o estado verde - edição 22348 - 23 de setembro de 2014

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ANO VI - EDIÇÃO N o 356 FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Terça-feira, 23 de setembro de 2014 AGENDA GLOBAL 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU Chefes de Estado e de Governo debatem uma agenda de desenvolvimento pós-2015 na sede das Nações Unidas, em Nova York. No centro das discussões, o clima. Como já é tradição, o Caderno O Estado Verde faz a primeira entrevista da série que publicará com os candidatos ao cargo de Governador do Estado. Começamos com o representante do Psol, Ailton Lopes. Págs. 3 e 12 ENTREVISTA FOTO: BETHE DREHER Págs. 6 e 7 DIREITO Lei Estadual de Combate a Desertificação Quem afirma é o jornalista e especialista em legislação ambiental, Barros Alves, em sua coluna semanal no Estado Verde. Pág. 4 A prioridade do partido é propor outro modelo econômico de desenvolvimento DIVULGAÇÃO

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Jornal O Estado (Ceará)

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Page 1: O Estado Verde - Edição 22348 - 23 de setembro de 2014

ANO VI - EDIÇÃO No 356FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL

Terça-feira, 23 de setembro de 2014

AGENDA GLOBAL 69ª sessão da Assembleia Geral da ONUChefes de Estado e de Governo d e b ate m u m a a g e n d a d e desenvolvimento pós-2015 na sede das Nações Unidas, em Nova York. No centro das discussões, o clima.

Como já é tradição, o Caderno O Estado Verde faz a primeira entrevista da série que publicará com os candidatos ao cargo de Governador do Estado. Começamos com o representante do Psol, Ailton Lopes.

Págs. 3 e 12

ENTREVISTA

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REHE

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Págs. 6 e 7

DIREITOLei Estadual de Combate a DesertificaçãoQuem afirma é o jornalistae especialista em legislaçãoambiental, Barros Alves, em sua coluna semanal no Estado Verde.

Pág. 4

A prioridade do partido é propor outro modelo econômico de desenvolvimento

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Page 2: O Estado Verde - Edição 22348 - 23 de setembro de 2014

O “Verde” é uma iniciativa para fomentar o desenvolvimento sustentável do Instituto Venelouis Xavier Pereira com o apoio do jornal O Estado. EDITORA: Tarcília Rego. CONTEÚDO: Equipe “Verde”. DIAGRAMAÇÃO E DESIGN: Wevertghom B. Bastos. MARKETING: Pedro Paulo Rego. JORNALISTA: Sheryda Lopes. TELEFONE: 3033.7500 / 8844.6873Verde

TARCILIA [email protected]

DIA DO IDOSO SEM REMÉDIOO Estatuto do Idoso em seu artigo se-

gundo, diz que o “idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da pro-teção integral de que trata esta Lei, as-segurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facili-dades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade”. Mas não é que acontece no Ceará.

Vem aí, 1o de outubro, o Dia do Ido-so e um signifi cativo número de parti-cipantes do programa de atendimen-to no Centro de Atenção ao Idoso do Hospital Walter Cantídio da UFC, por-tadores de Mal de Alzheimer, possivel-mente, passarão o dia que lhes é de-dicado sem poder ingerir a substância donepezila (Eranz), importante e caro remédio que alivia o avanço da nefasta demência. A Secretaria de Saúde do Estado não está entregando quantida-de sufi ciente do medicamento, segun-do informou um dos funcionários da farmácia daquele hospital, sexta-feira, 19, quando estive lá.

Existem várias leis que protegem os ido-sos de maus-tratos, mas eu não conheço nenhuma que os protejam do descaso do poder público, a exemplo da falta de medicamentos. É preciso, urgentemente,

pensar como resolver a questão. A falta do remédio indica a falta de comprometi-mento por parte do Governo em atender um direito adquirido pelo cidadão idoso, demonstra o desrespeito e a falta de cui-dado para com os mais velhos, além de revelar (o que não é novidade) a incapa-cidade do Sistema Único de Saúde, em atender à população.

CONFERÊNCIA ETHOS Com concepção e conceito inova-

dores, começa hoje, em São Paulo, a Conferência Ethos 2014. O economista Pavan Sukhdev confi rmou presença, ele fi cou conhecido em todo o mundo de-pois de aceitar o desafi o de calcular o valor da biodiversidade global.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL A Ecofor Ambiental realiza ações de

Educação Ambiental nas escolas de Fortaleza. Até o mês de novembro, 25 escolas serão visitadas e mais de dez mil crianças, do 1o ao 5o ano escolar, serão alcançadas pelo Programa Eco-cidadão. Ontem (22), o Colégio Frei Tito de Alencar Lima, na Praia do Futuro, re-cebeu a visita da equipe do programa, hoje (23), é a vez do Colégio Madre Te-resa de Calcutá, em Messejana.

REFLEXÃO: “Tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles, de alguma forma, já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário.” Steve Jobs.

Na Rússia uma “justiceira do lixo” está em ação. Trata-se de uma motoqueira que fi ca parada em pontos específi cos, esperando que algum motorista, inade-quadamente, descarte resíduos pela janela do carro. Atenta, a justiceira recolhe o lixo jogado, liga a moto e vai atrás do carro e devolve ao motorista o seu “perten-ce”. A ação foi registrada em um vídeo publicado no YouTube, no último dia 15/09, e dois dias após a publicação, já soma quase 6,5 milhões de visualizações. Confi -ra o vídeo, vale a pena: http://www.youtube.com/watch?v=Xbs6eMxa5ds.

Em Fortaleza, o programa da Coelce, que propõe a troca de material reciclável por bônus na fatura de energia, totalizou, no último mês de agosto, a marca de uma tonelada de pilhas arrecadadas. O destaque da informação é que o cliente não é contemplando com o bônus Ecoelce quando segrega esse tipo de resíduo, como acontece como acontece, por exemplo, com o PET. Mesmo assim, grande parte da população cearense destina o perigoso resíduo ao programa. Como afi rma o responsável pela área de efi ciência energética da Coelce, Odailton Arruda, o resul-tado “mostra que as pessoas não estão preocupadas somente com o desconto na conta de energia”. Realmente, uma boa notícia, o meio ambiente agradece.

LIXO...

Coluna Verde

2 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de setembro de 2014

VERDE

DE18 A 25 DE SETEMBROSEMANA NACIONAL DO TRÂNSITO 2014

• Tema: “A Cidade para as pessoas: proteção e prioridade para o pedestre.”

23 DE SETEMBROPRIMAVERA 2014

• “O Céu está tão lindo!” É Primavera, a estação que fi ca entre o inverno e o verão e que começa hoje no Brasil. É um tempo onde o colorido das fl ores desabrocha nos jardins e nas fl orestas, os dias são mais longos e a temperatura fi ca mais elevada do que no inverno.

Segundo o IBGE, em países tropicais como o Brasil, a Primavera não altera muito o clima quando comparada ao Inverno, principalmente, se ele não tiver sido muito rigoroso.

25 DE SETEMBRODIA DO RÁDIO

• Em 25 de setembro comemora-se o Rádio. Neste dia nasceu Roquete Pin-to, considerado o “Pai do Rádio Brasileiro”. Para lembrar o Dia do Rádio a Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará, realiza, desde ontem (22), a VII Exposição Temática sobre o Rádio, na Casa de Juvenal Galeno que fi ca na Rua General Sampaio, 1128, Centro. A mostra que é aberta ao público, termina dia 29. Mais informações no blog radiouvintes. blogspot.com.

DIA 28 DE SETEMBRODIA DO SORVETE

• A data coincide com a fundação da Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete (Abis) em 2002 e também com a data que todos os comerciantes que trabalham com sorvete comemoram: a chegada da Primavera, que nos aproxi-ma do Verão em nosso País.

30 DE SETEMBROPRÊMIO MOBILIDADE URBANA

• As inscrições para o Prêmio Mobilidade estarão abertas até o dia 30. Lançada pelo Instituto Cidade em Movimento (Institut pour la Ville en Mou-vement, IVM, sigla em francês), a premiação contempla qualquer ação cau-sadora de impacto positivo na mobilidade urbana, independentemente do porte. Podem participar – ou serem indicadas - pessoas físicas, associações de bairro, institutos, ONGs, empresas, poder público e outras organizações que tenham implementado uma forma inovadora em benefício da qualidade de vida e da mobilidade da Cidade. Mais informações: www.cidadeemmovi-mento.org/premiomobilidademinuto.

Leia mais sobre a agenda na página 4.

AGENDA VERDE

Page 3: O Estado Verde - Edição 22348 - 23 de setembro de 2014

POR TARCILIA [email protected]

A sexagésima nona sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas já começou. A agen-da da cimeira, presidida pelo

diplomata do Uganda, Sam Kahamba Kutesa, é composta por 177 pontos, no foco das discussões: a Agenda Glo-bal de Desenvolvimento Pós-2015 e as Mudanças Climáticas. Os debates de alto nível sobre política geral, no âmbito da sessão da Assembleia Ge-ral que contará com a presença de 144 chefes de Estado e de Governo, será inaugurada amanhã (24) e termina dia 30 de setembro. Seguindo a tradição, o Brasil abrirá o debate geral.

TEMA“Entregar e implementar uma agen-

da de desenvolvimento pós-2015, transformadora”, é o tema central das discussões que já começaram duran-te a semana inicial de deliberações ocorrida ente os dias 16 e 21. A partir amanhã (24), as autoridades dos 193 Países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), poderão fazer suas deliberações sobre várias ques-tões preeminentes do mundo como a paz e a segurança internacionais, a

promoção dos direitos humanos, o desarmamento, o controle de drogas, a prevenção da criminalidade e a luta contra o terrorismo internacional.

AGENDA PÓS-2015Seguindo o costume, o presidente da

Assembleia Geral abriu a primeira reu-nião plenária do dia 16 de setembro. Em seu primeiro discurso, Sam Kaham-ba Kutesa enfatizou que o momento é fundamental e histórico para construir uma agenda pós-2015 que traga resul-tados concretos e a melhoria na vida de todas as pessoas através do crescimento econômico sustentável e inclusivo. “A lista é longa como a pobreza e a fome desafi antes; o desemprego persistente; os confl itos armados violentos; os siste-mas de ensino inconstantes; a mudança climática e o aumento do nível do mar; e a infraestrutura inadequada”, disse.

Na ocasião, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, ressaltou que “há muitas razões para estarmos preocupados com a atual situação do mundo. Mas tam-bém, há muitas razões para termos es-perança”. Ele exortou aos chefes de Go-verno e de Estado de todo o planeta que aproveitem a oportunidade e apresen-tem, durante a Sessão, as oportunidades e soluções encontradas para os desafi os enfrentados pela humanidade.

OS TRÊS GRANDES Ontem (22) já foram inaugurados os

eventos de grande visibilidade: a Con-ferência Mundial sobre os Povos Indí-genas; a Sessão Especial da Assembleia Geral de Seguimento da Conferência In-ternacional sobre População e Desenvol-vimento e a Cúpula do Clima 2014 – uma iniciativa do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon e reunirá os países mem-bros. Todos estes eventos acontecem na sede das Nações Unidas em Nova York.

A Assembleia reuniu-se ontem, tam-bém, numa sessão especial para ava-liar os progressos feitos nos últimos 20 anos na implementação do Programa de Ação para o progresso social e econô-mico acordado na decisiva Conferência Internacional sobre a População e De-senvolvimento, realizada no Cairo, em 1994, e renovar o apoio político para al-cançar esses objetivos “depois de 2014”.

Hoje termina a primeira Conferên-cia Mundial sobre os Povos Indígenas, uma reunião plenária de alto nível que tem como objetivo chamar a atenção para os problemas enfrentados pelos povos indígenas e partilhar as melho-res práticas para concretizarem os seus direitos segundo os objetivos defi nidos na Declaração das Nações Unidas so-bre os Direitos dos Povos Indígenas e em outros instrumentos.

CIMEIRA DO CLIMAPara quem está de olho no tema

Mudanças Climáticas, o evento mais importante da semana, talvez, mais importante do que o Debate Geral de amanhã, é, sem dúvidas, a Cimeira so-bre o Clima 2014, que acontece hoje. O secretário geral Ban Ki-moon, convo-cou a reunião com líderes dos gover-nos, negócios e sociedade civil com o objetivo de mobilizar a vontade polí-tica e catalisar ações ambiciosas sobre as alterações climáticas, uma oportuni-dade para combater o que ele descreve como “o problema dos nossos tempos”.

A ASSEMBLEIA Criada em 1945, no âmbito da Carta

das Nações Unidas, a Assembleia Ge-ral ocupa uma posição central como órgão supremo deliberativo, respon-sável pela elaboração de políticas e de representação das Nações Unidas. Composta por todos os 193 membros das Nações Unidas, proporciona um fórum único para o debate multila-teral do espectro total das questões internacionais abrangidas pela Carta (http://www.un.org/en/documents/ charter/index.shtml). A Assembleia reúne-se de forma regular de Setem-bro a Dezembro todos os anos, e de-pois conforme necessário.

3FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de setembro de 2014

VERDE

Começa a 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU

AGENDA GLOBAL

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4 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de setembro de 2014

VERDE

O prefeito de Fortaleza, Ro-berto Claudio, encaminhou para a Câmara Municipal projeto que visa alteração da

Lei no 9.501, de 1o de outubro de 2009, e que dispõe sobre a instituição, orga-nização, atribuições e funcionamento do Conselho Municipal de Política Cul-tural, previsto pelo artigo 285 da Lei Orgânica do Município de Fortaleza, criado pela Lei Complementar no 54, de 20 de dezembro de 2007.

O projeto de Lei é fruto das reivindica-ções do Conselho Municipal de Política Cultural, que desenvolveu o projeto em colaboração com a Secretária Municipal de Cultural. Dentre as diversas altera-ções, destaca-se a ampliação do Conse-lho, que passará a ser composto por 52 membros com seus respectivos suplen-tes, recrutados dentre representantes do poder público e da sociedade civil, garantindo paridade entre si. Atualmen-te, o Conselho conta com 42 membros.

Outro destaque é a alteração do arti-go 5o, que prevê dois representantes da linguagem Cultura Tradicional Popular, sendo um representante da Comissão Cearense de Folclore e um do Fórum Te-mático de Cultura do Orçamento Partici-pativo, além de um representante de cada uma das sete regionais de Fortaleza. As linguagens Humor, Moda e Mídia Digital também passarão a ter representantes no Conselho, caso a Lei seja aprovada.

Por fi m, é prevista a alteração do ar-

tigo 9º, que diz respeito à presença dos Conselheiros nas plenárias. A nova Lei prevê que o quórum mínimo de delibe-ração passa a ser de 1/3 da presença dos Conselheiros, ao invés de 1/2, facilitan-do assim a realização de reuniões com o poder de deliberação.

“As mudanças na composição do CMPC são um avanço na medida em que agregam maior representatividade e participação ao Conselho e, consequen-temente, à política cultural desenvolvi-da em Fortaleza. Os novos membros, que agora passam a ter direito de voz e voto e de regularizem seus fóruns, são de extrema importância para a vida cul-tural da nossa cidade e têm muito a con-tribuir com as discussões do CPMC nos próximos anos”, acredita o secretário de Cultura de Fortaleza, Magela Lima.

“A aprovação da Lei irá fortalecer o Conselho, que atualmente conta com uma estrutura em defasagem. Podere-mos contar com uma presença maior de conselheiros e do poder público, o que evitará a atual difi culdade de quórum. Com a modifi cação, teremos também estrutura mais simplifi cada, efi ciente, o que irá contribuir na aceleração dos processos, como por exemplo, a consti-tuição do Fundo Municipal de Cultura, uma outra lei importante”, frisa o secre-tário geral do Conselheiro Municipal de Políticas Culturais, Thalles da Silva.

Fonte: Assessoria de Comunicação - Secultfor

Prefeito envia a Câmara projeto que altera o Conselho Municipal de Política Cultural

FORTALEZA

JORNALISTA E ESCRITOR

ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA

A lei de Lula Morais é bem elabo-rada. Se os organismos que cuidam da área ambiental se dispusessem a empreender uma ação de enfren-tamento permanente mais incisiva e qualifi cada contra a desertifi cação, o dispositivo legal em apreço assenta as bases para esta ação. O diploma lista de forma bem clara os caminhos e determinantes que se obedecidos e executados devidamente possibilitam o combate decisivo ao processo de desertifi cação que já afeta extensas regiões do Ceará.

CAUSAS DA DESERTIFICAÇÃOAo justifi car a importância de sua pro-

positura, o deputado Lula Morais lem-brou que “as áreas do País suscetíveis de desertifi cação, as quais se enqua-dram na Convenção das Nações Uni-das para o Combate à Desertifi cação, ocupam uma área total de 980.711,58 km2, o que representa 11,5% do ter-ritório nacional.” Ele listou vários fato-res que causadores do problema, tais como o desmatamento abusivo que compromete a biodiversidade e facili-ta a erosão do solo; o uso intensivo do solo que fi ca sem descanso e sem a devida conservação compromete ine-

xoravelmente a produtividade; a irrigação mal conduzida provoca a salinização dos solos, inviabilizando algumas áreas e alguns perímetros irri-gados do semiárido”, entre outros. CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS

O deputado Lula Morais chama a atenção para o fato de que, “além de serem correlacionados, esses problemas desencadeiam outros, de extrema gravidade para a região. É o caso do assoreamento de cur-sos d’água e reservatórios, provo-cado pela erosão, que, por sua vez, é desencadeada pelo desmatamen-to e por atividades econômicas de-senvolvidas sem cuidados com o meio ambiente. Em decorrência da degradação ambiental, os proble-mas econômicos crescem, princi-palmente, no setor agrícola, com o comprometimento da produção de alimentos, além do custo quase in-calculável de recuperação da capa-cidade produtiva de extensas áreas agrícolas e da extinção de espécies nativas.” A lei aqui referida pode ser lida na íntegra no seguinte link:

http://www2.al.ce.gov.br/legislati-vo/proposicoes/ver.php?nome=27_l e g i s l a t u r a & t a b e l a = p r o j e t o _lei&codigo=123

LEI ESTADUAL COMBATE A DESERTIFICAÇÃONo árido deserto em que tornou-se o Poder Legislativo cearense, carente de

boas proposituras, aqui e acolá aparece um projeto de relevo que merece maior atenção. Um deles é uma propositura que se tornou lei, de autoria do deputado co-munista Lula Morais. Foi apresentado uma primeira vez e não foi aprovado. Numa segunda tentativa, o parlamentar conseguiu convencer seus colegas, para a importância da matéria. Trata--se, com efeito, de uma iniciativa valiosa porque defi ne um mecanismo legal para a conserva-ção do ambiente, uma vez que o legislador institui a política estadual de combate à de-sertifi cação no Ceará, a estas alturas deve-ras carente de uma ação institucional fi rme neste sentido. Todavia, já se passaram mais de cinco anos que este projeto foi transfor-mado em lei, mas, ao que parece, as ações governamentais ainda são muito tênues para pelo menos amainar tão grave problema.

Page 5: O Estado Verde - Edição 22348 - 23 de setembro de 2014

Estamos em plena Semana Nacional do Trânsito 2014. Dando prosseguimento às atividades socioeducativas

inseridas na programação da Semana, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Autarquia Municipal de Trânsi-to, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), promove, hoje e amanhã (24), a campanha educativa “Dê passagem para a vida”, nos terminais da Mes-sejana e Parangaba, respectivamente. Durante os horários de pico, entre 6h30 e 8h, educadores de trânsito e fiscais da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) farão abordagens com passageiros a fim de orientá-los acerca da travessia segura pela faixa de pedestres.

Além da ação de respeito ao pedestre, a Unidade Móvel da AMC disponibili-zará à população o serviço de creden-ciamento de idosos e defi cientes para a utilização de vagas especiais de esta-cionamento. Até a próxima sexta-feira (26/09), os interessados poderão se credenciar, de 7 às 17h, na Praça dos Estressados, situada na Avenida Beira Mar. A credencial será emitida na hora, podendo ser utilizada imediatamente em qualquer veículo que o credenciado esteja trafegando.

Para se cadastrar, a pessoa com defi-ciência precisa ter em mãos os seguin-tes documentos: fotocópia do laudo ou atestado médico atestando a deficiên-cia, fotocópia do RG, fotocópia do CPF e fotocópia do comprovante de resi-dência: água, luz ou telefone. No caso de menores de idade, é necessário acrescentar a fotocópia do documen-to do responsável. O idoso precisa dos mesmos documentos, com exceção do laudo médico. A programação das atividades educativas será encerrada quinta-feira (25/09) com ação para

motociclista na Av. Presidente Castelo Branco, de 15 às 17 horas, ao lado da Marinha. Durante a mobilização, edu-cadores de trânsito fornecerão dicas sobre medidas preventivas para um tráfego seguro e responsável.

SEMANA NACIONALGarantida na Lei 9.503, de

23/09/1997, do Código de Trânsito Brasileiro, a semana sempre aconte-ce entre os dias 18 e 25 de setembro. O objetivo é conscientizar a sociedade sobre a valorização da vida. Com o foco de conscientizar a sociedade sobre a garantia do direito de ir e vir dos cida-dãos, especialmente do pedestre, ator mais frágil no trânsito, o Conselho Na-cional de Trânsito (Contran) escolheu o tema “Cidade para as pessoas: Pro-

teção e Prioridade ao Pedestre”, para a campanha de 2014. Todos os dias são cerca de 370 pedestres envolvidos em acidentes de trânsito no Brasil.

TRÂNSITO NO BRASILO trânsito brasileiro chama a aten-

ção da Organização Mundial da Saúde (OMS) como problema de saúde públi-ca, pelo grande número de acidentes. Estudos apontam que 1,4 milhão de pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito, no mundo. O Brasil está em quarto lugar no ranking, com 40 mil mortes a cada ano. A maioria das vítimas são os jovens de 20 a 29 anos, eles representam 25% dos acidentes fatais. Fatores como álcool e uso de celular ao dirigir estão entre os mais recorrentes. Ainda segundo a OMS,

quase 80% das unidades de emergên-cia do Brasil são ocupadas por vítimas de acidentes de trânsito.

DÉCADA MUNDIAL Estamos, também, na Década Mun-

dial de Ações para a Segurança do Trânsito - 2011/2020, na qual gover-nos de todo o mundo se comprome-teram a tomar novas medidas para prevenir os acidentes no trânsito, que matam cerca de 1,3 milhão de pesso-as por ano. Trata-se da nona causa de mortes em todo o mundo. Além disso, os acidentes no trânsito ferem de 20 a 50 milhões de pessoas a cada ano. Em muitos países, os cuidados de emer-gência e outros serviços de ajuda às vítimas do trânsito são inadequados.

5FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de setembro de 2014

VERDE

As atividades socioeducativas prosseguem, em Fortaleza

SEMANA NACIONAL DE TRÂNSITO 2014

Ações promovidas pela Prefeitura, através da AMC, pede que o cidadão dê passagem para a vida. No foco da campanha, a segurança do pedestre

Page 6: O Estado Verde - Edição 22348 - 23 de setembro de 2014

6 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de setembro de 2014

VERDE

POR TARCILIA [email protected]

São 6,2 milhões de pessoas que estão aptas a votar no Ceará em 5 de outubro para eleger presidente, governador, sena-

dor e representantes para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa. No caso do posto máximo do Palácio da Abolição, são quatro candidatos na disputa. Para permitir uma melhor análise do perfi l e das propostas de cada um dos concorrentes, o Caderno O Estado Verde, como já é tradição, publica a partir de hoje uma série de entrevistas com todos os concorrentes. Eles respondem sobre temas estraté-gicos como: Segurança Pública, Saú-de, Educação, Transporte, Desenvol-vimento, Economia, Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Semiárido. Hoje, você pode conferir a entrevista com o candidato do Psol, Ailton Lopes.

[O estado Verde] Por que o se-nhor decidiu disputar as eleições para o cargo de governador do Ce-ará e por que o senhor acha que merece ser eleito?

[Ailton Lopes] A nossa candidatura existe para ser porta-voz das lutas po-pulares nas quais estamos e sempre es-tivemos presentes, ecoando demandas coletivas de diversos setores da socie-dade que estão à margem dos processos decisórios sobre como o Estado deve agir sobre os desafi os de sociedade. Es-ses diversos grupos sociais tem produzi-do leituras sobre a realidade e propos-tas de como temos que viver com mais saúde, educação de qualidade, ofertas de trabalho digno, divisão justa das ri-quezas. Esse conjunto de propostas tem que ganhar o debate público e estamos a serviço disso. Não é uma questão de

merecimento, mas de posicionar-se po-liticamente ao lado de quem sofre as injustiças do sistema econômico e as opressões produzidas socialmente.

[OeV] Se eleito o que vai priorizar no seu Governo?

[AL] A nossa prioridade é propor outro modelo econômico de desenvolvimento, que, diferente do atual, não concentre riquezas, não gere desigualdade social e respeite o meio ambiente, dando cen-tralidade para as políticas sociais, como: saúde, educação, cultura, esporte e lazer. A integração dessas políticas é outro eixo central para que tenhamos resultados concretos no bem viver da população, de modo que as pessoas tenham saúde e sentido para realizarem suas vidas.

[OeV] O atual governo do Estado afirma que tem envidado no sen-tido de combater a criminalidade, mas a sociedade queixa-se dos re-sultados e do clima de violência e insegurança. Por que será? Como resolver a questão?

[AL] A prioridade dos últimos gover-nos para a segurança foi em aumentar

o efetivo policial e a ação deste efetivo sobre as populações das periferias ur-banas, seja na região metropolitana ou nas médias cidades do interior do Es-tado. Isso não trouxe mais segurança. Os resultados concretos são assustado-res: mais homicídios, com centralidade, ainda que não admitida pelo Estado, na juventude pobre, negra e moradora das periferias e o encarceramento des-ta mesma população, muito associado à guerra às drogas. Nós queremos uma sociedade que cometa menos crimes, e isso passa por entender que os níveis de violência se cruzam com os níveis de de-sigualdade ao qual grande parte da po-pulação é submetida.

A melhoria da segurança passa pela garantia de direitos sociais, integração e permanências dessas políticas públicas e melhores serviços públicos em territó-rios em que sempre foi ofertada apenas a polícia. Defendemos também um novo modelo de polícia. Em primeiro lugar, desmilitarizada, pois entendemos que a atual estrutura na qual a PM se organiza - hierarquizada e sob a lógica de guerra - é um dos principais resquícios da ditadu-ra civil-militar que permanece até hoje.

Em segundo lugar, é preciso humanizar a atuação policial, que envolve outra for-mação para os policiais, valorização da profi ssão e envolvimento com a comu-nidade, em uma lógica não punitiva. Por fi m, entendemos que é preciso fortalecer o papel investigativo e preventivo da po-lícia e não que esta seja o braço repressi-vo do Estado, como tem acontecido com os movimentos sociais.

[OeV] Quase tudo que se arrecada é gasto com o custeio da máquina pública, uma máquina enorme, com órgãos muitas vezes ineficientes, desnecessários, com grande quan-tidade de cargos comissionados que consomem dinheiro público. Esta é a realidade, em praticamente , 100% dos estados brasileiros. Se eleito o senhor envidará esforços para uma reforma administrativa séria, dura, com “cortes na carne”?

[AL] A forma como entendemos o Estado e como ele deve funcionar exi-girá uma reforma administrativa; no entanto, ela não seguirá a receita tra-dicional de que a efi ciência do Estado está associada ao estado mínimo. Não teremos saúde de qualidade, continu-ada, atenta aos problemas da popula-ção sem um quadro estável de profi s-sionais, por exemplo. Não optaremos por mais terceirização ou fl exibilização das relações de trabalho em setores que exigem trabalho qualifi cado e continu-ado, pesquisa e atenção.

A centralidade de nosso programa de Governo está voltada para as maiorias sociais e, logo, para prestação dos di-reitos sociais fundamentais que garan-tem a dignidade da nossa população. Logo, entendemos que as áreas como saúde, educação, cultura, esporte, la-zer, meio ambiente e geração de ren-da e trabalho tem de ter centralidade e receber os esforços administrativos, gente concursada e capacidade de exe-cutar as políticas necessárias e realizar planejamentos e avaliações.

Ailton Lopes, candidato do Psolao governo do Estado do Ceará

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Page 7: O Estado Verde - Edição 22348 - 23 de setembro de 2014

7FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de setembro de 2014

VERDE

[OeV] As escolas do Estado, em geral, não têm qualidade. O que o candidato propõe para melhorar o ensino público estadual?

[AL] A escola pública precisa ser um espaço bom e atrativo para os profi s-sionais e estudantes. Não são toleráveis os índices de evasão no ensino médio e de desestímulo dos profi ssionais de educação. Isso repercute séria e pro-fundamente na aprendizagem e na qualidade de ensino. É preciso realizar concursos públicos, respeitar a carreira docente, ter diálogo permanente entre as entidades representativas e o Poder Executivo - ou seja, não criminalizar a luta dos professores e estudantes, como foi feito no governo Cid Gomes.

Educação tem que ser prioridade, e o modelo de ensino tem que compreender a baixa atração que os estudantes têm pela escola nesse momento; mesmo as iniciativas de profi ssionalização devem entender as expectativas da juventude com o mundo do trabalho. Não pode-mos apostar em redes diferenciadas de ensino; a rede deve ser única, com as mesmas oportunidades e condições. Mais do que em tempo integral, a edu-cação precisa alcançar a integralidade das pessoas: compreender o contexto das comunidades escolares, desenvol-vendo as múltiplas capacidades e pos-sibilidades de interagir com o mundo.

[OeV] O metrô de Fortaleza – a maior parte em obra e outras em estudo – conta com apenas 24 km de extensão e um longo período em obra (17 anos). O que o candidato propõe para acelerar a ampliação do meio de transporte estratégico e fundamental para a melhoria da mobilidade urbana na Capital?

[AL] É preciso mudar o paradigma de mobilidade também, priorizando o transporte público em detrimento do individual e integrando os modais (metrô, ônibus, bicicleta, calçada para pedestre). A forma como a cidade se organiza tem a ver com a forma como as pessoas se movem e se relacionam com ela. As metrópoles precisam de meios de transporte de massa, mas, no momento, as propostas de melhoria da mobilidade têm se destinado a privile-giar o transporte individual e causando grandes impactos ambientais.

O metrô é uma proposta que já se com-provou efetiva em grandes centros ur-banos; em Fortaleza, a obra já se esten-de há muito tempo, está sempre sendo reforçada e até agora não trouxe resul-tados efetivos: tem apenas uma linha

funcionando das 8h às 12h. A celeridade da obra passa por uma reorganização do projeto, garantindo a transparência dos gastos e compreendendo a obra como necessária para a cidade.

[OeV] O candidato é contra ou

a favor da criação de novos mu-nicípios?

[AL] Compreendemos a demanda das pessoas de ter serviços públicos próximos delas e com qualidade e de estarem próximas do centro de decisão políticas, mas nem sempre a criação de novos municípios garante isso e, mui-tas vezes, aumenta a burocratização.

[OeV] Como alavancar a econo-mia do interior do Ceará? Qual a política que o senhor propõe para desenvolver o Semiárido cearense, por exemplo?

[AL] É preciso aproveitar a vocação de cada região a partir do que já exis-te, fortalecendo as iniciativas popula-res, como: turismo de baixo impacto, artesanato, produção agroecológica, pequenas e médias empresas autoges-tionárias e outros. O povo do Ceará já desenvolve diversas saídas para produzir sua vida em nossas diversas regiões, não podemos entregar ou for-

talecer o monopólio dessas atividades nas mãos de poucas pessoas, concen-trando riqueza, terra e poder. O Es-tado tem que atuar para fortalecer es-sas iniciativas. Por exemplo, por que a produção na Chapada do Apodi precisa estar concentrada nas mãos das em-presas fruticultoras locais ou naciona-is, que expropriou terras e concentrou a água da região? A agricultura familiar é viável e neste caso poderia estar pro-duzindo na mesma escala sem o uso de venenos, sem monopolizar água e ter-ras e distribuindo riquezas.

[OeV] Um projeto para o desen-volvimento do Semiárido passa pela melhoria do acesso à água e univer-salização do saneamento básico, no entanto estamos longe de resolver o problema que impacta diretamente sobre a saúde e a economia como um todo. Qual o caminho para en-frentar a situação?

[AL] Precisamos buscar estratégias de convivência com o Semiárido. Já existem propostas de retenção de água das chuvas e criação de um sistema de abastecimento descentralizado cons-truídas por organizações da sociedade civil, como Articulação Semiárido Brasileiro. Precisamos fortalecer es-

ses diálogos entre governo e sociedade organizada, assim como colocar isso no centro das prioridades do Estado. Isso não será possível priorizando o agronegócio e a nossa prioridade é o abastecimento humano.

[OeV] Como garantir segurança hídrica ao Semiárido num ambiente de Mudanças Climáticas?

[AL] O problema da segurança hí-drica não passa apenas pelo problema climático da região, mas também pelo planejamento do Estado com relação à distribuição dos recursos hídricos, que hoje eles se concentram nas mãos das indústrias, agronegócio e latifúndios. Queremos garantir água para as famílias camponesas e pequenos agricultores, co-locando a estrutura hídrica existente dis-ponível para o abastecimento humano e a agricultura familiar e, ao mesmo tem-po, construir um planejamento da oferta dos recursos hídricos que o Estado tem para as regiões mais secas, que têm so-frido mais fortemente com os impactos da crise climática, como os processos de desertifi cação e a diminuição acentuada do período chuvoso. Precisamos também investir em tecnologias de aproveita-mento, captação e armazenamento de água no semiárido.

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“Precisamos buscar estratégias de convivência com o Semiárido. Já existem propostas de retenção de água das chuvas e criação de um sistema de abastecimento descentralizado cons-truídas por organizações da sociedade civil”

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Eudes Xavier (PT); José Airton (PT) e José Guimarães (PT).

ENTENDAOs deputados que votaram “sim”

desejavam a manutenção do texto aprovado pelo Senado, apoiado pelo Governo e que garantia faixas mínimas de proteção e recomposição fl orestal. Os deputados que votaram “não” opta-ram pelo relatório do deputado Paulo Piau, que anulou essas obrigações.

Ganharam por 90 votos e reformaram a principal lei fl orestal brasileira. As-sim fi cou a votação: SIM: 184; NÃO: 274; Abstenção: 2; Total de Votação: 460; Art. 17:1; Total Quórum: 461.

“Políticos que reduziram pro-teção de fl orestas tentam a reeleição”. Matéria pub-licada na plataforma de

jornalismo de dados do site de notícias “((o)) eco” (http://www.oeco.org.br/oe-co-data/28596-politicos-que-reduziram-protecao-de-florestas-tentam-eleicao) destaca a lista dos deputados federais que estão na disputa eleitoral deste ano e os relacionam à votação que defi niu a fl exi-bilização do Código Florestal em abril de 2012. O levantamento foi feito pelo “((o)) eco Data” com base no cruzamento da lista de votação e de pesquisas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral.

A maioria dos parlamentares que vo-taram contra a manutenção do texto que garantia faixas mínimas de proteção e re-composição fl orestal, disputa as eleições de 2014, de um total de 274 políticos, 236 (86%) candidataram-se esse ano. Apenas 23 dos res-ponsáveis pela di-minuição da preservação das matas não se candidataram – completam a lista, dois que faleceram, quatro que foram condenados e presos por corrução, nove que se elegeram prefeitos em 2012 e três que ocupam outros cargos - públicos.

De acordo com a matéria “os que re-duziram as garantias de preservação da natureza do País estão cinco candidatos a Governos Estadu-ais, sete ao Senado e um ao cargo de vice na Presidência da República. A maioria tenta mais um mandato na Câmara dos Deputados. São 211 candidatos à reeleição, incluin-do aí os que se afastaram da Casa para assumir outros cargos e tentam agora voltar. Há também dois candidatos a suplentes no Senado e dez candidatos a deputados estaduais”.

A reportagem, além de listar os que votaram de forma contrária à proteção dos nossos biomas, apresenta também a lista completa “dos que se posicionaram em favor da preservação ambiental e dos que estavam presentes em plenário,

mas se abstiveram de votar”. Como no dia muitos seguiram orientações de par-tidos, a matéria indica os partidos a que os políticos pertenciam no momento da votação - alguns migraram para novos partidos como Partido Republicano da Ordem Social (Pros).

PROCESSO ATROPELADOAs alterações feitas por parlamen-

tares da base aliada do Governo e da bancada ruralista foram vistas com grande preocupação por parte da so-ciedade civil, conforme o Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desen-volvimento Sustentável (http://www.fl orestafazadiferenca.org.br/) .

Em outubro de 2012, a coalizão, for-mada por cerca de 200 organizações da sociedade civil brasileira, enviou carta à presidente Dilma Rousseff , através da qual esclarecem, que o processo de votação do novo texto, tanto na Câ-mara, quanto no Senado, ocorreu de maneira atropelada sem considerar os alertas feitos por cientistas, estudio-sos, movimentos sociais, religiosos e ambientalistas. “Temos agora um Có-digo Florestal que gera insegurança jurídica, menos proteção às nossas fl orestas e demais vegetações e, conse-quentemente, insustentabilidade para as atividades do campo”.

CEARÁA lista dos deputados federais da

bancada cearense que votaram contra a manutenção do texto que garantia faixas mínimas de proteção e recomposição fl o-restal, traz catorze nomes, destes, 12 bus-cam a reeleição. Veja tabela.

Já a lista dos deputados cearenses que votaram em favor da manutenção do texto que garantia faixas mínimas de proteção e recomposição fl orestal é menor e conta com cinco nomes, to-dos tentam a reeleição. Confi ra: Ari-osto Holanda (PSB); Artur Bruno (PT);

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Deputados federais que votaram contra e a favor da manutenção do texto que garantia faixas mínimas de proteção e recomposição fl orestal disputam cargos nas eleições 2014

Parlamentares que flexibilizaram o Código Florestal tentam reeleição

POLÍTICA E MEIO AMBIENTE

ReeleiçãoReeleiçãoReeleiçãoReeleiçãoReeleiçãoReeleiçãoReeleiçãoReeleiçãoReeleiçãoSuplente de senadorNão é candidatoReeleiçãoReeleiçãoReeleição

1. André Figueiredo 2. Antônio Balhmann3. Arnon Bezerra4. Chico Lopes5. Danilo Forte6. Domingos Neto7. Genecias Noronha8. Gera Arruda9. João Ananias10. José Linhares11. Manoel Salviano12. Mauro Benevides13. Raimundo Gomes de Matos14. Vicente Arruda

PDTProsPTBPCdoBPMDBProsPMDBPMDBPCdoBPPPSDPMDBPSDBPR

Page 9: O Estado Verde - Edição 22348 - 23 de setembro de 2014

POR JESSICA [email protected]

Uma data para chamar a aten-ção da importância do cuida-do com os recursos hídricos do País. Esse foi o objetivo

do Dia Nacional de Limpeza de Praias, Rios, Lagos e Lagoas, celebrado no úl-timo sábado (20), com mutirões em vá-

rias lagoas e praias da Capital. A inicia-tiva, coletou diversos tipos de materiais recicláveis que serão separados e desti-nados corretamente.

O Dia foi instituído pela Rede Na-cional de Educadores Ambientais, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e De-senvolvimento (Cnumad), realizada em junho de 1992, no Rio de Janeiro.

A ação sempre acontece no terceiro sábado de setembro, anualmente. A iniciativa foi coordenada pela Secre-taria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), e teve o apoio da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), Secreta-rias Regionais, Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) e Ecofor Ambiental.

No sábado, o mutirão de limpeza contou com centenas de voluntários, munidos de sacolas plásticas reciclá-veis e luvas. A iniciativa aconteceu, simultaneamente, em mais de cem localidades do País. Em Fortaleza, o mutirão realizou a limpeza de praias e de seis lagoas urbanas do Urubu, Papicu, Porangabussu, Parangaba, Maraponga e Messejana.

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Dia Nacional de Limpeza das Praias, Rios, Lagos e Lagoas

RECURSOS HÍDRICOS

Centenas de voluntários participaram da atividade e coletaram lixo em vários pontos da Cidade. A iniciativa aconteceu em mais de cem localidades do País

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de setembro de 2014

Durante a ação, os voluntários realizaram a limpeza de praias e de seis lagoas urbanas do Urubu, Papicu, Porangabussu, Parangaba, Maraponga e Messejana

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PROJETO LIMPANDO O MUNDOCom o objetivo de prevenir milhares

de toneladas de lixo de irem para o oce-ano, no fi m da década de 1980 foi rea-lizada, pela primeira vez, a ação “Clean Up The World”, em Sydney, Austrália, quando mais de 40 mil voluntários au-xiliaram na remoção de dejetos da cos-ta australiana.

O Clean Up the World é uma grande campanha mundial que tem como ob-jetivos incentivar o debate para solu-ções de problemas relacionados à orla marinha e, estimular à população a cul-tivar atitudes sustentáveis de respeito à natureza chamando a atenção de todos para a responsabilidade de cada um na geração e na destinação dos resíduos.

O projeto ganhou o mundo e é rea-lizado em diversos países e cidades, incluindo Fortaleza, onde as Organi-zações Não Governamentais (ONGs) Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) e Instituto Povo do Mar (Ipom), o Ser-viço Social do Comércio (Sesc-CE) e a surfwear Greenish executam a tradu-ção da iniciativa australiana, no Proje-to Limpando o Mundo.

No sábado (20), o projeto Limpando o Mundo articulou parcerias com mais de 20 instituições e contou com a par-ticipação de pelo menos 500 voluntá-rios nos diversos grupos de limpeza. Todo o lixo coletado pelo projeto é se-parado para reciclagem, catalogado e descartado corretamente. Os números do total de lixo removido das praias serão divulgados em nota pelo projeto nos próximos dias.

AQUASISA Associação de Pesquisa e Pre-

servação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) que participou da atividade e ficou responsável pela limpeza das praias da Barra do Ceará, Praia de Iracema, Titanzinho, Praia do Futu-ro e Sabiaguaba. Segundo a bióloga e coordenadora técnica do projeto, Ana Jesus, cerca de 650 bilhões de tonela-das de resíduos são produzidos pelas cidades ao redor do mundo. Grande parte deste “lixo” vai para os oceanos, onde estimativas apontam para 100 bilhões flutuando nos oceanos.

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O projeto Limpando o Mundo articulou parcerias com mais de 20 instituições e contou com a participação de pelo menos 500 voluntários nos diversos grupos de limpeza

“Isso causa uma série de impactos e consequências graves para a saúde hu-mana, além de prejuízos econômicos na pesca e turismo, assim como degrada-ção de áreas terrestres como aquáticas. Cerca de 300 mil mamíferos marinhos morrem a cada ano presos em apare-lhos de pesca perdidos ou descartados intencionalmente ou por ingestão de resíduos de plástico”, lembra.

Em 18 anos, a Aquasis coletou mais de 80 toneladas de lixo, recolhidos em mais de 75 km de áreas naturais cearenses (municípios de Cajueiro da Praia-PI, Jijoca de Jericoacoara, São Gonçalo do Amarante, Trairi, Paracu-ru, Caucaia, Fortaleza, Aquiraz, Casca-vel, Beberibe, Fortim, Aracati e Icapuí), com 16 mil voluntários, entre eles 600 ativos no Projeto Limpando o Mundo. Em 2013, com o Projeto Limpando o Mundo, foram 12 toneladas, 60% das quais de origem plástica.

NÃO LIMPARAM CAJAZEIRASApesar da ação em alusão ao Dia

Nacional de Limpeza das praias, rios, lagos e lagoas, o excesso de entulho e sujeira continua a incomodar os mo-radores do Bairro Cajazeiras, em For-

taleza. Segundo moradores da região, caçambas despejam com frequência entulhos de construção civil e lixo, na lagoa que fica próximo a Seuma. A de-núncia foi feita no início de agosto e na época, equipes de fiscalização da secretaria estiveram na área, mas se-gundo informações, não foi possível identificar os responsáveis.

Quase dois meses depois da denún-cia, o espaço permanece sujo e sem identifi cação, já que no banco de dados da Seuma não foi encontrado o cadas-tro do loteamento da área e o recurso hídrico não está cadastrado na carto-grafi a, ou seja, não foi reconhecido e não possui nome ofi cial.

Segundo o dicionário Ecologia e Ci-ências Ambiental da Editora Unesp (SP), Lagoa pode ser considerada um lago pequeno, uma porção de água, mas geralmente sem água estagnada. Pode ser natural ou artificial de forma que uma variedade de corpos d’água feitos pelo homem são classificados como lagoas. Apesar da caracteriza-ção, está em dicionário, à Secretaria não reconhece o local como tal e por isso, ele permanece abandonado e su-jeito à poluição.

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Projeto ajuda a sinalizar colaborativamente os pontos de ônibus das cidades brasileiras

A falta de sinalização nos pontos de ônibus é um problema que causa confusão, inconvenien-te e perda de tempo à grande

maioria dos cidadãos brasileiros em to-das as capitais do País. Em quase todas, porque em Porto Alegre a coisa muda de fi gura. O problema que também estava afetando a vida dos porto-alegrenses que diariamente utilizam o transporte públi-co, foi resolvido com uma simples per-gunta: “Que Ônibus Passa Aqui?”

Alguns cidadãos daquela Capital decidiram resolver a questão de uma vez e um grupo de moradores passou em cada uma das paradas de ônibus e levantou quais os coletivos que pa-

ravam em cada ponto. Em seguida, confeccionou e colou nas paradas, de forma bem visível, os adesivos com as informações sobre as linhas que aten-dem ao ponto. A ideia simples e rápi-da já foi realizada em 30 cidades do País e recentemente, venceu o Social Good Brasil (https://www.facebook.com/SocialGoodBrasil).

“Que ônibus passa aqui?” é o nome do um projeto que busca sinalizar cola-borativamente os pontos de ônibus das cidades brasileiras. No começo, a ação foi fi nanciada por contribuições dos membros que inicialmente realizaram a operação, mas uma vez que os bene-fícios foram fi cando mais visíveis, os

organizadores passaram a contar com o apoio de empresas gráfi cas e até mesmo o da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre.

SERVIÇOPara participar, siga os passos:Baixe o adesivo, imprima: http://www.shoottheshit.cc/Baixe--aqui-o-adesivoLeia o passo-a-passo para colagem naparada de ônibus mais próxima desua casa: http://bit.ly/YK2z4Q Assista à história do projeto: http://youtu.be/-sY49CFmCHYE para entrar em contato: [email protected]

Cidadãos estão envolvidos na parada

“QUE ÔNIBUS PASSA AQUI?”

Menina fi ltra água e gera eletricidade com energia solar

CRIATIVIDADE

Cera de 800 milhões de pessoas no mundo não tem acesso à água potável em quantidade e qualidade, assim como outros 1,3 bilhão de cidadãos vivem sem energia elétrica. Os dados da Organiza-ção das Nações Unidas (ONU) deixou a estudante australiana, Cynthia Sin Nga Lam, preocupada e por isso ela decidiu, a partir da paixão que cultiva pela discipli-na Química, criar uma solução econômi-ca e viável para o problema.

A jovem inventora de 17 anos desen-volveu um dispositivo ecofriendly, ou melhor, amigo do meio ambiente, barato e portátil, que purifi ca águas residuais e gera eletricidade usando apenas a ener-gia do Sol. Batizado de H2prO, o apare-lho é constituído por duas partes: unida-

de superior para purifi car a água e gerar hidrogênio e o compartimento inferior onde a água é fi ltrada novamente.

Na página do projeto – um dos 15 fi nalistas da Google Science Fair 2014 – (Feira de Ciências do Google 2014 (http://www.fastcoexist.com/com-pany/google) –, Cynthia declara que no futuro, gostaria de estudar Medicina ou Ciências Ambientais e capacitar-se para ajudar aos necessitados, além de fi nalizar o projeto. “Há ainda um longo caminho a percorrer, mas estou feliz e eu tomei o meu primeiro passo para fa-zer a diferença, seria ótimo ter água po-tável e eletricidade fornecida de forma sustentável, sem precisar de qualquer ajuda externa”, afi rma.

A jovem inventora de 17 anos desenvolveu umdispositivo amigo do meio ambiente, barato e portátil

Entenda como funciona o protótipo do H2prO:

1) A água suja entra na parte superior do dispositivo e passa entre uma malha de titânio, que esteriliza a água quando ativada pela luz solar;

2) Essa reação fotocatalítica divide a água em oxigênio e hidrogênio;3) O último é utilizado por uma célula de combustível de hidrogênio para gerar

energia. E tem um plus: impurezas na água, como detergentes, também podem pro-porcionar mais hidrogênio, o que permite que o dispositivo gere ainda mais energia.

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POR TARCILIA [email protected]

“Para mudar tudo, precisa-mos de todos”. Sob este mote, a Peoples Climate March ou Marcha Popu-

lar pelo Clima reuniu cerca de 100.000 pessoas na tarde de domingo (21), nas ruas de Nova York, Estados Unidos. A grande manifestação, talvez tenha sido a maior da história moderna, relacio-nada ao fenômeno das Mudanças Cli-máticas. O evento aconteceu dois dias antes da Cúpula do Clima, conferência convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon que também, participou da mobiliza-ção na Big Apple.

A marcha ganhou visibilidade global e recebeu apoio de celebridades, líde-res políticos e ativistas como o astro e ambientalista, Leonardo di Caprio, o ator, Kevin Bacon o ex-vice-presidente Al Gore, e o prefeito de Nova York. Co-meçou pouco antes do meio-dia junto ao Central Park e terminou à tarde per-to do Rio Hudson, oeste de Manhattan. Outras mobilizações simultâneas acon-teceram em Londres, Paris, Berlim, Rio de Janeiro, Melbourne, Istambul, Índia, e Bogotá, entre outras cidades. Mais de 2.500 eventos em 158 países.

Para o editor fundador da revista In-dypendent e do Occupy Wall Street Journal, Arun Gupta, o nível de orga-nização do evento impressiona e nunca foi visto antes, em qualquer outra ma-nifestação, do clima ou não. De acordo com o artigo de sua autoria, publicado dia 19 (sexta), no portal de jornalismo investigativo CounterPunch (http://

www.counterpunch.org/2014/09/19/how-the-peoples-climate-march-be-came-a-corporate-pr-campaign/), ele questiona a 350.org. – organização que dá suporte a condução de campanhas próprias e independentes a milhares de ativistas de base em 188 países.

O jornalista, que também colabora com o Al Jazeera America e o inglês, The Guardian, estranhou o fato de uma marcha de protesto ter tantos recursos ao ponto de anunciar no metrô de Nova York, um gasto de mais de US$ 200 mil (considerado muito alto) em cartazes, além de convidar banqueiros de Wall Street para juntar-se a uma marcha para salvar o planeta.

“Este não é um movimento popular”, segundo escreveu Gupta. “As pessoas estão se unindo com a preocupação genuína e paixão e esperança, para um mundo sustentável e equilibrado, mas o controle é de cima para baixo e acon-tece de portas fechadas. Todos com quem conversei, descreveram um pro-

cesso antidemocrático”.No oposto, informação disponível

no portal da Marcha (peoplesclimate.org), afirma que mais de 1.400 orga-nizações endossaram a mobilização, a maioria de base local, e muitas delas não são de movimentos ambientalis-tas: profissionais de saúde, professo-res, grupos religiosos, trabalhadores, artistas, cientistas e estudantes. “Es-sas pessoas estão exasperados com a apatia apresentada pela liderança política mundial sobre a questão das

alterações climáticas, incluindo o go-verno dos EUA, que apesar da retórica da estratégia energética do presidente Obama, continua promovendo as em-presas de combustíveis fósseis.”

CÚPULA DO CLIMAO secretário-geral da ONU, Ban Ki-

-moon, convocou a Cúpula do Clima para engajar os líderes mundiais no avanço da agenda climática. A Cúpula servirá como uma plataforma pública para que os líderes mundiais – Estados--membros da ONU, setor privado, so-ciedade civil e líderes locais dos setores, público e privado – mostrem o que es-tão fazendo e possam compartilhar os passos que irão tomar nas áreas mais críticas para que a temperatura do mun-do suba menos de 2o C (graus Celsius).

A Cúpula não faz parte do processo de negociação da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Cli-ma (UNFCCC), mas pretende promo-ver ações nesta área – um ano antes do acordo que será alcançado em Paris – e pretende mostrar que líderes de todos os setores e em todos os níveis, estão to-mando medidas para reduzir os fatores que provocam as mudanças climáticas.

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MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Marcha Popular pelo Clima chama atenção do mundo

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