o credo apostólico - lições da ipb

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13 ESTUD S BIBLIC S S BRE APOSTÓLICO tevista do Aluno

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Ignorar a Palavra de Deus dá mau resultado. Por exemplo, produz falta de fé. Ou então, fé na pessoa errada. O ignorante vai se afastando mais de Jesus. Vai esfriando e perdendo oentusiasmo. Precisamos saber mais a respeito do ensino bíblico e para isso o estudo do Credo Apostólico pode ajudar. Mas não adianta só saber. Saber sem fazer é pior ainda. Temos de mostrar nossa fé falando e agindo. Durante o estudo deste trimestre veremos, o tempo todo, o que cada declaração do Credo tem a ver conosco cada dia da semana.

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  • 13 ESTUD S BIBLIC S S BRE

    APOSTLICO

    tevista do Aluno

  • CLSSICOS DA ESCOLA DOMINICAL*Srie "A Descoberta da F

    O CREDO APOSTLICORevista do Aluno

    IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL

    fao, '

    JUNTA DE EDUCAO RELIGIOSAPresidente: Roberto BrasileiroVice-Presidente: Aproniano Wilson MacedoSecretrio: Ivan G. Grahan RossTesoureiro: Wilson do Amaral Filho

    Redao: Thiago R. Rocha e Mrio da S. Lavoura(Publicado originalmente no 4S trimestre de 1973)Atualizao: Corpo Redatoria! da JER(Coordenador: Cludio A. B. Marra)Correspondncia para:Corpo Redatorial da JERCaixa Postal 15136CEP 01599-970So Paulo SP

    O contedo desta revista de inteiraresponsabilidade da JER

    Publicao e Distribuio:EDITORA CULTURA CRISTRua Miguel Teles Jr., 382/394Cambuci 01540-040 So Paulo, SPFone: (011) 270-7099; 279-1255FAX: (011)279-8893

    Diretor-Presidente:Addy Flix de CarvalhoDiretor-Editor:ValterGraciano Martinspiretor Administrativo e Financeiro:berde AquinoDiretor-Comercial:Paulo Gonalves Jnior

    Creio em Deus Pai, Todo-Podero-so, Criador do cu e da terra. Creioem Jesus Cristo, seu nico Filho,nosso Senhor, o qual foi concebidopor obra do Esprito Santo; nasceuda virgem Maria; padeceu sob opoder de Pncio Pilatos, foi crucifi-cado, morto e sepultado; desceu aoHades; ressurgiu dos mortos ao ter-ceiro dia; subiu ao cu est sentado mo direita de Deus Pai Todo-Po-deroso, de onde h de vir parajulgar os vivos e os mortos. Creiono Esprito Santo; na Santa IgrejaUniversal; na Comunho dos San-tos; na Remisso dos pecados; naRessurreio do Corpo; na VidaEterna. Amm."

    Fotolito, Impresso e AcabamentoAssociao Religiosa Imprensa da FAv. Jacinto Jlio, 620 - CEP.: 04815-160So Paulo - SP

    * "Clssicos da Escola Dominical" uma reedi-o dos melhores cursos j publicados, agoraadaptados e atualizados. A srie "A Descobertada F" apresenta cursos para adolescentes de15 a 17 anos.

  • Crer e Observar

    Ignorar a Palavra de Deus d mau resultado. Por exemplo, produz falta de f. Ou ento, fna pessoa errada. O ignorante vai se afastando mais de Jesus. Vai esfriando e perdendo oentusiasmo. Precisamos saber mais a respeito do ensino bblico e para isso o estudo do CredoApostlico pode ajudar.

    Mas no adianta s saber. Saber sem fazer pior ainda. Temos de mostrar nossa f falandoe agindo. Durante o estudo deste trimestre veremos, o tempo todo, o que cada declarao do Credotem a ver conosco cada dia da semana.

    Voc pode crescer muito durante este curso. Aproveite.

    Cludio MarraEditor de Revistas para a Escola Dominical

  • NDICELio Pg

    1. Declarao de F Q5

    2. Deus, o Pai Onipotente Q?3. Deus, o Criador Q9

    4. Jesus Cristo, Nosso Senhor 125.0 Emanuel 14

    6. Jesus Cristo, o Sofredor 16

    7. Jesus Cristo, o Salvador 13

    8. Jesus Cristo, o Vencedor 20

    9. Creio no Esprito Santo 22

    10. A Santa Igreja Universal 2411. A Comunho dos Santos 26

    12. A Remisso dos Pecados 28

    13. A Vida Eterna 30

    BIBLIOTECA DIDAQUtPr/. Antnio de Pdua

  • Adolescentes Revista do Aluno

    Declaraode F

    CreioRomanos 10.8-11

    Introduo

    Durante este trimestre estudaremos li-es baseadas no Credo Apostlico. Sertuna oportunidade muito boa para vocfazer uma reviso doutrinria e verificarcomo anda sua F. O Credo Apostlico um resumo das doutrinas fundamentais eprincipais da F Crist. A sntese de todasas doutrinas aceitas pela Igreja Crist estno Credo. Se voc as compreende e as acei-ta ento est identificado com os cristos.Alis, se ainda no foi recebido comomembro da igreja/ hora de falar sobre issocom seu pastor. Este curso ser uma boapreparao.

    I. Origens do Credo

    Ele no surgiu do dia para a noite e nemteve sua data de lanamento marcada comantecedncia. O Credo Apostlico foi o re-sultado da necessidade que a Igreja teve,ao desenvolver sua histria especialmentenos primeiros sculos/ de definir os pontosfundamentais que deveriam ser aceitospor todos que desejassem filiar-se a ela. Jnaqueles tempos havia muitos que se di-ziam cristos mas desconheciam ou rejei-

    tavam mesmo os ensinos bblicos. Era pre-ciso adotar um padro de f.

    II. Por Que "CredoApostlico"?

    Alguns pensam que os apstolos queprepararam uma espcie de livrinho/ colo-caram as expresses do Credo e o forampassando para as igrejas. Mas no foi as-sim. O nome Credo vem de uma palavralatina que significa creio. Desde o comeo aIgreja Crist exigiu uma declarao de fdos que queriam ser batzados. Lembra-seda condio que Filipe imps ao batismodo Eunuco (Aios 8.36-38)? Com o passar dotempo a declarao de f (profisso de f) foiincluindo mais elementos. Assim chegou-se ao Credo Apostlico. Esse nome nosrecorda que seu contedo a verdadeiramensagem crist como foi pregada desdeos dias apostlicos.

    III. A Necessidade do Credo

    Problemas de dentro e de fora levarama Igreja a cuidar dos seus ensinos/ a doutri-na crist. Nos dois primeiros sculos desua existncia/ sua preocupao foi pregarJesus Cristo o Filho de Deus e Salvador.A partir do 32 sculo/ corn o crescimento daIgreja/ comearam as especulaes/ as in-dagaes/ especialmente entre os cristosde origem grega/ levados pela influnciado seu esprito filosfico. A/ comearam asurgir as mais diversas interpretaes comrelao Pessoa e ao Ministrio realizadopor Cristo.

    Diante dessas diversas interpretaes eopinies/ no s corn relao a Cristo mastambm relativas a outros assuntos funda-mentais da F Crist como a Ressurreioe a Vida Eterna/ a Igreja se viu na obrigaode estabelecer o padro doutrinrio querecebeu o nome de Credo Apostlico.

  • Srie "A Descoberta da F" Q Credo Apostlico

    IV. Importncia do Estudodo Credo

    1) As afirmaes do Credo destacam ofato de que, em matria de religio/ hnecessidade de convico pessoal. Por essarazo/ comeamos sempre com a expres-so creio, e no cremos. E fundamental aafirmao particular do crente/ levado porsua experincia com Cristo. O que voc cr muito importante para voc. Paulo teveessa maravilhosa experincia quando afir-mou Eu sei em quem tenho crido (U Tm1.12).

    2. O contedo do Credo Apostlico estde acordo com a Bblia. A Bblia a Normade F para o crente. As afirmaes do Cre-do so baseadas no Livro Sagrado, Noforam inventadas por pensadores criativosmas so o produto do estudo e aceitao daRevelao de Deus.

    3. Cristo mesmo exigiu isso dos seusseguidores (vejaMt 10.32). Ningum pode-r ser cristo se negar a Jesus Cristo. indispensvel que isso seja feito por todoindivduo que realmente deseja aceitar aJesus Cristo. Precisa crer nele, no comouma pessoa qualquer/ nem como um gran-de homem, sbio, grande modelo de virtu-de/ etc./ mas como o Senhor e Salvador.

    Concluso importante lembrar que o Credo sur-

    giu do cuidado que a Igreja Crist tinhacom as verdades bblicas. Ele no inven-o da Igreja Catlica. Ele chamado Apos-tlico por incluir ensinamentos que a Igrejaabraa desde os tempos apostlicos. E eleteve sempre a inteno de expressar umaf pessoal e ntima, no formal e externa.Por isso ele no pode virar uma reza.

    Para Discutir

    1. Para que serve o Credo Apostlicoatualmente?

    2. Se queremos incluir o Credo num pro-grama de Culto, como vamos fazer isso?Qual ser o lugar do Credo?

    3. Quem pode repetir o Credo? Por qu?4. Alguns crentes no gostam do Credo

    por achar que ele coisa de catlicos. O quevoc acha?

    5. Recitar ou repetir o Credo tem algumacoisa a ver com sua vida durante a sema-na? Por qu? Como?

    A F Declaradae a F Vivida

    Ser cristo, como ser mdico, advogado, pro-fessor, engenheiro, no s uma questo dediploma. Significa muito mais que isso. Noprocuro um mdico apenas porque sei que seformou numa Faculdade de Medicina. Esperoencontrar neie uma pessoa realmente habilitadaa me curar. No confio a construo de minhacasa a um engenheiro s porque ele me mostrouseu diploma, mas porque tenho referncias desua competncia real. No entrego minha ques-to a um advogado porque o certificado de con-cluso do Curso de Direito esteja exposto em seuescritrio, mas porque sei que defendeu muitascausas e as venceu. Sou cristo no porquerecebi o certificado de membro de uma igreja, oque, realmente, muito me. honra. Mas sou cris-to porque a minha vida e os frutos dela assimo comprovam, "felos frutos os conliecereis",disse Jesus. Quando os apstolos foram chama-dos cristos, pela primeira vez, evidenciaram,pelo que diziam epelo que faziam, "que haviamestado com Jesus" (At 4.13). Acontece a mesmacoisa com voc?

  • Adolescentes Revista do Aluno

    Deus, o PaiOnipotenteCreio em Deus Pai, Todo-Poderoso

    Hebreus 12.4-11

    Introduo

    Relembrando a lio de domingo passa-do, uma apresentao do Credo, podemosver que ele pode ser dividido em trs par-tes:

    1) A primeira fala de Deus, sua Pessoa esua Obra Creio em Deus Pai, Todo-Pode-roso, criador dos cus e da terra;

    2) A segunda fala de Jesus Cristo comoDeus encarnado e menciona os fatos nar-rados no Evangelho a seu respeito suaconcepo e sua vida/ desde o seu nasci-mento at sua morte e ressurreio. men-cionada tambm sua atual presena noCu e seu retorno futuro.

    3) A terceira fala do Esprito Santo/ oDeus que habita em ns/ e acrescenta ou-tros artigos daF Crist: a Igreja Universal,a comunho dos santos/ a remisso dospecados/ a ressurreio do corpo e a vidaeterna.

    Esta lio nos apresenta Deus como PaiOnipotente. Uma das grandes afirmaesque Jesus fez com respeito a Deus que Ele o nosso Pai. Usando a figura do pai/responsvel, que cuida bem da famlia, Je-sus sempre mostrou que Deus est muitointeressado na vida dos seus filhos.

    L Deus Pai Onipotente

    Essa foi a primeira declarao colocadano Credo Apostlico. Era assim que a Igre-ja cria em Deus. No era um Deus apenas, semelhana de tantos outros deuses cria-dos e cultuados pelas religies pags. Eranecessrio que a Igreja Crist declarasse eexigisse dos seus adeptos e seguidores essaprofisso ou declarao de f. O Deus queJesus veio revelar era tambm um Pai cheiode poder, Todo-Poderoso/ capaz de fazertudo que no fosse contrrio sua nature-za. Com esse atributo, Deus fez todas ascoisas boas que existem no Universo, masjamais poder ser responsabilizado pelascoisas ms que existem por a/ porque ofato de ser onipotente, no quer dizer quecriou tambm as coisas erradas.

    II. Doutrina da Paternidadede Deus

    Essa doutrina existe em todas as reli-gies monotestas, isto , as que acreditamem apenas um Deus. As religies que acei-tam muitos deuses como as antigas reli-gies dos gregos e dos romanos/ so cha-madas de politestas. Todos que acredi-tam/ de uma forma ou de outra em Deuscnmo o nico e verdadeiro Deus/ tambm,acreditam que Ele Pai. Portanto, esse as-sunto no estranho a nenhum cristo/ noconstituindo problema para a F Crist. Omais importante, ento, no crer emDeus, simplesmente, do ponto de vista te-rico/ intelectual/ como uma afirmao de faceita e mantida pela Igreja desde o come-o de sua histria. preciso tambmentender realmente o significado e as im-plicaes disso na vida do crente. Ou seja...

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  • Srie "A Descoberta da F" O Credo Apostlico

    III. Deus e Pai. E Da?

    Nenhum estudo doutrinrio faz sentidosem aplicao prtica. O mesmo acontececom a questo da paternidade de Deus.

    1) Ao afirmarmos que Deus Pai, dize-mos que Ele est perto de ns. Foi isso queJesus ressaltou em seu ensino. Ser quepodemos crer num Deus que Pai, masque se mantm distante dos seus filhos quem sabe assentado num trono majestosoque no podemos alcanar? No. O nossoDeus est sempre ao nosso lado. Quemdisse isso? Jesus mesmo disse: Eu estareiconvosco, todos os dias". Como? Atravs doEsprito Santo. isso que Ele nos ensina noEvangelho de Joo, captulo 14.

    2) Deus no s est ao nosso lado/ comotambm cuida de ns, tomando todas asprovidncias necessrias para o nossobem. Foi o que Jesus ensinou (Mi 6,25-34).Deus cuida de todos os seres que criou,mas tem especial carinho para com os seusfilhos.

    3) Deus, como Pai que est interessadono bem-estar de seus filhos, toma todas asprovidncias necessrias para o bem dosque ama, inclusive as de ordem disciplinar, isso que aprendemos em Hb 12.4-11, textodesta lio. Examine bem essa passagem.O autor da carta aos Hebreus est fazendocitao de Pv 3.11,12. D uma olhada, tam-bm, nesse texto. Voc concorda que cer-ta a correo quando se ama, realmente?Ou seria melhor acreditar num Deus indi-ferente ao que fazem os seus filhos?

    IV. Condies Para Voc SerFilho de Deus

    Mais uma vez voc dever concentrarsua ateno no que Jesus Cristo disse.Numa ocasio alguns judeus, que se julga-vam importantes, discutiam com Ele essaquesto de serflho e Abrao. Jesus acaboucom a conversa dizendo que eles eram, de

    fato, filhos do diabo (Jo 8.37-44). Na opi-nio de Jesus, qual era a condio paraalgum ser considerado filho desse Deus-Pai Onipotente? Em Lucas 8.19-21, temos aresposta: ouvir e praticar a Palavra deDeus (v.21). Em Joo 1.12 os que crem noseu nome que se tornam filho de Deus.Ento a grande afirmao da Palavra deDeus que qualquer pessoa, sem linhagemnobre, de qualquer raa ou com qualquerparticularidade, poder ser filho de Deus desde que se submeta s condies im-postas ouvir, crer e praticar a Palavradesse Deus que Pai, cheio de poder e deamor para com todos os seus filhos. Naverdade, crer a condio. Mas para crer preciso ouvir e a prova de que se creu aprtica.

    ConclusoComo voc notou, esse um assunto

    bastante vasto e impossvel seria coloc-lotodo dentro do espao reservado para alio. Ficam a alguns elementos para voclevar para sua classe e conversar com oprofessor e os colegas. Vale a pena gastaralgum tempo pensando na nossa relaocom Deus, que Pai e Todo-Poderoso, quenos criou e que na cruz nos redimiu dospecados e, renovando-nos, nos adotoucomo seus filhos.

    Para Discutir1. Todos podem ser considerados filhos

    de Deus? Por qu?2. Seu Pai Onipotente (pode tudo).

    Que diferena isso faz para voc?3. Deus disciplina os filhos dele. Ele j

    castigou voc alguma vez? Quando?Como?

    4. Pelo seu comportamento d para verque voc cr em Cristo e que portanto filho de Deus? Em que reas voc sabe queprecisa melhorar?

  • Adolescentes Revista do Aluno

    3Deus,

    o CriadorCriador dos cus e da terra

    Hebreus 11.1-3

    Introduo

    A segunda grande afirmao da primei-ra parte do Credo que Deus o Criadorde todas as coisas, cus e terra, termos quetm sido aceitos para denominar todo oUniverso.

    Como voc pode notar, a Bblia no estinteressada em discutir ou indagar comoisso foi feito, apenas declara que, no come-o, houve a criao, e ela foi obra de Deus.No princpio de todas as coisas e de tudo diz a Bblia est o poder criador ecriativo de Deus.

    I. Como Surgiu o Universo?A Teoria do BigBang tem sido aceita nos

    meios cientficos para explicar a origem doUniverso. Uma gigantesca exploso, ocor-rida h 15 bilhes de anos, teria espalhadoas partculas elementares que, num pro-cesso de evoluo, viriam a se resfriar for-mando tomos, molculas, depois oscorpos celestes e o prprio mundo ondesurgimos. Hubert Reeves, doutor em Fsi-ca e ex-conselheiro cientfico da NASA,declarou numa entrevista (Superinieressan-te, no. 89) que no se pode cientificamente

    ligar o Big Bang origem do Universo.Para ele, a Cincia no sabe como tudocomeou e nem mesmo se o Universo se-quer teve uma origem. Mas ele sustentaque o Big Bang pode ter acontecido, tendosido o ponto de partida numa corrida evo-lucionria que resultou no planeta Terrah 5 bilhes de anos. Para Cari Sagan, co-nhecido professor de Astronomia e escri-tor, os primeiros vestgios de vida noplaneta surgiram h 3.5 bilhes de anos.Quanto ao surgimento do homem e suaevoluo, no h total acordo, mas em li-nhas gerais sustenta-se que o Homo Habi-lis, primeiro humanide, teria aparecidoh 2 bilhes de anos, sucedendo-se outrosprimatas na escala evolutiva at ao apare-cimento do Homo Sapiens (o homem mo-derno) h 200 mil anos. Sustenta-se aindaque a espcie humana possa durar 2 mi-lhes de anos antes de se extinguir ou evo-luir para outra espcie e que o Sol consumi-r todo o seu combustvel nos prximos 5bilhes de anos, decretando ento o fim dosistema solar.

    II. Por Acaso ouPreconcebido?

    Saudvel a humildade e honestidade dofsico canadense, Hubert Reeves. A Cin-cia no pode realmente saber como tudocomeou. Ela, para trabalhar, depende doque existe e observvel. E no se podecolocar Deus num tubo de ensaio e estu-d-lo.

    Mas, e quanto ao Big Bang como pontode partida na escala evolutiva? O que dizerda Teoria da Evoluo?

    1. Teoria, sim, e no Lei. A mutao deuma espcie para outra nunca foi repetidaem laboratrio.

    2. Segundo a Bblia, Deus criou os seresvegetais ou animais segundo a sua espcie.Pode haver desenvolvimento ou evoluo

  • Srie "A Descoberta da F" O Credo Apostlico

    dentro de cada espcie, mas no de urnaespcie para outra.

    3. A seleo natural exigiria um nmeroinfinito de formas intermedirias entreduas espcies. A maioria dos fsseis, noentanto, revela apenas formas distintas,acabadas. Falta, no o elo perdido. Faltaminfinitos elos.

    4. A evoluo que produz desenvolvi-mento no a lei universal da biologia. Aevoluo observvel produz deterioraoou degenerao.

    5. A segunda lei da Termodinmica es-tabelece o princpio da entropia crescente. OUniverso tende ao caos se deixado por sis. Isso significa que o retrocesso, e no aevoluo, que pode ocorrer. Ou o Univer-so foi criado, como a Bblia ensina, ou eleno seria o que hoje. No haveria Univer-so nenhum.

    6. A Bblia ensina que a criao estenvelhecendo, mas Deus permanece parasempre (SI 102.25-27). E ensina tambmque o Deus criador j tirou da pranchetanovos cus e nova terra (II P 3.13; Ap 21.1).

    O cristo poder dedicar-se ao estudoda origem e do desenvolvimento do Uni-verso sem susto. Afinal, ele j conhece aCausa Primeira, o Deus Criador.

    III. Nossa Posio em Facedo Universo

    No h dvida de que da minha ideia arespeito da origem do Universo dependera minha atitude de relacionamento comele. As minhas ideias com respeito aos se-res e as coisas determinaro minha manei-ra de ser em relao a elas. Vejamos algunsexemplos:

    1) O Universo, uma grande mquina Seminha teoria a chamada mecnica, isto ,que o universo uma grande mquina,ento, no poderei ser mais que uma peadessa mquina que, quando gasta, quebra-

    da ou envelhecida, no ter mais sentidopara ningum. Se tudo assim, nenhumsentimento motivar minhas relaes nes-te mundo. Um escritor espanhol, que viadesse modo o universo, escreveu um poe-ma em que afirmava tudo no passar deum imenso cemitrio, cujo destino frio esem vida era o fim de todos.

    2) O universo, um organismo perfeito. Co-nhecida como a teoria orgnica, contrria anterior, afirma que o universo um orga-nismo perfeito e dirigido por uma cabea,realizando seu propsito e seu fim. Portan-to, eu fao parte do todo orgnico e souuma pea importante no seu desenvolvi-mento. A mquina fria, insensvel, semvid., ao passo que o organismo vivo,sensvel, e transmite calor. A mquina esttica, ao passo que o organismo din-mico.

    Essa conhecida como a teoria espiritua-lista sobre o universo, em contraposiocom a mecnica, conhecida como teoriamaterialista.

    Tudo nos conduz a crer e aceitar a se-gunda como a mais racional e inteligente,face s experincias que vamos tendo, nocontato dirio corn o Universo. As leis per-feitas que o regem, a harmonia, a ordemque encontramos, tudo isso no poderiater surgido do nada, espontaneamente,mas de uma mente perfeita e inteligente.Ao tomar conhecimento do que tem desco-berto e realizado a mente finita do homem,sou forado a admitir a existncia de umaMente muito maior, infinita, que crioutudo isso. O grande filsofo Kant dizia queduas coisas o encantavam: o cu estreladoacima de sua cabea e a sua conscinciadentro de si. Por trs da evidncia de inte-ligncia, plano e ordem, forosamente temde haver Algum. Essa Mente, essa Inteli-gncia, essa Energia criadora, diz a F Cris-t, Deus, o nosso Deus Pessoal. De ummodo muito simples a minha mente crist

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  • Adolescentes Revista do Aluno

    confessa: Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso,Criador dos cus e da terra. Sim/ Deus oSupremo Criador, Governador e Mantene-dor do Universo. Creio em Deus assim.Esse o ensino bblico.

    Concluso

    Da aceitao de Deus como Criador de-corre que eu/ sendo parte dessa obra mag-nfica da criao/ tambm tenho decumprir meu papel neste Universo. Oavano tecnolgico reduziu o mundo aumapequena comunidade/ a aldeia global.Aqui convivem os extremos da riqueza eda misria/ do progresso e do atraso/ doprazer e do sofrimento. Por causa do peca-do/ esta aldeia estlonge de ser uma frater-nidade. Na verdade/ a criao toda anseiaser livre e aguarda sua redeno final.Crendo no Deus Criador temos algo a di-zer ao mundo sobre o cuidado que se deveter com a Natureza/ sobre o carter odiosoda misria humana/ sobre os planos doCriador para Novos Cus e Nova Terra esobre o modo de fazermos parte deles.

    No h dvida de que esta uma dou-trina muito prtica.

    Para Discutir

    1. Qual a sua opinio sobre a Teoria doBig Bang para a origem do Universo?

    2. Essa Teoria explica o comeo de todasas coisas ou parte de matria j existente?

    3. Qual deve ser a nossa posio quanto questo ecolgica? Por qu?

    4. Criaturas de Deus so vistas cadaspelas ruas com frio e fome. O que temos defazer a respeito?

    5. O que vamos fazer para pensar nosNovos Cus e na Nova Terra sem sermoshabitantes alienados da Velha Terra?

    "H um s Deus vivo e verdadeiro, o qual infinito em seu ser e perfeies. Ele um espritopurssimo, invisvel ssm corpo, membros oupaixes; imutvel, imenso, eterno, incom-preensvel, onipotente, onisente, santssimo,completamente livre e absoluto, fazendo tudopara a sua prpria glria e segundo o conselhode suaprpria vontade, quereta e imutvel...""Deus tem em si mesmo, e de si mesmo, toda avida, glria, bondade, bem-aventurana. Ele todo suficiente em si e para si, pois no precisadas criaturas que trouxe existncia, no derivadelas glria alguma, mas somente manifesta asua glria nelas, por elas, para elas e sobre elas.Ele a nica origem de todo o ser', dele, por Elee para Ele so todas as coisas e sobre elas temEle soberano domnio p ar a fazer com elas, paraelas e sobre elas tudo quanto quiser. Todas ascoisas esto patentes e manifestas diante dele; oseu saber infinito, infalvel e independente dacriatura, de sorte que para Ele nada contin-gente ou incerto. Ele santssimo em todos osseus conselhos, em todas as suas obras e emtodos s seus preceitos. Da parte dos anjos e doshomens e qualquer outra criatura lhe so devi-dos todo o culto, todo o servio e obedincia, queEle h por bem requerer deles".

    (Confisso de F de Westminster)

    Se quiser saber mais

    A Bblia e a Cincia Moderna/, de H.Morris/ Imprensa Batista Regular.

    Criao ou Evoluo, de Henry Morris/Editora Fiel;

    Criao ou Evoluo, de W. J. Ouwe-neel/RTM Editora;

    Evoluo, a Resposta Bblica para Jo-vens/ de Kenneth Taylor/ Editora MundoCristo;

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  • Srie "A Descoberta da F" O Credo Apostlico

    Jesus Cristo,Nosso Senhor

    Creio em Jesus Cristo... nosso SenhorFilipenses 2.5-11

    Introduo

    Hoje iniciaremos o estudo de uma outraseo do Credo Apostlico, agora focali-zando a Pessoa de Jesus Cristo.

    Como voc est lembrado, na lio emque introduzimos o estudo do Credo dosApstolos/ mencionamos algumas ideias eopinies crists dos primeiros sculos/com respeito a Cristo. Por causa da diver-gncia de interpretao/ tornou-se neces-sria a Declarao de F/ conhecida comoCredo Apostlico/ para caracterizar oscristos verdadeiros/ fiis ao ensino de Je-sus e dos apstolos. Uma das afirmaesfoi a de que Jesus Cristo Jb constitudo porDeus para ser Rei aos reis e Senhor dos senho-res, Essa doutrina tem sido conhecida/ tam-bm/ como doutrina do Senhorio de JesusCristo.

    I. Vrias Opinies aRespeito de Cristo

    Para muitos/ ainda hoje/ Jesus Cristo um grande Mestre/ um pedagogo bastanteorigina]/ um filsofo pragmatista/ por ter-se preocupado em ensinar coisas prticase praticveis.

    Para outros/ Jesus foi uma pessoa muitoboa/ um grande exemplo de vida honesta/digna/ servial/ cheia de amor para com aspessoas. Desde o tempo dos hippiesf paramuitos jovens/ Cristo um cara legal comboas ideias sobre paz e amor. Outras opi-nies poderiam ser mencionadas aqui sehouvesse espao.

    II. Quem Jesus Cristo,Afinal?

    possvel ter-se uma ideia do que Cristofoi realmente? Como?

    Isso foi o que a Igreja/ no S2 sculo/ pro-curou estabelecer e resumir nessa expres-so que voc j conhece: Creio em JesusCristo, nosso Senhor, acrescentando outrasafirmativas que falam da sua personalida-de/ sua vida e do seu ministrio.

    Crer em Cristo inclui aceit-lo tambmcomo Senhor (dono, proprietrio). No bastadizer que ele foi um grande mestre oufilsofo. Por isso/ qualquer pessoa declarapublicamente que se tornou crist afir-mando reconhecer que Cristo Salvador eSenhor. E por que far isso? Porque est noCredo? No. O prprio Credo contm essadeclarao por ser esse o ensino bblico.Jesus Salvador e Senhor. Confira:

    Mt 22,44; 24.42; Lc 2.11; 6.46; 24.34; Jo6.68; 13.13/14; 20.20,28 e 21.7; At 1.21; 2.36;11.17; 15.11; Km 5.1; 10.9; 13.14; I Co 4.5; Fp2.11; I Ts 3.13; H Ts 1.7; Ap 17.14 e 22.20.Outras referncias/ que voc encontrar aolongo das pginas do Novo Testamento/mostraro por que a Igreja aceita e procla-ma esse fato: Jesus Senhor.

    III. Implicaes daAceitao da Doutrina

    1) A aceitao e o reconhecimento dasoberania de Jesus decorrncia direta daconverso a Cristo.

    12

  • Adolescentes Revista do Aluno

    Toda pessoa, ao aceitar a Cristo, o reco-nhece e o aceita como Senhor, a quem en-trega a sua vida desejando contar semprecom sua direo, proteo e companhia.Vamos mostrar que somos convertidosaceitando a soberania e o senhorio de Cris-to em nossas vidas. Porque a prpria ex-presso converso significa uma mudanade vida. Antes, a pessoa comandava a suavida, agora Cristo quem a comanda. An-tes vivia para si e para seus prprios inte-resses; hoje coloca tudo isso em planosecundrio, porque como dizia Paulo no sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim(G12.20).

    2) Implica em aceitar, de fato, a BbliaSagrada, especialmente o Novo Testamen-to, onde grande nmero de vezes encon-tramos registrada a experincia da Igrejaque proclamava que Jesus Cristo o Se-nhor. J mencionamos atrs, uma relaogrande de passagens e referncias bblicasque nos apontam essa direo. Portanto,ningum poder aceitar o Senhorio de Je-sus Cristo e rejeitar a Bblia uma coisaimplica e decorrente da outra.

    3) Implica em se colocar disposio deCristo para que Ele use a sua vida comoquiser. Se Cristo nosso Senhor ento so-mos servos dele. Por isso a nossa vontadeprecisa ser a Vontade de Cristo. Paulo, es-crevendo s Igrejas, muitas vezes usou aexpresso: Paulo e Timteo, servos de CristoJesus (Fp 1.1); Paulo, servo de Deus (Tt 1.1).A expresso traduzida por servo, no origi-nal grego quer dizer escravo. Essa umaforma mais expressiva de afirmar a totalsoberania de Deus sobre a vida.

    Crer em Jesus Cristo como Senhor signi-fica bem mais que uma afirmao eucreio. Implica em entregar o comando davida nas mos dele e confiar em que Elefar o melhor. Significa obedecer aos seusmandamentos e, de modo particular, aoseu Grande Mandamento Amai-vos unsaos outros. Significa culto, adorao, glori-ficao do seu glorioso Nome (Fp 2.10).

    ConclusoAlgum pode reclamar: Eu trabalho feito

    um escravo. Mas, sinceramente, e graas aDeus, no sabemos o que escravido.Humanamente falando, no. Em relao aJesus, porm, quem se rendeu a Ele e oaceitou virou seu escravo. E voc, poderiarepetir de corao essa frase do Credo, creioem Jesus Cristo, nosso Senhor?

    Para Discutir1. Que sistema podemos usar para saber

    a vontade do nosso Dono?2. O que voc vai ser quando crescer?

    Essa a sua opinio apenas ou voc jconsultou seu Senhor?

    3. Apenas os pastores e missionrios soservos de Cristo? Corno servi-lo em outrasprofisses?

    4. Voc concorda que para tudo deve-mos conhecer a vontade de Cristo ou pensaque o melhor seguir sua prpria cabea?Por qu?

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  • Srie "A Descoberta da F" O Credo Apostlico

    O EmanuelNasceu da Virgem Maria

    Mateus 1.18-23

    Introduo

    O Credo Apostlico afirma que Jesus/oconcebido por obra do Esprito Santo e quenasceu de uma virgem. Ambas as declara-es tm base bblica (Mt 1.18; Lc 1.26-35).Vamos conferir?

    L Concebido peloEsprito Santo

    Mateus e Lucas registraram isso. Querdizer que Maria ficou grvida sem ter tidorelaes sexuais. Foi um acontecimento so-brenatural provocado pela ao direta doEsprito de Deus. E Deus/ vale lembrar, sobrenatural. Ele est acima e alm da Na-tureza.

    Ter sido gerado assim/no ventre de umamulher porm pela ao do Esprito deDeus/ explica que Jesus era um ser humanode verdade mas tambm divino de verda-de. E ele precisava ser humano e divino.Para morrer em nosso lugar precisava serHomem. Para nos salvar, s sendo Deus(Hb 7.25).

    II. Nasceu da Virgem Maria

    Por que a virgem Maria/ com tantas ou-tras virgens por l? A Bblia diz que ocritrio de Deus para a eleio e chamada

    no so as nossas obras mas a prpria von-tade de Deus (Rm 9.11). Lucas afirma queo anjo a chamou de agradada ou favorecida(1.2830). Graa e favor no dependem demritos. Mas Isabel/ prima de Maria/ ob-servou que Maria era uma pessoa de f (Lc1.45). Por isso ela recebeu a bno de sera me de Jesus.

    Como Maria estava desposada com Jose ainda era virgem? Na verdade/ usando alinguagem de hoje/ eles eram apenas noi-vos. E o noivado naquele tempo .era tosrio que s o divrcio o podia romper.

    Depois do nascimento de Jesus, porm,Maria e Jos passaram a ter o relaciona-mento sexual normal de marido e mulher.Tiveram, segundo o Novo Testamento/ al-guns filhos (Mt 13.55/56).

    III. O Emanuel

    Esse nome aparece na profecia de Isaas(7.14) e mencionada por Mateus. O evan-gelista explica que aquele nome significaDeus conosco.

    Ao assumir a forma humana, vivendoentre ns por cerca de 33 anos, Jesus foi oDeus presente/ pessoal e visvel na terra.Ele a revelao perfeita de Deus. Quandorespondeu a Filipe, o Senhor disse: Quemme v a mm, v o Pai. No crs que eu estou noPai e que o Pai est em mim? (Joo 14.9/10).

    O apstolo Joo o chama de O Verbo deDeus. Verbo, a/ tem o sentido de revelao,porque o verbo a forma gramatical querevela a ao do sujeito. Dentro dessa ideia,o evangelista disse: E o Verbo se fez carne, ehabitou entre ns (Joo 1.14). Logo depois,ele afirma: Ningum jamais viu a Deus: oDeus unignito, que estno seio do Pai, quemo revelou (v. 18).

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  • Adolescentes Revista do Aluno

    Podemos/ portanto, dizer, sem receio deerrar, que Deus andou entre ns, em formahumana, na Pessoa de Jesus. Por isso, Ele chamado o Emanuel, o Deus conosco.

    IV. Conosco. Isso Inclui VocNa Bblia os nomes so muito importan-

    tes por revelar o carter e a obra dos que osrecebiam. Ou seja, os nomes contavamquem as pessoas eram e o que faziam.

    O nome Jesus significa Salvador. E Cristoquer dizer Ungido, exatamente como Mes-sias, Ungido aquele que foi escolhido,separado e enviado para cumprir umamisso.

    Joo Batista chamou Jesus de o Cordeirode Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). que ele seria morto como punio pelospecados de todos os que viessem a crernele. Ento esses pecados seriam tirados.

    Foi isso que o Deus Conosco veio fazer.

    Para isso era fundamental que ele fosseDeus encarnado.

    ConclusoMuita opinio pode rolar por a sobre

    Jesus. Mas, qual a sua? Foi o que Cristoquis saber de seus discpulos (Mt 16.13-15).Lembre-se de que o Credo Apostlico re-flete convico pessoal. Voc no pode fi-car indiferente.

    Para Discutir

    1. Por que era importante que Jesus Cris-to tivesse a natureza humana e a naturezadivina?

    2. Qual o significado de cada um dosnomes de Jesus em Isaas 9.6?

    3. Um desses nomes, pelo menos, temsentido especial para voc? Qual? Por qu?

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  • Srie w A Descoberta da F" Q Credo Apostlico

    Jesus Cristo,o Sofredor

    Padeceu sob o poder de Pondo PilatosLucas 24.44-48

    Introduo

    Como todas as declaraes do Credo/"padeceu sob o poder de Pondo Pilatos" temtudo a ver conosco. Vamos ver como?

    L Por Que Recordar Isso? hora de lembrar que o Credo surgiu

    da necessidade da Igreja reafirmar as ver-dades bsicas da f crist diante de muitosensinos errados.

    O profeta Isaas havia chamado o Mes-sias que havia de vir de Emanuel, que querdizer Deus Conosco. "Lembra? E o apstoloJoo havia declarado que o Verbo se fez carnee habitou entre ns, o mesmo Verbo queexistia desde o princpio e era Deus (Jo1.1,14). A verdade bblica ento que Jesustanto se foz carne quanto era Deus. Homeme Deus. Humano e Divino. Deus-Homemou Homem-Deus.

    Mas essa verdade bblica comeou a sernegada. Alguns achavam que ele tinhasido s humano. Para outros ele fora sdivino, com um corpo humano apenas apa-rente. Ento o sofrimento dele no teriasido pra valer. Tudo mentirinha.

    A Igreja Crist reagiu:

    Jesus Cristo foi um ser humano deverdade, por isso sofreu mesmo, foi crucifi-cado, morto e sepultado.

    Quem garante?

    II. A Garantia

    Em Isaas 53 encontramos a profecia doServo Sofredor. Ali foi descrito, sete scu-los antes/ tudo que Cristo passaria por oca-sio da sua crucificao. Cristo veio paratomar o nosso lugar e sofrer para remissodos nossos pecados. Hebreus 9.22 diz que... sem derramamento de sangue no h remis-so. As profecias do Antigo Testamentocumpriram-se ern Jesus Cristo e no NovoTestamento encontramos um grande n-mero de referncias, feitas pelo prprioCristo e pelos apstolos sobre o assunto.Examine alguns desses textos: Mt 17.12; Lc17.25; 24.26,27; At 3.18; 17.3; 26.22,23; I P5.1; Mt 16.21; Mc 8.31; Hb 13.12; I P 2.21;4.1. No texto de Lc 24.46 temos o prprioCristo criticando os dois discpulos na es-trada de Emas por ignorarem as Escritu-ras no que diziam a seu respeito. Por essarazo que cremos no sofrimento de Cristopor ns pelo simples fato de crermos naBblia como o documento da Revelao deDeus.

    III. O Significado

    Jesus sofreu. E da? Parece que todomundo e voc tambm anda maispreocupado com seu prprio sofrimento.

    Todos sofrem e no se conformam. Al-guns at se revoltam contra Deus. Comotudo isso se encaixa?

    1. Deus criou seres capazes de obedec-lo de livre e espontnea vontade. Ou deso-bedec-lo. Ele poderia ter criado mquinas,mas elas no louvam de corao nem po-dem amar e obedecer.

    16

  • Adolescentes Revista do AJuno

    Deus avisou o ser humano que a deso-bedincia traria ms consequncias. Nodeu outra. O ser humano escolheu livre-mente a desobedincia e comeou a sofrer.

    2. Um efeito negativo: o ser humanopassou a ser incapaz de escolher o Bem. Jno era mais livre.

    De fato, hoje, muito sofrimento causa-do por ms escolhas. Um adolescente podeescolher usar drogas e ficar viciado. Muitasoutras ms escolhas so possveis, infeliz-mente/ e sempre causam sofrimento/ aquem as faz ou a outras pessoas.

    3. At aqui vemos que o sofrimento no causado por Deus/ mas por ns mesmos.Mas s vezes, Deus usa o sofrimento parapunir e ensinar. Em Amos 1.1-2.3 encontra-mos a promessa de castigo divino para ospovos sem Deus. Mas a partir de 2.4 oprofeta anuncia o castigo para o prpriopovo de Deus.

    4. Algum sofrimento (apenas algum)pode ser causado diretamente por Satans.No sentido final ele j foi derrotado nacruz. Est amarrado, quer dizer, no podeimpedir a pregao do evangelho e nopode destruir os que so de Cristo. Masainda pode causar muito sofrimento. Foi oque ele fez na igreja de Esmirna (Ap 2.9,10)e faz em muitos outros lugares hoje.

    5. Se Jesus/ o homem perfeito, o Ema-nuel/ sofreu/ no surpresa que a gentetambm sofra. O fundamental ser cadaum de ns:

    a) No sofrer por haver feito ms esco-lhas. Sofrer por ser cristo. (I P 4.12-19);

    b) Buscar ajuda de Cristo no sofrimento.Ele sofreu para nos salvar e, porque sofreu/nos compreende (Hb 2.18; 4.14-5.10);

    c) Procurar aprender com o sofrimentoe amadurecer. Deus pode estar corrigindoseu filho ou filha (Hb 12.4-13).

    Concluso

    A declarao sobre o sofrimento de Cris-to/ afinal/ no uma formalidade vazia.Porque Ele sofreu/ nossos pecados estopagos. Porque Ele sofreu ento temos urnmodo mais positivo de encarar nosso pr-prio sofrimento.

    Tudo faz sentido.Tudo se encaixa.

    Para Discutir1. Por que importante afirmar que Je-

    sus sofreu?2. Qual a sua reao quando voc so-

    fre?3. Pense num sofrimento recente. Qual

    foi o motivo?4. Voc pode mencionar alguma lio

    que aprendeu com algum sofrimento?5. Qual deve ser a sua esperana en-

    quanto passa pelo sofrimento? O que ensi-na I P 5.10?

    17

  • Srie "A Descoberta da F" O Credo Apostlico

    7Jesus Cristo,o Salvador

    Foi crucificado, morto e sepultadoMarcos 15.22-47

    Introduo

    Ainda dentro das afirmaes do CredoApostlico, em relao a Jesus Cristo/ suaPessoa e Obra/ depois de afirmarmos osofrimento de Cristo, sob a autoridade dePncio Pila tos, chegamos a uma outra afir-mao morto e sepultado, isto , afirma-mos, com isso, a morte de Jesus Cristo,como meio de satisfazer a Justia de Deuse redimir o homem pecador da perdioeterna.

    De nada teria valido o sofrimento deJesus sem um objetivo. Seria uma mortecomo outra qualquer. A grande diferenaentre a crucificao dos ladres e a de Je-sus, um ao lado direito e outro ao ladoesquerdo dele/ reside no fato de que os doismorriam como consequncia dos seus cri-mes e Jesus morria como o Justo, que noteve pecado e nem cometeu crime algum/mas assumia, em lugar do seu povo, ospecados dele.

    Muitos brasileiros morreram e morremtodo dia, mas nos lembramos com respeitode Joaquim Jos da Silva Xavier (Tiraden-tes). Ele morreu por uma causa e assumiutodo o peso da conspirao contra a corteportuguesa. Com a morte de Cristo/ h umsentido especial, porque Cristo morreu em

    nosso lugar/ para nos libertar e salvar, res-gatar e redimir de nossos pecados.

    I. Quanto Custou a SalvaoPaulo, escrevendo aos Efsios (2.8), diz

    que pela graa sois salvos, mediante a f (emCristo). E/ comumente/ pregamos e ensina-mos que a Salvao oferecida de graa.Isto verdade para ns/ mas no para Je-sus. Para nos dar e garantir a salvao/ Eleteve de sofrer as dores da cruz e finalmen-te/ morrer em nosso lugar. Ento/ o preofoi caro/ muito caro foi mortal exigiuo oferecimento de sua prpria vida.

    II. Por Que Jesus Cristo TeveQue Morrer?

    No haveria outro caminho sem ser aCruz? O prprio Cristo/ diante do peso daCruz/ expressou em sua orao a durezado plano de Deus para o resgate da huma-nidade sepossvelpassa de mim este clice...Mas/ compreendendo que a soluo divinapara a gravidade do pecado humano era aCruz/ conclui/... faa-se a tua vontade. E/ le-vantando-se do Jardim/ subiu at Cruz. Eque para satisfazer a justia divina/ultraja-da com o pecado/ havia necessidade de queAlgum/ sem pecado, perfeito, justo e san-to, morresse em favor do homem pecador.Tambm/ era necessrio que esse Algumtivesse a natureza humana. Por isso que,tomando a natureza humana/ esvaziando-se de sua glria (Fp 2.5-8), Jesus encarnoupara, atravs de seu sofrimento e mortevicrios, lavar a culpa e toda a misria evergonha causadas pelo pecado. Vicrioquer dizer em lugar de outro. Veja ainda I Co15.22; Hb 2.9-14 e Gn3.15. Se desejar outrasreferncias bblicas, leia: Mt 27.33-66; Lc23.33-56; Jo 19.17-42; I Co 1.23-2.2; At2.23/36; 4.10; Gl 6.14; Ef 2.16; Cl 1.20; 2.14;Hb 5.7-10; Is 62.11; Fp 3.20; I Tm 4.10; Tt2.13 e I Jo 4.14.

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  • Adolescentes Revista do Aluno

    III. Como Que Jesus SalvaQue a Bblia est cheia de referncias

    com respeito ao fato de Jesus Cristo ser oSalvador e ter vindo ao mundo para salvar,no novidade alguma. Todo mundo sabedisso. Agora/ como foi que Jesus cumpriuo seu papel de Salvador que nem todossabem.

    Os judeus no aceitaram e continuamno aceitando a Jesus como o Cristo e Sal-vador. Atravs dos cerimoniais e do cum-primento da Lei crem que sero salvos.Sabemos que os maiores inimigos de Jesusforam os grupos judaizantes que fizeramoposio cerrada ao seu ensino/ por julga-rem a salvao um ato puramente externo.

    Muitos/hoje/ de igual modo/ continuampensando assim/ embora se consideremcristos. Salvao para eles uma questode prticas externas: forma de batismos/conhecimento do Credo Apostlico e dasdemais doutrinas e prticas de sua Igreja/-tomar a Santa Ceia, ler a Bblia/ ser membrode tuna igreja e outras coisas semelhantes.Julgam-se salvos sem a experincia comCristo. Certamente tudo isso muito bome deve ser buscado e praticado mas a sal-vao que Cristo veio trazer para os ho-mens e que motivou sua morte na cruz doCalvrio mais que isso. Tudo isso/ postodepois de Cristo/ pode ser muito til ebom/ mas, no lugar de Cristo/ trar preju-zos e perdio.

    S Cristo pode salvar porque s Elemorreu em lugar do homem pecador. SCristo o nico Caminho. No h outromeio a no ser Ele.

    Jesus salva todo aquele que crer/ confiarnele e entregar-lhe inteiramente a sua vida.Jesus Cristo ainda tem poder para livrar esalvar a quem quer que o aceite como Sal-vador e a Ele se entregue incondicional-mente.

    Jesus mesmo disse, falando s pessoasnos seus dias: Vinde a mim todos os que estais

    cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei(Mt 11.28). E assim que Jesus salva e quersalvar a todos que desejarem ir a Ele. Masdepois de se ter dado o primeiro passo/ preciso continuar/ por isso disse: Tomai so-bre vs o meitjugo, e aprendei de mini, porquesou manso e humilde de corao; e achareisdescanso para as vossas almas. Ento/ a se-gunda coisa que precisa ser feita aceitaro ensino, a orientao de Jesus e Ele temorientao para todas as circunstncias davida. Com Jesus no h becos sem sada.Ele salva mesmo p r valer. Voc encontra-r/ sempre/ em Jesus/ uma sada para assituaes mais difceis. Por essa razo queJesus no disse que era um caminho, masdisse que era O Caminho. A salvao queCristo oferece/ portanto, implica em acei-tao e identificao com Ele.

    ConclusoDepois de ter feito os estudos anteriores

    e o de hoje/ certamente voc chegou a con-cluses muito importantes. Lembre-se deque o ensino de Jesus diferente dos de-mais ensinos porque Ele no nos deu teo-rias para serem discutidas/ mas normaspara serem colocadas em prtica. Voc temexperincia disso em sua vida? A salvaoque Jesus oferece bastante pessoal/ porisso o importante no saber-se que Jesus Salvador e pode salvar/ mas sim/ se Eleja o seu Salvador. Voc tem algo a dizersobre sua experincia a esse respeito? En-to/ fale com a classe e oua a experinciados colegas.

    Para Discutir

    1. Voc j aceitou Jesus como seu Salva-dor pessoal? Quando foi isso? Quandoaconteceu?

    2. Algum de seus colegas ainda no fezisso? Como voc pode ajud-lo?

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  • Srie "A Descoberta da F" O Credo Apostlico

    8Jesus Cristo,o Vencedor

    Ressttrgiu dos mortos ao terceiro aia,subiu aos cus, est sentado mo direita de Deus Pai,

    Todo-Poderoso,de onde h de vir para julgar

    os vivos e os mortos.I Co 15.20-25

    Introduo

    As duas lies anteriores nos ensinaramque Jesus, quando assumiu a forma huma-na, veio com o propsito de sofrer e demorrer, em favor da humanidade. Os te-logos chamam a essa situao de estado dehumilhao do Senhor, porque, de fato, Elefoi, corno vimos, um verdadeiro Servo so-fredor, para nos redimir de nossos peca-dos. A presente lio visa a mostrar cincopontos referidos no Credo Apostlico, quemostram o estado de exaltao do Senhor:sua ressurreio, sua ascenso, sua glorifi-cao, sua segunda vinda e seu juzo sobrevivos emortos. Esses cinco aspectos salien-tam a Pessoa de Jesus como vencedor.

    I. Vitria Prevista eConquistada

    Alguns atletas concedem entrevistas an-tes de uma disputa garantindo a vitria.Mas, quando termina a peleja, saem decabea baixa, porque prometeram uma vi-tria que no conseguiram alcanar.

    Isso no aconteceu com Jesus. Ele pro-meteu vencer o maior dos adversrios, amorte (I Co 15.26). Em vrias ocasies, oSenhor garantiu que iria ressuscitar. Vejaisso, nos seguintes textos: Mc 14.28; Mt16.21; 17.22,23; Mt 20.18,19; Mc 8.31; 9.31;10.33,34; Lc 9.22; 18.31-33. Jesus predisse asua vitria sobre a morte, pela ressurrei-o, e a conseguiu, com o seu poder.

    Que Jesus ressuscitouno temos dvidanenhuma, embora alguns incrdulos quei-ram negar o acontecimento.

    Muitos textos bblicos falam desse even-to, como Mt28.1-10; Mc 16.1-13; Lc 24.1-49;Jo 20.1-21; 14.

    Paulo, em I Co 15, apresenta uma sriede testemunhas da ressurreio do Senhor,e afirma: Mas de fato Cristo ressuscitou dentreos mortos (v.20).

    Jesus confirmou a vitria que prometeu,e, por isso, pode ser chamado o grande Ven-cedor".

    II. A Glorificao doVencedor

    Todo campeo recebe prmios, elogios,fama e glria. Assim aconteceu com Pele,com Fittipaldi e outros grandes desportis-tas brasileiros. Todos os aplaudiram e ad-miraram. Mas, a glria que eles receberam terrena e passageira. Um dia, daqui amuitos anos, ningum mais se lembrardeles, somente os historiadores.

    Mas, Jesus foi o grande vencedor sobreo pecado, o diabo e a morte. Por essa razo,Ele foi glorificado para sempre tendo,como diz o Credo, subido aos cus, onde estsentado mo direita de Deus Pai, Todo-Pode-roso. A expresso: direita do Pai umafigura que representa a honra que Jesus re-cebeu. Era assim que os reis honravam osseus prediletos. A Bblia usa essa expres-

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  • Adolescentes Revista do Aluno

    so para mostrar que Cristo foi glorificado,depois de sua ressurreio (Rm 8.34; Mc16.19; At 7.56; 2.32,33; Hb 10.12; Ef 1.20,21).

    O apstolo Paulo, referindo-se a esseestado de glorificao de Jesus, disse: Peloque tambm Deus o exaltou sobremaneira e lhedeu o nome que esta acima de todo nome, paraque ao nome de Jesus se dobre todo joelho, noscus, na terra e debaixo da terra, e toda lnguaconfesse que Jesus Cristo o Senhor, para aglria de Deus Pai (Fp 2.9-11).

    III. A Volta do VencedorQuando os pracinhas brasileiros, em

    1945, voltaram da Itlia, onde haviammos-trado sua bravura vencendo diversas bata-lhas na Segunda Guerra Mundial/ o povofoi s ruas para os receber e aplaudir. Em1970, quando a seleo brasileira que haviaconquistado o Tricampeonato Mundial deFutebol, voltou do Mxico, as multidesafluram com bandeiras para aclam-lapois ela havia alcanado uma vitria cobi-ada por vrias naes do mundo. E, maisrecentemente, quando a seleo de vleiconquistou a medalha de ouro nos jogosolmpicos, milhares foram recepcion-lana sua volta ao Brasil. O regresso de umcampeo motivo de expectativa e de ale-gria para seus patrcios.

    Jesus Cristo o maior de todos os cam-pees. Venceu o pecado, o diabo e a morte.E, um dia, Ele voltar. Disso temos certeza,embora no saibamos o dia e a hora de seuregresso.

    Desta vez no vir para sofrer e morrer.Vir para reinar e julgar, conforme declarao Credo, em expresso baseada no ensinobblico At 1.11; I Ts 4.16; Ap 1.7; At10.37^2.

    As descries que a Bblia faz da vindade Jesus so maravilhosas. Ele nos convi-dar a entrar na posse do seu Reino. E osseus santos reinaro com Ele.

    Que coisa maravilhosa ser ver Jesus,pessoalmente, quando voltar, como o vi-ram Tiago, Pedro, Joo, Andr e os demaisdiscpulos!

    ConclusoNosso Senhor e Chefe no foi vencido

    pela morte. Ao contrrio, Ele se tornou umVencedor e, hoje, vivo, dirige espiritual-mente sua Igreja. Um dia vir assumir pes-soal e visivelmente essa direo. Nosabemos quando ser esse dia. Mas, quan-do Ele chegar trar alegria, paz, louvor eglria. Felizes aqueles que, aguardando asua segunda vinda, estiverem presentes naterra, quando Jesus voltar. Iro reinar comEle, com todos os salvos, para sempre.

    Pax Discutir1. Voc gosta de surpresas? Qual voc

    curtiu mais at agora?2. A volta de Cristo vai surpreender

    voc? Como?3.0 que est acontecendo com voc que

    no combina com a volta de Cristo?

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  • Srie "A Descoberta da F" O Credo Apostlico

    Creio noEsprito Santo

    Creio no Esprito SantoJoo 16.7-14

    Introduo

    Certa vez o apstolo Paulo passou pelacidade de Efeso, achou ali algumas pessoasque se diziam crists e lhes perguntou?Recebestes, porventura, o Esprito Santo, quan-do crestes? Voc sabe qual foi a respostadeles? Eles disseram: Pelo contrrio, nemmesmo ouvimos que existe o Esprito Santo.Voc pode acreditar que um crente nosaiba que existe o Esprito Santo? eviden-te que aquelas pessoas no eram crists defato. Ha viam recebido apenas o batismo deJoo/ antecessor de Jesus. Paulo lhes faloude Cristo e ento eles creram e receberamo batismo cristo e o Esprito Santo.

    No h cristo sem o Esprito Santo. Porisso podemos dizer: Creio no Esprito Santo!

    I. Quem Ele?Ns, os cristos, afirmamos, baseados

    na Bblia, que o Esprito Santo a TerceiraPessoa da Trindade. Com isso/ queremossignificar duas coisas muito importantes:

    a) O Esprito Santo Deus, Sua divindade uma doutrina exposta na Escritura Sagra-da. No inveno dos homens. Examineos seguintes textos/ para comprovar isso:

    Gn 1.2 Ele apresentado no ato daCriao. E este ato exclusivo de Deus.

    Rm 8.11 Paulo declara que o Espiritode Deus efetuou a ressurreio de Cristo eefetuar, tambm, a nossa, atos exclusivosde Deus.

    SI 139.7-12 declara que o Esprito deDeus onipresente/ isto , est presente emtoda a parte, ao mesmo tempo atributoexclusivo de Deus.

    At 5.3,4 Observe que Pedro disse aAnanias que este havia mentido ao Espri-to Santo. Depois, declarou que no fora ahomem mas a Deus que Ananias mentira.Isso prova que Pedro considerava o Esp-rito Santo divino.

    b) O Esprito Santo uma Pessoa. Pessoa o ser que tem razo/ vontade e emoo erealiza atos em coerncia com essas facul-dades. Vejamos algumas provas bblicasda personalidade do Esprito Santo:

    Atos 8.27 Ele tem vontade prpria.I Corntios 12.11 Toma decises por

    si mesmo.Neemias 9.20 e Joo 14.26 Ele ensina.Joo 16.13 e Atos 10.19 Ele fala e guia.Joo 16.14,15 e 16.8 Ele convence e

    argumenta.Efsios 4.30 Ele se entristece.Todas essas atitudes so de quem tem

    personalidade, pois s uma pessoa podeagir assim. Esses textos provam/ portanto,que o Esprito Santo uma pessoa.

    Se Ele Deus e pessoa, poderemosdizer, sem receio de errar/ que o EspritoSanto a Terceira Pessoa da Trindade.

    II. Sua FunoEm Hb 1.1/2, lemos que, no tempo do

    Antigo Testamento/ o Pai falava e agia di-retamente, atravs de homens que esco-lhia. Depois/ enviou o seu Filho, Jesus, quenos revelou a vontade e o amor de Deus.Por esse motivo, Ele foi chamado de Ema-

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  • Adolescentes Revista do Aluno

    nuel, que quer dizer Deus conosco (Mt 1.23).Antes de voltar aos cus, Jesus prometeuque enviaria o Esprito Santo (Joo 14.16/17,15/16). O Esprito Santo , pois, a Pessoada Trindade que atua diretamente sobre asmentes e os coraes dos homens. Ele Deus em ns.

    Com essa atribuio, Ele realiza vriasfunes, entre as quais poderemos desta-car as seguintes:

    Joo 16.7-12 A obra de convencer, deiluminar a mente e de esclarecer a verdade funo especfica do Esprito de Deus. EEle que prepara as mentes para a aceitaoda verdade.

    Lucas 12.12 Joo 14.26 A tarefa deinstruir e de ensinar queles que procuramunir-se a Jesus.

    I Joo 4.2 A misso de operar a con-verso do homem, reconhecendo a salva-o em Jesus.

    Romanos 8.16 A funo de testificarno corao crente a certeza de que ele filho de Deus.

    I Corntios 12.7-9 A distribuio dosdons espirituais para o exerccio do serviocristo.

    Joo 14.16; 16.7 A consolao doscrentes.

    Romanos 8.26 Ele nos orienta nomodo como devemos orar, iluminando-nos, de sorte que nossas oraes sejamaceitveis perante Deus.

    Outras funes so atribudas ao Espri-to Santo. Mas essas so suficientes paramostrar como Ele age em relao a ns.

    III. Ns e o Esprito SantoA santificao das almas tarefa do Es-

    prito de Deus (H Ts 2.13; I P 1.2). Quandoa pessoa se converte, o Esprito Santo nela

    se instala para realizar essa obra santa.Paulo mesmo diz que o Esprito Santo moraem ns I Co 3.16. Todo crente possui oEsprito de Deus, mas nem sempre a pes-soa d condies ao Esprito de se manifes-tar-atravs dela (ITs 5.19). Quando procu-ramos maior santificao de nossa vida edeixamos o Esprito agir em ns, ficamoscheios do Esprito Santo, conforme aconte-ceu com os cristos primitivos (At 6.3; 6.8;7.55).

    Essa plenitude do Esprito em nossavida depende de nossas condies espiri-tuais (Ef 5.18-21). No seria tmo que agente pudesse ter o poder dos apstolos ecristos primitivos, enchendo-nos do Esp-rito Santo? Voc no gostaria que issoacontecesse ern sua vida?

    ConclusoPara comear e para continuar, a vida

    crist depende inteiramente da presena eda ao do Esprito Santo. No devemosapenas crer nele mas tambm agradecer aDeus por essa ddiva. Ele a garantia deque vamos receber a herana que Cristonos prometeu (Ef 1.13,14).

    Pajra Discutir1. Algum pode ser cristo sem ter o

    Esprito Santo? Por qu?2. Quando ora ou estuda a Bblia, voc

    pede a iluminao do Esprito de Deus?Isso seria necessrio? Por qu?

    3. Como voc deve proceder para noentristecer o Esprito Santo?

    4. De acordo com Efsios 5.18-21, comodevemos proceder para alcanar a plenitu-de do Esprito?

    23

  • Srie "A Descoberta da F" Q Credo Apostlico

    10A S anta Igreja

    UniversalCreio na Santa Igreja Universal

    I Corntios 12.12-27

    Introduo

    Voc vai todos os domingos sua Igre-ja? Sua Igreja grande ou pequena?Vocacha gostoso ir sua Igreja? Voc tem ami-gos em sua Igreja? Voc acha bonita a suaIgreja? Sua Igreja animada? Ao respon-der a essas perguntas, que ideia voc temde igreja? H muita gente que confundeIgreja com o prdio. Ora/ o prdio o lugaronde se rene a Igreja; feito de pedra,tijolo, areia, cimento coisas materiais. Ea Igreja constituda de gente. Ela a reu-nio de pessoas salvas por Cristo, que seunem para o culto Santssima Trindade epara o servio a Jesus. A presente lio/lembrando uma das expresses do CredoApostlico/ ensina-nos algumas coisas im-portantes a respeito do conceito evangli-co de Igreja. Preste bem ateno nesseensino.

    L A Igreja S antaQuando a gente usa a palavra santo,

    vm-nos mente duas ideias populares:a) a de uma imagem de algum que foi

    canonizado pela Igreja Catlica Romana:Santo Antnio/ So Jorge/ So Benedito/etc./ aos quais e por intermdio dos quaisseus devotos fazem suas oraes. Ns no

    24

    aceitamos essa ideia/ pois ela contraria a leide Deus;

    b) a de pessoas perfeitas/ sem defeito,boazinhas. Alguns usam at o diminutivo santinho, com sentido irnico. A Bbliadiz que/ nesse sentido/ no existe um ho-mem sequer, pois todos pecaram e desti-tudos esto da glria de Deus (Rm3.10-12/23).

    O Credo usa a palavra santa com o seusignificado bblico. Santo tudo aquilo que separado por Deus e para Deus. Santoseram os utenslios separados para o cultoao Senhor; santos eram os alimentos quetinham essa finalidade; santos eram os queministravam no templo, pois eram separa-dos para esse mister. Quando afirmamosA Santa Igreja Universal, no Credo, estamosquerendo dizer com isso que existe nomundo inteiro um grupo de pessoas cha-madas, separadas e consagradas por Deuspara servi-lo. Veja essa ideia confirmadanos seguintes textos: Gl 1.13; Ef 3.21; Cl1.18; I Tm 3.15.

    Ento, a Igreja constituda de pessoasque resolveram consagrar sua vida a Deus;elas se separaram, em obedincia chama-da divina/ para viverem, de acordo com avontade de Deus. Essa separao no fsica e material/ mas espiritual. O crenteno se afasta fisicamente dos outros/ masprocura ser diferente em suas palavras eatitudes/ para que os outros percebam queele consagrado a Deus. Observe que Pau-lo tratava os irmos das Igrejas a que escre-via, chamando-os de santos. Leia isso em:Rm 1.7; I Co 1.2; U Co 1.1; Ef 1.1; Fp 1.1; Cl1.2.

    II. A Igreja UniversalNa introduo, ns falamos muito a res-

    peito da sua Igreja. uma forrna ntima denos referirmos ao grupo de pessoas que se

  • Adolescentes Revista do Aluno

    rene com voc para o culto a Deus e oservio cristo. Mas a sua Igreja urnaparcela da Igreja de Cristo. Quando Jesusdisse edificarei a minha Igreja, no se referias ao pequeno grupo do qual voc fazparte e muito menos a uma construo depedras e tijolos/ pois Ele no construiu ne-nhum edifcio. Estava falando do grupo depessoas que iriam crer nele, em todos ostempos.

    O judeu, de modo geral, cria que Deusera somente do seu povo, embora o AntigoTestamento ensine diferente.

    J no Cristianismo/ a ideia de um Deusque sobre todos se firmou desde o incio,mesmo entre os que vinham do judasmo.

    No existem barreiras de idade, sexo,raa, cor, condies sociais ou financeiras,ou limites geogrficos na Igreja de Cristo.Todos os que aceitam Jesus como seu Sal-vador pessoal so membros dessa Igreja.

    Jesus mesmo, quando mandou seus dis-cpulos pregar, enviou-os a todos os povos:Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho atoda crtuara (Mc 16.15). E quando disse queeles seriam testemunhas suas afirmou queo alcance dessa ao seria universal: tantoem Jerusalm, como em toaajudia e Samaria,e at aos confins da terra (At 1.8).

    As Igrejas locais e as organizaes cha-madas denominaes (como a IPB) so as-pectos eventuais da Igreja universal. Soimportantes historicamente, mas no de-vem sobrepor-se ideia de que a Igreja deCristo constituda de todos os que o acei-tam como Salvador pessoal, em todos oslugares e em todas as pocas e em todos osgrupos cristos.

    Antigamente se usava a expresso IgrejaCatlicano lugar de Igreja Universal, porqueCatlica queria dizer Universal. Depois apalavra catlica virou nome de uma seita, aRomana, e ns a abandonamos. Dizemos

    Igreja Universal. Mas no confundir com aIgreja Universal do Reino de Deus, do Bis-po Edir Macedo, que apenas mais umaseita.

    III. Seu Lugar na IgrejaVoc pertence Igreja Universal? Voc

    cristo? A resposta simples. Se voc crem Jesus e procura servi-lo seu discpulo.Leia o que o Senhor diz ern Joo 12.26. Masa Igreja Crist est espalhada pelo mundointeiro. Na sua cidade, no seu bairro, pertode sua casa, h uma Igreja local, que per-tence Igreja de Cristo. a sua Igreja. Todocristo deve estar ligado a uma comunida-de crist local que estuda e obedece a B-blia, que cultua a Deus, ministra ossacramentos e prega o Evangelho.

    ConclusoA Bblia diz que no devemos deixar de

    nos reunir (Hb 10.25). Precisamos do ensi-no, encorajamento e exortao que recebe-mos da comunidade local, bem corno dasoportunidades de trabalho que ela nos ofe-rece. nossa maneira visvel de participar-mos da Igreja Universal de Jesus, a IgrejaInvisvel.

    Para Discutir

    1. Voc j compareceu diante da comu-nidade para declarar sua f? Conte suaexperincia para a classe.

    2.0 que se pode fazer para tirar melhorproveito da igreja local?

    3. Como se pode ajudar mais a igrejalocal?

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  • Srie "A Descoberta da F" O Credo Apostlico

    11A Comunho

    dos SantosNa Comunho dos Santos

    I Joo 1.1-7

    Introduo

    Na lio passada, vimos qual a ideiabblica de santo, E todo aquele que foi se-parado por Deus e para Deus. E muitosemelhante ao conceito que temos de cren-te. A unidade do Credo Apostlico queiremos estudar nesta lio fala da Comu-nho dos Santos. Essa expresso resumeuma das mais claras doutrinas bblicas a de que existe real unio entre aqueles quecrem em Jesus Cristo como seu Salvadorpessoal. Os primeiros cristos viveram tounidos entre si que nenhum deles conside-rava coisa alguma propriamente sua/ mastinham tudo em comum. Veja o relato des-sa impressionante situao em At 2.42-47 e4.32-35. Hoje, talvez no possamos fazer amesma coisa, mas poderemos colaborarpara que haja cada vez maior unio entreos crentes.

    I. Fatores da Comunho

    Antes de qualquer palavra, convm ob-servar queh dois aspectos daunio crist:o orgnico e o espiritual. A unio orgnicasignifica a uniformidade em tudo: na litur-gia, na forma de governo, nas doutrinas,para a formao de uma superigreja. Aunio espiritual desejada por aqueles que

    consideram impraticvel a primeira, res-saltando que os cristos devem estar uni-dos naquilo que for essencial, deixando delado o que for secundrio. O importante que os irmos estejam unidos em torno denosso Senhor Jesus Cristo e no se hostili-zem por causa das suas diferenas.

    Vejamos, agora, quais os fatores queconcorrem para essa unio crist:

    a) A F em Jesus, como Salvador. Essa abase da comunho entre os crentes, que sesentem atrados, espiritualmente, entre si,porque nutrem a mesma f no Senhor queos salvou. muito significativa a expres-so de At 2.44: Todos os que creram estavamjuntos, e tinham tudo em comum. Aquelesque crem em Jesus procuram aproximar-se uns dos outros, para desfrutar a comu-nho crist.

    b) A aceitao da Bblia, como Palavra deDeus e nica regra de f e prtica. As doutri-nas essenciais, aceitas pelos cristos, estoexpostas na Escritura Sagrada, a Palavrade Deus. Esse fator essencial, pois que atravs da Bblia que Deus nos revela a suavontade e o seu amor para conosco.

    c) A prtica do amor, que se evidencia atra-vs do esprito de compreenso, de ajuda, defidelidade, Joo disse que uma das provasde que amamos a Deus o amor que temospelos nossos irmos (I Joo 4.7,8,11,16,20,21).

    d) A comunho com Deus. Nos textos ci-tados acima evidencia-se que a comunhoentre os irmos depende de sua comunhocom Deus. Se todos estiverem ligados aJesus, estaro unidos entre si, assim comoos pontos da circunferncia esto ligadosentre si porque tm o mesmo centro.

    Resumindo, poderemos dizer, que o ele-mento de ligao entre os crentes a sua fem Cristo como Salvador, que os leva amanter comunho uns com os outros.

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  • Adolescentes Revista do Aluno

    II. Consequncias daComunho

    A unio entre os cristos, mediante acomunho espiritual entre eles, resulta emvrios benefcios para o indivduo e paracomunidade. Entre esses benefcios, pode-remos ressaltar:

    a) Ambiente favorvel ao desenvolvimentoespiritual. Onde existe esprito de unio/ hpaz/ h alegria, h harmonia/ h amor/alm de outras consequncias que concor-rem para o nosso bem-estar.

    b) Louvor de Deus. Quando os irmosvivem em harmonia, beneficiam-se comisso/ e concorrem para a maior glria deDeus, pois/ como disse Jesus, os homensglorificam a Deus/ quando seus filhos vi-vem como verdadeiros cristos (MtS.16).

    c) Evangelizao. Uma das mais eficien-tes formas de atrair pecadores a Jesus lev-los a ter contato com irmos que vi-vam em perfeita harmonia espiritual.

    d) Progresso da Igreja. Onde existe comu-nho, h ordem, h paz/ santificao, lou-vor de Deus/ paixo pelas almas e,conseqiientemente, h ambiente propciopara o desenvolvimento da Igreja.

    Voc poderia acrescentar outros benef-cios que so consequncia de uma comu-nho real e sincera entre os irmos?

    Concluso

    Temos algo em comum/ como cristos.No podemos permitir que diferenas deopinies ou preferncias nos afastem, quersejamos da mesma denominao ou de de-nominaes diferentes. Nossa unidade vailevar muita gente a crer em Jesus (Jo17.20,21).

    Para Discutir1.0 que podemos fazer para evitar uma

    vida denominacional sectria, sem contatocom outros grupos cristos?

    2. Que atividades podemos planejarcom os adolescentes de outras denomina-es?

    3. Que tipo de doutrina, prtica ou pre-ferncia tem causado mais diviso entre oscrentes? Como reagir a isso?

    4. O que nossa denominao podeaprender com outras? Especifique.

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  • Srie "A Descoberta da F" O Credo Apostlico

    12A Remissodos Pecados

    Creio na remisso dos pecadosHebreus 10.12-18

    Introduo

    A expresso estudada hoje usa uma pa-lavra que precisa ser explicada no seu sen-tido bblico para que voc possa entenderbera o ensino contido naquela parte doCredo. a palavra remisso. O que ela sig-nifica? Remisso o ato de adquirir denovo; de indenizar prejuzos; de livrar/ me-diante compra/ algum do cativeiro; tornara alcanar um direito; pagar uma dvidaprpria ou de outra pessoa. O Credo Apos-tlico/ nessa expresso/ lembra a doutrinabblica de que os nossos pecados/ que cons-tituram uma dvida para com Deus/ foramremidos/ resgatados/ pagos pelo SenhorJesus/ emnosso favor/ ficando ns/ em con-sequncia/ livres dessa dvida/ ou seja/ li-vres da culpa do pecado.

    L Base Bblica

    Na lei mosaica havia prescries diver-sas para resgate ou remisso de proprieda-des/ coisas e pessoas. Por exemplo:remisso de terras e casas (L v 25.2S/24/29)/de um prprio israelita (Lc 25.47-49). Ob-serve que/ neste caso/ a remisso era efe-tuada por um parente prximo/ j que apessoa no tinha/ em geral/ condies paraa sua prpria remisso. No ritual do culto

    do Antigo Testamento havia um grandenmero de prescries relacionadas com aexpiao ou remisso dos pecados/ para oque a pessoa tinha de trazer algum animal/que era oferecido em seu lugar.

    Para o resgate da prpria vida/ a pessoatinha de oferecer alguma compensao emdinheiro (x21.30; 30.12).

    No Novo Testamento/ Jesus apresen-tado como aquele que deu sua vida emresgate por muitos (Mt 20.18; Mc 10.45; ITm 2.6; Rm 3.24; I Co 1.30).

    Todos ns estvamos escravizados aopecado e ao diabo. Cristo nos remiu/ pa-gando o preo devido/ para essa remisso o seu precioso sangue (Mt 26.28; Ef 1.7;Cl 1.14).

    O sacrifcio que Cristo eferuou na cruz/em nosso lugar/ trouxe-nos a remisso denossos pecados. Portanto/ a remisso denossos pecados foi um ato que Cristo efe-ruou/ ao oferecer a sua prpria vida/ emnosso resgate.

    II. Os Benefcios daRemisso

    Ao efetuar a remisso de nossos peca-dos Jesus Cristo nos conseguiu muitos be-nefcios/ entre os quais poderemosenumerar:

    a) Perdo dos pecados uma vez queCristo nos livrou da dvida de nossos pe-cados/ obteve/ por ns e para ns/ o perdodos pecados. E uma das grandes aspira-es do homem/ que tem a conscincia deseus pecados/ sab-los perdoados inteira-mente.

    b) Liberdade. O pecado acorrenta a pes-soa ao diabo/ ao medo e morte. Com oresgate efetuado por Cristo/ ficamos livresdessas cadeias/ pois nenhum desses males

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  • Adolescentes Revista do Aluno

    ter poder sobre ns. Leia o que diz a esserespeito Hb 2.14/15.

    c) Paz. uma consequncia natural doperdo e da liberdade. Aquele que salvopor Jesus goza real paz interior, emborapossa viver uma vida exterior de sobressal-tos e perigos.

    d) Vida Eterna. Se Jesus nos livrou damorte, deu-nos/ em decorrncia disso, odireito de alcanarmos a vida eterna. ABblia est repleta de textos que ensinamque aquele que cr em Cristo tem a vidaeterna. Voc deve lembrar-se de algunsdeles.

    III. Como Obter a RemissoPor mritos pessoais ningum alcana a

    remisso dos prprios pecados, j que es-tes constituem uma dvida humanamenteimpagvel.

    A remisso dos nossos pecados foi al-canada por Cristo/ com a obra expiatriaque realizou na cruz em nosso favor.

    Se j no existe mais sobre ns a culpado pecado, pois j foi remida por Jesus,ento temos a certeza de que iremos curtira vida eterna com Deus.

    ConclusoComo voc pode perceber/ pelo estudo

    feito acima, esta uma das mais conforta-doras doutrinas da Bblia Sagrada. Da pr-xima vez em que voc recitar o Credo/ ao

    chegar a este trecho creio na remisso aospecados, lembre-se destes fatos e d graasa Deus por seu Filho Jesus que nos alcan-ou a plena remisso dos pecados.

    Para recebermos essa bno precisa-mos aceitar/ pela f/ a obra que o Senhorrealizou em nosso favor.

    Essa remisso de pecados individual.Ningum a pode obter para outra pessoa.Ela dada naturalmente, atravs da justi-ficao daqueles que crem em Jesus/como seu Salvador.

    Todo aquele que reconhece a Jesuscomo Senhor e Salvador tem a certeza daremisso de seus pecados.

    Em consequncia/ todo aquele que foisalvo em Jesus deve viver tranquilo/ saben-do que est livre da culpa de seus pecados.

    Paia Discutir

    1. O que a gente pode fazer para evitaro pecado?

    2. Quanto tempo voc leva para pedirperdo a Deus, depois de haver pecado?

    3. Alguma vez voc j ficou com a im-presso de que pediu perdo mas Deusno o perdoou? Por qu?

    4. Alguma vez Deus vai deixar de nosperdoar? Quando? Por qu?

    5. O que acontece quando a gente nobusca o perdo de Deus?

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  • Srie uA Descoberta da F" O Credo Apostlico

    13A VidaEternaCreio na vida eternaApocalipse 21.1-7

    Introduo

    Chegamos ao final do trimestre e aoestudo da ltima expresso do Credo dosApstolos Creio na vida eterna. E bastanteexpressivo que o Credo termine com a de-clarao de f numa vida que no ter fim.

    Para voc/ jovem/ que est no incio deuma vida, cheio de energia/ vigor e sade/talvez no parea haver interesse em falarde uma vida futura. Mas/ como cristo/voc precisa conhecer o ensino bblico arespeito da vida eterna/ pois uma dasmais confortadoras doutrinas bblicas. Ou-tra coisa importante que voc precisa saber que a vida eterna comea aqui/ e voc jpoder viv-la/ agora/ na sua juventude.

    Acompanhe este estudo com ateno eestar encerrando esta srie de lies como ensino de uma das principais doutrinascrists.

    L Quando Comea?De uma coisa todos ns ternos a certeza

    a vida eterna no ter fim. Mas... quan-do ela comea para ns/ homens mortais?

    Em Joo 3.36, o Senhor diz/ claramente:Quem cr no Filho tem a vida eterna. Em Joo5.24/ Ele declarou: Quem ouve a minha pala-

    vra e cr naquele que me enviouf tem a vidaeterna. Em Joo 6,17, h esta declaraocategrica: Quem cr, tem a vida eterna. Leiao que dizlJoo 5.11/12: E o testemunho este,que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida estno seu filho; aquele que tem o Filho tem a vida;aquele que no tem o Filho de Deus no tem avida. Logo depois/ ele diz: Estas coisas vosescrevi a fim de saberdes qte tendes a vidaeterna, a vs outros que credes em o nome doFilho de Deus (v. 13).

    Fizemos essas citaes/ para provar/ bi-blicamente, que a vida eterna comea nomomento em que a pessoa passa a crer emJesus corno seu Salvador pessoal. Quandoalgum se une a Jesus recebe a vida que Elelhe d/ e como a vida de Jesus eterna/ oconvertido recebe a vida eterna, que passaa curtir, j, neste mundo. Falando a esserespeito/ Jesus disse: Eu lhes dou a vida eter-na (Jo 10.28).

    A vida eterna comea quando, aceitan-do a Jesus como nosso Salvador/ crendonele/ recebemos a sua prpria vida, que Eletransmite aos que crem no seu nome.

    II. Como Essa Vida?Jesus Cristo explicou que vida eterna

    intimidade com Deus. Leia Joo 17.3. Cris-to fala de conhecer a Deus e a ele mesmo,Jesus. E esse conhecer da Bblia no conhe-cer de vista ou conhecer de ouvir falar, E co-nhecer de verdade. ser ntimo da pessoa. Ese abrir com a pessoa e contar os detalhesmais secretos da vida. E no escondernada. tambm curtir quando a outra pes-soa est perto e sentir falta quando estlonge. no magoar essa pessoa jamaissem tambm sofrer.

    Agora, aplique tudo isso ao seu relacio-namento com Deus. Confiando em Cristoa gente pode curtir Deus assim.

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  • Adolescentes Revista do Aluno

    III. Como Ser Essa Vida?

    Mesmo assim nossa relao com Deusvai ser limitada porque ns somos limita-dos. Como ser quando estivermos naeternidade?

    A Bblia nos revela alguma coisa sobre avida futura/ assim mesmo usando lingua-gem figurada, pois ns s podemos enten-der aquilo que estiver dentro de nossaexperincia.

    As experincias da vida futura diferem/em grau e qualidade/ das que temos atual-mente. Por isso no existem/ na linguagemhumana/ palavras que possam expressaras realidades e as belezas da vida eterna.Quando teve o privilgio de uma viso docu/ conforme disse em n Co 12 A, Paulo foiarrebatado ao paraso e ouviu palavras inef-veis, as quais no lcito ao homem rejrir.

    O apstolo Joo teve uma viso do cu/que procurou descrever/ no livro do Apo-calipse. Mas ele teve de usar inmeras fi-guras e representaes para podercomunicar o que vira e ouvira no cu.

    Podemos dizer/ contudo/ que o cu noter os aspectos desagradveis e negativosda vida presente: dor/ doena, sofrimento,pecado/ tentao, morte/ lgrimas, etc. Aausncia de tudo isso j ser uma grandebno.

    Por outro lado, a vida eterna possuirtudo aquilo que torna plena e feliz a vida:santidade/ pureza, felicidade/ etc.

    A maior bno, todavia, ser a presen-a eterna de Deus, e do seu Filho, e doEsprito Santo (Ap 21.3).

    Realmente/ a vida eterna a maior emais importante aspirao que o homemtem.

    ConclusoPara encerrar/ duas observaes impor-

    tantes: 1) A vida eterna dom gratuito de Deus(Rm 6.23). Ningum a merece. Ela confe-rida a todo aquele que se une a Cristo,mediante a f, aceitando-o como seu Salva-dor pessoal. 2) Por essa razo, o crente tem acerteza da Vida Eterna, garantida pelo prprioJesus.

    E agora/ uma pergunta para voc res-ponder sinceramente: Voc j est curtindoa vida eterna?

    Para Discutir1. Voc sente falta de ficar sozinho(a)

    com Deus, lendo a Bblia e orando?2. Que assuntos voc no conversa com

    Deus? Por qu?3. Como voc reage quando algum faz

    piada com Deus?4.0 que voc sabe sobre Deus agora que

    no sabia h um ms atrs?5. Voc fica embaraado para conversar

    sobre Jesus com a turma da escola? Porqu?

    6. Que diferena faz para voc saber quevai para o Cu?

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  • O CREDO