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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSO” PROJETO A VEZ DO MESTRE O GERENCIAMENTO DE RISCOS DE SEGURANÇA NAS GRANDES EMPRESAS Por: Ione Vasconcelos Rodrigues Orientador: Prof. Ana Cláudia Morrissy Rio de Janeiro 2010

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Page 1: O GERENCIAMENTO DE RISCOS DE SEGURANÇA NAS …As gerências de riscos, sejam elas de segurança da informação ou de outro tipo de ativo, tem o intuito de administrar os eventos

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSO”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O GERENCIAMENTO DE RISCOS DE SEGURANÇA NAS GRANDES

EMPRESAS

Por: Ione Vasconcelos Rodrigues

Orientador:

Prof. Ana Cláudia Morrissy

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATU-SENSO”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O GERENCIAMENTO DE RISCOS DE SEGURANÇA NAS GRANDES

EMPRESAS

Apresentação de Monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito para obtenção do

grau de especialista em Finanças e Gestão

Corporativa.

Por: Ione Vasconcelos Rodrigues

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus. A meu filho

Jonathan, a Claudia Grieco e João

Filgueiras pelo apoio e orientação e

a todos aqueles que de alguma

forma contribuíram para execução

dessa Monografia.

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu filho e familiares.

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RESUMO

O tema desta monografia é O Gerenciamento de riscos de segurança nas

grandes empresas.

A questão central deste estudo é analisar se a garantia da segurança de infra-

estruturas de tecnologia da informação nas grandes empresas é a chave para

o sucesso. O tema sugerido é de fundamental relevância, pois a maioria das

organizações reconhece o importante papel que a tecnologia da informação

desempenha para o cumprimento de seus objetivos de negócios. São, portanto

os objetivos desta pesquisa mostrar que investir em processo de

gerenciamento de riscos – baseado em um método de trabalho sólido, funções

e responsabilidades bem definidas – prepara a organização para que possa

determinar suas prioridades, atenua ameaças e cria uma estratégica de

resposta a futuras ameaças ou vulnerabilidades aos negócios.

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METODOLOGIA

Os critérios aqui apresentados para este estudo foram elaborados através de

dados bibliográficos que tratam do assunto, pesquisados basicamente na

internet, em artigos de revistas e jornais que tratam do tema.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

SEGURANÇA EM INFORMÁTICA 10

CAPÍTULO II

GERÊNCIA DE RISCOS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO 13

CAPÍTULO III

GERENCIAMENTO DE RISCO – UMA EVOLUÇÃO 22

CONCLUSÃO 27

BIBLIOGRAFIA 31

ÍNDICE 32

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INTRODUÇÃO

A questão da segurança da informação tornou-se nos dias de hoje um tema

importante, pois a informação é um ativo, e como qualquer outro ativo tem um

valor e necessita ser protegido, não somente aquelas empresas de médio e

grande porte, mas também aquele comércio pequeno que possua somente um

computador e utilize a internet, todos tem o direito que os dados que estão

gravados na máquina se mantenham intactos e acessíveis somente ás

pessoas autorizadas.

Sabe-se que de acordo com o código penal, acessar, roubar, manipular e

modificar informações alheias é um crime, e como todo crime, passível de

punição. Mas, não é em todo caso que o infrator tem objetivo de ganho

financeiro, muitas vezes é a vontade e a curiosidade que estimula um indivíduo

a quebrar os padrões de segurança.

Cada vez mais, as organizações, sejam elas públicas ou privadas, tem sido

incentivadas, e por vezes forçadas, a adotar métodos e planos para melhorar o

rendimento de seus sistemas de informação. Nesse contexto, o controle que se

tem sobre esses sistemas e os processos a ela inerentes são partes

diretamente responsáveis por obter essas melhoras de desempenho e

rendimento.

Sabendo da importância que tem a informação dentro de uma organização,

faz-se extremamente necessária a definição de uma política e de uma estrutura

que a proteja de eventuais ameaças, ou seja, que garanta a segurança da

informação.

A gerência de riscos de segurança da informação se apresenta então como

uma das medidas mais eficazes a serem adotadas, visto que por meio da

mesma, pode-se administrar de forma estruturada as ameaças às quais as

informações da organização, e seus ativos correlacionados, estão vulneráveis.

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Administrar os riscos de segurança da informação aos quais à organização

está sujeita contribui de maneira significativa para o sucesso da organização e

de seus negócios.

As gerências de riscos, sejam elas de segurança da informação ou de outro

tipo de ativo, tem o intuito de administrar os eventos incertos que possam vim a

afetar as metas, objetivos ou recursos de um sistema. Na prática da gerência

de riscos, além da segurança da informação, o risco não é visto somente como

algo negativo, como se denota na vida cotidiana, mas também como a chance

de algo acontecer e vir a interferir positivamente nas metas/objetivos de uma

corporação.

Para uma melhor abordagem ao tema, o trabalho no capitulo I enfoca a

Segurança em Informática.

Já nos capítulos subseqüentes, mostra a importância da gerência de riscos de

segurança da informação na empresa e a evolução desta gerência.

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CAPITULO I

SEGURANÇA EM INFORMÁTICA

A segurança é um dos aspectos mais discutidos no âmbito da

administração de sistemas, isso é especialmente importante, porque é preciso

proteger informações valiosas e manter um rígido controle sobre as permissões

de acesso a essas informações.

Sendo assim os projetos de Tecnologia de Informação possuem

características marcantes, que os diferencia dos demais – são projetos onde o

controle sobre as incertezas e as indefinições é um forte fator de determinação

do sucesso ou do fracasso do empreendimento. Os projetos de TI iniciam-se

com vagas idéias do que se deseja pouco conhecimento do processo e quase

nenhuma visão dos resultados. Este é um cenário normalmente encontrado,

que requer grande esforço da equipe de TI e, principalmente, muita atenção do

Gerente do Projeto para transformar desejos dos usuários em um ferramental

que torne os seus clientes mais competitivos para o mercado. Gerenciar este

ambiente desconhecido é o propósito que as novas técnicas de gestão buscam

resolver, entre elas está o Gerenciamento de Risco.

A indústria de Tecnologia de Informação está evoluindo e

desenvolvendo metodologias, técnicas e instrumentos para que os projetos de

TI sejam mais previsíveis e que alcancem seus resultados no prazo, dentro do

orçamento e com a qualidade previamente especificada. O Gerenciamento de

Risco é uma técnica recente e ainda é muito pouco empregada, mas

representa um grande instrumento para o Gerente do Projeto.

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Vamos entender o significado do Risco. O Risco não é um problema,

mas sim a possibilidade de algo que poderá ocorrer no futuro. O Risco é

tratado como uma probabilidade de um fato vir a acontecer e qual seu efeito

sobre o projeto. Os resultados podem ser negativos, como aumento dos

custos, ou positivos, como atraso de cronograma que propiciou a chegada de

uma nova tecnologia mais eficiente e barata. O Risco é parte de qualquer

atividade e não pode ser eliminado. Nem todos os riscos são conhecidos e a

sua existência pode proporcionar momentos de aprendizagem e de

desenvolvimento de novas soluções. As principais fontes de riscos em projetos

de TI são a tecnologia, o hardware, o software, as pessoas (clientes e

fornecedores; usuários e equipe de TI), os prazos e os custos.

MATERIAL E MÉTODOS

Para tal analise observamos aspectos como o quadro abaixo:

Identificação do Risco; Quantificação; Desenvolvimento da Resposta e

Controle das Respostas.

IdentificaçãoIdentificaçãodo Riscodo Risco

QuantificaçãoQuantificaçãodo Riscodo Risco

DesenvolvimentoDesenvolvimentoda Respostada Resposta

ControleControledas Respostasdas Respostas

Gerenciamento do Risco Gerenciamento do Risco em Projetosem Projetos

Modelo do PMI para Gerenciamento de Risco

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A identificação do risco consiste em determinar quais riscos são

relevantes e podem afetar ao projeto e em documentar as características de

cada um. A identificação ocorre ao longo de todo o projeto e verifica riscos

internos e externos. Uma lista de verificação de riscos possíveis é uma boa

orientação para o Gerente de Projeto iniciar esta tarefa, mas não se deve

esquecer que nem todos os riscos são conhecidos.

A quantificação dos riscos envolve uma avaliação do risco e sua

interação com os resultados do projeto. A cada situação de risco pode ser

analisado os valores pertinentes ao projeto, levando-se em conta as

probabilidades do risco ocorrer e do que pode representar em termos de

alteração de custos e de prazos. Algumas técnicas matemáticas de simulação

são usadas, a mais comum é a análise de Monte Carlo, um algoritmo iterativo.

Cálculos estatísticos e árvore de decisão também são úteis, dependendo do

projeto e de seus riscos. Os números apresentados são indicadores, mas a

análise de um especialista experiente é fundamental para uma correta

interpretação e entendimento dos riscos e suas conseqüências. Os programas

@Risk (www.palisade.com), Risk+(www.projectgear.com) e Primavera’s Monte

Carlo (www.primavera.com) são os mais conhecidos para a quantificação dos

riscos.

O desenvolvimento da resposta ao risco são os tratamentos dados às

etapas e às ações para minimizar os efeitos do risco negativo e para aproveitar

melhor os riscos positivos.

O controle das respostas ao risco é o acompanhamento dos

resultados. Sempre que um risco se tornar fato real, o controle re-alimentará os

processos para novos riscos, em função das mudanças ocorridas.

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CAPÍTULO II

GERÊ$CIA DE RISCOS DE SEGURA$ÇA DA

I$FORMAÇÃO

O gerenciamento de riscos de segurança da informação, assim como qualquer

Gestão de riscos, é uma gestão interativa cuja implementação tem o intuito de

melhorar continuamente o desempenho e a tomada de decisões de uma

organização maximizando as possibilidades de ganho, ao mesmo tempo em

que minimiza as possibilidades de perda.

A gerência de riscos será tanto mais eficaz, quanto mais presente e

incorporada estiver na cultura organizacional da empresa. Ou seja, quanto

mais importância for dada a gestão de riscos nas atividades da corporação e

na forma em que estas atividades são executadas, mais qualidade e resultados

serão resultantes da mesma. A gerência de riscos pode ser aplicada nas mais

variadas esferas de uma empresa, seja nela como um todo, ou apenas em um

projeto desenvolvido por ela. Em qualquer situação esse ambiente onde a

mesma será desenvolvida deve ser bem definido, de modo a permitir as

decisões específicas e corretas que impliquem em ações eficientes nesses

processos. Ou seja, o escopo de aplicação da gestão de riscos deve ser

transparente e delineado. A estipulação de onde ou em que será implantada a

gerência de riscos de segurança da informação é um dos itens mais

importantes no que tange ao princípio de estabelecer uma base para um

processo de gestão contínuo definido.

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14A gestão de riscos caracteriza-se como parte imprescindível em uma boa

governança corporativa, pois organizações que conseguem com êxito cuidar

dos riscos aos quais estão propensas, tendem a atingir seus objetivos e a fazê-

lo com um menor custo global.

A gestão de riscos promove maior transparência, ao informar aos investidores

e ao público em geral os riscos aos quais a organização está sujeita, as

políticas adotadas para sua mitigação, bem como a eficácia das mesmas, além

de melhorar os padrões de governança, mediante a explicitação do perfil de

riscos adotado, em consonância com o posicionamento dos acionistas e a

cultura da organização. Adicionalmente, a gestão de riscos introduz uma

uniformidade conceitual em todos os níveis da organização, seu conselho de

administração e acionistas.

No âmbito das empresas, qualquer que seja ela, sempre existe a

potencialidade de um evento ser uma oportunidade para êxito da mesma ou

uma ameaça a uma execução eficiente. Nesse processo, o risco é visto como

um evento ou condição incerta, algo que pode, ou não, acontecer, que se

acontecer terá um impacto negativo ou positivo sobre as metas e objetivos da

organização. Resumidamente como, risco é a combinação da probabilidade de

um evento acontecer e suas conseqüências nos objetivos da empresa.

Chamamos de oportunidade um possível evento que se acontecer acarrete em

impactos vistos como positivos para a corporação, ou seja, um risco de algo

que se vir a se concretizar trará benefícios para as metas da empresa.

Os riscos podem ser divididos por natureza e/ou por origem. Quanto à natureza

os riscos podem ser categorizados em estratégicos, operacionais e financeiros,

podendo ter naturezas distintas, como também, ter várias naturezas

concomitantemente.

• Riscos de natureza estratégica são aqueles ligados à tomada de decisão da

alta administração e que podem vir a gerar perdas substanciais no valor

econômico da organização, quedas nos valores de suas ações.

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15• Riscos de natureza operacional são aqueles ligados à possibilidade de

ocorrência de perdas (de produção, de ativos, de clientes, de receitas)

resultantes de falhas, deficiências ou inadequação de processos internos,

pessoas e sistemas, assim como de eventos externos como catástrofes

naturais, fraudes, greves e atos terroristas.

• Riscos de natureza financeira são aqueles ligados à exposição das operações

financeiras da organização. São os riscos de que os fluxos de caixa não sejam

administrados de forma efetiva não possibilitando a maximização da geração

de caixa operacional, o gerenciamento dos riscos e os retornos específicos das

transações financeiras, e a captação e aplicação dos recursos financeiros de

acordo com as políticas estabelecidas.

À origens dos eventos podem ser de dois tipos, externas e internas:

• Riscos externos são aqueles eventos que têm ligação com o ambiente

macroeconômico, político, social, natural ou setorial em que a organização

opera, ou seja, estão ligados à sua atuação e geralmente não podem ser

tratados diretamente pela organização.

• Riscos Internos são aqueles eventos que se originam no âmbito da própria

organização, pelos seus processos, seu quadro de pessoal ou de seu ambiente

de tecnologia, ou seja, são aqueles que são inerentes às atividades da

organização e que, em geral, podem ser tratados com ações pró-ativas por

parte da instituição.

2.1 – Princípios da Gerência de riscos de Segurança da Informação

Quando da implementação de uma gerência de riscos de segurança da

informação, deve-se garantir o respeito de alguns princípios, princípios esses

que moldam a natureza da gerência de riscos, que podem ser agrupados em

três áreas: avaliação de riscos de segurança da informação, gerência de riscos,

e organização e cultura.

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16• Princípios de avaliação de riscos de segurança da informação:

São os princípios que constituem o alicerce para um processo de avaliação de

riscos de segurança da informação eficaz.

– Auto-direcionamento - refere-se ao ato de gerenciar e direcionar a avaliação

de riscos de segurança da informação para a organização. As pessoas que o

fazem são responsáveis por gerenciar as atividades de gerência de riscos e

pela tomada de decisões no que diz respeito aos esforços da organização na

manutenção dessa segurança.

– Medidas adaptáveis - refere-se à necessidade de se estabelecer um

processo de avaliação flexível, visto que a segurança da informação e a

tecnologia de informação mudam muito rápido. Para que isso seja possível,

são necessários catálogos correntes de informações, que definem as práticas

de segurança aceitas, as fontes e tratamentos conhecidos, assim como suas

vulnerabilidades.

– Processos definidos - programas de avaliação de segurança da informação

devem depender de processos e procedimentos definidos e padronizados, que

ajudem a organização a institucionalizar o processo, atribuindo assim coerência

na aplicação da avaliação. Para isso é necessária a distribuição de

responsabilidades para a execução dessa avaliação, a definição de todas as

atividades de avaliação requeridas (assim como as ferramentas e materiais por

elas utilizados) e a criação de um formato comum para documentar os

resultados da avaliação.

– Base para um processo contínuo - objetivando o incremento de sua postura

de segurança ao longo do tempo, as organizações devem implementar práticas

de segurança com base em estratégias e planos. Adotando essa perspectiva, a

organização acaba por institucionalizar esse processo, tornando-o parte da

forma como a organização realiza rotineiramente suas atividades.

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17• Princípios de gerência de riscos

São os princípios básicos para uma prática efetiva da gerência de riscos.

Os princípios aqui encontrados são extensíveis a todas as categorias de riscos,

não só aos de segurança da informação.

– Perspectiva de visão futura - refere-se à necessidade de se planejar não só

o presente, o cotidiano, mas o amanhã da organização, ou seja, deve-se tentar

preestabelecer ações para eventuais acontecimentos futuros. Esse tipo de

visão futura é centrado no gerenciamento da incerteza.

– Foco nos pontos críticos - a organização deve concentrar-se nas questões

mais críticas de segurança de informação. Para isso é necessário que a

mesma use uma coleção de dados direcionados para a coleta de informação

sobre riscos de segurança e identifique os ativos mais críticos para que possa

selecionar as práticas de segurança para sua proteção.

– Gestão integrada - refere-se à necessidade de que as políticas e estratégias

de segurança sejam coerentes com as políticas e estratégias organizacionais

.

• Princípios organizacionais e culturais

Os princípios organizacionais e culturais ajudam a criar uma cultura

organizacional favorável a uma gestão de riscos efetiva. A não-observação a

esses princípios pode fazer que questões importantes para a organização

passem despercebidas pela gestão de riscos, além de acarretar em um falta de

compromisso e empenho para com esse gerenciamento, por parte das pessoas

que constituem a organização. O respeito a esses princípios é extremamente

importante para que seja possível a criação de um ambiente em que a troca

aberta de idéias seja incentivada.

– Comunicação aberta - Este é um dos mais importantes princípios a serem

aplicados, bem como se constitui o mais difícil de se estabelecer. O êxito da

gestão de riscos de segurança da informação está diretamente ligado a uma

comunicação aberta dentro da organização, pois não se solucionaria um risco

de segurança da informação se o mesmo não fosse comunicado e entendido

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pelas partes envolvidas. Para sua aplicação, pode-se valer de atividades de

avaliação que são desenvolvidas por meio de colaboração e incentivo ao

intercâmbio de informações sobre riscos de segurança entre todos os níveis de

uma organização.

– Perspectiva global - refere-se à necessidade, por parte dos membros da

organização, de se chegar a um consenso sobre o que é mais importante para

a organização. São diagnosticadas as opiniões individuais e posteriormente as

mesmas são consolidadas, dando origem a um quadro global de riscos de

segurança da informação com o qual a empresa tem de lidar.

– Trabalho de equipe - refere-se à necessidade de que os indivíduos membros

da organização se unam, formando equipes interdisciplinares, objetivando o

entendimento das questões relacionadas à segurança da informação. São

questões fundamentais relacionadas à criação e manutenção dessas equipes

interdisciplinares: a sua criação para conduzir a avaliação dos riscos, inclusões

oportunas de novas perspectivas para essa avaliação, trabalho em equipe para

o sucesso dessa avaliação e o impulsionamento às habilidades e capacidades

de seus membros.

Esses princípios baseiam as atividades de avaliação de riscos de segurança da

informação. As etapas e processos por meio dos quais se implementará a

gerência de riscos de segurança da informação na organização já citada são

definidas no próximo capítulo.

2.2 Processos que compõem a gerência de riscos

Existem vários padrões de fato e de direito, que explanam sobre gerência de

riscos:

Princípios de gerenciamento de riscos de segurança da informação de acordo

com C. Alberts; Dorofee Audrey riscos de segurança da informação

especificamente e sobre os processos que as compõem, definindo-as em

conjuntos de sub-processos/atividades. Para uma análise menos holística e

mais detalhista, adotar-se-ão os processos definidos: definição de contexto,

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19análise/avaliação dos riscos, tratamento dos riscos e aceitação dos riscos,

além de um monitoramento e revisão de riscos, e das comunicações e

consultas às partes interessadas, em todas essas etapas.

Cada um desses processos deve ter seus resultados, métodos, fonte de dados

e análises registrados, pois esses registros são um dos requisitos para uma

boa governança corporativa, levando-se em conta a necessidade de ser criar e

manter esses registros, os custos envolvidos em tal manutenção e as

vantagens que serão obtidas por meio de tais.

2.3 Definição de contexto

Quando da decisão da implementação de uma gerência de riscos, faz-se

extremamente necessário o estabelecimento de um contexto bem definido, que

serão os parâmetros básicos para que possa ser diagnosticado com excelência

o escopo dos riscos que serão considerados. Esse contexto além de detalhar o

ambiente interno e externo da organização, se estende a definir o propósito da

aplicação da gerência de riscos de segurança da informação, o seu

ambiente,seus objetivos, suas estratégias, os critérios utilizados em cada um

dos processos que a compõem e a elaboração de uma estrutura lógica de

seguimento para o restante do processo de gestão.

• Definição de contexto interno e do contexto externo:

Um dos primeiros passos, quando é decidido implantar uma gerência de riscos,

é mapear a organização onde a mesma será aplicada, ou seja, é dá um “chão

para que se possa traçar as trilhas dos riscos”. É preciso entender onde se

dará essa gestão, pois assim essa gerência ocupará uma posição de destaque

nas metas da organização, visto que alguns riscos específicos de algumas

áreas só serão diagnosticados dessa maneira. Partindo dessa consideração é

preciso identificar a cultura e a estrutura organizacional, as partes internas

interessadas (os intervenientes da organização, ou seja, os seus

colaboradores), os objetivos e metas, traçando os planos estratégicos e as

demandas necessárias (pessoas, sistemas, processos, capital, etc.) para

alcançar tais objetivos e metas.

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20Além do contexto interno, este processo também prescreve um detalhamento

do contexto externo com o qual a organização interage, como: seus negócios,

sua cultura comercial, competitividade e sua área financeira. É preciso mapear

seus pontos fortes e fracos, e não se esquecer dos intervenientes externos,

cuja opinião tem grande peso nessa implementação e deve ser levada em

conta em todo o processo de gestão, como parte inerente a todas as etapas.

• Definição de contexto imediato da gerência de riscos de segurança da

informação: escopo e limites Quando é diagnosticado o ambiente

organizacional de aplicação da gerência de riscos, além das fronteiras que

delimitam a mesma, é preciso dar as coordenadas específicas da área onde

esse processo de gestão será aplicado, ou seja, é preciso detalhar os

objetivos, estratégias, metas, escopo e parâmetros da atividade fim. É nesse

momento que devem ser analisados os benefícios, os custos e as

oportunidades, além de enumerar e definir os recursos e os registros

necessários à sua execução. Inicialmente define-se o lócus dessa

implementação: a empresa, um de seus processos, um de seus projetos ou

uma de suas atividades, juntamente com as suas respectivas metas e

objetivos, não deixando de explicitar a relação do escopo escolhido com outros

processos ou ramos da organização. Na identificação desse escopo, muitas

das vezes são necessários estudos para um maior detalhamento, estudos

esses que também devem ser prévia e cuidadosamente planejados visto que é

preciso uma visão transparente de quais resultados deseja-se obter com os

mesmos.

Nessa etapa, faz-se necessário também um mapeamento mais específico dos

processos de negócio dessa organização, de seus objetivos estratégicos, suas

políticas, sua missão, seus valores, seus ativos e principalmente as restrições

que afetam a organização e o escopo definido.

Tendo o cenário de atuação esboçado, estuda-se minuciosamente donde

originam as decisões que devem ser tomadas para viabilizar a atuação em tal e

aquelas que podem vir a influenciá-lo, além de estimar a abrangência dessas

decisões. A definição de responsabilidades e papéis aqui é muito importante,

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21pois integra e mostra aos colaboradores, internos e externos, que todos têm

tarefas a serem cumpridas para uma execução bem sucedida da gerência de

riscos proposta.

• Definição dos critérios de riscos

A definição de quais critérios serão utilizados na avaliação dos riscos, deve ser

também uma das prioridades iniciais. É preciso estabelecer quais os tipos de

decisões serão tomadas no tratamento dos riscos, se de ordem financeira,

legal, técnica, gerencial, etc; e se a organização tem os recursos disponíveis

para tais ações. Tais critérios não são definidos aleatoriamente. Eles devem

convergir para o mesmo horizonte para o qual converge todo o contexto dos

riscos e da organização, interna e externamente. É nessa etapa que se

definem também os critérios básicos relativos aos riscos de segurança da

informação, que se referem às suas avaliações, aos seus impactos e às suas

aceitações.

• Definição da estrutura geral da gerência de riscos de segurança da

informação

A gerência de riscos de segurança da informação é um macro-processo,

constituído de outros processos, que por sua vez são divididos em etapas

menores. Quanto mais próximo de unívoca puder se definir uma atividade,

mais propenso a bons resultados estará esse gerenciamento. Essa divisão em

etapas possibilita a criação de um quadro lógico de passos a seguir que

ajudarão a não deixar de lado riscos de segurança da informação significativos.

Uma boa opção para detalhamento e diagramação dessa estrutura é a

elaboração de um plano de gerenciamento de riscos, onde serão

estabelecidas todas as condições sob as quais se darão as execuções dos

processos que compõem essa gestão: atribuição de funções e

responsabilidades, metodologia, previsão de custos, tempos, prazos, as

categorias de risco (se de ordem técnica, organizacional ou gerencial, se

externo, etc.), definição das probabilidades de ocorrências, possíveis impactos

(mensurando e diagnosticando as prioridades de atuação) e a forma que será

feita o registro e a análise das informações obtidas.

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CAPÍTULO III

GERE$CIAME$TO DE RISCOS - UMA EVOLUÇÃO

O termo “Gerenciamento de Riscos” somente tornou-se comumente utilizado

recentemente. Tradicionalmente, costumamos associá-los aos riscos

relacionados aos ativos financeiros (seguros, créditos, taxas de câmbio,

empréstimos, etc). Atualmente, este enfoque modificou-se. Passou-se a discutir

e avaliar também os riscos operacionais, bastante associados à Tecnologia da

Informação.

A medida que os negócios e até mesmo seus clientes vêem crescer dia após

dia sua dependência em relação à internet e aos sistemas de TI, os riscos de

infra-estrutura tornam-se mais visíveis e significantes. Violações ou falhas em

sistemas de informação causam sérias crises de negócio – danos à reputação

causados por roubo de identidade, vazamento de informações confidenciais em

função de falhas de sistemas e o surgimento de restrições regulatórias em

função da procura por conformidade.

Recentes manchetes em publicações de áreas diversas destacaram com

grande ênfase numerosos problemas relacionados aos riscos tecnológicos:

roubo de mídias de backup, processos litigiosos resultantes de produção e/ou

preservação imprópria de registros eletrônicos, roubo de identidade e quebras

de propriedades intelectuais.

Hoje é facilmente perceptível entender porque os quadros executivos das

corporações mundiais buscam incansávelmente respostas para a pergunta:

Como mitigar dramaticamente os riscos e melhorar o retorno sobre os

investimentos em sistemas de informação?

Enquanto disciplina, o Gerenciamento de Riscos de TI é bastante novo. No

passado, os riscos associados a TI estavam limitados a aspectos como

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23segurança e continuidade dos negócios. Hoje, o conceito sobre riscos de TI

evoluiu e tornou-se clara a visão de que os riscos de TI não são

unidimensionais. Um completo programa de gerenciamento de risco de TI

avalia os riscos relativos à segurança e disponibilidade de dados,

disponibilidade integral e performance dos ativos de informação e a

conformidade com exigências regulatórias ou legais.

Ao considerar cada uma das seguintes categorias de riscos de TI, pode-se criar

para os negócios uma estrutura mais completa de combate aos riscos

apresentados.

. Segurança: São os riscos relativos às ameaças internas ou externas que

podem resultar em acessos não autorizados à alguma informação. Incluem-se

aqui os riscos relativos ao vazamento de dados, privacidade de dados e fraude.

Inclui-se também uma ampla gama de ameaças externas como ataque por

vírus, bem como ataques bem objetivos à aplicações, usuários e informações

especificas – ataque a sistemas que as pessoas confiam e utilizam

diariamente.

. Disponibilidade: Trata-se do risco de uma informação apresentar-se

inacessível devido a interrupções não planejadas em sistemas. As

organizações têm a responsabilidade de manter seus sistemas de negócio

operacionais. Como resultado, elas precisam reduzir os riscos de perda ou

corrupção de dados e de indisponibilidade de aplicações. E, no caso de uma

falha, os negócios devem ser recuperados em prazo adequado.

. Performance: É o risco de uma informação apresentar-se inacessível devido a

limitações de escalabilidade ou gargalos relativos à comunicação de dados. Os

negócios precisam garantir os requerimentos de volume e performance –

mesmo durante momentos de pico. Aspectos relativos à performance devem

ser identificados proativamente, antes que os usuários finais ou aplicações

sejam impactados. E, para minimizar os custos, as organizações precisam

otimizar seus recursos e evitar gastos desnecessários em hardware.

. Conformidade: É o risco de violação de exigências regulatórias ou de falha no

alcance de requerimentos de políticas interna. As empresas precisam

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24apresentar conformidade a regulações dos mais diversos níveis (federais,

estaduais) como SOX e ISO9000. As organizações precisam preservar

informações e provar um eficiente sistema de busca e recuperação de

conteúdo quando requerido (principalmente em e-mails). Em adição, os

empregados devem ser responsáveis pela observação das melhores práticas e

políticas internas para garantir mais eficiência à operação dos negócios.

O inter-relacionamento entre estes tipos de riscos da TI vem aumentando

significativamente. Ampliar seus conhecimentos e priorizá-los é um importante

passo inicial no estabelecimento de um efetivo programa de gerenciamento de

riscos da TI.

3.1 Riscos

Para avaliação de riscos, quanto maior o prazo de retorno de uma aplicação,

maiores as chances de ocorrência de dois tipos de riscos: tecnológicos ou

financeiros.

. Riscos tecnológicos são os riscos de uma nova tecnologia tornar as soluções

existentes obsoletas. O surgimento da internet apresentou numerosos

exemplos de aplicações clientes-servidores bem projetadas e desenvolvidas

mas que tornaram-se obsoletas praticamente de um dia para o outro. Diversas

organizações que investiram que investiram em projetos clientes-servidores de

longo prazo se viram forçadas a abandonar estas aplicações e partir para o

desenvolvimento de aplicações baseadas na web. Aquelas que optaram por

projetos com prazos de retorno menores provavelmente conseguiram recuperar

seus custos antes de descartar a aplicação integralmente.

. Riscos financeiros são aqueles onde um fator não-tecnológico influencia a

aplicação. Fusões, aquisições, mudanças no quadro gestor e pressões

competitivas influenciam a infra-estrutura corporativa tecnológica e pode

reduzir a chance de se obter o ROI (retorno sobre investimento) esperado.

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3.2 Flexibilidade

A empresa pode não desejar mudar uma nova tecnologia – mas seu

competidor pode. No atual ambiente extremamente competitivo do mercado,

adotar aplicações com longos prazos de retorno influencia de forma negativa a

habilidade corporativa de reação rápida às oportunidades trazidas pela nova

tecnologia. Organizações tradicionais estabelecidas apenas no mundo físico

apresentaram grandes dificuldades em se estabelecer no mundo virtual. Elas

gastaram um tempo considerável integrando seus processos existentes e

soluções legadas enquanto organizações “virtuais” estabeleceram-se muito

rapidamente. Seus sistemas de groupware alcançaram seus fornecedores e

clientes? Organizações com sistemas de mensagens legados vêm reagindo

vagarosamente aos benefícios de uma extranet e estão se distanciando de

iniciativas mais flexíveis. Estas organizações estão sobrecarregadas com os

custos de decisões tomadas anos atrás.

Uma vez alcançado o prazo de retorno é necessária a contínua avaliação dos

benefícios de todas as soluções existentes e o rápido descarte daquelas

tornadas obsoletas por qualquer nova tecnologia.

A flexibilidade alcançada pela adoção de curtos prazos de retorno oferece uma

oportunidade para avaliar soluções de software de curto prazo ou descartáveis.

A organização pode decidir que uma solução perfeita leve três anos para ser

desenvolvida, mas uma solução temporária pode prover benefícios reais à

corporação neste ínterim. O cálculo do prazo de retorno permite o

desenvolvimento rápido de um solução, sabendo-se que mesmo incompleta,

sua intenção é de ser substituída em um futuro de curto prazo.

Seguir uma estratégia de desenvolvimento e substituição pode ser uma forma

de se maximizar o ROI para a corporação. Implementar imediatamente uma

boa solução enquanto se planeja uma solução futura melhor ou mais completa,

possibilita o aumento do retorno imediato do ROI enquanto oferece a

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26flexibilidade de mudança de direção futura no caso do estabelecimento de uma

nova tecnologia.

Justificar a importância e real necessidade dos projetos de TI para a alta

direção e para os acionista, no sentido de obter os recursos financeiros para

sua concretização é hoje um dos principais desafios dos gestores de TI. E

para auxiliar esta difícil tarefa, a elaboração de um bom plano de negócios se

torna especial. É uma definição formal de um conjunto de metas de negócios,

as razões pelas quais acredita-se que estas metas sejam atingíveis e o

planejamento para o alcance destas metas. Um plano de negócios permite às

empresas mapear seus processos e definir a direção a ser seguida, com a

clara exposição dos objetivos a serem atingidos e de que forma isso será feito,

prevendo-se, inclusive, eventuais problemas ao longo do percurso.

Finalmente, para garantir o sucesso de uma empresa alguns componentes

devem estar presentes ao iniciar a implementação de um processo bem

sucedido de gerenciamento de riscos de segurança e que devem permanecer

presentes durante esse processo. São eles: o patrocínio executivo, uma lista

bem definida dos interessados no gerenciamento de riscos, maturidade

corporativa em relação ao gerenciamento de riscos, uma atmosfera de

comunicações abertas, o espírito de equipe, uma visão holística da

organização e autoridade da equipe de gerenciamento de riscos de segurança,

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CO$CLUSÃO

Na medida em que surgem novas tecnologias e grandes transformações

evolutivas, numa velocidade estonteante, fica difícil de conseguir acompanhar

tais mudanças, o ser humano não fica atrás devido sua enorme capacidade de

inteligência e, sobretudo criatividade. O ambiente frio e parcial que transcende

os computadores, dispositivos, equipamentos mecânicos e eletrônicos, com

suas mais modernas arquiteturas, plataformas, autenticações dentre outras

inúmeras formas de garantir mais segurança à informação, ainda não são e

com certeza não serão tão cedo, a solução definitiva para conter o ímpeto

curioso, criativo, astuto e surpreendente do cérebro humano. A Engenharia

Social retrata três aspectos fundamentais que englobam sua verdadeira

essência. Uma delas é como ciência na forma de estudo, pesquisa e

descobrimento, que o engenheiro social deve ter consigo. A técnica, como

modelo de aplicação de suas habilidades envolvendo características

propriamente padronizadas como principalmente personalizadas ou

incrementadas. Por fim a arte, como o meio mais criativo e envolvente que o

engenheiro social pode trazer levando em conta o senso lógico, mas sobre

tudo emocional que é muito bem explorado por esse mestre articulador das

vulnerabilidades humanas. Não existe ao certo uma receita milagrosa que

define como totalmente seguro qualquer ambiente de trabalho que manipule

informação. Fica como medida para dificultar a entrega destas informações, as

condutas, os treinamentos, os hábitos, o conhecimento das técnicas de

Engenharia Social, além é claro da atenção e responsabilidade que se deve

ter, ao manipular, transmitir ou descartar informações seja elas importantes ou

não.

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A Engenharia Social é isso. Está presente em todos os ambientes.

Mesmo que tenhamos participado sem saber de alguma forma, contribuído

sem querer, utilizado sem saber que o fez, pode ter sido Engenharia Social.

Mas é no ambiente de trabalho principalmente que o cuidado deve ser maior.

Pois não se sabe se poderá ser contornado, recuperado ou reversível

determinada situação condizente a um ataque da Engenharia Social. Por se

tratar de um fator inerente às vulnerabilidades humanas, podendo comprometer

toda uma estrutura organizacional nos aspectos técnico administrativos, a

Engenharia Social é parte integrante à análise dos riscos, relativa às ameaças

advindas à segurança das informações. Conseguir compreender os aspectos

da gestão de riscos, mediante a Segurança da Informação que estão em jogo,

mas principalmente aplicar medidas cabíveis às necessidades inerentes à

visão técnica com a visão de negócio é o ponto de alicerce que segura a base

de um bom e promissor começo de Gestão da Segurança da Informação. A

Engenharia Social realmente é um dos problemas desafiadores que se tem

quanto à Segurança da Informação. Ocorrem muitas outras preocupações que

se deve ter em mente, pois além do fator humano, têm-se o fator tecnológico e

físico a serem considerados. O termo “ativos” foi muito destacado no decorrer

do trabalho, justamente por ser sinônimo de cuidados especiais perante o que

se tem e circula para com os processos da empresa. E é somado a esses

ativos que se encontram as ameaças e pontos de vulnerabilidades decorrentes

a falta de um plano diretor de segurança que priorize ações de proteção

eficientes. Vale destacar que, além de seguir a conformidade com a ISO17799,

O COBIT procura ocupar o espaço entre Gestão de Riscos voltada para o

Negócio (atendida, por exemplo, pelo o COSO), A Gestão de Serviços em TI

(por exemplo, por meio da ITIL) e a Gestão de Segurança da Informação (por

exemplo, tratada pela BS7799), ter um competente Security Office com uma

equipe que possa dar respaldo às problemáticas que vierem a seguir no

decorrer deste tecnológico, mas desafiador mundo da Segurança da

Informação é vital. A questão da privacidade está cada vez menor, ao ponto

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29que daqui alguns anos, quase não mais existir, é fato. As informações sejam

elas pessoais ou empresariais, estão cada vez mais fáceis de serem

encontradas e utilizadas. O patamar em que se encontram tais informações

sendo expostas da forma que são, tão facilmente divulgadas e compartilhadas,

não está definitivamente no mesmo patamar da noção e conscientização das

pessoas físicas e jurídicas com relação a esta “imprivacidade” que delas

detêm. O desafio é grande e a caminhada para o “sossego” de obter definitiva

Segurança da Informação, está muito longe. Principalmente devido o fato

citado anteriormente, sobre a falta de privacidade, cada vez maior. Mas quanto

à segurança corporativa das informações que nelas incidem, devem sem

sombra de dúvidas, serem encaradas como “preciosidades” cada vez mais

valorizadas por cada funcionário da organização. Implementar diversos

mecanismos de identificação, autorização, armazenamento de dados, sistemas

de auditoria, inspeção e checagem, ajudam. E devem ser levados em conta,

para que aja maior segurança quanto a exposição involuntária ou não de

informações pessoais e técnicas; enfim confidenciais. No caso de um quadro

agravante da falta de instruções e conscientização por parte dos funcionários

em qualquer empresa é preocupante. Se a informação não for considerada

como fonte preciosa de posse particular, ou seja, como objeto

preponderantemente valioso que cada funcionário carrega consigo, desde o

momento em que se instala na empresa, poderá ter sérios problemas para se

manter a Segurança da Informação. Interligada a esta falta de instruções e

conscientização a Engenharia Social contracena com um toque “mágico-

imperceptível”. Imperceptível porque na maioria das vezes mal sabe a empresa

que sofrera um ataque de Engenharia Social. Mágico devido os ataques por

Engenharia Social ocorrerem de forma tão natural, simples e convincente, que

na maioria das vezes só descobre se revelado propositalmente pelo “artista” (o

que quase sempre, claro não ocorre). A arte, ciência, e técnica conjuntamente

podem levar a moldar um tipo de profissional extremamente útil ao mercado;

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30mas como também pode nascer da mistura de hackers, crackers e mestres

articuladores da persuasão humana, um indivíduo perigoso a esta Segurança

da Informação, dificultando a vida dos Security Officers ou responsáveis. A

árdua tarefa de ser este “super-homem” ou de se ter a “super equipe” é algo

realmente difícil. Adquirir um nível de profissionais com alta capacidade de bom

relacionamento inter-pessoal e ao mesmo tempo bons conhecimentos técnicos,

está complicado. O investimento não é pouco, e muito menos com retorno à

curto prazo. Mas compensa na medida em que se valorizam cada vez mais

todos os ativos da empresa. Contudo, ter em mente que para se obter

profissionais aptos a saberem trabalhar com esta segurança que as

informações merecem ter, assim como fazer com que as pessoas que

trabalhem com algum meio tecnológico principalmente, sejam envolvidas a

interagirem participativamente às responsabilidades quanto as condutas ao

tratamento das informações que manipulam, é um investimento a ser aplicado

e não simplesmente mais uma despesa a ser adicionada ao orçamento. No

estudo de caso realizado na American Express é possível afirmar que o

processo de Segurança da Informação e os profissionais aptos envolvidos

neste processo não são simplesmente mais uma despesa a ser adicionada ao

orçamento, pois ao se comparar ao modelo de Gestão de Segurança

apresentada pelo estudo referente ao COBIT, nota-se que a American Express

apresenta em todos os seus processos uma Gestão semelhante e muito

eficiente.

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BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – Tecnologia da

Informação – Código de prática para a gestão da segurança da informação. Rio

de Janeiro: ABNT, 2001 (NBR ISSO/IEC 17799)

BRASILIANO, ANTONIO CELSO RIBEIRO – Manual de análise de risco para

a segurança empresarial. São Paulo: Sicurezza, 2003

BRASILIANO, ANTONIO CELSO RIBEIRO – Manual de planejamento. Gestão

de riscos corporativos. São Paulo: Sicurezza, 2003

CARUSO, CARLOS A.A. Segurança em Informática e de Informações. São

Paulo: Senac, 1999

GREY, STEPHEN. Risk analysis for It projects. England: Wiley, 1995

PELTIER, THOMAS R. Information security analysis. United States of America:

Auerbach, 2001

http://www.microsoft.com/brasil/security/guidance/default.mspx - 2010

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ÍNDICE

AGRADECIMENTOS.......................................................................03

DEDICATÓRIA................................................................................04

RESUMO.........................................................................................05

METODOLOGIA..............................................................................06

SUMÁRIO........................................................................................07

INTRODUÇÃO.................................................................................08

CAPÍTULO I. SEGURANÇA EM INFORMÁTICA ........................10

CAPÍTULO II. GERÊNCIA DE RISCOS DE SEGURANÇA

DA INFORMAÇÃO .........................................................................13

2.1 – Princípios da gerência de riscos de segurança da

informação.......................................................................................15

2.2 – Processos que compõem a gerência de riscos............18

2.3 – Definição de contexto ...................................................19

CAPITULO III. GERENCIAMENTO DE RISCO

– UMA EVOLUÇÃO .....................................................................22

3.1 – Riscos............................................................................24

3.2 – Flexibilidade ..................................................................25

CONCLUSÃO..................................................................................27

BIBLIOGRAFIA................................................................................31