres do mundo, para prestarum serviço proveitoso ao Senhor Jesus Cristo, farão jus a essa coroa.

Coroa da vida. Muitas vezes chamada de “coroados mártires” ou a “coroa dos que sofrem”, este galardão

 vai corrigir as muitas injustiças que os cristãos sofrem na vida. Aqueles que têm sofrido muito mas, apesar disso,têm preservado um doce espírito cristão, receberão a“coroa da vida”. A coroa é também uma recompensaespecial para aqueles que têm sido “fiéis até à morte”como testemunhas de Cristo (Apocalipse 2.10).

Coroa da glória. Esta coroa é freqüentementechamada de “a coroa do pastor” ou “coroa do bispo”.Ela é reservada para aqueles que têm dedicado suas

 vidas ao ensino da Palavra de Deus (1 Pedro 5.1, 4).Coroa da justiça. Uma coroa especial está reser-

 vada para aqueles cristãos que, inspirados pela imi-

nente volta de Cristo, têm vivido uma vida dedicadaà justiça e à santidade. Deus não exige vasos talento-sos para o Seu serviço. De fato, precisamos lembrarque tudo que sai de nós é realizado pelo poder deDeus, não por nossas habilidades e talentos. Ele sim-plesmente estabelece uma exigência fundamental:que o cristão seja puro. De algum modo a doutrinada volta iminente de Cristo tem um efeito purificador

sobre os crentes (Tito 2.1214; 1João 3.2, 3).Coroa da alegria. Muitas vezes referida comouma “coroa do ganhador de almas”, esta coroa estáreservada para aqueles que têm dedicado sua atençãoprincipalmente à salvação das almas perdidas. Diver-sas vezes, esse serviço é realizado discretamente, semque outros cristãos o vejam. Aqueles heróis anônimose todos aqueles que têmse dedicado a ganhar pessoaspara Cristo vão receber essa coroa (1 Tessalonicenses2.19).

 As coroas são um símbolo de autoridade.

Como tal, denotam a autoridade que será concedidaaos cristãos durante o período do Milênio, quandoeles reinarão com Cristo por mil anos. Ora, os cristãosnão vão ficar por aí andando com uma ou mais coroasem suas cabeças, assim como a rainha da Inglaterranão usa uma coroa o tempo todo. O fato de ser rainhalhe dá o direito de usar a coroa, o que lhe confereautoridade para exercer suas prerrogativas reais.

 Assim também será com os crentes duranteo Milênio. Neste momento, os cristãos estão conquis-

tando sua posição de serviço a Cristo durante o Milê-nio. Saber disso deve nos incentivar a perseguir asmelhores e mais duradouras posições do serviçocristão aqui na terra!

Uma  E x o r t a ç ã o  Fi n a l

Em Apocalipse 3.11 Jesus disse: “Venho semdemora (subitamente). Conserva o que tens, paraque ninguém tome a tua coroa”. Em 2 João 8 háuma advertência: “ Acautelaivos, para não perderdesaquilo que temos realizado com esforço, mas parareceberdes completo galardão”. Muitos dos cristãostêm servido ao Senhor por muitos anos apenas paracapitular perante as seduções da carnalidade, da sen-sualidade, ou de alguma oütra tentação que os dissua-dem de servir a Cristo para se deleitarem nos apetitesda carne. Embora não percam sua salvação, taisindivíduos vão perder seus galardões ou podemperder as coroas que já haviam ganho.

52 Glorioso Retorno

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Céu0 T R O N O D E JU L G A M E N T O D E C R I ST O (O  M M )

R o m a n o s 1 4 . 1 0

■fl

Cristo se Encontra 

Com a Igreja1 Tessalonicenses 4.16,17

I   ^ ^: • A W fjV

0 Arr  1 Tessalon

entos 4.13-18

 As Bodas 

do CordeiroApocalipse 19.7-9

Ouro, Praia e O Julgamento dos Pedras Preciosas Crentes por Suas Obras

1 Coríntios 3.11-15; 2 Coríntios 5.10

Madeira, Feno 

e Palha

O Glorioso  Aparecimento2 Tessalonicenses 1.7-10

A Coroa Incorruptível A Coroa da VidaA Coroa dos Vencedores A Coroa dos Mártires

1 Coríntios 9.25 Apocalipse 2.10

“Todo atleta em tudo se 

domina; aqueles, para 

alcançar uma coroa 

corruptível; nós, porém, a 

incorruptível.”

“Não temas as coisas 

que tens de sofrer. Eis 

que o diabo está para 

lançar na prisão alguns 

dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis 

tribulação de dez dias. 

Sê fiel até à morte, e 

dar-te-ei a coroa da 

vida.”

A Coroa da GlóriaA Coroa dos Bispos 

1 Pedro 5.2-4

“Pastoreai o rebanho de Deusque há entre vós, não porconstrangimento, mas espontaneamente, como Deusquer; não por sórdida ganância,

mas de boa vontade; nemcomo dominadores dos quevos foram confiados, antes,tornando-vos modelos dorebanho. Ora, logo que oSupremo P astor se manifestar,recebereis a imarcescível coroada glória.’’

A Coroa da J ustiça A Coroa do RegozijoP ara Aqueles que Amam C oroa dos G anhadores 

seu R etorno de Almas

2 Timóteo 4.8 1 Tessalonicenses 2.19,20

“J á agora a coroa da justiça 

me está guardada, a qual 

o Senhor, reto juiz, me dará 

naquele Dia; e não somente 

a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.”

“Pois quem é a nossa 

esperança, ou alegria, 

ou coroa em que exultamos, 

na presença de nosso 

Senhor J esus em sua vinda? Não sois vós?

Sim, vós sois realmente 

a nossa glória e a nossa 

alegria!”

Todo cristão que deseja servir a Cristo plena-mente durante o Milênio é advertido a prestar atençãoao desafio de nosso Senhor à igreja de Esmirna em

 Apocalipse 2.10: “Sê fiel até à morte, e darteei acoroa da vida”. Anos atrás, M.R. DeHann, um grande mestre

em Bíblia, disse: “Vir a Cristo não lhe custa nada,seguir a Cristo lhe custa algo, servir a Cristo custatudo que você tem.”

Como diz 1 Coríntios 3.15, “se a obra dealguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmoserá salvo, todavia, como que através do fogo”. E

óbvio que a salvação da pessoa não é colocada emrisco, pois ela é salva “como que através do fogo”. Afrase “através do fogo” é semelhante ao nosso ditadomoderno “salvo por um triz”. Esses cristãos nãoperderão a sua salvação, mas não terão nada a mostrarpor sua vida de serviço cristão.

Glorioso Retorno 53

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19. A T r ibul ação

Em seu magistral Sermão do Monte das Oliveiras, nosso Senhor nos advertiu de queeste mundo ainda veria um tempo de “grande tribulação, como desde o princípio do mundo

até agora não tem havido” (Mateus 24.21). E aqueles que interpretam a Bíblia literalmenteacham significativo que o período da Tribulação ocupa mais espaço nas Escrituras do que qua lquer   

outro evento comparável. Atribulação ocupa mais espaço que o Reino Milenar,o céu, o inferno, ou qualquer outro assunto, exceto a salvação e a promessa da segunda vinda

de Cristo. A Tribulação é mencionada pelo menos 49 vezes pelos profetas hebreuse pelo menos 15 vezes no Novo Testamento.

R e ferênc ias  sobre  a  T r ibu l ação  

n o   A n t i g o   T e s t a m e n t o

O Tempo da Angústia de Jacó:................ Jeremias 30.7

 A Septuagésima Semana de Daniel: .... Daniel 9.27

 A Obra Estranha de Jeová:...................Isaías 28.21

O Ato Inaudito de Jeová:......................Isaías 28.21

O Dia da Calamidade de Israel:.................Deut 32.35;Obadias 1214

 A Tribulação: ...........................................Deut 4.30

 A Indignação: ..........................................Isaías 26.20;Daniel 11.36

O Dilúvio do Açoite:.............................Isaías 28.15,18

O Dia da Vingança:....................................Isaías 34.8;Isaías 35.4; 61.2

O Ano da Recompensa:........................Isaías 34.8

O Tempo da Angústia:..........................Daniel 12.1;Sofonias 1.15

O Dia da Indignação:............................Sofonias 1.15

O Dia da Angúsda:................................Sofonias 1.15

O Dia do Alvoroço:.............................. Sofonias 1.15

O Dia da Desolação:.............................Sofonias 1.15

O Dia de Escuridade: ............................Sofonias 1.15 Amós 5.18,20 Joel 2.2

54 Glorioso Retorno

O Dia do Negrume: .............................Sofonias 1.15 Joel 2.2

O Dia de Nuvens: ...............................  Sofonias 1.15 Joel 2.2

O Dia de Densas Trevas:......................Sofonias 1.15 Joel 2.2

O Dia de Trombeta:..............................Sofonias 1.16

O Dia de Rebate:...................................Sofonias 1.16

R e f e r ê n c i a s s o br e  a  T r i bu l ação  

n o  Novo T e s t a m e n t oO Dia do Senhor:..................... 1Tessalonicenses 5.2

O Dia da Cólera de Deus: ....... Apocalipse 14.10, 19; Ap 15.1,7; 16.1

 A Hora do Julgamento:...... .... Apocalipse 3.10

O Grande Dia da Cólerado Cordeiro de Deus:......... .... Apocalipse 8.16, 17

 A Ira Vindoura:........................ 1Tessalonicenses 1.10

,, 1Tessalonicenses 5.9 Apocalipse 11.18

 A Grande Tribulação: ......... .... Mateus 24.21 Apocalipse 2.22; 7.14

 A Tribulação: ...........................  Mateus 24.29;

 A Hora do Julgamento: ........ Apocalipse 14.7

Os detalhes fornecidos em todas essas pas

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 A T r i b u l a ç ã oOs SeteSelosfi H

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As Sete Trombetas

8.7-11.19

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As SeteFiguras Chave

12.1-13.18

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do Céu;Porscguo

a MuHier k12.13-17 í

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As Sete Taças

15.1-16.21

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( f  t \ J    1

Os S ete J ulgamentosda Babilônia17.1-18.24

O Retomode Cristo19.1-21

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Intervalo144.000 Selados

IntervaloO Livrinho, As

Duas Testemunhas(10.1-11.13)

IntervaloOs Três Anjos

Mensageiros(14.1-20)

03CCD

Oc‘<D

O

 A Tr ibu lação (A Sep tu ag és im a Sem an a de Dan iel)

Primeira Metade da Tribulação (3 Î4 anos) A Segunda Metade da Tribulação (3 Î4 anos)

O FalsoProfeta13.11-17

ABesta13.1-6

sagens bíblicas tomam óbvio que esse é um eventofuturo, pois nenhum período como os descritos

 jamais ocorreu na história humana. E além disso, opróprio Jesus disse, claramente, no Sermão no Montedas Oliveiras, que a Grande Tribulação ocorreria antesde Seu aparecimento glorioso: “Logo em seguida àtribulação daqueles dias... então aparecerá no céu osinal do Filho do Homem; todos os povos da terra selamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobreas nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mateus

24.2930).O profeta Daniel predisse que a Tribulação

duraria sete anos. Foram determinados sobre o povode Deus, a nação de Israel, setenta héptadas  ouperíodos de sete anos, o que significa setenta vezessete (ou 490) anos (Daniel 9.2427). Esse períodode 490 anos tem três divisões: sete héptadas, ou 49anos, para restaurar os muros de Jerusalém; 62

héptadas, ou 434 anos, até que o que “Messias sejamorto” (a crucificação de Cristo Daniel 9.26); eentão, sete anos finais, que ainda não foram cumpri-dos. Israel tem estado 'em espera’ profética há quase2.000 anos, mas um dia eles irão passar por esse últi-mo período de sete anos!

 Jesus predisse que, devido à severidade datribulação, ela seria abreviada. A razão por que aTribulação será um holocausto em grandes proporçõesé que ela associa a ira de Deus, a fúria de Satanás e a

maldade natural do homem em descontrole.Pegue o horror de cada guerra desde o início

dos tempos, acrescente cada calamidade naturalregistrada na história, retire todos os obstáculos paraque toda a indescritível crueldade, ódio e injustiçado homem contra seu semelhante possa chegar aatingir plenamente as últimas conseqüências, e com-prima tudo isso em um período de sete anos. Mesmo

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que pudéssemos imaginar tal horror, isso não passarianem perto do terror e do tumulto inimagináveis, daTribulação.

P o r  q u e  u m  P e r ío d o  

d e  T r ib u l a ç ã o ?

Tudo que Deus faz tem um ou mais propó-

sitos, e isso é verdade também sobre a Tribulação.Nas Escrituras, podemos encontrar pelo menosquatro propósitos para a Tribulação.

Colocar um fim nos tempos. Ao apresentar oseventos que culminam com a Tribulação e a volta deCristo, Daniel falou que a consumação dos tempostrará “a jusdça eterna” (Daniel 9.24). A Tribulação éuma consumação adequada do grande experimentodas eras desde Adão até a segunda vinda, que deu aosindivíduos a oportunidade de adorar a Deus volunta-

riamente.Cumprir as profecias deIsrael. Muitas profeciasa respeito de Israel ainda estão para se cumprir. Oretorno do povo judeu à sua terra, durante o últimoséculo, e seu reconhecimento como nação, em 1948,é somente uma delas (descrita em detalhes em Ezequiel 36 e 37). Outras profecias, tais como as que sereferem à reconstrução do Templo e à renovação dossacrifícios do Templo, serão cumpridas durante aTribulação. Deus ainda não terminou sua obra com

Israel!  Abalar a falsa sensação desegurança do homem. Um mundo estável leva o homem a pensar que podeagir independentemente de Deus. Os terremotos, epi-demias e outros fenômenos físicos determinados porDeus vão abalar a confiança natural do homem, demodo que, quando ouvir o evangelho pela pregaçãodas 144 mil testemunhas, ele estará mais aberto areceber o perdão e a graça.

 Forçar ohomema escolher entreCristo eo Anticristo. Um dos principais propósitos da Tribulação é dar aos

bilhões de indivíduos, que estiverem vivendo naqueletempo, sete anos de oportunidade para decidirem rece-ber ou rejeitar a Cristo. Isso pode ser parte do queDaniel quis dizer ao chamar essa fase de “a consuma-ção” (Conforme fica claro na Bíblia King James emDn 9.27). Bilhões de pessoas não terão oportunidadede viver todo o período normal de sua vida; assim,em meio a tais eventos traumáticos, elas terão detomar uma decisão eterna. Se escolherem a Cristo,

receberão, como “servos do nosso Deus”, a marcado Pai em suas frontes (Apocalipse 7.3). Mas, então,será aberta a “temporada de caça” contra eles, quesofrerão o martírio nas mãos do sistema religioso daBabilônia, dos líderes de governo sob o comando do

 Anticristo, do Falso Profeta e das pessoas, cuja lascí- via é superada apenas pelo ódio aos cristãos. Nãoestá claro se muitos santos da Tribulação sobrevive-rão ao Milênio. Se, por outro lado, as pessoas aceita-rem o Anticristo, a marca da besta será inscrita emsuas frontes e em suas mãos. Isso parece ser umadecisão final e irrevogável.

E difícil para os nãocristãos compreenderemque um Deus de amor permita a Tribulação. Contudo,Deus quer atrair a Si, tantas pessoas quanto possível,antes que Jesus volte para estabelecer Seu reino Mile-nar, e Ele vai usar a Tribulação para atrair a atençãodo homem. Com graça e amor, Ele dará sinais sobre-naturais e orientações do Espírito Santo mais do que

em qualquer tempo na história do mundo, provandoque é “longânimo para convosco, não querendo quenenhum pereça, senão que todos cheguem ao arre-pendimento” (2 Pedro 3.9).

Reflita sobre os esforços incríveis que Deus vai empregar para ajudar o homem a tomar a decisãocorreta:

Ele vai derramar Seu Espírito sobre o homemcomo no Dia de Pentecostes (Joel 2.2832).

Ele vai comissionar as 144 mil testemunhas

 judias como fez com o apóstolo Paulo (Apocalipse 7).Ele vai abalar a falsa sensação de segurança

do homem, por meio de três violentos terremotos emuitas epidemias caóticas.

Ele vai enviar dois profetas do Antigo Testa-mento para testemunharem em Jerusalém com podersobrenatural (Apocalipse 11).

Ele enviará um anjo que proclame o evange-lho eterno “para pregar aos que se assentam sobre aterra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Apoca-

lipse 14.6). Deus fará isso para assegurar que cadapessoa ouça o evangelho e possa fazer uma escolhadeliberada de receber Seu filho e ser salvo. Essa é aúnica vez na Bíblia em que um anjo é usado para taltarefa.

Com todos esses esforços amorosos para levaras pessoas à salvação, o mundo vai testemunhar amaior colheita de almas da história da humanidade.

 Apocalipse 7.9 diz que uma “grande multidão... de

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Os Julgamentos dos Seloso Céu

Arrebatamentoda Igreja Os J ulgamentos dos Selos

Guerra Fria Fome Martírio ? Trombetas

Cavalo Branco Cavalo Preto AlmasAssassinadas

Guerra P lena Morte Trombetas

Distúrbios físicos

!>Cavalo Vermelho Cavalo Amarelo

A Ira do Cordeiro i■

IO Primeiro Período de 21 Meses da Tribulação Metade

I

todas as nações, tribos, povos e línguas,(estará) em pé diante do trono e diantedo Cordeiro, vestidos de vestiduras bran-cas, com palmas nas mãos”. Quem sãoessas almas redimidas? Um anjo disse aoapóstolo João: “São estes os que vêm dagrande tribulação, lavaram suas vestidurase as alvejaram no sangue do Cordeiro” (v.14). Portanto, durante a Tribulação, Deus

irá misericordiosamente conduzir umaimensa multidão de pessoas à fé em SeuFilho e à vida eterna.

 A D u ra ç ã o da

 T rib u la ç ã o

Em sua profecia das 70 semanas ou 490 anos,Daniel disse que a Tribulação duraria “uma semana”e usa a palavra hebraica que designa uma semana deanos ou sete anos. As primeiras 69 semanas de anos,que começaram com o decreto de Artaxerxes pararestaurar os muros de Jerusalém e terminaram com arejeição de Jesus, duraram exatamente 483 anos. E aTribulação, ou a última semana de anos, terá a duraçãode sete anos (Daniel 9.2427).

Em Apocalipse, descobrimos que os sete anosestão divididos em dois períodos de 1.260 dias, ou42 meses, ou três anos e meio ou “um tempo, tem-pos e metade de um tempo” (Apocalipse 11.2, 3; 12.6,

7, 14; 13.5). Esses dois períodos de tempo somamsete anos. A primeira metade (primeiros 42 meses) éa Tribulação, enquanto a última metade é chamadapor nosso Senhor de “a grande Tribulação”.

Os J u lg a m e n to s da T rib u la ç ã o

Nosso gráfico sobre a Tribulação na página55 mostra os três julgamentos principais e como elesse interrelacionam. O julgamento dos selos cobre o

primeira quarto ou cerca de 21 meses, durante os quaiso Anticristo entrará em cena e conquistará o mundopor meio de diplomacia. Então, a abertura do sétimoselo introduz o julgamento das sete trombetas, quetrará catástrofes maiores ainda, sobre a terra. QuandoSatanás possuir o Anticristo, no meio da Tribulação,isso introduzirá os últimos 1.260 dias ou os três anose meio, que serão a “grande Tribulação”. A sétimatrombeta, como o sétimo selo, nada faz, a não ser

introduzir os julgamentos das sete taças, que são osmais severos de todos os julgamentos.

Os J ulgamentos dos SelosDurante a Tribulação, ocorrem, primeiro, os

 julgamentos dos selos (Apocalipse 6; 8.1). No mundoantigo, os selos eram usados para lacrar os rolos. Umpingo de cera quente era colocado sobre o rolo fecha-do, então o anel de sinete do remetente era pressionadosobre a cera para imprimir uma marca. Esse selogarantia que a mensagem não seria aberta antes dechegar à pessoa a quem era enviada. Um estudocompleto de Apocalipse 5 indica que o rolo selado é a

escritura de título de propriedade do planeta Terra.Somente Jesus Cristo o Cordeiro de Deus é consi-derado digno de abrir os selos e dar início aos julga-mentos da Tribulação.

O Primeiro Selo (Apocalipse 6.1, 2) —Este é o julgamento do cavalo branco ou do primeiro cavaleirodo Apocalipse. Sobre o cavalo está o Anticristo, que vempara vencer no início da Tribulação. Lemos que ele estáusando uma coroa, mas o fato de não ter flechas paraseu arco indica que ele vai conquistar o governo do

mundo por meio de diplomacia pacífica, em vez de forçamilitar. Em contraste com isso, Cristo é o conquistadorno final da Tribulação em Apocalipse 19.

OSegundo Selo (Apocalipse 6.3, 4) —Este é o julgamento do cavalo vermelho. A cor do cavalo apare-ce para indicar o sangue e a morte, pois a passagemdiz que “foilhe dado tirar a paz da terra para que oshomens se matassem uns aos outros; também lhe foidada uma grande espada” (v. 4).

Glorioso Retorno 57

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Os Julgamentos das Trombetas VvfV  Céu

 III :V Os J ulgamentos das Trombetas

oArrebatamento Saraiva. Fogo g0( Lua Estre|as Anunciação das

da igreja » Sete Taças

" T n 1 " I n 4 7Sobre a terra Sobre os céu

Montanha Chamejante Gafanhotos Demoníacos Taças, uarannotos uemomacos *

WÍ '«<■rs ma r So bre US pCSSOOS "

Absinto Cavaleiros k,

«< 3 w> • 4Sobre as águas Sobre as pesseas

i iO Segundo Período de 21 Meses Metade

IPrimeira Metade da Tribulaçfio

O Terceiro Selo (Apocalipse 6.5, 6) —No julga-mento do cavalo preto, o cavaleiro vem com “uma

balança na mão”, dizendo: “Uma medida de trigopor um denário; três medidas de cevada por umdenário; e não danifiques o azeite e o vinho”. Issoindica uma fome severa que geralmente é seguida deconflitos militares (como mencionado nos dois selosanteriores). A descrição monetária indica que o poderaquisitivo será reduzido a um oitavo de seu nívelanterior.

0 Quarto Selo  (Apocalipse 6.7, 8) —O julga-mento do cavalo amarelo é o mais severo dos quatro:“Foilhe dada autoridade sobre a quarta parte da terra

para matar à espada, pela fome, com a mortandade epor meio das feras da terra”.

0 Quinto Selo (Apocalipse 6.911) —Evidente-mente 25% da população mundial morrerá durantea primeira semana da Tribulação. Quando o quintoselo for aberto, os mártires da Tribulação vão clamara Deus para que tome vingança contra os descrentesque os mataram. Foi dito a eles que o tempo da

 vingança ainda não havia chegado, mas que chegaria. A passagem menciona que mais pessoas ainda seriam

martirizadas. A oração deles é finalmente respondidaem Apocalipse 16.47, durante o julgamento da ter-ceira taça.

O Sexto Selo  (Apocalipse 6.1217) —Seiscoisas acontecem: 1) um grande terremoto; 2) o soltornase negro; 3) a lua tornase como sangue); 4)

 As estrelas caem sobre a terra; 5) o céu recolhesecomo um pergaminho; e 6) todos os montes e ilhasmovemse de seus lugares. Isso fará que as pessoas

se tornem ainda mais rebeldes contraDeus. Elas vão suplicar aos montes e ro-chedos, dizendo: “Caí sobre nós e escondeinos da face daquele que se assenta notrono e da ira do Cordeiro”.

0 Sétimo Selo  (Apocalipse 8.1) O julgamento do sétimo selo introduz apróxima série de sete julgamentos, conhe-cida como os julgamentos das trombetas.

O J ulgamento das Trombetas

 A trombeta era usada no mundoantigo para noticiar uma proclamaçãoespecial ou um evento importante. Esses

 julgamentos das trombetas certamente sequalificam como eventos importantes. Os

 julgamentos são todos ministrados por anjos espe-ciais, e o movimento é do céu para a terra, mostrando

claramente que é Deus, não a natureza, a origem detais aflições. Muitos desses julgamentos são similaresàs dez pragas do Egito (Êxodo 711). Os sete julga-mentos são os seguintes:

 A Primeira Trombeta  (Apocalipse 8.7) —O julgamento da primeira trombeta é de saraiva e fogòmisturados com sangue atirados sobre a terra, resul-tando que “foi, então, queimada a terça parte da terra,e das árvores e também toda a erva verde”. Muitos

 vêem aqui um paralelo com os julgamentos do NovoTestamento sobre Sodoma e Gomorra (Gênesis

18.1619.28) e com a sexta praga do Egito (Êxodo9.2226).

 A Segunda Trombeta  (Apocalipse 8.8, 9) —Esse julgamento envolve “uma como que grandemontanha ardendo em chamas” sendo atirada ao marde modo que a “terça parte se tornou em sangue, emorreu a terça parte da criação que tinha vida,existente no mar, e foi destruída a terça parte dasembarcações”. Esses julgamentos têm semelhançacom a primeira praga no Egito (Êxodo 7.1621).

 A Terceira Trombeta  (Apocalipse 8.10, 11) —“Uma grande estrela” cai do céu “sobre a terça partedos rios e sobre as fontes das águas... ardendo comotocha”. O nome da estrela é Absinto (que significa“amargo”) e pode ser uma enddade angelical por setratar de um nome próprio, e as estrelas são, às vezes,associadas com anjos (Apocalipse 1.10; ver também

 Jó 38.7). Muitos morrem por causa das águasamargas.

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 f   ' .iW I !!

oArrebatamento

da Igreja

 Julgamentos das TaçasCéu

 J ulgamentos das Taças

SegundaVinda

3

Sangue

Nos rios

Escuridão

Sobre o trono

da besta

 Terremoto,saraiva

/Sobre o ar

Calor Intenso

/No sol

A Grande Tribulação

Drenagem do

/Rio Eufrates

 A Ouarta Trombeta  (Apocalipse2,13) Nesse julgamento a terça partesol, da lua e das estrelas perde sua luz.o faz um paralelo com a nona praga doito (Êxodo 10.2123). Juntamente com,ejulgamento, um anjo adverte a todosmoradores da terra, sobre os três julga:ntos da trombeta que ainda restavam.

 A Ouinta Trombeta  (Apocalipse

9.111) Aqui outra estrela cai do céu naterra, mas essa estrela, possivelmente opróprio Satanás ou um anjo especial, tema chave do poço de abismo, que é abertopor ele, libertando uma multidão de gafa-nhotos demoníacos. Essas criaturas espe-ciais recebem permissão para torturar mas não matar as pessoas, por cinco meses. Essainvasão de gafanhotos demoníacos também é citadaem Joel 2.111. Será um tempo terrível para os des-

crentes. A Sexta Trombeta  (Apocalipse 9.1321) O julgamento da sexta trombeta liberta quatro anjosque foram especialmente criados para esse momentona história. Esses anjos comandavam uma hosteangelical de 200 milhões de demônios que partiramcomo cavaleiros para infligir a morte sobre uma terçaparte das pessoas sobre a terra. (Esses cavaleiros nãosão 200 milhões de chineses, como alguns têmsugerido eles são claramente de origem demoníaca.)Eles, como as criaturas do julgamento anterior, vêm

do poço do abismo e está bem claro que não sãohumanos. A essa altura na história, pelo menosmetade da população da terra terá morrido em apenasalguns anos. Mesmo depois de todos esses aconteci-mentos, as Escrituras relatam que as pessoas “nãose arrependeram das obras das suas mãos, deixandode adorar os demônios e os ídolos”.

 A Sétima Trombeta  (Apocalipse 11.1519) O julgamento da sétima trombeta introduz os julga-mentos das sete taças a seguir.

Os J ulgamentos dos Frascos ou das Taças

Estes julgamentos, quando comparados aos julgamentos dos selos e das trombetas, parecem sermais intensos e mais severos. Aparentemente, estastaças têm colhido a ira de Deus, digamos, por umlongo tempo. Agora elas estão cheias até a borda eprontas para serem derramadas, o que vai preparar o

caminho para a segunda vinda de Cristo. Os anjosque ministram esses julgamentos são retratados comoderramando as taças sobre a terra para assegurar que

cada gota da ira de Deus fosse derramada (veja Apo-calipse 1516). Nada é retido. Cada julgamento éespecificamente dirigido a um objeto da ira de Deus:

 A Primeira Taça  (Apocalipse 16.1, 2) —Estaprimeira taça é derramada “sobre a terra” e tem comoalvo especificamente aqueles que têm a marca dabesta. De alguma maneira, ela é o cumprimento de

 Apocalipse 14.911. O julgamento é uma aflição deúlceras malignas e perniciosas sobre os seres humanos.

 A Segunda Taça  (Apocalipse 16.3) —Estasegunda taça é lançada “no mar”, transformando a

água em sangue, de maneira que cada ser viventeque havia escapado dos julgamentos anterioresmorresse. O mau cheiro e as doenças que resultarãodesse julgamento são inimagináveis.

 A Terceira Taça  (Apocalipse 16.47) Aterceira taça é derramada “nos rios e nas fontes daságuas”, de maneira que toda a água potável querestava também se transformou em sangue. Esse

 julgamento é a resposta de Deus à oração dos mártirespara que suas mortes fossem vingadas (Apocalipse6.10).

 A Quarta Taça (Apocalipse 16.8, 9) —A taçanúmero quatro é derramada “sobre o sol”, de modoque o calor se tornou intenso e queimou as pessoascom fogo. A passagem nos diz como as pessoas naterra reagem: Elas “blasfemam o nome de Deus... enem se arrependeram para lhe darem glória”.

 A Ouinta Taça  (Apocalipse 16.10, 11) —Aquinta taça é derramada “sobre o trono da besta”, de

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maneira que todo o seu reino se tornou em trevas.Isso é semelhante às trevas experimentadas no Egitodurante as dez pragas (Exodo 10.2123). Aparente-mente, essa não é uma escuridão normal, pois vemacompanhada por algum tipo de agonia que levaráas pessoas a morderem suas línguas por causa deintensa dor. Mais uma vez a resposta é a blasfêmia“e blasfemaram o Deus do céu por causa das angús-tias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeramde suas obras”.

 A Sexta Taça (Apocalipse 16.1215) —A taçanúmero seis é derramada “sobre o grande rio Eufrates”, de modo que suas águas secaram. Isso preparao caminho para os Reis do Oriente virem para asmontanhas de Israel para a batalha do Armagedom.Deus está claramente atraindo o Anticristo e levan-doo para Sua armadilha que é preparar o julgamentoposterior e final na segunda vinda. Joel 3.911 eSalmos 2 são passagens paralelas que descrevem a

reunião dos exércitos do mundo para a batalha do Armagedom.

 A Sétima Taça (Apocalipse 16.1721) A últi-ma taça é derramada “pelo ar”, de modo que “sobre-

 vieram relâmpagos, vozes e trovões” anunciando omaior terremoto da história da humanidade. Esse julgamento aparentemente ocorre em conjunção como retorno de Cristo e também é relatado em Joel 3.1417, Zacarias 14.4, 5 e Mateus 24.29. Esse terremotomundial fará que Jerusalém seja dividida em três

partes, preparando o caminho para as mudanças doMilênio, após a segunda vinda. Esse é também omomento da súbita destruição de Babilônia. Alémdisso, esse julgamento global é acompanhado poruma chuva de granizo com pedras que pesavam até35 quilos (NT: Apocalipse 16.21, KJA). Mais uma

 vez, a reação dos descrentes é blasfemar contra Deus

“por causa do flagelo da chuva de pedras... porquantoo seu flagelo era sobremodo grande”.

 A besta e a meretriz do gráfico à pagina 55significam o sistema governamental descrito em

 Apocalipse 13, 17 e 18. Elas representam o sistemareligioso que se desenvolveu na Babilônia —umsistema tão poderoso que sustenta o governo da besta(em outras palavras, controla) até a metade da

Tribulação. Então a “meretriz”, o falso sistemareligioso, será destruída pelos reis da terra (capítulo17). Em seguida, aparece o Falso Profeta e, durantea segunda metade da Tribulação, seduz o povo aadorar a Satanás que habita no Anticristo (2Tessalonicenses 2.8). No fim, as três entidades quecontrolavam os homens —representadas pela bestae a Babilônia religiosa, governamental e comercial —serão destruídas para sempre.

 T o m a n d o   a   D e c is ã o   C e r t a

 Aqueles que sobreviverem ao terrível caosda Tribulação, como crentes, entrarão no Reino doMilênio. E aqueles que rejeitaram a Cristo e adoraramo Anticristo serão lançados no tormento e posterior-mente no Lago de Fogo.

Isso nos faz lembrar, mais uma vez, a neces-sidade de que todos os homens se arrependam deseu egoísmo, em nome de Jesus, que e o único que

não apenas pode perdoar nossos pecados, mastambém nos conceder a vida eterna. Se você tomaressa decisão agora, antes que comecem os sete anosda Tribulação, você pode estar entre aqueles queserão arrebatados, e assim escapar da Tribulação.Nossa oração é que, se você ainda não fez essaescolha, que a faça o mais cedo possível.

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20. A Ba t a l h a  d o  A rmagedom 

e  a  V o l t a d e  Cristo

O Armagedom será a última grande guerra mundial da história, e acontecerá em Israelem conjunção com a segunda vinda de Cristo. A batalha ou campanha do Armagedom é descrita

em Daniel 11.40-45, J oel 3.9-17, Zacarias 14.1-3 e Apocalipse 16.14-16. Ela ocorrerá nosúltimos dias da Tribulação, quando os reis do mundo se reunirão “para a peleja do grande dia

do Deus Todo-Poderoso” em um lugar conhecido como “Har-Magedom” (Apocalipse 16.14, 16).O local em que se travará a batalha será na planície de Esdraelon, em redor do monte de Megido,

ao norte de Israel, cerca de 30 quilômetros ao sudoeste de Haifa.

O termo Armagedom é derivado da língua

hebraica. Har  é a palavra montanha e freqüentementeaparece com o artigo definido H. Mageddon é provavel-mente as ruínas de uma cidade antiga que dá vistapara o Vale de Esdraelon, ao norte de Israel.

De acordo com a Bíblia, grandes exércitosdo leste e do oeste vão se encontrar e se reunir nessaplanície. Do sul surgirão ameaças ao poder do Anti-cristo, e ele se moverá para o leste a fim de destruir aBabilônia restaurada, antes de finalmente voltar suasforças contra Jerusalém com a intenção de conquistála e destruíla. Quando ele e seus exércitos se aproxi-marem de Jerusalém, Deus intervirá e Jesus Cristo

 voltará para salvar Seu povo, Israel. O Senhor e Seuexército celestial destruirão os exércitos, capturarão o

 Anticristo e o Falso Profeta, e os lançarão no Lago deFogo (Apocalipse 19.1121).

Em um sentido, o Armagedom é uma batalhaque nunca ocorrerá de fato, isto é, ela não chega aacontecer de acordo com sua intenção humana ori-ginal. O propósito humano é reunir os exércitos domundo para executar a “solução final” do Anticristo

para o “problema judeu”. E por isso que Jesus Cristoescolhe esse momento da história para Sua volta àTerra —para impedir a tentativa do Anticristo de ani-quilar os judeus e para destruir os exércitos do mundo,que estão reunidos com outro propósito. Nada maisapropriado, à luz do legado sangrento da humanidade,que a volta de Cristo deva ser precipitada por um

conflito militar mundial contra Israel. É assim que a

história está se movendo em direção ao Armagedom.

 As O ito F ases do A rm age dom

Os números abaixo correspondem aosnúmeros do gráfico da página 62:1. A reunião dos aliados do Anticristo (Salmos 2.1

6; Joel 3.911; Apocalipse 16.1216).

2. A destruição de Babilônia (Isaías 1314, Jeremias5051; Zacarias 5.511; Apocalipse 1718).

3. A queda de Jerusalém (Miquéias 4.115.1; Zaca-rias 1214).

4. Os exércitos do Anticristo em Bozra (Jeremias49.1314; Miquéias 2.12).

5. A regeneração nacional de Israel (Salmos 79.113;80.119; Isaías 64.112; Oséias 6.113; Joel 2.2832; Zacarias 12.10; 13.79; Romanos 11.2527).

6. A segunda vinda de Jesus Cristo (Isaías 34.17; 63.1

3; Miquéias 2.12, 13; Habacuque 3.3).7. A batalha de Bozra até o Vale de Josafá (Jeremias

49.2022; Joel 3.12,13; Zacarias 14.1215).

8. A ascensão vitoriosa no Monte das Oliveiras(Joel 3.1417; Zacarias 14.35; Mateus 24.2931; Apocalipse 16.1721; 19.1121).

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Babilôniat (Local Desconhecido)

© ©Petra / Bozra

 A

Batalha do Armagedom

As Oito Fases

1. A reunião dos Exércitosdo Anticristo

2. A destruição deBabilônia

3. A queda de J erusalém

4. Os exércitos do Anticristoem Bozra

5. A regeneração de Israel

6. A Segunda Vinda deCristo

7. O final da peleja no Valede J osafá

8. Ascensão Vitoriosa sobreo Monte das Oliveiras

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21.G l o r i o s o  R e t o r n o

O evento mais emocionante da história humana ainda está por vir. Será aquele momento quandonosso Senhor J esus Cristo retornar a esta terra com poder e grande glória para estabelecer

Seu reino que vai durar 1.000 anos. De um posto de vista profético, esse será o clímax de toda aprofecia. Pelo menos 325 profecias sobre a segunda vinda de Cristo asseguram que isso ocorrerá,

e esse evento irá prenunciar as condições mais ideais sobre a terra desde o J ardim do Éden.

 As palavras parecem inadequadas para descre- ver plenamente esse magnífico evento que vai reunirtodas as esperanças e sonhos de bilhões de pessoasque colocaram sua fé em Deus, desde o tempo de

 Adão e Eva até o final do período da Tribulação. Paraobtermos a visão de um quadro completo, devemosrever várias profecias e reunilas num todo:

O s E v e n to s d o

G lo rio s o R e to rn o

1. O aparecimento ocorre imediatamente após a Tribu-lação (Mateus 24.29).

2. Fenômenos cósmicos ocorrerão no sol, na lua e nasestrelas (Mateus 24.29).

3. O sinal do Filho do Homem no céu será visto portodos (Mateus 24.20), e Cristo reunirá Seus eleitos(versículo 31).

4. Os céus se abrirão e Cristo aparecerá montado emum cavalo branco (Apocalipse 19.11).

5. Cristo será seguido pelos exércitos do céu (Apoca-lipse 19.14), preparado para julgar os ímpios (Judas1415).

6. Cristo virá com poder e grande glória (Mateus 24.30).

7. Cristo estará sobre o Monte das Oliveiras (Zacarias14.35).

8. Os descrentes irão lamentar, pois não estarão pre-parados (Mateus 24.30).

9. A Besta (Anticristo) e seus exércitos se confrontarãocom Cristo (Apocalipse 19.19).

10. Cristo lançará a Besta e o Falso Profeta no Lagode Fogo (Apocalipse 19.20).

11. Aqueles que rejeitaram a Cristo serão mortos (Apo-calipse 19.21).

12. Satanás será lançado no abismo profundo por mil

anos (Apocalipse 20.13).

13. Os santos do Antigo Testamento e os santos da Tri-bulação serão ressuscitados (Mt 24.31; Ap 20.4).

14. Cristo julgará as nações e estabelecerá Seu Reino(Mateus 25).

O termo “aparecimento glorioso” não éencontrado no livro de Apocalipse, mas em Tito 2.13[NT: “glorioso retorno”, KJA]. Ali é descrito o retorno

 visível e físico de Cristo à terra em contraste com a“bendita esperança” (Tito 2.13), que é o Arrebata-mento da igreja, ou a vinda de Cristo para os cristãosantes do período da Tribulação.

De todas as descrições do glorioso retornona Bíblia, nenhuma delas é mais gráfica do que essafornecida pelo Apóstolo João:

“Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. Oseu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro, e julgae peleja com justiça. Os seus olhos são chama

de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas;tem um nome escrito que ninguém conhece,senão ele mesmo. Está vestido com um mantotinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbode Deus; e seguiamno os exércitos que há nocéu, montando cavalos brancos, com vestidu-ras de linho finíssimo, branco e puro. Sai desua boca uma espada afiada, para com ela ferir

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as nações; e ele mesmo as regerá com cetro deferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinhodo furor da ira do Deus TodoPoderoso. Temno seu manto e na sua coxa, um nome inscrito:

 Rei dos Reis eSenhor dos Senhores” (Apocalipse19.1116).

Quando vier como justo guerreiro, Cristo seráinvencível. Ele consumirá todos diante dEle, todos

que se levantaram contra Ele e submeterá todos aoSeu domínio. Essa será a primeira guerra claramente justa na história da humanidade. A habilidade deCristo para travar uma guerra justa não é vistasomente em sua natureza santa, mas no fato de queem Seus olhos há “chama de fogo”, indicando queEle vai julgar de acordo com a verdade. O melhor

 juiz da terra não pode conhecer todos os fatos deuma determinada situação porque ele está limitadopela falibilidade humana. Jesus Cristo não é limitado.Ele, que conhece o fim desde o começo, será um justo

 Juiz, pois Seus olhos, que vêem todas as coisas,revelarão toda a verdade sobre cada ser humano ecada nação.

OsE x é rc ito s d e C ris to

Observe também que Jesus virá com os exér-citos do céu: “e seguiamno os exércitos que há nocéu, montando cavalos brancos, com vestiduras delinho finíssimo, branco e puro” (Apocalipse 19.14).

Os exércitos do céu consistem de hostes angelicais,dos santos do Antigo Testamento, da igreja e dos

santos da Tribulação. O que é especialmentesignificativo são as fardas desse exército: Eles estão“com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro”.Os militares usam uniformes de cores escuras comoroupas de batalha —não somente para camuflagem,mas também porque roupas de cores claras logo ficamsujas. Neste caso, em contraste, o Comandante emChefe das forças celestiais veste Seu exército debranco, uma prática desconhecida na história das

guerras. Cristo faz isso porque nenhum membro deSeu exército irá entrar em combate. Nenhum de nóslevantará um dedo, pois a batalha será vencida pelapalavra falada do próprio Cristo, nosso Senhor.

O glorioso retorno de Cristo não apenas con-sumará a inimizade de Satanás, de seu Anticristo, oFalso Profeta e dos milhões que eles enganaram, mastambém introduzirá o Reino Milenar o reino de justiça de Cristo sobre a terra. Em Apocalipse 19.16lemos que “em seu manto e em sua coxa está escrito

este nome: Rei dos Reis eSenhor dos Senhores” (Apoca-lipse 19.16 KJ A). Um guerreiro entra na batalha comsua espada embainhada na coxa. A espada de Cristoserá sua palavra falada. A palavra que chamou omundo à existência, chamará cada líder humano eos exércitos do mundo em sujeição a Ele mesmo.

 Jesus Cristo, o Senhor que vive, será estabelecidonaquele como Ele é na realidade —Rei acima de todosos reis e Senhor acima de todos os senhores. Oprofeta Zacarias disse isso bem claramente em 14.9:“O Se n h o r   será rei sobre toda a terra; naquele dia

um só será o Se n h o r , e um só será o seu nome”. Amém!

22.75 D ia s d e  Preparação  

para o M il ên ioO texto de Daniel 12.11,12 indica que haverá 75 dias de intervalo entre a segunda vinda de Cristoà terra e o início do reino Milenar. Como chegamos a essa conclusão e qual é o propósito desse

período de 75 dias? Vamos começar pela leitura desta passagem: “Depois do tempo em queo sacrifício diário for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda 1290 dias.

Bem aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias”.

Esse período de 75 dias é deduzido como segue: fim da septuagésima semana de Daniel (Daniel 9.24Primeiro, sabemos que Jesus, o Messias, vai voltar no 27). A septuagésima semana é dividida em duas metades

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a segunda Q Intervalo de 75 DiasIsrael Assina

a Aliança A Septuagésima Semana de Daniel

1 Semana

(7 Anos)

(3 lA  Anos) y (3 Vi Anos)ou 1260 Dias I ou 1260 Dias

£ *i t  E c>« 0)23 (fí  

(0^ Tl

Período da  Tribulação

Metade Dia 0

1.000 Anos Reinado de Cristo

de 1.260 dias cada uma (Daniel 9.27). Em Daniel 12.6,oprofeta pergunta ao anjo\ “Quando se cumprirão estasmaravilhas?” O anjo responde: “... depois de um tempo,dois tempos e metade de um tempo. E quando se acabara destruição do poder do povo santo, estas coisas todasse cumprirão” (Daniel 12.7b). Antes, em Daniel 12.13, o

anjo situou o contexto de suas palavras como sendo asegunda vinda do Messias. Assim, sabemos que “estascoisas todas se cumprirão” (Daniel 12.7) em combinaçãocom a vinda do Messias. Portanto, a segunda vinda deCristo irá ocorrer no final do segundo período de 1260dias.

Em seguida, observe que Daniel 12.11 fala dealgo que será concluído no fim dos 1290 dias isto é,30 dias além da segunda vinda. Sendo que Daniel 12.11está relacionado com o sacrifício do Templo e a

“abominação desoladora”, é seguro concluir que oprimeiro intervalo de 30 dias se relaciona com o Templo.Com base em Ezequiel 4048, sabemos que o Senhor

 vai estabelecer um Templo durante o Milênio. Portanto,o período de 30 dias será o tempo em que o Templo do

Milênio será fundado e preparado para ser usado.Em Daniel 12.12, lemos sobre aqueles que

alcançam até os 1335 dias. Isso significa que precisa-mos incluir um período adicional de 45 dias alémdos 30 dias, o que somaria um total de 75 dias. Oanjo disse que aqueles que passassem por aquele

tempo seriam “bemaventurados”. Isso implica emuma bênção individual ou pessoal, e indica que apessoa em particular está qualificada para entrar noReino Milenar do Messias. De fato, Mateus 25.34diz: “Então dirá o Rei àqueles que estiverem à suadireita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na possedo reino que vos está preparado desde a fundaçãodo mundo” (itálico adicionado).

Evidentemente o intervalo de 75 dias é umtempo de preparação para o reino. Pelo fato de grande

parte do planeta haver sido destruída durante os julgamentos da Tribulação, não é de forma algumasurpreendente que o Senhor leve algum tempo pararenovar Sua criação, preparando o Reino do Mi-lênio.

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23.Do Julgam ento ao M ilênio

Muito pouco tem sido escrito sobre quem serão as pessoas a povoar o Reino do Milênio,mas isso é assunto altamente significativo. Poucas pessoas, na verdade, estarão vivas na terradurante a transição da Tribulação para o Reino do Milênio. É fácil compreender o baixo número

de pessoas quando consideramos que possivelmente meio bilhão de cristãos ou mais serãoarrebatados antes da Tribulação, incluindo crianças abaixo da idade de responsabilidade.Depois do Arrebatamento, mais da metade da população do mundo será morta durante

os julgamentos dos selos e das trombetas (Apocalipse 6.8; 9.18), o que ocorrerá durante a primeirametade dos sete anos da Tribulação. Muitos mais morrerão durante as outras pragas ou

 julgamentos, milhões de crentes serão martirizados pelo Anticristo por se recusarem a adorá-loou a receberem a marca da besta; e, em seguida, há os gentios que serão lançados no castigo

eterno (Mateus 25.46) por se recusarem a receber a Cristo durante a Tribulação.Depois de tudo isso, poucas pessoas vão permanecer. Quantas? Somente Deus sabe!

Q u e m   E n t r a r á   n o   M i l ê n io ?

Todos aqueles que sobreviverem ao final daTribulação e não forem lançados por Cristo no castigo,serão os crentes. Jesus, no Sermão no Monte das Oli-

 veiras, disse: “Aquele, porém, que perseverar até o fim,esse será salvo” (Mateus 24.13). A palavra “salvo” étraduzida no texto original grego como “resgatado”,que significa que aquelas pessoas que suportarem os

terríveis eventos da Tribulação serão resgatadas, sesobreviverem ao julgamento das nações, descrito por Jesus em Mateus 25.3146.

I d e n t if ic a n d o   o s   “ I r mã o s ” 

d e  J e s u s

No julgamento das nações, haverá trêsgrupos diferentes de pessoas. Os seguidores nãosalvos do Anticristo, que ainda estarão vivos no finalda Tribulação, chamados de “bodes” (Mateus 25.3233, KJA). Os crentes que sobreviverem, chamadosde “ovelhas” (versículos 32, 33). A terceira categoriasão os “irmãos” (versículo 40), a quem as ovelhasajudam. Aqueles a quem Jesus chama “meus peque-ninos irmãos” ou “meu irmão” são os judeus que vãoentrar no Milênio como crentes. Tenha em mente quesomente aos crentes será permitido entrar no Milênio.

Sabemos que os filhos de Israel serão reunidosnovamente em sua terra, no “tempo do fim”, o que

 já tem começado em nossos dias (há seis milhões de judeus em Israel até o momento). Isso está escritoem Ezequiel 20.3338. Ezequiel 3637 descreve a

 visão do “vale... cheio de ossos”, em que os ossos vão se unindo até se levantarem como uma nação viva. Então, em 37.11 a identidade é citada clara-mente como sendo “toda a casa de Israel”. E nos

 versículos 1528, Ezequiel prediz a união de Israel e

de Judá como uma nação durante o Milênio.Em Ezequiel 11.19, podemos ver que muitos

 judeus irão receber o Senhor, quando Ele arrancardeles seus “corações de pedra” e colocar um “novoespírito dentro deles... um coração de carne”. Isso é

 visto também em Ezequiel 18.31. Quando isso vaiacontecer? Logo depois que o Anticristo profanar oTemplo em Jerusalém. Os judeus ficarão tão desi-ludidos que se voltarão ao seu Messias e fugirão paraos desertos de Petra, onde serão preservados de

maneira sobrenatural. Ali, Deus irá “alimentálos”pelos últimos três anos e meio da Tribulação. Esses etodos os outros judeus sobreviventes, que provavel-mente incluirão as 144 mil testemunhas de Apocalipse7, são os crentes a quem o nosso Senhor chama de“irmãos”.

 Assim, vemos que somente os crentesentrarão no Milênio —os crentes gentios e os crentes

 judeus de “toda a casa de Israel”.

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24.O M il ê n io

A palavra Milênio é um termo do latim que significa “mil anos”. Apocalipse 20.1-7 diz que Cristoestabelecerá Seu reino e reinará por 1.000 anos depois de Sua segunda vinda. O Milênio é o pontocrucial da história e um precursor para a eternidade. Durante esse tempo, J esus Cristo será o foco

de toda a criação, e Ele reinará fisicamente sobre o mundo inteiro, com poder e grande glória.Será um tempo maravilhoso em que a justiça e a paz prevalecerão.

Muitas passagens do Antigo Testamentofalam sobre um tempo ainda futuro de verdadeirapaz e prosperidade para os justos seguidores de Deus,que estarão sob o benevolente governo físico de JesusCristo sobre a terra. Zacarias 14.9 diz: “O Senhorserá rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será oSe n h o r   e um só será o seu nome”. Então, nos

 versículos 1621 lemos sobre como será o Reino doMilênio.

Outras passagens do Antigo Testamentosobre o reino do Milênio incluem Salmos 2.69; Isaías2.24; 11.69; 65.1823; Jeremias 31.1214, 3137;Ezequiel 34.2529; 37.16; 4048; Daniel 2.35; 7.13,14; Joel 2.2127, Amós 9.13, 14; Miquéias 4.17 e

eus irmaosl y y w v ^ A i í v ^ w v !

SegundaVinda

0 MilênioComeça d o h/ii/ 

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 A Igreja Reinando com CristoIsrael

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Deuteronómio 28.13 O

OvelhaC 7

Julgamentos dos Gentios

por seu tratamento para comos judeus, irmãos de Cristo

Mateus 25.31-46

Ovelha

Apocalipse 20.4-6

tf O Tronode Davi

Nações Gentílicas na BênçãoMateus 25.33, 34 

Zacarias 8.23

Do Julgamentoao Milênio

Glorioso Retorno 67

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Sofonias 3.920. Essas são apenas algumas das muitaspassagens proféticas que descrevem, antes da primei-ra vinda de Cristo, esse reino.

O Novo Testamento também fala da vindado reino Milenar em passagens tais como Mateus 5.120; 19.2730; 26.2729, Marcos 14.25; Lucas 22.18;1 Coríntios 6.911 e Apocalipse 20. O que éinteressante, é que somente quando chegamos ao

 Apocalipse é que descobrimos que o reino vai durar

I.000 anos.

 As P rinc ipa is C a ra cte rí s tica s

d o M ilê n io In c lu e m :

• A prisão de Satanás no início do Milênio (Apoca-lipse 20.13).• A restauração final de Israel, que vai incluir:

Regeneração (Jeremias 31.3134). Reajuntamento (Deuteronômio 30.110; Isaías

II.1112.6; Mateus 24.31). Posse da terra (Ezequiel 20.4244; 36.2838) Restabelecimento do trono de Davi (2 Samuel

7.1116; 1 Crônicas 17.1014; Jeremias 33.1726).• O Reino de Jesus Cristo (Isaías 2.3, 4; 11.25)• A soltura de Satanás e sua rebelião final, no fim

do Milênio (Apocalipse 20.710).• O Julgamento do Grande Trono Branco e a

segunda ressurreição ou o julgamento dos descrentesmortos (Apocalipse 20.1115).

O Milênio será um tempo em que a maldiçãoadâmica retrocederá, exceto em relação à morte, eno qual as pessoas viverão por 1.000 anos. Cristo seassentará no trono de Davi e governará o mundo,trazendo paz e justiça. O Milênio será um tempo degrande triunfo espiritual no qual o Israel nacionalcumprirá seu destino e os gentios irão compartilharde bênçãos extraordinárias, por meio de Cristo e danação de Israel. A Bíblia descreve o Milênio comoum tempo de justiça, obediência, santidade e plenitu-de do Espírito Santo como nunca houve antes.

O Milênio será um tempo de enorme transfor-mação ambiental. Isaías 35.1, 2 nos diz que o desertoflorescerá e se tornará produtivo. Haverá chuva abun-dante em áreas hoje conhecidas por sua aridez, ehaverá fartura de alimento para os animais (Isaías30.23, 24; 35.7). Além disso, os instintos predatóriosdos animais cessarão. A distinção entre doméstico eselvagem desaparecerá, uma vez que todos as cria-turas viverão em harmonia (Isaías 11.6, 7).

 As condições físicas das pessoas tambémmudarão drasticamente para melhor. As pessoas

 viverão por muito mais tempo e muitas enfermidadesfísicas e as preocupações com a saúde serão erradica-das (Isaías 29.18; 33.24). A ausência de doenças edeformações —juntamente com o aumento do tempode vida irá minimizar as diferenças entre aquelesque ainda têm corpos mortais e aqueles que têmcorpos ressurretos. Em meio a esse ambiente avan-

çado, as pessoas vão desfrutar de prosperidade en-quanto a pobreza, a injustiça e as doenças cessarão(Jeremias 31.1214).

 A vida espiritual no reino do Milênio serádiferente de tudo que já experimentamos. Viverdiariamente na presença pessoal e física de JesusCristo, que estará assentado no trono de Davi, teráum enorme impacto sobre as vidas dos crentes. Isaíasdisse: “A terra se encherá do conhecimento doSenhor, como as águas cobrem o mar” (Isaías 11.9).O conhecimento e a adoração a Cristo serão univer-sais e livres. O Milênio será uma era de grande cons-ciência, sensibilidade e atividade espirituais, tantopara os cristãos como para a nação restaurada deIsrael. Para Israel, a Nova Aliança estará em vigor,levando ao desfrute das condições profetizadas empassagens tais como Isaías 59.20, 21; Jeremias 31.3134; 32.3740; Ezequiel 16.6063 e 37.2128.

 A expressão mais clara das característicasespirituais do reino Milenar é encontrada na adoraçãoe na atividade do Templo do Milênio. Jesus Cristo

estará reinando sobre a terra, em Jerusalém, e o Tem-plo do Milênio existirá e estará em funcionamentocomo está descrito em Ezequiel 4046. Sem dúvida,a adoração no Templo do Milênio será de uma quali-dade e profundidade nunca vistas antes na terra,quando os judeus e os gentios justos alegremente

 vierem a Jerusalém para adorar o grande Rei Salvador(Isaías 2.24; 11.9, 10; Ezequiel 20.40, 41; 40.146.24;Zacarias 14.16).

Infelizmente, mesmo em meio a tais condiçõespuras, haverá ainda uma rebelião humana. Pelo fato de

os efeitos completos da Queda não terem sido extintos,haverá uma revolta final contra o govemo justo de JesusCristo. Isso ocorrerá no final do Milênio, quando Satanásfor solto de sua prisão, por pouco tempo; mas, como asEscrituras dizem, no final ele será julgado e punido parasempre (Apocalipse 20.710).

Em um mundo cheio de caos, desespero, violência e mal desenfreado, a certeza do Milênio nosoferece a segurança de que o programa profético de

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A SegundaVinda

de Cristo

Os Eventos Chave do Milênio

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Eternidade

Deus não foi abandonado. Realmente haverá um dia ansiedade. Nossa “bendita esperança” é Jesus Cristoquando Cristo governará o mundo com retidão e justiça. (Tito 2.13), e podemos ter confiança de que Seu reinoPor isso, os cristãos de hoje não precisam ter medo ou certamente virá.

25.O Ju lgamento  d o  G r a n d e T r o n o  Bra n co

Escrita na tábua do coração de cada homem está uma consciência intuitiva de que todos nósestaremos diante de Deus para sermos julgados após a morte e antes do início da eternidade.

Como revela o encarte gráfico intitulado “Compreendendo o Plano de Deus para as Eras”,o julgamento ocorrerá no final do reino do Milênio, depois que Satanás tiver encabeçado

sua insurreição e tiver fracassado. Satanás, a Besta e o Falso Profeta já terão sido lançados noLago de Fogo. Nos gráficos das páginas 42 e 43 você encontrará esse julgamento localizadona extremidade do fim da linha do tempo, antes do início das eras que virão. O último evento,

então, antes da eternidade, é o julgamento do Grande Trono Branco, descrito a seguir:

“Vi um grande trono branco e aquele que nesse grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono,se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e Então, se abriram os livros. Ainda outro livro, o Livronão se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados,

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O J u l g a m e n t o d o G r a n d e T r o n oVrono

L

O Livro da 

VidaApocalipse 20.15

 J oão 5.22

 I 

't

Sheol - Hades

Paraíso Anterior

Grande Abismo

Tormento Lucas 16.1831

 A Pr isão dos Anjos Caídos - 2Pedro2.4; judas e

Os Livros das Obras do Homem

Apocalipse 20.12,13

Z - X J

O Livro da Vida do Cordeiro

Apocalipse 21.27

 LJ L iLei

Gálatas 3.20

 LmLmJ 

1 ^ Lago de Fogo

segundo as suas obras,conforme o que se acha-

 va escrito nos livros.Deu o mar os mortos quenele estavam. A morte eo além entregaram osmortos que neles havia. Eforam julgados, um por

um, segundo as suas obras.Então, a morte e o infernoforam lançados paradentro do lago de fogo.Esta é a segunda morte, olago de fogo. E, se alguémnão foi achado inscritono Livro da Vida, esse foilançado para dentro dolago de fogo”. (Ap 20.11

15)

 A I d e n t i d a d e

d o  Juiz

Em Atos 17.31,lemos que Deus julga omundo por meio “de um

 varão que destinou e acre-

ditou diante de todos,ressuscitandoo dentre os mortos”. O Senhor JesusCristo é a única pessoa que pode satisfazer a essadescrição. João 5.22 confirma a identidade de Cristocomo juiz: “E o Pai a ninguém julga, mas ao Filhoconfiou todo julgamento”. O Juiz que se assenta noGrande Trono Branco, então, não é nenhum outrosenão o próprio Senhor Jesus Cristo. A mesma Pessoaque foi rejeitada e escarnecida pelo mundo, no finaldas contas se assentará no trono para julgar o mundo.

Esse é um pensamento muito sério!Uma característica impressionante desse julga-

mento é que nenhum indivíduo poderá se esconder dosolhos penetrantes do Salvador: “E não há criatura quenão seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todasas coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquelea quem temos de prestar contas” (Hebreus 4.13).

 A I d e n t id a d e   d o s   q u e   São J u l g a d o s

 Apocalipse 20.12 identifica aqueles que serão julgados no Grande Trono Branco: “Vi também osmortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diantedo trono”. E interessante notar que esses são “osmortos” —mortos em transgressões e pecados porcausa de sua rejeição a Jesus Cristo, e ressuscitados

para se apresentar nesse julgamento: “O restante dosmortos (isto é, aqueles que não ressuscitaram antesdo começo dos 1.000 anos) não reviveram até quese completassem os mil anos” (Apocalipse 20.5).

O que muitas pessoas não compreendem éque todos os descrentes estão espiritualmente mortosmesmo quando vivos. O apóstolo Paulo diz que antesde uma pessoa receber a Cristo como Salvador, ela

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está morta em seus pecados e transgressões (Efésios2.1). E o destino dos descrentes após a morte será otormento (Lucas 16.1831), porque eles não têm vidaespiritual em si mesmos. Permanecerão ali até o diado juízo, quando serão trazidos diante de Cristo, aquem rejeitaram.

Muitas pessoas insistem na concepção errô-nea, comum, de que, no julgamento, Deus vai com-parar suas boas obras com as obras más, e se as boas

obras excederem as más, então elas serão admitidasno céu. Mas as boas obras, não importa quantas, nãopodem nos ajudar (Tito 3.5). Tudo se resume naescolha: se aceitamos ou rejeitamos Jesus Cristo.

OsL iv ro s U s ados no

 J u lg a m e n to

Os Livros das Obras do Homem

 Apocalipse 20.12 diz: “Então, se abriram oslivros... E os mortos foram julgados, segundo as suasobras, conforme o que se achava escrito nos livros”.Evidentemente Deus tem uma coleção completa delivros que registram as ações de cada pessoa, espe-rando para serem abertos no dia do julgamento. Essessão os livros das obras dos homens.

Os Livros da Vida

Há dois outros livros que aguardam pelo

encontro de cada homem com Deus. Embora elessejam semelhantes, também possuem diferençassignificativas.

O Novo Testamento se refere ao Livro da Vida oito vezes e, embora o Antigo Testamento nãoo chame por esse nome, ele alude três vezes a umlivro no qual os nomes estão escritos. O salmista falaque os justos têm seus nomes escritos “no livro da

 vida” (Salmos 69.28 KJ A), assim percebemos que

se trata de um livro no qual os nomes dos justos estãoescritos.

 Apocalipse 13.8 nos fala sobre um livro seme-lhante —“o Livro da Vida do Cordeiro.” “O cordeiro”é, sem dúvida, o Senhor Jesus Cristo, pois somenteEle é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado domundo” (João 1.29). Pelo fato de Cristo ter vindo aomundo para salvar os pecadores e darlhes a vidaeterna, o Livro da Vida do Cordeiro é o livro de Jesus

Cristo em que estão registrados os nomes daquelesque têm recebido a vida eterna. (Somos inclinados acrer que somente os crentes, a partir da cruz, têmseus nomes escritos nesse livro.)

 A principal diferença entre esses dois livrosé que o Livro da Vida parece conter os nomes detodas as pessoas viventes, enquanto o Livro da Vidado Cordeiro inclui somente os nomes daqueles quetêm invocado o Cordeiro para salvação. Uma segundadiferença é que o Livro da Vida é referido como olivro de Deus, o Pai, em Êxodo 32.33; ele registratodos aqueles que foram criados por Deus, o Criador.E então, o Livro dos Vivos, muito parecido com oslivros de registros dos cartórios de uma comarca. Poroutro lado, o Livro da Vida do Cordeiro é referidocomo livro de Deus, o Filho (Apocalipse 13.8). Pode-mos concluir, então, que esse livro contém os nomesde todos aqueles que têm recebido a nova vida que oFilho oferece.

 A terceira e mais importante diferença entreesses livros é que uma pessoa pode ter seu nome

apagado no Livro da Vida, mas não no Livro da Vidado Cordeiro. Em Êxodo 32.33, Deus disse a Moisés:“Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contramim”. É possível, portanto, uma pessoa ter seu nomeapagado do Livro da Vida por causa do pecado. Maso Livro da Vida do Cordeiro é diferente. Apocalipse3.5 promete: “O vencedor será assim vestido deroupas brancas, e de modo nenhum apagarei o seunome do livro da vida”.

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26.O Estado  Et e r n o

Apocalipse 21.22 apresenta o futuro eterno planejado por Deus e, embora não seja dito muitoa respeito, o que é revelado é suficiente para assegurar, ao coração de cada crente, que Deus

tem um futuro maravilhoso preparado para aqueles que recebem e adoram Seu Filho.

 A D e s tru iç ã o d e s ta T e rra

Três destruiçõcs da terra são descritas naBíblia, uma é passada e as outras duas, futuras. Aprimeira destruição sobreveio quando o dilúvio cobriua terra nos dias de Noé, poupando apenas oito pessoas

 justas (Gênesis 68). Em uma das promessas maisconhecidas do Antigo Testamento, Deus disse a Noé

que Ele nunca destruiria a terra novamente por meiode dilúvio, e enviou o arcoíris como sinal dessapromessa.

Contudo, mais duas destruições estão preditasna Bíblia. Uma será pelo fogo, após a qual Deusrestaurará todas as coisas (2 Pedro 3.414; ver tambémIsaías 65.1720). A outra destruição é descrita em

 Apocalipse 21.1.Muitos estudiosos da Bíblia dizem que a

destruição e a restauração em Isaías 65.1720 e 2 Pedro

3.414 são as mesmas que a citada em Apocalipse21.1. Isso apresenta alguns sérios problemas. Umaanálise mais cuidadosa sugere que, uma vez que amorte surgiu na passagem de Isaías 65, Isaías nãoestava falando sobre a ordem eterna, mas sobre oreino do Milênio. E sendo que 2 Pedro 3.10 mencio-na o Dia do Senhor, somos inclinados a crer que eleestá se referindo ao segundo evento catastrófico que

 virá sobre a terra, do qual resultará uma terra reno- vada, no início do Milênio. Apocalipse 20.710descreve a insurreição final de Satanás, quandonovamente o céu e a terra serão contaminados porsua rebelião. Conseqüentemente, as palavras do nossoSenhor: “Passará o céu e a terra, porém as minhaspalavras não passarão” (Mateus 24.35), evidente-mente serão cumpridas quando a profecia de Apo-calipse 21.1 estiver completa: “Vi novo céu e novaterra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram,e o mar já não existe”.

 A D e s c riç ã o d o C éu

Por que Deus destruirá o céu? Simplesmenteporque o céu atmosférico está cheio do mal. Quandolemos sobre o céu, na Bíblia, devemos ter em menteque há três céus: o céu atmosférico, ao redor da terra;o céu estelar, que contém as grandes galáxias e que

 vemos numa noite estrelada; e o terceiro céu, ou o trono

de Deus (ver 2 Coríntios 12.2; Apocalipse 45). Apo-calipse 21.1 de modo algum indica que Deus vai des-truir o céu estelar ou o lugar de Seu trono, mas Eledestruirá o céu atmosférico, onde Satanás vive. Efésios6.12 indica que Satanás e seus emissários estão prati-cando o mal espiritual “nas regiões celestiais”.Depois da rebelião final de Satanás, Deus destruiráesta terra, tão desfigurada e amaldiçoada pela malda-de de Satanás, e destruirá também o céu atmosférico,para garantir que toda aparência de mal tenha desa-

parecido.

Os Novos C é us e a N o v a T e rra

Depois de destruir este planeta como nós oconhecemos, Deus criará um novo céu e uma novaterra. Eles serão melhores do que qualquer coisa queeste mundo já conheceu, incluindo o Jardim do Éden.Haverá muitas mudanças, algumas das quais estãoalistadas no gráfico da página 73. Por exemplo, não

haverá mais o mar. Dois terços da superfície da terraatualmente são cobertos por água; o terço restanteinclui muitas áreas imensas consideradas inúteis porcausa de montanhas e desertos. Assim, somente umapequena parte da terra de hoje é habitável.

 Além disso, a Bíblia nos diz que “Eis o taber-náculo de Deus com os homens. Deus habitará comeles” (Apocalipse 21.3). O tabernáculo de Deus jánão estará mais no terceiro céu, pois Deus estabele

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O Estado EternoNovos Céus

Nova Jerusalém

Nova Terra

Lago de Fogo

O Novo Céu e A Nova Terra• Satanás é afastado para não ter mais influência 

sobre a história (Apocalipse 20.10).

• Não haverá mar (Apocalipse 21.1).

• Não haverá mais morte, choro, nem dor (Apocalipse 21.4).

• Todas as coisas se tornarão novas (Apocalipse 

21.1).

• Não haverá mais noite (Apocalipse 21.25).

• Não haverá mais impureza, nem pessoas 

praticando abominação e mentira (Apocalipse 21.1).

• Não haverá mais nenhuma maldição 

(Apocalipse 22.3).

• Não haverá mais sol (Apocalipse 22.5).

• Os cristãos poderão ver o Pai face a face 

(Apocalipse 22.4).

0 Lago de Fogo• A habitação eterna de Satanás, do Anticristo e do 

Falso Profeta (Apocalipse 19.20; 20.10).

• A habitação eterna de todos os ímpios, de toda a 

história (Apocalipse 20.10).

• É umlago de fogo etemo e de enxofre (Apocalipse 20.10)

• Todos os habitantes (do Lago de Fogo) serão 

atormentados dia e noite, para sempre e eternamente 

(Apocalipse 20.10).

•É uma segunda morte eterna. (Apocalipse 20.14).

cerá seu quartelgeneral na nova terra e, literalmente,fixará sua residência na Nova Jerusalém. Nós simples-mente não temos capacidade mental para compreen-der o significado de viver em uma economia em queo próprio Deus vive!

 Apocalipse 21.4 acrescenta que Deus “lhesenxugará dos (nossos) olhos toda lágrima”. O fatode enxugar toda lágrima significa que a reação normal

de sofrimento será eliminada. E “a morte já nãoexistirá”. O espectro da morte, resultado natural do

pecado, será, afinal, removido.Então, em Apocalipse 21.5, Deus diz: “Eis

que faço novas todas as coisas”. Essa é uma indicaçãoquase certa de que Deus criará para nós uma dimensãoque não podemos ainda compreender. Ele estáplanejando um modo de vida inteiramente novo paraSeu povo.

Glorioso Retorno 73

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 A N ova J e rus a lé m

 A deslumbrante glória da nova cidade de Jerusalém, que descerá do céu, está além da nossacapacidade de compreensão. Ela é retratada em Apocalipse como a habitação humana final, preparadapor Deus. Quando essa cidade descer à terra, ela estarárepleta de pessoas —pessoas em seus corpos ressurretos que estarão preparadas para morar com Cristo

pela eternidade.Com os olhos de nossa mente, observando

atentamente essa cidade com sua fantástica beleza efundamentos de pedras preciosas, seus gigantescosportões de pérolas e estradas de ouro, ficamos impres-sionados com a superioridade dessa cidade compara-da a tudo que conhecemos. Hoje usamos concreto epedra para fazer os fundamentos, raramente usamosos mais belos materiais disponíveis na Terra, masselecionamos os materiais por sua durabilidade,

abundância e baixo custo. Comparado a isso, a SantaCidade de Deus será tão esplêndida que vamos cami-nhar literalmente sobre metais preciosos, hoje usadossomente em joalheria fina.

Não haverá templo na Nova Jerusalém porque“o seu santuário é o Senhor, o Deus TodoPoderoso e oCordeiro” (Apocalipse 21.22). Desde o início da criaçãoda humanidade, Deus escolheu manter relaciona

Há três tipos de alianças na Bíblia:

• Tratado de Concessão Real (incondicional) umaaliança promissória que se origina exclusivamente dodesejo, de um rei, de recompensar um servo leal.

mento conosco. Ele mantinha relacionamento com Adão e Eva antes de eles pecarem. Depois da Queda,os homens passaram a usar altares como lugar desacrifício e para se aproximarem de Deus.

Nos dias de Moisés Deus estabeleceu o Taber-náculo e habitou no meio do povo, no que é conhe-cido como o Santo dos Santos. No reinado de Salomão,o Santo dos Santos foi transferido para o Templo mas,por causa da apostasia de Israel, Deus afastouse do

Templo. Então o Senhor Jesus Cristo veio tabernacular (N.T.: habitar entre nós João 1.18) conosco etornouse o sacrifício final e completo. Quando

 voltou para o céu, Ele enviou Seu Santo Espíritopara habitar no coração dos crentes.

No reino milenar, haverá um Templo memo-rial que proverá um lugar de adoração a Deus porquemuitas pessoas ainda precisarão escolher entre adorara Deus ou rejeitaremnO. Contudo, na ordem eternanão haverá mais necessidade de Templo (ou lugar

para a habitação de Deus), pois o próprio Deus estaráali com Seu filho e com o Espírito Santo. Isso faráda Cidade Santa, não apenas um grande e gloriosotemplo ou lugar de adoração, mas, também, a Terraeterna.

 As muitas maravilhas do estado eterno devemfazer que os crentes aguardem ansiosamente o futurocom grande esperança!

Exemplos: A Aliança de Abraão A Aliança de Davi

• Tratado Vassalo-Suserano (incondicional) —ligavaum vassalo inferior a um suserano superior, ligando

27.

O relacionamento de Deus com o homem tem sido sempre mediado por uma ou mais aliançasbíblicas. A aliança é um contrato entre dois ou mais indivíduos que concordam em manter ostermos declarados em tal pacto. De modo semelhante, as alianças de Deus declaram certas

promessas que Ele cumprirá. Em uma aliança, Deus se compromete com Seu povo, a manter

promessas específicas de modo a demonstrar o Seu caráter divino. Em geral, as alianças envolvemintenção, promessas e sanções, e freqüentemente estão associadas à profecia bíblica.

7 4 Glorioso Retomo

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apenas àquele que prestava juramento.

Exemplos:Quedorlaomer (Gênesis 14)

 JabesGileade servindo Naás (1Samuel 11.1) A Aliança com Adão A Aliança com Noé A aliança com Moisés (Livro de Deuteronômio)

Os tratados ou alianças vassalossuserano são

incondicionais. Isso é importante para a profeciabíblica porque o que está em jogo é se Deus é obrigadoa cumprir Sua promessa especificamente para as partesoriginais da aliança. Por exemplo, cremos que Deuscumpre, em relação a Israel como enddade nacional,aquelas promessas feitas por meio de aliançasincondicionais, como a aliança com Abraão, com Davie sobre a terra de Israel. Se isso é verdade, então elasdevem ser cumpridas literalmente, e quer dizer quemuitos aspectos ainda são futuros. O Dr. Arnold

Fruchtenbaum disse:

“Uma aliança incondicional pode ser definidacomo um ato soberano de Deus, por meio doqual Deus incondicionalmente Se obriga acumprir promessas definidas, bênçãos e condi-ções para com as pessoas com quem ele fez aaliança. E uma aliança unilateral. Esse tipo dealiança é caracterizada pelo preceito ‘Eu farei’,que declara a determinação de Deus de fazer

exatamente como prometeu. As bênçãos sãoasseguradas pela graça de Deus” 8

• O Tratado de Igualdade —une duas partes iguaisem um relacionamento e provê as condições estipu-ladas pelos participantes.

Exemplos: Abraão e Abimeleque (Gênesis 21.2532) Jacó e Labão (Gênesis 31.4450)Davi e Jônatas (1Sm 18.14; cf. 2 Sm 9.113)

Cristo e os crentes da era da igreja, i.e., “ami-gos” (João 15)

Na Bíblia encontramos pelo menos oitoalianças entre Deus e o povo:

• A aliança do Éden (Gênesis 1.2830; 2.1517)Esta aliança estabeleceu os preceitos de

Deus e Seu relacionamento com a humanidade. A 

 Aliança do Éden, em associação com o mandatocultural (Gênesis 1.2628), provê a base para aresponsabilidade humana, para as obrigações sociais,políticas e econômicas e para a prestação de contasdiante de Deus. Após a queda em pecado, Deusampliou essa aliança fundamental, com outrasalianças.

• A Aliança Adâ??úca (Gênesis 3.1419)Deus instituiu esta aliança por causa do

pecado de Adão. Ela inclui a condição de maldiçãodo homem e da criação, que o homem deve suportarao longo de toda a história. A maldição será quaseque totalmente removida durante o reino milenar deCristo (Romanos 8.1923) e, finalmente, a morte seráeliminada, no estado eterno (1 Coríntios 15.5357;

 Apocalipse 21.4; 22.3).

• A Aliança Noélica (Gênesis 8.209.17)Esta aliança reafirma a autoridade de Deus

sobre o homem e as obrigações do homem como esta-belecidas na Aliança Adâmica (Gênesis 9.1) e, então,acrescenta novas responsabilidades, incluindo: 1)inimizade entre a humanidade e o reino animal (9.2);2) o homem agora poderia comer carne de animais(9.3); 3) proibição de comer sangue, este deve ser lan-çado fora (9.4); 4) a vida humana é tão valiosa queDeus requer a pena de morte para aquele que assas-sinar outra pessoa —punição capital (9.5,6); e o manda-mento: “Sede fecundos, multiplicaivos e enchei a

terra” (Gênesis 9.1). A Aliança Noélica é um contratoentre Deus e toda a humanidade subseqüente,incluindo todo o reino animal (9.810). Nessa aliança,Deus promete nunca mais destruir o mundo por meiode dilúvio (9.11). O sinal de que Deus vai manterSua promessa é o arcoíris entre as nuvens (9.1217). É possível que Deus tenha escolhido usar o arcoíris pois um arcoíris rodeia a própria sala do tronode Deus (Ezequiel 1.28; Apocalipse 4.3), representandoa pessoa e a presença de Deus. A Aliança Noélica émencionada especificamente em Isaías 54.9, 10.

• A Aliança Abraâmica (apresentada em Gn 12.13) A Aliança Abraâmica é a mãe de todas as

alianças redentoras. Todas as bênçãos experimentadaspelos redimidos, tanto de Israel como da igreja,procedem dessa aliança. Embora essa aliança sejaapresentada primeiramente em Gênesis 12.13, ela éelaborada em Gênesis 15.121, reafirmada em Gêne-

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sis 17.121, e em seguida, renovada com Isaque, emGênesis 26.25, e com Jacó, em Gênesis 28.1017.E uma aliança em que Deus incondicionalmente Seobriga a cumprir promessas, bênçãos e condiçõesdefinidas para as pessoas “aliadas”. As três principaisprovisões da Aliança Abraâmica são: 1) uma terrapara Abraão e Israel; 2) uma descendência (incluindoCristo); 3) uma bênção mundial. No todo, a Aliança

 Abraâmica inclui doze provisões. Algumas se aplicam

a Abraão; algumas a Israel, a descendência; e algumasse referem aos gentios.

• A Aliança Mosaica (Êxodo 2023; Deuteronômio)Esta aliança foi dada única e exclusivamente

para a nação de Israel (Salmos 147.1920) e foi cumpri-da por meio do ministério de Jesus Cristo, duranteSeu primeiro advento (Mateus 5.17). Tratase de umaaliança condicional designada para ensinar a Israel

como agradar a Deus como Sua nação eleita. A vara demedir  devia ser o aspecto legal da aliança. A Leifoi designada para governar cada aspecto da vida deIsrael: espiritual, moral, social, religiosa e civil. Osmandamentos eram um “ministério de condenação”e “de morte” (2 Coríndos 3.79). Os crentes da erada Igreja não estão de forma nenhuma sob as obriga-ções da Lei mosaica, mas sob a lei incondicional deCristo e do Espírito (Romanos 3.2127; 6.14, 15,

Gálatas 2.16; 3.10, 1618, 2426; 4.2131; Hebreus10.1117). A Aliança Mosaica não alterou a provisãoda Aliança Abraâmica, mas foi apenas um adendode caráter limitado —até que Cristo viesse (Gálatas3.1719).

• A Aliança Davídica (2 Samuel 7.417)Esta aliança é o fundamento sobre o qual o

futuro reino milenar de Cristo será estabelecido. Ela

76 Glorioso Retomo

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promete a Davi 1) a posteridade da casa davídica; 2)o trono simbólico da autoridade real; 3) um reino eum rei sobre a terra; e 4) a certeza do cumprimentodas promessas feitas a Davi.

 A Salomão, cujo nascimento foi predito porDeus (2 Samuel 7.12), não foi prometida umasemente perpétua, mas apenas a garantia de que 1)ele edificaria a casa de Deus (2 Samuel 7.13); 2) seureino seria estabelecido (2 Samuel 7.12); 3) seu trono

ou autoridade real duraria para sempre; e 4) se elepecasse, seria castigado, mas não deposto. A continui-dade do trono de Salomão, mas não de sua semente,mostra a acuracidade da profecia. A maioria dessaspromessas será cumprida durante o reino milenar deCristo.

• A Aliança da Terra deIsrael (Dt 30.110)Esta aliança provê uma extensão sobre a

promessa da terra encontrada na Aliança Abraâmica(Gênesis 12.13). Em Deuteronômio, após dois capí-

tulos que predizem a desobediência, julgamento edeportação para fora da terra prometida, o Senhorprediz o arrependimento final e a bênção sobre a naçãode Israel. O Senhor se compromete a cumprir essedestino final de Israel, estabelecendo uma aliança quepromete a posse da terra a Israel para sempre. Essaaliança pode ser desdobrada como segue: 1) disper-são por causa da desobediência (Deuteronômio 30.1;

 ver também Deuteronômio 28.6368; 29.2228); 2)arrependimento futuro de Israel, durante a dispersão(Deuteronômio 30.2; ver também Deuteronômio28.6368); 3) o Messias reunirá os exilados remanes-centes e os transportará para a terra (Deuteronômio

30.36; ver também Daniel 12.1; Amós 9.14; Zacarias2.6; Mateus 24.31); 4) a terra será permanentementedevolvida a Israel (Deuteronômio 30.5; ver tambémIsaías 11.11, 12; Jeremias 23.38; Ezequiel 37.2125); 5) toda a nação de Israel se converterá ao seuMessias (Deuteronômio 30.6; ver também Oséias2.1416; Zacarias 12.1014; Romanos 11.26, 27); 6)

 julgamento daqueles que se opõem a Israel (Deutero-nômio 30.7; ver também Isaías 14.1, 2; Joel 3.18;

Mateus 25.3146); 7) Israel experimentará a bênçãoe a prosperidade nacional (Deuteronômio 30.9; vertambém Amós 9.1115; Zacarias 14.921).

• A Nova Aliança (Jeremias 31.3137 e seguintes) A Nova Aliança sustenta a futura regeneração

espiritual de Israel em preparação para o reino milenar. A Nova Aliança, como declarada aqui e em outraspassagens do Antigo Testamento, é para Israel (Deute-ronômio 29.4; 30.6; Isaías 59.20,21; 61.8, 9; Jeremias32. 3740; 50.4, 5; Ezequiel 11.19, 20; 16.6063;37.2128; 34.25, 26; 36.2427; Zacarias 9.11; 12.10;Hebreus 8.113; 10.1518). A Nova Aliança aplicase à igreja (Mateus 26.27,28; Lucas 22.20; 2 Coríntios3.6) porque provê o perdão dos pecados e umadinâmica espiritual que não está reservada apenas ànação de Israel.

E fundamental, então, para o estudo da profe-cia bíblica, definir como as alianças se relacionamcom os gentios, com Israel e com a igreja. Uma vezque Deus é TodoSoberano e TodoPoderoso, podemos

ter completa confiança em que as promessas que Elefez nas várias alianças serão cumpridas totalmente.

Glorioso Retorno 77

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O dispensacionalismo vê o mundo e a história como uma casa dirigida por Deus. Neste mundo-lar,com a passagem do tempo, Deus está conduzindo ou administrando os negócios de acordo com

Sua vontade e em várias fases de revelação. Essas várias fases, conhecidas como dispensações,podem ser vistas como economias visivelmente diferentes na realização do plano de Deus paraas eras. Compreender essas diferentes economias é essencial para uma interpretação correta da

revelação de Deus dentro de cada uma dessas várias economias. É importante destacar desde logoque as dispensações não têm nada a ver com o modo como as pessoas são salvas de seus pecados.

O dispensacionalismo é imensamente impor-tante quando se trata da profecia bíblica. A visãodispensacionalista de interpretação literal defendeuma visão futurista; isto é, muitas passagens bíblicas

ainda têm um cumprimento futuro. A distinção entreIsrael e a igreja é importante porque a igreja, comoentidade distinta no plano de Deus, provê a baseteológica para o arrebatamento prétribulacional. Jáas promessas do Antigo Testamento para Israel serãocumpridas literalmente no futuro, o que requer umacompreensão detalhada e aprimorada da profecia dasEscrituras.

Talvez o principal portavoz do dispensacio-nalismo nos dias de hoje seja o Dr. Charles Ryrie,exprofessor do Seminário Teológico de Dallas. Ele

observa que o TheOxford Eng/ isb Dictionary  (Dicionário  Inglês Oxford) define uma dispensação teológica como“uma fase, numa revelação progressiva, expressamenteadotada para as necessidades de uma nação ou períodode tempo particular... também, a era ou período duranteo qual prevalece um determinado sistema”. A palavraportuguesa dispensação vem do substantivo gregooikonomá, freqüentemente traduzido como “adminis-tração”, nas traduções modernas. O verbo oikonoméô se refere ao administrador de uma casa. “No NovoTestamento”, observa Ryrie, “dispensação significa ge-renciamento ou administração dos negócios de umacasa, como exemplo, na história que o Senhor contousobre o administrador infiel, em Lucas 16.113”.9

 A palavra grega oikonomá é uma composiçãode oikos, que significa “casa” e nomos, que significa“lei”. Quando unidas, “a idéia central da palavradispensação  é gerenciamento ou administração dosnegócios de uma casa”10

Ryrie continua:

78 Glorioso Retorno

“As várias formas da palavra dispensação apare-cem no Novo Testamento vinte vezes. O verbooikonoméô é usado em Lucas 16.2 onde é tradu-zido como “sendo o administrador” (KJA). Osubstantivo oikonmos aparece dez vezes (Lucas12.42, mordomo; 16.1,3,8, administrador;Romanos 16.23, tesoureiro; 1 Coríntios 4.1,2,despenseiros; Gálatas 4.2, tutores e curadores;Tito 1.7, despenseiro; 1Pedro 4.10, despensei-ros), e é traduzido como “administrador” emtodos os casos, exceto em Romanos 16.23, ondeé traduzido como “tesoureiro”. O substantivooikonomá é usado nove vezes (Lucas 16.2, 3, 4;1Coríntios 9.17; Efésios 1.10; 3.2, 9; Colossen

ses 1.25; 1Timóteo 1.4). Nesses casos a pala- vra é traduzida de diversas formas (“adminis-tração”, “dispensação”, “edificação”). A versão

 KingJames Atualizada de Efésios 3.9 traz “co-munhão” (koinonià), enquanto que a American Standard Version  (Versão Americana Padrão)traz “dispensação”.11

O Dr. Ryrie observa as seguintes caracterís-ticas do dispensacionalismo:

• há sempre duas partes envolvidas;• há responsabilidades específicas;• há prestação de contas e responsabilidade;• podem ocorrer mudanças a qualquer tempo se forconstatada infidelidade na administração existente;• Deus é o único diante de quem os homens sãoresponsáveis;• é exigida fidelidade da parte subordinada;• a administração pode acabar a qualquer tempo;

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• as dispensaçÕes são associadas aos mistérios deDeus;• as dispensaçÕes e as eras são idéias relacionadas;• há pelo menos três dispensaçÕes (provavelmentesete)12

Dispensação, de acordo com Ryrie, é “umaeconomia distinta na realização do plano de Deus”.13

 A descrição do dispensacionalismo pode incluir oseguinte:

• revelação distinta;• provas;• falhas;• julgamento;• continuação de certas ordenanças válidas até então;• anulação de outros preceitos válidos até então;• introdução de novos princípios não válidos ante-riormente;• revelação progressiva do plano de Deus para ahistória.14

Muitas pessoas aceitam o conceito de dispen-sação sem aderir ao sistema de teologia conhecidocomo dispensacionalismo. O dispensacionalismo com-bina uma visão das dispensaçÕes com o que o Dr.Ryrie chama de os três sinequa non (do latim, “sem aqual não”) ou princípios essenciais do dispensacionalis-mo.15Esses não são uma definição ou descrição dodispensacionalismo; ao contrário, são testes teológi-cos básicos que podem ser aplicados a um indivíduopara ver se ele é dispensacionalista ou não. Os princí-

pios são os seguintes:• interpretação literal coerente;• distinção entre os planos de Deus para Israel epara a igreja;• a glória de Deus de modo multifacetado é o alvoda história.

Cremos que a teologia conhecida hoje comodispensacionalismo representa, pelo menos emtermos gerais, o que a Bíblia ensina, especialmenteporque ela se relaciona com a profecia bíblica. Ver a

Bíblia em dispensaçÕes é ver o plano de Deus para ahistória, incluindo a profecia futura, a partir daperspectiva dEle.

De acordo com a perspectiva bíblica, o quesão as dispensaçÕes ou eras da história? Há setedispensaçÕes que podem ser deduzidas da Palavrade Deus:

• Inocência  (Gênesis 1.283.6): esta foi apa-rentemente

a mais curta das dispensaçÕes e terminou na queda,quando os pais da raça humana caíram em pecado.

•Consciência (Gênesis 3.78.14): a palavraconsciência, usada para descrever esta dispensação, é encontradaem Romanos 2.15, que descreve o tempo entre aQueda e o dilúvio.

•Governo Humano (Gênesis 8.15 —11.9) —Depois dodilúvio, Deus disse que não julgaria diretamente o•homem até a segunda vinda; dessa maneira, umaagência humana conhecida como governo civilfoi divinamente estabelecida para mediar e tentarrefrear o mal dos homens.

• Promessa (Gênesis 11.10 —Êxodo 18.27) —Esteperíodo é determinado pelo chamado de Abraãoe pela promessa feita a ele e aos seus descenden-tes, físicos e espirituais.

• Lei/ Israel (Exodo 19 —João 14.30) —Israel não foie nunca seria salvo por guardar a lei. Pelo contrário,a lei estipulava como eles, como povo redimido,deviam viver. Ela deveria governar cada aspectode suas vidas. Mas a lei era temporária até se cum-prir em Cristo, por ocasião de Sua vinda.

•Graça / Igreja (Atos 2.1 Apocalipse 19.21) —A

lei da vida para a igreja é graça, e através da igreja,a graça de Deus se estende a todos, por todo o mun-do, por meio do evangelho.

• Reino(Apocalipse 20.115) —Durante o reino mile-nar do Messias, em Jerusalém, as promessas queDeus fez a Israel como nação serão cumpridas.

 A igreja também reinará e governará com Cristocomo Sua noiva. Pelo fato de Israel estar em suaglória, os gentios também colherão grandes bênçãos.

 A teologia da dispensação capacitanos a com-preender corretamente o horário profético de Deuspara a história. A era atual enfoca a igreja, e não Israel,como instrumento por meio do qual Deus agora opera.Contudo, para a profecia de Daniel (Daniel 9.27)ser literalmente cumprida da mesma maneira que as69 semanas iniciais foram cumpridas (Daniel 9.25,

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 As Dispensações«!2in

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Obedecer a Deus

Gênesis 1.26-28;2.15-17

Fazer o Bem, Sacrifício de Sangue

Génesis 3.5,7,22; 4.4

Espalhar-se Multiplicar-se

Gênesis 8.15-9.7

Morar em Canaã

Gênesis 12.1-7

Guardar  Toda a Lei

Èxodo 19.3-8

Ter Fé em Jesus, Guardar A Sã Doutrina

Joâo 1.12; Romanos 8.1-4;Efésios 28,9

Obedecer e  Ad orar a Jesus

Isaías 11.3-5;Zacarias 14.9,16

Desobedecer 

Génesis 3.1-6Maldade

Génesis 6.5,6,11-12

Não se dispersar 

Gênesis 11.1-4Morar.no Egito. Gênesis 12.10;44.6

Quebrar a Lei

2 Reis 17.7-20;Mateus 27.1-25

Doutrina Impura

Joâo 5.39-40;2 Timóteo 3.1-7

Rebelião Final

 Apocalipse 20,7-9

Maldição e Morte

Gênesis 3.7-19Dilúvio Gênesis 6.7,13;7.11-14

Confusão de Línguas

Génesis 11.5-9

Escravidão no Egito

Èxodo 1.8-14

 A dispersão pelo Mundo

Deuteíonômlo 28.63-66;Lucas 21.20-24

 Apostasia,

Falsas Doutrinas

2 Tessalonicenses 2.3;2 Timóteo 4.3

Satanás Solto, o Inferno Eterno

 Apocalipse 20.11-15

Dispensações Bíblicas Lago de

26), a igreja deve ser removida (arrebatada) da terra.Somente então Deus vai começar a cumprir tudo queprometeu a Israel, no Antigo Testamento. Muitosdispensacionalistas acreditam que o arrebatamento

precede os últimos sete anos do decreto de Deus paraIsrael, conhecido como Tribulação. Assim, a doutrinado Arrebatamento prétribulacional da igreja estáestritamente identificada com o dispensacionalismo.

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29.Israel : O g r a n d e Sina l  d e  D eus 

para  o Fim d o s T empo s

O estudo da profecia bíblica está dividido em três áreas principais: as nações (gentios),Israel e a Igreja. Dos três, a Bíblia fornece mais detalhes sobre os planos futuros de Deus

para a nação de Israel, do que para as outras nações ou para a Igreja. Quando a Igreja tomaessas profecias sobre Israel literalmente, como fazemos, então se vê uma grande agendaprofética que se cumprirá no futuro para Israel como povo e como nação. Quando a igrejaespiritualiza essas promessas, como tem feito diversas vezes ao longo da história, então asingularidade profética de Israel é aplicada à igreja e absorvida com ela de modo indevido.

Mas se manusearmos cuidadosamente as Escrituras, podemos ver que Deus tem um futuromaravilhoso e abençoado, planejado para os judeus individualmente e para Israel como nação.

Por isso cremos ser Israel o “grande sinal” de Deus do fim dos tempos.

 As promessas de Deus para Abraão e a Israelsão incondicionais e garantidas por meio de váriasalianças subseqüentes. Um padrão definido para ahistória futura de Israel foi profetizado em Deuteronômio antes mesmo que os judeus colocassem os pésna terra prometida (Deuteronômio 4.2831). O padrãopredito pelo programa de Deus em relação a Israeldeveria ser o seguinte: Eles entrariam na terra sob a

liderança de Josué, e posteriormente se voltariamcontra o Senhor e seriam expulsos da terra e dispersosentre as nações gentílicas. A partir de então o Senhorreuniria novamente o povo judeu durante os últimosdias e eles passariam pela Tribulação. Perto do finalda Tribulação eles iriam reconhecer seu Messias eseriam regenerados. Cristo, então, retornaria à terra esalvaria Israel das nações que estarão reunidas no

 Armagedom para exterminar os judeus. O segundoreajuntamento da nação ocorreria, então, em prepara-ção para o reino Milenar com Cristo, tempo durante

o qual se cumprirão todas as promessas para Israel,ainda não cumpridas. Esse padrão é desenvolvidopelos profetas e reforçado no Novo Testamento.

 Assim como Deus tem feito com a igreja e asnações, Ele está movendo Seu povo escolhido —Israel—para o lugar onde se cumprirão as profecias futurasrelacionadas à nação. Ele já trouxe o povo judeu de

 volta à sua antiga terra (1948) e lhes deu Jerusalém

(1967). Contudo, a situação atual de Israel é deconstante tumulto e crise, especialmente na antigacidade de Jerusalém. Por fim, Israel firmará umaaliança com o Anticristo, e isso dará início aos seteanos de Tribulação.

O reajuntamento de Israel e o tumulto sãosinais específicos de que o programa de Deus do fimdos tempos está prestes a “engatar a última marcha”.

 Além disso, o fato de que todas as três vertentes daprofecia (as nações, Israel e a Igreja) estão convergindopara um ponto pela primeira vez na história, constituium sinal por si só. E por isso que muitos estudiososdas profecias acreditam que estamos perto dos últimosdias. Se você quer saber para qual direção a históriaestá seguindo, basta colocar seus olhos no que Deusestá fazendo com Israel.

A D is p e r s ã o  d e  I s r a e l

 A palavra latina, diáspora foi cunhada para sereferir à dispersão de Israel entre todas as nações gen-tílicas. Em Sua profecia sobre a destruição de Jerusa-lém em 70 d.C., Cristo falou sobre essa dispersão de2.000 anos, de Israel: “Cairão a fio da espada e serãolevados cativos para todas as nações; e, até que ostempos dos gentios se completem, Jerusalém serápisada por eles” (Lucas 21.24). Como geralmente

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O Grande Sinal de Deus para o Fim dos Tempos

0 Arrebatamento da Igreja

Primeiro ÁReajuntamento

A * .*r  *4*»' *

A Segunda Vinda

Segundo

Reajuntamento

A Era Atual da Igreja A Tribulação (7 Anos) Milênio (1.000 Anos)

As linhas do tempo dediMçio desproporcional

\ ístto «»erotnpidas paraindicar que eías nio téma

. mesma exlensio de (empoque as demais linhas no

gráfico.

Israel -Reajuntamento dos Judeus Descrentes 

 Antes da TribulaçãoEzequiel 20.33-38;22.17.22; 36.22-24

Isaías 11.11,12Zacarias 2.1, 2

Ezequiel 38 - 39

Israel -Reajuntamento dos

Judeus Crentes Antes do Milênio

Deuteronômio 4.29-31: 30.1-KIsaías 27.12.13:43.5-7

Jeremias 16.14,15; 31.7-10Ezequiel 11.14-18 Amós 9.14.15Zacarias 10.8-12

Mateus 24.31

ocorre com profecias bíblicas, o pronunciamentodesse julgamento inclui uma última esperança derestauração. Nessa declaração Cristo usou a palavra“até”, que significa que a dispersão não vai durarpara sempre; haverá um fim.

 A ameaça de dispersão entre todas as naçõesaparece já na Lei Mosaica (Levítico 26.33; Deutero-

nômio 4.27; 28.64; 29.28). Neemias disse: “Lembrate da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo,dizendo: Se transgredirdes, eu vos espalharei porentre os povos” (Neemias 1.8). Declarações seme-lhantes aparecem muitas vezes por todos os escritosdos profetas.

É importante reconhecer que a tomada doreino do norte de Israel pelos Assírios, no século VIIIa.C., e o cativeiro em Babilônia no século VI a.C.

não constituem a dispersão pelo mundo todo, men-cionada na profecia bíblica. Isso não ocorreu até queCristo fosse rejeitado pela nação, e até o subseqüente

 julgamento de Deus, em 70 d.C.

O R e a j u n t a m e n t o  e  a  

C o n v e r s ã o  d e   I s r a e l

Há inúmeras passagens bíblicas que predizemo reajuntamento de Israel no tempo do fim. Contudo,é um erro comum juntar todas essas passagens emum único cumprimento, especialmente em relação aomoderno Estado de Israel. O Israel de hoje é profeti-camente significativo e está cumprindo a profeciabíblica. Mas precisamos ser cuidadosos em distinguir

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quais profecias estão sendo cumpridas em nossosdias e quais aguardam um cumprimento no futuro.Em resumo, haverá dois reajuntamentos no fim dostempos: Um antes da Tribulação e outro depois.

O Dr. Arnold Fruchtenbaum, estudioso cris-tão hebreu, explica:

“O restabalecimento do estado judeu em 1948não apenas deu um tranco no pensamento ami

lenar, como também provocou um forte abalono pensamento prémilenar. Surpreendente-mente, alguns prémilenaristas têm concluídoque o atual Estado de Israel não tem nada a

 ver com o cumprimento da profecia. Por algu-ma razão, o Israel de hoje não se ajusta aoesquema das coisas e,assim, é considerado ummero acidente da histó-ria. Por quais razões Israel

é tão rejeitado hoje? Aquestão que preocupatantos prémilenaristas éo fato de que os judeusnão apenas retornaram à sua terra, incrédulosem relação à pessoa de Jesus, como também amaioria daqueles que retornaram nem mesmosão judeus ortodoxos. De fato, a maioria delesé atéia ou agnóstica. Certamente, então, Israelnão se ajusta a todas essas passagens bíblicas

que tratam do retorno. Pois a Bíblia fala de umanação regenerada e o Estado de Israel dificil-mente se ajusta a esse quadro. Assim, por essasrazões, o atual Estado é rejeitado como nãosendo um cumprimento da profecia. Entretan-to, o verdadeiro problema é deixar de ver queos profetas falaram sobre dois retornos interna-cionais. Primeiro, haveria um reajuntamento de

 judeus incrédulos em preparação para o julga-mento, isto é, o julgamento da Tribulação. Esse

seria seguido por um segundo reajuntamento,de judeus crentes, que abrangeria o mundointeiro, em preparação para a bênção, isto é, asbênçãos da era messiânica. Uma vez que sereconhece que a Bíblia fala sobre esses doisreajuntamentos, é fácil ver como o Estadoatual de Israel se ajusta à profecia”.16

O P r ime ir o   R e a j u n t a m e n t o  

M u n d ia l   d o s   J u d e u s  

I n d r é d u l o s

Em 1948, quando foi fundado o modernoEstado de Israel, não apenas houve um consideráveldesenvolvimento do cenário, como também começa-ram a se cumprir, de fato, as profecias bíblicas especí-

ficas sobre um reajuntamento internacional de judeusincrédulos, antes do julgamento da Tribulação. Talpredição é encontrada nas seguintes passagens do

 Antigo Testamento: Ezequiel 20.3338; 22.1722;36.2224; 3839; Isaías 11.11, 12; e Sofonias 2.1, 2pressupõe tal cenário.

Sofonias 1.1418 fazuma das mais vívidas descri-ções do “grande dia do Se-nhor”, que comumente cha-

mamos de período da Tribu-lação. Sofonias 2.1, 2 diz quehaverá um reajuntamentomundial de Israel, antes do

Dia do Senhor: “Concentrate e examinate, ó naçãoque não tens pudor, antes que saia o decreto, pois odia se vai como a palha; antes que venha sobre ti ofuror da ira do Se n h o r , sim, antes que venha sobre tio dia da ira do Se n h o r ” .

O Se g u n d o   R e a j u n t a m e n t o  M u n d ia l  d o s  J u d e u s   C r e n t e s

Muitas passagens na Bíblia falam do reajunta-mento de Israel, dos judeus crentes, no fim da Tribu-lação, em associação com a segunda vinda de Cristoe em preparação para a inauguração do Milênio.Essas referências não estão sendo cumpridas pelomoderno Estado de Israel. Algumas delas incluemDeuteronômio 4.2931; 30.110; Isaías 27.12, 13;

43.57; Jeremias 16.14, 15; 31.710; Ezequiel 11.1418; Amós 9.14, 15; Zacarias 10.812; e Mateus 24.31.Nos últimos 50 anos tem havido um reajun-

tamento mundial de judeus e um restabelecimentoda nação de Israel, que hoje vive certa pausa, aguar-dando que o cenário exigido para a revelação do

 Anticristo e do começo da Tribulação seja estabele-cido. Esse fato é o grande indicador de Deus de que

Se você quer saber para qualdireção a história está seguindo,

basta colocar seus olhos no queDeus está fazendo com Israel.

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todas as demais áreas de desenvolvimento do mundosão profeticamente significativas. O Dr. Walvoorddiz:

“Dos muitos fenômenos peculiares que carac-terizam a presente geração, poucos eventospodem reivindicar igual importância quanto àprofecia bíblica como o retorno de Israel à suaterra. Isso constitui uma preparação para o fim

da era, o cenário para a vinda do Senhor para

Sua igreja, e o cumprimento do destinoprofético de Israel”.17

Israel, o “grande sinal” de Deus do fim dostempos, é uma clara indicação de que esse tempo estádiminuindo a cada hora que passa. Pelo que já temos

 visto, podemos ter certeza de que Deus está agorapreparando o mundo para os eventos finais queconduzem à regeneração nacional de Israel.

30.O Esbo ço  d e  D anie l  

Sobre o  Fu t u r o

É impossível compreender a profecia bíblica sem compreender o livro de Daniel. Muitas dasinformações sobre os atores principais e a seqüência de tempo dos últimos dias são fornecidos

em Daniel. Além disso, Daniel apresenta muitos fatos que são desenvolvidos no livroneo-testamentário do Apocalipse.

Daniel contém visões gráficas que fornecemum esboço do que Deus estava para fazer a partir doséculo VI a.C., quando Daniel viveu e escreveu, até

a vinda do reino do Messias no Milênio. Os capítulosproféticoschave são Daniel 2,7,9,11, e 12. Os capí-tulos 2,7, e 9 também nos fornecem esboços para ahistória gentílica e judaica.

Deus ofereceu a Daniel e à nação de Israelum esboço da história deles durante o cativeiro babiló-nico, para lhes dar a esperança de que Deus realizariaSeu plano em relação a eles, no futuro. Em Daniel 2e 7, temos uma visão geral dos quatro reinos gentíli-cos que cumpririam um importante papel na históriado mundo. O primeiro dos quatro reinos foi o Babiló-

nico, sob cuja jurisdição Daniel teve e escreveu mui-tas de suas visões proféticas no século VI a.C. Osoutros reinos eram o MedoPersa, o Grego e o Roma-no. A profecia de Daniel termina dizendo que oImpério Romano renasceria em uma confederaçãode dez nações pouco antes da vinda do reino doMessias. Daniel 2 registra esses reinos a partir de umaperspectiva gentílica, enquanto Daniel 7 repete a visão

geral a partir da perspectiva de Deus, o que explicaporque os reinos são caracterizados como animais.

 Aqui estão as características dos quatro reinos

como revelados em Daniel 2 e 7:• Babilónico (612539 a.C.) —representado pela ca-

beça de ouro e um leão que tinha asas de águia(2.32; 7.4).

• Medo-Persa (538 331 a.C.) —representado porpeitos e braços de prata e um urso (2.32; 7.5).

•Grego (33063 a.C.) —representado pelo ventre equadris de bronze e um leopardo com quatro asase quatro cabeças (2.32; 7.6).

• R o??ia(63 a.C. —476 d.C.; Tribulação) —a primeirafase desse reino é representada por pernas de ferroe por um animal indefinido, com dentes de ferroe unhas de bronze (2.33; 7.7). A fase final é des-crita com pés e dedos que são uma mistura deferro e barro, como também os dez chifres oudez reis e um “outro” (2.4143; 7.24, 25).

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O Esboço de Daniel Sobre o FuturoO Tempo dos Gentios - Lucas21.24

< . —   --►Israel Igreja Israel

O sonho de Nabucodonosor da grande estátua mundial que retrata a detèrioração do poder dos gentios: primeiroem qualidade, do ouro ao ferro e ao barro; depois em força, do ferro ao ferro

/ %  comum misturado com barro.

'CO® O Monte«3 das«s Oliveiras| Atos 1.11

Zacarias 14.4

A PedraReino Milenar  

de Cristo 

Daniel 2:34,35,44

0 ImpérioRomano

ReavivadoFuturo d.C

1i i.

AnticristoDaniel 11.31-45

2 Tessalonicenses 2.3-8

Apocalipse 13.1-10

Império Império Império ImpérioBabilónico MedoPersa Grego Romano

330 a.C.

« i s #Leopardo

Daniel 7.6

63 a.C.

BodeOaniel 8.8-12

QuatroDivisões

do Reino deAlexandre

 J0S*A BestaDaniel 7.7.8

Daniel 8.1-7

612 a.C.

LeãoDaniel 7.1-4

A Visão de Danieldas Bestas

Daniel 7.1-3

f Urso

Daniel 7.5

Carneiro

O livro de Apocalipse se fundamenta na visãode Daniel e desenvolve a fase final do quarto reino,que desempenhará um papel muito importantedurante a Tribulação como reino do Anticristo. O D r.

 John Walvoord observa:

“A descrição detalhada sobre o fim dos tempos,o quarto animal, e os dez chifres seguidos pelodécimo primeiro chifre que venceu os outrostrês, nunca foi cumprida na história. Algunsintérpretes têm tentado descobrir dez reis no

passado e o décimo primeiro rei que selevantaria para, de algum modo, cumprir essaprofecia, mas não há nada que corresponda a

isso na história do Império Romano. Os dezchifres não reinam um após o outro, mas reinamsimultaneamente. Além disso, eles não são oimpério mundial, mas são os precursores dopequeno chifre que, depois de subjugar trêsdentre os dez chifres, se tornará o governantemundial (v. 23; Ap 13.7)”.18

 As palavras de Walvoord nos dão a percepçãode como é imprescindível que examinemos asprofecias bíblicas cuidadosamente —à luz de diferentes

passagens das Escrituras —para assegurar quecheguemos a uma compreensão correta de todas asprofecias.

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 As 70SEMANAS DE DANIEL31.

A profecia das “70 semanas” de Daniel, apresentada em 9.24-27, é o arcabouço no qual ocorremos sete anos de Tribulação (ou setenta semanas). A profecia das 70 semanas foi dada por Deus

a Daniel enquanto ele estava na Babilônia (Daniel 9.1; 2 Crônicas 36.21-23; Esdras 1; 6.3-5).Na visão, o Senhor assegurou ao profeta que Ele não havia esquecido Seu povo escolhido.

O anjo Gabriel disse a Daniel que Deus traria Israel de volta à sua terra e um dia estabeleceriao reino Messiânico. O que Daniel não esperava era que a revelação dessa profecia não se cumpririano final dos 70 anos de cativeiro babilónico, mas no fim do período futuro das 70 semanas, descritoem 9.24-27. De acordo com Daniel 9.27, o Anticristo virá para governar durante o marco profético

conhecido como septuagésima semana.

“Ele (o Anticristo) fará firme aliança commuitos, por uma semana; na metade da semana,

fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares;sobre a asa das abominações virá o assolador,até que a destruição, que está determinada, sederrame sobre ele.”

E essa septuagésima semana, um períodofuturo de sete anos, que será a Tribulação. Essa era

 vem logo após o Arrebatamento da igreja e será umtempo de sofrimento e tumulto jamais visto nahistória. A Bíblia usa muitos termos para descreveresse período de tempo: Tribulação, Grande

Tribulação, Dia do Senhor, dia de ira, dia de aflição,dia de angústia, Tempo da Angústia de Jacó, dia deescuridão e trevas e dia da vingança do Cordeiro.

De acordo com Daniel 9.27, no início dasegunda metade da septuagésima semana, o Anticristoquebrará sua aliança com Israel e ela permaneceráquebrada por três anos e meio, ou “um tempo, doistempos e metade de um tempo” (Daniel 7.25; 12.7;

 Apocalipse 12.14). Depois que as primeiras 69semanas (ou 69 “setes”) forem cumpridas literalmente,o septuagésimo “sete”, que ainda não se cumpriu, tam-

bém será cumprido literalmente.

A E x p l ic a ç ã o   d a s   70 Se m a n a s  

d e  A n o s   d e  D a n ie l

69 x 7 x 360 = 173.880 dias5 de março do ano 444 a.C. + 173.880 = 30 de marçodo ano 33 d.C.

Verificação

De 444 a.C. a 33 d.C. = 476 anos476 anos x 365.2421989 dias = 173.855 dias+dias entre 5 de março e 30 de março = 25 dias

Total = 173.880 dias

Análise dos anos de 360 dias

72 semana Daniel 9.27.Tempo, tempos e metade de um tempo —Daniel 7.25;12.7; Apocalipse 12.14.1.260 dias —Apocalipse 11.3; 12.6.

42 meses Apocalipse 11.2; 13.5. Assim: 42 meses = 1.260 dias = tempo, tempos,metade de um tempo = V 2 semana.Então: 30 dias; ano = 360 dias19

 A visão de governo do homem é bem diferenteda visão de Deus. Nabucodonosor via o governo comouma bela estátua colossal, e Deus o via como um grupode bestas feras. Ao longo da história, a visão de Deustemse mostrado verdadeira; a visão do homem é umailusão.

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 As 70 Semanas de Danielr

Os Quatro Rcinos de Daniel 

(Daniel 2.37-43; 7.1-7)

69 Semanas

As “70” Sctmtiäs de Daniel

O Advento doMessias

(Daniel 9.24,25}

 K2Qi  “

S f i f 69 Samaras (483 Anos)(Daniel 9.25c)

11&!•üÜar

IM a“ I0) .

b 1

7 Semanas(49 Anos)

 Templo Reconstruído

616 a.C.

"•y"62 Semanas(434 Anos)

 Templo Reconstruído

19 a.C.

Ascensãodo Messias

(490 Anos)

“O Pequeno Chifre" do Quarto 

O Arrebatamento Reino dc Daniel e seu Reinado 

da Igreja 7.8, l»-26)O Tempo do relógio profético prossegue para

cumprimento em favor da naçfto judaica

70° Semana

O Adventodo Messias

Lt

nIJi

Profanação Profanação 

Período Intercalado(A "lacuna'

entre os verafeuk»26e27)

O relógio do tempoprofétioo pára parao cumprimento em

favor da nação judaica

A Era da Igreja

V i  Semana(1260 Das)

1Semana(7 Anos)

—V— V5Semana(1260 Dias)

Governo da ’quarta besta'de Daniel (Daniel 7.23-25)

prefigurado por Antioco IV

(Daniel 11.36-39)

O Reino

Eterno deDaniel

(MM044.4&•2 t ; T . 1S , 14 , 17 ;

12.12, IS)

 A Restaur,ação

Era MessiânicaOu

Era do Reino(MMnio)

ElPrimeiro Templo

(de Salomão)

a.C.

I0) tah v O)

d.c.Segundo Templo

(Herodtarw)

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32.Ezequie l  37-39

Os capítulos 37 - 48 de Ezequiel geralmente são considerados uma seqüência do queocorrerá no futuro. O capítulo 37 fala do reajuntamento e da regeneração de Israel.

Os capítulos 38 - 39.20 falam da Batalha de Gogue e Magogue, e Ezequiel 39.21-48apresenta o mais detalhado relato do Milênio encontrado nas Escrituras.

E z e q u ie l 37

O retomo de Israel à sua terra é único emtoda a história humana. Há povos antigos que sempreocuparam suas terras, como os egípcios. Mas elesnunca tiveram de deixar suas fronteiras, para ter de

retornar. Israel é a única nação que já foi banida desua pátria, sobreviveu como povo distinto fora desua terra, e então retornou ao seu país de origem.

O Vale de Ossos Secos

Em Ezequiel 37.114, o profeta descreve um

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 vale de ossos secos. Esses ossos são os restos de umexército derrotado que foi arrasado e deixado inse-pulto, decompondose numa pilha de ossos ressecadospelo sol. Essa profecia apresenta o quadro maisextremo de desesperança que se pode imaginar. Masquando o Senhor está envolvido, sempre há esperança.Não há dúvida de que esses “ossos” representam umaimagem clara da nação debilitada de Israel, porqueDeus disse ao profeta: “estes ossos são toda a casa de

Israel” (37.11). Ele, então, descreve o milagre doreajuntamento da nação, retirandoos da sepultura daantiguidade. Durante o século XX, o milagre darestauração do povo judeu à sua terra foi realizadoquando alguns poucos judeus que viviam na terrapassaram a receberseus irmãos detodas as partes domundo, até alcan-çarem atualmentea população de

mais de seis mi-lhões de pessoas.Esse não é umquadro de regene-ração cristã, masde restauração eentão de regene-ração da nação deIsrael.

 Assim co-mo a morte e a de-terioração de um soldado ocorre em processo, assimtambém o oposto acontecerá em processo, visto quea pilha de ossos secos se torna seres viventes. Issoretrata a restauração da nação de Israel em fases,como representado no gráfico desta página.

Essa restauração (37.5,6) é exatamente o quetemos visto ocorrer desde quando o novo Estado deIsrael se reuniu e se constituiu como nação novamente.Contudo, Israel atualmente está sem fôlego (37.6,8), oque se refere à regeneração espiritual de muitos dentro

da nação (37.9, 10). Israel não está espiritualmente vivo para o Senhor. Isso vai ocorrer durante a tribu-lação e atingirá o clímax por ocasião da segunda vindade Cristo. Israel, então, entrará no reino do Milêniocomo uma nação regenerada (37.10).

Israel e J udá ReconciliadosIsrael não apenas voltará à vida, como tam-

bém essa futura renovação removerá o cisma interno

que resultou na divisão da nação, em 931 a.C, emdois reinos, o de Israel (Reino do Norte) e de Judá(Reino do Sul) (1 Reis 11.2640). Esse aspecto daprofecia não está sendo cumprido hoje, mas serácumprido juntamente com a regeneração nacional(37.2023). Essa profecia será cumprida quando oIsrael nacional reconhecer que Jesus era e é seu Mes-sias prometido.

Profecia Davídica A seção final de Ezequiel 37 olha para o reino

do Milênio e para o papel de Davi nesse reino (37.2428). Na aliança Davídica, Deus prometeu a Davi: “atua casa e o teu reino serão firmados para sempre

diante de ti; teu tronoserá estabelecido parasempre” (2 Samuel7.16). No reino mile-nar, o Senhor vai go-

 vernar sobre todo omundo e Davi será o

 viceregente sobreIsrael.

O capítuloconclui com a pro-messa de Deus de im-plementar uma alian-ça de paz com Israel—tua” (37.26). A alian-

ça de paz será come-morada pela colocação do santuário do Senhor “nomeio deles, para sempre” (37.26). O santuário seráum testemunho para as nações de que o Senhor temsantificado a nação e agora habita no meio dela(37.27, 28).

E z e q u i e l  38 — 39Ezequiel tem, então, uma visão da famosa

invasão de Gogue e Magogue (3839.16). Cremos

que essa batalha vai ocorrer antes dos sete anos deTribulação, mas provavelmente depois do Arreba-tamento. Haverá um intervalo de dias, semanas,meses ou anos entre esses dois eventos centrais. Essabatalha não deve ser confundida com outras batalhasdo fim dos tempos, como o Armagedom.

Gogue e Magogue não é ArmagedomHá vários detalhes em Ezequiel 38 —39 que

 AsFases da Restauração de

I srael em E zequiel 37Fase Cumprimento Histórico

ssos espalhados Israel na dispersão

éndões ligados aos ossos Préreajuntamento de 1948

arne sobre os ossos Israel se torna uma nação (con-dição atual)

*7*Pele cobre o corpo Israel durante a Tribulação

Fôlego de vida no corpo Israel após a conversão nacional

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indicam que a batalha de Gogue e Magogue, que Arnold Fruchtenbaum associa com a Rússia, não é omesmo que a batalha de Armagedom. Fruchtenbaumresume essas diferenças da seguinte maneira:

“Em primeiro lugar, em Ezequiel fazse mençãode aliados definidos e eles são limitados emnúmero e enfrentam outras nações opostas. NaBatalha do Armagedom, todas as nações, sem

exceção, são aliadas contra Jerusalém. Emsegundo lugar, a invasão relatada por Ezequiel vem do norte, enquanto que a invasão do Armagedom vem de toda a terra. Terceiro, opropósito da invasão russa [38.6] é tomar odespojo; o propósito da Batalha do Armagedomé destruir todos os judeus. Em quarto, na inva-são relatada por Eze-quiel há um protestocontra a invasão; naBatalha do Armagedom

nãohá nenhum protes-to, pois todas as naçõesestão envolvidas. Emquinto lugar, a invasãode Ezequiel é aniquila-da por convulsões danatureza; a invasão do Armagedom é ani-quilada pela segunda vinda pessoal de JesusCristo. Em sexto, a invasão de Ezequiel érechaçada sobre as montanhas de Israel; a

Batalha do Armagedom é aniquilada na áreaentre Petra e Jerusalém. Em sétimo, a invasãorussa ocorre enquanto Israel está vivendo emsegurança na terra; mas a Batalha do Armage-dom ocorre quando Israel estiver em fuga eescondido”.20

O Tempo da Batalha de Gogue e Magogue

Uma das principais questões de que qualquer visão sobre Gogue e Magogue deve tratar é que serão

necessários sete meses para enterrar os mortos nabatalha (Ezequiel 39.1214) e sete anos para incineraras armas. Na segunda metade da tribulação, os judeusestarão fugindo e sendo perseguidos, então eles nãopodem estar enterrando os mortos nesse tempo. Alémdisso, qualquer outra visão além da visão articuladapor Fruchtenbaum situa pelo menos parte da incine-ração de armas além dos sete anos de Tribulação,

Uma das principais questões de quequalquer visão sobre Gogue e Magogue

deve tratar é que serão necessáriossete meses para enterrar os mortos

na batalha (Ezequiel 39.12-14).

dentro do Milênio, ou até mesmo dentro do estadoeterno (o que não faz sentido). Para alguns, a questãoda incineração de armas no Milênio não é um proble-ma, pois eles o relacionam ao ato de as pessoas con-

 verterem suas espadas em relhas de arado e as lançasem podadeiras (Isaías 2.4; Miquéias 4.3).

Muitos intérpretes optam por uma visão quecoloca Ezequiel 38 —39 no fim da Tribulação e emconexão com o Armagedom, ou no início da segunda

metade da Tribulação até o fim. Então há a visãodefendida pelo Dr. Fruchtenbaum, que situa Ezequiel3839 antes da Tribulação, mas não necessariamenteantes do Arrebatamento. Tal visão permite a possibi-lidade de um lapso de tempo significativo entre o

 Arrebatamento e o início da Tribulação, que ocorrecom a assinatura da aliança de sete anos entre Israel

e o Anticristo (Daniel9.27). Há várias basesfortes para essa visão:Primeira, a nação de Is-

rael hoje é composta de judeus e de pessoas demultas nações (38.8,12).Segunda, os judeus habi-tam em segurança (38.11,14), embora nem

sempre em paz. Terceira, essa visão admite os seteanos e os sete meses sem dificuldade. Alguns argu-mentam que tal visão aniquila a doutrina da iminênciaem relação ao Arrebatamento. Esse não é o caso,

necessariamente. Declarar que algo deve preceder aTribulação não é o mesmo que declarar que devepreceder o arrebatamento, a menos que se afirmetambém que o Arrebatamento marca o início daTribulação. De qualquer modo, o ato que dá início àTribulação não é o Arrebatamento, mas a assinaturada aliança de sete anos.

A Identidade dos Participantes

Cremos que os que tomam parte na batalha

de Gogue e Magogue podem ser identificados setraçarmos a migração daqueles povos antigos até osseus descendentes dos dias atuais. Ezequiel diz que abatalha ocorrerá “no fim dos anos” (38.8) e “nos últi-mos dias” (38.16). A invasão envolve uma coalizãoliderada por “Gogue, da terra de Magogue, príncipede Rôs, de Meseque e Tubal” (38.2). Magogue temsido identificado como uma terminologia antiga para

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a área onde estão situadas a atual Rússia, a Ucrâniae o Kazaquistão. Mais adiante, Ezequiel identificaMagogue como oriundo da “banda do norte” (38.6).

Gogue vai liderar a invasão de Israel, eEzequiel 38.5, 6 acrescenta essas outras nações quese unirão a Gogue —Pérsia (Irã), Etiópia ou Cuxe(Sudão), Pute (Líbia), Gômer e Togarna (Turquia).Sabá e Dedã em Ezequiel 38.13 referemse à ArábiaSaudita. Todos os aliados de Magogue estão razoa-

 velmente bem identificados e todos eles são atual-mente muçulmanos. E interessante observar que talalinhamento de nações já está configurado no cenáriodo mundo atual, de modo que essa invasão nãoparece ser uma possibilidade forçada.

A Invasão de Israel

Ezequiel diz que Deus irá soberanamentecausar essa invasão contra o Seu povo (39.1, 2).

Contudo, Deus também salvará miraculosamente opovo de Israel das mãos dessa força esmagadora. Ele

 vai provocar grande terremoto (28.19, 20), confusãoe rivalidade entre as tropas das nações invasoras(38.21), doenças (38.22), e chuva torrencial, grandespedras de granizo, fogo e enxofre (38.22). Isso é algoque Deus faz, não a Força de Defesa de Israel “paraque as nações me conheçam a mim, quando eu tiver

 vindicado a minha santidade em ti, ó Gogue, peranteelas” (38.16). Somente Deus pode responder pela vitória de Israel sobre seus inimigos. Deus declaramais: “Farei conhecido o meu santo nome no meiodo meu povo de Israel e nunca mais deixarei profanaro meu santo nome; e as nações saberão que eu sou oSe n h o r , o  Santo em Israel” (39.7). Por isso, no finalde Ezequiel 39 vemos Israel liberto e restaurado, esendo chamado para ser a luz para as nações.

33.Ezequiel  40-48

O Templo do Milênio, discutido em detalhes em Ezequiel 40.5 - 43.27, está destinado a ser, talvez,a mais bela e magnificente construção da história da humanidade. Esse será o último Templo de

Israel, o ponto focal do reino de 1000 anos do Messias. Visto que o Milênio será um tempo em queIsrael será exaltado e Cristo governará o mundo teocraticamente a partir de J erusalém, faz sentidoque a adoração ao Messias gire em torno do Templo. Realmente será um tempo maravilhoso - umtempo em que a glória do Senhor retornará ao Templo (Ezequiel 43.1-5), Deus habitará no meio

de Seu povo (37.26-28) e Israel cumprirá seu chamado como nação.

Esse Templo servirá como o centro dosrituais e ofertas sacerdotais que darão orientação àadoração ao Messias. Os sacrifícios especiais serãooferecidos no primeiro mês e no primeiro dia (45.18,

19). A festa da Páscoa dos judeus deverá serobservada ao décimoquarto dia do primeiro mês, eseguida pelos sete dias da Festa dos Pães Asmos(45.2125).

Sa c r if íc io s   n o   M il ê n io

O fato de o Templo do Milênio incluir sacri-fícios tem levado muitos estudiosos das profecias a

questionarem o propósito de tais sacrifícios. Pelomenos quatro outros profetas do Antigo Testamento juntamse a Ezequiel afirmando que haverá um siste-ma de sacrifício no Templo do Milênio (Isaías 56.7;

66.2023; Jeremias 33.18; Zacarias 14.1621; Malaquias3.3,4), deixando claro que esse assunto é suficiente-mente importante para merecer a nossa atenção.

Se aceitarmos a interpretação literal de umsistema de sacrifícios no Milênio, estaremos contra-dizendo passagens como Hebreus 7.26, 27 e 9.26,que ensinam que Jesus Cristo foi o sacrifício final eperfeito para o pecado? Os estudiosos prémilenaristas têm examinado cuidadosamente essa questão,

90 Glorioso Retorno

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1. 0 Altar dasOfertasQueimadas

2. O Lugar Santo

3. O LugarSantíssimo

4. OsSac8rdotescomem coisassantas

5. Locais paracozjnhar osholocaustos(para ossacerdotes)

6. PortSo Norte

7. Portão Sul

8. P ortão Leste

9. Local para osSacerdotesmudarem deroupas

10. Ofertas

lavadas

O Templo Milenarl i i i i i fft....... i i í n ~r

Átrio Exterior

CâmaraÁtrio

GKD

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Leste.

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O Santuário

m i t i1609

metros

e há pelo menos duassoluções legítimas paraela. Primeiro, muitosestudiosos e mestresem profecia têm obser-

 vado que os sacrifíciospodem funcionar comoum memorial da obrade Cristo. Como o Dr.

 Jerry Hullinger diz:“De acordo com es-sa visão, os sacrifí-cios oferecidos du-rante o reinado deCristo na terra serãolembranças visíveisde Sua obra na cruz.

 Assim, esses sacrifí-cios não terão nenhu-ma eficácia, excetolembrar a morte deCristo. A base princi-pal para esse argumento é o paralelo da Ceia doSenhor. O argumento é que, exatamente como amesa da comunhão olha para trás para a cruzsem desmerecer sua glória, assim também ossacrifícios milenares terão o mesmo propósito”.21

Essa resposta, contudo, não resolve toda a ques-

tão. Ezequiel diz que os sacrifícios sãopara expiação enão um memorial (Ezequiel 45.15, 17, 20). A segundasolução, então, é que os sacrifícios são para a purificaçãocerimonial. Em vez de simplesmente servirem comoum memorial, o Dr. Hullinger sugere “uma solução quemantém as distinções dispensacionais, interpretahonestamente o texto de Ezequiel e não diminui demodo algum a obra de Cristo na cruz”22:

“...Os sacrifícios de animais durante o Milênioservirão principalmente para remover a impure-za cerimonial e prevenir a profanação do tem-plo visto por Ezequiel. Isso será necessário por-que a gloriosa presença de Yahweh habitaránovamente na terra no meio de um povo pe-cador e impuro”.23

O Dr. Hullinger conclui dizendo:

“Por causa da promessa de Deus de habitar naterra durante o Milênio (como é declarado naNova Aliança), é necessário que Ele protejaSua presença por meio do sacrifício... Alémdisso, devese acrescentar que esse sistema desacrifício será temporário visto que o Milênio(com parte da população formada pela huma-

nidade nãoglorificada), vai durar apenas milanos. Durante o estado eterno todos os habi-tantes da Nova Jerusalém serão glorificados e,portanto, não serão uma fonte de impurezascontagiosas para macular a santidade de

 Yahweh”.24

 A presença e o propósito dos sacrifícios, quandocompreendidos desta forma, não diminuem a obra deCristo nem violam a interpretação literal e usual das

Escrituras. Embora haja sacrifícios, o foco de toda aadoração permanecerá na pessoa e na obra do Salvador. Além disso, os sacrifícios do Templo no Milênio nãoserão um retorno à Lei de Moisés, uma vez que a Lei secumpriu para sempre e cessou por meio de Cristo (Ro-manos 6.14, 15; 7.16; 1Coríntios 9.20, 21; 2 Coríntios3.711; Gálatas 4.17; 5.18; Hebreus 8.13; 10.114).

Glorioso Retorno 91

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 Terra PnomattaaAbKfe

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RtoUgraRtoOfyato

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 Mediterrâneo Naftali

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Porção • Damasco Eftaim

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Mu d a n ç a s  T o p o g r á f i c a s  n a  T e r r a  d e   Is r ae l

Por ocasião da segunda vinda de Cristo, vãoocorrer mudanças topográficas importantes em

 Jerusalém, para facilitar a edificação do imensoTemplo do Milênio:

“Naquele dia, estarão os seus pés sobre oMonte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalémpara o oriente; o Monte das Oliveiras será fendido

pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haveráum vale muito grande; metade do monte se apartarápara o norte, e a outra metade, para o sul” (Zc 14.4).

 Juntamente com uma nova plataforma paraacomodar o Templo do Milênio, Jerusalém e a terra

ao redor da Cidade de Daviserão elevadas em prepa-ração para o papelchave deIsrael durante o governo doMessias:

“O Se n h o r   será reisobre toda a terra... Toda a

terra se tornará como a planí-cie de Geba a Rimon ao sulde Jerusalém; esta será exalta-da e habitada no seu lugar,desde a Porta de Benjamimaté ao lugar da primeira porta,até à Porta da Esquina, edesde a Torre de Hananel atéaos lugares do rei” (Zc 14.911).

Ezequiel 47.1348.35 descreve em maisdetalhes as mudanças topográficas que ocorrerãona terra de Israel, designadas para acompanhar o novodomínio de Israel sobre as nações.

 Assim como todas as coisas futuras, apromessa do Templo do Milênio nos dá confiançade que podemos nos agarrar firmemente à verdadenos dias de trevas em que vivemos atualmente,sabendo que o plano de Deus não pode ser impedido,

antes levará Seu povo à vitória. A visão de Ezequielproporciona esperança tanto para Israel como para aigreja, confirmando que o nosso Deus permanecerácomo vencedor final em toda a história e pelaeternidade.

92 Glorioso Retorno

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O T abernáculo  d e  Israel , 

o Templ o  e  a  A r ca  n a  Hi s tór ia  

e  n a  Pro fec ia

O Tabernáculo, o Templo e a Arca da aliança têm um papel central no relacionamento espiritualde Israel com o Senhor. Todos os três ensinaram a Israel - e ainda ensinam aos cristãos

nos dias de hoje - que não podemos nos aproximar de Deus casualmente.Devemos nos aproximar de Deus de uma maneira especial porque Ele é santo,e o Tabernáculo, o Templo e a Arca fornecem o meio para essa aproximação.

O T a be r n á c u l o

O Tabernáculo pode ser visto como um “Tem-plo móvel” —um Templo transitório para um povotransitório. O Tabernáculo era uma estrutura tempo-rária, movida de um lugar para outro até que osisraelitas se estabeleceram na Terra Prometida e uni-ramse política e espiritualmente. Como um precursor

do Templo de Salomão, o Tabernáculo atendeu amuitas das funções e propósitos do Templo.Depois que a nação entrou na Terra Prometi-

da e Davi se tornou rei, Deus falou com Davi sobrea construção do Templo, que finalmente foi cons-truído por Salomão. Quando o Templo foi consagra-do, a presença visível de Deus mudouse do Taberná-culo para o Templo. “Porque escolhi e santifiquei estacasa, para que nela esteja o meu nome perpetua-mente” (2 Crônicas 7.16).

O T empl o

 A palavra portuguesa templo é derivada dotermo latino templum, que é uma tradução dosubstantivo hebraico hekal., que significa “casa grande”.Na Bíblia, “templo” quase sempre se refere ao Templode Jerusalém. A Bíblia, às vezes, também fala de umTemplo celestial. Isaías foi arrebatado para o céu e

descreve uma cena que bem poderia ser o Templocelestial (Isaías 6). João, tendo sido levado para o céu,fala especificamente de um Templo celestial de ondeDeus observa os julgamentos da Tribulação e dáordens aos Seus anjos (Apocalipse 7.15; 11.19; 14.15,17; 15.5, 6, 8; 16.1, 17). O Templo celestial, em certosentido, serve como modelo para várias moradasterrenas de Deus (isto é, o Tabernáculo, o Templo, e

o Templo espiritual —a igreja). A Bíblia fala dos quatro Templos em Jerusa-lém. Os primeiros dois, o de Salomão e o de Herodes,

 já foram construídos e destruídos. Os dois últimos,o Templo da Tribulação e o Templo do Milênio, aindanão foram construídos e são descritos em grandesdetalhes na profecia bíblica. No estado eterno nãohaverá Templo porque os novos céus e a nova terranão são contaminados com o pecado, e Deus, que ésanto, habitará livremente com o homem.

O Templo de SalomãoO primeiro Templo, também conhecido como

Templo de Salomão, foi construído pelo rei Salomão.Embora construir o Templo fosse desejo de Davi, Deusnão o permitiu porque Davi era um homem mais deguerra que de paz (1 Reis 5.3; 2 Samuel 7.113).

O propósito do Templo era prover uma casapermanente para a arca da aliança e para a adoração

Glorioso Retorno 93

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0 Tabernáculo, o Templo e a Arca na História e na Profecia

 A i nsígnia r omana profana o altar 

O santuário islâmico profana o Santo dos Santos

O Abominável da Desolação profana o Terceiro Tempio

 A Arca colocada no Santo 

dos Santos

 A Arca permanece 

inalterada com a destruição 

romana

 Tabernáculo

 A Arca é instaladano Tabernáculo

Primeiro Templo

 A Arca é transferidapara o Templo

 A glória Shekínah enche a  glória Shekinah encheo Santo dos Santos o Santo dos Santos

Segundo Templo

 A Anca fica escondidaemuma câmara secreta

 Toda a Jerusalém se toma o trono 

de Deus (Jeremias 3.16,17) 

eé chamada “Santa ao Senhor’ 

(Zacarias 14.20)

O Domo da Rocha

485 Anos

Conquista &Estabelecimento

àIO)

Êxodo  AArcaéapreendida

 AArcaé edevotvldaconstruídapor Moisés

eBezale)

OTabernáculoé construído

374 Anos

MonarquiaIi

70anos

Exílio

586 Anos\

DominaçãoGentílica

isuwPS

ttb*

0)^ò®

 A Arca permaneceescondida durante

a era da igreja

0 local do Templo épreservado ao longo

da história

Era da Igreja

 A busca da Arca aumentaá medida que o final da

era da igreja se

 Templo da  Tribulação

(2 Tessalonicenses 2.4;  Apocali pse 11.1,2)

 AArcaé colocadano Terceira Templo

S, jl Templo do 

Milênio(Ezequiel 40-48; 

 Ageu 2.6-9)

 AArcaé recolocada pelo Messias e aShekinah retoma (Ezequiel 43,4-7)

0 PrimeiroTempio

é construído(de Salomão)

o oestabelecem suasoberania sobre o

Monte do Templo e fazemos preparativos para a

reconstrução do Templo

0 Primeiro 0 Segundo 0 SegundoTempio Templo Templo

destruído construído Ampliado(deZorobabel) ( de Herodes)

0 SegundoTempio

destfuldo

 A Septuagésima Semana(Daniel 9.27)

7 AnosTribulação

1.000 Anos

Reino Milenar 

Prir íeiraMe ade

IPonto Central Segunda

Metade

O Terceiro Templo éprofanado pelo Anticnstoquando ele exalta a simesmo sobre a Arca

Retomada dos sacrifícios deanimais e da programação

/Novos Céuse

\Restauração danação de Israel Nova Terra

Reino de Cristosobre a Terra

Israel entra em aliança

comoAnticristo,recupera a Arca e

reconstrôi o Templo

ao Senhor e podemos 1er relatos detalhados sobre aconstrução do Templo em 1Reis 58 e 2 Crônicas 2.118. Esse Templo, seguindo as dimensões do taber-náculo, com cerca de 243 m2(NT: I Reis 6.2, KJ A),foi construído sobre uma plataforma de 3 metros dealtura, com uma escada de dez degraus à entrada. A

primeira e a menor sala do Templo era um pórticoque levava à sala principal, o Lugar Santo. O LugarSanto abrigava o magnífico menorah de sete pontas,ou candelabro, a mesa da proposição, o altar de ouropara incenso, dez mesas (sendo cinco ao lado nortee cinco ao sul), dez lampiões sobre castiçais, e nume-rosos implementos usados no serviço sacerdotal.

O Santo dos Santos, a terceira e última sala,era a mais importante. Ela era fechada por um véu. O

acesso a essa sala era proibido a todos, exceto ao sumosacerdote, que entrava apenas uma vez por ano, no YomKippur, o santíssimo Dia da Expiação. Nessa sala estavaa arca da aliança, que era coberta com ouro.

 A destruição de Jerusalém pelo rei Nabucodonosor e os babilônios se deu em fases, começando

em 605 a.C. Em 586 a.C, na última fase da destruição,o exército babilónico destruiu Jerusalém e queimou oTemplo completamente (2 Reis 25.8, 9; 2 Crônicas36.18, 19).

O Templo de Zorobabel e de Herodes

O cativeiro de Israel na Babilônia durou 70anos. Um remanescente de cerca de 50.000 pessoas

 voltou a Israel em 538 a.C. sob a liderança de Zoro

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babel. Ciro o rei persa conforme a profecia de Isaíasdeu permissão para que o Templo fosse reconstruído(Isaías 44.28).

O livro de Esdras descreve os esforços deIsrael para reconstruir o Templo. A fundação para osegundo Templo seguiu o projeto de Salomão (Esdras3.710). As vasilhas e os utensílios do Templo foramtrazidos da Babilônia, o altar foi construído, os sacri-fícios começaram a ser oferecidos, e a observânciadas festas bíblicas foi restaurada (Esdras 3.15). Con-tudo, não foi possível avançar na reconstrução porcausa da oposição dos moradores samaritanos daredondeza, e os trabalhos não foram retomados pelospróximos 15 anos. A obra foi finalmente concluídaem 515 a.C., depois de um decreto do Dario, rei persa,que não somente permitiu a reconstrução, mastambém estabeleceu impostos locais que exigiam queaté mesmo os samaritanos ajudassem a financiar aconstrução (Esdras 6.115).

O segundo Templo era um edifício modesto

se comparado ao Templo de Salomão. Entretanto,passou por uma grande reforma de ampliação e remo-delaçãono governo de Herodes, o Grande, no iníciodo ano 20 a.C. Herodes dobrou a altura do segundotemplo original e tornou a construção significativa-mente mais ampla. Acreditase que as melhorias deHerodes fizeram que o segundo Templo excedesseem beleza e grandeza o Templo anterior, de Salomão.De fato, ele era considerado como uma das maravi-lhas do mundo antigo.

Uma insurreição dos Zelotes judeus contraRoma, em 66 d.C., levou a um prolongado períodode luta entre judeus e romanos. Roma, farta com aconstante resistência do povo judeu, decidiu aniquilartoda a oposição. Por volta de 70 d.C. somente Jerusa-lém e o posto avançado de Massada permaneciamhostis. Um cerco contra a cidade finalmente os levouà derrota. E no nono dia do mês de Av dos judeus,em 70 d.C., a cidade e o Templo foram queimados(como Daniel havia profetizado).

Quando o edifício foi queimado, contase que

o ouro que revestia as paredes derreteuse e penetrounas frestas entre as pedras. Na tentativa de recuperaro ouro, os soldados romanos demoliram as paredesde pedra, separandoas umas das outras, cumprindo

a predição de Jesus de que no Templo não ficariapedra sobre pedra (Mateus 24.2).

O Templo da Tribulação

O fato de que haverá um terceiro Templo judaico em Jerusalém, provavelmente até a metade doperíodo de sete anos da Tribulação, fundamentaseem, pelo menos, quatro referências das Escrituras:

• Daniel 9.27: Esta passagem prediz um período detempo futuro de sete anos, na metade do qual o

 Anticristo vai profanar o Templo de Israel. Paraisso acontecer, deverá haver um templo em Jeru-salém.

• Mateus 24.15, 16: Nesta passagem Jesus menciona“o abominável da desolação... no lugar santo”, quefala do mesmo evento descrito em Daniel 9.27.O “lugar santo” é uma referência à sala mais sa-grada no Templo de Israel. Para isso acontecer,terá de haver um terceiro Templo.

• 2 Tessalonicenses 2.3, 4: Aqui vemos “o abominávelda desolação” descrito como o evento em que o

 Anticristo chega ao ponto de “assentarse no san-tuário de Deus”. Mais uma vez, isso requer umfuturo terceiro Templo, pois essa profecia aindanão foi cumprida.

%Apocalipse11.1, 2: Uma vez que esta porção dolivro de Apocalipse ocorre durante a Tribulação,o Templo mencionado aqui deve ser o terceiro

Templo de Israel.Esse Templo é também chamado Templo do

 Anticristo, pois ele irá profanálo, colocando suaimagem no Santo dos Santos. Esse ato de blasfêmia éconhecido na Bíblia como “a abominação da desola-ção” (Daniel 9.27; 11.31; 12.11; Mateus 24.15; Marcos13.14; 2 Tessalonicenses 2.4; Apocalipse 13.15).

O Templo do Milênio

Como foi explanado nas páginas 90 —92, lemosem Ezequiel 40 —48 sobre um quarto Templo ouTemplo do Milênio que servirá como um centro mun-dial de adoração a Jesus Cristo. Esse Templo perma-necerá por todo o reinado de mil anos de Cristo.

Glorioso Retorno 95

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35.Eu a s e  Jo ão  Bat ista 

n a  H i s tór ia  e  n a  Proebcia

Elias é freqüentemente lembrado como um dos dois únicos indivíduos trasladados parao céu sem passar pela morte (Enoque foi o outro). Contudo, essa não é a última vez que ouvimos

falar de Elias. Lemos uma profecia sobre ele em Malaquias 4.5,6: "Eis que eu vos enviareio profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor; e ele converterá o coração

dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terracom maldição". Isso nos mostra que Elias desempenhará um papel-chave na conversão

da nação de Israel durante a Tribulação. É provável que Elias seja uma das duastestemunhas mencionadas em Apocalipse 11.3.

Há pessoas que ensinam que João Batista foio cumprimento da profecia sobre Elias em Malaquias4.5,6. Contudo, como veremos a seguir, esse não é ocaso. Primeiro precisamos analisar Isaías 40.3, 4, queclaramente aponta para João Batista: “Voz do queclama no deserto: Preparai o caminho do Se n h o r ; 

endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo valeserá aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros;o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabro-

sos, aplanados”. Essa passagem prediz que JoãoBatista precederia Jesus e prepararia o caminho paraSua primeira vinda (ver Mateus 3.16). Uma passagemparalela é Malaquias 3.1 que diz: “Eis que eu envioo meu mensageiro, que preparará o caminho diantede mim; de repente, virá ao seu templo o Senhor, aquem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vósdesejais; eis que ele vem, diz o Se n h o r   dosExércitos”.

Dessa forma, João Batista cumpriu Isaías40.3,4 e Malaquias 3.1, e foi o “precursor” que viria“no espírito e poder de Elias” (Lucas 1.17). Cristofalou a Seus discípulos a respeito de João Batistaque “se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias,que estava para vir” (Mateus 11.14). Mas Israel nãoaceitou Jesus como seu Messias em Sua primeira

 vinda, e então o reino não chegou. De fato, quandoperguntaram diretamente a João Batista: “És tu

Elias?” —ele disse claramente: “Não sou” (João 1.21). Assim, João Batista não era Elias, e Elias ainda virá.

Como diz Malaquias 4.5, 6, Elias virá “antesque venha o grande e terrível Dia do Se n h o r ” com opropósito de converter “o coração dos pais aos filhose o coração dos filhos a seus pais”. Elias muito prova-

 velmente será uma das duas testemunhas menciona-das em Apocalipse 11.3. Essas duas testemunhas vãoproclamar o evangelho por um período de 1.260 dias

durante a Tribulação. Apocalipse 11.6 diz que essasduas testemunhas “terão autoridade para fechar océu, para que não chova durante os dias em que pro-fetizarem”. Elias também ordenou que não chovessedurante seu ministério antes de ser levado ao céuem uma carruagem de fogo (1 Reis 17.1; 18.4145).

Pensamos que essas duas testemunhas sãoprovavelmente Moisés e Elias (ou talvez Enoque eElias). Ambos, Moisés e Elias estavam na Transfigu-ração, que antevê a segunda vinda de Jesus Cristo(Mateus 17.3). Como os profetas do Antigo Testa-mento, essas duas testemunhas poderão realizarmilagres e serão protegidas por Deus contra o mal,até que sua missão esteja cumprida. No final da pri-meira metade da Tribulação, Deus removerá a prote-ção especial deles, de modo que o Anticristo, então,irá matálos e seus corpos serão deixados nas ruasde Jerusalém por três dias e meio, ao final dos quais

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aftuàElias

(2 Reis 2)

Malaquias

C. 848 a.C. 450-400 a.C.

Elias e João Batista na— — - - p #

recia

aàu»Elias

(Marcos 9,1-8)

‘0 Arrebatamento

(1 Tessaloniœnses 4)

JoãoBatista

Meu Mensageiro

“Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o 

caminho antes de mim7(Malaquias 3.1; Isalas 40.3-5).

Cumprido por J oão Batista que disse:

“Arrependei-vos, porque estápróximo o reino dos céus'

(Mateus 3.1-3; 11.7-10; Joáo 1.23).

O Monte da Transfiguração

Era da Igreja

Elias

Tribulação

 J oâo Batistanão era Elias!

"E irá adiante do Se nhor no  espirito e poder de Elias' (Lucas 1.17).‘E, seoquereis reconhecer,ele mesmo é Elias, queestava para vir* (Mateus 11.14).“Quem és, pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou” (João 1.21).

Elias

*Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes quevenha o grande e terrível Dia do Senhor" (Malaquias 4.5).‘Então Jesus respondeu:De fato, Elias virá e restaurará todas as coisas" (Mateus 17.11).Va rei às minhas duas testemunhas que profetizem' (Apocalipse 11.3).

Milênio

E TERNIDADE

Deus os ressuscitará e os arrebatará para o céu. De-pois que eles subirem para o céu, um grande terremotoirá destruir a décima parte de Jerusalém, matando7.000 pessoas.

 As duas testemunhas estarão vestidas depano de saco (Apocalipse 11.3), que é o símbolo deserem eles os profetas do castigo (ver Isaías 37.1, 2;Daniel 9.3). Embora Jerusalém não seja mencionadapelo nome como a cidade do ministério deles, Apoca-

lipse 11.8 diz que seus cadáveres ficarão estirados“na praça da grande cidade que, espiritualmente, sechama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhorfoi crucificado”. A referência à crucificação clara-mente identifica o lugar como Jerusalém. A referênciaa Sodoma e ao Egito implica que durante esse tempohaverá comportamento licencioso e perseguição aos

 judeus na cidade.

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36. As Festas d e  Israel  n a  Pro fec ia

Parece evidente que as sete festas anuais de Israel alistadas em Levítico 23 têm significação

profética. Isso é verdade, mas elas se cumprem em relação a Israel ou à igreja?Cremos que a evidência demonstra que essas festas foram cumpridas, na história

e na profecia, somente em relação a Israel.

 As sete festas anuais são as seguintes:

P r i m a v e r a

• Páscoa (Levítico 23.5)• Pães Asmos (Levítico 23.6)• Primícias (Levítico 23.10, 11)

• Semanas ou Pentecostes (Levítico 23.10,11)O u t o n o

• Trombetas (Levítico 23.24)• Dia da Expiação (Levítico 23.27)• Tabernáculos (Levítico 23.3943)

Há um aspecto profético em relação ao ciclodas festas de Israel. Cristo cumpriu as quatro festasdo ciclo da primavera no tempo exato em que elasforam celebradas no calendário anual de Israel. Parececlaro, então, que os eventos relacionados à segunda

 vinda de Cristo se cumprirão nas três festas do outono(vamos explicar por que logo a seguir). Além do mais,elas serão cumpridas em relação ao plano de Deuspara Israel e não para a igreja, pois as festas se relacio-nam a Israel e somente a Israel. Embora seja verda-deiro o fato de que o cumprimento das festas de Israelse refere à salvação detoda a humanidade, o significadoe o cumprimento profético específico se relacionamexclusivamente à nação de Israel.

Muitos prémilenaristas tendem a ver pelo

menos uma das festas de Israel cumprida pela igreja—a Festa de Pentecostes, que geralmente éconsiderada como tendo sido cumprida pela igrejana ocasião de seu nascimento em Atos 2. Isso criaum problema, porque não combina com o princípiode manter uma distinção consistente entre os planosde Deus para Israel e para a igreja. A noção errôneade que a igreja cumpre a festa de Pentecostes dá base

para a perspectiva de que a igreja também cumpriráa festa das Trombetas, no Arrebatamento. Se issofor verdade, então seguese também que o Arrebata-mento terá de ocorrer no dia em que essa festa écelebrada. Contudo, cremos que a igreja não cumprenenhuma das festas de Israel, pelo contrário, elas têm

sido e continuarão a ser cumpridas em relação a Israel. As sete festas são divinamente reveladas à

nação hebraica como lembretes anuais das promessasde Deus na Aliança de Abraão —promessas que Eleprometeu que seriam cumpridas. Essas festas podemser cumpridas somente por Israel e para Israel. Alémdisso, a tipologia das festas pode se referir somenteà nação judaica.25

Isso não significa que a igreja não está edifi-cada sobre a obra do sacrifício de Cristo na cruz.

Essa é a base para o perdão de pecados em qualquerdispensação. Contudo, significa que as sete festas deIsrael servem como uma profecia tipológica especí-fica que retrata o plano de Deus de redenção de Seupovo Israel. É importante compreender que a festade Pentecostes não foi cumprida pela e para a igreja.O Dr. Terry Hulbert escreveu:

“A quarta festa não prefigura uma igreja forma-da por judeus propensos ao pecado e crentesgentios retratados por duas fatias de pão sem

fermento. Esse ponto é importante, pois se aigreja cumpriu essa festa, pode também cumpriras últimas três festas como afirmam os amilenaristas. Contudo, a igreja não está revelada natipologia de nenhuma das festas, estandorelacionada a elas da mesma maneira que estárelacionada às alianças incondicionais feitas aIsrael. A igreja se beneficia do cumprimento

98 Glorioso Retorno

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 As Festas de Israel na Profecia

Promessa

A s F e s t a s d a P r i m a v e r a C u m p r i d as  

n a P r i m e i ra V i n d a d e C r i s toPáscoa

Pães Asmos

A Festa das Primícias

V vt, Pentecostes /Semanas

 As Festas do Outono Cumpridasna Segunda Vinda de Cristo

 Trombetas 

[Dia da Expiação 

i Tabernáculos

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Israel I Lei

^Início das 7 FestasCICLO DA PRIMAVERA

Páscoa P ã es A sm os  

 F est a d a s P ri m íc ia s 

 P en t ec o s t es / S em a n a s  

CICLO DO OUTONOT r om b e ta s 

 D ia d a E x pi a ção  

T a b e rn á c u l o s

Reino

/

ETERNID

 ADE

das promessas de Deus em favor dessa nação,

mas é distinta da nação.26Se vamos aplicar consistentemente o método

literal de interpretação, então não podemos considerarnenhuma das festas de Israel sendo cumprida peloprograma de Deus para a igreja. Por quê? Porque, emLevítico 23, essas festas foram determinadas a Israelcomo parte de sua lei. A igreja foi determinada aMesa do Senhor como festa que devemos celebrar“atéque venha o reino de Deus” (Lucas 22.18, ênfasedo autor). Se vemos qualquer dessas festas sendo

cumpridas pela igreja, então estamos praticando omesmo tipo de “teologia de substituição” defendidapor aqueles que vêem a igreja como substituindocompletamente Israel no plano de Deus. Mas emnenhum lugar no Novo Testamento temos evidênciada igreja cumprindo qualquer das festas de Israel.Pelo fato de as festas de Israel serem cumpridassomente por Israel e não pela igreja, então a Rosh

Hashanah ou a Festa das Trombetas não pode ser uma

prefiguração do Arrebatamento da igreja. A quintafesta de Israel não oferece nenhum indício sobre odia do ano em que o Arrebatamento vai ocorrer.

O resumo apresentado pelo Dr. Hulbert,quanto ao propósito para o cumprimento das festasde Israel, pode ser melhor compreendido dentro daestrutura de uma hermenêutica literal consistente:

“Quando Deus cumpriu as primeiras quatrofestas, Ele havia provido todo o necessário paraIsrael entrar na bênção do reino literal —reden-

ção, separação, ressurreição e a presença doEspírito Santo. Quando Israel rejeitou essasbênçãos, entretanto, fezse necessária uma mu-dança de coração de toda a nação, antes que oreino possa ser estabelecido. Sabendo isso deantemão, Deus incluiu a Festa das Trombetas eo Dia da Expiação no ciclo anual. Assim, a Festadas Trombetas predisse o alerta de Deus à

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nação com respeito ao evento iminente quetraria o arrependimento.

 A festa do Dia da Expiação prediz, não a mortede Cristo, que já foi tipificada na Páscoa, mas anova reação de Israel à morte do Redentor. Essamudança vai ocorrer quando o remanescentefiel se arrepender durante o período da Tribu-lação. O evento que cumpre essa sexta festa é

identificado como intervenção de Deus parasalvar Israel da destruição quando os exércitosgentios atacarem Jerusalém.”27

O Dr. Hulbert continua dizendo:

“Israel, como nação, oficialmente rejeitou su-cessivamente cada provisão espiritual ofereci-da por Deus e disponibilizada pelo cumpri-mento das primeiras quatro festas. O cordeiropascal de Deus indicado por João Batista foirejeitado como um impostor. A ressurreiçãode Cristo, que corresponde à Festa das Primí-cias, teve sua proclamação suprimida em trocade suborno pago aos guardas... Finalmente, a

 vinda do Espírito Santo foi rejeitada no Pente-costes quando os judeus escarneceram dos após-tolos acusandoos de estarem embriagados.No final do capítulo 2 de Atos, Deus haviafeito tudo que podia por Israel para que eles

se arrependessem como nação. Assim, o signi-ficado do segundo sermão de Pedro em Atos3 foi enfatizar novamente a condição das

bênçãos do Milênio já afirmadas no AntigoTestamento, mas ainda não cumpridas...O mais importante aqui é o fato de que, como derramamento do sangue de Cristo paraafastar o pecado, e com a vinda do Espíritopara dar poder à vida dos redimidos, todas asexigências espirituais para o reino milenarhaviam sido satisfeitas no que se referia a Deus.

Mas a provisão de Deus não podia ser eficazaté que o homem se apropriasse dela. Esseponto não pode ser superestimado, pois ele nãoé a única razão para a demora no cumprimentodas três festas finais, ele é a base para a compre-ensão do relacionamento da igreja com asfestas.”28

 As três festas de outono aguardam o cumpri-mento em eventos que ocorrerão na segunda vinda

de Cristo e no Milênio. A Festa das Trombetas ocor-rerá por ocasião na segunda vinda, como Mateus 24.31indica: “E ele enviará os seus anjos, com grandeclangor de trombeta, os quais reunirão os seus esco-lhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidadedos céus”. O Dia da Expiação se aplicará à nação deIsrael quando o povo perceber que Jesus era o Messiashá muito esperado, em todo o tempo (Zacarias 12.20;Romanos 11.2527). E a Festa dos Tabernáculos será

cumprida no reino do Milênio, quando a nação judaicahabitará com seu Deus na terra de Israel por 1.000anos.

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37.Babil ô n ia  n a  H i s tór ia  e  

n a  Pro fec ia

Um dia, eu (Tim) gostaria de escrever um livro intitulado “O Conto das Duas Cidades”,e nele discorreria sobre a história e o futuro das duas cidades mais influentes do mundo -

 J erusalém e Babilônia. J erusalém, mencionada mais de 300 vezes na Bíblia, é a "cidade da paz",onde Deus ofereceu Seu Filho em sacrifício pelos pecados do mundo. Ali Ele Se revelou a Abraão,

a Melquizedeque, aos reis, aos profetas e aos santos homens por meio de quem Ele deuum santo livro a Seus seguidores. Nesse livro Ele deu instruções sobre como eles deveriam viver,cuidar de suas famílias, governar seu país e desfrutar de liberdade e bênçãos antes nunca vistas.

Satanás escolheu a Babilônia, segunda cidademais mencionada na Bíblia, para dali lançar seusantigos ataques diabólicos contra a humanidade. Aliele mentiu para a humanidade, sobre Deus, sobre acriação, o pecado, a salvação, os valores morais, acultura e a eternidade. Seu objetivo principal eraseduzir as pessoas a adorar e servir a ele. Foi ali queele introduziu as religiões idólatras, tanto politeístasquanto naturalísticas, baseadas na teoria da evolução.Esses falsos sistemas religiosos são a fonte de toda aidolatria no mundo de hoje. Satanás empenhouseem fazer que o homem preenchesse sua fome de Deuscom ídolos que pudessem ser vistos e tocados. Pormeio dessas religiões, Satanás ensinou que a humani-dade, não Deus, é “a medida de todas as coisas” —ohomem é o centro de seu próprio universo. Portan-to, tudo que a pessoa quiser fazer é aceitável. Nãohá certo nem errado, nem vida futura. Assim, coma-mos, bebamos, nos embriaguemos, pois amanhã mor-reremos.

 As muitas formas de idolatria de Satanás, todas

tendo origem na Babilônia, espalharamse rapidamen-te por todo o mundo antigo. No meio dessa idolatria,Deus levantou Abraão, e, por meio dele, a nação deIsrael —os portadores da tocha de Sua verdade parao mundo. Foi em Jerusalém e por meio de Israel queDeus revelou Seu plano de enviar Seu Filho Uni-génito ao mundo, para ser o divino sacrifício pelospecados de toda a humanidade. Contudo, Israel não

permaneceu fiel a Deus. Finalmente, a nação chegouao ponto em que o culto babilónico das religiões pagãssuplantou a adoração a Jeová. A idolatria tornousetão grave que Deus enviou o julgamento sobre Seupovo escolhido, permitindo que o rei Nabucodonosoros levasse cativos à Babilônia.

E irônico, não é? —que o próprio Deus fizesseque os filhos de Israel fossem conquistados por Babi-lônia e levados cativos para a própria cidadela daidolatria. Mas, no livro de Daniel, podemos ver como

Deus Se revelou como o único Deus verdadeiro nomeio da cidade pagã da Babilônia. Por exemplo, emDaniel, capítulo 2, ele confundiu os melhores “encan-tadores, magos e astrólogos” e permitiu que somenteDaniel fosse capaz de recordar e interpretar a visãodo rei. Assim, todo o povo da Babilônia não podiafazer outra coisa a não ser reconhecer que somenteDeus pode revelar a história de antemão, que é exa-tamente o verdadeiro sentido da profecia. Além disso,parece que Israel compreendeu a mensagem, pois ocativeiro serviu para curar a nação do culto aos ídolos.

 A história revela que a Babilônia, sob o gover-no de Roma, declinou até ser abandonada cerca dedois séculos depois de Cristo. A cidade da Babilôniapermaneceu encoberta pela areia por 1.700 anos, masrecentemente começou a ser reconstruída. Atente-mos para o fato de a Babilônia vir a se tomar umaforça dominante no mundo, tanto religiosa, quantocomercial e governamental, pois Apocalipse 17 —18

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Babilônia na História e na Profecia

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1 n1 1 1612 5391aC

V f v / t i s   /

■ f Era da Igreja

Reino do Homem Reino doMilênio

Reino de Deus

A Origem da Babilônia e 

do reino do homemFim do governo do 

reino do homem

E

 TER

 JDADE

prediz a destruição dessa cidade e, para que seja essaa cidade descrita nas profecias, ela deve ser recons-

truída em grande escala como nos dias de Nabucodonosor.Mas existem algumas pessoas que dizem que

a Babilônia mencionada em Apocalipse 17 18 é umacidade diferente, tal como Roma ou Nova Iorque.Porém, aqueles dentre nós que crêem que devemostomar as Escrituras literalmente, sempre que possível,estão inclinados a crer que a cidade de Babilônia seráreconstruída. Naturalmente que há bons professoresda Bíblia que não crêem nessa possibilidade, mas opeso da profecia bíblica requer, persuasivamente, areconstrução literal de Babilônia. A principal razãopara acreditarmos que Babilônia deve ser reconstruí-da se relaciona a algumas profecias sobre sua des-truição, que ainda devem ser cumpridas:

1. Isaías 1314 e Jeremias 5051 descrevem a des-truição de Babilônia como sendo no mesmo tem-po do “dia do Se n h o r ” . Uma leitura cuidadosadesses quatro capítulos revela que as profeciasque se referem à destruição da Babilônia no Antigo

Testamento usam o princípio da dupla referência,isto é, elas se referem à derrota de Babilônia noseptuagésimo ano do cativeiro de Israel, e men-cionam a destruição da cidade no Dia do Senhor,ou seja, na Tribulação.

2. Há provas de que as ruínas da Babilônia antigatêm sido usadas para a construção de outras cida-

des. Mas Jeremias 51.26 diz: “Nenhuma pedrasua será cortada para servir de pedra angular, nempara um alicerce, pois você será arruinada parasempre, declara o Se n h o r ” (KJA). Se as pedrasda Babilônia antiga têm sido usadas nas cidadese aldeias ao redor, então a profecia de Deus em

 Jeremias 51.26 está errada. Contudo, sabemos queDeus nunca está errado: é o que se vê nas profe-cias. Evidentemente, Jeremias 51.26 está falandode uma nova Babilônia, no futuro, que, após serdestruída, será deixada a tal ponto de desolaçãoque suas pedras permanecerão intocadas.

 Além disso, Isaías 13.20 diz que as ruínas deBabilônia nunca mais serão habitadas: “Nunca maisserá repovoada nem habitada, de geração em geração;o árabe não armará ali a sua tenda e o pastor nãofará descansar ali o seu rebanho”(KJA). O fato é quea Babilônia tem crescido nestes últimos cem anos eagora abriga mais de 250 mil pessoas. ObviamenteIsaías 13.20 aguarda por um cumprimento futuro.

De acordo com Apocalipse 17 —18, essa poderosacidade será destruída “em um único dia”, imediata-mente antes de Cristo voltar para estabelecer seureino milenar sobre a terra. Dessa vez ela permane-cerá desolada para sempre.

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38. As V árias V isõesdo A rrebatamento

 Todos que interpretam a Bíblia literalmente crêem na segunda vinda física de J esus.Quase todos crêem no Arrebatamento da igreja para a casa do Pai, de acordo com a promessa

contida em J oão 14.1-3. Esses eventos são tão claramente ensinados na Bíblia que é praticamenteimpossível negá-los. Há, contudo, uma divergência de opinião quanto ao momento exato doArrebatamento. Não há nenhum versículo que ensine especificamente que J esus virá antes,

durante ou depois da Tribulação. A ordem cronológica desses eventos é uma questãode dedução baseada em um estudo cuidadoso de todas as passagens bíblicas sobre a volta

do Senhor. Infelizmente tem havido algumas divergências amargas sobre o momento doArrebatamento - o que é muito lamentável, uma vez que todos esses estudiosos(qualquer que seja a interpretação) amam ao Senhor e esperam por Sua vinda.

 A s Q u a t r o  V i sõ es

1. A Visão do Arrebatamento Pré-Tribulacional—Cnsto  voltará em cumprimento à Sua própria promessaem Apocalipse 3.10, pata guardar sua igreja da “horada provação que há de vir sobre o mundo inteiro”.Essa é a visão prevalecente e a defendida pelosautores deste livro.

 2. A Visãodo Arrebatamento Parcial—Cristo vai arrebatarsomente aqueles que “o aguardam” (Hebreus 9.28),fazendo que alguns cristãos entrem na Tribulação,para serem arrebatados em outro momento, du-rante esse período traumático em um dos subse-qüentes arrebatamentos. Essa visão não é muitopopular hoje, por muitas razões, incluindo o fatode não ser fundamentada por outros ensinos sobre

 Arrebatamento nas Escrituras.

3. A Visão do Arrebatamento emMeio ã Tribulação —

Cristo arrebata Sua igreja durante a Tribulação,sendo o arrebatamento das duas testemunhas em

 Apocalipse 11 uma ilustração desse evento. Umproblema com essa visão é que as duas testemu-nhas são judias e virão para ministrar aos judeusem Jerusalém e não aos membros da igreja. Aque-les que defendem essa visão ignoram o fato de que,em Apocalipse 4.13, João (um membro da igreja)

foi levado ao céu como uma ilustração do Arreba-tamento da igreja.

4. A Visão do Arrebatamento Pós-Tribulacional —Esta visão é a segunda em popularidade, depois da visãoprétribulacional. Cristo virá no final da Tribula-ção, o que significa que a igreja passará pela Tribu-lação e será arrebatada imediatamente antes doglorioso aparecimento. Dessa maneira, aqueles

que são arrebatados, vão direto para o céu e então voltam em seguida. Sendo assim, não há tempopara visitar a casa do Pai, não há tempo para o jul-gamento diante do trono de Cristo, nem tempopara as Grandes Bodas do Cordeiro. Um fato impor-tante, que aqueles que advogam a favor da visãopóstribuladonal esquecem, é que Jesus prometeu“guardar” os crentes daquele hora de provação(Apocalipse 3.10). Essa promessa seria quebradase Cristo voltasse para sua igreja depois que amaioria esmagadora de seus membros tivesse sidomartirizada.

Po r  q u e   o  A r r e b a t a m e n t o  

DEVE SER PRÉ-TRIBULACIONAL

Retornará o Senhor para a Sua igreja antes,durante ou no final da Tribulação? Quando correta

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As Várias Visões do ArrebatamentoArrebatame

ite^y _ . ..„.a tamen to

o r oCl  _

^ o Todos os crentesc om iScu-=*->CO J3.o c:Q) -7   —   -----   ----------— —   ----------------------------t '(D O Arrebatamento vai ocorrer antes da Tribulação e vai incluir todos os crentes.

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Era da Igreja Tribulação Milênio

itamento Arrçflptamento

Cristãos espirituais

(0 ^CO COXI D- CDL-L<

o  +->cQ) —

E ~ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ Cristãos carnais

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Era da Igreja TribulaçãoNo Arrebatamento somente os cristãos fiéis, totalmente dedicados, serão levados; os cristãoscarnais serão deixados para trás para serem purificados pela Tribulação.

c ro o£ <co Todos os crentes 3P

:amento

E oía®!---------------------------  mamm&a.| Era da Igreja Tribulação Milênio J cH ■■■

O Arrebatamento ocorre no meio da Tribulação; desse modo os crescentes suprotam a primeirametade da Tribulação.

O 55cd) R Todos os crentesc ^E co

 Arrebatamento

5 € Era da Igreja Tribulação MilênioQ) .  _ _______  _______ _ _____t w O Arrebatamento ocorre no final da Tribulação, obrigando todos os crentes a suportarem todos

< ^ os sete anos da ira-

mente compreendidas, as Escriturassão bem claras a respeito desse assunto.Cremos que elas ensinam que o Arreba-tamento vai ocorrer antes do início datribulação. Aqui estão algumas razõespara tal afirmação:

1. O próprio Senhor prometeu noslivrar.

Uma promessa clara que garan-te que o Arrebatamento da igreja ocor-rerá antes da Tribulação é encontradaem Apocalipse 3.10: “Visto que vocêguardou a palavra de exortação à perse-

 verança, eu tambémoguardarei da hora da provação queestá para vir sobretodo omundo, para pôr à prova os que habitamna terra” (KJA, ênfase do autor). Emboraessa promessa apareça em uma cartaescrita à igreja de Filadélfia, podemosestar certos de que ela se refere aosmembros da igreja universal de todasas eras: 1) a passagem se refere a umevento futuro; 2) a igreja de Filadélfiafoi destruída há muito tempo, e dis-persa; 3) essa carta era dirigida a todasas igrejas; e 4) essa promessa não serácumprida até que venha um tempo deprovação sobre o mundo inteiro —não apenas sobrea igreja de Filadélfia.

 Além disso, a palavra “da” (do grego ek), em Apocalipse 3.10 (“guardar da hora” literalmente)significa “fora de”, que é como está traduzida muitasoutras vezes na Bíblia. Deus está dizendo: “Voumanter você fora da ira vindoura”.

2. Somente a visão pré-tribu lacional m anté m aiminência da volta de Cristo.

 Iminência é a palavra usada para se referir àdoutrina de que Cristo pode voltar a qualquer momen-

to a fim de buscar sua noiva para estar com Ele na casade Seu Pai. É por isso que as Escrituras têm tantasexortações para que vigiemos, estejamos preparados eesperemos que Ele venha a qualquer momento. Asoutras três visões anulam essa “vinda a qualquer tempo”,imediata. De fato, nas outras visões, os cristãos esperampela vinda, a qualquer tempo, não de Cristo, mas do

 Andcristo e da Tribulação.

3. A igreja será salva da ira vindoura. A promessa em 1 Tessalonicenses 1.10

(“Jesus... que nos livra da ira vindoura”) foi concedidapelo Espírito Santo por meio do apóstolo Paulo a umaigreja nova, implantada em sua segunda viagemmissionária. Ele teve apenas três semanas para edificaressa igreja na Palavra de Deus, antes de ser expulso dacidade. Muitos de seus ensinos durante esse breveperíodo evidentemente diziam respeito à profeciabíblica e aos eventos do final dos tempos, pois essacarta —um dos primeiros livros do Novo Testamentoa ser escrito enfatiza a segunda vinda, a iminente

 volta de Cristo, o Arrebatamento, a Tribulação, eoutros assuntos sobre o fim dos tempos. Paulo aparen-temente considerava esses tópicos essenciais para osnovos convertidos.

Paulo menciona a segunda vinda em cadacapítulo, então não há dúvida sobre o assunto principaldessa carta. Depois de cumprimentar seus leitorespor sua fé e testemunho, ele os elogia: tendo deixado

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"os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdeso Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céuso seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos,

 Jesus, quenos livra da ira vindoura” (1 Tessalonicenses1.9, 10, ênfase do autor).

O contexto dessa passagem é o Arrebatamento,pois os cristãos não estão esperando pelo gloriosoretorno. Paulo diz àquelas pessoas em 2 Tessalonicenses2.112 que esse último evento não ocorrerá até que o

 Anticristo (ou “o iníquo”) seja revelado (versículo 8).Não, os cristãos de Tessalônica estavam esperando a volta de Cristo para Sua igreja —isto é, o Arrebatamento.Eles já sabiam que a Tribulação (ou “a ira vindoura”)seguiria o Arrebatamento, e que Deus havia prometidoresgatálos dessa ira vindoura.

4. Os cristãos não estão destinados para a ira.

De acordo com 1Tessalonicenses 5.9: “Por-que Deus não nos destinou para a ira, mas para

alcançar a salvação mediante nosso Senhor JesusCristo”. Esse versículo, que vem logo em seguida àmais expressiva passagem sobre o Arrebatamento naBíblia (em 1Tessalonicenses 4), deve ser consideradoà luz de seu contexto.

Depois de ensinar sobre o Arrebatamento,Paulo leva seus leitores aos “tempos e às épocas” do“Dia do Senhor” (1 Tessalonicenses 5.1, 2). Algunssugerem que isso se refere ao dia singular em que

Cristo voltará a esta terra para estabelecer Seu reino,mas isso não é consistente com os outros usos dafrase “o Dia do Senhor” na Bíblia. As vezes essafrase se refere ao glorioso retorno, mas em outrasocasiões ela inclui o Arrebatamento, a Tribulação eo aparecimento glorioso.

Para os nossos propósitos aqui, 1 Tessalo-nicenses 5.9 deixa claro que Deus não “nos destinoupara a ira” (a Tribulação), mas para “alcançar asalvação” ou o livramento da ira. Uma vez que muitos

santos serão martirizados durante a Tribulação, haverápoucos (se houver) vivos no glorioso retorno deCristo. Essa promessa não pode significar, portanto,que Ele vai livrar os crentes duranteo tempo da ira,

pois os santos que viverem na Tribulação não serãopoupados dela; na verdade, a maioria será martiriza-da. Para ser guardada da provação, a igreja terá deser arrebatada antes do início da Tribulação.

Considerando que a Tribulação é especialmenteo tempo da ira de Deus, e que os cristãos não estãodestinados para a ira, então seguese que a igreja seráarrebatadaantes da Tribulação. Para resumir, o Arreba-tamento ocorrerá antes da Tribulação, enquanto oglorioso retorno ocorrerá depois dela.

5. A igreja está ausente em Apocalipse 4-18.

 A igreja é mencionada 17 vezes nos primeirostrês capítulos de Apocalipse, mas depois que João(um membro da igreja) é chamado ao céu no iníciodo capítulo 4, ele assiste, de fora, aos eventos daTribulação, e a igreja não é mencionada ou vistanovamente até o capítulo 19, quando ela volta à terra

com seu Noivo no aparecimento glorioso. Por quê? A resposta é óbvia: Ela não está na Tribulação. Ela éarrebatada para estar com seu Senhor antes que aTribulação comece!

Há muitas outras razões para acreditarmosque o Arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação;essas razões são encontradas na obra: TimLaHaye

 Profecy Study Biblee no livro: Profecias da Bíblia do Dr. John Walvoord (Abba Press).

 A posição prétribulacional não tem respos-tas para todas as questões com respeito à vinda doSenhor para Sua igreja. Não havendo nenhum

 versículo ou passagem que dê todos os detalhes da vinda do Senhor em um só pacote, é necessário con-siderar todas as Escrituras referentes à segunda vindacomo um todo. Nossa conclusão é que o Arreba-tamento prétribulacional se ajusta melhor ao modelobíblico do que as outras visões, pois se coaduna comtudo que a Bíblia ensina sobre o final dos tempos.

Ela é uma visão sensata que traz conforto aos cora-ções dos crentes, atingindo, assim, um dos principaispropósitos do ensino da profecia do fim dos tempos(1 Tessalonicenses 4.18).

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39.Os V ários A rrebatamentosna H istória e na Proeeoa

Até agora temos visto muito do que a Bíblia diz sobre o Arrebatamento da igreja.Mas há também outros eventos de arrebatamentos registrados na Bíblia. Por definição,

usamos o termo arrebatamento para nos referir aos momentos quando Deus tomauma pessoa para o futuro, sem que ela experimente a maldição da morte. Com isso em mente,

gostaríamos de examinar os outros eventos de arrebatamento registrados nas Escrituras.

Os A r r e b a t a m e n t o s 

d o   A n t i g o   T e s t a m e n t o

Enoque

Enoque foi a primeira pessoa a ser arrebatadae levada para estar com o Senhor. Gênesis 5.24 diz oseguinte sobre o traslado de Enoque ao céu: “AndouEnoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si” (ênfase do autor). O que significa “Enoque jánão era, porque Deus o tomou para si”? Enoque foitrasladado sem experimentar a morte, e foi direta-mente para estar com o Senhor. Enoque foi arreba-

tado, usando a linguagem de 1Tessalonicenses 4.17,ou foi recebido, para usar a linguagem de João 14.3.Que Enoque foi arrebatado ou trasladado fica eviden-te quando comparado com o triste refrão “e morreu”que acompanha o legado de outros patriarcas mencio-nados em Gênesis 5.

O arrebatamento de Enoque está confirmadopelo comentário divinamente inspirado do NovoTestamento encontrado em Hebreus 11.5, que diz:“Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte;

não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antesda sua trasladação, obteve testemunho de haver agra-dado a Deus” (ênfase do autor). A palavra do NovoTestamento para “trasladar” transmite a idéia de serremovido de um lugar e ser levado para outro. Assim,Gênesis 5.24 e as três frases em Hebreus 11.5 confir-mam a idéia de traslação para o céu.

Elias

Como Enoque, Elias foi trasladado ao céu

sem experimentar a morte. 2 Reis 2.1 diz que ele foitomado “ao céu por um redemoinho”. Mais tarde, vemos Elias na transfiguração de Cristo (Mateus17.3). E de acordo com Malaquias 4.5, Eliasaparecerá de alguma forma durante a Tribulação.

Isaías

Em Isaías, capítulo 6, vemos Isaías na sala dotrono de Deus. Mesmo que esse não seja um arre-batamento como os experimentados por Enoque e Elias

(pois Isaías não se livrou da morte), um tipo de arreba-tamento ainda pode estar envolvido nesse caso.

Um Mo d e l o  para  o  Fu t u r o

1 Coríntios 10.11, referindose a alguns eventosdo Antigo Testamento, diz: “Estas coisas lhes sobre-

 vieram como exemplos e foram escritas para adver-tência nossa”. A palavra “exemplo” vem da palavragregatupos, que significa “forma, figura ou modelo”.

 A palavra portuguesa tipo  é derivada da palavragrega, e a palavra tipologia referese aos modelos do

 Antigo Testamento que ilustram uma doutrina —geral-mente uma doutrina do Novo Testamento. E incor-reto ensinar uma doutrina a partir do tipo em si. Ostipos servem somente para ilustrar uma doutrina queé ensinada claramente no texto bíblico.

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Os arrebatamentos do Antigo Testamento,embora não tratem da verdade do Arrebatamento daigreja no Novo Testamento, nos fornecem tipos,modelos ou ilustrações do Antigo Testamento sobreo Arrebatamento. Assim, Enoque e Elias podem serconsiderados como tipos do Arrebatamento da igreja.

Os A r r e b a t a m e n t o s 

d o  NovoT e s t a m e n t o

Com exceção do Arrebatamento da igreja, háoutros exemplos de arrebatamento no Novo Testa-mento. Eles não ensinam sobre o Arrebatamento daigreja, mas servem para fortalecer nosso entendimentode que o arrebatamento envolve a traslação de umapessoa de um lugar para outro.

 J esus Cristo

Em Apocalipse 12.5, Cristo é chamado de“filho varão” que “foi arrebatado para Deus até aoseu trono”. Esse quadro rememora a ascensão deCristo em Atos 1.811, onde Cristo ascendeu ao céuem uma nuvem. Pelo fato de Apocalipse 12.5 usar o

termo “arrebatado” (ou “raptado”), isso significa quea ascensão de Cristo em Atos 1.11 é vista como umarrebatamento —uma viagem da terra para o céu.

Filipe

Filipe foi “arrebatado” pelo Espírito do

Senhor depois de ter pregado o evangelho a um eunu-co etíope e “veio a acharse em Azoto” (Atos 8.39,40), que está localizada na Faixa de Gaza, no Israeldos nossos dias. Filipe não foi levado ao céu, mas foifisicamente transportado pelo Senhor.

Paulo

O apóstolo Paulo menciona que foi “arrebata-do ao terceiro céu” e ouviu “palavras inefáveis” (2Coríntios 12.14). A viagem de Paulo ao céu nos fazlembrar a comissão de Isaías na sala do trono (Isaías6.113). E provável que esse caso trate de um arreba-tamento. Paulo, por meio do arrebatamento recebeuuma comissão, uma mensagem e uma revelação quese tomou o fundamento para o único propósito daigreja durante essa era “o qual, em outras gerações,não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como,

 V ários A rrebatamentos na H istória e na Profecia

Milênio

Elias Isaiasí:

Filipe Paulo OArrebJtamento e muniiasI (2 Reis 2) (Isaias 6) (Apocalipse 12) (Atos 8) <2Coríntios 12) (1 Tessalojicenses 4) (Apoca|ipse^

Era da Igreja Tribulação

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agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profe-tas, no Espírito” (Efésios 3.5).

As Duas Testemunhas

Semelhante a Elias, as duas testemunhas em Apocalipse 11 sao citadas “subindo ao céu numanuvem” (versículo 12). Os mensageiros divinamenteprotegidos e comissionados servem como embaixa-

dores do nosso Senhor para a nação judaica durantea primeira metade da Tribulação. De maneira seme-lhante, Apocalipse 12.5 diz que o “filho” (varão) é“arrebatado para Deus até ao seu trono”.

 A Bíblia nos fornece sete modelos de arreba-tamento de indivíduos ao longo da história. Isso nos dáum firme fundamento de que um grupo —a igreja seráarrebatado no futuro, como 1Tessalonicenses 4 ensina.

 Alguns oponentes do Arrebatamento tentam sugerir queo desaparecimento de milhões de pessoas no mundotodo seria estranho demais para ser considerado comouma possibilidade realística. Mas isso não é relevantese considerarmos a Bíblia como o critério para esta-

belecer possibilidades. Afinal de contas, se Deus podelevar uma pessoa diretamente para o céu —como fezcom Enoque e Elias quem vai dizer que Ele não podelevar milhões em apenas um momento?

40. As D uas 

Fases d o  R e t o r n o  d e  Cr e i o

 Alguns estudiosos da Bíblia vêem a segunda vinda em duas fases.O arrebatamento da igreja é a primeirafase e a gloriosa vinda de Cristo à terracom poder, é a segunda. Outros emi-nentes estudiosos argumentam quea vinda de Cristo nos ares para Suaigreja é um evento especial completoem si mesmo, que obviamente é asegunda vinda. Na realidade, hásomente uma segunda vinda. O retomo de Cristo

nos ares para arrebatar Sua igreja é um evento separa-do que precede o período de sete anos de Tribulação,e a segunda vinda vai ocorrer no final da Tribulação,depois que o Senhor aparecer gloriosamente na terra.

Não há dúvida de que há duas fases distintasda vinda do nosso Senhor, porque há muitas passa-gens bíblicas que se referem a um ou a ambos oseventos, como mostra o gráfico nesta página.

P assagens S obre Arrebatamento

 J o ã o 14 .1 -3 1 T e s s a lo n ic e n s e s 1.10 H e bre us 9 .2 8

R o m a n o s 8 .19 1 T e s s a lo n ic e ns e s 2 .19 T ia g o 5.7 -9

1 C orín tio s 1.7, 8 1 T e s s a lo n ice ns e s 4 .13 -18 1 P e dro 1 .7 ,1 3

1 Corínt ios 15.51-53 1 Tessa lon i censes 5 .9 ,23 1 P e d r o 5 .4

1 C orín tio s 16.22 2 T es s a lo n ic e ns e s 2.1 1 J o ã o 2 .2 8 -3 .2

Fi l ipenses 3.20, 21 1 T im ó te o 6.14 J ud a s 1.21

F ilipe ns es 4.5 2 T im ó te o 4 .1 ,8 A po ca lip s e 2.25

C o lo s s e n s e s 3.4 T ito 2 .13

Passagens Sobre a Segunda Vinda

D a n ie l 2 .4 4 ,4 5 M a rco s 13 .14 -27.V

1 Pedro 4 .12 ,131 t .

Daniel 7.9-14 Marcos 14 .62 2 Pedro 3.1-14D a nie l 12.1-3 L ucas 2 1 .2 5 -2 8 J ud a s 1 .1 4 ,1 5

Z a ca ria s 12 .10 A to s 1.9-11 Apoca l ipse 1 .7

Z a ca ria s 14 .1-15 A to s 3.19-21 A p o ca lip s e 19.11-20.6

Mateus 13.41 1 T e s s a l o n ice n s e s 3 .1 3 A p o ca l i p s e 2 2 .7 ,1 2 ,2 0

M ateus 24 .15-31 2 T es s a lon ic e ns e s 1.6 -10

Mateus 26 .64 2 Tessa lon i censes 2 .8

Quando estudamos os detalhes específicosnessas passagens, descobrimos que elas descrevemdois diferentes eventos. No primeiro, os crentessobem para a casa do Pai, e no outro, Cristo vem àterra. O gráfico desta página mostra 15 diferençasentre o Arrebatamento e o glorioso retorno.

 Ao examinar as Escrituras, aquele que buscahonestamente a verdade deve encarar o fato de quehá pelo menos 15 diferenças entre as duas fases da

 vinda de Cristo que não podem ser harmonizadas.

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 As 15 Diferenças entre o Arrebatamentoe o Glorioso Aparecimento

O Glorioso AparecimentoO Arrebatamento / A Bendita Esperança

1. Cristo vem nos ares para os Seus.

2. O Arrebatamento de todos os cristãos.

3. Os cristãos são levados à casa do Pai.

4. Não há julgamento sobre a terra.

5. A igreja é levada para o céu.

6. Iminente - pode acontecer a qualquer momento

7. Sem sinais.

8. Somente para os crentes.

9. Tempo de alegria.

10. Antes do “dia da ira” (Tribulação).

11. Não há menção de Satanás.

12. O Trono de julgamento de Cristo.

13. As Bodas do Cordeiro.

14. Somente os Seus O verão.

15. A Tribulação começa.

1. Cristo virá com os Seus para a terra.

2. Ninguém é arrebatado.

3. Os santos ressurretos não verão a casa do Pai.

4. Cristo julga os habitantes da terra.

5. Cristo estabelece Seu reino na terra.

6. Não pode acontecer antes de pelo menos 7 anos.

7. Muitos sinais da vinda de Cristo.

8. Afeta toda a humanidade.

9. Tempo de lamentação.

10. Imediatamente depois da Tribulação (Mateus 24).

11. Satanás acorrentado no abismo por 1.000 anos.

 4 ‘ è3.r12. Não há tempo ou lugar para o trono de julgamento.

13. Sua noiva desce com Ele.

14. Todo olho O verá.

15. O reino milenar de Cristo começa

Somente esse fato já demonstra ser impossível que o

 Arrebatamento e o glorioso retorno sejam o mesmoevento. O primeiro é uma vinda secreta, o outro éum evento público que todos verão. Um fará que osparticipantes se regozijem, o outro fará que as pessoaslamentem.

 Além disso, muitas passagens nas Escriturasmostram que a vinda de Cristo (o Arrebatamento)pode ocorrer a qualquer momento. Isso não é verda-deiro em relação ao aparecimento glorioso, pois o“iníquo” (Anticristo) deve vir primeiro (2 Tessalo

nicenses 2.810), então a terra deve sofrer sete anos

de tribulação antes de Cristo vir em poder e grande

glória. Portanto, Cristo não pode voltar a qualquermomento para estabelecer Seu grande reino —pelomenos não até que aqueles prérequisitos tenham sidoatendidos. Contrastando com isso, encontramos vá-rias passagens que admoestam a igreja a “vigiar”,“esperar”, e “observar” o aparecimento de Cristo. Aúnica maneira de essas passagens serem cumpridas éCristo, subitamente, arrebatar (ou elevar rápido) Suaigreja para estar com Ele. Então, no fim da Tribulação,Ele virá em toda a Sua glória para triunfar sobre

Satanás e estabelecer Seu Reino Milenar.

Glorioso Retomo 109

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41.O A rrebatamento: Comparando

 João 14 com 1 T essalonicenses 4

Cremos que J oão 14.1-3 fala da volta de Cristo para arrebatar sua igreja.Contudo, muitos que não crêem que o Arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação

dizem que essa passagem se refere à vinda de Cristo para receber um cristão.Vamos verificar J oão 14.1-3 mais atentamente para ver o que diz.

 A V i n d a  d e  Cr ist o  n a  Mo r t e

Muitos dos que negam o Arrebatamento prétribulacional ensinam que João 14.13 fala de Cristo

 vindo para os cristãos na hora de sua morte. Contudo,a maior parte dos antigos e modernos intérpretes daBíblia vêem esse texto como uma passagem referenteà futura segunda vinda, porque o significado claroda passagem, considerada em seu contexto, exige talcompreensão.

Em João 14.3, Cristo diz a Seus discípulos:"... voltarei e vos receberei para mim mesmo”. Essaexpressão nunca é usada com referência à morte, emnenhum lugar em toda a Bíblia. Aqueles que

defendem a visão de que Cristo "virá na morte" o fazemtão somente porque declaram que é assim, sem funda-mento. Por outro lado, as passagens que falam da vindade Cristo são consistentemente encontradas no contextode Seu segundo advento (Mateus 24.27,30, 37, 39, 4244, 46; 25.31; João 21.23; Atos 1.911; 1Tessalonicen-ses 4.15; 2 Tessalonicenses 1.10; 2.1, 8, etc).

 A Bíblia nunca fala que o Senhor vem para ocristão na morte. Em vez disso, lemos, por exemplo,que Lázaro foi "levado pelos anjos para o seio de

 Abraão" (Lucas 16.22). Estêvão, o mártir, viu "oscéus abertos e o Filho do homem empé à destra de

 Deus"  (Atos 7.56, ênfase do autor). Jesus não veiopara receber Estêvão; Ele estava à destra de Deus.O Senhor não vem para o cristão na morte; em vezdisso, o cristão é que vai ao encontro do Senhor. Poisse um cristão está ausente no corpo significa que eleestá "habitando com o Senhor" (2 Coríntios 5.8).

 A V i n d a  d e   Cr i st o  

n o   A r r e b a t a m e n t o

Um estudo mais cuidadoso de João 14.3 revelaque a segunda vinda do nosso Senhor não é apenasuma vinda futura, mas uma vinda para a igreja no

 Arrebatamento. A segunda vinda é a contraparte da ida Jesus ascendeu ao céu visivelmente (Atos 1.911), eEle retornará visivelmente. Observe também que a lin-guagem em João 14.13 fala de Cristo vindo do céupara a terra para levar Seu próprio povo de volta para acasa do Pai. Essa passagem, considerada literalmente,indica que o crente irá para o céu na vinda de Cristo.Ela pode estar se referindo ao segundo advento deCristo, porque nesse evento, Cristo virá com seus santos,que já estão no céu, não para os seus santos, comodeclara João 14.13. O que temos aqui é a revelação deCristo de um novo mistério: que a igreja será arrebatadae levada para a casa do Pai.

 A l g u n s Pa r a l e l o s Si gn i f i ca t i vos

Muitos estudiosos da Bíblia observam que adeclaração do nosso Senhor em João 14.13 se asse-

melha às palavras de outra passagem do Novo Testa-mento 1Tessalonicenses 4.1318. Foi o menonita

 J.B. Smith, comentarista recentemente falecido29,que demonstrou como essas duas passagens são se-melhantes.

O Dr. Smith fez comparações palavra por pala- vra entre uma passagem do Arrebatamento (1Tessaloni

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Co m p a r a n d o  a s Pa l a v r a s d e  Pa u l o  

e  d e  J esus sob re  o  A r r e b a t a m e n t o

 J oão 14.1-3 1 Tessalonicenses 4.13-18

turbe  v. 1 entristeçais  V.13crede  v. 1 cremos  v.l4Deus, mim V. 1  Jesus, Deus  V.14teria dito a vocês  v.2  vos declaramos  v.l5

 vos receberei  v.3 arrebatados  v.l5 voltarei  v.3  vinda do Senhor  v.l7para mim mesmo  v.3 encontro do Senhor  v.l7Eu estou estejais estaremos com o Senhor  v.l7

 vós também v.3

censes 4.1318) e um texto clarosobre a segunda vinda (Apocalipse19.1121) e não encontrou paralelossignificativos. “Por essa razão, é im-possível que uma sentença ou atémesmo uma expressão possa ser se-melhante nessas duas listas”, observao D r. Smith. “E finalmente, nemuma palavra é usada nas duas listas

com a mesma relação ou cone-xão.”30Ele prossegue para concluirque “seria difícil, se não impossível,descobrir em qualquer outra parteduas passagens importantes dasEscrituras que são tão diversas noemprego das palavras e tão opostasem suas implicações... Cremos que... as palavras dessasduas passagens... descrevem eventos diferentes”.31

Quando comparamos João 14.13 e 1Tessaloni

censes 4.1318, vemos paralelos surpreendentes. O fatode João 14.13 ser uma referência ao Arrebatamento éfundamentado pela progressão das palavras e dos pen-samentos do ensino mais extensivo de Paulo sobre o

 Arrebatamento, em 1Tessalonicenses 4.1318.Como resultado dessa comparação, o Dr.

Smith observa o seguinte:

"As palavras ou expressões correspondem quaseque exatamente umas às outras. Em ambas asseções, as palavras se relacionam exatamente na

mesma ordem. Ambos os textos tratam apenasdos justos. Não há uma única irregularidade na

progressão das palavras, da primeira à última.Tanto uma como outra coluna levam o cristãodos problemas da terra às glórias do céu."32

Parece óbvio, então, que o ensino de Jesusem João 14.13 e a revelação de Paulo em 1 Tes-salonicenses 4.1318 falam do mesmo evento. O Dr.Smith conclui: "E apenas uma questão de coerênciainterpretar cada passagem como tratando do mesmoevento o Arrebatamento da igreja”.33

Como alguém poderia explicar a progressão deoito palavras/ expressões específicas exatamente namesma ordem, em duas passagens diferentes, por doisportavozes diferentes? E claro que essas passagens sereferem a um único evento futuro: o Arrebatamento daigreja.

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42.O E spírito Santo

e  o A rrebatamento

Um dos argumentos mais convincentes, contudo freqüentemente mal-compreendido, a favor doArrebatamento pré-tribulacional diz respeito ao papel do Espírito Santo no período da Tribulação.

A maioria das pessoas que defendem a posição pré-tribulacional acredita que 2 Tessalonicenses 2.6,7 ensina que o Espírito Santo opera como um refreador do mal no mundo, por meio da agência daIgreja. Dessa forma, quando a igreja for arrebatada antes da Tribulação, a influência restritiva do

Espírito Santo também será removida. Se essa interpretação estiver correta, então, ela é um forteargumento a favor da visão do Arrebatamento pré-tribulacional. Essa visão não advoga queo Espírito Santo vai cessar completamente a ministração, como algumas pessoas supõem.

Segundo Tessalonicenses 2.112 mencionaum homem da iniqüidade que é detido até o últimomomento. Uma vez que o “iníquo” (a Besta ou o Anticristo) não pode ser revelado até que o refreador (oEspírito Santo) seja afastado (2.7, 8), a Tribulação nãopode ocorrer até que a igreja seja removida da Terra.De todas as visões sobre o momento do Arrebata-mento, somente a posição prétribulacional se harmo-niza com as Escrituras, quando compreendemos queo refreador se refere ao Espírito Santo. O uso dagramática incomum nessa passagem ajudanos a

compreender melhor. No versículo seis “o que odetém” está no gênero neutro (to katéchon), enquantono versículo sete “aquele que agora o detém” émasculino (o katechôn). O significado dessa gramáticae como ela se relaciona ao Espírito Santo e ao Arreba-tamento, é explicado pelo Dr. Robert Thomas:

“Para alguém que estava familiarizado com osermão do Senhor Jesus no Cenáculo, comoPaulo sem dúvida estava, a alternância entre oneutro e o masculino evoca o modo de se referir

ao Espírito Santo. Ambos os gêneros sãoapropriados, dependendo do que o orador (ouescritor) pensa sobre a concordância natural(masculino, por causa da personalidade doEspírito) ou gramatical (neutro, por causa dosubstantivopneuma\  ver João 14.26; 15.26, 16.13, 14)... Essa identificação do refreador, quetem profundas raízes na história da igreja,... é

mais convincente. A presença especial do Espí-rito como aquele que habita nos santos termi-nará abruptamente na parousia, assim comocomeçou abruptamente no Pentecostes. Uma

 vez que o corpo de Cristo foi levado para océu, o ministério do Espírito voltará a ser oque era para os crentes durante o período do

 Antigo Testamento... Sua função de refrear omal por meio do corpo de Cristo (João 16.711; 1João 4.4) cessará assim como Ele concluiusua obra nos dias de Noé (Gn 6.3). A essa altura

os freios da iniqüidade serão removidos e teráinício a rebelião inspirada por Satanás. Parecequetokatechôn (que detém), era também conhe-cido na Tessalônica como um título do Espí-rito Santo, de quem os leitores aprenderam adepender em suas tentações pessoais paracombater a iniqüidade (1 Tessalonicenses 1.6;4.8; 5.19; 2 Tessalonicenses 2.13).”34

O Dr. Gerard Stanton cita seis razões porqueessa passagem deve ser compreendida como refe-

rência ao ministério de contenção do Espírito Santopor meio da igreja:

1. Por eliminação simples, o Espírito Santo deveser o refreador. Todas as outras possibilidadessão insuficientes para satisfazer as exigências dealguém que deve manter sob controle as forçasdo mal até a manifestação do Anticristo...

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A Igreja: O Templo Espiritual

 jfr ^ W ^

♦A Shekirflh levada

parai) céu

:E !1O Primeiro Templo(de Salomão) 

Shekinah presente 

(1 Reis 5- 8)

A PrimeiraVinda doMessias

•;f f ****

Letdo

T

O Segundo Templo(Zombabel e Herodes) 

Insígnia Romana presente

(Esdras 3.7 - 6.18: Maleus 24.1 .2;  

Marcos 13.1.2; Lucas 21.5.6)

O Corpo de CristoTemplo Espiritual

374 Anos 70 Anos 586 Anos

O Terceiro Templo

O Abominável da desolação 

presente

(2 Tessalonicenses 2.4;  

 Ap oc ak ps e1 1.1 ,2)

m.:.O TemploMilenar

Shekinah presente

(Ezequiei 40-43; 27;  

I ca ias2 .2,3 ; 56.7)

L

7 Anos 1000 Anos  J960 586 516 19a.C.

■a.C. a.C. a.C.

1Primeiro 1

I

Segundo

ISegundo

 Templo Primeiro  Templo  TemploConstruído  Templo Construído AmpliadoDestruído (De Zorobabel) (de Herodes)

(pelos baMônios)

| A Igreja70 O Templo Espiritual

d c de Cristo(Atos 2; Efésios 2)

O Terceiro Templo

Construído

Segundo TemploDestruído

(petos Romanos)

O terceiro Templo Profanado

(pek) Anficristo)

A Batalha deGogue & Magogue

(Ezequiei 38 - 39)

Milênio (era messiânica)

O Quarto Templo

Construído(pek>Messias)

2. O Iníquo é uma personalidade e suas operaçõesincluem o domínio espiritual. O refreador deveser igualmente uma personalidade e de ordem es-piritual, para resistir às astúcias do Diabo e paramanter o Anticristo sob controle até o tempo desua revelação...

3. Para alcançar tudo que deve ser realizado, o re-freador deve ser um membro da Divindade. Eledeve ser mais forte do que o Homem da Iniqüida-de, e mais forte do que Satanás...

4. Esta presente era é, em sentido particular, a “dispensação do Espírito”, porque Ele opera de umamaneira incomum em relação às outras eras, comouma Presença permanente nos filhos de Deus...

5. A obra do Espírito, desde Seu advento, envolve

a missão de refrear o mal. O Espírito é o Agenteda Justiça de Deus para esta era, e há muitas razõespara sermos gratos por Sua mão refreadora contraa iniqüidade do mundo. Ninguém, a não ser esse

 Justo, poderia refrear a iniqüidade do mundo...

6. Não é difícil admitir que, embora o Espírito nãohabitasse na terra durante os tempos do Antigo

Testamento, toda restrição contra o mal era exer-cida pelo Espírito... (Is 59.19)... O Espírito usa oexemplo da iniqüidade nos dias de Noé e o fatode que a vida prosseguiu normalmente, com oshomens cegos quanto à iminente destruição, comoum retrato vivo dos homens indiferentes e peca-dores, sobre os quais cairá o julgamento da Tribu-lação...

 A luz desse paralelo das Escrituras, é extrema-mente significante que nos dias que precedem imedia-tamente à destruição pelo dilúvio, a obra refreadorado Espírito é enfatizada...”35

 A igreja teve início no Dia de Pentecostes,com a visitação do Espírito Santo, como relata Atos2. A igreja terminará no Arrebatamento com a trans-lação dos santos vivos e a ressurreição daqueles quemorreram em Cristo (1 Tessalonicenses 4.1318). Atéentão, Deus está reunindo, dentre os gentios, um povopara Seu nome (Atos 15.14) e associandoos com oremanescente eleito de Israel (Romanos 11.5) emum novo corpo chamado igreja (Efésios 2.113.13).Essa grande tarefa está sendo concluída por um mi-nistério singular do Espírito Santo somente durante

Glorioso Retorno 113

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a era da igreja —um ministério chamado batismo doEspírito Santo. Paulo ensinou em 1Coríntios 12.13:“Pois, em um só Espírito, todos nós (judeus e cristãosgentios) fomos batizados em um só corpo, quer

 judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E atodos nós foi dado beber de um só Espírito”. Essaobra do Espírito Santo é somente para a igreja. Por-tanto, não é de surpreender que, a um só tempo, ohomem da iniqüidade seja refreado como resultadoda habitação do Espírito Santo nos crentes da igrejadesta era —o Espírito Santo está agindo como umrefreador, por meio da igreja. O Dr. John Walvoordexplica:

“Nós pesquisamos nas Escrituras proféticas, em vão, procurando qualquer referência ao batismodo Espírito, exceto em relação à igreja, ao corpode Cristo (1Coríntios 12.13). Portanto, enquantoo Espírito continua a ministrar no mundo durantea tribulação, não haverá mais um corpo de crentes

unidos como um organismo vivo. Em vez disso,há um retorno às distinções nacionais e ao cum-primento das promessas nacionais em preparaçãopara o Milênio.”36

 Aqueles que não defendem a visão prétribulacional do Arrebatamento geralmente descaracteri-zam a visão prétribulacional do Espírito Santo na

Tribulação. Eles costumam dizer que os defensoresdo prétribulacionismo não crêem que o EspíritoSanto estará presente na terra durante a Tribulação.Isso, entretanto, não está correto. Nós, que defen-demos a visão do Arrebatamento prétribulacional,cremos que o Espírito Santo estará presente e ativodurante a Tribulação. Contudo, o Espírito Santo nãoestará realizando seu ministério atual e exclusivorelacionado à igreja, uma vez que, durante a Tribu-lação, todos os membros desse corpo estarão no céu.

 Além disso, os que defendem a visão prétribulacionaldizem que o Espírito Santo estará presente em Seuministério transdispensacional de levar os eleitos daTribulação à fé em Cristo, embora eles não façamparte do corpo de Cristo, a igreja. O Espírito Santotambém vai amparar os crentes da Tribulaçãoenquanto eles se esforçam para viver vidas santaspara o Senhor. E o Espírito Santo também selará eprotegerá as 144 mil testemunhas judias para o gran-de ministério evangelístico descrito em Apocalipse

7 e 14 e as duas testemunhas de Apocalipse, capítulo11.

Embora os prétribulacionistas creiam quemuitos aspectos exclusivos da atual obra do EspíritoSanto vão cessar no Arrebatamento, não é corretodizer que eles crêem que o Espírito Santo não estarápresente na terra durante a Tribulação.

43.Mo n t a n d o  o  Cenário

Cremos que Deus está agora montando o cenário para a próxima era da história, que éconhecida como Tribulação. Estamos rodeados de sinais que nos dão evidência desse fato.

Contudo, devemos ser cuidadosos na maneira como observamos esses sinais. Uma observaçãoatenta dos sinais mostra que eles se relacionam a Israel e não à igreja. Por exemplo, uma indicação

importante de que provavelmente estamos próximos do início da Tribulação, é o fato de Israel já ter sido restaurado como nação após quase 2.000 anos dispersos, sem pátria.

Precisamos manter em mente que o Arreba-tamento é um evento não precedido de sinais. Nãohá sinais mencionados na Bíblia indicando que o

 Arrebatamento está próximo. Isso porque o Arrebata-mento é iminente, ou seja, pode acontecer a qualquermomento. E impossível que um evento iminente

apresente sinais. Pelo fato de o Novo Testamentodizer que o Arrebatamento será um evento que pode-rá ocorrer a qualquer momento (1 Coríntios 1.7;16.22; Filipenses 3.20; 4.5; 1 Tessalonicenses 1.10;Tito 2.13; Hebreus 9.28; Tiago 5.79; 1Pedro 1.13;

 Judas 21; Apocalipse 3.11; 22.7, 12, 17, 20), ele não

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tr,

T jív. A * V rv #

O A rrebatamentoda Igreja

A E raAtual da

Igreja

Início da Tribulação

o.®

■Mm \ \^   P reparação

par^op yifcmpni ento

Montandoo Cenário

1/O Segundo

Adventode Cristo

pode ser absolutamente relacio-nado a nenhum sinal. Portanto, ossinais que revelam que estamosnos aproximando dos últimos diasdeve ter a ver com a Tribulação —um tempo em que Deus vai operarpor meio de Israel, não por meioda igreja.

Porém, embora os sinais

do fim dos tempos tenham rela-ção com Israel, podemos ver queesses sinais estão cada vez maispróximos de se cumprir durantea presente era da igreja. Assim,embora a profecia bíblica não estejasendo cumprida em nossos dias, ainda é possível traçaralgumas “tendências gerais” que montam o cenáriopara o início da Tribulação, especialmente porqueela vem logo em seguida ao Arrebatamento. Da

mesma forma que muitas pessoas arrumam, na noiteanterior, as roupas que vão usar no dia seguinte, nessemesmo sentido Deus está preparando o mundo parao cumprimento infalível da profecia em um tempofuturo.

O Dr. John Walvoord explica:

“Mas se não há sinais para o Arrebatamento emsi, quais são as razões legítimas para crermos queo Arrebatamento pode estar especialmentepróximo desta geração?

 A resposta não se encontra em nenhum doseventos proféticos preditos para antes do Arre-batamento, mas na compreensão dos eventos queseguirão o Arrebatamento. Assim como a história

foi preparada para a primeira vinda de Cristo, demaneira semelhante, a história está sendopreparada para os eventos que levarão a“ SuaSegunda Vinda... Se esse for o caso, chegamos auma inevitável conclusão de que o Arrebata-mento pode estar notavelmente próximo.”37

 A Bíblia fornece profecias detalhadas sobreos sete anos de Tribulação. De fato, Apocalipse 419nos dá um esboço claro e seqüencial dos principaisparticipantes e eventos. Usando Apocalipse como umarcabouço, um estudioso da Bíblia pode harmonizarcentenas de outras passagens bíblicas que falam sobrea Tribulação de sete anos e chegar a um quadro nítidoque aguarda o planeta Terra. Outra maneira de olhar

isso é ver o período do tempo futuro como sombrasprojetadas da expectativa dos nossos próprios dias,de modo que os eventos atuais nos forneçam sinaisdiscerníveis do fim dos tempos.

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44.OsSinais da V o lta de Cristo

Ao longo das eras, os "fixadores de datas", os "observadores dos sinais" e os falsos profetastêm trazido descrédito ao estudo da profecia com suas especulações sobre o momento da volta

de Cristo. Suas conjecturas errôneas têm enganado e desiludido a muitos. Mas isso não é motivopara evitarmos o estudo legítimo dos sinais proféticos que mostram o tempo aproximado da voltado Senhor. Afinal de contas, quando os discípulos perguntaram a J esus: "Que sinal haverá da tuavinda e da consumação do século?" (Mateus 24.3), Ele não os repreendeu. Em vez disso, J esus

respondeu a suas perguntas e forneceu a eles um dos melhores esboços das profecias do fim dostempos na Bíblia. Embora seja verdade que nenhum homem sabe o dia ou a hora da volta de Cristo,o próprio J esus tirou um tempo para explicar os sinais que indicariam que Sua volta estaria próxima.

Além do mais, quando examinamos cada um dos sinais representados na página 117,podemos dizer que cremos que a nossa geração tem mais sinais para indicar que Cristo podevoltar em nossos dias do que qualquer geração antes de nós. Isso não significa que Ele virá,

mas certamente significa que pode vir. Examine os sinais e veja se você concorda.

Is r a e l : O G r a n d e  Si n a l

O primeiro e mais importante sinal, o reajuntamento dos judeus em Israel depois de aproxima-damente 2.000 anos de peregrinação pelo mundo, étão significativo que dedicamos um gráfico inteirosomente a esse assunto (ver a página 82). Depois detantos séculos de dispersão, esse acontecimento éum milagre por si só. Nenhuma nação na história

pôde manter sua identidade nacional depois de tersido expulsa de sua pátria por mais de 300 anos —ouna melhor das hipóteses 500 anos. Israel é a únicaexceção. O fato de que seis milhões de judeus estão

 vivendo em Israel hoje é um testemunho da fideli-dade do nosso Deus, que sempre mantém Sua pala-

 vra. Ele prometeu tantas vezes reunir novamenteessa nação em sua terra nacional, que se falhasse emfazêlo, Ele teria destruído a fidelidade de Sua Palavraprofética, particularmente as promessas declaradasem Ezequiel 36 e 37.

 A A scensão  d a  R ússia

 A ascensão da Rússia para se tornar, militarmente, uma superpotência mundial, de 1950 a 1995é cumprimento de profecia. Por mil anos, a Rússiafoi uma nação subdesenvolvida que raramente olhavapara além de si mesma. A Revolução Bolchevique

de 1917 desencadeou a evolução dessa nação aostatus de superpotência. Embora a União Soviéticaem si mesma não exista mais, a mãe Rússia é aindauma poderosa ameaça à paz mundial com seu estra-nho investimento em equipamento militar, e comseus aliados, particularmente entre as nações muçul-manas hostis do mundo árabe.

O futuro da Rússia é claro: sua longa históriade hostilidade contra os judeus finalmente a levará à

ruína, pois Deus vai destruir todo o seu poderio mili-tar nas montanhas de Israel. Essa destruição sobrena-tural terá o propósito de exaltar e honrar a Deus entreas nações.

Co n f l i t o s d e  Capi t a l  e  T raba lho

O maior medo dos banqueiros e corretoresde ações da Wall Street é um colapso financeiro queseria uma repetição da Grande Depressão dos anos1930. Nós passamos pela recessão de 1973, pelo de-clínio financeiro de 1997, e pelo medo do “bug” tec-nológico quando entramos no ano 2000. A razão porque as pessoas se vêem tão amedrontadas com apossibilidade de um colapso econômico é que nossomundo depende das posses materiais em vez dedepender do Deus que controla todas as coisas.

Esse problema baseado na ganância virá àtona nos últimos dias, demonstrando um grande

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conrnto entre o rico eo pobre, ou “os que tême os que não têm”.Todos os conflitos einquietações que nós

 vemos em várias par-tes do mundo do tra-balho não são apenasuma ruptura da socie-dade, são o cumpri-

mento da profeciapara os últimos dias.Em si mesmas, elasnão parecem ser gran-de coisa, mas conside-radas juntamente comtodos os outros sinaisdo fim das eras, elasdão mais peso à evi-dência crescente deque a vinda de Jesusocorrerá em breve.

 A u m e n t o  d as 

 V i agens e  d o  

Conhecimento

Os Sinais dos Tempos

Israel 1948 Ezequiel 37

* * . '« * ™   ' jn

 Ascensão da Rússia Conflitos de CapitalEzequiel 38 - 39

 Aumento nas Viagens e no Conhecimento Daniel 12.4

e Trabalho Tiago 5.1-6

ç[ O c í

 Apostasia 2 Timóteo 4.1-4

mOcultismo 

2 Timóteo 4.3, 4

vui'mEscarnecedores 2 Timóteo 3.1-5

Colapso Moral 2 Pedro 3.1-12

Igreja Mundial  Apocalipse 17

Provavelmente o terceiro sinal mais signifi-cativo é o que foi dado ao profeta Daniel imediata-mente depois que lhe foi dito: “encerra as palavras esela o livro até ao tempo do fim” (Daniel 12.4). Entãoele acrescentou: “Muitos o esquadrinharão e o saberse multiplicará”. A maioria dos estudiosos de profeciasrelaciona isso ao óbvio um aumento das viagens edo conhecimento no final das eras.

Nunca na história da humanidade houve tan-tos meios de transportes quanto nos dias de hoje. Ea velocidade das viagens está aumentando a cadamomento. O que tornou isso possível? O aumentodo conhecimento! Toda essa velocidade não seria

possível se não fosse pelo incrível aumento de conhe-cimento da humanidade.

Si st ema   Ún i c o   d e   G o v e r n o  

Mu n d i a l

Em muitas ocasiões neste século, vários líderes

mundiais tem argu-mentado que um siste-ma único de governoseria a única maneirade garantir a paz mun-dial. Temos visto taisexpressões na tentativade organizar a Liga dasNações em 1919, logodepois da PrimeiraGuerra Mundial, e nafundação da Organiza-ção das Nações Unidasem 1947. Hoje a Orga-nização das NaçõesUnidas está tentandoassegurar mais poderde governo sobre asoberania das naçõesindependentes. Embo-

ra não saibamos exata-mente quais eventosnos levarão ao sistemaúnico de governo pre-dito na Bíblia, sabe-mos que nos últimosdias haverá um gover-no mundial dirigido

por dez reis ou líderes de regiões (Daniel 2.4043;7.23, 24). A Bíblia também prediz que esse governomundial vai controlar o comércio de todo o mundo provavelmente por meio de uma moeda mundial.Haverá um sistema de comércio mundial e umareligião mundial estabelecida e controlada pelosistema único de governo, ou pelo homem que iráliderálo.

Tudo isto está descrito em Daniel, nos capí-tulos 2, 7 e 8; Mateus 24.1522; 2 Tessalonicenses 2.8;e Apocalipse, capítulos 13, 17 e 18. Estas não são asúnicas passagens que mencionam o sistema de gover-no mundial, mas elas são suficientes para começar.

Mu i t o s O u t r o s Si na i s

O espaço deste livro não permite queapresentemos em detalhes os outros seis relógios nográfico apostasia, ocultismo, zombaria, colapsomoral da sociedade, igreja mundial, e outros.

 Assim, classificamos apenas 11 sinais no

Governo Mundial Daniel 2

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gráfico. Alguns estudiosos das profecias sugerem quehá 20 sinais hoje, e um de nossos amigos tem umalista de 36 sinais. Temos procurado ser racionais naseleção dos sinais mais evidentes e, como afirmamos

anteriormente, não sabemos se Cristo virá em nossageração, mas temos mais razões para crer que Sua

 volta está mais próxima do que em qualquer gera-ção antes de nós.

45.

 AsRessurreições e os  Julgamentos nas E scrituras

Apesar da crença popular contrária, Deus irá julgar a Sua criação. Ele também renovará a criaçãoe ressuscitará toda a humanidade, alguns para a vida eterna e o restante para a morte eterna

(J oão 5.29). Vamos analisar primeiro o ensino bíblico sobre as ressurreições.

R e s s u r r e i ç õ e s

O conceito da ressurreição futura do corpoé encontrado ao longo de toda a Bíblia. É importanteobservar que na Bíblia a palavra ressurreição é usadaunicamente para se referir ao ressurgir do corpo físico.Não há ressurreição espiritual. Quando a Bíblia falada renovação espiritual ou um novo crente em Cristo

 Jesus, a Bíblia usa a figura de um novo nascimento

(João 3.3; Efésios 2.5), não da ressurreição. Quandofala de crente como tendo sido “ressuscitado” comCristo (Efésios 2.6, Colossenses 3.1, 2), o Novo Tes-tamento fala da posição do crente em Cristo à mãodireita do Pai, não da ressurreição.

 As ressurreições nas Escrituras se classificamem duas categorias: a primeira ressurreição, ou a res-surreição da vida; e a segunda ressurreição, ou ressur-reição do julgamento (João 5.28, 29). A primeira res-surreição inclui os redimidos de todas as eras. O mo-mento da ressurreição desses indivíduos varia, depen-dendo se eles são santos do Antigo Testamento (ju-deus ou gentios), cristãos vivendo antes ou nomomento do Arrebatamento, ou cristão martirizadodurante a Tribulação. Todas essas pessoas tomarãoparte na “ressurreição da vida” (João 5.29). A “res-surreição do julgamento” incluirá os nãoredimidosde todas as eras, que ressurgirão no final do Milênio,

para serem julgados diante do Grande Trono Brancoe lançados no Lago de Fogo.

 As múltiplas ressurreições vão ocorrer nestaseqüência:

1. A ressurreição de Jesus Cristo como as primíciasdos muitos que serão ressuscitados (Romanos 6.9;1Coríntios 15.23; Colossenses 1.18; Apocalipse1.18).

2. A ressurreição dos redimidos na vinda de Cristo(Daniel 12.2; Lucas 14.14; João 5.29; 1Tessaloni-censes 4.16; Apocalipse 20.4, 6).

a. A ressurreição da igreja no Arrebatamento.b. A ressurreição dos crentes do Antigo Testa-

mento, na segunda vinda (judeus e gentios).c. A ressurreição de todos os santos martiri-

zados na Tribulação, na segunda vinda (ju-deus e gentios).

d. A ressurreição de todos os crentes do Milê-nio, ao fim do reino milenar.

3. A ressurreição dos nãoredimidos (Apocalipse20.1114).

 J u l g a m e n t o s

Há vários tempos de julgamento no futuro,cada um com um propósito, finalidade e grupoalvo

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Os Julgamentos da Vinda■». A ,»

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\\A E ra da

Igreja

♦ I

0 Trono de Julgamento 

de Cristo

A Tribulação

♦A “P rimeira” Ressurreição (dos salvos)

O J ulgamento dos Gentios 

Vivos, dos J udeus Vivos, 

dos santos do Antigo 

 Testamento e dos Santos 

da Tribulação

i O Reino Milenar

O J ulgamento de Satanás 

Dos não-salvos 

Do Céu e da Terra

O Estado Eterno

♦A ressurreição dos não-salvos

específico. Dizer que há um único dia que incluirátodos os julgamentos é incorreto. Há julgamentos dife-rentes para os pecados e para as obras dos crentes,dos santos do Antigo Testamento, dos santos daTribulação, dos judeus vivos no final da Tribulação,

dos gentios vivos no final na Tribulação, de Satanáse dos anjos caídos, e das pessoas nãoredimidas.

 A morte de Cristo na cruz foi o evento passadoem que Deus lançou sobre Jesus o pecado de todosaqueles que se tornariam crentes. Cristo pagou nossospecados por meio de Sua morte substitutiva (João5.24; Romanos 8.14; 10.4). Todo aquele que deixaseu pecado na cruz de Cristo não terá de enfrentaros julgamentos futuros (exceto o trono de julgamentode Cristo), porque Cristo pagou legalmente a nossa

dívida de pecado de uma vez por todas. Bema é a transliteração da palavra grega usadano Novo Testamento como um termo técnico paradistinguir o julgamento de recompensas dos cristãos,do julgamento final dos descrentes, que é conhecidocomo o julgamento do Grande Trono Branco, em

 Apocalipse 20.1115. No mundo romano dos temposdo Novo Testamento havia uma plataforma elevadana praça da cidade ou nos coliseus, onde um dignitáriose assentava para ouvir as questões civis ou distribuirrecompensas (geralmente uma coroa de flores) pelos

méritos esportivos. Essas plataformas eram conhe-cidas como bema. Paulo disse aos crentes de Corinto:“Porque importa que todos nós compareçamosperante o tribunal de Cristo [bema] para que cada umreceba segundo o bem ou o mal que tiver feito pormeio do corpo” (2 Coríntios 5.10). 1Coríntios 3.1116; 4.15; 9.2427 nos fornecem mais detalhes sobre

cristãos serão avalia-dos no julgamentobema.

No Arrebata-mento a igreja seráremovida da terra elevada por Cristo(João 14.13) parapermanecer com Ele

durante toda a Tri-bulação (Apocalipse19.110). O julga-mento bema vai ocor-rer no céu enquantoa Tribulação está

ocorrendo na terra, para que a igreja possa seradornada como noiva de Cristo quando ela descercom Ele na segunda vinda (Apocalipse 19.110).O fato de a avaliação bema de toda a igreja ocorrerdepois do Arrebatamento, mas antes da segunda

 vinda é visto em Apocalipse 19.7, 8 que diz: “...bodasdo Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,pois foilhe dado vestirse de linho finíssimo, res-plandecente e puro. Porque o linho finíssimo sãoos atos de justiça dos santos”. Sendo a igreja retrata-da como vestida de linho fino, ela já deve ter passa-do pela avaliação ou julgamento bema na ocasiãoda segunda vinda.

Continuando, a Tribulação é consideradacomo um tempo em que Deus fará Israel “passar

debaixo do cajado” para “separar dentre vós os re-beldes” (Ezequiel 20.37, 38). Portanto, a Tribulaçãoé um tempo de julgamento da nação de Israel, queresultará na morte de dois terços da nação (Zacarias13.8, 9), de modo que daqueles que forem deixados“todo o Israel será salvo” (Romanos 11.26) por meioda fé em Jesus como seu Messias. A Tribulaçãotambém será um tempo de julgamento sobre osgentios descrentes que têm rejeitado a Cristo comoseu Salvador (Deuteronômio 30.7; Apocalipse 3.10).

No final da Tribulação sobrevirá o julga-mento das nações. Esse será um tempo, de acordocom Mateus 25.3146, em que todos os descrentesserão condenados à morte em preparação para oreino do Milênio, de modo que somente os crenteshabitarão no reino desde o início. O julgamento dasnações irá assegurar que os descrentes sejamremovidos antes que o reino tenha início.

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w julgamento nnai da historia e conhecidocomo Julgamento do Grande Trono Branco, eenvolverá o julgamento de todos os descrentes de todaa história (Apocalipse 20.1115). A Bíblia não declaraespecificamente quem assentará no trono, mas prova-

 velmente será o próprio Jesus Cristo, como em Apo-calipse 3.21. Esse julgamento é a “ressurreição do juízo” citado em João 5.29 (em contraste com a “res-surreição da vida”). As pessoas que experimentam esse

 julgamento são as que rejeitaram Jesus Cristo durantesuas vidas. Por haverem rejeitado a obra substitutivade Cristo, Deus as julgará com base em suas própriasobras, que serão reprovadas quando submetidas ao

padrão de santidade de Deus. Nesse julgamento suasobras serão julgadas para mostrar que a punição émerecida, e, depois desse julgamento, essas pessoasserão lançadas no Lago de Fogo por toda a eternidade.

Embora freqüentemente ouçamos as pessoasfalarem sobre um único “dia do julgamento”, issonão está biblicamente correto, pois há vários julga-mentos futuros no plano profético de Deus. Esses

 julgamentos ocorrerão em vários momentos entre o Arrebatamento e o fim do Milênio; eles virão segura-mente e ninguém escapará deles. Eles manifestarãoa justiça e a eqüidade de Deus ao mundo inteiro e cala-rão todos os que têm escarnecido ou negado a Deus.

46. A po cal ipse 19-22

Apocalipse 19-22 cobre, em ordem sucessiva, três principais eras do futuro:o fim da Tribulação, o reino Milenar e o estado eterno. Esses capítulos fornecem uma cronologia

clara desses três períodos de tempo, e Apocalipse 21-22 é virtualmente a única passagemdas Escrituras que descreve o estado eterno.

 A po ca l i pse  19

Louvor Celestial

 João inicia Apocalipse 19 com uma exposiçãodo mérito de Deus para reinar, reconhecido no céutanto pelo reino dos anjos como pelo reino humano(19.17). Isso é contrastado com o pano de fundo doque acabou de acontecer na terra. Os capítulos 1718descrevem o julgamento da grande meretriz, Babilônia,e assim a corte do céu reconhece o direito de Deus dereinar porque Ele julgou com justiça “pois julgou agrande meretriz que corrompia a terra com a sua pros-tituição e das mãos dela vingou a morte dos seus servos”

(19.2). A corte celestial considera que apenas esse reco-nhecimento não é suficiente, de modo que eles louvama Deus pela “segunda vez” (19.3) por Sua grande vitóriana terra. A batalha que começou com a queda de Satanás(Tsaías 14.1223; Ezequiel 28.1119) foi historicamentedecidida em favor do Deus Triúno, o que é, certamente,motivo suficiente para o louvor celestial. A história éuma demonstração do direito de Deus de reinar como

resultado da obra da segunda pessoa da Trindade JesusCristo (Rm 11.36).

A Noiva de CristoEm Apocalipse 19.7 lemos que a noiva de

Cristo (a igreja) a si mesma se ataviou para o casa-mento com o noivo (Jesus Cristo). Como ela faz isso?Por meio do trono de julgamento de Cristo, que éexplicado em outras passagens (Romanos 14.10; 1Coríntios 3.1015; 2 Coríntios 5.10), mas demonstradoem Apocalipse (19.7, 8). A noiva se preparou e vestiuse de um linho finíssimo “resplandecente e puro” que édado a ela (19.8). O versículo 8 diz que o linho finís-

simo são os “atos de justiça dos santos”. Nesse ponto,o Cordeiro (Jesus Cristo) toma a noiva como suaesposa (19.7), mas as grandes Bodas do Cordeiro nãocomeçam até depois da segunda vinda de Cristo, du-rante a primeira parte do Milênio, quando todos oscrentes de todas as eras se apresentarão para entrarnas festividades (Mateus 8.11; Marcos 14.25; Lucas13.29; 14;1215),

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 A Se g u n d a   V i n d a  

d e  J esus  Cr i s t o

O apóstolo João abre esta seção do Apocalipsecom uma frase que ele vai repetir nove vezes no capí-tulo 21. Esta frase é “e eu vi” (19.11, 17, 19; 20.1, 4,11, 12; 21.1, 2). Isso fundamenta o conceito de que

 João está testemunhando e registrando os eventos his-tóricos reais à medida que eles acontecem. Isso tam-

bém sustenta a evidente intenção da passagem dedemonstrar que esses eventos ocorrem na seqüênciaem que são apresentados no Apocalipse, dessa formaapoiando a visão prémilenar da volta de Cristo,porque Ele volta no capítulo 19 e então, depois deSeu advento, Ele reina por mil anos no capítulo 20.

 Apocalipse 19.1116 apresenta Cristo comoEle nunca antes apareceu na história. Ele está vestidoem trajes de batalha com o propósito de julgar Seusinimigos, que provaram ter sido, na história, rebeldes

injustos contra o Deus Triúno. Cristo volta montadoem um cavalo branco, com o intento de julgar, comoindicam Seus olhos em chama de fogo e Seu mantotinto de sangue (19.12, 13). Ele destrói seus inimigoscom uma mera palavra (19.12, 15). O mesmo quechamou a criação à existência (Gênesis 12) dirá apalavra do juízo de destruição. A noiva de Cristo seguelogo após Ele, montando cavalos brancos (19.14). Eo julgamento deve preceder o estabelecimento de Seureino de justiça (o Milênio de Apocalipse 20), pois omal não terá permissão de existir em um reino justo.

 A r m a g e d o m

Em seguida, João vê a conclusão da batalhado Armagedom (19.17, 18). Um anjo “posto em péno sol” clamará “falando a todas as aves que voampelo meio do céu: Vinde, reunivos para a grande ceiade Deus” (19.17). O julgamento de Deus vai impactartodos os Seus inimigos independente de seus status(19.18). Nós, que temos testemunhado freqüentemen-

te as injustiças de nosso sistema judiciário humano,podemos ficar seguros de que Deus vai aplicar a jus-tiça total e reta.

 A Be s t a  e  o  Fa l so  Pr o f e t a

Em seguida (19.1921), João vê a Besta (Anticristo) e o Falso Profeta. Eles são aprisionados e lança-

dos no i ago ae rogo, ao quai a oioua aiz que "areiecom enxofre” (19.20). Depois que a batalha é vencida,os ímpios são reunidos e sentenciados. A Bíblia diz queo Lago de Fogo foi criado para o Diabo e seus anjos(Mateus 25.41), e os dois primeiros a ocupálo serão o

 Anticristo e o Falso Profeta. Mas, por que eles sãolançados no Lago de Fogo, enquanto o dragão (Satanás)é lançado no abismo por mil anos (20.13)? A respostaé que o papel do Anticristo e do Falso Profeta na históriaestará terminado. O Lago de Fogo é o lugar para onde

irão os nãoeleitos depois que forem julgados e senten-ciados. Satanás ainda terá um último ato no fim doMilênio, por isso ele é acorrentado no abismo, esperandoser enfim solto, porém por pouco tempo (20.710).Depois que o Anticristo e o Falso Profeta são lançados

 vivos dentro do Lago de Fogo (19.20), o restante dahumanidade é então morta “com a espada que saía daboca daquele que estava montado no cavalo” (19.21).Isso abre o caminho para o estabelecimento do reino deDeus sobre a terra.

 A po ca l ipse  20

Satanás Acorrentado

O que talvez será a maior captura de um crimi-noso na história do mundo é o que João vê em seguida(20.13). Satanás é preso por um anjo e acorrentadopor mil anos no abismo “para que não mais enganasseas nações até se completarem os mil anos” (20.3). Oabismo é o Hades ou Sheol, popularmente conhecido

em nossos dias como inferno. Colocar Satanás noabismo será como capturar um criminoso e mantêloem uma cela na delegacia enquanto aguarda o julga-mento. Depois que um criminoso é condenado porseu crime, ele é então enviado a uma penitenciáriaestadual ou federal para cumprir sua sentença. Elenão é mandado de volta à delegacia onde esperava o

 julgamento. Sabemos, baseados na história do homemrico e Lázaro (ver Lucas 16.1931), que o Hades ouSheol é muito semelhante ao Lago de Fogo, embora

sejam dois locais diferentes —assim como a cela dadelegacia e da penitenciária são diferentes, emborasemelhantes. Observe que a passagem diz que “énecessário que ele seja solto pouco tempo” (20.3).Por quê? Para que ele possa atrair todos os descrentespara si no fim do Milênio (20.710), em sua últimatentativa de batalhar contra Deus. Mas ele vai fracas-sar e seus seguidores serão identificados e julgados.

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 V 

;?«fV 0 Arrebatamento/

(Apocalipse 4.1)

^ Apocalipse 19 - 22

i t

A Era da Igreja

\ \

\ As linhas do tempo de duração\ desproporciona! estão

) ) interrompidas para indicar(  que e!as nSo téra a mesma

\ \extensão de tempo que as\ \demais kihas no grafico.

A Nova J erusalém(Apocalipse 21.22)

Eterno

SatanásSatanás A Besta

0 Falso Profeta

 A R e s s u r r e i ção   d o s  Sa n t o sEm Apocalipse 20.46 João vê a ressurreição

dos santos da Tribulação. Sabemos, baseados emDaniel 12.2 que todos os santos do Antigo Testamentotambém serão ressuscitados nesse tempo. Os cristãosda era da igreja já terão sido ressuscitados no Arreba-tamento da igreja, antes dos sete anos da Tribulação(1 Coríntios 15.5158; 1Tessalonicenses 4.1318). Ossantos de todas as eras poderão, então, reunirse noreino longamente esperado. Que tempo maravilhoso

será esse quando tomarmos “lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus” (Mateus8.11)! Em contraste com a condenação de Satanás eseus seguidores, os cristãos que foram “decapitadospor causa do testemunho de Jesus, bem como porcausa da palavra de Deus” (20.4) vão passar a eterni-dade com Jesus, começando com o reino de mil anos.

 Algumas pessoas tentam argumentar quehaverá uma única ressurreição que ocorrerá apenasno final de toda a história. Geralmente elas citam João5.28, 29: “Não vos maravilheis disto, porque vem ahora em que todos os que se acham nos túmulosouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem,para a ressurreição da vida; os que tiverem praticadoo mal, para a ressurreição do juízo”. Embora essa pas-sagem seja uma declaração sobre o fato da ressurreiçãoem geral, ela não contradiz outras passagens que ofere-cem mais detalhes concernentes a diferentes ressurrei-ções. Apocalipse 20.5 chama a ressurreição dos santos

da Tribulação de “a primeira ressurreição”. Os “res-

tantes dos mortos” —isto é, todos os descrentes —“nãoreviveram até que se completassem os mil anos”. AsEscrituras deixam claro que os descrentes e os cristãosserão ressuscitados em momentos diferentes.

 A “primeira ressurreição”, a propósito, é umadistinção qualitativa, em vez de indicar mera seqüên-cia cronológica. Há múltiplas primeiras ressurreições:a ressurreição de Cristo após Sua morte, o Arrebata-mento da igreja, a ressurreição dos santos da Tribula-ção, e dos crentes do Antigo Testamento depois da

segunda vinda, e, presumivelmente, a ressurreiçãodos crentes mortais no fim do Milênio. Contudo,haverá somente uma “segunda ressurreição” de todosos descrentes que estão reunidos no Sheol ou Hades,durante toda a história, a serem julgados no final dostempos (20.5). Assim, haverá múltiplos eventos deressurreição ao longo da história, e podemos estarcertos de que cada ser humano será ressuscitado damorte em algum momento para ser preparado para aeternidade —seja para habitar na Nova Jerusalémseja para ser lançado no Lago de Fogo.

 A So l t u r a  d e  Sa t a n á s

Em um certo sentido, Apocalipse 20.710descreve a “segunda vinda” de Satanás. Em vez de

 vir da destra do Pai, como o nosso Senhor Jesus Cris-to, Satanás será solto de sua prisão nas profundezasda terra (20.7). Se isso não prova mais nada, o apri

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sionamenio ae oaranas aeraonstra ciarameme quepassar tempo na prisão não reabilita ninguém. Nofinal dos mil anos, ele continuará sendo tão malquanto sempre tem sido. O mesmo é verdadeiro emrelação às pessoas: a prisão não traz uma reforma

 verdadeira; somente um coração transformado podelevar a uma vida transformada.

Por que Satanás será solto do abismo? Ele“sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos daterra... a fim de reunilas para a peleja” (20.8). Satanás

e seus seguidores marcharam e “sitiaram o acampa-mento dos santos e a cidade querida” (20.9), que é

 Jerusalém. E como Deus vai lidar com essa revoltafinal da história? Ele se livrará deles em um momento,ordenando que desça fogo do céu e os devore (20.9).Então Satanás será lançado no Lago de Fogo, suamorada eterna, reunindose a seus dois comparsasde crime, o Anticristo e oFalso Profeta (20.10). O

texto continua: “E serãoatormentados de dia e denoite, pelos séculos dos sé-culos” (20.10). Essa é uma das muitas afirmaçõesclaras que ensinam que a punição no Lago de Fogo éeterna e nunca terá fim.

O G r a n d e  J u l g a m e n t o  

d o   T r o n o   B r a n c o

 João, em seguida, vê “um grande trono brancoe aquele que nele se assenta, de cuja presença fugirama terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (20.11).Esse é o julgamento final para todos os descrentes,em que João vê “os mortos, os grandes e os pequenos,postos em pé diante do trono” (20.12). Cada indivíduoque rejeitou o dom gratuito da salvação por meio deCristo, agora terá de se apresentar diante de Deus eprestar contas de seus pecados. Não haverá exceçãopara ninguém.

Em quais bases esses descrentes serão julgados?“Segundo as suas obras” (20.12). E por qual padrãosuas obras serão medidas? Pelo próprio padrão da justiçade Deus. As Escrituras ensinam que “todas as nossas

 justiças (são) como trapo de imundícia” (Isaías 64.6).Se isso é o que temos de melhor para oferecer a Deus,

 você pode imaginar o que Deus pensa de nossas obrasmás? Não há nenhuma esperança de alguém passar pelo

 juigamento ae jL/eus a pane ae v nsto. i\  oíDiia aiz queos descrentes serão todos “lançados para dentro do Lagode Fogo” (20.15) juntamente com os outros três que jáestarão lá.

A p o c a l ip s e   21 22

Os dois últimos capítulos de Apocalipse ter-minam com o relato do que João viu no estado debênção que os crentes vão experimentar por toda a

eternidade. Os crentes em Cristo terão um maravi-lhoso destino à sua frente; o melhor ainda está por

 vir!

U m  N o v o  C é u  e  u m a  N o v a  T e r r a

Na eternidade,o apóstolo João vê “no-

 vo céu e nova terra, poiso primeiro céu e a pri-

meira terra passaram”(21.1). Pedro tambémoferece mais detalhes,

dizendo que os céus que agora existem “passarão comestrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abra-sados; também a terra e as obras que nela existemserão atingidas” (2 Pedro 3.10). Deus, então, substi-tuirá o nosso presente universo com “novos céus enova terra, nos quais habita justiça” (2 Pedro 3.13).

Como indica a lista na próxima página, há

grandes contrastes entre o presente universo e o novo,que Deus nos dará no início da eternidade. Por exem-plo, na nova terra “o mar já não existe” (Apocalipse21.1). O que significa isso? Por toda a Bíblia, o marrepresenta o potencial para o mal (Gênesis 1.610, 21;Daniel 7.2, 3; Efésios 4.14; Apocalipse 13.1; 17.15).Como assim? O mar, na tipologia bíblica, é uma figurade instabilidade perigosa porque não tem forma pró-pria. A água assume o formato de seu recipiente e,assim, pode ser manipulada e influenciada de maneira

negativa. Portanto, o mar é um símbolo da humanidadedecaída, que está sem a Palavra de Deus e conseqüente-mente está vulnerável às influências satânicas. O fatode que não mais haverá mar na nova terra, significa quenão haverá mais potencial para o mal. E não haverámais potencial para que alguém caia novamente empecado, pois o mal foi para sempre removido da novacriação de Deus.

O mesmo que chamou a criação àexistência (Gênesis 1-2) dirá a palavra

do juízo de destruição.

Glorioso Retorno 123

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 A D e s c id a   d a   N o v a  J e r u s a l é m

 João, então, prossegue descrevendo a nova Jerusalém em Apocalipse 21.222.5. De todas as gran-des cidades na história do mundo somente Jerusalémterá uma presença na eternidade. A nova Jerusalém,préconstruída no céu, descerá “do céu, da parte deDeus, ataviada como noiva adornada para o seuesposo” (21.2). Essa cidade será a mais deslumbrante

de toda a história! O mais maravilhoso, é que nessacidade, a qual estará livre do mal, será possível queDeus, que é santo, habite com a humanidade: “Eis otabernáculo de Deus com os homens. Deus habitarácom eles. Eles serão povos de Deus e Deus mesmoestará com eles” (21.3).

Como será essa nova Jerusalém? João nos dáa seguinte descrição:

 AD e s c r iç ã o  d a  N o v a  J e r u s a l é m

• Não mais haverá mar (21.1).

• Todas as coisas se fizeram novas (21.1).

• Deus, o Pai, habitará no meio de Seu povo (21.3).

• Não haverá mais morte, choro ou dor (21.4).

• Todos os crentes vão herdar as bênçãos da nova Jerusalém (21.7).

• A nova Jerusalém terá um fulgor semelhante auma pedra preciosa, como pedra de jaspe crista-

lina (21.11).• A cidade tem uma grande e alta muralha, com

doze portas guardadas por anjos em cada umadelas (21.12).

• Os nomes das 2 tribos de Israel aparecerão nasportas (21.12).

• Há três portas em cada um dos quatro lados dacidade (21.13).

• A muralha da cidade tem 12 fundamentos de pe-

dras, e sobre eles os nomes dos 12 apóstolos doCordeiro (21.14).

• A cidade é um cubo medindo 2.200 quilômetrosde largura, e 2.200 quilômetros de comprimento,e 2.200 quilômetros de altura (21.1517, KJA);possivelmente uma montanha.

• A estrutura da muralha é de jaspe (21.18).

• A cidade é de ouro puro, semelhante a vidro trans-parente (21.18).

• Os fundamentos da cidade são adornados comas seguintes pedras preciosas: jaspe, safira, calcedônia, esmeralda, sardônio, sárdio, crisólito, berilo, to-pázio, crisópraso, jacinto e ametista (21.19, 20).

• As doze portas são doze pérolas; cada uma delasde uma só pérola (21.21).

• Não há santuário na cidade, pois o Senhor DeusTodoPoderoso e o Cordeiro são o santuário (21.22).

• Não há sol ou lua, pois a glória de Deus iluminaráa cidade, e sua lâmpada é o Cordeiro (21.23).

• As nações andarão mediante a luz de sua glória(21.24).

• Os reis de toda a terra lhe trarão a sua glória(21.24).

• Não haverá mais noite, somente dia (21.25).

• Nela não haverá nenhuma impureza, nem nin-

guém que pratique abominação e mentira(21.27).• O “rio da água da vida”, claro como cristal, sairá

do trono de Deus e do Cordeiro para o meio darua principal da cidade (22.1, 2, KJA).

• De uma e de outra margem do rio está a árvoreda vida, que dá doze tipos de fruto, e produz seufruto de mês em mês; e as folhas das árvores sãopara a cura das nações (22.2).

• Nunca mais haverá qualquer maldição (22.3).

• O trono de Deus e do Cordeiro estarão na cidade(22.3).

• Os crentes agora poderão ver a face do Pai e onome de Deus estará em suas frontes (22.4).

• Não haverá mais sol porque o Senhor Deus ilu-minará a cidade, e as pessoas vão reinar para todoo sempre (22.5).

Que magnífico e glorioso futuro espera todosos crentes em Cristo! E sabemos apenas uma pe-quena fração do que Deus tem reservado para o futuro—“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou no coração humano o que Deus tempreparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios2.9).

 Apocalipse22, então, termina com uma notageral de conclusão e conforto para os crentes. Deacordo com o caráter gracioso de Deus, é bem apro-priado que esse último livro da Bíblia termine com

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um aerraaeiro convne para os peraiaos para que creiam que ouve, aiga: vem: ziqueie que tem seae venna, eem Cristo: “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele quem quiser receba de graça a água da vida” (Ap 22.17).

47.

 As V árias V isões do M ilênio

Há três visões do Milênio, que são mencionadas seis vezes em Apocalipse 20.1-7.Essas três visões são o pré-milenarismo, o amilenarismo e o pós-milenarismo.

O P r é -M il e n a r is m o

O prémilenarismo ensina que a segunda vinda de Cristo à terra e o estabelecimento do Seu

reino ocorrerão antes do reino milenar de Apocalipse20.17. O termo português é composto dos seguinteselementos do latim:pré significa “antes”,millesignifica“mil”, e annus significa “anos” em relação à segunda

 vinda de Cristo. Portanto,pré-milenarismo significa queCristo voltará à terra “antes dos mil anos”.

O prémilenarismo dispensacional afirma quehaverá, no futuro, um reino literal de mil anos, emque Jesus Cristo governará sobre a terra, depois do

 Arrebatamento, da Tribulação, e da segunda vinda.Há várias formas de prémilenarismo que diferem

quanto à relação do Arrebatamento com a Tribulação(ver as visões prétribulacionista, médiotribulacionista, póstribulacionista e Arrebatamento parcial nográfico da página 104), mas todos ensinam que oMilênio é um período literal de mil anos que vemlogo após o segundo advento de Cristo.

No Antigo Testamento, há várias referênciasao Milênio como um tempo futuro em que Israel serárestabelecido em sua terra, em bênção. Contudo, ésomente em Apocalipse 20 que a duração desse reino

terreno do Messias é especificado.O prémilenarismo ou quilianismo,  como eraconhecido na igreja primitiva, foi o primeiro dos trêssistemas milenares a surgir. O prémilenarismo foiabandonado durante a Idade Média, mas foi reavivadopelos puritanos no século XVII. Esse é o ponto de

 vista da maioria dos que adotam uma abordagem deinterpretação bíblica conservadora.

A m il e n a r is m o

O amilenarismo ensina que não haverá umreino milenar de Cristo sobre a terra no futuro, emsentido literal. Contudo, a maioria dos proponentesdiz que uma forma espiritual do reino está presenteagora. O termo português é derivado dos seguinteselementos: a vem do grego e significa “não”. Milleeannus são palavras latinas e significa “mil” e “anos”,respectivamente. Dessa forma, amilenarismo signifi-ca “não mil anos”.

O amilenarismo ensina que a partir da ascen-são de Cristo, no primeiro século, até Sua segunda

 vinda (sem Arrebatamento), tanto o bem quanto omal vão aumentar no mundo, enquanto o reino de

Deus coexiste com o reino de Satanás. Embora osamilenaristas creiam que Satanás está atualmentepreso, eles ensinam que o mal vai aumentar. Quando

 Jesus Cristo voltar, se dará o fim do mundo com aressurreição geral e o julgamento de todas as pessoas. A visão é essencialmente uma espiritualização dasprofecias referentes ao reino.

O ponto de vista amilenarista não estava pre-sente na igreja mais antiga —pelo menos não há regis-tro de sua existência. Parece que ele surgiu como resul-tado da oposição ao literalismo prémilenarista. O ami-

lenarismo passou a dominar a igreja quando os grandespais da igreja e teólogos Agostinho (354430) e Jerônimo (c. 345 —419) abandonaram o prémilenarismoem favor do amilenarismo. Não é exagero dizer queo amilenarismo tem sido a visão mais amplamentedefendida por muitos dos líderes da igreja ao longoda história, incluindo a maior parte dos reformadoresprotestantes durante os séculos XV e XVI.

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P ó s - M i l e n a r is m o

O pósmilenarismo ensina que o reino deCristo está agora sendo extendido por todo o mundopor meio da pregação do evangelho e que a maioriadas pessoas será convertida a Cristo, o que resultaráem uma conseqüente cristianização do mundo atual.O termo português é formado dos seguintes ele-mentos latinos: post significa “após”, millesignifica

“mil” e annus “anos” em relação à segunda vinda deCristo. Portanto,pós-milenarismo significa que Cristo voltará à terra “após os mil anos”.

O pósmilenarismo ensina que a era atual é oMilênio, que não é necessariamente um período literalde mil anos. Os pósmilenaristas acreditam que pormeios espirituais haverá um progressivo crescimentoda justiça, da prosperidade e desenvolvimento emtodas as esferas da vida, enquanto a maioria crescentede cristãos finalmente conquista o mundo para Cristo.Então, depois que o cristianismo houver dominado

o mundo por um longo período de tempo (o gloriosoreino de vitória da igreja), Cristo voltará. Nesse tempo,haverá uma ressurreição geral, a destruição desta pre-sente criação, e o início do estado eterno. O pósmilenarismo difere do prémilenarismo e do amilenarismo por sua visão otimista de que essa vitória sedará sem que seja necessária uma volta cataclísmicade Cristo para impor a justiça. Em vez disso, a vitóriaserá resultado da aplicação firme dos meios dispo-níveis durante nossa era atual.

O pósmilenarismo não se constituiu realmenteem um sistema distinto de escatologia, senão após aReforma. Antes desse tempo havia algumas ten-dências de pensamento que mais tarde foram incluí-das numa mistura teológica de pósmilenarismomoderno. O pósmilenarismo foi, então, a últimaposição importante sobre o Milênio a se desenvolver.

 John Walvoord observa que há dois tiposprincipais de pósmilenarismo:

“A partir de (Daniel) Whitby (16381726), esses

grupos oferecem dois tipos de pósmilenarismoque têm persistido até o século XX: 1) um tipobíblico... que encontra seu material nas Escri-turas e seu poder em Deus; 2) o tipo teológicoliberal ou evolucionista, que tem por base a con-fiança no homem para alcançar o progresso pormeios naturais. Esses dois amplamente separa

Visões do MilênioPré-milenarismo

l’SO Grande TronoBrancoA Segunda

Ressurreição

A Eternidade

AmilenarismoA Primeira

Ressurreiçãoé espiritual

na conversãoA Segunda

VindaA Segunda

Ressurreição

 Todos os Julgamentos

A Era da Igreja

O Milênio

Pós-milenarismoA Primeira

Ressurreiçãoé espiritual

na conversão

A Eternidade

i Progressão Contínua

A SegundaVindaASegunda

Ressurreição

 Todos os J ulgamentos

O Milênio

dos sistemas de crenças têm uma coisa em co-mum: a idéia de progresso e solução finais dasdificuldades atuais”.38

O pósmilenarismo foi a visão dominante doMilênio na América durante grande parte do séculoXIX, mas por volta dos anos 1960 estava virtualmenteextinta. Os últimos 25 anos têm testemunhado o res-surgimento do pósmilenarismo em alguns círculosconservadores por meio do Movimento de Recons-trução Cristã.

O prémilenarismo é a única visão que qual-quer um pode afirmar se interpretar o texto de Apoca-lipse 20 de uma maneira usual ou literal. E importanteobservar que em Apocalipse 19 Cristo volta e então

estabelece Seu reino Milenar, em Apocalipse 20.Uma leitura usual das palavras e das frases deixa claroque os eventos de Apocalipse 19 antecedem e prepa-ram o caminho para os eventos de Apocalipse 20.Sendo assim, a segunda vinda de Cristo antecede umMilênio (mil anos), o que significa que a Bíblia ensinaa visão do prémilenarismo.

126 Glorioso Retorno

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48.O n d e  o s Mo r t o s Estão  A g o r a?

Uma pergunta que muitas pessoas fazem é: "Onde estão os mortos?" Ao longo de todas as eras,as pessoas têm ansiado por descobrir a resposta - particularmente logo após a morte de uma

pessoa querida. Quando criança, eu (Tim) fiz essa pergunta após a morte de meu pai.

Centenas de vezes, nos funerais, as pessoas me fazem tal pergunta. O homem nascecom uma consciência eterna, assim ele sabe intuitivamente que há vida após a morte.

Nenhum outro a não ser Jesus Cristo já deuuma resposta digna de crédito a essa questão —nenhu-ma religião, nenhum educador, ninguém. Isso porqueninguém sabe onde ou como a vida pósmorte vai serevelar. Ninguém, isto é, exceto Jesus Cristo. Ele nostem dado o ensino mais decisivo sobre esse assunto,e o gráfico da página 129 está baseado nesse ensino.

 Antes de examinarmos o que Jesus disse, vamos ver oque a Bíblia, como um todo, diz sobre a morte.Nos 39 livros do Antigo Testamento, o mundo

dos mortos é chamado “Sheol” 65 vezes. Essa palavrapode ser traduzida como “sepultura”, “inferno” ou“morte”. O Sheol não deve ser confundido com o“abismo” ou o Lago de Fogo, pois ele é o lugar detodos aqueles que partiram desta vida, tanto oscrentes quanto os descrentes. A palavra no NovoTestamento para o mundo dos mortos é “Hades” (queaparece 42 vezes). E importante notar que Sheol eHades não são o mesmo que inferno, como bemesclarece a nova tradução da Bíblia King James. Tantoa palavra hebraica Sheol como a palavra grega Hades se referem ao mesmo lugar temporário, enquanto queo inferno é uma habitação permanente de puniçãoque durará eternamente.

“Tártaro”, uma palavra que aparece somenteuma vez em toda a Bíblia (2 Pedro 2.4), é definidapelos estudiosos da Bíblia como “o mais profundoabismo do Hades”. A verdade é que não sabemos

muito sobre esse abismo profundo, exceto que, comoparte do Hades, ele também é provavelmente tem-porário.

“Gehenna” é a palavra no Novo Testamentopara o lugar permanente dos mortos, usada pelo pró-prio Jesus Cristo 11 vezes. Tiago também usou a pala-

 vra (Tiago 3.6). Derivada das palavras hebraicas valley 

e Hinnom, Gehenna se refere ao Vale de Hinnom, forada cidade de Jerusalém, onde o lixo da cidade era des-carregado. Uma característica desse vale era que o fogoardia continuamente ali. Muitos vêem nisso umaperfeita caracterização do inferno —um lugar onde“o fogo não se apaga” (Marcos 9.48), conhecido tam-bém como Lago de Fogo (Apocalipse 20.14).

 A antiga versão King James da Bíblia, eminglês, traduz todas estas palavras —Sheol, Hades,Gehenna, Tártaro —da mesma maneira: “inferno”.Isso leva os leitores a suporem que elas se referemao mesmo lugar, quando na realidade não é assim.

 Várias versões modernas da Bíblia têm distinguidoclaramente as diferenças. A Bíblia King James Atua-lizada (KJA), por exemplo, classifica os lugares tem-porários de “Sheol” ou “Hades”, e o lugar definitivodos mortos de “inferno”.

A D e s c r iç ã o   d o   S h e o l - H a d e s

Para fornecer um quadro mais completo doSheol —Hades, relacionamos abaixo alguns versí-culos que descrevem esse lugar:

Provérbios 9.18 Um lugar onde existem mortos.Salmos 86.13 Um lugar para a alma.Salmos 9.17 Um lugar para os ímpios e para

aqueles que se esquecem de Deus.

Gênesis 44.29 O piedoso Jacó esperava ir para lá.Salmos 88.3 Davi esperava ir para lá.Salmos 89.48 Todos os homens irão para o Sheol.

 Assim, parece que o Sheol é um lugar paraonde ambos, justos e ímpios, irão imediatamente apósa morte. Tratase de um lugar específico e que aparen-temente é o lugar de habitação das almas. Salmos 49.15

Glorioso Retorno 127

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aiz: "iVLas ueus remira a minha alma do poder damorte”, o que indica que os justos esperam o dia emque serão libertos do Sheol.

 A descrição mais completa de Sheol Hadesna Bíblia vem do próprio Jesus Cristo em Lucas 16.1931, onde lemos o relato sobre os dois homens quemorreram e foram para o Hades. É importante obser- var que essa história não é uma parábola, mas oregistro do que realmente aconteceu. Nas parábolasos personagens não recebem nomes definidos, em

 vez disso, eles são identificados como “um certohomem”, “um homem”, “um administrador” e assimpor diante. Essa história usa nomes reais —Abraão eLázaro. Tanto Lázaro quanto o homem rico forampara o Hades, mas não para a mesma parte. O gráficona página 129 esclarece o relato do nosso Senhor doque aconteceu e pode servir como um guia básicopara alguns eventos futuros discutidos neste livro.

 T r ê s  C o m p a r t im e n t o s  n o  H a d e s

Baseados em Lucas 16.1931 podemos dedu-zir que o Hades é composto dc três compartimentos:O Seio de Abraão, o Grande Abismo, e o Lugar deTormento.

O compartimento mais agradável no Hades,figuradamente chamado de “Seio de Abraão” ou “Pa-raíso”, é um lugar de conforto. No versículo 25, Abraãodiz a Lázaro: “Agora, porém, aqui, ele está consolado”.Esse seria o paraíso do Antigo Testamento, para onde

 vão as almas dos justos mortos imediatamente apósa morte. Podemos supor corretamente que, comoLázaro, eles eram levados pelos anjos a esse lugar deconforto. E também um lugar de companheirismopara Lázaro, pois ele tem a alegria da comunhão com

 Abraão. Embora tenha sido maltratado na terra, eleagora mantém uma posição invejável ao lado de

 Abraão. Isso, é claro, indica a maravilhosa possibi-lidade de termos comunhão com todos os outrossantos de Deus que se foram antes de nós: Elias,Moisés, Davi e milhões de outros.

Não há muitos detalhes sobre o segundo com-partimento, o Grande Abismo, mas sabemos que é umabismo intransponível através do qual os homenspodem olhar e se comunicar, mas não podem atraves-sar. Deus planejou que “os que desejam passar donosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso,não conseguem” (versículo 26, KJ A). Evidentemente

há uma fenda que separa os crentes e os descrentes,no além. Uma vez que a pessoa está morta, ela estáconfinada a um lado ou ao outro —conforto ou tor-mento. (Alguns estudiosos da Bíblia também crêemque esse Grande Abismo não tem fundo, e que elepode muito bem ser o abismo profundo de Apocalipse20.3, onde o Diabo será lançado por ocasião doglorioso retorno do Senhor Jesus Cristo.)

 Jesus nos dá mais detalhes sobre o Lugar deTormento do que sobre os outros dois comparti-mentos. Jesus está claramente interessado em advertiros homens sobre esse lugar de modo a impedilos deirem para lá. O homem rico chamou o Hades de umlugar  de tormento, indicando que é um lugar real, nãomeramente um estado de existência, como algunsgostariam de acreditar. O versículo 22 nos diz que “orico também morreu e foi sepultado” (KJ A), e o versí-culo 23 começa: “No Hades, onde estava sendo ator-mentado, ele olhou para cima...” (KJA). Parece nãohaver um estado intermediário; o descrente vai ime-

diatamente para o Lugar de Tormento. O versículo23 também sugere que o homem rico está conscientede seus erros, pois afirma: “Ele levantou os olhos e

 viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio”. Issoindica que uma das horríveis torturas do Hades seráque suas vítimas poderão olhar do outro lado doGrande Abismo e ver o conforto e as bênçãos doscrentes que estão sendo confortados. O descrenteserá constantemente lembrado de seu erro de terrejeitado a Deus.

L ib e r t a ç ã o   d o   S h e o l - H a d e s

Uma das vitórias alcançadas por meio damorte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo équé os crentes da era da igreja não têm mais que irpara o Sheol —Hades. Salmos 16.10, como citado porPedro em Atos 2. 2531, estabelece o fato de que Jesusnão está no Sheol Hades hoje. Considerando que alocalização do Hades é referida como sendo “embai-xo”, sabemos a partir de Atos 1.9 que o Senhor Jesus

foi “elevado às alturas”. Mais tarde, em 2 Coríntios5.8, Paulo nos diz: “Entretanto, estamos em plena con-fiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Se-nhor”. Em outras palavras, desde a ressurreição oscrentes que morrem não vão mais para o Sheol —Hades, mas estão “habitando com o Senhor”, queestá no céu. De fato, o Senhor Jesus está presentemente

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Onde os Mortos Estão Agora?.Trono

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Paraíso —► O Grande Abismo

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Os Livros sâo Abertos

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O Reino1.000 Anos E 0)

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O Mundo Invisível

“à direita de Deus” (Atos 7.55). Conseqüentemente,quando um crente cios nossos dias (ou algum cristãoda era da igreja) morre, ele não vai mais para o Sheol—Hades, mas sua alma segue imediatamente para océu para estar com seu Salvador Jesus Cristo.

Uma questão naturalmente nos confronta:

Quando essa mudança aconteceu? Sabemos que oSenhor Jesus foi para o Paraíso, pois em Lucas 23.43ele disse ao ladrão na cruz que clamou por salvação:“Hoje estarás comigo no paraíso”. Entretanto, sabemosque Jesus foi diretamente da cruz para o comparti-mento Paraíso, do Sheol Hades. Além disso, Efésios4.810 revela que o Paraíso não está mais localizadono Hades, mas foi levado por Cristo para o céu. Issoindica que o crente agora vai para o céu, onde se reúnecom os santos do Antigo e do Novo Testamento. Issosignifica que o compartimento Paraíso, do Hades, agora

está vazio. Também é bem possível que nessa transiçãoo Senhor J esus tenha apanhado as chaves do Hades eda morte das mãos de Satanás, pois vemos em Apo-calipse 1.18 que elas agora estão em Seu poder.

Isso nos leva ainda a outra questão: Por queos santos do Antigo Testamento foram primeiramenteenviados ao Lugar de Conforto ou Paraíso? Por que

Daniel, Davi, Abraão e todos os outros grandeshomens e mulheres de Deus não puderam ir direta-mente para o céu? Afinal de contas, eles creram emDeus enquanto viviam na terra. A resposta é encontradana insuficiência da expiação de seus pecados. No AntigoTestamento os pecados eram temporariamente cober-

tos pelo sangue de um cordeiro. Mas o sangue de umanimal não era suficiente para purificar de uma vezpor todas os seus pecados (Hebreus 9.9, 10). Osacrifício de animais era um exercício de obediênciano qual as pessoas confiavam pela fé que Deus, algumdia, providenciaria uma purificação permanente dopecado por meio do sacrifício de Seu Filho.

Quando nosso Senhor clamou na cruz: “Estáconsumado!” (João 19.30), Ele estava dizendo queo sacrifício final pelos pecados do homem estavapago. Deus, em carne humana, pôde realizar o que

nenhum sacrifício de animal jamais poderia: expiar ospecados do mundo inteiro. Após render Sua alma,

 Jesus desceu ao Hades e levou todos os crentes do Antigo Testamento, que eram mantidos cativos atéque seus pecados fossem finalmente expiados,conduzindoos ao céu, onde estão presentementecom Ele.

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N ã o   h á   L im b o   n e m  

P u r g a t ó r io

O estado da alma não deve ser confundidocom o tão popularizado Purgatório ou Limbo, quenão é encontrado na Palavra de Deus. Dizse que oPurgatório é um lugar onde os homens vão paracumprir penitência ou sofrer pelos pecados que

cometeram neste mundo, com o fim de serempurificados para uma estado melhor de vida após amorte. Há uma diferença surpreendente entre oensino bíblico sobre o estado presente dos mortos eesse falso ensino: não há qualquer indicação naBíblia, de que aqueles que estão na área de tormentodo Sheol —Hades, ou os que estão no céu, poderãomudar para outro lugar, que não onde eles já seencontram, por toda a eternidade. Já aprendemos queaqueles que estão no Lugar de Tormento jamais

podem atravessar o Grande Abismo e entrar noParaíso. Pelo contrário, todos aqueles que estãopresentemente em tormento, no final serão lançadosno Lago de Fogo porque não aceitaram Jesus Cristoe porque seus nomes não estão escritos no Livro da

 Vida (Apocalipse 20.1215). A sugestão de que aquelesque estão em tormento hoje, receberão uma oportu-nidade posterior de serem salvos, contradiz Isaías38.18, que diz: “A sepultura (Sheol) não te podelouvar, nem a morte glorificarte; não esperam emtua fidelidade os que descem à cova”. O lugar detormento é estritamente um lugar de sofrimento eem que não há absolutamente ensino da verdade.Portanto, aqueles que entram nesse lugar não têmesperança de escapar.

O C a m in h o   p a r a   o   P a r a ís o

Um homem vai para o Hades não porque eleé rico ou pobre, ou porque é um assassino, umdevasso ou um ladrão. Um homem é enviado para oHades porque é descrente —alguém que nuncaaceitou a Jesus Cristo como seu Salvador. De acordocom João 3.18: “Quem nele crê não é julgado; o quenão crê já está julgado, porquanto não crê no nome

do unigénito Filho de Deus.”Observe que tanto aqueles que vão para o

Paraíso como aqueles que vão para o Hades são peca-dores. Esses morrem em seus pecados, enquantoaqueles que habitam no Paraíso receberam o perdãode seus pecados em algum momento de sua vida. Opróprio Jesus nos deu uma direção clara sobre comoobter a permissão de entrar em Seu glorioso lugarquando disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida;

ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).Somente por Jesus Cristo, então, podemos obter acessoao Pai, que está no céu (onde o Paraíso está agora). ABíblia diz que todos os homens merecem ir para oinferno (Romanos 3.23; 6.23), e somente pela fé noSenhor Jesus Cristo e em Sua obra completa na cruzé que podemos escapar do Hades e do inferno. João1.12 diz: “Mas, a todos quantos o receberam, deulheso poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aosque crêem no seu nome”.

Para ativar os efeitos eternos do perdão deDeus pelos pecados por meio da morte de Seu Filho,uma pessoa deve invocar o nome do Senhor e serásalva (Romanos 10.13). Não há outro caminho —enão há uma segunda chance.

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49.O Fim d a  H istória , 

o Começo  d a  Et e r n i d a d e

O fim da história como conhecemos virá como uma torrente dos mais incríveis eventos jamaisexperimentados pela humanidade. Depois disso, entraremos na eternidade, que está alémda imaginação humana. O apóstolo Paulo falou sobre a eternidade: "Mas como está escrito:

Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou no coração humano o que Deustem preparado para aqueles que o amam" (1 Coríntios 2.9). Isso foi escrito antes que Deus

houvesse dado ao apóstolo J oão uma pequena visão antecipada da eternidade, no livrode Apocalipse. As coisas que sabemos sobre o futuro são tão atraentes que devem motivar

qualquer pessoa a se preparar imediatamente para a eternidade,recebendo pessoalmente a J esus Cristo como seu Senhor e Salvador.

as ilhas dos mares submergirão e os montes de todaa superfície da terra serão aplainados.

5. O Julgamento das Nações  (Mateus 25.3146)Este é também chamado de julgamento das

ovelhas e bodes, quando Jesus separa os crentes dosdescrentes no final da Tribulação. As ovelhas são oscrentes e irão para o reino Milenar; os bodes são aquelesque passaram pela Tribulação e ainda não são salvos,assim eles são levados para o “castigo eterno”.

6. O Anticristo eo FalsoProfeta são lançados no Lago 

deFogo  (Apocalipse 19.20, 21)No julgamento de suas más obras durante a

Tribulação, esses dois homens serão imediatamentelançados dentro do Lago de Fogo. Não há nenhumaindicação de que eles serão julgados como todos osoutros homens —provavelmente porque vão recebera mais severa punição imaginável por terem cometidoo pior pecado conhecido pelo homem: enganar outrasalmas a respeito de Deus e do caminho para Deus.Eles provavelmente se associarão como cúmplices,

durante aquele período de sete anos, para enganar omaior número de pessoas e causar danos ao maiornúmero de almas do que quaisquer outros homensna história.

7. Satanás é Preso por 1000 Anos (Apocalipse 20.13)O maior enganador do mundo será aprisiona-

do no abismo profundo, assim ele não poderá enganar

Muitos dos 18 eventos relacionados abaixo sãomencionados ou descritos nos últimos quatro capítulosda Bíblia. A maioria deles é mencionada na Bíbliapelos profetas hebreus, pelos apóstolos ou pelo pró-prio Senhor, e temos tratado de muitos deles nas pági-nas anteriores. A seguir estão alguns detalhes adicio-nais sobre esses eventos futuros:

1. A s Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19.710)Este evento ocorre no céu, no final da Tribu-

lação, antes de Jesus descer à terra para estabelecer

Seu reino.2. O GloriosoRetornodeCristo(Apocalipse 19.1118)

Este magnífico evento culmina o plano profé-tico e completo de Deus, primeiro visto por Enoque“o sétimo depois de Adão” (Judas 14,15), e por últimorevelado ao apóstolo João. De acordo com Jesus, oaparecimento glorioso vai acontecer “logo em seguidaà tribulação” (Mateus 24.29).

3. A Batalha do Armagedom (Ap 16.1421; 16.16)Este conflito deve ser chamado, como na Bí-

blia KJA, “a guerra do grande dia do Deus TodoPoderoso”. Não deve ser previsto como uma única bata-lha; em vez disso, é uma guerra breve que incluirá

 várias batalhas.

4. O Maior Terremoto do Mundo (Apocalipse 16.18)Pouco antes de Deus estabelecer Seu reino nesta

terra, um enorme terremoto vai ocorrer de modo que

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O Fim da História

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A Tribulação O Milênio

O Hades

O Julgamentodo Grande

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durante o reino Milenar.Ninguém sabe onde o abis-mo profundo está localiza-do; alguns sugerem que éno fundo do Grande abismo,que é mencionado na descri-ção de Jesus a respeito doHades em Lucas 16.

8. A Ressurreição deTodos os Crentes (Apocalipse 20.4)O Arrebatamento

ocorre antes da Tribulação,como primeira fase da res-surreição que leva todos oscristãos à casa do Pai. Al-guns sugerem que pelo fatode os santos do AntigoTestamento terem morridoantes da morte de Cristo na cruz, eles serão tambémincluídos. Se assim for, os únicos crentes deixadospara serem incluídos após o Arrebatamento serãotodos aqueles que receberem a Jesus como seuSenhor durante a Tribulação. Esses santos da Tribu-lação serão tanto judeus como gentios.

9. Cristo 'EstabeleceSeu Remo Milenar  (Ap 20.16)Muitas profecias do Antigo Testamento sobre

o reino de Deus na terra serão cumpridas nesse ponto.Contudo, elas não estão incluídas nessa passagemdas Escrituras. As únicas coisas descritas aqui são a

localização e a duração do reino e o fato de que Sata-nás será aprisionado.

10. Satanás é Solto pela Última Ve%(Ap 20.79)O fato de que Deus vai soltar Satanás, depois

do reino de mil anos, para enganar os homens, podeparecer um mistério à primeira vista, porém isso dará,às pessoas que nascerem durante o Milênio, umaoportunidade de se rebelarem contra Deus ou derecebêLo e adoráLo (ver Isaías 65).

11. A Rebelião Final (Apocalipse 20.79)O fato de que uma grande multidão escolherá

seguir Satanás é uma evidência de que a populaçãodurante o Milênio será enorme. Será um “movimento

 jovem”, por assim dizer, pois Isaías 65.20 indica queapenas os crentes viverão mais de cem anos. Se todosque escolherem seguir a Satanás estiverem abaixo dos100 anos e “o número desses é como a areia do mar”

(versículo 8), então você pode imaginar que grande

número de crentes haverá nesse reino.

12. Satanás é Lançado no Lago deFogo (Ap 20.10)Depois que a rebelião é aniquilada por Deus,

Satanás será lançado vivo no Lago de Fogo. Nessetempo, o Anticristo e o Falso Profeta já terão estadoali por mil anos, o que prova claramente que o infernoé um lugar de sofrimento para a eternidade.

13. O Julgamento do GrandeTrono Branco (Apoca-lipse 20.1115)

Somente os nãosalvos enfrentarão este julga-mento. Nenhum crente de nenhuma era estará ali. Opropósito desse julgamento será que os descrentesreconheçam a Jesus como Senhor e recebam o graude punição que merecem por haverem rejeitado aCristo e pelas obras de suas vidas.

14. O Reconhecimento deQue Jesus Cristo é Senhor  (Filipenses 2.911)

É provável que a esta altura dos aconteci-mentos, logo após o Julgamento do Grande TronoBranco, os descrentes tenham de dobrar seus joelhose “confessem que Jesus Cristo é o Senhor, para a glóriade Deus Pai” (versículo 11). Se tivessem tido a dispo-sição de reconhecer que Jesus Cristo é o Senhor duran-te seu tempo de vida, eles teriam escapado desse julga-mento e da conseqüente eternidade no inferno.

15. Novos Céus ea Nova Terra (Apocalipse 21.1)Embora não tenhamos muitos detalhes sobre

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mundo será substituído por uma nova terra que maisse assemelha ao Jardim do Éden do que a qualquercoisa que conhecemos hoje.

16. A CidadeSanta Desceà Terra  (Ap 21.28) A incrível habitação que Jesus está construin-

do descerá do céu para se tornar o capitólio da novaterra. Um cubo de 2.200 quilômetros será grande obastante para acomodar todas as pessoas que já vive-

ram sobre o planeta Terra. Ela será certamente posi-cionada sobre o local da moderna Jerusalém, de onde

 Jesus Cristo governará este mundo, com justiça.

17. A Descrição do Céu  (Apocalipse 21.827)O futuro lar de todos os crentes será a bela

cidade murada onde as ruas são de ouro (comparadasàs nossas atuais estradas de cascalho, asfalto ecimento) e as 12 portas da cidade são enormes e

ucias peroias. us tunüamentos das muralhas sãoadornados com vários tipos de pedras preciosas.

18. O Ultimo Apelo deCnsto à Humanidade(Apoca-lipse 22.620)

 Após prometer que Sua última vinda será“sem demora”, o Salvador diz: “O Espírito e a noivadizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aqueleque tem sede venha, e quem quiser receba de graçaa água da vida” (versículo 17). Essa é a última cha-

mada dAquele que morreu por toda a humanidade,apelando aos homens para que O recebam pessoal-mente, pela fé. Toda alma que tem sede, deseja queDeus entre em sua vida e que seus pecados sejamperdoados por meio de Jesus Cristo, pode receber“de graça a água da vida”. A salvação é um presentegratuito de Deus recebido pela fé. Você já recebeuesse presente?

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50.Q ual  é  a  Sua  Es c o l h a?

Deve ficar claro, no entanto, que Deus amaa humanidade e que tem um plano maravilhoso parao futuro daqueles

que recebem a Je-sus Cristo comoSalvador. Esseplano se chamacéu e é eterno.Temos visto, nes-te livro, uma constante batalha,desde os dias de

 Adão e Eva até ofinal do Milênio,entre Deus e Satanás, pelas almas dos homens. Ofato de que Deus ama o homem deve estar claro nãoapenas por causa de Seu maravilhoso plano para ofuturo, mas porque Ele voluntariamente enviou SeuFilho unigénito ao mundo para morrer na cruz pornossos pecados.Se Ele não tivessefeito isso, nin-guém jamais co-nheceria a reden-

ção de seus peca-dos, nem desfru-taria das bênçãosdo céu.

O proble-ma é o seguinte:quando Adão eEva escolheramdesobedecer a Deus, o pecado entrou na raça humana,e desde então tem sido passado a toda a humanidade.O pecado criou, entre Deus e o homem, um abismo

que não podia ser transposto até que Seu divino esanto Filho Jesus se identificasse com a raça humana,tornandose um de nós por meio do nascimento

 virginal. Isso tornou possível que o Deus santo nãosomente se identificasse conosco, mas se tornasse osacrifício para os nossos pecados. A ressurreição cor-pórea de Jesus foi a maneira de Deus de provar paratoda a humanidade que Ele aceitou o sacrifício deSeu Filho em favor de todos os homens.

Desde a cruz, tem sido possível ao homem voltar para Deus, dando passos em fé e recebendo a

Cristo pessoal-

mente. Assim co-mo a decisão quea pessoa toma decaminhar sobreuma ponte paraatravessar umabismo, tambéma escolha de rece-ber a Cristo é umaquestão indivi-dual. No que con-

cerne a receber a Cristo, cada um deve tomar suaprópria decisão.

Os que escolhem aceitar a Cristo entrarão no céu.Os que escolhem não aceitar a Cristo, morrerão emseus pecados, serão julgados, e então lançados no Lago

de Fogo eterno.Não é exa-

gero, então, dizerque a escolha que

 você faz de con-fiar em Jesus Cris-

to é a mais impor-tante decisão que

 você toma nestaterra. Você já con-fiou pessoalmenteem Jesus para per-doar seus peca-dos e lhe dar vida

eterna? Se você ainda não o fez, então nós o convida-mos a expressar sua confiança em Cristo com aseguinte oração:

“Querido Senhor, eu Te agradeço por haverenviado Seu Filho Jesus para morrer na cruz por meuspecados. Confesso que sou pecador, e peço que oSenhor me conceda o Seu perdão. Hoje quero confiarem Jesus como meu Senhor e Salvador. Entregominha vida e meu futuro a Ti. Oro em nome de Jesus.

 Amém.”Não deixe de aceitar esse grande presente de

salvação eterna —creia no Senhor Jesus Cristo hoje!

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O Homem Pecado Deus

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134 Glorioso Retorno

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In d i c e  d e  G r á f i c o s1. Compreendendo o Plano de Deus Para as Eras (Encarte Gráfico)................................................... Final do Livro2. O Que É a Profecia Bíblica?...........................................................................................................................................113. Por Que os Cristãos Devem Estudar a Profecia Bíblica?..........................................................................................124. A Maior Biblioteca do Mundo.......................................................................................................................................155. Como A Bíblia Chegou Até Nós...................................................................................................................................206. Os Quatro Eventos Centrais da História......................................................................................................................237. A Certeza da Segunda Vinda...........................................................................................................................................25

8. Os Picos da Montanha da Profecia................................................................................................................................279. O Esboço de Isaías Sobre o Ministério do Messias...................................................................................................2910. Satanás: Seu Passado, Presente e Futuro......................................................................................................................3311. O Sermão do Monte das Oliveiras.............................................................................................................................3512. Paulo e a Segunda Vinda................................................................................................................................................3813. Pedro e o Futuro.............................................................................................................................................................4014. A Revelação de João do Futuro...................................................................................................................................4215. Os Três Grupos de Pessoas na Profecia Bíblica........................................................................................................4516. Uma Visão Geral da Era da Igreja..............................................................................................................................4817. Eventos do Arrebatamento...........................................................................................................................................4918. O Tribunal de Cristo.......................................................................................................................................................5119. A Tribulação.....................................................................................................................................................................55

20. A Batalha do Armagedom e a Volta de Cristo.........................................................................................................6121. O Glorioso Retorno.......................................................................................................................................................6322. O Intervalo de 75 Dias..................................................................................................................................................6523. Do Julgamento ao Milênio............................................................................................................................................6724. Os Eventos Chave do Milênio.................................. ;..................................................................................................6925. O Julgamento do Grande Trono.................................................................................................................................7026. O Estado Eterno.............................................................................................................................................................7327. As Alianças de Deus com Israel....................................................................................................................................7628. As Dispensações..............................................................................................................................................................8029. Israel: O Grande Sinal de Deus e o Fim dos Tempos.............................................................................................8230. O Esboço de Daniel Sobre o Futuro.........................................................................................................................85

31. As 70 Semanas de Daniel...............................................................................................................................................8732. Ezequiel 3739..................................................................................................................................................................8733. Ezequiel 4048..................................................................................................................................................................9034. O Tabernáculo, o Templo e a Arca na História e na Profecia................................................................................9435. Elias e João Batista na História e na Profecia.............................................................................................................9736. As Festas de Israel na Profecia......................................................................................................................................9937. Babilônia na História e na Profecia..............................................................................................................................10238. As Várias Visões do Arrebatamento............................................................................................................................10439. Vários Arrebatamentos na História e na Profecia.....................................................................................................10740. As Duas Fases do Retomo de Jesus............................................................................................................................10841. O Arrebatamento: Comparando João 14 e 1Tessalonicenses 4...........................................................................110

42. A Igreja: o Templo Espiritual........................................................................................................................................11343. Montando o Cenário.........................................................................................................................................•.............11544. Os Sinais dos Tempos....................................................................................................................................................11745. Os Julgamentos da Vinda..............................................................................................................................................11946. Apocalipse 1922.............................................................................................................................................................12247. Visões do Milênio............................................................................................................................................................12648. Onde os Mortos Estão Agora?....................................................................................................................................12949. O Fim da História...........................................................................................................................................................13250. Qual É a Sua Escolha?....................................................................................................................................................134

Glorioso Retomo 135

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N o t a s

1. David L. Cooper, TheWord’s Greatest Library GraphicallyIllustrated(A Maior IMb/iotecadoMundoIlustrada comGráficos) (Los

 Angeles: Biblical Research Society, 1942), p.7.2. Ibid.3. Clarence larkin, Dispensacional Truth (VerdadeDispensacional) 

(Filadélfia: Clarence Larkin Est., 1920), p.6.4. Keneth S. Wuest, PropheticTight thePresent Darkness (A Lu% Profética na EscuridãoPresente) (Grande Rapids: Eerdmans, 1955),pp. 3940.

5. Gary Cohen, UndertandingRevelation (CompreendendooApocalipse) (Chicago: Moody Press, 1978), pp. 5354.

6. J. Dwight Pentecost, Things to Come(Coisas doPorvir) (GrandRapids: Zondervan, 1958), p.149.

7. As oito fases do Armagedon são adaptados de ArnoldFruchtenbaum, Footsteps of theMessiah: A Studyof theSequenceof PropheticEvents (As Pegadas doMessias: UmEstudoda Seqüência dos Eventos Proféticos) (Tustin, CA: Ariel Ministries Press, 1982),pp. 21654.

8. Arnold G. Fruchtenbaum, Israelology: TheMissink Link in 

SystematicTheology(Israeologia: 0 EloPerdidona Teologia Sistemática) (Tustin, CA: Ariel Ministries Press, 1993), p. 570.9. Charles C. Ryrie, Dispensacionalism(Dispensacionalismo) (Chi-

cago: Moody Press, 1995), pp. 2526.10. Ibid., p. 25.11. Ibid., pp. 2526.12. Ibid., pp. 2627.13. Ibid, p. 28.14. Ibid, pp. 2931.15. Ibid, p. 41.16. Arnold G. Fruchtenbaum, Footsteps of theMessiah(As Pegadas doMessias), p. 65.

17. John F. Walvoord, Israel in Profecy (Israel na Profecia) (Grand

Rapids: zondervan, 1964), p. 26.18. John F. Walvoord, TheProfecy Knowledge(A Compreensãoda  Profecia) (Wheaton, IL: Scriture Press Publishing, Inc, 1990),p. 233.

h l l f h f f h

Zondervan, 1977), p. 139.20. Arnold G. Fruchtenhaum, Footsteps of theMessiah(As Pegadas

doMessias), pp. 7879.21. Jerry M. Hullinger, TheProblemof Animal Sacrifices in Ezekiel  40-48 (O Problema dos Sacrifícios deAnimais emEyequiel 40AS),  Biblioteca Sacra 1.52(julho setembro de a995), p. 280.

22. Ibid, p. 281.23.Ibid.24. Ibid, p. 289.25. Terry C. Hulbert, “TheSchatologicalSignificanceof Israel’s  Annual Feasts” (O Significado Teológico das Festas Anuais deIsrael), Dissertação de mestrado do Seminário Teológico deDallas, 1965, p. 2.

26. Ibid, p. 1.27. Ibid, pp.23.28. Ibid, pp. 11516.29. J.B. Smith, A Revelation of Jesus Christ: A Comentary onthe Book of Revelation (RevelaçãodeJesus Cristo: UmComentárioSobreoUvro doApocalipse) (Scottdale, PA: Flerald Press, 1961), pp.

31113.30. Ibid, p. 312.31.Ibid.32. Ibid, pp. 31213.33. Ibid, p. 313.34. Robert L. Thomas, “2 Thessalonians” (2 Tessalonicenses)”

no Expositor’s BibleComentary (ComentáriodeInterpretaçãoda  Bíblia), vol. 11. ed. Frank E. Gaebelein (Grand Rapids:Zondervan, 1978), pp. 32425.

35. Gerald B. Stanton, Kept from theHour (í igiai a Hora) 4*Edição (Miami Springs, FL: Schoettle Publishing Company,1991), pp. 99102.

36. John F.. Walvoord, TheFioly Spirit (O EspiritoSanto) (Grand

Rapids: Zondervan, 1958), p. 231.37. John F. Walvoord, Armagedon, Oil, and theMiddleEast Crisis 

(Armagedom, Petróleoea CrisenoOrienteMédio) rev. ed. (GrandRapids: Zondervan, 1990), p. 217.

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