o espiritismo como religião

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  • 7/27/2019 O Espiritismo como Religio

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    LUIZ MONTEIRO DE BARROS

    o n t r i ~ u i c o para o sclarecimento= do tema : === ==

    : spiritismo como Religio1

    ,

    1

    a Kardec e o Espiritismo religiosob O Espiritismo como continu o do Cristianismo.} Ricbet opina sobre a necessid de de uma religio

    . -Dt:.'Tllil "IO GRATUITA PELA

    l-' F-Dt:L\O E5>PlRlTA O E.sTADO DE lo P a cLOSo aulo - 1963

    . -- .

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    0Espiritismo como Religio

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    Pressmte-se e pode-se prttrqur a religio o futuro ser cnt fica, ser j:undada 11 c d o ~ fatos psiquieo:;. ~ s t < rreligio d cil ncia ter ~ o r e to1la i os outras anteriores un1.a vmi-t ocm c01

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    P R E S E N T O.J anda l ' , , . este ~ r a n ' l 1 1 ~ Fc " t.;sptra tt.o Ei'ado d S'ao Paulo t"'1n e n inira. 1naJs uma t:lz.,proC'uJ ar o eu t'onMrido Jion"o de t:tsla .sobrr. o rnrat< r do f' pin o. ad ilinCo.c, pr .alescer.tl'rn.enlc, eomorei J uo.f 19 ~ J rndossra e teu in itulada Prttalrn-cia o 1 :mo l l l g oso - dl".,tina

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    tarc, e dt' f o Qe1n clura , cs lr, canceito f un t(u,nicntat irltis-:1110 no ut11a.religio o r g a n i ~ u i a como a ou.trtt'iOra ns sabe1nos qur. todo o trabal/40 de eran.gesafi io exigido por Jrsu. > 1:-i..wt Levar o i1ulirid1w to11iritismo, ao mesmo trmpo fitedr11icrnstra. de forma mais profun

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    ,MENS GEM

    Espititt1ll:

    P ~ J a s portu d Cincia e d Fil0>0t\11, atingistes o ali . IrdA Nova P.evelao.Atravs do numerosos experimento&. 1ndap_1tcs,. quantoa.oH problemas do M-r e do destino. da. dur o da morte e 01F Tandecimento do corao.:No.s ia bandeirl\ Boa Nova. redivlVfl.No.c;soir; centro::;. do estudo o lt. mpl0$ de clvao.N'o.:;sas in.wULuh;es de a s s i ~ t n c i a social representamu.nlUl;t.ri0$ \.'ivos da. Crn.ternida.de, ond'-' J ~ > U : : ; ' venerado napeuoa dos no.aos M1nelhant.es.Xosso trabalho ind1VJ.duaJ, cm favor do bem. na soluoda.a nossas l'ell:pon.alJillda.des morai:'l, h f r ~ n t e da familia. l

    du isociedade COMtitue o culto dirio de DObi;.8. obedincia sl4. i:1 do Senhor.

    Tanto quanto no Cristianismo primitivo, puro e simples,a e.o.rida.de para. nOO ni1o p o ~ u privilglO..'l e nero fronte.i ru.s e a f. para ma.nlfcta.r-se no recJ.am.u. lugares especiais.Allan Kardec, o Ap06tolo, foi claro em suas l inhas pri-mordln.i.s. na. e.diticuc;n.o doutrinria..No prognma - TRABALHO.Nos.o lema - SOLIDARIEDADE.Nossa """11;> - TOLERA.NCIA.Agir, ajudo.r o con1pl"Cender para fazer, aperfeioar o

    ~ s p e r a r na. conquisto. do. vitria com Ct'iato, Nosso ~ X e s t r oe Senhor.

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    r-tlo ,.os iludaist-:nqua.nto a Ilum.anidru:le 2>e nt

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    KARDEC E O ESPIRITISMO RELIGIOSOO Espiritismo como ReligioDiz Kardec: O Espiritismo ao mesmo tempo,uma cincia de observao o uma doutrina filosfica.Como cincia prtica, consiste nas relaes que se estabelecem entre ns e os espritos; como filosofia, com

    proonde todas as consoquncias morais que dimanamdessas mosmas relaes ( O que o Espiritismo ).Por essa definio e por mais alguns conceitos ouexpresses contidas em O que o Espiritismo , se not atentar para o esprito da letra, fica-se com a im-presso de que o Espiritismo no Roligio. Tal im-~ r e s s o , porm, profundamente falsa e o objetivodeste trabalho , exatamente, demonstrar essa falsidade, concorrendo assim para colocar no seu verda-deiro conceito a Doutrina Esprita. atravez das pala-vras do Codificador acerca do seu aspto roligioso, lin-da obscuras para certos crentes e para muitos leigos.Iniciemos essa tarefa polo estudo sinttico da codi-ficao Kardeciana, q fim de perceber-lhe o ~ n t i d oYordadeiro o depois, ento, voltemos ao O que oE$pirilismo , que foi a fonte geradora dessa confusopara os espritos mal prevenidos; assim intorprotar&mos o verdadeiro sentido das palavras do Kardec, aliroqistradas.A codificao se compe de vrios livros.

    1 0 ) O Livro dos Espritos . o seu livro bsico; o fundamonto filosfico daDoutrina esprita. isto . da Doutrina revelada pelosespritos desencarnadOS- Trata-se de um trabalho derevelao , o que fundamental em Religio, poisno h Religio sem revelao , sem profetismo.

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    O livro expe a filosofia do esprito e da vida,sem contudo demonstrar antes, cienticamente. a existncia, a sobrevivncia e a comunicabilidade medinica dos espritos, o que prprio da Religio e no daCincia. A cincia, em Espiritismo, vem mais tarde,com Richet, Geley, Myers, Bozzano e outros. emborotivesse sido iniciada por Flammarion e Delane, notempo de Kardec.No prefcio dc3sc livro se J como observaodos espritos que o ditaram. em rofcrncia missocodificadora do Kardoc: Ocupa-te, cheio de zelo eperseverana, do trabalho que empreendeste com onosso concurso, pois osso trabalho nosso . Nele pu-semos a b se de um novo edifcio que se eleva e que,um dia, h de reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e caridade . Ora, un r os homenspelo amor e pela c rid d tarefa puramente religiosa, foi sempre a preocupao precpuo da Religio, enunca foi cogitao da Cincia.

    O Livro dos Espritos se inicia com o captuloreferente a Deus, e termina com o das ponas e recompensas depois da morte, temas puramente religiosos.

    A pg. 295, afirmam os espritos que o ditaram:Estamos incumbidos de preparar o reino do Bem, queJesus anunciou. Da a necessidade de que a ningumt;8ja passivei interpretar a lei de Deus ao sabor deruas paixes. nem falsoar o sentido de uma lei todado amor e caridade .V-se que est bem claro: a finalidade dos espritos, ao ditarem aquela obra, era a de preparar oreino do Bem que Jesus anunciou , finalidade puramente religfosa, isto . finalidade que foi sempre oobjetivo da Religio e que jamais entrou nas cogitaes daquilo que, at boje, temos chamado de Cincia.Como se v. o Livro dos Espritos , uma obrafilosfica que tem todas as caracterisbcas religiosas.

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    inclusive as suas finalidades, no apresentando o aspcto ciontfico, apesar do rigor de sua lgica. cincia prpriamente dita no procederia daquela forma,ao passo que a Religio no enveredaria por outro ca-minho. Profundamente alicerado no bom senso o nalgica, uma obra filosfico.religiosa e no filosficocientfica. V-se. pois. que o ponto de partida e oosteio mximo do Kardec no foi o ciontfico, paradai tirar as consequncias morais, filosficas ou religiosas. mas sim essa sntese filosfica-religiosa ditada pelos espritos. contondo j em si mesma as basesa orientao e a finalidade geral da doutrina quo pas-saria a se chamar Espiritismo. Alis o prprioFlammarion - que considerava o Espiritismo comocincia - quom o diz diante do tmulo de AllanKardec. Eis suas palavras seu conceito acerca dosentido da obra codificada por Kardec: "Increpou-seao digno amigo a quem rendemos hoje as nossas ltimas homenage11$, no ser ele o que se chama umsbio, no ter sido um fsico. um naturalista, um as-trnomo. o ter preferido constituir um corpo de doutri-o moral a aplicar a discusso cien ica realidader naturoza dos fenmenos. Talvez fosso mlhor quoas coisas tivessom assim comeado. preciso noamesquinhar o valor do sentimento. Quantas con.solaes tem levado aos coraos essa crena religiosaQuantas lgrimas ela tem enxugado Quantasconcincias se tm expandido aos raios da beleza esprita" _- - . "Tivesse Allan Kardec sido homem de cincia e sem dvida no teria podido prestar esses be-nficos servios. nem propagar distncia o estmuloaos coraes. Ele foi o que chamarei o bom-sonso

    encarnado. Razo firme e judiciosa, aplicava semdescanso. sua obra, as ntimas indicaos do sonsocomum. No era essa uma finalidade do somenosimportncia na ordem das coisas que nos ocupam.Era, seguramonte, a primeira de todas e a mais pre-

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    cisa, sem a qual a obra no se l

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    Kardoc dedica cerca de um soxto do "EvangelhoSegundo o E ~ p i r i t i s m o a e nsid : ' a ~ o ;; acerca daprece, quo outro elemento caracterztico da Religio" no da Cincia. 'fo". 18 livro o Cod icador afirmacategoricamente: O Espiritismo representa, poilS, aobra de Cristo, por Ele moamo presidida". Ora, aobra do Cristo religiosa, genuinamente rel. giosa; co-mo. pois, sendo o Espiritismo a obra do Cristo. no ele Religio, quando o mesmo Cristo se rev.,louA Religio ao afirmar decidida e cnfticamente: "Eusou o Caminho, a e r d a d ~ e a Vida; NINGUM vaiao Pai SENO por mim"

    4.0 ) Vem agora a "Gncsis", o livro ma.is cienti:bco, o nico prpriamento cientfico da codilicao.Ele se divide cm tra captulos: } Deus e a gnesewliversal; 2) Milagres dos Evangelhos; 3) Predies

    dos Evangelhos. Embora todos os trs captulos se1amc1bordados por Kardec com cunho cientfico, apenas oprimeiro da cogitao da Cincia, no que ~ o refore gnese universal, ao passo que os trs sempre constituram cogitao importante, da Religio. Procurando esclarecer cientificamente os assuntos versadosnesse livro, ainda uma vez vemos o objetivo do Kardec:firmar em bases cientificas e lgicas os conbecimentos o as revelaes prprias da Religio, ceifando ojoio e enaltecendo o valor do trigo. Tarefo ciontiflccx.visando prestigiar, indiretamente, a Religio.

    Nesse livro Kardec faz as seguintes afirmativas,fie grande interesso para a elucidao do tema queora procuramos aprofundar, para esclarecer: O Espiritismo encerra todas as condies do Consoladorprometido por Jeswi .. . A doutrina de Moyss incompleta, derramou-se por toda parte. f> lo cristianis-mo, mas no converteu o mundo inteiro; o espiritismo.mais completo ai.t:da. tendo raizes em todas as cr.;tn- - 9 -

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    Haver no planeta outra doutrina que satisfaa integralmente todas essas condies?

    Como se viu, a codificao Kardeciana quaseque cem por cento de natureza filosfico-religiosa oufilosfico-moral o que vem a ser a mesma coisa poisquo a moral da Religio e a moral do Espiritismo sebaseiam ambas na filosofia espiritualista da vida; espiritismo moral sinnimo do esprito-religioso. doponto de vista filosfico.Kardec. depois da revelao do Livro dos Espritos , aplicou toda essa base filosfica, rovolada. aoCristianismo. de tal maneira que se pode afirmar, comsegurana que Kardecismo Espiritiamo-cristo. Ora,sendo o Cristianismo Religio, por que no o h de.ser tambm o Espiritismo codificado por Kardec?A cincia real. na codilicao, consta apenas daGnesis e de alguns captulos do Livro dos Mdiuns ;mesmo assim em minoria relativamente aos captulosde feio moral ou religiosa-A cincia de Kardec era: a 16gica. o seu bom-sonso em afirmar e firmar princpios; o cuidado que tomou para que a doutrina no perecesse logo do incio;o desvelo manifestado no sentido de que ola, a doutrina. permanecesse realizasse sua elevadssima tare

    f de redeno; a clareza a lgica do sua exposio,a fim de que se tomasse inteligvel para todos, inclusivo para o povo; o cuidado que tomou evitando osdogmas o as afirmativas temerrias que o tempo e arcn:o pudessem destruir. Nisso consistia a cinciade Kardoc. Quem desejar aquilo que, com mais propriedade ou mais vulgarmente se chama de cincia,em Espiritismo, deve procurar Geley, Bozzano e essasrie de Aksakofs de Lodges dos tempos posterioresa Kardec. t com eles que est o Espiritismo verdadeiramcnto cientfico. Kardec vem no setor fi-

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    losfico. que o setor de maior importncia, porqu&e o que reforma e redime, enquanto que o Mtor cientilico apena.a eaclarece. Da a superioridade inconteo;tvcl da codificao de Kardec sobre todos os traba-1 :.oa puramente cientficos da Doutrina. Em EspiritiJ;.n:.o jamais algum se equiparou a Kardec. 5.0 ) Penetremos agora em Obras Pstumas eretiremos do l aquilo que nos interessa para a elucidao do toma. Espiritismo-religioso ou o Espiritismocomo Religio ou ainda: Kardoc e o Espiriti.amo-reli

    gioso.A pg. 247. lemos: O espiritismo uma doutrina filosfica que tem consequncias religiosas comotoda filosofia espiritualista, pelo que toca forosamente nas bases fundamentais de todas as religies: Deus.a alma. a vida futura. No ele. porm, uma religio con 1ituida, visto que no tem nem culto, nem rito,nem templo, e entre os seus adeptos nenhum tomou,nem recebeu o titulo de sacerdote ou papa . Logo,no sondo ele uma religio constituida. uma religiol1o conatituida, quer dizer, sem ritos, sem culto extarno, som sacerdotes hierrquicos, etc. etc.. Diz Kardecque o espiritismo uma doutrina filosfica e, ovidentemente, ellpiritualista; mas o que vom a sor Roligio seno doutrina filosfica espiritualista? O Cristianismo no tambm uma doutrina filos6fica? E omosaismo, o budismo e as demais religies no o sotambm? Percebe-se claramente, agora, por que motivo Kardec tinha receio em declarar pUblicamente queo Espiritismo religio: temia que o interpretassemcomo conjunto de dogmas. de hierarquia sacerdotal,de privilegiados com direito a perdoar pec dos oabsolver almas.A pg. 288, iz um dos espritos oriontadoroa deKardec: O espiritismo est destinado a representarimportantssimo papel na Tem::r; cabe-lhe reformar a

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    legislao. via do regra contrria s leis divinas; cabolhe retificar os erros da histria e apurar a religio doCristo, transformada. nas mos dos padres, em comrcio e trfego vil. Ele instituir a verdadeira religio,a religio natural, a que parte do corao e vai diretaa Dewi sem dependncia de sotaina alguma ou dosdegraus de nenhum altar. Ele extinguir. para sempre, o atesmo e o matorialismo". Quem ousa aindaafumar que o Espiritismo no Religio? Teria, por-ventura. se afastado da verdade esse mentor espiritual de Kardoc? Novamente voltam esses espritosorientadores do codificador a falar. pg. 298, roforindo-se agora nova obra que Kardec ia lanar.O Evangelho Segundo o Esp ritinmo": "Aproxima-sea hora em quo devers abertamente declarar o que o Espiritismo, o mostrar a todos onde est a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo: aproximase ahora em que. face do Cu e da Terra, devers proclamar o Espiritismo como a nica tradio verdadeiramente c:risl. a nica instituio verdadeiramentedivina e humana . Obllervemos bem o que isse o

    mentor espiritual: "Aproxima-se a hora em que devers abertamente declarar o que o Espiritismo ; portanto, at ento Kardec no havia declarado aberta-mente. o que era o Espiritismo e. no entanto, j haviaescrito O Livro dos Espritos , O que o Espiritismoe o Livro dos Mdium;". O osprito deixou bem claro que Kardec devia mostrar que o Cristianismo voltava a abenoar e orientar o mundo pelo Espiritismo.o novo Parcleto que Jesus nos prometera. Eis a tudo,e muito bem claro. Esse o verdadeiro o nico conceito que devemos fazer do Espiri WDo, pois sso o queele : CristianiWlO redivivo e em progressiva complementao. Mal$ adiante. pg. 365 diz Kardec: "A constituiiio do Espiritismo tem, pois, por complemento necessrio, um programa do princpios definidos no que

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    respeita crena, sem o qu l ele seria um obra b ldde alcanco de futuro. Este programa, uto d experinaa, ser o f rol indicador do cam.inho. Parazr.archar com segurana, a par d constituio orgnica, preciso a constituio da f um credo so quiserem, quo eeja o centro convergente de todos osadeptos . Voja-se que capital importncia concedeuo codificador a esso credo , a essa constituio dat6 , mostrando que era em tomo disso que se rouniriam os espritas para cumprir&m a finalidade da doutrina redentora a qual, sem esse credo ou ossa constituio da f seria uma obra balda de alcance e defuturo . Isso no revela categoricamente a relevantoimportncia do aspecto religioso do Espiritismo?Por fim, leiamos o que est oontido na pg. 382 doObras Pstumas : ''No desprezemos as crena.a dopassado, por mais imperfeitas que sejam, uma vez queconduzam ao bem. Elas estavam em relao oom oatraso da humanidade; tendo esta, porm. progredido,reclama crenas que estejam em harmonia com suasnovas ideias . Eis a a necessidade da atual crenaesprita, a qual veio esclarecer, completar ou substi

    tuir aquelas crenas que no quizeram ou no puderam acompanhar o progresso da humanidade. O Espiritismo. oomo Religio cientifica, enfrentando e esclarecendo a razo humana acerca dos problemas davida espintual, satisfaz ao mesmo tempo, as exigncias da mentalidade essencialmente racionalista dosculo XX como preenche os enormes anseios de pazo consolao do corao angustiado o aflito da nossapoca.

    6. ) Voltemos agora ao O que o Espiritismo .Antes, porm, relembremos a ordem da coditicao: 1857: O Livro dos Espritos ; 1859: O que oEspiritismo ; 1861: O Livro dos Mdiuna ; 1864: o

    Evangelho Segundo o Espirtismo ; 1865: O Cu e o- -

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    Inferno ; 1868: A Gnose, os Milagres as Prodies ; 1869: o trabalho inacabado que pcmsou para ahistria do Espiritismo como Obras Pstumaa . Como se v, o livro: O que o Espiritismo , no qualKardec diz no ser o Espiritismo religio, foi o se,u sgundo trabalho. publicado em 1859 dois anos depoisdo O Livro dos Espritos . Querem alguns que K

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    Precisamos ainda tomar em oonsiderao o fatode possuir Allan Kardec uma nioa palavra para in-dicar, ao mosmo tempo. o fenmeno fsico do modiu-nismo (polo qual vem a revelao dos espritos) e adoutrina quo os espritos revelaram. O fenmeno que cientfico. natural e universal, e a ele se pdeaplicar lodo o rigor exigido pela cincia na demons-trao da existncia, da sobrevivncia e da comuni-cabilidade do esprito. A doutrina revelada, essa filosofia, e filosofia de finalidade essencialmente re-ligiosa, pois abaroa o contedo integral que semprefoi a cogitao da Religio: Dous. osprito, evoluo.A esse contedo doutrinrio revelado. no se podo,ovidentemento, aplicar os rigores da cincia. emboraestejam os seus princpios alicorados na mais puralgica, no mau. profundo critrio filosfico, razo porque o Espiritislllo no os impe como atos de f masapenas os expo meditao acurada dos homens;a aceitao doles deve ser concionte e voluntria.Asllim quando na linguagem de Kardoc ns o vemosafirmar que o Espiritismo Cincia, quer ele se refe-rir ao aspecto medinico, ao problema da existncia,da sobrevivncia e da comunicabilidade do esprito;quando o coclifioador afirma que o Espiritismo umadoutrina filosfioa ou moral, que ele no est mau.se referindo co fenmeno medinico m s sim o conjunto de princpios revelados pelos espritos que oori

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    A contradio entre a orie:itc:o filo-61ica-religiosaque unprlmiu Doutrina. e sua.s palavra11 em O que o Espiritismo", afirmando que o Eopiriti:nno no erareligio, apenas apc:::"e l e; realmente no

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    mesmo que olo afirmou ser o espiritismo uma doutrina filos6fica.E.s outra e:rpresso do codificador em O que

    o Espiritismo , liVTo publicado em 1859, e para esclarecer o tr ir o crtioo, o ctioo o o clericalista: OEspiritismo uma cincia que. repito, tem consequncias morais que so a confirmao o a prova dos grandes princpios da religio; quanto s questes secundrias elo aa abandona conscincia de cada um .Eis do novo que elo se refere ao fato modimco e daidizer que cincia; ao conjunto de princpios rcvolados elo chamou consequncias morais quo so aconfirmao o a prova dos grandes princpios da religio . Ele est indicando. pois, ainda uma vez. quea Doutrina revelada de carter religioso, o que afonte da revelao que cientfica.

    Eis um exemplo em que a expresso ''.Espiritismo tanto pode indicar o fenmeno medinico comoo contedo filos6fico da Doutrina revelada: Eia porque, sem ser uma religio, o Espiritismo se prende

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    cando a f no cronte dbio, ovidentemontc s pode sercincicr religiosa ou filosofia religiosa.Eis, por fim uma exprosso de Kardec em queele usa a pctlavrcr Espirito para significar, no maiso fenmeno cientfico do mediunismo, mas apenas oconjunto dos princpios filosficos que constituem aDoutrina: O Espiritismo era apenas uma simplesdoutrin filosfica foi a igreja quo lhe deu maiorespropores, apresentando-o como inimigo formidvol;foi ela quem, enfim, o proclamou nova religio . Aqui,como se v, ele define o Espiritismo como doutnnafilosfica e no como cincia; quo o que estavaom jogo eram os princpios dela, e no a sua base pr-tica. O cloro viu logo que essa doutrina era religios e vinha so opor ao processo, s prticas e a muitos ensinos do catolicismo; essa era, e ser a grandeadversria do catolicismo, mas no competir comele seno no campo filosfico, jamais se preocupandocom o culto externo e a hierarquia sacerdotal caractorstica da religio catlica, caracterstica essa que, r -pito, era. e talvez ainda por certo tempo ser tidacomo a caracterstica der religio; ou como o cleroe religio, ou no como o clero o no religiiio;nesse sentido foi que Kardoc afirmou que o Espiritismono er religio. H nesse mesmo livro uma afirmao de Kardecque Jogo nos revela o quanto o Espiritismo Religiono seu sentido verdadeiro, no seu sentido filosfico.Ei-la: Os espritos proclamam um Deus nico, soberanamente justo e bom; eles dizem que o homem livre e responsvel por seus atos, remunerado oupunido pelo bem ou pelo mal que houver feito; colocam acima do todas as virtudes caridade evanglica e seguinte regra sublime ensinada pelo Cristo:FC12er aos outros como queremos que nos seja folio.No so esses os fundamentos d religio? Ora, se> Espiritismo ensina exatamente os f ~ C a m e n t o s da

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    religio, por que no ser ento religio? qu notem o culto externo e a hierarquia sacerciotal comunsi_ 3 religies c xt hoje existentes na Terra; isso, porm, de somenos importncia. pois o que reforma. oditica e eleva para o Criador exatamente aquilo queo Espiritismo traz: o culto interno, feito de principiosfilosficos espiritualistas slidamente alicerados nalgica, na razo e nos fatos nc:xturais. e aquele desideratum imperioso da reforma ntima.Quc-m osso todas essas afirmc:xtlvas de Kardec nesso livro O que o Espirilisrno" ficaria sem entenderpor que Kardec afirma uma coisa e d margem aque se fique na dvida, dando, elo mesmo, os eiementos que mostram ao leitor que o Espiritismo religio. Realmente haveria a uma certa contradi-. o, no s com as palavras dos= citaes, comotambm com a orientao geral de toda a codificacoque, como j vimos, fundamental e predominantemente religiosa. Lendo-se, estudando-se o conjunto dasobras e das afirmativas, chega-se, porm, concluso de que a contradio apenas aparente, e queKardec foi a ela levado peles motivos qui expostos. Procedesse logo de outra forma. talvez e'etivesse impedido a implantao da doutrina. Sejapelas razes qui expostas, seja porque evolusse emrclaao ao conceito do Espiritismo como Religio, ofalo que Kardec, felizmente, deixou bem claro esseconceito e nunca o fez com tanta preciso como emaeu ltimo dlscurso, proferido no dia L de Nove,,:bro

    de 188, isto , cinco meses antes de sua desoncarnao. Levado pela sua prpria conscincia ou pelaimposio intuitiva de seus mentores espirituaiB, osquais evidentemente sabiam de sua prxima desen-cama:;uo. Kardec fala com clareza meridiana sobreesse cssunlo. Seno, vejamos: "Se assim diro,o Espirit smo ento urna religio? PerfeitamonteScn dvida; no sentido fi:osfico, o Espiritismo 6 uma1eligio, e ns nos ufanamos disso". . . Por que en-

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    to declarmos C U" o Espiritismo no una religio?Por isso que s temos wna palavra para exprimir duaaidias ditexentes e porque, na opillio geral, a palavrateligio insoparvol da de culto: revela exclusivamente uma idia de forma, o o Espiritismo no isso.Se o E:>piritismo so dissesse uma religio, o pblico,s veria nele uma nova edio, uma variante, se aseim nos quisermos expressar, do princpios absolutosem matria de f uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias. de cerimnias e de p r i v i l g i o ~o p lico no o separaria das idias de misticismoe dos abusos contra os quais sua opinio se temlevantado tantaB vezes. No possuindo nenhum dOIJcaracteres do uma religio, na acepo usual da palavra, o s p i r i t i ~ m o no poderia nem deveria omar-se com um ttulo sobre o valor do qual inevitvel-1'1ente se ostabeleceria a incompreenso; eis por quele ss di. simplesmente doutrilla filosfica e moral'.Os grifos de todo esse trabalho so meus o osuso aqui para ressaltar quo Kardec temia c;i incompreenso DO POVO. o qual no sabe separar o joio(culto externo) do trigo (culto lntomo . em Roligio,o que levaria a uma falsa interpretao do Espiri- .tismo. Por6m. no conceito verdadeiro de Religio, noconceito elevado, puro, filosfico, Kardec. deixou claroque o Espiritismo Religio. Fundido como est como Cristianismo verdadeiro de h dois m l anos, o Es-piritismo no s religio, mas. como Cristianismoredivivo, a essncia religioso, o cerne da Religio.o prpria Religio que ser conhecida, aceita e vividapola humanidade do fut-.uo, e no apenas UMA religio ou uma seita crist.Religio, do ponto de vi3ta elevado por que oencaramos, filoso ia que cwdo das leis divinas querogom o vida espiritual, e quo estabelece as normasde conduta, individuais e coletivas, que levam ascriaturas realizao consciente da Vontade doCriador; existem, pois, nela, duam necessidades imp&-

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    riosaa: uma de conhecimento. outra de sentimento.Sendo seu objetivo a realizao do Reino de Deua. oestando e.ue reino dentro do ns. e no fra. conclu- 0 que o culto externo est totalmente excluidodo sentido verdadeiro de Religio, a qual prescindedele. quo se nos apresenta pois, como mera e pre>-visria contingncia dos espritos pouco evoluidos queno sabom so desvencilhar das coisas do naturezama1erial o ilusria na realizao das coisas ospirituais e definitivas. Assim, pois, o conceito verdadeiro sobro wna determinada religio estar semprena razo inversa do seu culto externo, e na razodireta do sou culto interno. feito de conhecimento edo sentimento.Evoluimos para essa Religio. que foi a de Jesua.e j nos desvencilhmos de muita coisa do cultoexterno. aproximando-nos, mormente ns. os espritas. daquele culto a que se referiu Jesus quando is-se mulher samaritana: Dia vir om que no ade>-rareis a Deus nem nesse monte. nem em Je.ruaalm.mas sim em esprito e verdade. pois tais so os ade>-radores que o Pai deseja que o adorem ..O paradigma religioso Jesus. e nenhuma doutrina filosfica. cientfica ou religiosa impele mais ahumanidade atual para essa perfeio rolgiosa doque o Espiritismo. o qual traz ao mundo uma concepo mais aproximada de Deus. instruindo os homenssobro todos os princpios para uma convico cientfica da cxlstncia e sobrevivncia do esprito, mostrande>-lhes. com clareza meridiana. o caminho da eve>-luo espiritual, a aproximao. cada voz mai.a llima e mais consciente. do filho com o Pai. da criatur com o Criador. marcha essa que a essnciae a finalidade mxima da Religio.

    Concluindo. diremos que. sendo a codificao de

    Kardec o eixo em tomo do qual gira o Espiritismo e.-

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    sondo essa codificao, como vimos, claramenteprevalente, no seu carter filosfico-religioso, sobreseu aspecto cientfico, julgamos ser multo mais acertado conaidP-rar o Espiritismo Kardoccmo como umafilosofia religiosa do base cientfica, do que como umacioncia do consequncias religiosas, mesmo porquea Cincia esprita vem depois de Kardec e. estandoa essncia da Doutrina com o codificador, no 16gico, nem justo, supor ou considerar que essa essncia provenha de algo que vem depois dola.Esse conceito que aqui exponho, e quo 6 o queacoito o adoto est de pleno acordo com as palavrasdo Emrnanuol, pg. 83 de A Caminho da Luz :A tarefa do Allan Kardoc era dilicil o complexa.Competia-lho reorganizar o edifcio desmoronado dacrena, reconduzindo a civilizao s suas profuDdas

    b ses religiosas .Alis, 8 sa afirmativa to clara e categrica, deEmmcmuel, est condizendo perfeitamente com aquelaoutra contida em Obras P6stumas , pg. 264.quem.do Kardec se refere primeira mensagem medinica que recebeu acerca de sua misso e que diztextualmente: No haver diversas religies, nemh: mistor seno de um

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    edifcio da crena ser reorganizado nas .txues doCristianismo verdadeiro, e a civilizao humana serrocondl12ida, pelo Espiritismo-cristo, s suas profundas bases religiosas. O Espiritismo, tendo ralas emtodas as crenas", o denominador comum de todaselas o sor, pois, em tomo dele que, segundo penso,se realizar a unificao religiosa do planeta, tendo,como ba.so cientfica, cr mediunidcrdo (sobrovivencicr ; como base filosofica, cr lei der evoluo (reencarnao) e, como base moral o esprito de solidariedade universal, principies essos quo correspondero, respoctivamonte, aos aspectos der logica, de estelica a deetica der Religio do futuro.

    Penso que atingi a meter que visei e que, depoisde meditar sobre tudo o que aqui ficou relatado.ningum ousara mais fum r que o Espiritismo no Religio. Foi o que conseguimos alinhar, e penso que 1 11sobasto para elucidar o temer "Kcrrdec e o Eap.izitismoreligioso". )Qvomos o podemos, porm, pror.seguir,para a olucdcro do outro temer: O Espiritismocomo Religio". E' o que vamos fazer, mostrandoque o Espiritismo cr continuao do Cristianismo.como o novo Pcrrcleto, como o Esprito Consolador.como o Esprito Verdade prometido por Jesus.

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    O ESPIB.l 'TISMO COMO CONTINUAO DOCRISTIANISMOO Espiritismo encerra todas as condies proco-as para a caracterizao do Esprito Consolador que. em tempo oportuno, isto , quando a buma

    x; dado pude e compo1icrr o complemonto de owsprprios onainamentos Jesus nos enviaria.Afirrnando que o Consolador ficaria conosco parasompro, o ~ c l r o c e u Jesus que no se tratava de seresencarnados, e, do fato, o Espiritismo vom polos de

    sencarnados, edificando-se em Doutrina, a qual acompanhar o homem, esclarecendo-o cada voz mais,do acordo com a capacidade e com a necessidadeda humanidade encarnada_O mundo no v o Parcleto, nem o conhece,mas vs o conhecereis, porque ele habita convoscoe eatar em vs". Reab:nente, os encarnados, exce o .os videntes, no vem os espritos e geralmente nosontom a sua influncia, mas oa adeptoa os sentemjunto de si. falam coro eles pela mediunidado dosnovos protelas o, pela prpria modiunidado intuitiva.sentem a presena e a inspirao dosso Consolador."Elo v ~ dir o quo est para vir".Ora. a faculdade da premonio. acerca dos fatos individuais e coletivos, uma das caractemticasdo mediunismo, ficando a5'lim ns, os espritas, a parde muitos falos que esto por se realizar, emboranenhum de ns realize sesses medinicas com taisobjetivos.Ele vos far lembrar do tudo o que vos tenhodito .

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    e fato, pelas elucidaes trazidas pelo Espiritismo. ns vamos tirando o joio quo foi misturado aotrigo, nos Evangelhos, esclarecendo textos, pondo omha;rmonia filosfica o conjunto evanglico, percebendo claramente, atravz da letra que mata, o esprito que vivifica. Da a interpretao esprita dosEvangelhos ser, em certos aspectos, diametralmentecontrria ao ponto do vista dos catlicos e dos prtestantes, mormente no conceito acerca de Dous, daevoluo humana, das dores e das alegrias da vidaaps a morto do corpo fsico.Por im Jesus diz, acerca do Parcleto: Ele vosensinar todas as coisas o vos conduzir Vcrdado .

    Ainda a o Espiritismo se manifesta digno doConsolador, pois vem nos oferecendo ou ampliandoo conhecimento sobre uma srie imensa de verdadese, entre elas: 1) A sobrevivncia do esprito, que por ele, o smento por elo. demonstrada cientilicamente; 2) Jesus como o Cristo, isto , como o mentor ospiritual do planeta Terra. ensinamento que es-clarece urna srie de importantes afirmaes evan-glicas; 3) A r e e n c a r n a ~ o com todo o acervo dosuas consequncias morais, filosficas, cientficas eteolgicas; 4) A vida depois da morte. Os livrosde Andr Luiz, no Brasil, o os do rev. Dalo Owen.na Inglaterra. constituem uma verdadeira cincia davida post-mortem. revelando o erro tromendo dos ensinamentos ministrados a esso respeito. pelas religiesditas crists , isto , pelo catolicismo romano epelo protestantismo; 5) A base cientfica dos ensinamentos morais e religiosos, verdadeiros; 6) Oconceito do Filosofia da Vida, na sntese da Cinciae da Religio; 7 O problema do livre

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    e . legtima acepo; 11) As relaes entre a malria. ou forma-efeito. e o esprito ou idia-causa.No bastam

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    No l :a=o chamado de Jesus", os novos dlsc:pulos pau

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    O poder religioso da poc de Jesus, emboracom o conhecimento de verdades profundas. era eminentemente poltico, matorializado, economicamenterico e euoncialmente ambicioso das coisas do mundomaterial; Jesus foi o oposto; hoje se d o xnosmo contraste em relao ao catoliciamo e ao espiritismo.Como se v, as analogias e semelhanas entreo Cristianismo e o Espiritismo so profundas e desorto a nos autorizar a convico de que a segundadoutrina a continuao da primeira.Em relao ao princpio das reoncarnaes e salvao para todos. pregada pelo Eapirilismo. a contradiao com os textos evanglicos 6 puramente apa-rento, pois l esto ntidas essas duas verdades JXxsicas. ntidas para os que sabem ler o esprito daletra, e para os que procuram a harmonia dos textosevanglicos entre si.r111a m ..nte, com vistas revelao diVla feitaa Pedro. acerca da pessoa de Juua. lembremos queo Mestre prometera edificar a Sua Igreja sobre aPalavra de Deus vinda pela revelao, revelaoe.ssa transmitida pelo mediunismo. Perguntamos agora: sendo o Esp ritis1'lo continuaao do Cristianismo, como o reconhece o prprioKardec e. sendo o Cristianismo Rcligio, por que noh de ser Religio tambm o E3piritiamo?Os advorsrios do Espiritismo religioso poderiamalegar que o Cristianismo no Religio, mas issocompete a e es demonstrar, e no a ns. O mundointeiro tom o Cristianismo na conta de Religio e, sea Religio de Jesus ora bem diferente da atual, cabea estci ltimo adaptar-se ao modelo que o Alto enviou Terra. moclclo de perfeio. que foi Jesus. cuja

    o l i g i ~ : o se caracterizava pela obed.inca absolutae consciente Vontade de Deus; que tinha por temploa prpria natureza; por altar a prpria censcienciae. por fmalidado, a pregao da Verdade o a excm-

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    plificao do Amor, tudo sentido e vivido na maisampla humildade e na mais profunda sinceridade.Essa era a Religio de Jesus, Religio de espirlto eVerdade, ligao permanente com a Vontado doCriador. Para i: caminhamos todos n s e l: chegaremos um dia_Que Elo , o Cristo, sintetiza a Religio, a ligaocom o Pai, Ele mesmo quem o afirma nesta expresstextual: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida;ningum vai ao Pai seno por mim . Religio essaligao, esse caminho, essa vida que conduz a criatura ao Criador. Jesus Cristo, pois, no simbo Ua nemsintetiza uma religio, mas sim A Religio.Elo o Cristo, o Enviado para conduzir a humaDidade Lei, Lei essa em cujo nome Ele falava, poisestava nola e ela se retletia ao mundo teneno porlnterme

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    RICHET OPIN SOBRE NECESSID DE DE UMRELIGIO

    Dirigindo-me agora aos espritas e aoa espiritualistas metapsiquistas, os quais costumam tor fobiapela religio. detestando que se falo om Espiritismoreligioso, quero lembrar-lhes apenas que a superioridade incontestvel da Cincia metapsquica sobre todas as demais cincias reside exatamente nas consequncias morais e sociais que dimanam de seu estudo. isto . das pesquisas cientficas acerca da oxistncia, da sobrevivncia, da comunicabilidade doesprito e do seus poderes e suas (pculdades; issoa 0% se dirigir, pois, para as mesmas nalldadcsque sempre motivaram a existncia das religies. Epara que no paire dvida alguma quanto noco'ssidade imperiosa da Religio, lembrarei aqui apenasas palavras do fundador da Metapsquica. o exigentssimo sbio que se chamou Charles Richot, tiradasde seu ltimo livro intitulado: Au Secours . Ei-las:Sou forado a confessar que o progresso das cincias (que tanto honram a inteligncia humana o lhemolhorarn as condies de vida material) no transformar a nossa mentalidade, nem nos dar outraconcepo do dever _. . . Supondo mesmo que, por miraculosos progressos, a biologia tenha conseguido afastar a odiosamarcha da velhice e dado vida humana.. no aexistncia de 500 anos, que seria absurda, mas umadurao mdia de cem anos, em substituio aoa 50anos da vida mdia atual, esse progresso no transformaria a noesa vida interior, no estabelccoria averdadeira fraternidade entre os homens, fraternidade quo substituir o nosso insuportvel orgulho, ( es-

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    tpido. alis), orgulho individual ou nac o cl, quenos tom cri tur n:UservcisEm geral. essa transformao moral. quu as ciimcias no nos podem oferecer, as religi pretendem ocasionar e proclamam a fraternidade s ~ m contudo, a praticar. Esperemos pelo mundo rovo queentrevemoi; em nos:JOS sonhos do porvir ali pelos2.035; 20.350; 203.500 que sei eu? Conhe-:or oleurna nova religio? Racionalista inveterado. vejo-meobrigado a testemunhar que foi aempre urna reli;iaoquem do=ou os homens. E religio c r e n ~ a emforas morais que excedem as foras materiQlS. Osgregos, os romanos, os cartagineses, os gauleses, atmesmo os hunos. tinham uma religio que dirigiasuas concepes e seus atos. Ora, hoje, depois dasfogueiras, dos exlios, das torturas e das guerr"'S sangrentas, quatro grandes religies se eslabeleceram epartilham o domnio do mundo. So elas. porm, tofracas om suas invenes, perdendo-se com a fantasiados dogmas ridculos, que se extinguiro um dia.VIr o momento cm que o puritano de Baltimore, opescador de Rosco , o trabalhador do Cairo, o parsede Calcula, compreendero que a sua no temapoio seno cm lendas inverossmeis contadas pelasumas de leite quando eles se encontravam no bero.Um momento vira (pr6ximo ou longnquo, no sei)em que cm cerimnias litrgicas conservadas pP.la rotina (sem neias crer) desaparecero. Hoje mesmoe a:s ia esto caindo em desuso. Nem IDO mO enl oos ma.is fanticos cristos, maometanos e judeus, existe velha e slida crena de outrora. Hoje, a dvidauniversal domina. Ningum possui f robusta doitciiano, do francs, do alemo do sculo XI. Comosou audacioso, afumo que a humanidade necessitade uma religio, de urna adorao que n:o soja ado dolar, o afirmo tambm que as concepes da humanidade futura alcanaro muito alm da explicao material e mecnica das coisas quo nos aurpre-

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    endem. A vida no valeria o trabalho de ser vividase tivssemos smente o nosso corpo, maia ou menosinfecto. para fazer viver. com suas ezermidados inol u t v e ~ debilidades e senilidades, o ae a nos.a existncia inteloctual no estivesse envenenada com ossentimentos baixos do egosmo e da inveja.Todas as religies tem por principais dO

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