o farol da ilha - novembro 2013

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Agentes Jovens 2013 N o final de outubro, encerrou-se o “Minha Ilha, Nossa Ilha: Aqui É o Meu Lugar 2013”, que tem como objetivo mobilizar a sociedade, disseminar os conceitos e incentivar as práticas da cidadania nas relações entre as pessoas. Ciclovia sim, mas não assim! M anifestação na Praia do Perequê reuniu moradores que questionam as obras da ciclovia nos trechos construídos sobre a areia da praia. Editorial: Confira em nossa 14ª edição as principais notícias e acontecimentos da sociedade civil de Ilhabela e acompanhe os trabalhos e projetos do Instituto Ilhabela Sustentável. E mais, nesta edição: Abaixo-assinado sobre a Ciclovia Pág. 03 Fórum de Debates promovido pelo Ministério Público Pág. 08 Evento Anual do Instituto Ilhabela Sustentável Pág. 10 Pág. 07 E scolas Estaduais e Particulares de Ilhabela aderem a pesquisa promovida pelo COMSOD - Conselho Municipal sobre Drogas. Projeto deve ter mais de 1000 pesquisas respondidas até o final de novembro. Pág. 02 Projeto Litoral Sustentável realiza encontros na Baixada Santista e Litoral Norte. Pág. 04 Pág. 02

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O Farol da Ilha - Novembro 2013

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Page 1: O Farol da Ilha - Novembro 2013

Agentes Jovens 2013No final de outubro,

encerrou-se o “Minha Ilha, Nossa Ilha: Aqui

É o Meu Lugar 2013”, que tem como objetivo mobilizar a sociedade, disseminar os conceitos e incentivar as práticas da cidadania nas relações entre as pessoas.

Ciclovia sim, mas não assim!

Manifestação na Praia do Perequê

reuniu moradores que questionam as obras da ciclovia nos trechos construídos sobre a areia da praia.

Editorial: Confira em nossa 14ª edição as principais notícias e acontecimentos da sociedade civil de Ilhabela e acompanhe os trabalhos e projetos do Instituto Ilhabela Sustentável.

E mais,nesta edição:Abaixo-assinadosobre a Ciclovia Pág. 03

Fórum de Debatespromovido pelo Ministério Público Pág. 08

Evento Anual do Instituto Ilhabela Sustentável Pág. 10

Pág. 07

Escolas Estaduais e Particulares de

Ilhabela aderem a pesquisa promovida pelo COMSOD - Conselho Municipal sobre Drogas.Projeto deve ter mais de 1000 pesquisas respondidas até o final de novembro.

Pág. 02

Projeto Litoral Sustentável realiza encontros na Baixada Santista e Litoral Norte.

Pág. 04

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As opiniões dos nossos colaboradores não são necessariamente as opiniões deste informativo.

O Farol da Ilha é um informativo sem fins lucrativos do Instituto Ilhabela Sustentável.

O Farol da Ilha nº14 -Novembro de 2013

Projeto Litoral Sustentável realiza encontrosna Baixada Santista e Litoral NorteO projeto Litoral Sustentável – Desenvolvimento com Inclusão Social, realizado pelo Instituto Pólis em convênio com a Petrobras, realizará dois Encontros Regionais na Baixada Santista e no Litoral Norte para apresentar à população e ao poder público as Agendas Municipais e Regional de Desenvolvimento Sustentável, desenvolvidas ao longo deste ano, por meio de um processo participativo.O objetivo dos encontros é apresentar a versão final do documento, construída após as consultas e audiências participativas, e abrir espaço para as últimas contribuições dos participantes.O evento do Litoral Norte será no dia 10 de dezembro, das 9 às 18h, no Instituto Federal de São Paulo, em Caraguatatuba. Já na Baixada Santista o encontro será no dia 12 de dezembro, Das 9 às 18h, na Unimonte Rua Comendador Martins, 52, Bairro Vila Mathias. Sobre as AgendasA partir dos diagnósticos elaborados na primeira fase do projeto www.litoralsustentavel.org.br pretende-se em 2013 construir conjuntamente a Agenda Regional de Desenvolvimento Sustentável e as Agendas de Desenvolvimento Sustentável para cada um dos municípios do Litoral Norte e da Baixada Santista.Esta Agenda pretende contribuir para a atuação do Poder Público,das organizações da sociedade civil e do setor privado para o planejamento integrado das políticas públicas, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida de toda a população, de forma equilibrada com o meio ambiente.O grande desafio que se coloca é a discussão dos padrões atuais de desenvolvimento e as possibilidades de novos modelos, levando em conta que quase 65% do território encontra-se em áreas ambientalmente protegidas; prevalece a concentração socioeconômica nos dois polos regionais, ficando os outros municípios dependentes destes polos, o que impacta diretamente na mobilidade; há dependência do veranismo e desarticulação com o turismo sustentável, inclusivo e diversificado; os grandes projetos em pauta reforçam os padrões de desenvolvimento instituídos e a lógica concentradora do capital e da infraestrutura; como os instrumentos de gestão e planejamento territorial regional e municipal podem se articular, de modo a contribuir para o desenvolvimento sustentável e inclusivo na região.Conheça as versões preliminares das agendas municipais e da agenda regional e dê sua contribuição no site: www.litoralsustentavel.org.br

Caro cidadão,

Em sua 14ª edição, o informativo O Farol da Ilha, publicado pelo Instituto Ilhabela Sustentável, traz notícias, informações e novidades sobre a

atuação da sociedade civil em Ilhabela, seguindo sua proposta de manter um canal de comunicação permanente entre a entidade e moradores, veranistas, turistas e visitantes da cidade.Nesta edição, confira o encerramento dos trabalhos do Grupo de Agentes Jovens 2013, que integram o projeto “Minha Ilha Nossa Ilha, Aqui é o Meu Lugar”, e que realizaram ao longo do ano diversas ações pelos bairros de Ilhabela com o objetivo de mobilizar a sociedade, disseminar os conceitos e incentivar as práticas da cidadania nas relações entre as pessoas.Veja também como foi o Fórum de Debates promovido pelo Ministério Público para discutir os grandes empreendimentos em andamento e previstos para o Litoral Norte, que apresentou aos participantes um panorama dos impactos que serão gerados por estas obras, mostrou como os promotores públicos pretendem atuar nesta questão e deu à população a oportunidade de participar mais ativamente deste importante processo.Nossas páginas trazem ainda os resultados apresentados no Evento Anual do Instituto Ilhabela Sustentável, dados da pesquisa promovida pelo COMSOD – Conselho Municipal sobre Drogas, a manifestação e o abaixo assinado “Ciclovia sim, mas não assim” e as versões preliminares das agendas municipais e da agenda regional do Projeto Litoral Sustentável – Desenvolvimento com Inclusão Social, realizado pelo Instituto Pólis em convênio com a Petrobras.

Boa leitura!

Editorial

Rua Olímpio Leite da Silva, 77 Perequê

tel (12) 3896 3015Ilhabela SP Brasil 11.630-000

www.nossailhamaisbela.org.br [email protected]

Projeto Gráfico e Editoração:Ilha Editorial

Edição digitalDISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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Ciclovia sim, mas não assim!Manifestação na Praia do Perequê reuniu moradores que questionam as obras da ciclovia nos trechos

construídos sobre a areia da praia.No dia 20 de novembro, uma manifestação reuniu cerca de 40 moradores de Ilhabela, que preocupados com os impactos causados pelas obras da ciclovia em alguns trechos da orla, reivindicam a paralisação das intervenções sobre a areia da praia até que sejam realizados estudos de impacto ambiental e a discussão sobre alternativas de trajeto que possibilitem a redução dos danos ao meio ambiente e a preservação das praias.Além do protesto, a sociedade civil organizada também fez um abaixo assinado que será encaminhado às autoridades municipais, estaduais e federais e pretende sensibilizar os órgãos públicos envolvidos nos processos de fiscalização e licenciamento sobre a gravidade dos impactos já gerados pela obra e sobre a importância da revisão do projeto a fim de evitar que estes danos continuem.Batizada de “Ciclovia sim, mas não assim”, a iniciativa quer destacar que a construção da ciclovia é necessária e importante para toda a população, mas que precisa ser feita respeitando o meio ambiente, as leis e a opinião da comunidade.

Abaixo-assinado: Ciclovia Sim, mas Não Assim!Diante dos indícios de danos ambientais causados às praias de Ilhabela, em detrimento do seu uso coletivo, moradores da cidade fazem abaixo assinado pedindo a paralisação imediata das obras da ciclovia sobre a areia das praias, para realização de estudos de impactos ambientais e de alternativas locacionais da mesma.O trecho da praia do Perequê, que já vinha sofrendo com a perda de faixa de areia devido às intervenções, teve a recém construída ciclovia destruída na última ressaca. Neste momento, a Prefeitura está reconstruindo o muro de pedras e aterro destruídos

pela maré, avançando ainda mais em direção ao mar. Em situação semelhante está o trecho em andamento entre as praias Itaguassu e Engenho D'água. Este abaixo-assinado pretende sensibilizar a Prefeitura Municipal de Ilhabela, a Secretaria do Patrimônio da União, o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual, a Justiça Federal, a CETESB e os demais órgãos pertinentes, evitando a continuidade dos danos já causados, como a perda de faixa de areia da praia, os impactos ambientais e o desperdício de dinheiro público.www.change.org

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Agentes Jovens 2013No final de outubro, encerrou-se o “Minha Ilha, Nossa Ilha: Aqui É o Meu Lugar 2013”, que tem como objetivo mobilizar a sociedade, disseminar os conceitos e incentivar as práticas da cidadania nas relações entre as pessoas.

A "Operação Bairro legal" levou agentes jovens a organizar ações nos próprios bairros através de mobilizações que criassem e fortalecessem os sentimentos de pertencimento à cidade, incentivando o protagonismo e a participação social da população na construção de seu futuro.

Depois do treinamento e sensibilização inicial da equipe, os agentes jovens foram motivados a percorrer seus caminhos do cotidiano com olhar crítico sobre quais questões poderíamos trabalhar durante os meses seguintes. Escolhidos os temas prioritários, a equipe idealizou e desenvolveu diversas atividades de mobilização nos seus próprios bairros, de maneira criativa e colaborativa, em contato com a comunidade.

Conheça aqui as ações da "Operação Bairro Legal":TRANSPORTE NA ROTA

ÔNIBUS – relatório e mapeamento das linhas e paradas: após reunião com o solícito gerente da empresa de ônibus de Ilhabela para obtenção de dados iniciais, a equipe se dividiu em duplas para acompanhar os trajetos das 11 linhas de ônibus, marcando as coordenadas de todas as paradas com aparelho de GPS e registraram com fotos os pontos de ônibus. Os dados foram compilados em um relatório e mapeados no Google Earth. www.nossailhamaisbela.org.br/site/biblioteca/category/55

CICLOVIA – diagnóstico de situação das ciclovias:Os agentes percorreram de bicicleta a ciclovia verificando as condições de mobilidade no trajeto Barra Velha à Vila. Fizeram um relatório de situação da ciclovia em seus diversos trechos. O relatório foi entregue ao atual Secretário de Obras Flávio Miranda em uma reunião agendada para esclarecer também sobre o planejamento previsto para as obras nas ciclovias e ciclo faixas até o final de2014.www.nossailhamaisbela.org.br/site/biblioteca/category/54

CULTIVE SEU ESPAÇO

Com a colaboração de funcionários e alunos, os agentes deram início à implantação de uma horta vertical na Escola Maria Gemma. Foram reutilizadas garrafas PET, que pintadas serviram como recipientes para o plantio das sementes, que já estão em fase de germinação. Também foi feita a limpeza de um espaço para o plantio de sementes dentro de pneus inutilizados. A horta tem sido feita em conjunto para criar o sentimento de zelo dos participantes.

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CAMPANHA “SOU CIDADÃO, SOU ILHABELA”

A divulgação da campanha foi iniciada pelos agentes jovens IIS através da abordagem e distribuição de adesivos para a população que transitava pelos diversos bairros de Ilhabela. Após a primeira fase da campanha, todas as semanas os agentes promoveram ações com o tema: “troque seu depoimento cidadão por uma camiseta e ajude a promover a Campanha”. Os agentes escolheram os pontos de maior circulação de pessoas, como mercados, pontos de ônibus, Feira de Trocas na Praça, entre outros. Além das campanhas de rua, os agentes participaram da alimentação da página do Facebook da campanha, http://www.facebook.com/SouCidadaoSouIlhabela

LIMPEZA DO MANGUEZAL

Assim como em 2012, os agentes jovens ajudaram a promover a Limpeza do Manguezal, no entanto, este ano, a ação fez parte do Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias, organizado pela parceria do Parque Estadual de Ilhabela, Centro de Triagem de Resíduos e Instituto Ilhabela Sustentável, com a participação de mais de 200 voluntários, em 11 iniciativas simultâneas no município e 970 quilos coletados. No mutirão para Limpeza do Manguezal, com a participação dos jovens do time de Rugby e do Colégio Objetivo, foram retirados cerca de 210 quilos de resíduos do meio ambiente. Em sua maioria eram sacolinhas de supermercado, garrafas plásticas, garrafas de vidro e pneus. O Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias tem como objetivo, além de retirar do meio ambiente os resíduos descartados de forma incorreta e minimizar os impactos da poluição, também de promover a sensibilização e a mobilização da população para o cuidado com a cidade e o meio ambiente. É necessário educar para neutralizar a fonte poluidora, o ser humano.

INTERVENÇÃO URBANA

Viela das Artes foi uma ação de revitalização do espaço público, a viela da Rua Minas Gerais, no bairro Barra Velha. A construção coletiva da ação se deu em vários passos: reconhecimento do local e da importância dele no dia-

a-dia, conhecer as pessoas do entorno, articulação entre os interessados para unir ideias, planejamento, mobilização de parceiros, captação de materiais e mão na massa. A ação envolveu a participação de aproximadamente 50 pessoas, entre alunos das oficinas de artes plásticas da FUNDACI, grafiteiros do Hip Hop (Furious Force e ONG O.P.A.), moradores e comerciantes da região. E contou com o apoio da Secretaria da Cultura, João Ilha Materiais para Construção, Chilli Marmitex, Supermercado Colina, Aurélia Moda e Acessórios e Papelaria Bom Custo.

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"DE UM POVO HERÓICO, O BRADO RETUMBANTE”

Ôôôh! Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor! – cantou o povo brasileiro depois de décadas passadas em sono profundo. E cantou

nas ruas, vestindo a bandeira verde e amarela, sem torcer por ninguém - pra nenhum time, nenhum carnaval - só por nós mesmos, o povo pelo povo puramente.O estopim foi o aumento da tarifa do transporte dito público que a população, indignada com milhares de situações equivocadas dentro do governo a serem levantadas, viu cair como última gota d'água e levantou-se do sofá, abandonando o comodismo para sair às ruas e finalmente "botar a boca no trombone" e reivindicar os direitos de uma população que finalmente quer crescer. Por anos o povo brasileiro assistiu sentado todas as injustiças que a irônica República Federativa Democrática Brasileira cometeu. E só agora resolveu, felizmente e finalmente, abrir os olhos pra tudo isso. No entanto, ainda há aqueles que acham que é carnaval, que as passeatas cheias de protesto são blocos de rua. Há também aqueles que acham que destruindo patrimônio público afetarão alguém do governo, quando somos nós que pagamos maiores impostos que, diga-se de passagem, só aumentam. Mas, como culpar esses indivíduos se desde muito tempo faltou-lhes educação para de uma forma adequada, ensinar o correto e o equivocado, para politizá-los e ainda desenvolver um senso crítico aguçado. A solução para esses indivíduos é a reforma na educação, que é escassa inclusive dentre aqueles que manipulam o país, com corrupção praticada em cima e na cara de uma nação inteira de 196,7 milhões de habitantes. Nação essa com maior índice de desigualdade social do mundo. A ONU (Organização das Nações Unidas) fez uma publicação indicando que o Brasil tinha em torno

de 200 bilhões de reais desviados por corrupção... Tem alguma coisa errada com esse governo. Porque o governo é o POVO, o governo somos nós, dito o conceito de República Federativa como:

"ter como REPRESENTANTE do povo brasileiro um só indivíduo escolhido por ele DEMOCRATICAMENTE através do voto PESSOAL e SECRETO

"O governador do país deve ser apenas o representante e interpretador da voz da população brasileira, criar e aprovar leis em prol da população e não dos interesses próprios e de seus aliados. Por esses e outros motivos o Brasil vai às ruas gritar pelo que é nosso por direito. Gritar e mostrar que o povo existe e está aqui, dando a cara a tapa para reivindicar o que é nosso. E o governo vai reprimi-los? Por lei, os protestos pacíficos é direito do cidadão. Falta complementar a Constituição dizendo que é dever do governo ouvir e considerar qualquer tipo de propagação da voz da grande massa.Este movimento de protestos pelo Brasil é o maior entre as últimas décadas, e esperamos que tal grandeza surta importantes efeitos. A revolta vai parar sem dúvidas nos livros de história dos próximos anos como um grande marco: quando o povo brasileiro descobriu que tem voz. Viva a independência do Brasil...

Marília Pessini

CURTA ILHABELA

O tema “Cuidados com animais silvestres” foi escolhido para a produção de vídeo para dar visibilidade e ser utilizado como material para educação ambiental. O roteiro foi definido entre eles e contou com o apoio de Silvana Davino, que está montando um Centro de Triagem de Aves Silvestres em sua casa. O vídeo, ainda em processo de edição será exibido em escolas, Associações de Bairro e outros locais, e estará disponível no site do IIS: www.iis.org.br na TV Nossa Ilha Mais Bela.

PESQUISA FIBFIB – Felicidade Interna Bruta – é um indicador criado pelo Rei do Butão para avaliar a felicidade e o bem-estar geral da população do pequeno país Asiático, servindo como ferramenta de acompanhamento da qualidade de vida, em contraponto com o indicador PIB, que considera apenas e desenvolvimento econômico. Esta avaliação se dá através de nove indicadores: bem-estar psicológico, uso de tempo, vitalidade comunitária, culturais, de saúde, de educação, ecológicos, de padrão de vida e de boa governança.Este ano, pela primeira vez na cidade, os agentes jovens realizaram uma pesquisa para conhecer o nível de felicidade dos habitantes de Ilhabela. Os agentes, divididos em duplas, aplicaram a pesquisa em todos os bairros da cidade, com amostras proporcionais à quantidade de moradores, totalizando 300 entrevistados. A média FIB de Ilhabela em 2013 foi de 7,3.

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Escolas Estaduais e Particulares de Ilhabela aderem a pesquisa promovida pelo Conselho Municipal sobre DrogasProjeto deve ter mais de 1000 pesquisas respondidas até o final de novembro.

Não é de hoje que as notícias sobre drogas vêm se tornando cada vez mais comuns nos noticiários, sabemos que o problema do consumo de drogas é alarmante e está presente em um grande número de famílias brasileiras, perpetuando os desafios da mobilidade social, principalmente dos grupos que estão expostos a algum tipo de vulnerabilidade, que

não se limita em considerar a privação de trabalho e renda, mas também a composição familiar, as condições de saúde e acesso aos serviços médicos, ao acesso e a qualidade do sistema educacional, de cultura, esporte e lazer.No Brasil menos de 8% dos Municípios possuem programas de combate ao crack e outras drogas, embora cerca de 45%, como é o caso de Ilhabela, possuam regulamentado o plano de enfrentamento às drogas por meio de lei municipal (CNM, 2010).A partir de 1998 o Brasil estabeleceu políticas para a redução da demanda e da oferta de drogas, em Ilhabela os primeiros passos foram dados em 2003 e mais efetivamente em 2010 com a criação do Conselho Municipal Sobre Drogas. Finalmente, em 2012, o Município passa a ter um Programa Municipal Sobre Drogas e em 2013 deve avançar na implementação de ações de enfrentamento.Pesquisas como a da Conferencia Nacional dos Municípios (CNM), realizada em 2010, comprovam que a presença do crack e de outras drogas deixou de ser um problema relacionado aos grandes centros urbanos e agora é eminente preocupação em quase a totalidade dos municípios do país.Segundo o Ministério da Justiça, os Conselhos Municipais sobre Drogas – COMADS são órgãos consultivos, normativos, de deliberação coletiva e de natureza paritária. Em âmbito municipal, e segundo as particularidades locais se integram ao Conselho Estadual sobre Drogas e ao Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas - SISNAD, de que trata o Decreto Federal 5.912, de 27 de setembro de 2006.Dentre sua atribuições, o COMSOD deve promover a atuação coordenada e integrada dos órgãos municipais governamentais ou não, propiciando a participação da comunidade em atividades destinadas à fiscalização, prevenção, tratamento, reinserção social, redução de danos sociais e à saúde e repressão sobre o uso e abuso de drogas e seus efeitos no indivíduo e na sociedade (MJ).Ciente da realidade que se apresenta e que a situação a respeito do consumo de crack e outras drogas tem se alastrado rapidamente, saindo dos grandes centros para menores e menos preparados, o Conselho Municipal sobre Drogas de Ilhabela (COMSOD) considera fundamental dimensionar, por meio de pesquisa, o tamanho do desafio e, com base nestes resultados, promover iniciativas assertivas, estimulando programas e ações de ampla abrangência e também segmentados entre grupos, com foco naqueles de maior vulnerabilidade. Também será de suma importância contribuir estabelecendo diretrizes e prioridades que irão subsidiar investimentos, públicos ou privados, na minimização de vulnerabilidades, principalmente aquelas relacionadas à educação, saúde, trabalho e renda.Com a colaboração das Escolas Estaduais e Particulares o COMSOD deve obter uma amostra significativa, com mais de 1000 pesquisas respondidas, de forma anômima, por estudantes do ensino Médio e EJA. Os resultados da pesquisa devem ser processados até a primeira quinzena de dezembro e num segundo momento o Conselho espera contar com a colaboração da Secretaria Municipal de Educação e da Secretaria Municipal de Sáude de forma que possam contribuir com a amplitude do projeto.

Conheça alguns dados apresentados no Levantamento Nacional de Álcool Drogas (LENAD) e da Secretaria Nacional de Politica Sobre Drogas (SENAD)

MACONHAQuase 40% dos adultos usuários de maconha são dependentes1 em cada 10 adolescentes que usa maconha é dependenteMais da metade dos usuários experimentaram pela primeira vez antes dos 18 anos17% dos adolescentes que usaram no último ano conseguiram maconha na ESCOLA62% experimentou maconha pela primeira vez antes dos 18 anos41% dos usuários de maconha também usaram cocaína no último ano

COCAÍNA E CRACK45% experimentaram cocaína pela primeira vez antes dos 18 anos22% conhecem alguém que tem problema com o uso de cocaínaSomente 1% da população procurou tratamento para o uso de drogasO Brasil representa 20% do consumo mundial de cocaína/crack

O uso do ÁLCOOL pode levar ao alcoolismo, uma doença grave que atinge 12,3% da população brasileira com idade entre 12 e 65 anos. Entre os jovens de 12 a 17 anos, a taxa de alcoolismo é de 7,0%. (SENAD)

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Grandes empreendimentos ameaçam o Litoral Norte

Fórum promovido pelo Ministério Público destacou a importância da participação da sociedade

civil na defesa da região e mostrou aos participantes um panorama dos impactos que serão gerados por projetos como a ampliação do porto de São Sebastião e duplicação da Rodovia dos Tamoios.Na última segunda-feira, 25 de novembro, representantes da sociedade civil de Ilhabela lotaram o plenário da Câmara Municipal para participar do fórum promovido pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA), da Promotoria de Justiça de São Sebastião e da Promotoria de Justiça de Ilhabela e pelo Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República em Caraguatatuba, que trouxe informações e abriu o debate sobre os grandes empreendimentos em andamento e previstos para o Litoral Norte de São Paulo.Participaram do encontro o Promotor de Justiça de Ilhabela, Dr. Tadeu Salgado Ivahy Badaró Júnior, a Promotora do GAEMA, Dra. Carolina Lima Anson, a Procuradora da República, Dra. Maria Rezende Capucci e a pesquisadora do projeto Biota Araçá/IO/USP, Cláudia Regina dos Santos.

Ao abrir o fórum, Dr. Tadeu explicou que a principal intenção da iniciativa é promover a aproximação entre o Ministério Público e a Sociedade Civil e destacou que a atuação da comunidade é fundamental para a definição do futuro da região. Ele explicou que desde que o trabalho do atual grupo que analisa estes empreendimentos começou, em meados de 2013, dois fatores chamam a atenção.O primeiro é a quantidade e a dimensão dos empreendimentos e seu potencial para mudar as características da região e o segundo é a estratégia do governo de fragmentar os processos de licenciamento, o que dificulta a análise dos impactos gerados pelo conjunto.Como exemplo, ele citou o licenciamento dos diversos trechos da Rodovia dos Tamoios (planalto, serra e contornos) e da ampliação do Porto de São Sebastião, que juntos transformarão a região em um importante corredor de exportação, cujos impactos vão muito além do período de construção e implantação e se acumularão durante toda a sua operação.Para que a população possa enxergar a dimensão dos impactos da soma destes empreendimentos em setores como a mobilidade urbana, saúde, segurança, habitação, abastecimento de água e energia, saneamento básico e acessos aos serviços públicos, entre outros, é preciso que os estudos apresentados considerem o conjunto e esta é uma das exigências que integram a Recomendação do Ministério Público que será entregue aos órgãos licenciadores.Em seguida, a Promotora do GAEMA, Dra. Carolina Lima Anson, fez uma apresentação que traçou um panorama dos empreendimentos previstos: ampliação do sistema viário, com duplicação da Rodovia dos Tamoios nos trechos planalto e serra e construção dos novos contornos entre as cidades de Caraguatatuba e São Sebastião, ampliação do Porto de São Sebastião, duplicação do Píer da Petrobras e revisão do Plano de Gerenciamento Costeiro do Litoral Norte.Ela destacou os principais impactos ambientais, econômicos e sociais que serão gerados se tais projetos se concretizarem, lembrou que a proposta de ampliação do sistema viário já havia sido rejeitada em 1989 pela identificação dos mesmos problemas apontados hoje e ressaltou que, em plena operação, o porto ampliado prevê a circulação de dez mil caminhões por dia na Rodovia dos Tamoios.

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Voltando a falar sobre a importância da participação da sociedade, a Procuradora da República, Dra. Maria Rezende Capucci explicou que, para ser efetivo, o trabalho do Ministério Público precisa de subsídios que vão além da análise técnica dos processos de licenciamento, e que as informações e opiniões de representantes da comunidade e do meio acadêmico, que cada vez mais tem se dedicado a pesquisar a região, são fundamentais para este processo.Entre as medidas adotadas pelo Ministério Público, estão duas recomendações dirigidas à CETESB e ao IBAMA que solicitam que não se aprovem novos projetos antes de realizar estudos de impacto que considerem o conjunto de empreendimentos, mesmo que os licenciamentos sejam feitos de forma fragmentada.De acordo com ela, para participar do processo de forma consciente, a população precisa ter acesso à informação de qualidade. “Sabemos que a sociedade civil do Litoral Norte é muito comprometida e pudemos

observar os resultados disso recentemente em Ilhabela, na Audiência Pública sobre o Gerenciamento Costeiro, onde a participação popular surtiu efeitos imediatos”, afirmou.Para Cláudia Regina dos Santos, pesquisadora da USP que se dedica atualmente a um projeto de estudo do Mangue do Araçá, os resultados do trabalho financiado pelo Governo do Estado já apontam que pela relevância de sua biodiversidade, a região não pode ser abordada da forma que propõe os atuais processos de licenciamento.Depois de ouvir as opiniões e coletar informações dos diversos representantes da sociedade que participaram do debate e contribuíram com dados importantes sobre a região, o encontro foi encerrado pelo Promotor de Ilhabela, Dr. Tadeu, que agradeceu a participação de todos os presentes, elogiou o engajamento da sociedade civil e lembrou que o objetivo é estreitar a relação entre o Ministério Público e a população e fomentar o debate sobre o futuro do Litoral Norte.

ANTAQ coloca em cheque o projeto da Companhia DOCASFernando Puga*

Ainda é cedo para comemorar, mas ao que tudo indica, o projeto de expansão do Porto de São Sebastião nos moldes que a Companhia DOCAS

propôs parece estar sepultado.A MP dos Portos votada este ano redirecionou o poder de definição sobre as áreas portuárias do Brasil dando esta prerrogativa à União, e ao que tudo indica, o ideal do Governo Federal diverge do projeto do Governo Estadual sobre a utilização da área portuária de São Sebastião.A ANTAQ ( Agência Nacional de Transportes Aquaviários) abriu processo de Concorrência Pública para a concessão das áreas portuárias ociosas de nosso Porto, onde há uma enorme áreaque nunca foi utilizada e está caracterizada na figura acima como SSB01.A ideia foi recebida com desânimo pela Companhia DOCAS que pretendia uma expansão portuária sobre o Mangue do Araçá, local de pesca tradicional e laboratório marítimo a céu aberto onde dezenas de pesquisadores da USP-CEBIMAR e de outras Universidades do mundo estão hoje debruçados para pesquisar todas as interações ecológicas e o fluxo energético deste bioma. Informações preliminares indicam que dezenas de espécies foram identificadas no Araçá são endêmicas, e que o desequilíbrio neste ecossistema poderia ter consequencias desastrosas e irreversíveis.O projeto da Companhia DOCAS ao que parece não conseguiu provar sua viabilidade econômico-social. O Projeto previa a instalação de um Porto de movimentação de conteineres com os famosos

supernavios ro-ro, tudo isso sendo escoado pela “Nova Tamoios” e pelo Contorno Sul que neste caso, é uma pista simples de ida e volta.Para se ter uma ideia, o Porto de Santos possui duas ferrovias, duas Imigrantes e duas Anchietas. O projeto para São Sebastião teria uma movimentação enorme escoada pelo equivalente de uma pista da Anchieta. Há um claro desequilíbrio entre estrutura portuária e capacidade de escoamento da carga.Não se trata de ser contra ou a favor da expansão portuária, se trata ao meu ver de ter o “melhor porto” e não “o maior”. O porto ideal é aquele que aproveita nossas potencialidades naturais como o calado, mas que respeita nossas condicionantes como a ausência de extensa área de retroporto. O projeto do Governo do Estado atropelava as condicionantes para se valer de nosso potencial.Espero que a sugestão de representantes da Companhia DOCAS de se colocar um “gatilho”, oferecendo aos concessionários a possibilidade de expandir a área portuária sobre o Mangue do Araçá não se concretize. Estou atento à questão, esta semana acessarei nossas lideranças políticas para obter mais informações.Por enquanto, que venha o MELHOR PORTO, onde trabalho, emprego e renda sejam amplificados com respeito à atividade turística e à população de São Sebastião e suas tradições culturais.

*Artigo publicado por Fernando Puga no dia 18 de outubro em seu blog: fernandopuga.wordpress.com

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Evento Anual do Instituto Ilhabela Sustentável apresentouà população Indicadores de Qualidade de Vida e Gestão Pública

O encontro também apresentou o Relatório Anual do GAC – Grupo de Acompanhamento da Câmara, e contou com uma palestra de Mauricio Broinizi, Secretário Executivo da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis.

Na dia 25 de outubro, a sétima edição do Evento Anual do Instituto Ilhabela Sustentável reuniu cerca de 150 pessoas, entre moradores, visitantes, autoridades e demais membros da sociedade civil interessados no futuro de Ilhabela, para apresentar os resultados do trabalho desenvolvido pelo GOPI – Grupo de Orçamento Participativo e Indicadores, formado por voluntários técnicos que coletam, analisam e consolidam dados fornecidos por diversos órgãos municipais, estaduais e federais com o objetivo de mostrar à população um panorama do orçamento público, suas receitas, despesas, investimentos e resultados.

O evento foi aberto por Georges Henry Grego, presidente do Instituto Ilhabela Sustentável, que falou sobre a proposta da entidade desde sua fundação, seus segmentos de atuação,

projetos e programas e destacou a importância da articulação da sociedade civil organizada e do exercício da cidadania participativa como formas eficazes de influenciar as políticas públicas e o futuro da cidade.

Em seguida, Maurício Broinizi, doutor em História Econômica pela USP, Coordenador da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades Sustentáveis, e Secretário Executivo da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis, apresentou dados relevantes sobre a atuação da Rede Latino Americana e Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis, que atualmente já somam quase cem municípios.

Maurício falou também sobre o Programa Cidades Sustentáveis, criado com o objetivo de sensibilizar, mobilizar e oferecer ferramentas para que as cidades brasileiras se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente sustentável e sobre a Plataforma Cidades Sustentáveis, uma agenda para a sustentabilidade das cidades que incorpora de maneira integrada as dimensões social, ambiental, econômica, política e cultural e que já ganhou a adesão de mais de 250 municípios brasileiros. “Ilhabela ainda não aderiu à plataforma, mas esperamos que o prefeito assine o documento, pois o partido que ele representa confirmou sua adesão estadual e nacional”, lembrou Maurício.A apresentação ressaltou também a importância das duas Propostas de Emenda Constitucional que propõem a implantação do Plano de Metas para todos os prefeitos, governadores e presidente da República, que será votada pela Câmara dos Deputados e, se aprovada, seguirá para o Senado. Para ver o arquivo com a apresentação feita por Maurício Broinizi, clique aqui.Grupo de Acompanhamento da Câmara – Apresentado pelo advogado Roberval Pizarro Saad, coordenador do GAC, o Relatório Anual preparado pelo grupo de voluntários trouxe detalhes sobre a atuação dos vereadores de Ilhabela e estabeleceu comparativos entre os anos de 2011, 2012 e parciais de2013, que apontaram a evolução dos trabalhos da Câmara.De acordo com o documento, apesar de o número de projetos apresentados pelo Poder Legislativo em 2013 ser bem menor em relação ao mesmo período do ano passado, é possível notar maior eficiência no processo de sanção das Leis e diminuição do número de propostas reprovadas ou retiradas da pauta. A melhora da transparência do site, com o acréscimo de informações, e o aumento dos gastos da Câmara Municipal, durante o período de 2009 a 2012, também foram apontados pelo relatório. Para ver o documento completo, clique aqui.

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Indicadores de Qualidade de Vida e Gestão Pública – o relatório consolidado pelo GOPI – Grupo de Orçamento Participativo e Indicadores, foi apresentado por Carlos Nunes,membro do Grupo de Trabalho e Executivo do Instituto Ilhabela Sustentável, e trouxe os resultados de um trabalho minucioso de coleta, análise e consolidação de dados das dezenas de Funções de Governo que compõem a estrutura do poder público, pesquisados em diversos órgãos municipais, estaduais e federais, como o Portal da Transparência da Prefeitura de Ilhabela, Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, SIAPNET – Sistema de Informações da Administração Pública do TCE-SP e Portal da Transparência da Controladoria Geral da União, entre outros.

Depois de detalhar os eixos, funções e subfunções de governo, o relatório apresenta as Receitas Arrecadadas anualmente no município de 2008 a 2013 e mostra que a arrecadação aumentou mais de 100% no período, saltando de R$ 73.991.500,00 em 2008 para R$ 154.808.170,00 em 2013, de acordo com os valores orçados no PPA – Plano Plurianual. Para 2014, de acordo com a Audiência Pública da LOA 2013 (planejamento para 2014), o valor orçado é de R$206.517.000,00.

O documento aponta também que, atualmente, a maior fonte de renda do município provém dos royalties, responsáveis por 25% das Receitas Arrecadadas e que em 2013, até o mês de agosto, já havia chegado a mais de 37 milhões de reais, prenunciando um recebimento total anual maior do que o estimado.

Em relação aos gastos e investimentos, o relatório abrange um período de quatro anos (de 2009 a 2012) e mostra aumento nas despesas da maioria das Funções de Governo, como Meio Ambiente, Saúde, Segurança, Educação, Habitação e Urbanismo, Cultura e Esporte, entre outras, sendo que em algumas delas os investimentos cresceram cerca de 100%, como é o caso da educação, que saltou de R$ 18.338.130,00 em 2009 para 38.208.078,00 em 2012 e a Saúde, que foi de R$ 18.647.410,87 em 2009 para R$ 34.393.798,92 em 2012.

Entre os que diminuíram, estão os investimentos da Sabespem saneamento (que é de alçada Estadual, não fazendo parte do Orçamento Municipal), que somaram R$ 15.720.309,00 em 2009 e baixaram para R$ 5.065.268,00 em 2012 e o Fundo Municipal de Turismo, que em 2009 era de R$ 309.000,00 e em 2012 recebeu apenas R$ 30.228,00.

Depois de detalhar as considerações finais do grupo, o relatório termina com uma lista de sugestões preparada pelo GOPI e enviada à Câmara de Vereadores com subsídios para elaboração de emendas para aplicação de recursos orçamentários no PPA 2014-2017. Para ver a apresentação clique aqui e pare conferir o relatório completo, clique aqui.

Para encerrar o evento, Carlos Nunes divertiu-se ao apresentar um novo indicador, consolidado a partir de uma pesquisa realizada pelo Grupo de Jovens Agentes do programa de educação cidadã Minha Ilha, Nossa Ilha: o FIB – Felicidade Interna Bruta, índice criado em 1972 pelo Rei do Butão, um pequeno país do Himalaia, como forma de medir o progresso de sua comunidade por outros aspectos além do desenvolvimento econômico. Depois de abordar moradores de Ilhabela nos bairros que visitaram e questioná-los sobre sua satisfação em relação a diversos aspectos de sua vida, a pesquisa do grupo concluiu que o valor conferido à Felicidade Interna Bruta de Ilhabela é 7,3, em uma escala de 0 a 10!

Todos os arquivos citados e todos os dados referentes aos Indicadores e ao Orçamento Público consolidados pelo GOPI estão disponíveis na Biblioteca do site do Instituto: www.iis.org.br. Se precisar de mais informações, por favor, entre em contato: [email protected].

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