o exemplo apostólico (1ts 2:1-12)_lição da escola sabatina_original_com_textos

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Lição 5 28 de julho a 4 de agosto O exemplo apostólico (1Ts 2:1-12) Sábado à tarde Ano Bíblico: Is 20–23 VERSO PARA MEMORIZAR: “Visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar Ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1Ts 2:4). Leituras da semana: 1Ts 2:1-12 ; At 16 ; Dt 10:16 ; Sl 51:1-10 ; 2Co 8:1-5 ; Lc 11:11-13 Pensamento-chave: Ao revelar qual deve ser o verdadeiro motivo do ministério, Paulo pode nos ajudar a examinar nosso coração e nossa vida à luz do evangelho. A lição desta semana marca uma importante transição dos argumentos da primeira carta aos Tessalonicenses. Paulo partiu do foco na igreja (1Ts 1:2-10 ) para o foco nos apóstolos e na experiência deles em Tessalônica ( 1Ts 2:1-12 ). No capítulo anterior, Paulo deu graças a Deus porque os cristãos em Tessalônica seguiram o exemplo dele e, por sua vez, tornaram-se modelos de fidelidade. Agora, em 1 Tessalonicenses 2:1-12 , ele examinou com mais profundidade o tipo de vida que permite aos apóstolos atuar como exemplos a ser seguidos. I TESS. 02:1 Porque vós mesmos sabeis, irmãos, que a nossa entrada entre vós não foi vã; 2 mas, havendo anteriormente padecido e sido maltratados em Filipos, como sabeis, tivemos a confiança em nosso Deus para vos falar o evangelho de Deus em meio de grande combate. 3 Porque a nossa exortação não procede de erro, nem de imundícia, nem é feita com dolo; 4 mas, assim como fomos aprovados por Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações. 5 Pois, nunca usamos de palavras lisonjeiras, como sabeis, nem agimos com intuitos gananciosos. Deus é testemunha, 6 nem buscamos glória de homens, quer de vós, quer de outros, embora pudéssemos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados; 7 antes nos apresentamos brandos entre vós, qual ama que acaricia seus próprios filhos. 8 Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade desejávamos comunicar-vos não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas; porquanto vos tornastes muito amados de nós. 9 Porque vos lembrais, irmãos, do nosso labor e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus. 10 Vós e Deus sois testemunhas de quão santa e irrepreensivelmente nos portamos para convosco que credes; 11 assim como sabeis de que modo vos tratávamos a cada um de vós, como um pai a seus filhos, 12 exortando-vos e consolando-vos, e instando que andásseis de um modo digno de Deus, o qual vos chama ao seu reino e glória. Embora existam muitas possíveis motivações para o ensino, pregação e serviço, Paulo apontou a mais importante: que o ministério seja agradável a Deus. Paulo estava menos preocupado com o crescimento numérico da igreja do que com seu crescimento, por meio da graça de Deus, nos princípios espirituais corretos. Nesta lição vislumbramos a vida íntima de Paulo. Ele a expôs de um modo que nos desafia a alinhar nossas esperanças espirituais, sonhos e motivações para que agrademos a Deus e influenciemos os outros de modo correto. Domingo Ano Bíblico: Is 24–26 Ousadia no sofrimento (1Ts 2:1, 2 ) 1. Leia 1 Tessalonicenses 2:1, 2 , à luz de Atos 16 . Que conexão Paulo fez entre seu ministério anterior em Filipos e seu ministério em Tessalônica? Porque vós, irmãos, sabeis, pessoalmente, que a nossa estada entre vós não se tornou infrutífera; mas, apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso conhecimento, tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, em meio a muita luta. (1 Ts 2:1-2) ATOS 16:1 Chegou também a Derbe e Listra. E eis que estava ali certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego; 2 do qual davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio. 3 Paulo quis que este fosse com ele e, tomando-o, o circuncidou por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego. 4 Quando iam passando pelas cidades, entregavam aos irmãos, para serem observadas, as decisões que Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos. e-mail: [email protected]

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Page 1: O exemplo apostólico (1Ts 2:1-12)_Lição da escola sabatina_original_com_textos

Lição 5 28 de julho a 4 de agostoO exemplo apostólico (1Ts 2:1-12)

Sábado à tarde Ano Bíblico: Is 20–23 VERSO PARA MEMORIZAR: “Visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar Ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1Ts 2:4). Leituras da semana: 1Ts 2:1-12; At 16; Dt 10:16; Sl 51:1-10; 2Co 8:1-5; Lc 11:11-13 Pensamento-chave: Ao revelar qual deve ser o verdadeiro motivo do ministério, Paulo pode nos ajudar a examinar nosso coração e nossa vida à luz do evangelho. A lição desta semana marca uma importante transição dos argumentos da primeira carta aos Tessalonicenses. Paulo partiu do foco na igreja (1Ts 1:2-10) para o foco nos apóstolos e na experiência deles em Tessalônica (1Ts 2:1-12). No capítulo anterior, Paulo deu graças a Deus porque os cristãos em Tessalônica seguiram o exemplo dele e, por sua vez, tornaram-se modelos de fidelidade. Agora, em 1 Tessalonicenses 2:1-12, ele examinou com mais profundidade o tipo de vida que permite aos apóstolos atuar como exemplos a ser seguidos.

I TESS. 02:1 Porque vós mesmos sabeis, irmãos, que a nossa entrada entre vós não foi vã; 2 mas, havendo anteriormente padecido e sido maltratados em Filipos, como sabeis, tivemos a confiança em nosso Deus para vos falar o evangelho de Deus em meio de grande combate. 3 Porque a nossa exortação não procede de erro, nem de imundícia, nem é feita com dolo; 4 mas, assim como fomos aprovados por Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações. 5 Pois, nunca usamos de palavras lisonjeiras, como sabeis, nem agimos com intuitos gananciosos. Deus é testemunha, 6 nem buscamos glória de homens, quer de vós, quer de outros, embora pudéssemos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados; 7 antes nos apresentamos brandos entre vós, qual ama que acaricia seus próprios filhos. 8 Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade desejávamos comunicar-vos não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas; porquanto vos tornastes muito amados de nós. 9 Porque vos lembrais, irmãos, do nosso labor e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus. 10 Vós e Deus sois testemunhas de quão santa e irrepreensivelmente nos portamos para convosco que credes; 11 assim como sabeis de que modo vos tratávamos a cada um de vós, como um pai a seus filhos, 12 exortando-vos e consolando-vos, e instando que andásseis de um modo digno de Deus, o qual vos chama ao seu reino e glória.

Embora existam muitas possíveis motivações para o ensino, pregação e serviço, Paulo apontou a mais importante: que o ministério seja agradável a Deus. Paulo estava menos preocupado com o crescimento numérico da igreja do que com seu crescimento, por meio da graça de Deus, nos princípios espirituais corretos.

Nesta lição vislumbramos a vida íntima de Paulo. Ele a expôs de um modo que nos desafia a alinhar nossas esperanças espirituais, sonhos e motivações para que agrademos a Deus e influenciemos os outros de modo correto. Domingo Ano Bíblico: Is 24–26

Ousadia no sofrimento (1Ts 2:1, 2) 1. Leia 1 Tessalonicenses 2:1, 2, à luz de Atos 16. Que conexão Paulo fez entre seu ministério anterior em Filipos e seu ministério em Tessalônica?

Porque vós, irmãos, sabeis, pessoalmente, que a nossa estada entre vós não se tornou infrutífera; mas, apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso conhecimento, tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, em meio a muita luta. (1 Ts 2:1-2)

ATOS 16:1 Chegou também a Derbe e Listra. E eis que estava ali certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego; 2 do qual davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio. 3 Paulo quis que este fosse com ele e, tomando-o, o circuncidou por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego. 4 Quando iam passando pelas cidades, entregavam aos irmãos, para serem observadas, as decisões que

Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos. e-mail: [email protected]

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haviam sido tomadas pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém. 5 Assim as igrejas eram confirmadas na fé, e dia a dia cresciam em número. 6 Atravessaram a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia; 7 e tendo chegado diante da Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu. 8 Então, passando pela Mísia, desceram a Trôade. 9 De noite apareceu a Paulo esta visão: estava ali em pé um homem da Macedônia, que lhe rogava: Passa à Macedônia e ajuda-nos. 10 E quando ele teve esta visão, procurávamos logo partir para a Macedônia, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciarmos o evangelho. 11 Navegando, pois, de Trôade, fomos em direitura a Samotrácia, e no dia seguinte a Neápolis; 12 e dali para Filipos, que é a primeira cidade desse distrito da Macedônia, e colônia romana; e estivemos alguns dias nessa cidade. 13 No sábado saímos portas afora para a beira do rio, onde julgávamos haver um lugar de oração e, sentados, falávamos às mulheres ali reunidas. 14 E certa mulher chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que temia a Deus, nos escutava e o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia. 15 Depois que foi batizada, ela e a sua casa, rogou-nos, dizendo: Se haveis julgado que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso. 16 Ora, aconteceu que quando íamos ao lugar de oração, nos veio ao encontro uma jovem que tinha um espírito adivinhador, e que, adivinhando, dava grande lucro a seus senhores. 17 Ela, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: São servos do Deus Altíssimo estes homens que vos anunciam um caminho de salvação. 18 E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de Jesus Cristo que saias dela. E na mesma hora saiu. 19 Ora, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro havia desaparecido, prenderam a Paulo e Silas, e os arrastaram para uma praça à presença dos magistrados. 20 E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, estão perturbando muito a nossa cidade, 21 e pregam costumes que não nos é lícito receber nem praticar, sendo nós romanos. 22 A multidão levantou-se à uma contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes os vestidos, mandaram açoitá-los com varas. 23 E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. 24 Ele, tendo recebido tal ordem, os lançou na prisão interior e lhes segurou os pés no tronco. 25 Pela meia-noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os presos os escutavam. 26 De repente houve um tão grande terremoto que foram abalados os alicerces do cárcere, e logo se abriram todas as portas e foram soltos os grilhões de todos. 27 Ora, o carcereiro, tendo acordado e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada e ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido. 28 Mas Paulo bradou em alta voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, porque todos aqui estamos. 29 Tendo ele pedido luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas 30 e, tirando-os para fora, disse: Senhores, que me é necessário fazer para me salvar? 31 Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. 32 Então lhe pregaram a palavra de Deus, e a todos os que estavam em sua casa. 33 Tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes as feridas; e logo foi batizado, ele e todos os seus. 34 Então os fez subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se muito com toda a sua casa, por ter crido em Deus. 35 Quando amanheceu, os magistrados mandaram quadrilheiros a dizer: Soltai aqueles homens. 36 E o carcereiro transmitiu a Paulo estas palavras, dizendo: Os magistrados mandaram que fosseis soltos; agora, pois, saí e ide em paz. 37 Mas Paulo respondeu-lhes: Açoitaram-nos publicamente sem sermos condenados, sendo cidadãos romanos, e nos lançaram na prisão, e agora encobertamente nos lançam fora? De modo nenhum será assim; mas venham eles mesmos e nos tirem. 38 E os quadrilheiros foram dizer aos magistrados estas palavras, e estes temeram quando ouviram que eles eram romanos; 39 vieram, pediram-lhes desculpas e, tirando-os para fora, rogavam que se retirassem da cidade. 40 Então eles saíram da prisão, entraram em casa de Lídia, e, vendo os irmãos, os confortaram, e partiram.

Em 1 Tessalonicenses 2:1 são retomados os temas do capítulo 1. A expressão “vós, irmãos, sabeis” do verso 1 relembra a mesma linguagem de 1 Tessalonicenses 1:5. E a referência de Paulo à “estada” ou “visita” (NVI) à igreja relembra 1 Tessalonicenses 1:9. Assim, Paulo continuou os temas que ele levantou no primeiro capítulo da carta. O fim do capítulo anterior estava relacionado com o que “todos” sabiam sobre os tessalonicenses. Neste capítulo ele considera o que os leitores sabiam acerca dos apóstolos e o comprometimento deles com a fé.

Porque vós, irmãos, sabeis, pessoalmente, que a nossa estada entre vós não se tornou infrutífera; (1 Ts 2:1)

I TESS. 1:1 Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam dadas. 2 Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações, 3 lembrando-nos sem cessar da vossa obra de fé, do vosso trabalho de amor e da vossa firmeza de esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai, 4 conhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição; 5 porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo e em plena convicção, como bem sabeis quais fomos entre vós por amor de vós. 6 E vós vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo. 7 De sorte que vos tornastes modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia. 8 Porque, partindo de vós fez-se ouvir a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e na Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se divulgou, de tal maneira que não temos necessidade de falar coisa alguma; 9 porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos entre vós, e como vos convertestes dos ídolos a Deus, para servirdes ao Deus vivo e verdadeiro, 10 e esperardes dos céus a seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira vindoura.

porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós. (1 Ts 1:5)

pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro (1 Ts 1:9)

Paulo lembrou como ele e Silas foram maltratados de modo vergonhoso em Filipos em virtude da pregação do evangelho. No longo caminho de Filipos a Tessalônica, cada passo era uma lembrança dolorosa desse tratamento cruel. Sem dúvida, eles traziam sinais exteriores da dor, mesmo no momento da chegada a Tessalônica. Nesse ponto, teria sido fácil adotar uma abordagem menos direta para o evangelismo na nova cidade. Depois de tudo que tinham acabado de passar, quem iria censurá-los?

Mas os tessalonicenses se mostraram ansiosos por receber a verdade e abertos para ela. A realidade dizia: “Jamais pregue o evangelho novamente.” Mas, no meio da dor e do sofrimento, Deus estava dizendo a Paulo e Silas: “Sejam

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ousados. Sejam fortes!” Por isso, eles “começaram a ser ousados” (1Ts 2:2, tradução do autor), apesar da probabilidade de que a perseguição se repetisse. Havia um forte e evidente contraste entre sua condição humana (e todas as fragilidades que vêm com ela) e o poder que Deus lhes concedia.

No fim, o Senhor usou essas circunstâncias exteriores para Sua glória. As feridas visíveis dos pregadores evidenciavam duas coisas aos tessalonicenses. Primeira, sua pregação do evangelho realmente era o resultado de sua convicção pessoal. Eles não estavam fazendo isso para benefício pessoal (veja 1Ts 2:3-6). Segunda, ficou claro para os ouvintes que Deus estava de uma forma poderosa com Paulo e Silas. O evangelho que eles pregavam não era apenas uma concepção intelectual, mas era acompanhado pela presença viva do Senhor, como revelado na vida dos apóstolos (v. 13). Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo; pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração. A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha. Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros. (1 Ts 2:3-6)

Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes. (1 Ts 2:13)

O que você apontaria como evidência de que Deus mudou sua vida? Essa evidência é percebida pelos outros? Segunda Ano Bíblico: Is 27–29 O caráter dos apóstolos (1Ts 2:3) 2. O que Paulo declarou a respeito dos seus motivos para ensinar e exortar? 1Ts 2:3

Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo; (1 Ts 2:3)

Era muito conhecido no mundo antigo o conceito de que havia três chaves para persuadir as pessoas a mudar suas ideias ou práticas. As pessoas julgam o poder de um argumento com base no caráter (em grego: ethos) do orador, na qualidade ou lógica do argumento (logos), e no poder do apelo do orador sobre as emoções ou interesse (pathos) do ouvinte. Em 1 Tessalonicenses 2:3-6, Paulo focalizou o caráter dos apóstolos como um importante elemento da pregação que promoveu mudanças radicais entre os tessalonicenses.

Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo; pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração. A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha. Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros. (1 Ts 2:3-6)

Nesses versos, Paulo traçou um contraste entre ele e os filósofos populares, cuja pregação muitas vezes era motivada pelo benefício pessoal (veja a lição 3 “Tessalônica nos dias de Paulo”). Paulo usou três palavras no verso 3 para descrever possíveis motivações equivocadas para a pregação ou ministério.

A primeira é “engano”, um erro intelectual. Um pregador podia estar entusiasmado com uma ideia que estivesse simplesmente errada. Poderia estar totalmente sincero, mas iludido. Ele poderia pensar que estivesse fazendo o bem aos outros, mas ser motivado por ideias falsas.

A segunda palavra é “impureza”, ou “imundícia.” As pessoas são atraídas por indivíduos amplamente conhecidos por seu poder, ideias ou desempenho. Algumas figuras públicas podem ser motivadas pelas oportunidades sexuais que vêm com a fama ou notoriedade.

A terceira palavra é mais bem traduzida por “dolo” ou “fraudulência”. Nesse caso, o orador estaria ciente de que as ideias apresentadas estavam erradas, mas conscientemente tentaria enganar as pessoas a fim de se beneficiar.

Paulo e Silas não eram motivados por nenhuma dessas coisas. Se tivessem sido, sua experiência em Filipos provavelmente teria feito com que abandonassem a pregação. A ousadia que eles demonstravam em Tessalônica era possível somente pelo poder de Deus atuando por meio deles. O poder que o evangelho teve em Tessalônica (1Ts 1:5) em parte era devido ao caráter dos apóstolos, que brilhava em suas apresentações. Os argumentos lógicos e apelos emocionais não eram suficientes. O caráter deles estava de acordo com suas declarações. Essa autenticidade tem um poder tremendo no mundo de hoje, como tinha nos tempos antigos. Pense em seus motivos para tudo que faz. Eles são puros, livres de erro, dolo e impureza? Se eles não são o que deveriam ser, como você pode mudar para melhor? Leia Dt 10:16; Fp 4:13 e Sl 51:1-10.

Circuncidai, pois, o vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz. (Deut. 10:16)

tudo posso naquele que me fortalece. (Filip. 4:13)

Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. Eu nasci na iniqüidade, e em

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pecado me concebeu minha mãe. Eis que te comprazes na verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria. Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste. Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. (Sal. 51:1-10) Terça Ano Bíblico: Is 30–33

Agradar a Deus (1Ts 2:4-6) 3. Qual era a motivação de Paulo para o ministério? Quais eram as alternativas do mundo? Por que muitos não percebem as diferenças e se enganam quanto à pureza dos próprios motivos? Por que é tão fácil alguém se enganar? 1Ts 2:4-6

I TESS. 2:4 mas, assim como fomos aprovados por Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações. 5 Pois, nunca usamos de palavras lisonjeiras, como sabeis, nem agimos com intuitos gananciosos. Deus é testemunha, 6 nem buscamos glória de homens, quer de vós, quer de outros, embora pudéssemos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados;

Apalavra geralmente traduzida como “aprovados” (1Ts 2:4) reflete a ideia de teste ou exame. Os apóstolos permitiram que Deus pusesse à prova a integridade de sua vida e intenções. O objetivo desse teste era garantir que o evangelho que pregavam não seria distorcido pela divergência entre o que eles pregavam e o que praticavam.

Os filósofos populares da época escreviam sobre a importância do autoexame. Eles ensinavam que, se você quiser fazer diferença no mundo, precisa examinar constantemente seus motivos e intenções. Paulo leva essa ideia um passo adiante. Além da autoavaliação, ele foi examinado por Deus. O Senhor verificou que a pregação de Paulo era coerente com sua vida interior. Em última instância, somente Deus merece ser agradado.

Os seres humanos precisam de um senso de valor para atuar. Muitas vezes procuramos esse valor acumulando bens, por meio de realizações ou das opiniões positivas que os outros expressam sobre nós. Mas todas essas fontes de autoestima são frágeis e muito transitórias. A autoestima genuína e duradoura é encontrada apenas por intermédio do evangelho. Quando compreendemos plenamente que Cristo morreu por nós, começamos a experimentar um senso de valor que nada neste mundo pode abalar. 4. Que outras coisas podem motivar os mensageiros? 1Ts 2:5, 6

A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha. Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros. (1 Ts 2:5-6)

O conceito de bajulação retoma o tema de agradar pessoas, um fundamento fraco para o evangelismo. Paulo não estava motivado pelo que as outras pessoas pensavam dele. Ele também excluiu outra motivação mundana para o ministério: o dinheiro. Pessoas que foram abençoadas pelo ministério de alguém geralmente ficam ansiosas para dar dinheiro para esse ministério ou para comprar seus produtos. Isso pode tentar os obreiros de Deus a perder o foco da única motivação que realmente importa: agradar a Deus. O que em sua vida agrada a Deus, e por quê? O que não agrada? Quarta Ano Bíblico: Is 34–37

Afeição profunda (1Ts 2:7, 8) 5. Em 1 Tessalonicenses 2:4, a principal motivação de Paulo para o ministério era agradar a Deus. Que motivação adicional Paulo apresentou nos versos seguintes? 1Ts 2:6-8

pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração. (1 Ts 2:4)

I TESS. 2:6 nem buscamos glória de homens, quer de vós, quer de outros, embora pudéssemos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados; 7 antes nos apresentamos brandos entre vós, qual ama que acaricia seus próprios filhos. 8 Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade desejávamos comunicar-vos não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas; porquanto vos tornastes muito amados de nós.

No mundo de hoje, dinheiro, sexo e poder são frequentemente considerados as principais motivações para o comportamento humano, pelo menos para as pessoas absorvidas pelo interesse próprio. Em 1 Tessalonicenses 2:3-6, Paulo usou uma série de palavras diferentes para descartar motivações semelhantes em relação ao seu ministério. Ganância, imoralidade, engano e bajulação não têm lugar na vida cristã, nem no ministério. Os apóstolos foram motivados principalmente pelo desejo de agradar a Deus em tudo o que faziam.

I TESS. 2:3 Porque a nossa exortação não procede de erro, nem de imundícia, nem é feita com dolo; 4 mas, assim como fomos aprovados por Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações. 5 Pois, nunca usamos de palavras lisonjeiras, como sabeis, nem agimos com intuitos gananciosos. Deus é testemunha, 6 nem buscamos glória de homens, quer de vós, quer de outros, embora pudéssemos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados;

No verso 6, Paulo mencionou que os apóstolos poderiam ter sido um fardo para os tessalonicenses, ou, literalmente, poderiam ter tentado “impor sua vontade”. Como apóstolos e mestres, eles poderiam ter exigido o reconhecimento de seu status. Poderiam ter esperado favores monetários e ser tratados com honra especial. Mas, em Tessalônica, Paulo

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recusou qualquer coisa que comprometesse seus motivos, ou que fosse uma pedra de tropeço no caminho dos novos conversos.

Embora sua principal motivação fosse agradar a Deus, nos versos 7 e 8 ele expressou uma motivação adicional: a grande afeição pelos tessalonicenses. O verso 8 usou a linguagem da afeição. Para Paulo, pregar o evangelho era muito mais do que um dever. Ele dedicava ao povo o coração, e até mesmo o ser inteiro.

I TESS. 2:7 antes nos apresentamos brandos entre vós, qual ama que acaricia seus próprios filhos.8 Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade desejávamos comunicar-vos não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas; porquanto vos tornastes muito amados de nós.

6. Como as igrejas da Macedônia, incluindo a de Tessalônica, responderam à ternura dos apóstolos? O que isso nos ensina sobre a importância do caráter dos que testemunham aos outros? 2Co 8:1-5

Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus concedida às igrejas da Macedônia; porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus; (2 Cor. 8:1-5)

Na lição de segunda-feira, mencionamos as três chaves antigas para a persuasão: o caráter do orador (ethos), a lógica do argumento (logos), e o apelo à emoção ou interesse próprio (pathos). Nos versos 4-6, Paulo enfatizou o caráter dos apóstolos como motivo para segui-los. Nos versos 7 e 8, vemos um apelo ao pathos, o vínculo emocional que se desenvolveu entre os apóstolos e os tessalonicenses. (Ver nos textos diretamente acima)

O evangelho manifesta seu maior poder quando toca o coração. Pense no caráter de alguém que o influenciou de forma positiva. O que especificamente tocou seu coração? Como você pode imitar essas mesmas características? Quinta Ano Bíblico: Is 38–40

Para não ser um fardo (1Ts 2:9-12) 7. Enquanto Paulo esteve em Tessalônica, que outras coisas ele fez, além de pregar o evangelho, e por quê? 1Ts 2:9, 10 Porque, vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus. Vós e Deus sois testemunhas do modo por que piedosa, justa e irrepreensivelmente procedemos em relação a vós outros, que credes. (1 Ts 2:9-10)

A ideia de que Paulo trabalhava “noite e dia” seria um grande exagero, se tomada literalmente. O grego, entretanto, expressa uma ideia qualitativa, e não a quantidade real de tempo despendido. Em outras palavras, Paulo estava dizendo que trabalhava além do chamado do dever, para não sobrecarregá-los. Ele não queria que nada atrapalhasse seu testemunho a eles.

Além disso, ele era muito cuidadoso para se comportar de modo a não causar ofensa diante de Deus nem de outros (1Ts 2:10; Lc 2:52). Paulo e os apóstolos procuravam ser irrepreensíveis em seus relacionamentos para que o evangelho se tornasse o foco central de atenção.

Vós e Deus sois testemunhas do modo por que piedosa, justa e irrepreensivelmente procedemos em relação a vós outros, que credes. (1 Ts 2:10)

E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens. (Luc. 2:52) 8. Que analogia Paulo usou para descrever sua maneira de tratar os tessalonicenses? O que essa analogia ensina? 1Ts 2:11, 12; Lc 11:11-13

E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória. (1 Ts 2:11-12)

Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir [pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir] um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? (Luc. 11:11-13)

O bom pai provê limites, encorajamento e amor. Ele adapta a educação e disciplina ao caráter único e à condição emocional de cada filho. Dependendo do filho e da situação, o pai pode oferecer incentivo, um “sermão” ou uma punição.

Havia certa tensão na abordagem missionária de Paulo. Por um lado, ele sempre procurava adaptar sua abordagem ao caráter específico e à situação do povo. Por outro lado, ele estava muito preocupado com a autenticidade, de modo que o exterior e o interior fossem uma coisa só. Como alguém pode ser autêntico e genuíno e ainda ser “tudo para com todas as pessoas”?

O segredo era o amor que Paulo tinha por seus conversos. Ele fazia tudo que podia para exemplificar autenticidade. No entanto, percebia que eles não estavam preparados para lidar com algumas coisas (leia também Jo 16:12). Por isso, ele

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trabalhava com as mãos e adaptava a instrução, tudo para evitar barreiras desnecessárias à aceitação do evangelho. Uma poderosa lição de auto sacrifício.

Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; (João 16:12) Sexta Ano Bíblico: Is 41–44

Estudo adicional Não importa quão alta seja a profissão, aquele cujo coração não está cheio de amor a Deus e aos semelhantes não é verdadeiro discípulo de Cristo. ... Poderá ostentar grande liberalidade; mas se ele, por qualquer outro motivo que não o genuíno amor, entregar todos os seus bens para sustento dos pobres, esse ato não o recomendará ao favor de Deus” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 318, 319).

“Ao mesmo tempo que Paulo tinha cuidado em apresentar aos seus conversos os positivos ensinos da Escritura com relação à devida manutenção da obra de Deus, ... em várias ocasiões, ... trabalhou num ofício para obter a própria subsistência. ...

“É em Tessalônica que primeiro ouvimos a respeito de Paulo trabalhar com as próprias mãos num meio de vida, enquanto pregava a Palavra” (1Ts 2:6, 9; 2Ts 3:8, 9). ...

“Mas Paulo não considerava perdido o tempo assim empregado. ... Dava a seus companheiros de trabalho instruções quanto às coisas espirituais, e dava ao mesmo tempo um exemplo de atividade e de esmero” (Rm 12:11, RC; Ellen G. White,Obreiros Evangélicos, p. 234-236). Perguntas para reflexão1. Na prática, como se pode encontrar alegria ou coragem em meio ao sofrimento? Por que é muito mais fácil falar do que realmente descobrir essa alegria e coragem?2. Considere alguém cuja vida evidentemente não reflete as alegações de ser cristão. Como essa pessoa influenciou você na caminhada com o Senhor?3. Quais são as armadilhas de se tornar ligado emocionalmente às pessoas a quem você está partilhando o evangelho? Como podemos estabelecer os limites adequados? Resumo: Nessa passagem, Paulo abriu o coração para revelar a verdadeira motivação para o ministério. O motivo principal é agradar a Deus, quer agrademos ou não aqueles a quem ministramos. A motivação do dinheiro, sexo e poder não têm lugar no coração decidido a agradar a Deus. O segundo motivo mais importante para o ministério é o amor sincero pelos perdidos. Esses dois motivos são claramente expressos em 1 Tessalonicenses 2:1-12. Respostas sugestivas: 1: Paulo foi perseguido em Filipos e também em Tessalônica, mas o evangelho obteve frutos em ambos os lugares, pelo poder de Deus e ousadia dos apóstolos; eles tinham coragem de pregar em meio ao sofrimento. 2: Paulo não queria agradar a homens, mas a Deus; sua exortação não tinha engano, impureza nem dolo. 3: Agradar o Senhor, que prova o coração; o mundo busca agradar a homens; quando as pessoas não têm consciência do juízo divino, enganam aos outros e a si mesmos, usando linguagem de bajulação. 4: Intuitos gananciosos; a glória dos homens. 5: Carinho e amor pelas pessoas, como se fossem seus filhos; os apóstolos ofereciam aos irmãos o evangelho e a sua própria vida. 6: Em meio às tribulações, manifestaram alegria e generosidade para com outros cristãos necessitados; dedicaram a vida a Deus e aos apóstolos. 7: Trabalhou arduamente para não viver às custas dos irmãos, vivendo de modo justo, piedoso e irrepreensível, para dar o exemplo à igreja e evitar críticas e acusações. 8: A maneira pela qual o pai trata aos filhos; devemos tratar com amor e carinho as pessoas a quem ministramos, para que vivam de acordo com a vontade de Deus.

Resumo da Lição 5 – O exemplo apostólico (1Ts 2:1-12)

Texto-chave: 1 Tessalonicenses 2:1-12

O aluno deverá...Saber: Que o testemunho de uma pessoa em favor de Cristo é mais eficaz quando está enraizado na motivação de agradar a Deus e amar os outros.Sentir: O desejo de cuidar dos outros de modo mais genuíno e de agradar a Deus em tudo o que fazemos.Fazer: Avaliar as forças motivadoras em nossa experiência cristã.

EsboçoI. Saber: Questão de caráterA. Considere a lista de qualidades para anciãos e diáconos em 1 Timóteo 3:1-13. Por que o caráter é tão importante para a vida cristã?B. Que motivações o apóstolo Paulo identifica em 1 Tessalonicenses 2:1-6 como impróprias para um cristão? O que torna essas motivações tão prejudiciais?

II. Sentir: Chamado à integridadeA. Você já testemunhou escândalos na igreja? Que motivações levaram a esses escândalos? E que impacto eles tiveram na igreja, na comunidade e em você?B. Os modelos são importantes. Infelizmente, muitos dos modelos na sociedade atual minam as coisas que Deus mais aprecia. Paulo foi um modelo positivo para os tessalonicenses (1Ts 1:5, 6; 2:10). Quem são os modelos para Deus hoje? Que tipo de modelo você é na igreja, no local de trabalho ou na família?

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III. Fazer: Avaliar nossos motivosA. Alimentar os motivos errados pode facilmente minar o caráter e prejudicar a causa de Cristo. O que podemos fazer para garantir que os nossos motivos sejam puros?B. Memorize Miqueias 6:8 e peça que Deus cumpra isso em sua vida. Resumo: O desejo genuíno de agradar a Deus e amar os outros é a única motivação suficiente para viver de uma maneira que seja um verdadeiro testemunho por Cristo.

Ciclo do aprendizado

MotivaçãoConceito-chave para o crescimento espiritual: A causa de Cristo é melhor servida quando somos motivados pelo desejo de agradar a Deus em tudo que fazemos e estamos dispostos a colocar as necessidades dos outros realmente antes das nossas.

Provavelmente a maior ameaça que a igreja cristã tem enfrentado nas últimas décadas não vem de fora dela, mas de dentro, em consequência da sempre crescente lista de escândalos que continuam abalando a igreja. Na verdade, infelizmente, uma pesquisa na internet sobre a expressão "escândalos da igreja" facilmente produz milhões de resultados. Embora cada escândalo envolva diferentes nomes, rostos e denominações, todos derivam de uma das três motivações pecaminosas para o ministério: o desejo de poder, dinheiro ou sexo.

O dano desses escândalos à causa de Cristo é desconcertante. Vivemos em uma geração em que a igreja perdeu em grande parte sua autoridade moral. Em vez de ser uma voz de restrição contra a depravação moral, os céticos são rápidos em apontar que a igreja é, muitas vezes, parte do problema. Depois de cada escândalo, mais pessoas começam a se perguntar como a mensagem do cristianismo pode ser verdadeira se parece que ela não faz diferença na vida daqueles que a proclamam.

Seria fácil atribuir esse problema aos líderes, cujos nomes realçam esses escândalos, mas isso realmente não resolve nada. Em vez de culpar alguém, precisamos entender que, exceto pela graça de Deus, qualquer um de nós poderia cair em tentações semelhantes. Afinal, somos todos seres humanos. A melhor atitude a seguir é prestar atenção à advertência dada pelo apóstolo Paulo aos tessalonicenses há dois mil anos sobre os perigos de permitir que nossa motivação para servi ao Senhor seja superada por qualquer tentação de satisfazer nossos próprios desejos.

Pense nisto: O que podemos fazer para ser parte da solução dos escândalos morais que têm atormentado a igreja, em lugar de ser parte dos escândalos?

Compreensão Comentário Bíblico

I. As motivações de Paulo (Recapitule com a classe 1 Tessalonicenses 2:1-8.)

Da mesma forma que as pessoas hoje, muitas vezes, são céticas a respeito dos evangelistas da televisão, que parecem mais interessados em dinheiro e fama do que em ajudar os necessitados, as pessoas no mundo antigo também eram céticas acerca dos filósofos itinerantes e oradores públicos, e com razão, pois frequentemente, os "pregadores" itinerantes da época de Paulo eram nada mais do que charlatões que perseguiam a fama e a fortuna.

Temos um quadro impressionante do tipo de trapaceiros religiosos presentes nos dias de Paulo quando consideramos a vida de um homem chamado Alexandre de Abonoteichus. De acordo com Luciano de Samósata, Alexandre era um charlatão por excelência. Durante o segundo século, Alexandre fundou uma seita muito popular centralizada em um deusa serpente chamada Glycon, que supostamente tinha uma cabeça humana, com cabelos loiros. Pessoas de muitos lugares, incluindo o imperador romano Marco Aurélio, foram para ouvir (e pagar pelos) oráculos de Glycon, tal como interpretados por Alexandre. Em apenas um ano, Alexandre recebeu 80.000 dracmas (a dracma era mais ou menos o equivalente a um dia de salário). Realmente era uma fraude lucrativa. O relato de Luciano e as imagens de Glycon podem ser encontradas por meio de pesquisa na internet utilizando a expressão "Luciano de Samósata: Alexandre, o falso profeta".

Para não ser associado a fraudes religiosas, como Alexandre, Paulo faz, em 1 Tessalonicenses 2:1-12, uma ousada defesa de seu ministério. Suas palavras deixam claro que algumas pessoas desconfiavam não apenas de seus ensinamentos, mas até mesmo dos motivos por trás de seu ministério. Em resposta a essas acusações, Paulo argumenta que seu ministério não estava fundamentado em engano , impureza, dolo (1Ts 2:3), nem ganância (v. 5), coisas que certamente eram associados à seita de Glycon.

Vale a pena observar alguns aspectos de três das palavras mencionadas por Paulo. Primeiro, o uso da palavra "impureza" provavelmente tenha conotações sexuais ligadas. Ela é usada com esse sentido em 1 Tessalonicenses 4:7, e Paulo frequentemente a associa à imoralidade sexual em outros lugares (2Co 12:21; Gl 5:19). Isso pode sugerir que alguns pagãos viam com desconfiança a associação de Paulo com as mulheres de destaque em Tessalônica que se haviam convertido ao cristianismo (At 17:4). Segundo, a palavra que Paulo usa em 1 Tessalonicenses 2:3 para "dolo" (RA) ou "fraudulência" (RC) vem de uma palavra que descreve a isca usada para pegar um peixe. Ela se refere a qualquer atividade que procura tirar vantagem de alguém sem que a pessoa perceba. Por último, embora a palavra ganância (2:5, NVI) tenha alguma referência ao desejo de ganho financeiro, na verdade é um termo muito mais amplo. Ela vem da combinação de duas palavras gregas: "ter" e “mais”. Assim, ela aponta para o desejo humano generalizado de satisfação própria, em todas as fases da vida.

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Pense nisto: Em uma época de charlatões itinerantes, por que era tão importante que Paulo defendesse seus verdadeiros motivos para o ministério? Que implicações isso pode ter para nós hoje?

II. O método de Paulo (Recapitule com a classe 1 Tessalonicenses 2:9-12.)

Qualquer um pode alegar que seus motivos são justos. Se é verdade ou não é uma questão totalmente diferente. O estilo de vida e o ministério de Paulo, no entanto, deram amplas evidências da veracidade de suas alegações.

Ao contrário de outros mestres itinerantes, que dependiam do apoio financeiro de seus ouvintes, a prática de Paulo era ganhar o seu próprio sustento, trabalhando com as mãos. A razão para essa prática não era que Paulo achava que os ministros não deviam ser pagos pelos seus serviços. Em suas outras cartas, ele afirma claramente que eles devem receber apoio financeiro (1Tm 5:17, 18). Mas quando se tratava de seu próprio ministério, Paulo preferia não pedir dinheiro para que ninguém pudesse acusá-lo de simplesmente procurar ganhos financeiros.

Como, então, Paulo se sustentou em Tessalônica? Sendo fabricante de tendas por profissão (At 18:3; 20:34), Paulo teria ganho seu sustento passando o dia cortando, trabalhando com ferramentas e costurando couro em sua própria oficina ou na de um colega artesão. Embora o trabalho com peles não fosse fácil, a ocupação diária de Paulo era uma oportunidade de conhecer e conversar com as pessoas que precisavam de seus serviços. Sua trajetória como honesto homem de negócios certamente aumentava sua credibilidade na comunidade. Finalmente, depois de um longo dia de trabalho físico, e durante as horas do sábado, Paulo voltava sua atenção seu outro trabalho, do qual ele mais gostava: o privilégio de pregar e ensinar o evangelho àqueles que estavam interessados.

Por que Paulo fazia tudo isso? Ele "fez isso porque desejava que os novos cristãos soubessem que ele estava ali como um pai para seus filhos. Os pais não cobram dos filhos por criá-los, por educá-los para ser as pessoas que devem ser.

"Esse era o significado do trabalho de Paulo" (Tom Wright, Paul for Everyone: Galatians and Thessalonians [Paulo para Todos: Gálatas e Tessalonicenses]; Louisville, Kentucky: Westminster John Knox Press, 2004, p. 98).

Pense nisto: Muitas vezes os céticos dizem que as igrejas só estão interessadas em dinheiro. O que podemos aprender com o método de Paulo para sustentar seu próprio ministério, ao contrário do conceito do ceticismo?

Aplicação Perguntas para reflexão1. Em contraste com a acusação de ser um charlatão religioso, que duas metáforas Paulo usa para descrever a si mesmo em1 Tessalonicenses 2:7, 11? O que essas imagens revelam sobre seu ministério e motivos?2. As histórias do profeta Balaão no Antigo Testamento (Nm 22) e Simão, o mágico, no Novo Testamento (At 8) falam de dois homens que perderam de vista a verdadeira motivação para o ministério. Como esses homens perderam a direção? Que lições podemos aprender com eles?

Perguntas de aplicação1. As histórias de José no Egito e Daniel em Babilônia contam a experiência de dois homens que eram fiéis a Deus quando muitos outros não eram. O que podemos aprender com esses homens que nos ajudarão em nossa luta contra as tentações do sexo, poder e dinheiro?2. Ninguém acorda e repentinamente decide arruinar a própria vida por um capricho. Cada escândalo público na igreja começou com alguém dando pequenos passos em direção às concessões e ao pecado. O que podemos fazer para não seguir por esse mesmo caminho?3. Embora a Bíblia registre as histórias de pessoas cuja integridade parecia nunca vacilar, ela também fala de homens e mulheres que cometeram erros graves, mas se arrependeram. Que história de arrependimento lhe oferece mais esperança para sua própria experiência? Por quê? Criatividade Atividade: Termine o estudo da lição lembrando os alunos de que ninguém é invencível. Todos temos nossas próprias provações e tentações. Mesmo os homens e mulheres mais piedosos que conhecemos lutam contra o pecado. Isso é o que a Bíblia ensina. Todos precisamos de encorajamento e oração.

Se possível, divida a classe em pequenos grupos de duas ou três pessoas para orar. Encoraje as pessoas a mencionar um pedido de oração. Além disso, peça a cada grupo para orar pelos líderes espirituais da igreja, pedindo que Deus os guarde de perder de vista o elevado propósito de seu chamado e que Ele os ajude a ter integridade inabalável.

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