o gênero eustala (araneae, araneidae) no sul do …walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o...

11
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010 O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do Brasil: duas espécies novas, descrições complementares e novas ocorrências Maria Rita M. Poeta, Maria Aparecida L. Marques & Erica Helena Buckup Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Rua Dr. Salvador França, 1427, 90690-000 Porto Alegre, RS, Brasil. ([email protected]; [email protected]; [email protected]) ABSTRACT. The genus Eustala (Araneae, Araneidae) in southern Brazil: two new species, complementary descriptions and new records. Eustala levii sp. nov. and E. palmares sp. nov. are described from Rio Grande do Sul, Brazil, based on both sexes. The males of E. albiventer (Keyserling, 1884), E. taquara (Keyserling, 1892), and E. photographica Mello-Leitão, 1944 are described for the first time and the females are redescribed. Eustala sanguinosa (Keyserling, 1893) is synonymized with E. albiventer. Additionally, E. photographica, described from Argentina, is newly recorded from Brazil. New records are provided for E. minuscula (Keyserling, 1892) and E. saga (Keyserling, 1893). KEYWORDS. Spiders, taxonomy, geographical distribution, Neotropical. RESUMO. Eustala levii sp. nov. e E. palmares sp. nov. são descritas do Rio Grande do Sul, Brasil, com base em ambos os sexos. Os machos de E. albiventer (Keyserling, 1884), E. taquara (Keyserling, 1892) e E. photographica Mello-Leitão, 1944, são descritos pela primeira vez e as fêmeas são redescritas. Eustala sanguinosa (Keyserling, 1893) é considerada sinônimo de E. albiventer. Eustala photographica, descrita da Argentina, é registrada pela primeira vez para o Brasil. Novas ocorrências ampliam a distribuição geográfica de E. minuscula (Keyserling, 1892) e E. saga (Keyserling, 1893). PALAVRAS-CHAVE. Aranhas, taxonomia, distribuição geográfica, Neotropical. O gênero Eustala, proposto por SIMON (1895) com a designação da espécie-tipo Epeira anastera Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo teias orbiculares quase verticais (LEVI, 1977). LEVI (1977) revisou as espécies norte e centro- americanas de Eustala, redefinindo os caracteres diagnósticos do gênero. O palpo dos machos apresenta única macrocerda na patela e apófise média cônica, longa e esbranquiçada. Geralmente, a apófise terminal é longa, afilada e esclerotinizada e a subterminal é transparente com base semelhante a uma bolha e prolongamento apical. Em algumas espécies, ambas as apófises são reduzidas. O condutor varia conforme a espécie. As fêmeas têm epígino com escapo projetado anteriormente. O abdômen, geralmente subtriangular, tem padrão de coloração com duas faixas longitudinais em ziguezague em “V”, configurando um fólio. Este padrão, comum à maioria das espécies, dificulta a associação de machos e fêmeas, fato constatado por CHICKERING (1955) ao descrever 26 espécies da América Central, das quais apenas duas com base em ambos os sexos, e também comentado por LEVI (1977). A coloração também varia conforme o grau de pigmentação, mostrando aspecto aparentemente diferenciado em exemplares de uma mesma espécie. PLATNICK (2010) relacionou 91 espécies para o gênero, das quais 19 têm registros para o Brasil. Desse elenco, seis foram descritas do Rio Grande do Sul: Eustala minuscula (Keyserling, 1892) e E. saga (Keyserling, 1893), conhecidas por ambos os sexos; E. albiventer (Keyserling, 1884), E. taquara (Keyserling, 1892), E. ulecebrosa (Keyserling, 1892) e E. sanguinosa (Keyserling, 1893) conhecidas apenas pelas fêmeas. MELLO-LEITÃO (1944) descreveu E. photographica, com base em fêmea de Buenos Aires, Argentina. LEVI (2007) examinou e ilustrou os espécimes-tipo de espécies centro- sul-americanas, disponibilizando suas ilustrações na internet, o que proporcionou reconhecer várias espécies. O objetivo é descrever duas espécies novas de Eustala com base em ambos os sexos, apresentar os machos de E. albiventer, E. taquara e E. photographica, até o momento desconhecidos, e ampliar a área de distribuição de E. minuscula e E. saga. MATERIAL E MÉTODOS As fêmeas de Eustala têm o epígino retraído na área epigástrica, o qual deve ser puxado com auxílio de um alfinete entomológico, a fim de que toda a estrutura fique exposta para a elaboração de ilustrações nas vistas ventral, posterior e lateral. Ilustrações foram realizadas sob estereomicroscópio com câmara-clara. A terminologia do palpo e do epígino segue LEVI (1977). Medidas são expressas em milímetros. O material examinado pertence à coleção de aranhas do Museu de Ciências Naturais (MCN), Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (E. H. Buckup, curadora). Eustala levii sp. nov. (Figs 1, 8-13) Tipos. Holótipo e parátipo , São Francisco de Paula (Fazenda Três Cachoeiras), 05.XI.1998, A. B.

Upload: lengoc

Post on 21-Jan-2019

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do …Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo

151

Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010

O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do Brasil: duas...

O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do Brasil: duasespécies novas, descrições complementares e novas ocorrências

Maria Rita M. Poeta, Maria Aparecida L. Marques & Erica Helena Buckup

Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Rua Dr. Salvador França, 1427, 90690-000 Porto Alegre, RS,Brasil. ([email protected]; [email protected]; [email protected])

ABSTRACT. The genus Eustala (Araneae, Araneidae) in southern Brazil: two new species, complementary descriptionsand new records. Eustala levii sp. nov. and E. palmares sp. nov. are described from Rio Grande do Sul, Brazil, based on both sexes. Themales of E. albiventer (Keyserling, 1884), E. taquara (Keyserling, 1892), and E. photographica Mello-Leitão, 1944 are described for thefirst time and the females are redescribed. Eustala sanguinosa (Keyserling, 1893) is synonymized with E. albiventer. Additionally, E.photographica, described from Argentina, is newly recorded from Brazil. New records are provided for E. minuscula (Keyserling, 1892)and E. saga (Keyserling, 1893).

KEYWORDS. Spiders, taxonomy, geographical distribution, Neotropical.

RESUMO. Eustala levii sp. nov. e E. palmares sp. nov. são descritas do Rio Grande do Sul, Brasil, com base em ambos os sexos. Os machosde E. albiventer (Keyserling, 1884), E. taquara (Keyserling, 1892) e E. photographica Mello-Leitão, 1944, são descritos pela primeiravez e as fêmeas são redescritas. Eustala sanguinosa (Keyserling, 1893) é considerada sinônimo de E. albiventer. Eustala photographica,descrita da Argentina, é registrada pela primeira vez para o Brasil. Novas ocorrências ampliam a distribuição geográfica de E. minuscula(Keyserling, 1892) e E. saga (Keyserling, 1893).

PALAVRAS-CHAVE. Aranhas, taxonomia, distribuição geográfica, Neotropical.

O gênero Eustala, proposto por SIMON (1895) coma designação da espécie-tipo Epeira anasteraWalckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continenteamericano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustivae arbórea, tecendo teias orbiculares quase verticais (LEVI,1977).

LEVI (1977) revisou as espécies norte e centro-americanas de Eustala, redefinindo os caracteresdiagnósticos do gênero. O palpo dos machos apresentaúnica macrocerda na patela e apófise média cônica, longae esbranquiçada. Geralmente, a apófise terminal é longa,afilada e esclerotinizada e a subterminal é transparentecom base semelhante a uma bolha e prolongamentoapical. Em algumas espécies, ambas as apófises sãoreduzidas. O condutor varia conforme a espécie. Asfêmeas têm epígino com escapo projetado anteriormente.

O abdômen, geralmente subtriangular, tem padrãode coloração com duas faixas longitudinais em ziguezagueem “V”, configurando um fólio. Este padrão, comum àmaioria das espécies, dificulta a associação de machos efêmeas, fato constatado por CHICKERING (1955) aodescrever 26 espécies da América Central, das quaisapenas duas com base em ambos os sexos, e tambémcomentado por LEVI (1977). A coloração também variaconforme o grau de pigmentação, mostrando aspectoaparentemente diferenciado em exemplares de uma mesmaespécie.

PLATNICK (2010) relacionou 91 espécies para ogênero, das quais 19 têm registros para o Brasil. Desseelenco, seis foram descritas do Rio Grande do Sul: Eustalaminuscula (Keyserling, 1892) e E. saga (Keyserling, 1893),conhecidas por ambos os sexos; E. albiventer(Keyserling, 1884), E. taquara (Keyserling, 1892), E.

ulecebrosa (Keyserling, 1892) e E. sanguinosa(Keyserling, 1893) conhecidas apenas pelas fêmeas.MELLO-LEITÃO (1944) descreveu E. photographica, combase em fêmea de Buenos Aires, Argentina. LEVI (2007)examinou e ilustrou os espécimes-tipo de espécies centro-sul-americanas, disponibilizando suas ilustrações nainternet, o que proporcionou reconhecer várias espécies.

O objetivo é descrever duas espécies novas deEustala com base em ambos os sexos, apresentar osmachos de E. albiventer, E. taquara e E. photographica,até o momento desconhecidos, e ampliar a área dedistribuição de E. minuscula e E. saga.

MATERIAL E MÉTODOS

As fêmeas de Eustala têm o epígino retraído naárea epigástrica, o qual deve ser puxado com auxílio deum alfinete entomológico, a fim de que toda a estruturafique exposta para a elaboração de ilustrações nas vistasventral, posterior e lateral. Ilustrações foram realizadassob estereomicroscópio com câmara-clara. A terminologiado palpo e do epígino segue LEVI (1977). Medidas sãoexpressas em milímetros.

O material examinado pertence à coleção de aranhasdo Museu de Ciências Naturais (MCN), FundaçãoZoobotânica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (E. H.Buckup, curadora).

Eustala levii sp. nov.(Figs 1, 8-13)

Tipos. Holótipo e parátipo , São Francisco dePaula (Fazenda Três Cachoeiras), 05.XI.1998, A. B.

Page 2: O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do …Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo

152

Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010

POETA et al.

Bonaldo col. (MCN 29718). Parátipos: , São Franciscode Paula (Fazenda Três Cachoeiras), 05.XI.1998, L. Mouracol. (MCN 29716); , (Usina Passo do Inferno), 16.XII.1999,A. B. Bonaldo col. (MCN 31715); , (Passo dos Bugres),04.XI.1998, L. Moura col. (MCN 29705); , Triunfo,21.IX.1989, E. H. Buckup col. (MCN 18660). Todos do RioGrande do Sul, Brasil.

Etimologia. O nome específico é uma homenagemao aracnólogo Herbert W. Levi pela sua enormecontribuição ao conhecimento da família Araneidae.

Diagnose. O palpo do macho de Eustala levii (Figs8, 9) distingue-se daqueles da maioria das espécies dogênero com apófise terminal longa e afilada, pelo êmbolocom base longa e larga e condutor projetado lateralmente,em vista mesial (Fig. 8). O epígino (Figs 10-12) distingue-se pelo escapo anelar com base retangular, mais larga doque longa, com brusco estreitamento mediano eprolongamento apical, em vista ventral (Fig. 10); placamediana com conspícua constrição junto às aberturas,em vista ventral (Fig. 10).

Descrição. Macho (holótipo). Carapaça amarela commanchas castanhas. Esterno amarelo-claro com margemcinza. Pernas amarelas com bandas de manchas castanho-claras. Abdômen oval, mais longo do que largo, com maiorlargura nos ângulos laterais anteriores, pouco salientes,e com pequeno ápice posterior; dorso branco, fólio quaseindistinto, duas pequenas manchas circulares pretas nosângulos laterais e área mediana anterior e posteriorcastanho-escuras. Ventre preto com mancha medianabranca.

Medidas. Comprimento total 5,6. Comprimento dacarapaça 2,7, largura 2,3. Pernas, fórmula 1243.Comprimento da perna I: fêmur 4,5; patela + tíbia 5,2;metatarso 3,0; tarso 1,0; comprimento total 13,7. Patela +tíbia II 3,7; III 1,6; IV 2,7.

Fêmea (parátipo, MCN 29718). Colorido semelhanteao do macho, exceto carapaça com seis pontos castanhose abdômen subtriangular com ângulos laterais maisacentuados (Fig. 13).

Medidas. Comprimento total 7,1. Comprimento dacarapaça 3,2, largura 2,6. Pernas, fórmula 1243.Comprimento da perna I: fêmur 4,5; patela + tíbia 5,4;metatarso 3,3; tarso 1,3; comprimento total 14,5. Patela +tíbia II 2,4; III 1,6; IV 2,4.

Variação. Machos (n=5): comprimento total: 5,5-5,6;carapaça: 2,7-3,0; largura: 2,2-2,4. Fêmeas (n=5):comprimento total: 6,4-7,6; carapaça: 2,6-3,2; largura: 2,0-2,6. As manchas da carapaça podem ser mais ou menospigmentadas ou ausentes. Ápice do abdômen, às vezes,inconspícuo e o fólio pode ser nítido ou esmaecido.

Distribuição. Brasil (Paraná, Santa Catarina e RioGrande do Sul) (Fig. 1).

Material examinado. BRASIL, Paraná: Colombo, ,02.XII.1990, A. D. Brescovit col. (20652); Santa Catarina:Rancho Queimado, , 15-18.XI.1995, A. B. Bonaldo col. (26777);Rio Grande do Sul: Caxias do Sul, , 20.XI.1993, L. Moura col.(44369); Canela, , 26.XII.1974, A. A. Lise col. (2456); ,15.XII.1999, A. Franceschini col. (31767); São Francisco de Paula,

, 19.XI.1997, E. H. Buckup col. (28823); , , 04-06.XI.1998,A. B. Bonaldo col. (29670, 29701); Montenegro, , 06.X.1977,A. A. Lise col. (6758); Triunfo (Parque Copesul de ProteçãoAmbiental), , , 24.X.1989, E. H. Buckup col. (18888, 18890);

, 24.X.1989, A. D. Brescovit col. (18894); 2 , 28.XI.1989, A.D. Brescovit col. (19113); , 30.XI.2004, R. Ott col. (38191); ,

07.XII.2005, A. Barcellos col. (40115); Gravataí, , 25.XI.1998,M. A. L. Marques col. (29799); Eldorado do Sul (Parque Estadualdo Delta do Jacuí), , 26.I.1999, L. Moura col. (30186); ,12.XI.1998, L. Moura col. (29741); , , 12.XI.1998, A. H. Silvacol. (29746); Porto Alegre (Morro Santana), , 28.X.1998, R. A.Ramos col. (18975); Viamão (Estação Fitotécnica de Águas Belas),18.X.1985, 2 , A. D. Brescovit col. (14462, 45414); Tapes, ,17.XII.2003, Equipe Probio col. (36781); Capão do Leão (HortoBotânico Irmão Teodoro Luís), , 8 , E. N. L. Rodrigues col.(46399); Arroio Grande, 2 , , 16.XI.2007 (46461); ,10.III.2008 (46471), coletados por E. N. L. Rodrigues; Rio Grande(Estação Ecológica do Taim), , 10.IV.1986, M. A. L. Marquescol. (45320).

Eustala palmares sp. nov.(Figs 2, 14-19)

Tipos. Holótipo e parátipo , Palmares do Sul, RioGrande do Sul, Brasil, 11.XI.2003, Equipe Probio col.(MCN 36612). Parátipos: 16 , 19 (MCN 46637) e 4 , 8 (MCN 46638), mesmos dados do holótipo; 8 , 5 , SantoAntônio da Patrulha, 19.VII.2000, A. B. Bonaldo col. (MCN33133); , , Eldorado do Sul, 29.X.1998, A. B. Bonaldocol. (MCN 29663) e 2 , 2 , Eldorado do Sul, 29.X.1998, A.B. Bonaldo col. (MCN 46511), todos do Rio Grande doSul, Brasil.

Etimologia. O substantivo específico refere-se àlocalidade-tipo.

Diagnose. O macho de Eustala palmares distingue-se das espécies similares, com apófise terminal longa eafilada e condutor com concavidade circular anterior, pelaapófise terminal com uma quina na metade apical, pelaforma do prolongamento posterior do condutor, pelasrugosidades na margem apical do tégulo e pela projeçãotegular subtriangular (Figs 14, 15). As fêmeas separam-se pelo epígino (Figs 16-18) com escapo anelado, comsaliência mediana e prolongamento apical estreito, emvista ventral e lateral (Figs 16, 18); porção basal do escapolarga, em vista lateral (Fig. 18).

Descrição. Macho (holótipo). Carapaça amarela,região cefálica manchada de cinza com vestígio depigmento branco mediano-longitudinal, região torácicacom quatro pontos cinza. Esterno amarelo com margensescurecidas. Pernas amarelas com bandas castanho-escuras. Abdômen oval, mais longo do que largo, comápice posterior arredondado; dorso com fólio rodeadode retículos brancos e porção anterior com faixatransversal escurecida e mancha central preta; ventre comlarga faixa longitudinal castanha e pigmento brancomediano.

Medidas. Comprimento total 3,3. Comprimento dacarapaça 1,7, largura 1,4. Pernas, fórmula 1243.Comprimento da perna I: fêmur 2,4; patela + tíbia 2,9;metatarso 1,5; tarso 0,7; comprimento total 7,5. Patela +tíbia II 2,0; III 1,0; IV 1,7.

Fêmea (parátipo, MCN 36612). Carapaça como nomacho, mas região cefálica delimitada por pigmentobranco. Abdômen subtriangular com ângulos lateraisanteriores desenvolvidos e ápice posterior arredondado;dorso com abundante reticulado branco e fólio (Fig. 19).

Medidas. Comprimento total 5,0. Comprimento dacarapaça 1,9, largura 1,5. Pernas, fórmula 1243.Comprimento da perna I: fêmur 2,5; patela + tíbia 2,9;metatarso 1,7; tarso 0,7; comprimento total 7,8. Patela +tíbia II 2,1; III 1,1; IV 1,7.

Page 3: O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do …Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo

153

Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010

O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do Brasil: duas...

Nota. Vários machos e fêmeas foram coletadosjuntos em Palmares do Sul, Pelotas e Arroio Grande.

Variação. Machos (n=5): comprimento total: 3,2-4,0;carapaça: 1,7-1,9; largura: 1,4-1,6. Fêmeas (n=5):comprimento total: 3,1-5,0; carapaça: 1,6-2,0; largura 1,2-1,5. Carapaça e esterno com ou sem pigmento branco. Ofólio do abdômen pode ser mais escurecido oucompletamente esmaecido, ou ter um par de grandesmanchas brancas anteriores; um espécime examinadoapresenta dorso abdominal de coloração similar ao de E.

photographica. O escapo pode apresentar pequenavariação no comprimento e na curvatura apical.

Distribuição. Brasil (Rio de Janeiro, Paraná, SantaCatarina e Rio Grande do Sul). Uruguai (Artigas) (Fig. 2).

Material examinado. BRASIL, Rio de Janeiro: Angrados Reis (Ilha Grande), , 13-16.XI.1993, A. B. Bonaldo col.(24839); Paraná: Três Barras do Paraná, , 27.II.1993, A. B.Bonaldo col. (23050); Araranguá (Morro dos Conventos), ,18.II.1985, A. D. Brescovit col. (13148); Santa Catarina: PortoBelo (Bombas), , 14.II.1990, A. D. Brescovit col. (19476);

1

2

3

4

5

6

7

Figuras 1-7. Distribuição geográfica das espécies de Eustala: 1, E. levii sp. nov.; 2, E. palmares sp. nov.; 3, E. albiventer (Keyserling,1884); 4, E. taquara (Keyserling, 1892); 5, E. photographica Mello-Leitão, 1944; 6, E. minuscula (Keyserling, 1892); 7, E. saga(Keyserling, 1893). Escalas: 500 km.

Page 4: O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do …Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo

154

Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010

POETA et al.

Aes

Bes

8

PM

PL PL

AT

ASt

C

E

AM

PT

E

PTASt

9

10 11

1213

Governador Celso Ramos (Palmas das Gaivotas), , 10-26.II.1993,L. Moura col. (22897); Garopaba (Praia do Siriú), , 28-30.X.1994, G. F. Grey col. (26149); Imbituba, , 28.II.1998, A.C. K. Ferreira. col. (29193); (Praia do Rosa), 4 , 08-15.II.1998,A. B. Bonaldo col. (28951-28953); Rio Grande do Sul: EstrelaVelha, , 19-21.I.2000, A. B. Bonaldo col. (32119); Canela, 3 ,06.III.1966, A. A. Lise col. (138, 837); Montenegro, ,03.XI.1977, V. Pitoni col. (7127); Maquiné, , 01.VIII.2007, E.N. L. Rodrigues col. (46469); São Leopoldo, 3 , X.1973, C. J.Becker col. (27585, 27588); Triunfo (Parque Copesul de ProteçãoAmbiental), , 28.V.2007, E. N. L. Rodrigues & M. A. L. Marquescol. (43384); Glorinha, , 26.X.1997, L. Moura col. (28635);Santo Antônio da Patrulha, , 19.VII.2000, A. B. Bonaldo col.(33134); Gravataí, , 15.III.1999, R. S. Araújo col. (30562);Eldorado do Sul, , 12.XI.1998, L. Moura col. (29749); ,26.I.1999, A. B. Bonaldo col. (30185); 2 , 12.XI.1998, A. Silvacol. (29744); (Parque Estadual Delta do Jacuí), , 05-07.I.2000,A. B. Bonaldo col. (45699); , , 10, 26.VIII.1999, A. B. Bonaldocol. (31450, 31484); , 4 , 27.X.1998, A. B. Bonaldo col. (29753,29755, 29756); , 27.X.1998, L. Moura col. (29762); 2 ,27.X.1998, A. Silva col. (29763); , 16.X.1999, A. Franceschinicol. (31699); , 13.VII.1999, A. Franceschini col. (31376); ,22.VII.1999, A. B. Bonaldo col. (31407); , 15.IV.1999, L. Mouracol. (45413); Guaíba, , 14.IV.1988, A. D. Brescovit col. (17694);

, 01.VIII.1986, A. D. Brescovit col. (15514); Porto Alegre(Reserva Biológica do Lami), , II.2000, L. E. C. Schmidt col.(37718); 2 , VIII.2000 (37690); , , 19-22.II.2001 (37691); 2

, 4 , 13, 14.VI.2001 (37693, 37719, 44897); , 11-13.V.2001(37707); , 01, 02.II.2002 (37712), todos coletados por E. L. C.Silva & C. E. Ferro; Viamão, , 08.X.1997, L. Moura col. (28514);Barra do Ribeiro, , 16.I.2003, R. S. Araújo col. (35683); Palmaresdo Sul, 26 , 37 , 11, 12.XI.2003, Equipe Probio col. (36612;36617); (Ilha Grande, Lagoa do Casamento), 2 , 10 , 8-10.IV.2003, Equipe Probio col. (35657, 35276, 35387, 35389,35392, 35489); (Lagoa dos Gateados), 5 , , 07.IV.2003, EquipeProbio col. (37303); 3 , 2 , 14.XI.2003, Equipe Probio col.(36625); Capivari (Lagoa do Capivari), 15 , 20.V.2004, EquipeProbio col. (37375); Tapes (Pontal), , 18.II.1977, E. H. Buckupcol. (5197); , 17.II.1977, H. Bischoff col. (5246); , 15.V.2003(37305); , 19.XII.2003, Equipe Probio col. (36795); Pelotas, 6

, 8 , 25, 26.IX.1975, A. A. Lise col. (3459, 4084, 45713);Capão do Leão (Horto Botânico Irmão Teodoro Luís), 4 ,10.IX.2001, E. N. L. Rodrigues col. (44421); Rio Grande (EstaçãoEcológica do Taim), , 15.X.1985, H. A. Gastal col. (13528); 2

, 2 , 15.X.1985, A. A. Lise col. (13665, 13667, 13702); , 15,17.X.1985, M. Rosenau col. (13730, 13732); , , 15, 16.X.1985,M. A. L. Marques col. (45715, 13767); , 4 , 16, 17.X.1985, E.H. Buckup col. (13510, 13656, 13657, 44986); , 16.X.1985,C. J. Becker col. (13817); , 5 , 28.XI.1985, M. Rosenau col.(13858, 13859, 13881, 13882, 13888); 3 , 28.XI.1985, M. A.L. Marques col. (13887, 13889); 2 , , 28.XI.1985, H. A. Gastalcol. (13976, 13977); 6 , 15 , 04-17.XII.1985, A. A. Lise col.(14190-14196, 14198-14200, 14224, 14225, 44980); 4 , 07-09.IV.1986, C. J. Becker col. (14678, 14679, 14685); 4 , 4 ,

Figuras 8-13. Eustala levii sp. nov., palpo: 8, mesial; 9, ventral; epígino: 10, ventral; 11, posterior; 12, lateral; 13, corpo da fêmea (Aes,ápice do escapo; AM, apófise média; ASt, apófise subterminal; AT, apófise terminal; Bes, base do escapo; C, condutor; E, êmbolo; PL,placa lateral; PM, placa mediana; PT, projeção tegular). Escalas: Figs 8-12, 0,25 mm; Fig. 13, 1 mm.

Page 5: O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do …Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo

155

Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010

O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do Brasil: duas...

07-09.IV.1986, M. Rosenau col. (14904, 14976,14977, 45340);, 08.IV.1986, E. H. Buckup col. (14765); 2 , 10 , 08-

10.IV.1986, M. A. L. Marques col. (14907, 15003); 3 , 8 , 09,10.IV.1986, E. H. Buckup col. (14658, 14659, 14963, 14964,14681, 14682, 45405); 3 , 6 , 09.IV.1986, A. A. Lise col.(14646, 14647, 14993, 45319, 45403); 6 , 14 , 01, 02.IX.1986,A. A. Lise col. (15653, 15655, 15658, 15660, 15663-15666); 6

, 4 , 01, 02.IX.1986, M. Rosenau col. (15646-15648, 15673,15674, 45412); 4 , 6 , 02.IX.1986, M. A. L. Marques col.(15626-15630, 15632-15634, 45316); 4 , 2 , 02.IX.1986, E.H. Buckup col. (15701-15704); 2 , 2 , 02, 07.IX.1986, H. A.Gastal col. (15709, 15712, 45401); , , 04.XI.1986, E. H.Buckup col. (15954, 15994); 21 , 37 , 02, 04.XII.1986, M.Rosenau col. (16300, 16490, 45020, 45314, 45402); ,02.XII.1986, A. D. Brescovit col. (45040); 3 , 7 , 04.XII.1986,E. H. Buckup col. (16328); , 04.XII.1986, C. J. Becker col.(16616); 2 , 3 , 04.XII.1986, M. A. L. Marques col. (45410);, 04.XII.1986, M. C. Moraes col. (45411); , 2 , 07.I.1987, A.

A. Lise col. (16655-16657); Arroio Grande, 2 , 2 , 30.I.2008(46416); , 10.III.2008 (46420); , 25.IV.2008 (46417),coletados por E. N. L. Rodrigues; Santa Vitória do Palmar (Estação

Ecológica do Taim), 2 , 26.XI.1985, M. Rosenau col. (14044,14045); , 26.XI.1985, H. A. Gastal col. (14092); 2 ,26.XI.1985, M. A. L. Marques col. (14125, 14126); , 05.IV.1986,E. H. Buckup col. (45407); ¸ 3 , 09.IV.1986, M. Rosenau col.(14827, 45408); , 09.IV.1986, A. A. Lise col. (14863); 2 , 2 ,09.IV.1986, M. A. L. Marques col. (14833, 45409); , 02.IX.1986,E. H. Buckup col. (15762); , 02.IX.1986, M. Rosenau col.(15716); , 02.IX.1986, M. A. L. Marques col. (15718); 2 ,02.IX.1986, A. A. Lise col. (15760); 3 , 03.XII.1986, M. A. L.Marques col. (16408); , 3 , 03.XII.1986, A. D. Brescovit col.(16419); 2 , 6 , 03.XII.1986, M. Rosenau col. (16428, 45406);2 , 03.XII.1986, E. H. Buckup col. (16446). URUGUAI, Artigas:Artigas, , 13, 14.X.1995, L. Moura col. (46800).

Eustala albiventer (Keyserling, 1884)(Figs 3, 20-24)

Epeira albiventer KEYSERLING, 1884:651, est. 21, fig. 3, holótipofêmea, Santa Isabela (atualmente, Santa Isabel do Sul, 2° distritodo município de Arroio Grande), Rio Grande do Sul, Brasil,depositado no National Museum of Ireland e examinado por H.

Figuras 14-24. Eustala palmares sp. nov., palpo: 14, mesial; 15, ventral; epígino: 16, ventral; 17, posterior; 18, lateral; 19, corpo dafêmea. Eustala albiventer (Keyserling, 1884), palpo: 20, mesial; 21, ventral; epígino: 22, ventral; 23, posterior; 24, lateral. Escalas: Figs14-18 e 20-24, 0,1 mm; Fig. 19, 1 mm.

16 17 18

15

20

22

19

14

2423

21

Page 6: O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do …Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo

156

Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010

POETA et al.

W. Levi, em 1969 (vide figs LEVI, 2007). KEYSERLING, 1892:157,est. 8, fig. 115.

Araneus albiventer; PETRUNKEVITCH, 1911:278.Metazygia albiventer; MELLO-LEITÃO, 1943:186.Eustala albiventer; LEVI, 1991:178; PLATNICK, 2010.Epeira sanguinosa KEYSERLING, 1893:225, est. 11, figs 167,

holótipo , Taquara, Rio Grande do Sul, Brasil, H. von Iheringcol. Depositado no The Natural History Museum, Londres eexaminado por H. W. Levi, em 1975 (vide figs LEVI, 2007).Syn. nov.

Araneus sanguinosus; PETRUNKEVITCH, 1911:314.Eustala sanguinosa; ROEWER, 1942:766; PLATNICK, 2010.

Nota. Eustala albiventer não foi encontrada noamplo material examinado da planície costeira do RioGrande do Sul, onde se encontra a localidade-tipo destaespécie. A ilustração do epígino de E. albiventer foiefetuada em vista póstero-ventral por KEYSERLING (1884,1892) e LEVI (2007). Na correta posição ventral e posterior,o epígino se apresenta como em E. sanguinosa. Aassociação de machos e fêmeas foi realizada em materialcoligido em Rio Grande, Palmares do Sul, Capivari do Sule Porto Alegre.

Diagnose. O palpo do macho (Figs 20, 21) deEustala albiventer distingue-se daqueles com apófiseterminal longa e afilada, pela forma do condutor similar aum cantil de couro, em vista ventral (Fig. 21). Fêmeasseparam-se pelo epígino (Figs 22-24) mais largo do quelongo com abrupto escapo, estreito, com estriasinconspícuas, em vista ventral (Fig. 22) e, em vistaposterior (Fig. 23), pela placa mediana estreita.

Descrição. Macho (MCN 13818). Carapaça amarela,região cefálica demarcada por pigmento branco. Esternoamarelo com margens pretas. Pernas amarelas com bandascastanho-claras. Abdômen subtriangular, ápice posteriorarredondado e dorso com fólio; ventre castanho-claro,esmaecido, com mancha branca mediana.

Medidas. Comprimento total 3,1. Comprimento dacarapaça 1,6, largura 1,3. Pernas, fórmula 1243.Comprimento da perna I: fêmur 2,2; patela + tíbia 2,6;metatarso 1,7; tarso 0,7; comprimento total 7,2. Patela +tíbia II 1,8; III 1,0; IV 1,5.

Fêmea (MCN 45697). Coloração como a do macho.Esterno com pigmento branco junto à margem anterior.Pernas amarelas, somente tíbias e metatarsos posteriorescom bandas castanhas. Abdômen subtriangular, comdistinto ápice posterior e dorso reticulado de branco comfólio.

Medidas. Comprimento total 3,4. Comprimento dacarapaça 1,2, largura 1,2. Pernas, fórmula 1243.Comprimento perna I: fêmur 1,7; patela + tíbia 2,2;metatarso 1,2; tarso 0,6; comprimento total 5,7. Patela +tíbia II 1,7; III 0,8; IV 1,4.

Variação. Machos (n=5): comprimento total: 3,0-3,5;carapaça: 1,5-1,7; largura: 1,3-1,4. Fêmeas (n=5):comprimento total: 3,2-4,4; carapaça: 1,2-1,7; largura 1,2-1,5. O colorido varia de amarelo-claro a castanho-escuro.A maioria das fêmeas tem pigmento branco irregularmentedistribuído na carapaça e no esterno. O ventre geralmenteé esmaecido. Nas fêmeas, o ápice posterior do abdômenpode ser bem pronunciado. O escapo pode ser mais longoou mais curto e fino; na vista posterior, as placas lateraispodem ser arredondadas ou, às vezes, assimétricas nomesmo exemplar.

Distribuição. Brasil (Santa Catarina e Rio Grandedo Sul) (Fig. 3).

Material examinado. BRASIL, Santa Catarina: Araranguá(Morro dos Conventos), , 18.II.1985, A. D. Brescovit col.(13147); Rio Grande do Sul: Vacaria, , 12.X.1994, L. Mouracol. (26161); Cambará do Sul, , 22.XII.1976, A. A. Lise col.(4956); 5 , , 25.XI.1993, M. A. L. Marques col. (24326); , 19-21.XII.1994, A. B. Bonaldo col. (25981); , 13.I.1994, N. Silveiracol. (24916); Muçum, , 02.III.1994, A. D. Brescovit col. (12111);Canela, , 5 , 06.III.1966, A. A. Lise col. (10086, 45739); SãoFrancisco de Paula, 2 , , 05.XI.1998, L. Moura col. (29715,29722); 2 , 01-04.II.1999, L. Moura col. (30517); , 04.XI.1998,A. H. Silva col. (29709); Santa Maria, , 02.XI.1985, A. D.Brescovit col. (14582); Montenegro, , 20.XII.1977, V. Pitonicol. (7652); Maquiné, , 30.V.2008, R. B. Moura col. (44250); SãoLeopoldo, , X.1972, C. J. Becker col. (27594); Triunfo, 2 ,02.VI.1977, A. A. Lise col. (5701); , 24.X.1988, E. H. Buckupcol. (17891); (Parque Copesul de Proteção Ambiental), ,30.VII.2003, R. Ott & A. Barcellos col. (36012); , 28.XI.2002,R. S. Araújo col. (34988); 2 , 06.I.2005, R. Ott col. (38259);Praia do Curumim, , 02.II.1977, C. J. Becker col. (3997); Capivarido Sul, 3 , 11 , 20.V.2004, Equipe Probio col. (37372, 37396);Gravataí, , 15.III.1999, J. Soledar col. (30563); 3 , 23.III.1983,H. A. Gastal col. (11496); Eldorado do Sul, , 12.X.1998, L. Mouracol. (29743); , 29.X.1998, A. B. Bonaldo col. (29664); (ParqueEstadual do Delta do Jacuí), , , 05-07.I.2000, A. B. Bonaldo col.(31863, 45700); Porto Alegre (Reserva Biológica do Lami), ,IV.2000 (37698); 2 , VI.2000 (37701); 2 , , VIII.2000 (37699,37702, 37723); , 19-22.II.2001 (37703); , 11-13.V.2001(37724); , 13, 14.VI.2001 (37694); , 9, 10.VIII.2002 (37700);2 , 5 , 13, 14.VIII.2001 (37704, 37695); 2 , 16.X.2001(37715); , 19.X.2001 (37727); , 08.X.2002 (37716); ,11.XII.2002 (37717); , 01, 02.II.2002 (37705), todos coletadospor E. L. C. Silva & C. E. Ferro; , VIII.2000, L. E. C. Schmidt col.(38149); (Arroio do Salso), 8 , 17.IX.2003, R. Ott & I. Heydrichcol. (36350); Viamão, , 30.III.1977, E. H. Buckup col. (5572);(Estação Experimental Águas Claras), 2 , 18.X.1985, A. D.Brescovit col. (14461); 4 , 01.IV.2000, A. B. Bonaldo col.(32936); (Itapuã), , 15.I.2002, H. P. Romanowiski col. (45404);Palmares do Sul, , 21 , 07.IV.2003, Equipe Probio col. (35267,35464, 45697, 46997); 7 , 3 , 14.XI.2003, Equipe Probio col.(36624); (Ilha Grande, Lagoa do Casamento), 2 , 08.IV.2003(35384); 4 , 09.IV.2003 (35391); , 10.IV.2003 (35284); , 2 ,13.XI.2003 (36621); 6 , 17 , 11.XI.2003 (36613); 4 , 12 ,12.XI.2003 (36616), todos coletados pela Equipe Probio; Barrado Ribeiro, , 13.V.2003, Equipe Probio col. (35587); , ,16.XII.2003, Equipe Probio col. (36763); Tapes, 2 , 6 ,14.V.2003, Equipe Probio col. (35544, 35545, 35547, 35553,36779); , 15.V.2003, R. S. Araújo col. (35676); 2 , , 15.V.2003,Equipe Probio col. (35558, 37304); , , 19.XII.2003, EquipeProbio col. (36794, 37307); Tavares (Parque Nacional da Lagoado Peixe), , 16.IV.1991, N. Silveira col. (20849); São Lourençodo Sul, , 25.I.1976, P. E. Braum col. (3353); Cristal, , 20.IV.2009,E. N. L. Rodrigues col. (46653); Pelotas, , 26.IX.1975, A. A. Lisecol. (3454); Capão do Leão (Horto Botânico Irmão Teodoro Luís),, 10.IX.2001, E. N. L. Rodrigues col. (44422); Arroio Grande, ,, 23.IX.2008, E. N. L. Rodrigues col. (46644); Rio Grande, ,

09.II.1986, E. H. Buckup col. (14969); (Estação Ecológica doTaim), , 2 , 01.XI.1980, A. A. Lise col. (9320); , 15.X.1985,H. A. Gastal col. (13529); , , 15, 16.X.1985, M. A. L. Marquescol. (13482, 13771); , 16.X.1985, A. A. Lise col. (13793); ,16.X.1985, C. J. Becker col. (13818); , 2 , 17.X.1985, E. H.Buckup col. (13654, 13658); , , 28.XI.1985, M. Rosenau col.(13860, 13884); , 02.XII.1986, M. Rosenau col. (44942); ,12.XII.1985, A. A. Lise col. (14197); , 17.XII.1985, A. A. Lisecol. (14226); 3 , 07, 08.IV.1986, M. Rosenau col. (14690, 14903);2 , 2 , 08-10.IV.1986, E. H. Buckup col. (14660, 14764, 14766,14966); 2 , 08.IV.1986, A. A. Lise col. (14909); 2 , , 09,10.IV.1986, M. A. L. Marques col. (14645, 15001, 15002); 2 ,01.IX.1986, A. A. Lise col. (15659); , , 01.IX.1986, M. Rosenaucol. (15671, 15672); , , 02.IX.1986, M. A. L. Marques col.(15631); 2 , , 02.IX.1986, A. A. Lise col. (15652, 15654); 2 ,02.IX.1986, E. H. Buckup col. (15679); , 15.X.1985, H. A. Gastalcol. (13606); , 15.X.1985, M. A. L. Marques col. (13546); 3 , 5

Page 7: O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do …Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo

157

Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010

O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do Brasil: duas...

, 15.X.1985, A. A. Lise col. (13668); 2 , 15.X.1985, M. Rosenaucol. (13728); , 15.X.1985, C. J. Becker col. (13795); 2 , 4 ,16.X.1985, E. H. Buckup col. (13507-13509); 2 , 16.X.1985, M.Rosenau col. (13742, 13743); , 16.X.1985, H. A. Gastal col.(13776); , , 16.X.1985, A. A. Lise col. (13792); , 2 ,16.X.1985, C. J. Becker col. (13815, 13816); , 04.XI.1986, E.H. Buckup col. (15955); 2 , 04.XI.1986, M. A. L. Marques col.(15976, 15977); 2 , 07.XI.1986, H. A. Gastal col. (15710); , 6

, 02.XII.1986, M. Rosenau col. (16232, 16233, 16549); ,02.XII.1986, M. C. Moraes col. (16264); 3 , 8 , 02.XII.1986,A. D. Brescovit col. (16246); 3 , 3 , 02.XII.1986, M. A. L.Marques col. (16242); 2 , 2 , 04.XII.1986, A. D. Brescovit col.(16292); , 04.XII.1986, M. A. L. Marques col. (16095); , 2 ,04.XII.1986, M. C. Moraes col. (16194, 16195, 16402); 4 , 4 ,04.XII.1986, M. Rosenau col. (16321); 3 , 7 , 04.XII.1986, E.H. Buckup col. (16329); 2 , 2 , 12.XII.1986, A. A. Lise col.(14223); Santa Vitória do Palmar (Estação Ecológica do Taim), 3

, 26.XI.1985, M. Rosenau col. (14046, 14047); 5 , 5 ,26.XI.1985, M. A. L. Marques col. (14121, 14127, 14128); ,27.XI.1985, H. A. Gastal col. (14034); , 27.XI.1985, C. J. Beckercol. (14003); 2 , 12 , 09.IV.1986, M. Rosenau col. (14825,14826); , 8 , 09.IV.1986, M. A. L. Marques col. (14834, 14835);2 , 3 , 09.IV.1986, A. A. Lise col. (14864, 14943); 6 ,09.IV.1986, E. H. Buckup col. (14872); , 05.X.1986, E. H. Buckupcol. (14871); , 02.IX.1986, M. Rosenau col. (15715); 2 ,02.IX.1986, A. A. Lise col. (15759, 45384); , 02.IX.1986, M. A.L. Marques col. (15719); , 10.IX.1986, M. Rosenau col. (14875);2 , 02.XII.1986, C. J. Becker col. (16460); , 02.XII.1986, E. H.Buckup col. (16251); 2 , 13 , 03.XII.1986, M. A. L. Marquescol. (16407, 16418); 2 , 03.XII.1986, M. C. Moraes col. (16433);2 , 03.XII.1986, M. Rosenau col. (16427); 2 , 03.XII.1986, E.H. Buckup col. (16445).

Eustala taquara (Keyserling, 1892)(Figs 4, 25-29)

Epeira taquara KEYSERLING, 1892:143, est. 7, fig. 105, holótipo ,Taquara, Rio Grande do Sul, Brasil, H. von Ihering col., depositadono The Natural History Museum, Londres e examinado por H.W. Levi em 1975 (vide figs LEVI, 2007).

Araneus taquara; PETRUNKEVITCH, 1911:318.Eustala taquara; MELLO-LEITÃO, 1919:16; ROEWER, 1942:766; BONNET,

1956:1841; PLATNICK, 2010.Eustala ulecebrosa; PODGAISKI et al., 2007:6, tab. 1 (examinados,

identificação errônea).

Diagnose. Machos de Eustala taquaradistinguem-se das espécies similares com condutor sub-retangular em forma de “telhado” anterior, em vista ventral(Fig. 26), pela distinta apófise terminal com uma flexão emsua metade apical e pela projeção tegular semi-quadrangular, em vistas mesial e ventral (Figs 25, 26). Oepígino (Figs 27-29) distingue-se pelo escapo comprolongamento apical largo e arredondado e pela placamediana com bordas laterais projetadas lateralmente, emvista ventral (Fig. 27).

Descrição. Macho (MCN 34100). Carapaça amarela.Esterno amarelo com margem acinzentada. Pernasamarelas com bandas castanho-claras. Abdômen oval,mais longo do que largo; dorso reticulado de branco comfólio castanho-escuro; ventre amarelo-claro, com largafaixa mediana castanha, desde a fenda epigástrica até asfiandeiras, mancha branca mediana no centro.

Medidas. Comprimento total 4,8. Comprimento dacarapaça 2,2, largura 1,7. Pernas, fórmula 1243.Comprimento da perna I: fêmur 3,3; patela + tíbia 3,7;metatarso 2,4; tarso 0,9; comprimento total 10,3. Patela +tíbia II 2,7; III 1,4; IV 2,6.

Fêmea (MCN 46650). Abdômen subtriangular,colorido como o do macho.

Medidas. Comprimento total 5,3. Comprimento dacarapaça 2,3, largura 1,7. Pernas, fórmula 1243.Comprimento da perna I: fêmur 2,9; patela+tíbia 3,4;metatarso 2,0; tarso 0,8; comprimento total 9,1. Patela +tíbia II 2,7; III 1,5; IV 2,0.

Variação. Machos (n=5): comprimento total: 4,3-4,8;carapaça: 1,9-2,3; largura: 1,7-2,1. Fêmeas (n=5):comprimento total: 5,3-10,9; carapaça: 2,3-2,5; largura: 1,7-1,9. O colorido do dorso do abdômen varia entre osespécimes: o fólio pode estar bem demarcado,interrompido, esmaecido, com aparência de um escudo epode ter mancha castanha arredondada central ou emcada lateral posterior.

Nota. Machos e fêmeas foram coletados juntos emvárias localidades do Rio Grande do Sul.

Distribuição. Brasil (do Rio de Janeiro até o RioGrande do Sul) (Fig. 4).

Material examinado. Rio de Janeiro: (Parque Nacionalda Serra do Bocaina), 2 , 14.V.1991, N. Silveira col. (21082,21083); São Paulo: Mogi das Cruzes, 2 , 11, 12.V.1991, N.Silveira col. (21077, 21091); Paraná: Três Barras do Paraná, 3

, 3 , 20-27.II.1993, A. B. Bonaldo col. (22997, 45383, 44384);Morretes, , 28, 29.X.1995, A. B. Bonaldo col. (26721); RioAzul, 5 , 03.IV.1993, R. Boçon col. (23609, 23610); QuatroBarras, , 02.IV.1995, UFPR col. (27233); Curitiba, 2 ,10.IV.1987 (16917); , 01.XII.1990 (20619), ambos coletadospor A. D. Brescovit; Guarapuava, , 22.XI.1987, A. D. Brescovitcol. (17104); Almirante Tamandaré, 3 , 05.IV.1987, A. D.Brescovit col. (16948, 16949); Pinhão, 6 , 3 , 31.VIII-01.IX.1996, A. B. Bonaldo col. (27701); Santa Catarina :Concórdia, , 24.I.2008, M. de Luz col. (44445); (EstradaConcórdia-Seara), , 2 , 30.I.1996, A. B. Bonaldo & A. Kurycol. (27242, 27243); Rancho Queimado, 2 , 2 , 13-15.I.1995,L. Moura col. (26331, 26333); 3 , 13-15.I.1995, A. B. Bonaldocol. (26769); , 15, 18.XI.1993, L. Moura col. (44370); 5 , 3, 08-11.X.1994, A. B. Bonaldo col. (26174, 26181); (Estrada

Nova Teutônia-Itá), , 01.II.1996, A. B. Bonaldo et al. col.(27138); Rio Grande do Sul: Derrubadas (Parque Estadual doTurvo), 2 , 17 , 27-31.X-01.XI.2003, (37542, 38107, 38714);

, 8 , 04-08.V.2004 (38130); 4 ¸ 11 , 19-22.X.2004 (38609,35685, 38688); , 25.IV.2005 (39171), todos coletados por R.Ott et al.; (Salto do Yacumã), , 11.IX.1990, N. Silveira col.(19988); Salto do Jacuí, 2 , , 19.X.1998, A. B. Bonaldo col.(29642); Cambará do Sul (Área da Preservação Celulose Cambará),, 19-21.XII.1994, L. Moura col. (44894); Júlio de Castilhos, ,

22.X.1998, A. B. Bonaldo col. (30602); Estrela Velha, 2 ¸ 3 ,20, 21.X.1998, A. B. Bonaldo col. (29545, 29547, 29569,29572); , 20.X.1998, A. H. Silva col. (29577); Salto do Jacuí, 2

, , 19.X.1998, A. B. Bonaldo col. (29642); Roca Sales, , 2 ,24.V.1986, A. D. Brescovit col. (45415); Encantado, 3 , 2 ,21.II.1985, A. D. Brescovit col. (14498, 46395); 3 , ,21.IX.1985, A. D. Brescovit col. (14500); Canela, 2 , 8 , 23-25.XI.1998, L. Moura col. (45719); , 15.XII.1999, A.Franceschini col. (31766); São Francisco de Paula, , 6 , 19-22.III.1998, L. Moura col. (29201); , 04.XI.1998, L. Mouracol. (29706); , 2 , 04.XI.1998, A. H. Silva col. (29707, 45417);

, 6 , 04, 06.XI.1998, A. B. Bonaldo col. (45718, 29669); , 2, 19.XI.1997, E. H. Buckup col. (28777, 28778, 28822); , ,

01-04.I.1999, L. Moura col. (30516); , 10 , 01-04.II.1999, A.H. Silva col. (45717, 46394); 3 , , 18.XI.1997, M. A. L.Marques col. (28725, 28726); 4 , 03.XI.1998, L. Moura col.(29733); Candelária (Cerro do Botucaraí), , , 05-09.II.2001,A. Franceschini col. (33602, 33604); Parobé, , 31.VII.2007(46464); , 17.IX.2007 (46463); 4 , 2 , 18.XII.2007 (46466);2 , , 29.I.2008 (46465); , 15.IX.2008 (46649); , ,25.XII.2008 (46648); , 25.IV.2009 (46650); , 06.VI.2009(46651), todos coletados por E. N. L. Rodrigues; Maquiné, ,18.IX.2007 (46468); , 28.XII.2008 (46639); , 22.III.2009(46640), todos coletados por E. N. L. Rodrigues; Novo Hamburgo,

Page 8: O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do …Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo

158

Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010

POETA et al.

, 07.X.1985 (14269); , 04.XI.1985 (14353); , 31.III.1986(14549); , , 13.VI.1986 (15156, 15157); 4 , 5 , 14,28.VII.1986 (15347, 15360, 15464-15467), todos coletados porC. J. Becker; São Leopoldo, 2 , X.1973, C. J. Becker col. (45720);

, 17.XII.1985, C. J. Becker col. (14211); , 12.VI.1992, A. B.Bonaldo col. (24759); , 12.VI.1992, A. D. Brescovit col.(24758); 2 , , 13.VII.1992, A. C. Meyer col. (24737, 24738);Triunfo (Ilha dos Dorneles), 2 , , 23.VII.1986, M. Hoffmanncol. (15380); (Parque Copesul de Proteção Ambiental), 3 , 7 ,04.IV.1987, S. Scherer col. (16846, 16847); , 23.IV.1987, M.A. L. Marques col. (16781); , 23.IV.1987, M. E. L. de Souza col.(16784); , , 30.XI.1987, M. A. L. Marques col. (17055, 17056);2 , 4 , 24.X.1988, M. A. L. Marques col. (17890); ,08.XI.1988, M. H. Galileo col. (17931); 3 , , 12.I.1989, M. A.L. Marques col. (18049); , 12.I.1989, M. H. Galileo col. (18062);

, 2 , 12.I.1989, A. B. Bonaldo col. (18063); , 2 , 21.IX.1989,M. A. L. Marques col. (18658, 18698); 5 , 9 , 21.IX.1989, E.H. Buckup col. (18661); 4 , 24.X.1989, E. H. Buckup col.(18889, 45312); 4 , 9 , 24.X.1989, M. A. L. Marques col.(18891-18893); 6 , 5 , 28.X.1989, A. D. Brescovit col.(45317); 6 , 7 , 25.I.1990, A. D. Brescovit col. (19381); 3 ,12.VI.1991, L. Moura col. (21152); 2 , 2 , 30.VI.1993, L.Moura col. (23706); , 08.I.1997, A. B. Bonaldo col. (28164); ,14, 15.I.1997, L. Moura col. (28239); , 14, 15.I.1997, A.Franceschini col. (28238); , 23.V.2000, E. H. Buckup col.(32331); , 05.VII.2000, M. A. L. Marques col. (32495); ,10.X.2000, E. Borsato col. (33526); 2 , 3 , 09.VIII.2001, R. S.Araújo col. (33997, 33998); , , 05.III.2003, R. S. Araújo col.(35084); , , 05.III.2003, R. Ott col. (35108); 8 , 9 , 29,30.VII.2003, R. Ott & A. Barcellos col. (35964, 35970, 35991,36011, 36040); 2 , 29.VII.2003, R. S. Araújo col. (36069); 2 ,29.VII.2003, T. Tavares col. (36022); 2 , , 21, 22.X.2003, A.Barcellos & L. Schimidt col. (36470, 36514); 2 , 3 , 29,30.IV.2003, R. Ott col. (35716); 3 , 25.V.2004, A. Barcelloscol. (37339); 2 , 4 , 24.VIII.2004 (38173, 38174); , 06.I.2005(38247); 2 , 2 , 01.III.2005 (39912), todos coletados por R.Ott et al.; , 15.III.2006, R. Ott col. (41299); 3 , , 18.IX.2006,R. Ott & A. Barcellos col. (42083, 42084, 42152); 3 , ,07.XII.2005, R. Ott col. (40108); , 12.XII.2006, R. Ott & A.Barcellos col. (42753); , 28.V.2007, A. Barcellos col. (43401);2 , , 21.VIII.2007, M. A. L. Marques col. (43485); 4 ,31.VIII.2007, L. Schimidt col. (43538); 4 , 4 , 12.XI.2007,M. A. L. Marques col. (43714); 4 , 6 , 12.XI.2007, A. Barcellos& L. Schimidt col. (43720); , 14.II.2008, A. Franceschini col.(44000); 3 , , 17.III.2008, E. N. L. Rodrigues & M. Pairet Jr.col. (43983); , , 03.IV.2008, M. Pasolius col. (44029); 2 ,03.IV.2008, A. Barcellos col. (44121); , 14.II.2008, R. Moraescol. (44002); , 14.II.2008, L. Moura col. (44014); 4 , 3 ,09.VII.2008, A. Barcellos col. (44169); 2 , 2 , 01.IX.2008, M.A. L. Marques col. (44367); , , 01.IX.2008, E. N. L. Rodriguescol. (45393, 45394); 4 , 3 , 11.XI.2008, A. Barcellos col.(44948); 2 , 29.V.2009, E. N. L. Rodrigues col. (46145); (ParqueBraskem de Proteção Ambiental, ex-Copesul), 3 , 15.IX.2009,P. E. S. Rodrigues col. (46558); , 4 , 15.IX.2009, M. R. M.Poeta col. (46559, 46634); , 15.IX.2009, M. A. L. Marquescol. (46601); Gravataí, , 05.XI.1989, R. A. Ramos col. (19155);, 25.XI.1998, R. S. Araújo col. (29802); 6 , 25.XI.1998, J.

Soledar col. (29835, 44895); 3 , 3 , 25.XI.1998, M. A. L.Marques col. (44423, 46390); 2 , 15.III.1999, M. A. L. Marquescol. (45399); Eldorado do Sul (Parque Estadual Delta do Jacuí), ,27.X.1998, A. B. Bonaldo col. (44893); , 28.I.1999, A. B.Bonaldo col. (44902); Arroio dos Ratos, 2 , , 01.VIII.1986, M.Hoffmann col. (15478); , 2 , 01.VIII.1986, M. H. Galileo col.(15476); Guaíba, , 11.II.2009, A. Barcellos col. (45900); PortoAlegre, , 2 , 17.IX.1997, A. Franceschini col. (28619);(Reserva Biológica do Lami), 3 , 13, 14.VI. 2001 (44896); ,19-22.II.2001 (45416); , 01, 02.II.2002 (37696), todoscoletados por E. L. C. Silva & C. E. Ferro; , II.2000, L. E. C.Schmidt col. (37709); (Lomba do Pinheiro), , 03.IX.1989, R.Arruda col. (18628); (Parque Estadual Delta do Jacuí), ,27.X.1998, A. B. Bonaldo col. (29760); Mariana Pimentel, ,02.XII.1989, A. A. Lise col. (45313); Barra do Ribeiro, ,16.XII.2003, Equipe Probio col. (36762); Cristal, , ,

26.VII.2007 (46409, 46411); , 11.IX.2007 (46410); ,14.XI.2007 (46407); , 19.XII.2007 (46406); , 14.III.2008(46408); , 21.VI.2008 (46405); , 06.VIII.2008 (46655); ,12.XI.2008 (46657); 3 , 2 , 17.II.2009 (46654); , 20. III.2009(46656), todos coletados por E. N. L. Rodrigues; Pelotas, 2 , ,15, 16.III.1996 (27448, 27449); 2 , 3 , 04-06.X.1996 (27781);

, 31.XII.1996 (28143); , 3 , 01-04.V.1998 (29394, 29395),todos coletados por L. Moura; Capão do Leão (Horto BotânicoIrmão Teodoro Luís), , 5 , 21.V.2001, E. N. L. Rodrigues col.(46398); Arroio Grande, , 10.IX.2007 (46462); , , 10.III.2008(46419); , 15.XI.2009 (46647), todos coletados por E. N. L.Rodrigues; Rio Grande (Estação Ecológica do Taim), , 17.X.1985,E. H. Buckup col. (44985); , 14.XII.1985, A. A. Lise col. (45677);, 10.IV.1986, M. A. L. Marques col. (45318).

Eustala photographica Mello-Leitão, 1944(Figs 5, 30-34)

Eustala photographica MELLO-LEITÃO, 1944:329, figs 13, 14,holótipo , Punta Chica, Buenos Aires, Argentina, Prosen col.,depositado no Museo de La Plata (MLP 15955). Examinadopor H. W. Levi em 1974 (vide figs LEVI, 2007). BRIGNOLI,1983:270; PLATNICK, 2010.

Diagnose. O palpo do macho de E. photographica(Figs 30, 31) é semelhante aos de E. minuscula(Keyserling, 1892), E. orina (Chamberlin, 1916) e ao machoassociado a E. mourei Mello-Leitão, 1947 (vide figs LEVI,2007) pela apófise terminal laminar e apófise subterminalreduzida. Distingue-se de E. minuscula pela apófisesubterminal com projeção espiniforme translúcida e dasduas últimas pela forma e posição da projeção tegular(Figs 30, 31). Fêmeas distinguem-se pelo epígino (Figs32-34) com placa mediana ampla e margem posterior largaquase reta, em vista ventral (Fig. 32); bordas das placaslaterais aneladas e espessas, na vista ventral e lateral(Figs 32, 34); em vista posterior, placas laterais muitoafastadas uma da outra e gradativamente convergentespara trás (Fig. 33).

Descrição. Macho (MCN 12485). Carapaça amarela,região cefálica com pigmento branco. Esterno preto.Pernas amarelas com bandas castanhas. Abdômen oval,mais longo do que largo, com ápice posterior distinto;dorso com padrão de coloração igual ao do espécime-tipo (LEVI, 2007), preto com pigmento branco em faixamediana longitudinal.

Medidas. Comprimento total 4,0. Comprimento dacarapaça 2,0, largura 1,6. Pernas, fórmula 1243.Comprimento da perna I: fêmur 2,6; patela + tíbia 3,1;metatarso 1,9; tarso 0,8; comprimento total 8,4. Patela +tíbia II 2,2; III 1,2; IV 1,8.

Fêmea (MCN 12485). Coloração similar a do macho,exceto esterno cinza-escuro e abdômen subtriangular comfaixa mediana branca mais curta.

Medidas. Comprimento total 4,6. Comprimento dacarapaça 1,7, largura 1,5. Pernas, fórmula 1243.Comprimento da perna I: fêmur 2,2; patela + tíbia 2,7;metatarso 1,7; tarso 0,7; comprimento total 7,3. Patela +tíbia II 2,4; III 1,1; IV 1,9.

Variação. Machos (n=5): comprimento total: 3,7-4,4;carapaça: 1,9-2,2; largura: 1,6-1,7. Fêmeas (n=5):comprimento total: 4,1-5,6; carapaça: 1,7-2,0; largura: 1,3-1,6. Carapaça amarela ou manchada de preto em menorou maior quantidade, às vezes, com pigmento branco. Amaioria dos espécimes examinados apresentava abdômencom fólio, exceto os de Almirante Tamandaré, PR, com

Page 9: O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do …Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo

159

Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010

O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do Brasil: duas...

faixa mediana longitudinal branca, semelhante a doespécime-tipo. Um exemplar com mancha arredondadacastanha nas laterais posteriores do abdômen.

Nota. A espécie era conhecida apenas pela fêmeada Argentina. Machos e fêmeas foram colecionadosjuntos em várias localidades do sul do Brasil.

Distribuição. Brasil (Paraná, Rio Grande do Sul);Uruguai (Artigas); Argentina (Buenos Aires) (Fig. 5).

Material examinado. BRASIL, Paraná: AlmiranteTamandaré, 2 , , 22.IV.1984 (12402, 12485); , 08.VIII.1984(12499), todos coletados por E. C. Costa; Bom Retiro, ,10.IV.1987, A. D. Brescovit col. (16916); Rio Grande do Sul:Roca Sales, , 24.V.1986, A. D. Brescovit col. (15100); Cristal, 2, 19.XII.2007, E. N. L. Rodrigues col. (46413); Bagé, , 10.I.1966,

C. de Oliveira col. (45698); Arroio Grande, , 24.VII.2007 (46418);, 30.I.2008 (46415); 2 , 13.VI.2008 (46414); , , 07.VIII.2008

(46642); 2 , 2 , 23.IX.2008 (46643); , 19.XII.2008 (46645),todos coletados por E. N. L. Rodrigues; URUGUAI, Artigas: Artigas,

, 13,14.X.1995, L. Moura col. (26741).

Eustala minuscula (Keyserling, 1892)(Fig. 6)

Epeira minuscula KEYSERLING, 1892:140, est. 7, figs 103 a-e, síntipos, , Rio Grande do Sul, Brasil, H. von Ihering col., depositados

no The Natural History Museum, Londres e examinados por H.W. Levi em 1973 (vide figs LEVI, 2007).

Araneus minusculus; PETRUNKEVITCH, 1911:304.Eustala minuscula; MELLO-LEITÃO, 1919:16; 1943:179; BONNET,

1956:1841; PLATNICK, 1993:434; 2010.Mangora minuscula; ROEWER, 1942:774.

Diagnose. O palpo do macho de Eustala minuscula(vide figs LEVI, 2007), semelhante ao de E. photographicapela apófise terminal laminar, distingue-se pelaproeminente projeção tegular sub-retangular, em vistamesial. Fêmeas separam-se pelo epígino campanuláceocom expansões laterais, basais (vide KEYSERLING,1892:140, est. 7, figs 103 a-e; LEVI, 2007).

27

25 26

3031

32 33 34

29

ASt

ATL

28

Figuras 25-34. Eustala taquara (Keyserling, 1892), palpo: 25, mesial; 26, ventral; epígino: 27, ventral; 28, posterior; 29, lateral. Eustalaphotographica Mello-Leitão, 1944, palpo: 30, mesial; 31, ventral; epígino: 32, ventral; 33, posterior; 34, lateral (ASt, apófise subterminal,ATL, apófise terminal laminar). Escalas: 0,1 mm.

Page 10: O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do …Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo

160

Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010

POETA et al.

Distribuição. Brasil (Santa Catarina e Rio Grandedo Sul) (Fig. 6).

Material examinado. BRASIL, Santa Catarina: RanchoQueimado, , 15, 18.XI.1993, A. B. Bonaldo col. (44371); 2 , 15,18.XI.1995, L. Moura col. (26768); Rio Grande do Sul: Vacaria,2 , , 14.I.1974, A. A. Lise col. (10511); Bom Jesus, , 21.XII.1987(17085); 7 , 24.III.1989 (18459, 18461, 45311); 2 , 28-31.III.1998 (29281), todos coletados por A. B. Bonaldo; Cambarádo Sul, , 09.I.1976, A. A. Lise col. (4047); , 16.VI.1983, A. A.Lise col. (11727); , 25.XI.1993, M. A. L. Marques col. (24324);

, 11-13.IV.1994, M. H. Galileo col. (25413); (Itaimbezinho), ,27.IV.1985, A. A. Lise col. (46381); São Francisco de Paula (FlorestaNacional), , IV.2001, R. Baldissera col. (35235); Estrela Velha, ,20.X.1998, A. B. Bonaldo col. (29623); Campo Bom, ,22.VII.1986, C. J. Becker col. (15430); Montenegro (CentroExperimental da ULBRA), , 31.VIII.2008, A. P. O. Brendel col.(44910); Candelária (Serro do Botucaraí), 3 , 05-09.II.2001(46382); , 07.II.2001 (33623), ambos coletados por A.Franceschini; Rio Pardo, , 10.II.1969, A. A. Lise col. (7415);Capão da Canoa, , 19.I.1986, A. A. Lise col. (14336); Triunfo(Ilha dos Dorneles), , , 23.VII.1986, M. E. L. Souza, A. D.Brescovit col. (15379, 15369); Canoas, , 13.XII.1990, M. A. L.Marques col. (45381); Cachoeirinha (Estação Experimental doArroz), , 05.XI.2004 (39114); , 2 , 06.II.2005 (39137, 39121),todos coletados por E. N. L. Rodrigues; Gravataí, 2 , 25.XI.1998,J. Soledar col. (29834); , 25.XI.1998, M. A. L. Marques col.(29798); , 15.III.1999, M. A. L. Marques col. (30561);Charqueadas, , 15.IV.1982, E. H. Buckup col. (10100); PortoAlegre (Reserva Ecológica do Lami), , 10, 11.XII.2001, E. L. C.Silva & C. E. Ferro col. (37714); (Jardim Botânico), , 09.XII.1993,A. Franceschini col. (24497); Guaíba, , 01.I.1989 (18008); 3 ,

, 24-27.XII.1992 (22644); 2 , 01.I.1993 (22688), todoscoletados por A. B. Bonaldo; Sertão Santana, , 22.III.1973, Z. M.Rosa col. (786); Rio Grande (Estação Ecológica do Taim), ,17.X.1985 (13655); , 08.IV.1986 (14767); , 04.XII.1986(45315), todos coletados por E. H. Buckup.

Eustala saga (Keyserling, 1893)(Fig. 7)

Epeira saga KEYSERLING, 1893:253, est. 13, figs 188 e 188 a. Síntipos

do Uruguai e do Rio Grande do Sul, Brasil, H. von Iheringcol., depositados no The Natural History Museum, Londres eexaminados por H. W. Levi em 1975 (LEVI, 2007).

Araneus sagus; PETRUNKEVITCH, 1911:313.Eustala saga; ROEWER, 1942:766, PLATNICK, 2010.

Diagnose. Eustala saga similar às espécies dogrupo fuscovittata pelo abdômen alongado, separa-sedestas espécies, principalmente de E. sagana(Keyserling, 1893) pela forma do condutor com detalhesdiferenciados em sua porção anterior e prolongamentoposterior largo, em vista ventral. Fêmeas distinguem-sepelo escapo triangular com base projetada, nas três vistas(vide KEYSERLING, 1893, fig. 188; LEVI, 2007).

Distribuição. Brasil (Bahia, São Paulo, Paraná, SantaCatarina e Rio Grande do Sul) (Fig. 7). Uruguai (localidade-tipo não especificada).

Material examinado. BRASIL, Bahia: Uruçuca, ,26.XI.1977, J. S. Santos col. (21909); São Paulo: Mogi das Cruzes,, 12.V.1991, N. Silveira col. (21134); Paraná: Pinhão (UHE

Segredo), , 31.VIII.-01.IX.1996, A. B. Bonaldo col. (27702);Tijucas do Sul, , XI.1979, Hoffmann & Carvalho col. (8851);Santa Catarina: Concórdia, , 24.I.2008, M. de O. Luz col.(44454); Governador Celso Ramos (Passo das Gaivotas), , 5 ,10-26.II.1993, L. Moura col. (22895); Rancho Queimado, , 8-11.X.1994, A. B. Bonaldo col. (26180); 3 , 13-15.I.1995, W.Koch col. (26334); 3 , 15-18.XI.1995, A. B. Bonaldo col. (26775);, 15-18.XI.1995, L. Moura col. (26776); Rio Grande do Sul:

Derrubadas (Parque Estadual do Turvo), , 15.I.1985, A. A. Lisecol. (12924); Machadinho, , 15.II.1989, A. B. Bonaldo col.(18216); Bom Jesus, , 28-31.III.1998, C. Duckett col. (29297);Cambará do Sul, , 25.XI.1993, M. A. L. Marques col. (24328);(Itaimbezinho), 3 , 27.IV.1985, A. A. Lise col. (13271); (Área dePreservação Celulose Cambará), , 19-21.XII.1994, L. Moura col.(25984); , 19-21.XII.1994, M. H. Galileo col. (26046); Caxiasdo Sul, , 04.XI.1994, A. Franceschini col. (25903); Roca Sales, ,24.V.1986, A. D. Brescovit col. (15101); Salto do Jacuí, ,26.X.1999, A. Franceschini col. (31515); , 2 , 19.X.1998, A. B.Bonaldo & L. Moura col. (29639, 29640); Estrela Velha, 2 ,06.V.1998, M. A. L. Marques col. (29344, 29362); , 28.X.1999,A. B. Bonaldo col. (31524); , 07.III.2001, R. Ott col. (33665); ,30.X.2001, A. Franceschini col. (45612); São Pedro do Sul, ,11.I.1985, A. A. Lise col. (12922); Canela, 3 , 2 , 03, 07.X.1967,A. A. Lise col. (525, 10118, 10481, 21921); , 27.X.2000, E. H.Buckup col. (33319); São Francisco de Paula, , 2 , 19-22.III.1998,L. Moura col. (29207, 29208); , 26.XII.2003, E. L. C. Silva col.(36698); , 18.XI.1997, E. H. Buckup col. (28727); , 05.XI.1998,L. Moura col. (29714); , 04.XI.1998, A. B. Bonaldo col. (29704);Igrejinha, , 23.XI.1983, E. H. Buckup col. (11836); (Tainhas), ,31.XII.2003, E. L. C. Silva col. (36294); Santa Maria, 2 ,09.V.1973, D. Link col. (1686); , , 02.XI.1985, A. D. Brescovitcol. (14597); , 08.VII.1986, M. Rosenau col. (10551); (ReservaBiológica do Ibicuí), , 10.XII.1992, N. Silveira col. (22636);Restinga Seca, , 05.III.2004, J. L. Santos col. (38483); Candelária(Cerro do Botucaraí), , 07.II.2001, A. Franceschini col. (33622);Montenegro, , 01.IX.1977, H. Bischoff col. (6428); 3 ,03.IX.1977, E. H. Buckup col. (7121); , 05.IX.2003, V. Wolf etal. col. (37191); 3 , 29.IX.1977, A. A. Lise col. (6645); ,20.XII.1977, V. Pitoni col. (7648); São Leopoldo, , X.1973, C. J.Becker col. (27602); Maquiné, , 09.V.2008, E. N. L. Rodriguescol. (46467); (Estação Experimental da Fepagro), , , 06-08.III.1998, A. B. Bonaldo col. (29021); Praia do Curumim, ,02.II.1976, C. J. Becker col. (3658); Triunfo, , 2 , 20.X.1977,A. A. Lise col. (6895); , 27.X.1977, H. A. Gastal col. (7006); ,12.V.1981, K. Zanol col. (9691); , 12.V.1981, E. H. Buckup col.(9667); , 12.V.1981, M. H. Galileo col. (9701); , , 23.IV.1987,M. A. L. Marques col. (16779); , 24.X.1988, E. H. Buckup col.(17892); , , 28.XI.1989, M. A. L. Marques col. (19114); ,12.VI.1991, M. A. L. Marques col. (21158); , 11.IX.1992, M. A.L. Marques col. (22349); , 24-27.XII.1992, M. A. L. Marquescol. (7007); 3 , , 25.I.1990, A. D. Brescovit col. (19390); (Ilhados Dorneles), , 23.VII.1986, E. H. Buckup col. (15382); Canoas,2 , 3 , 23.IV.1966, A. A. Lise col. (188); , 24.I.1991, E. H.Buckup col. (20459); Cachoeirinha (Estação Experimental deArroz), , 16.XI.2004 (39133); , 27.I.2005 (39230); ,28.II.2005 (39481), todos coletados por E. N. L. Rodrigues;Gravataí, 3 , 25.XI.1993, M. H. Galileo col. (29795); ,25.II.1998, J. Soledar col. (29831); , , Guaíba, , , 11.III.2009,L. Moura col. (45848); Porto Alegre (Reserva Biológica do Lami),, 13, 14.VI.2001, (37729); , , 13, 14.VIII.2001 (37708, 37720);, 02.I.2002 (37728), todos coletados por E. L. C. Silva & C. E.

Ferro; , II.2005, L. E. C. Schmidt col. (37730); (Morro SãoPedro), , 26.IX.2003, R. Ott & A. Barcellos col. (36358); (Arroiodo Salso), , 17.IX.2003, R. Ott & A. Barcellos col. (36128);Guaíba, , 01.I.1993, A. B. Bonaldo col. (22689); (EstaçãoExperimental UFRGS), , 03.I.1974, A. A. Lise col. (10509); ,24-27.XII.1992, M. A. L. Marques col. (22645); Tapes, ,16.VII.1973, P. R. Sogari col. (3688); Viamão, , 13.V.1975, K.Grosser col. (2915); , 24.VII.1985, J. E. Henning col. (13324);3 , 11-14.IV.1983, A. A. Lise col. (11542); Mariana Pimentel,

, 02.XII.1989, A. A. Lise col. (19083).

Agradecimentos. Ao doutorando Everton N. L. Rodrigues(PPG-Biologia Animal, UFRGS) pela assistência e sugestões nadigitalização das imagens. Ao técnico de informática Diego Pascoal(FZB) pelo auxílio na elaboração das estampas. Aos consultorespelas importantes sugestões. À Diretora Executiva do MCN, Mariade Lourdes Abruzzi A. de Oliveira, pela disponibilização deequipamentos. Ao CNPq pela bolsa de Iniciação Científica (PIBIC- processo nº 105695/2009-2) concedida à primeira autora.

Page 11: O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do …Walckenaer, 1841, é conhecido apenas para o continente americano. Essas aranhas vivem na vegetação arbustiva e arbórea, tecendo

161

Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(2):151-161, 30 de junho de 2010

O gênero Eustala (Araneae, Araneidae) no sul do Brasil: duas...

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONNET, P. 1956. Bibliographia araneorum. Toulouse,Douladoure. v.2, pt.2, p.919-1926.

BRIGNOLI, P. M. 1983. A catalogue of the Araneae describedbetween 1950 and 1981 . Manchester, ManchesterUniversity. 755p.

CHICKERING, A. M. 1955. The genus Eustala (Araneae, Argiopidae)in Central America. Bulletin of the Museum ofComparative Zoology 112(6):391-518.

KEYSERLING, E. 1884. Neue Spinnen aus Amerikas. V.Verhandlung der k.k. Zoologisch-BotanischenGesellschaft in Wien 33:649-684.

___. 1892. Die Spinnen Amerikas. Nürenberg, Bauer &Raspe v.4, pt.1, 208p.

___. 1893. Die Spinnen Amerikas. Nürenberg, Bauer &Raspe. v.4, pt.2, p.209-377.

LEVI, H. W. 1977. American orb-weaver genera Cyclosa,Metazygia and Eustala north of Mexico (Araneae, Araneidae).Bulletin of the Museum of Comparative Zoology148(3):61-127.

___. 1991. The Neotropical and Mexican Species of the Orb-Weaver genera Araneus, Dubiepeira, and Aculepeira (Araneae:Araneidae). Bulletin of the Museum of ComparativeZoology 152(4):167-315.

___. 2007. Type species of araneid and tetragnathidgenera. Harvard University. Disponível em: <http://www.oeb.harvard.edu/faculty/levi>. Acesso em: 16.07.2008

Recebido em dezembro de 2009. Aceito em abril de 2010. ISSN 0073-4721

Artigo disponível em: www.scielo.br/isz

MELLO-LEITÃO, C. DE. 1919. Ligeiras notas sobre uma pequenacollecção de araneidos do Museu Paulista determinados por E.Simon. Revista do Museu Paulista 9:1-17.

___. 1943. Catálogo das aranhas do Rio Grande do Sul. Arquivosdo Museu Nacional 37:148-245.

___. 1944. Arañas de la provincia de Buenos Aires. Revistadel Museo de La Plata Nueva Série 3(24):311-391.

PETRUNKEVITCH, A. 1911. A synonymic index-catalogue of spidersof North, Central and South America with all adjacent islands,Greenland, Bermuda, West Indies, Terra del Fuego, Galapagos,etc. Bulletin of the American Museum of NaturalHistory 29:1-791.

PLATNICK, N. I. 1993. Advances in Spider Taxonomy 1988-1991 with synonymies and transfers 1940-1980. NewYork, New York Entomological Society. 846p.

___. 2010. The world spider catalog, version 10.5. AmericanMuseum of Natural History. Disponível em: <http://research.amnh.org/iz/spiders/catalog/INTRO1.html>. Acessoem: 30.01.2010.

PODGAISKI, L. R.; OTT, R.; RODRIGUES, E. N. L.; BUCKUP, E. H. &MARQUES, M. A. L. 2007. Araneofauna (Arachnida; Araneae)do Parque Estadual do Turvo, Rio Grande do Sul, Brasil. BiotaNeotropica 7(2):1-15.

ROWER, C. F. 1942. Katalog der Araneae von 1758 bis 1940.Bremen, Natura Bd.1, 1040p.

SIMON, E. 1895. Histoire Naturalle des Araignées. Paris,Librairie Encyclopédique de Roret v.1, pt.3, p.488-761.