o espanhol uma lingua viva

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Informe sobre a situação do Espanhol no mundo

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Page 1: O espanhol uma lingua viva
Page 2: O espanhol uma lingua viva

Capítulo 1. O espanhol e seus falantes em cifras

• Mais de 450 milhões de pessoas falam espanhol.

• O espanhol é a segunda língua do mundo em número de falantes nativos e o segundo idioma de comunicação internacional.

• Por razões demográficas, a porcentagem de população mundial que fala espanhol como língua nativa está aumentando, enquanto a proporção de falantes de chinês e inglês diminui.

• Em 2030, 7,5% da população mundial será hispanoparlante (um total de 535 milhões de pessoas), porcentagem que se destaca sobre o russo (2,2%), o francês (1,4%) e o alemão (1,2%). Nessa data, somente o chinês superará o espanhol como grupo de falantes de domínio nativo.

• Dentro de três ou quatro gerações, 10% da população mundial se entenderá em espanhol.

• Em 2050 os Estados Unidos serão o primeiro país hispanoparlante do mundo.

• Aproximadamente 14 milhões de alunos estudam espanhol como língua estrangeira.

• O inglês, o francês, o espanhol e o alemão, nesta ordem, são os idiomas mais estudados como língua estrangeira, segundo os dados de 2005.

• Aproximadamente 237.000 estudantes viajaram para a Espanha para aprender espanhol durante 2007.

• A imagem da língua espanhola está associada à difusão de uma cultura internacional de qualidade.

• O Instituto Cervantes registra um crescimento anual de 21% em número de matrículas de estudantes de espanhol.

Page 3: O espanhol uma lingua viva

1. Milhões de falantes por línguas

No mundo se falam aproximadamente 7.000 línguas, mas a maior parte das pessoas se comunicam em um número reduzido delas. Algumas línguas contam com uma população nativa muito extensa, como o chinês, o espanhol, o hindi e o inglês. Outras não têm uma demografia tão potente, mas possuem uma ampla difusão internacional, como o francês, o árabe ou o português. O espanhol é a segunda língua mais falada no mundo como língua nativa.1

Tabela 1. Línguas mais faladas no mundo como nativas

IDIOMA MILHÕES DE FALANTES

Chinês 1213 milhões Espanhol 329 milhões Inglês 328 milhões Árabe 221 milhões Hindi2 182 milhões Bengalí 181 milhões Português 178 milhões Russo 144 milhões Japonês 122 milhões Fonte: Ethnologue. Languages of the World. 16t Ed., 2009.

2. Número de hispanoparlantes

O espanhol é uma língua falada hoje por mais de 450 milhões de pessoas, como língua nativa, segunda e estrangeira, segundo dados do Instituto Cervantes. É a segunda língua do mundo em número de falantes nativos e o segundo idioma de comunicação internacional.

Segundo o catedrático de Linguística da Universidad de Valencia, Ángel López, é interessante distinguir entre o termo “hispanidade” e “hispanofonia”. A hispanidade remete aos países hispanos, ou seja, aqueles nos quais o espanhol é língua materna e representa a entidade étnica e cultural de seus habitantes. Os territórios hispanófonos são aqueles onde o espanhol não é a língua materna da maioria de seus habitantes, mas onde estes se movimentam em seu âmbito linguístico com relativa fluidez, como ocorre em muitas regiões dos Estados Unidos3.

1 Francisco Moreno Fernández e Jaime Otero Roth. Atlas de la lengua española en el mundo. Barcelona: Ariel -

Fundación Telefónica, 2007.

2 Nas cifras correspondentes ao hindi não se incluem os 60,6 milhões de falantes nativos de urdu. 3 Enciclopedia del español en el mundo. Anuario del Instituto Cervantes. 2006 – 2007

Page 4: O espanhol uma lingua viva

Tabela 2. População dos países hispanoparlantes

PAÍS POPULAÇÃO

México 109.610.000 Colômbia 45.660.000 Espanha 44.900.000 Argentina 40.280.000 Peru 29.170.000 Venezuela 28.580.000 Chile 16.970.000 Guatemala 14.030.000 Equador 13.630.000 Cuba 11.200.000 República Dominicana 10.900.000 Bolívia 9.860.000 Honduras 7.470.000 Paraguai 6.350.000 El Salvador 6.160.000 Nicarágua 5.740.000 Costa Rica 4.580.000 Porto Rico 3.980.000 Panamá 3.450.000 Uruguai 3.380.000 Guiné Equatorial 680.000 Total 416.580.000 Fonte: El estado del mundo 2010. Madrid: Akal.

Tabela 3. Hispanoparlantes nos países onde o espanhol não é língua oficial

PAÍS 1. GRUPO DOMÍNIO NATIVO 2. GRUPO COMPETÊNCIA LIMITADA

Andorra 42.000 25.000 Argélia 300 48.000 Antilhas Holandesas (Bonaire e Curaçao) 126.000 Aruba 75.000 Austrália 107.000 341.000 Belice 107.000 22.000 Brasil 410.000 96.000 Canadá 253.000 293.000

Page 5: O espanhol uma lingua viva

Estados Unidos 36.305.000 6.405.000 Filipinas 439.000 Guam (EUA) 19.000 Ilhas Caimã 2.000 Ilhas Virgens (EUA) 17.000 Israel 90.000 85.000 Islândia 700 Jamaica 8.000 Marrocos 4.000 66.000 Noruega 12.500 Russia 3.000 Saara Ocidental 22.000 Suiça 86.000 25.000 Trinidad e Tobago 4.000 Turquia 400 8.000 União Europeia (exceto Espanha) 2.397.000 15.615.000 Outros Países 12.000 87.000 Total 40.520.000 23.138.000 Fonte: Censos oficiais de cada país.

A cifra atual de hispanoparlantes usada pelo Instituto Cervantes está baseada na informação procedente dos censos oficiais realizados entre os anos 2000 e 2005, por meio das quais se pode projetar aproximadamente a cifra para o ano 2009-2010. A partir disso o Instituto Cervantes estima que hoje mais de 450 milhões de pessoas já falam espanhol, incluindo os falantes de domínio nativo, os de domínio limitado e os falantes de espanhol como língua extrangeira. A estimativa do número de falantes para o ano 2050 é de 550 milhões de pessoas4.

Tabela 4. Falantes de espanhol

MUNDO HISPÂNICO FORA DO MUNDO TOTAIS HISPÂNICO

Grupo Domínio Nativo 9.461.000 40.520.000 99.981.000 35 3da 1.860.000 23.138.000 24.998.000 Grupo Competência Limita

Grupo Aprendizes Língua Estrangeira 14.000.000 Grupo Usuários Potenciais 438.979.000 Fonte: Estimativas do Instituto Cervantes, registros de residentes estrangeiros e outras fontes.

4 Ernesto Ríos. El español en los sistemas de información: perspectivas de futuro. Consejería de Agricultura, Pesca y

Alimentación. Representación Permanente de España ante la FAO y el PMA, 2003. FAO: Trabajando en cooperación.

Madrid, 2003 http://www.fao.org/tc/tca/esp/pdf/Ernesto_R%C3%ADos.pdf

Page 6: O espanhol uma lingua viva

Entre as comunidades hispanoparlantes, uma das que demonstra maior força é a estadounidense. A população hispânica é mais jovem que a média norteamericana. Em 2006, 33,8% eram menores de 18 anos frente a 21,3% dos brancos não hispanicos. A população hispânica é neste momento a principal minoria dos Estados Unidos e suas previsões de crescimento fazem com que mantenha essa supremacia.

Gráfico 1. Porcentagem de população hispânica

Fonte: Selig Center for Economic Growth, Terry College of Business, The University of Georgia, Julho 2008

Uma das chaves da manutenção e do crescimento do espanhol nos Estados Unidos está no seu importante nível de conhecimento e uso dentro dos lares hispânicos. O fato de ser hispano não significa que se saiba falar espanhol nos Estados Unidos, no entanto a correlação entre ambos fatos é muito elevada. Cerca de 80% das famílias hispânicas utilizam em maior ou menor medida o espanhol para comunicar-se.

Tabela 5. Idioma falado em casa e habilidade para falar inglês

POP. TOTAL POP. HISPANA

Só fala inglês em casa 82.1 21.4 Fala em casa um idioma que não é o inglês e fala inglês "muito bem" 9.8 37.9 Fala em casa um idioma que não é o inglês e fala inglês menos que "muito bem" 8.1 40.7 Fonte: Escritório do Censo dos EUA. Compêndio de Dados 4 do Censo 2000.

Page 7: O espanhol uma lingua viva

3. Previsão de crescimento

A análise da evolução demográfica das cinco línguas mais faladas do mundo –chinês, inglês, espanhol, hindi, árabe - entre 1950 e 2050 reflete que, em termos relativos, a proporção de falantes de chinês e inglês diminui por razões de demografia mundial. Ao contrário, tanto o espanhol como o hindi estão conhecendo um aumento moderado, mas contínuo, de seu número de falantes. O árabe, ainda que revele um nível menor de uso, apresenta um maior crescimento relativo5.

Existem outras projeções, como a da Britannica World Data, que estimam que, para 2030, os hispanoparlantes serão 7,5% dos falantes de todo o mundo (um total de 535 milhões), muito acima do russo (2,2%), do francês (1,4%) e do alemão (1,2%). Nesta época, somente o chinês superará o espanhol como grupo de falantes com domínio nativo.

Se a tendência não mudar, dentro de três ou quatro gerações 10% da população mundial se entenderá em espanhol. Em 2050, os Estados Unidos serão o primeiro país hispanoparlante do mundo. As estimativas realizadas pela Oficina do Censo dos Estados Unidos dizem que os hispanos serão 132,8 milhões em 2050, quase o triplo dos 46,7 milhões da atualidade. Isso leva a crer que 30% da população, quase um de cada três residentes nos Estados Unidos, será hispânico6.

4. Número de estudantes de espanhol

O inglês, o francês, o espanhol e o alemão, nesta ordem, são os idiomas mais estudados como língua extrangeira segundo o Primer informe Bertliz sobre el estudio del español en el mundo, elaborado no ano de 2005.

5 Francisco Moreno Fernández e Jaime Otero Roth. Atlas de la lengua española en el mundo. Barcelona: Ariel -

Fundación Telefónica, 2007.

6 http://www.census.gov/Press-release/www/releases/archives/population/012496.html

Page 8: O espanhol uma lingua viva

Gráfico 2. Idiomas mais estudados como língua estrangeira

Fonte: Primeiro Informe Bertliz sobre o estudo do espanhol no mundo (2005).

Ainda que não existam dados universais, completos e comparáveis, se estima que pelo menos 14 milhões de alunos estudam espanhol como língua estrangeira. Este é o resultado da soma do número de estudantes de espanhol existentes na atualidade em 86 países que não tem o espanhol como língua oficial. As cifras se referem a todos os níveis de ensino – inclusive o não-formal - e se reúnem os dados disponíveis em cada um dos países. Eses dados não são completos nem exaustivos e apenas refletem dados dos centros de ensino privado. Por isso, o Instituto Cervantes calculou que a demanda real de espanhol é, no mínimo, 25% superior aos dados que abaixo estão detalhados nas tabelas7.

Tabela 6 e gráfico 3. Número aproximado de estudantes de espanhol no mundo

África 511.186 Oriente Próximo 15.101 Ásia-Pacífico 172.236 América 7.099.664 Europa 3.498.776 Total 11.296.963 Estimado IC 14.000.000

7 Francisco Moreno Fernández e Jaime Otero Roth. Atlas de la lengua española en el mundo. Barcelona: Ariel -

Fundación Telefónica, 2007.

Page 9: O espanhol uma lingua viva

Fonte: Enciclopedia del español en el mundo. Anuario del Instituto Cervantes 2006 – 2007.

Existem indicadores parciais de que a demanda de espanhol cresceu nos últimos anos. O Brasil, segundo estimativas do seu Governo, contará com uns 30 milhões de pessoas que falarão espanhol como segunda língua em apenas uma década. O número de matrículas de espanhol dos Institutos Cervantes de todo o mundo se multiplicou por dez entre 1993 e 2008 e a demanda continua crescendo8. No curso de 2007/2008, o número de matrículas de espanhol foi 21% maior que a do curso anterior.

Gráfico 4. Evolução do número de matrículas no Instituto Cervantes

Elaboração própria a partir de dados da Enciclopedia del Español en el Mundo. Anuario del Instituto Cervantes, 2006-2007 e da Memoria anual del Instituto Cervantes 2007/2008.

8 Francisco Moreno Fernández y Jaime Otero. Atlas de la lengua española en el mundo. Barcelona: Ariel - Fundación

Telefónica, 2007.

Page 10: O espanhol uma lingua viva

O informe da multinacional de ensino Berlitz também mostra que a demanda de espanhol em suas academias cresceu 9,5% no período 1989 – 2004, longe do chinês (454,01%) e do inglês (43,2%), mas mais que o italiano (-17,2%), o francês (-17,2%) ou o alemão (-42,8%).

Por outro lado, os Diplomas de Español como Lengua Extranjera (DELE) são os títulos oficiais acreditativos do grau de competência e domínio do idioma espanhol, que outorga o Instituto Cervantes em nome do Ministério de Educação da Espanha. A oferta dos DELE abarca mais de 100 países9. No curso de 2007/2008 a rede de centros de exame cresceu mais de 15% frente ao curso anterior, passando de 470 centros a 545. O número de aspirantes à obtenção dos Diplomas de Español como Lengua Extranjera (DELE) também experimentou um crescimento significativo com 45.095 candidatos inscritos, frente aos 36.907 do curso anterior, o que supõe um aumento de 22%10.

Gráfico 5. Distribuição geográfica dos candidatos DELE

Fonte: Instituto Cervantes (www.cervantes.es).

9 Enciclopedia del español en el mundo. Anuario del Instituto Cervantes 2006 – 2007

10 Memoria anual del Instituto Cervantes 2007/2008.

Page 11: O espanhol uma lingua viva

Tabela 7. Evolução das inscrições em exames DELE e cursos do Instituto Cervantes

Nº DE MATRÍCULAS Nº DE INSCRIÇÕES DELE

1994 22.000 10.000 1995 25.000 11.000 1996 31.000 12.500 1997 41.000 18.000 1998 47.000 19.000 1999 60.500 19.000 2000 65.000 20.000 2001 72.000 21.000 2002 82.000 23.000 2003 90.000 25.000 2004 107.000 30.000 2005 119.000 34.655 2006 141.916 36.907 2007 172.185 45.095

Gráfico 6. Evolução das inscrições em exames DELE e cursos do Instituto Cervantes

Elaboração própria a partir da tabela de evolução do número de matrículas da Enciclopedia del Español en el Mundo. Anuario del Instituto Cervantes 2006-2007 e das memórias anuais do Instituto Cervantes 2005/2006, 2006/2007 e 2007/2008.

Page 12: O espanhol uma lingua viva

Capítulo 2. O espanhol na União Europeia

• O espanhol é a quinta língua da União Europeia por número de falantes nativos. 9% dos europeus falam espanhol como língua nativa.

• Fora da Espanha, mais de 30 milhões de cidadãos europeus falam espanhol.

• A entrada da Espanha na Comunidade Econômica Europeia, em 1986, significou um claro estímulo para a aprendizagem do espanhol entre os cidadãos comunitários.

• A Espanha é o país da UE que mais acolhe estudantes Erasmus: 17% dos alunos da UE que solicitam estas bolsas vão para universidades espanholas.

• Os cidadãos europeus consideram o espanhol o quarto idioma mais útil da União, depois do inglês, do francês e do alemão.

• O espanhol é um dos cinco idiomas oficiais mais utilizados dentro das instituições comunitárias.

Page 13: O espanhol uma lingua viva

1. Introdução A União Europeia está integrada por 27 estados membros e dispõe de 23 idiomas oficiais para garantir a correta comunicação entre suas instituições e seus cidadãos. A situação do espanhol na UE está determinada fundamentalmente por três fatores: seu status de língua oficial, seu elevado número de falantes nativos e sua forte projeção como língua de comunicação internacional fora da União.

Gráfico 1. Principais idiomas, por percentual, de falantes nativos - UE25

18%

13% 13%12%

9% 9%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

Alemán Inglés Italiano Francés Español Polaco

Fonte: elaboração própria a partir de dados oferecidos no Eurobarômetro especial, n.º 64.3/243 (fevereiro 2006): “Europeans and their languages”. Bruxelas: Comissão europeia. http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_243_en.pdf

Juntamente com o polonês, o espanhol é a quinta língua da União Europeia por número de falantes nativos. Este dado é sem dúvida um argumento de peso na hora de reivindicar uma maior cobertura linguística para este idioma na tradução dos documentos produzidos pelas instituições e na interpretação das reuniões multilíngues. Entretanto, sua forte projeção internacional é a razão que explica, em maior medida, o fato de 6% dos cidadãos europeus terem decidido incorporar o espanhol como língua estrangeira em detrimento dos idiomas que contam com uma porcentagem de população nativa superior, como é o caso do italiano.

Page 14: O espanhol uma lingua viva

Gráfico 2. Principais idiomas, por percentual, de falantes não nativos - UE2511

38%

14% 14%

6% 6%3%

1%0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Inglés Francés Alemán Español Ruso Italiano Polaco

Fonte: Elaboração própria a partir de dados oferecidos no Eurobarômetro especial, n.º 64.3 / 243 (fevereiro 2006): “Europeans and their languages”. Bruxelas: Comissão europeia. http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_243_en.pdf

Por último, o status de língua oficial do qual desfruta o espanhol, faz com que outras línguas que contam com o mesmo percentual de falantes não nativos, como é o caso do russo, não tenham a mesma representação que o espanhol no âmbito institucional da UE.

2. O espanhol como língua estrangeira na União Europeia Fora da Espanha, mais de dois milhões de pessoas falam espanhol com uma competência de falante nativo e outros 28 milhões com uma competência limitada12. A perspectiva da entrada da Espanha na Comunidade Econômica Europeia, em 1986, significou um claro estímulo para a incorporação do espanhol como língua estrangeira por parte dos cidadãos comunitários. Pelo menos isso é o que se observa do aumento experimentado pelo espanhol de 1976, quando a Espanha ainda não fazia parte do clube comunitário, até 1987, justo um ano depois de sua entrada como membro de pleno direito em uma União Europeia de 12 membros.

11 Para facilitar uma comparação com o quadro anterior também foram incluídos os dados correspondentes ao italiano

e ao polonês. 12 Francisco Moreno Fernández e Jaime Otero Roth. Atlas da língua espanhola no mundo. Barcelona: Ariel-Fundação

Telefônica, 2007.

Page 15: O espanhol uma lingua viva

Gráfico 3. Evolução do conhecimento do espanhol como língua estrangeira

7,00%

dic-05 may-0520011999199819951994199019871976

6%

5%5%

4%4%

5%5%5%5%

3,80%

6,00%

5,00%

4,00%

3,00%

2,00%

1,00%

0,00%

Fonte: elaboração própria a partir de dados recolhidos nos Eurobarômetros 28 (dezembro 1987), 38 (setembro 1988), 34.2 (maio 1991), 41 (1994), 44 (1996), 47.2 (1997), 50 (1999), 52 (2000), 55.1 (agosto 2001), 55 (outubro 2001), 63.4/237 (setembro 2005), Eurobarômetro especial 54.1 (fevereiro 2001), Eurobarômetro especial 64.3/243 (fevereiro 2006) e em Abram De Swaan. Words of the World. Cambridge: Polity, 2001, p. 155. As datas de publicação dos Eurobarômetros diferem das de realização dos estudos de campo, que são as refletidas no gráfico.

Também se pode dizer que o prestígio do espanhol como língua estrangeira sobreviveu a ampliações que, devido à origem das línguas nacionais dos Estados aderidos, lhe eram potencialmente adversas. Este é o caso da ampliação de 1995, onde foram incorporadas a Áustria, Finlândia e Suécia, cujas línguas oficiais na UE não pertencem à mesma família linguística do espanhol. Após a ampliação de 2004, a porcentagem de falantes não nativos do espanhol se mantém inalterada, mas aumenta no final de 2005. Este dado resulta especialmente chamativo não apenas pelo desincentivo à aprendizagem do espanhol que seria esperado devido à ampliação da oferta de línguas oficiais da União de 11 a 20, mas sim porque nos dez novos estados membros, a difusão do espanhol como língua estrangeira é, em geral, bastante escassa13. Por isso existe uma grande diferença na utilidade do espanhol percebida pelos estados membros pertencentes ao clube comunitário antes da ampliação de 2004 e aqueles incorporados com posterioridade.

13 Eurobarômetro especial 64.3/243, p. 13.

Page 16: O espanhol uma lingua viva

Gráfico 4. Línguas consideradas mais úteis para o desenvolvimento pessoal e profissional

72%

5%

48%

2%10%

68%

23%17% 19%

2%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Inglés Francés Alemán Español Ruso

Nuevos Estados miembrosUE15

Fonte: Francisco Moreno Fernández a partir de dados oferecidos no Eurobarômetro especial 64.3/243. Contudo, 16% dos cidadãos da UE consideram o espanhol como uma das línguas mais úteis, além de sua língua materna14. Isto classifica este idioma como o quarto mais útil no âmbito da UE. Além disso, esta percepção de utilidade parece se manter ao longo do tempo, já que, desde 1998, sempre foi igual ou superior a 15%. Algo que não ocorre, por exemplo, no caso do francês, cuja utilidade percebida diminuiu consideravelmente desde 2001.

Gráfico 5. Evolução de línguas consideradas mais úteis

69% 69% 68%

37% 37%

25%26% 23% 22%15%

19% 16%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1998% 2001% 2005

InglésFrancésAlemánEspañol

Fonte: elaboração própria a partir de dados obtidos no Eurobarômetros 50 (1999), 55 (2001) e Eurobarômetro especial 64.3/243 (2006). Embora, em geral, o espanhol seja considerado o quarto idioma mais útil atrás do inglês, do francês e do alemão, existem países nos quais o espanhol é classificado como a segunda língua mais útil. É o caso da França e do Reino Unido. De fato, neste último país, o espanhol tirou o alemão desta posição desde

14

Eurobarômetro especial, n.º 64.3/243 (fevereiro 2006): “Europeans and their languages”. Bruxelas: Comissão europeia. http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_243_en.pdf

Page 17: O espanhol uma lingua viva

2001, ano em que 40% dos cidadãos do Reino Unido consideravam que este último idioma era o segundo mais útil. Entretanto, em 2005, o espanhol já ocupou a segunda posição com 34% enquanto que o alemão diminui para 27%15. Igualmente, o espanhol é considerado o terceiro idioma mais útil na Alemanha, Itália, Áustria e Irlanda.

3. O espanhol na educação Nos centros escolares da União Europeia, o espanhol é ensinado fundamentalmente no segundo ciclo da educação secundária geral16 e em especial nos países da UE-15. Na maioria dos casos, o percentual de alunos que estuda o idioma é inferior a 20% e, com frequência, inferior a 10 %. Porém, existem exceções dentro dos países da UE: Dinamarca (27,9%), França (62,4%) e Suécia (40,6%).17 A tendência nestes países parece ser devido à consolidação desta língua no ensino secundário, já que o percentual de estudantes de espanhol durante o período escolar 2005-06 aumentou consideravelmente em comparação ao período escolar 2001-0218. Gráfico 6. Percentual de alunos que aprendem espanhol na educação

secundária geral

7,1 7,5

15 15,4

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Curso escolar 2001-2 Curso escolar 2005-6

Segundo ciclo de educaciónbásica y primer ciclo deeducación secundaria.Segundo ciclo de educaciónsecundaria

Fonte: Elaboração própria a partir de dados obtidos em Eurydice. Cifras chave do ensino de línguas nos centros escolares da Europa. Madri: Eurydice, 2005; y Eurydice. Key Data on Teaching Languages at School in Europe. Bruxelas: EACEA, 2008.

15

Eurobarômetro especial, n.º 64.3 / 243 (fevereiro 2006): “Europeans and their languages”. Bruxelas: Comissão europeia, p. 32. http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_243_en.pdf 16 A idade normal de entrada neste ciclo é de 15 ou 16 anos. Veja a Classificação Internacional Normalizada da Educação

(CINE) 1997, p. 27. http://www.uis.unesco.org/TEMPLATE/pdf/isced/ISCED_E.pdf 17 Eurydice. Key Data on Teaching Languages at School in Europe. Bruxelas: EACEA, 2008, p 69.

http://eacea.ec.europa.eu/ressources/eurydice/pdf/0_integral/095EN.pdf 2008: 69. 18 Eurydice. Cifras chave do ensino de línguas nos centros escolares da Europa. Madri: Eurydice, 2005, p. 50

Page 18: O espanhol uma lingua viva

Gráfico 7. Países com maior presença do espanhol na educação secundária geral (%)

56

2920,8

62,4

40,6

27,9

0

10

20

30

40

50

60

70

Francia Suecia Dinamarca

2001-02 2005-06

Fonte: Elaboração própria a partir de dados obtidos no Eurydice. Cifras chave do ensino de línguas nos centros escolares da Europa. Madri: Eurydice, 2005; e Eurydice. Key Data on Teaching Languages at School in Europe. Bruxelas: EACEA, 2008. A situação do espanhol na educação superior apresenta um panorama heterogêneo. Isto se deve ao fato de que, diferentemente do que ocorre no ensino secundário, a demanda deste idioma na educação superior está mais ligada às preferências dos próprios estudantes do que à rigidez dos planos de estudo. O dado que resulta mais chamativo tem a ver com o Plano de Ação da Comunidade Europeia para a Mobilidade de Estudantes Universitários, mais conhecido como Erasmus. A Espanha é, sem dúvida, o país da UE que recebe mais estudantes Erasmus. Se levarmos em consideração que, segundo os próprios estudantes Erasmus19, um dos principais estímulos para solicitar estas bolsas é o aprendizado de outras línguas20, o dado correspondente ao espanhol indica o enorme interesse que este idioma desperta nos universitários europeus.

Gráfico 8. Principais destinos dos estudantes Erasmus Período escolar 2007-08 - UE27 (%)

19 Comissão Europeia (2007d): “Mobility creates opportunities – European success stories”. Luxemburgo: Escritório de

Publicações Oficiais das Comunidades Europeias. Disponível na Internet: http://ec.europa.eu/dgs/education_culture/publ/pdf/erasmus/mobility_en.pdf [Consulta: 19 março 2008]

20 Richard H. Williams. European Union Spatial Policy and Planning. Londres: SAGE, 1996, p. 268.

Page 19: O espanhol uma lingua viva

17

12,711,4

10,58,9

4,5 4,2

024

68

1012

141618

España Francia Alemania ReinoUnido

Italia Suecia PaísesBajos

Fonte: Elaboração própria a partir de dados obtidos na Comissão Europeia. «Outgoing and incoming Erasmus student mobility for studies and placements combined in 2007/2008», 200921. A maioria dos estudantes Erasmus que visita a Espanha é proveniente da UE15. Entretanto, a Espanha também é o principal país de acolhida de estudantes procedentes da Polônia, o que mostra a crescente inserção desta língua no Leste Europeu. Em outros países, como é o caso do Reino Unido, se observa uma tendência à consolidação da aprendizagem do espanhol entre os estudantes universitários em detrimento de outras que tradicionalmente estavam mais estendidas, como o francês e o alemão.

Tabela 1. Número de estudantes de ensino superior do Reino Unido que estuda línguas oficiais da UE

Ano acadêmico 1998-09 1999-00 2000-1 2001-02 % de 2001-02 comparado com 1998-09

Francês 13675 13015 12145 11075 - 19% Alemão 5415 5115 4760 4475 - 17%

Italiano 2180 2230 2175 2115 - 3%

Espanhol 5005 4975 5075 5155 + 3% Fonte: Hilary Footitt. The National Languages Strategy in Higher Education. Londres: DfES, 2005, p. 9.

4. O espanhol nas instituições europeias Embora o regulamento linguístico da União Europeia22 estabeleça que todas as línguas oficiais devam ter a mesma representação dentro das instituições

21 O cálculo total inclui quatro países extracomunitários: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Turquia. 22 Regulamento n.º 1 do Conselho da União Europeia pelo qual se fixa o regulamento linguístico da Comunidade

Econômica Europeia. Diário Oficial n.° 17 de 6 de outubro de 1958, pp. 0385–0386.

Page 20: O espanhol uma lingua viva

comunitárias, na prática existe um grupo de três línguas que, por circunstâncias históricas, demográficas e políticas, desfruta de uma situação privilegiada23. Estas são o inglês, o francês e, em menor medida, o alemão, que são os idiomas mais utilizados no trabalho diário das instituições. O espanhol ocupa, junto com o italiano, a quarta posição nesta classificação. De fato, em mais de uma ocasião a Espanha e a Itália solicitaram de forma conjunta que, nas reuniões com uma cobertura linguística limitada a três línguas, esta cobertura fosse ampliada para cinco idiomas para incluir assim o italiano e o espanhol24.

23 David Fernández Vítores. A Europa multilíngue: problemas e perspectivas em uma União ampliada. Madri:

Fundamentos, 2010, p. 108. 24 Peter A. Kraus. A Union of Diversity: Language, Identity and Polity-Building in Europe. Nova York: Cambridge

University Press, 2008, p. 130.

Page 21: O espanhol uma lingua viva

Tabela 2 e gráfico 9. Utilização das línguas de trabalho pelo pessoal da Comissão Europeia segundo o tipo de comunicação

Inglês Francês Alemão Espanhol Italiano Dinamarquês Grego Holandês Português

Interna oral 47,1 38,3 5 3,2 2,9 1,3 0,3 1,1 0,8

Interna escrita 49,1 45,4 2,1 1,2 0,6 0,1 0,5 0,4 0,5

Externa escrita 54,6 35,4 4,8 1,2 1,7 0,6 0,5 0,4 0,4

0

10

20

30

40

50

60

Inglés

Francés

Alemán

Españ

ol

Italia

no

Danés

Griego

Neerla

ndés

Portug

ués

Interna oralInterna escritaExterna escrita

Fonte: Carsten Quell. «Language choice in multilingual institutions: A case study at the European Commission with particular reference to the role of English, French and German as working languages». Multilingua n.º 16 (1), 1997, 57-76.

Em algumas agências especializadas da União, este regulamento linguístico ampliado não é apenas uma prática institucional consolidada, mas está reconhecida de fato. É o caso do Escritório de Harmonização do Mercado Interior (OAMI), cujo Regulamento interno reconhece cinco línguas de trabalho: espanhol, alemão, francês, inglês e italiano.25 Contudo, a tendência geral é a de limitar, na medida do possível, o número de línguas utilizadas nas instituições comunitárias e evitar, assim, que o multilinguismo se converta em um empecilho para seu funcionamento26. Em princípio, esta limitação prejudica o espanhol, ao menos no âmbito institucional. No entanto, ao desativar o incentivo que o uso de uma língua dentro das instituições implica para a sua aprendizagem, é provável que grande parte dos cidadãos europeus que atualmente concentram seus esforços em aprender alemão, italiano ou inclusive francês, decida canalizar estes esforços para o aprendizado do espanhol, que conta com uma maior projeção internacional e, portanto, lhes seria mais útil para a comunicação além das fronteiras da União.

25 Regulamento (CE) n.° 40/94 do Conselho de 20 de dezembro de 1993 sobre a marca comunitária, artigo 115. DO CE

n° L 11 de 14.1.1994, p. 1. 26 David Fernández Vítores. A Europa multilíngue: problemas e perspectivas em uma União ampliada. Madri:

Fundamentos, 2010, p. 176.

Page 22: O espanhol uma lingua viva

Capítulo 3. O Espanhol e a ciência. • O espanhol é um instrumento essencial para a difusão dos

resultados dos estudos científicos relacionados com o hispanismo e com a América Latina.

• A Espanha ocupa o décimo lugar na classificação mundial de produção científica.

• Na classificação de citação, a Espanha está em décimo primeiro lugar, depois de superar a Suécia em 2004.

• A Espanha apresenta um índice de especialização temática superior ao mundial em ciências espaciais, ciência da agricultura, matemática, física, engenharia e clínica médica.

• Atualmente, o número de revistas em língua espanhola incluídas na base de dados do ISSN constitui 4,4% do total, o que se supõe que, em termos absolutos, seu crescimento foi superior a 75% em relação à 2001.

• O número de revistas espanholas de ciências sociais incluídas no Journal Citation Report (JCR) cresceu cinco vezes desde 1998. Este é o índice mais atualizado para medir a qualidade de uma publicação em série no âmbito científico.

Page 23: O espanhol uma lingua viva

1. A difusão científica em espanhol A projeção internacional das quais gozam a literatura, a música ou a pintura espanholas não se manifesta igualmente no âmbito da ciência27. Isto se deve, fundamentalmente, ao fato de que os avanços atuais no campo da investigação técnica e científica possuem como língua veicular o inglês28, que é o idioma de trabalho mais utilizado e difundido entre a comunidade científica29. Esta situação parece lógica se admitir-se que o grau de penetração da uma língua como ferramenta de difusão dos resultados das investigações está estreitamente ligado ao prestígio que tenha a cultura científica da qual essa língua é portadora.30. Neste sentido, mesmo que nos últimos anos a ciência espanhola tenha conseguido superar alguns dos mais desfavoráveis indicadores de desenvolvimento, ainda se encontra muito longe dos primeiros lugares na hierarquia científica internacional31. Este fato, que se dá de forma ainda mais marcada nos resto dos países cuja maioria é hispanofalante, determina indubitavelmente a posição do espanhol como idioma de transmissão dos conhecimentos científicos. Não é de se estranhar, portanto, que o espanhol científico e técnico se encontre relegado a um plano apenas perceptível no âmbito internacional32. Apesar da ciência, especialmente a experimental, ter adotado o inglês como sua língua franca, existem algumas disciplinas nas quais, devido a sua natureza temática, se desaconselha o uso exclusivo deste idioma. São estas, por exemplo, aquelas nas quais a língua é o próprio objeto de estudo ou aquelas cujas fontes documentais se encontram adjudicadas a um marco lingüístico determinado. Assim, no caso dos estudos sobre o hispanismo ou sobre a América Latina, o espanhol é um instrumento essencial para a difusão dos resultados das investigações entre os especialistas na matéria33.

2. A produção científica na Espanha e no mundo.

27

Luis M. Plaza y María Bordons. «Proyección internacional de la lengua española». Enciclopedia del español en el mundo. Anuario del Instituto Cervantes 2006-2007, Madrid: Instituto Cervantes; Barcelona: Plaza & Janés, Círculo de Lectores, pp. 547-567. 28Lucila Pagliai. «La situación del español en la ciencia y la tecnología». En: I Congreso Internacional de la Lengua

Española, Zacatecas (México) 1997. 29 Luis M. Plaza y María Bordons. «Proyección internacional de la lengua española». Enciclopedia del español en el

mundo. Anuario del Instituto Cervantes 2006-2007, Madrid: Instituto Cervantes; Barcelona: Plaza & Janés, Círculo de Lectores, pp. 547-567.

30 Lucila Pagliai. «La situación del español en la ciencia y la tecnología». En: I Congreso Internacional de la Lengua Española, Zacatecas (México) 1997.

31 José Antonio López Cerezo y José Manuel Sánchez Ron (eds.). Ciencia, tecnología, sociedad y cultura en el cambio de siglo. Madrid: Biblioteca Nueva, 2001.

32 Verónica Vivanco Cervero. «Prólogo». El español, lengua para la ciencia y la tecnología: presente y perspectivas de futuro. Instituto Cervantes; Santillana, 2009, pp 11-16.

33 Luis Plaza Gómez, Begoña Granadino Goenechea y M.ª José Arias-Salgado Rosby. «Las revistas científicas editadas en lengua española: su misión actual y sus perspectivas como instrumento para la difusión internacional de la ciencia». El español, lengua para la ciencia y la tecnología: presente y perspectivas de futuro. Instituto Cervantes; Santillana, 2009, pp 11-16.

Page 24: O espanhol uma lingua viva

Segundo dados aportados por Thomson Scientific, que inclui as bases de dados mais utilizadas no âmbito dos estudos bibliométricos e cienciométricos, a produção científica espanhola indexada em sua Web of Knowledge era de mais de 41.000 documentos em 2006, o que se supõe um crescimento de 10% em relação a 2005. Desde o início da década de noventa até 2004, a Espanha duplicou com folga sua produção com uma taxa média anual perto de 9%34. Seu aporte percentual ao total mundial em 2004 foi de 2,65%. Em 2005 alcançou 2,71% e em 2006 quase 3%. Estes dados colocam a Espanha em décimo lugar no ranking mundial de produção científica.

Tabela 1.Classificação dos 20 principais países por produção científica – produção total agregada janeiro 1997 - agosto 2007

Colocação PAÍS DOCUMENTOS

1 EUA 2.864.275

2 JAPÃO 777.992

3 ALEMANHA 738.067

4 REINO UNIDO

653.177

5 FRANÇA 529.636

6 CHINA 471.890

7 CANADÁ 393.143

8 ITÁLIA 371.205

9 RÚSSIA 275.945

10 ESPANHA 270.139

11 AUSTRÁLIA 249.892

12 HOLANDA 220.881

13 ÍNDIA 215.847

14 CORÉIA DO SUL

192.361

15 SUÉCIA 168.574

16 SUIÇA 159.667

17 BRASIL 137.159

18 TAIWAN 130.281

19 POLÔNIA 121.061

20 BÉLGICA 118.411

34 Félix de Moya Anegón (dir.). Indicadores bibliométricos de la actividad científica española 2002-2006. Madrid:

FECYT, 2008.

Page 25: O espanhol uma lingua viva

Fonte: Essential Science Indicators from the November 1, 2007 update covering a ten-year plus eight-month period, January 1997 - August 31, 2007. http://www.in-cites.com/countries/2007allfields.html

Na classificação da citação, a Espanha ocupa o décimo primeiro lugar, depois de superar a Suécia em 2004. Além disso, em 2006, a Espanha estava na décima terceira posição entre os 20 principais países produtores citados por documento35. No entanto, na classificação mundial, a Espanha recebeu em 2007 uma média de 8,32% das citações por documento, o que a situa fora do grupo dos 20 principais países neste âmbito. Contudo, essa posição representa um avanço considerável com respeito aos anos anteriores.

Tabela 2. Classificação dos 20 principais países por documentos citados – nº total de citações Janeiro 1997 - Agosto 2007

Colocação País N.º Citações

1 EUA 39,027,838

2 REINO UNIDO

7,955,521

3 ALEMANHA 7,935,567

4 JAPÃO 6,612,826

5 FRANÇA 5,414,557

6 CANADÁ 4,377,986

7 ITÁLIA 3,594,444

8 HOLANDA 2,837,971

9 AUSTRÁLIA 2,442,466

10 SUIÇA 2,285,847

11 ESPANHA 2,248,541

12 SUÉCIA 2,053,237

13 CHINA 1,894,810

14 BÉLGICA 1,295,296

15 ESCÓCIA 1,286,716

16 DINAMARCA 1,129,465

17 ISRAEL 1,098,417

18 RÚSSIA 1,057,928

19 CORÉIA DO SUL

1,005,008

20 FINLÂNDIA 948,501

35 Félix de Moya Anegón (dir.). Indicadores bibliométricos de la actividad científica española 2002-2006. Madrid:

FECYT, 2008.

Page 26: O espanhol uma lingua viva

Fonte: Essential Science Indicators from the November 1, 2007 update covering a ten-year plus eight-month period, January 1997 - August 31, 2007. http://www.in-cites.com/countries/2007allfields.html

Ao que se refere à distribuição temática da produção científica, a Espanha apresenta um índice de especialização temática superior ao mundial em sete das 24 Áreas Temáticas definidas pela Agencia Nacional de Evaluación y Prospectiva36 (ANEP). Entre 2002 e 2006, Thomson Scientific indexou 132123 documentos nos quais aparecia ao menos um autor com residência na Espanha. Destes, o percentual mais alto correspondia a revistas especializadas pertencentes à área de ciências espaciais, seguida por ciências da agricultura e matemática. Como mostra a coluna da direita da tabela 3, o impacto relativo da Espanha no âmbito das ciências espaciais foi 4% superior em relação à média mundial (7.85 citações por documento na Espanha frente às 7.53 citações no resto do mundo). Além disso, o impacto da investigação espanhola superou a média mundial em outros campos, especialmente em física (26% sobre a média mundial), ciências da agricultura (10%), engenharia (8%) e clínica médica (6%).

Tabela 3. Distribuição temática e visibilidade internacional da produção científica espanhola

Campo

Percentual de documentos da Espanha,

2002-06

Impacto relativo

comparado com o mundo

Ciências espaciais 6,14 +4 Ciências da agricultura 6,11 +10 Matemática 4,88 -7 Microbiologia 4,63 -19 Química 4,28 +4 Zoologia e botânica 4,17 +1 Ecologia e meio-ambiente 3,87 -6 Economia e negócios 3,50 -37

**<-- Percentual total da Espanha, todos os campos: 3,25 -->**

Física 3,21 +26 Biologia e bioquímica 3,09 -22 Ciências dos materiais 2,97 +5 Farmacologia 2,95 -15 Neurociência e comportamento 2,93 -13 Engenharia 2,87 +8 Ciência da computação 2,80 -19 Imunologia 2,80 -21 Biologia molecular 2,80 -17 Geociência 2,78 -10 Clínica médica 2,65 +6

36 Ministerio de Ciencia e Innovación. Agencia Nacional de Evaluación y Prospectiva (ANEP). http://www.micinn.es/portal/site/MICINN/menuitem.29451c2ac1391f1febebed1001432ea0/?vgnextoid=3cb39bc1fccf4

210VgnVCM1000001d04140aRCRD

Page 27: O espanhol uma lingua viva

Psicologia e psiquiatria 2,15 -29 Ciências sociais 1,11 -5

Fonte: «Science in Spain, 2002-06». National Science Indicators, 1981-2006. Thompson Scientific. http://www.in-cites.com/research/2007/september_3_2007-2.html

No período 2005-2006, as áreas mais especializadas eram ciências agro-alimentares, biologia vegetal, matemática, química e ciência da computação. Todas elas apresentavam índices de visibilidade superior à média mundial, menos esta última, que perdeu visibilidade em relação a 2004. Física e ciências espaciais perderam em especialização para ganhar em visibilidade. Outras áreas com uma visibilidade considerável são tecnologia química, ciência dos materiais, fisiologia e farmacologia e engenharia mecânica, ainda que não superem a média mundial de produção37.

3. As revistas científicas em espanhol Apesar da presença do espanhol como instrumento de comunicação científica ser escassa a nível mundial, o número de revistas (não somente científicas) editadas em espanhol experimentou um crescimento significativo durante a última década38. Além do mais, o aumento do número de revistas em espanhol foi superior ao aumento do número de revistas científicas a nível mundial, assim como nacional. Este último dado mostra o protagonismo que a América Latina cobrou nos últimos anos no âmbito da publicação seriada em relação à Espanha e em relação ao resto do mundo em geral. Atualmente, o número de revistas em língua espanhola, incluídas na base de dados do ISSN constitui 4,4% do total, o que se que se supõe, em termos absolutos, um crescimento superior a 75% em relação a 2001. Gráfico 1. Aumento do nº de revistas espanholas e em espanhol 2001-2009

37 Félix de Moya Anegón (dir.). Indicadores bibliométricos de la actividad científica española 2002-2006. Madrid:

FECYT, 2008. 38 Luis Plaza Gómez, Begoña Granadino Goenechea y M.ª José Arias-Salgado Rosby. «Las revistas científicas editadas

en lengua española: su misión actual y sus perspectivas como instrumento para la difusión internacional de la ciencia». El español, lengua para la ciencia y la tecnología: presente y perspectivas de futuro. Instituto Cervantes; Santillana, 2009, pp. 11-16.

Page 28: O espanhol uma lingua viva

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

N.º

de re

vist

as

En español

Españolas

Fonte: elaboração própria a partir de dados obtidos no ISSN International Center. http://www.issn.org/2-22640-Statistics.php

Tabela 4. Revistas registradas pelos países com centro nacional de ISSN

Número total de revistas/ano 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Em todos os idiomas 1037156 1072023 1125507 1158177 1227057 1284413 1345719 1413942 1489773

Em espanhol

37064 (3,5%)

39782 (3,7%)

41859 (3,7%)

43850 (3,5%)

48222 (3,9%)

51112 (3,9%)

54939 (4%)

62904 (4,4%)

65061 (4,4%)

Revistas espanholas

18876 (1,81%)

21309 (1,98%)

22576 (2%)

24382 (2,1%)

26303 (2,1%)

27851 (2,1%)

30338 (2,2%)

31826 (2,2%)

33093 (2,2%)

Fonte: Elaboração própria a partir de dados obtidos no ISSN International Center. http://www.issn.org/2-22640-Statistics.php e em Luis Plaza Gómez, Begoña Granadino Goenechea e M.ª José Arias-Salgado Rosby. «Las revistas científicas editadas en lengua española: su misión actual y sus perspectivas como instrumento para la difusión internacional de la ciencia». El español, lengua para la ciencia y la tecnología: presente y perspectivas de futuro. Instituto Cervantes; Santillana, 2009, pp. 11-16.

Com respeito à distribuição temática das revistas científicas em espanhol, o Diretório Latindex, cujo objetivo é recopilar e difundir a informação bibliográfica relativa às publicações científicas seriadas produzidas no âmbito latino-americano, oferece uma imagem bastante fiel da realidade, já que seu fundo documental está integrado por mais de 23.600 publicações. Segundo este diretório, a produção científica em espanhol se divide em seis áreas temáticas principais: ciências sociais, ciências médicas, artes e humanidades, ciências exatas e naturais, ciências da engenharia e ciências agrícolas. Gráfico 2. Áreas temáticas das revistas registradas no Diretório Latindex – dados de fevereiro de 2010

Page 29: O espanhol uma lingua viva

10283

4076

2924

2823

1453

1322 719

Ciencias sociales Ciencias médicasArtes y humanidades Ciencias exactas y naturalesCiencias de la ingeniería Ciencias agrícolasMultidisciplinares

Fonte: elaboração própria a partir de dados retirados no Diretório Latindex.

4. Visibilidade internacional e impacto das revistas científicas em espanhol A visibilidade e relevância alcançada por uma publicação científica seriada a nível internacional costuma refletir-se na inclusão ou não em determinadas bases de dados bibliométricas. Neste sentido, os títulos incluídos na base ISI-Thomson se caracterizam por alcançar uma alta visibilidade no âmbito científico mundial. Em 2008, o número de revistas espanholas incluídas neste índice (53 no total) era muito escasso comparado ao total de publicações registradas (8605), o que representa 0,62% de todas as revistas incluídas. Apesar disso, o ritmo de crescimento deste número é muito superior ao total de revistas incluídas neste índice39. Isto se confirma nas duas áreas nas quais se divide o relatório denominado Journal Citation Report (JCR): ciências experimentais e ciências sociais. O percentual de revistas espanholas incluídas nos JCR aumentou 68,2% no período compreendido entre 1998 e 2008, no caso das ciências experimentais, e 433% no caso das ciências sociais, frente aos 18% e 21%, respectivamente, registrado no número total de revistas incluídas. No âmbito das ciências sociais este aumento espetacular aconteceu num período muito curto de tempo: 2007-08. Tabela 5. Revistas espanholas incluídas no Journal Citation Report

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Ciências experimentais 22 26 28 26 26 29 29 30 30 35 37

39 ISI Web of Knowledge. Journal Citations Report.

Page 30: O espanhol uma lingua viva

Ciências sociais 3 3 2 2 2 2 2 2 2 8 16

Fonte: elaboração própria a partir dos dados obtidos no ISI Web of Knowledge. Journal Citations Report. Gráfico 3. Evolução do número de revistas espanholas incluídas no Journal Citation Report.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Ciencias experimentalesCiencias sociales

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados obtidos no ISI Web of Knowledge. Journal Citations Report.

Atualmente, um dos critérios considerados para se julgar a qualidade de um artigo científico é o índice de impacto da revista na qual aparece. O fator de impacto de uma revista é um parâmetro publicado anualmente pelo Instituto de Informação Científica (ISI, Institute for Scientific Information), baseado no número de vezes que se cita por termo médio um artigo publicado numa determinada revista. É, portanto, uma medida da importância de uma revista, entendendo como tal a importância que a comunidade científica internacional atribui à mesma40. O fator de impacto se calcula em função de um período de anos. Assim, o fator de impacto em 2009 para uma determinada revista pode ser calculado utilizando-se a seguinte fórmula:

• A = número de vezes que as revistas fonte do ISI citaram durante o ano de 2009 artigos publicados pela revista X durante o período 2007-08.

• B = número de artigos publicados na revista X durante o período 2007-08.

• Fator de impacto da revista X em 2009 = A/B Através do relatório Journal Citation Report (JCR), o ISI publica a cada ano o fator de impacto das revistas incluídas em sua base de dados. Este dado é utilizado como indicador indireto da qualidade das revistas. O Journal Citation Report proporciona, portanto, as ferramentas necessárias para a avaliação, categorização e comparação destas revistas e tem uma influência enorme no prestígio que os investigadores internacionais atribuem a uma determinada publicação.

40 Luis Plaza Gómez, Begoña Granadino Goenechea y M.ª José Arias-Salgado Rosby. «Las revistas científicas editadas

en lengua española: su misión actual y sus perspectivas como instrumento para la difusión internacional de la ciencia». El español, lengua para la ciencia y la tecnología: presente y perspectivas de futuro. Instituto Cervantes; Santillana, 2009, pp. 11-16.

Page 31: O espanhol uma lingua viva

Tabela 6. Fatores de impacto de revistas espanholas no Institute for Scientific Information. Anos 2000, 2005 e 2007

Ciências experimentais

2000: nível (0,152-1,960)

2005: nível (0,194-2,159)

2007: nível (0,177-3,714)

Ciências sociais

2000: nível (0,200-0,400)

2005: nível (0,018-0,870)

2007: nível (0,072-2,946)

Fonte: Luis Plaza Gómez, Begoña Granadino Goenechea e M.ª José Arias-Salgado Rosby. «Las revistas científicas editadas en lengua española: su misión actual y sus perspectivas como instrumento para la difusión internacional de la ciencia». El español, lengua para la ciencia y la tecnología: presente y perspectivas de futuro. Instituto Cervantes; Santillana, 2009, pp. 11-16. Os fatores de impacto das revistas espanholas publicadas em espanhol não mostram um padrão de crescimento diferencial em relação ao fundo de revistas em inglês ou multilíngue41. Contudo, apesar do escasso número de revistas espanholas incluídas nos JCR, as correspondentes ao campo das ciências experimentais não só aumentaram a amplitude do nível dos fatores de impacto, mas também aumentaram o valor máximo deste42. No âmbito das ciências sociais, o valor máximo do fator de impacto alcançado também teve um crescimento significativo. No entanto, nem todas as publicações se editam em espanhol. 41 Luis Plaza Gómez, Begoña Granadino Goenechea y M.ª José Arias-Salgado Rosby. «Las revistas científicas editadas

en lengua española: su misión actual y sus perspectivas como instrumento para la difusión internacional de la ciencia». El español, lengua para la ciencia y la tecnología: presente y perspectivas de futuro. Instituto Cervantes; Santillana, 2009, pp. 11-16.

42 Ib.

Page 32: O espanhol uma lingua viva

Capítulo 4. O peso econômico do espanhol

• Compartilhar o espanhol aumenta um 290% o comercio bilateral entre os países hispano-falantes.

• As empresas editoriais espanholas têm 162 filiais no mundo repartidas em 28 países, mais de 80% em America Latina, o que demonstra a importância da língua comum na hora de investir em terceiros países.

• América do norte (o México, os Estados Unidos e o Canadá) e a Espanha somam 78% do poder de compra dos hispano-parlantes.

• Os hispanos de EUA são o grupo imigrante que mais mantém o domínio de sua língua através das sucessivas gerações e o que congrega mais falantes adotivos..

• O poder de compra dos hispanos é, desde 2007, o mais alto entre os grupos minoritários de América do norte, superando ao dos afro-americanos..

• O crescimento das companhias hispanas entre 1997 e 2002 foi de 31% contra 10% de crescimento meio das companhias norte-americanas.

• O número de turistas idiomáticos que chegam à Espanha cresceu, desde 2000 até o 2007, 137,6%.

• A atual imagem do espanhol se associa a umas melhores perspectivas econômicas para os falantes bilíngües que o dominam.

Page 33: O espanhol uma lingua viva

1. A importância econômica das línguas

“O inimigo do espanhol não é o inglês, mas a pobreza”. Esta afirmação, cunhada por Antonio Muñoz Molina no seu discurso inaugural do “IV Congresso Internacional da Língua Espanhola”, se transformou em todo um símbolo do forte vínculo existente entre língua e economia. Desde uma perspectiva econômica, a língua é um componente essencial do capital humano e social de uma comunidade. De fato, se estima que 15% do produto interno bruto (PIB) de um Estado estão vinculados à língua. Por isso, desde uma perspectiva econômica, o peso e potencial de um idioma estão intimamente relacionados com os índices macroeconômicos dos países nos quais é língua oficial.

No caso do espanhol, não é possível deixar de lado o PIB correspondente à comunidade hispana dos Estados Unidos, que é de 48,5 trilhões de dólares segundo as cifras do PIB do Banco Mundial de 2006. Este dado é conservador se levamos em conta que atribui à comunidade hispana dos Estados Unidos tão só 8,7% do PIB, o que lhe daria uma capacidade de compra de 4,5 milhões de milhões de dólares. No entanto, Juan Carlos Jiménez estima que nessa data a capacidade de compra hispana nos EUA era pelo menos de 9,2%, já que a cifra oficial não leva em conta outros fatores, como os 10 milhões de hispanos que havia, nesse momento, não regularizados.

Dois terços desse PIB vinculado ao espanhol se geram entre duas grandes áreas. Por um lado América do norte (o México, os Estados Unidos e o Canadá) e por outro a União Européia. Entre estas duas regiões somam 78% do poder de compra dos falantes de espanhol no mundo, enquanto os quase 200 milhões de hispano-parlantes de Hispano-América mal alcançam 22% do total.

2. Como se avalia o peso econômico de uma língua

Os economistas distinguiram pelo menos três funções econômicas da língua: a língua como feira livre; a língua como suporte da comunicação e da criação; e a língua como idioma para o comércio.

A língua como mercado

A língua como mercado se refere ao ensino do idioma e às atividades mercantis associadas a ela, como os serviços lingüísticos, o ensino do espanhol para estrangeiros, as edições para o ensino do espanhol e as tecnologias da língua (desenvolvimento de ferramentas e recursos informáticos relacionados com a língua espanhola)1.

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Turismo idiomático

O setor turístico cifra em 462,5 milhões de euros os ingressos do turismo idiomático na Espanha em 2007. Os 237.600 estudantes que chegaram à Espanha nesse ano destinaram 176,5 milhões aos cursos de espanhol, dos que 86% foi parar a centros privados de idiomas e a porcentagem restante às universidades. O número de turistas idiomáticos que chegam na Espanha cresceu desde 2000 até 2007 137,6%43.

A língua como suporte da comunicação e a criação

A língua como suporte da comunicação e a criação é um elemento central do setor cultural, que cobrou uma grande importância na economia internacional com o crescimento das indústrias culturais: a literatura, o teatro, o cinema, a música, os meios de comunicação, a produção científica e intelectual e a educação..

O setor editorial

A edição é um setor econômico no qual a língua constitui a matéria-prima. a Espanha produz tantos títulos editoriais ao ano como o conjunto de países hispano-americanos e seu setor editorial ocupa o quarto posto no mundo. É um setor que fatura uma parte substancial de suas vendas anuais nos mercados exteriores, com a França muito destacada como destino europeu e o México entre os ibero-americanos.44.

A internacionalização das editoriais pela via do investimento direto se revelou como uma forma superior de projetar-se para o exterior, suprindo em parte, os intercâmbios comerciais e as exportações editoriais. As empresas editoriais espanholas têm 162 filiais no mundo repartidas em 28 países, mais de 80% em America Latina o que demonstra a importância da língua comum na hora de investir em terceiros países.45.

43 Insituto de Turismo de España. Turismo Idiomático. Octubre 2008. www.tourspain.es

44 José Luis García Delgado, José Antonio Alonso y Juan Carlos Jiménez. Economía del Español. Una introducción.

Barcelona: Ariel - Fundación Telefónica, 2007.

45 Economía del Español. Una introducción. José Luis García Delgado, José Antonio Alonso y Juan Carlos Jiménez.

Editorial Ariel. Colección Fundación Telefónica, 2007.

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A língua como idioma para o comercio

A língua e a cultura, em relação com o comércio, facilitam os investimentos internacionais. Este fator reduz os custos de transação (formação, informação e negociação) e encurta a distância psicológica entre os agentes econômicos

3. Os fatores determinantes do poder econômico de uma língua

A importância econômica de uma língua se mede levando em conta diferentes fatores, como seu número de falantes, sua extensão geográfica, o número de países nos quais tem categoria de oficial, o índice de desenvolvimento humano de seus falantes (que combina nível educativo, esperança de vida e renda per capita).Também a capacidade comercial dos países onde essa língua é oficial, sua tradição literária ou cientifica ou seu papel na diplomacia multilateral. Atualmente, o inglês destaca em todos estes critérios.

O número de falantes, a capacidade de compra de seus falantes e o caráter internacional de uma língua são os três fatores fundamentais que, segundo Juan Carlos Jiménez, marca a potência econômica de um idioma frente a outros46.

O espanhol se encontra entre as cinco primeiras línguas do mundo em número de falantes, em número de países onde é oficial e em extensão geográfica. O valor de pertencer a um mesmo grupo lingüístico aumenta com o número de falantes, já que as possibilidades de transações e intercâmbios se multiplicam. Portanto, a demografia é o primeiro fator sobre o qual se assenta a potência econômica de um idioma.

O segundo fator a levar em conta é a renda per capita desses falantes, porque a capacidade de compra de quem fala é a que multiplica os intercâmbios e as transações mútuas..

O terceiro fator, o caráter internacional, se mede atendendo a fatores como sua influência no comércio internacional e a quantidade de pessoas que estudam o idioma. Um estudo de Jiménez e Narbona sobre a língua como determinante essencial do comércio bilateral conclui que a língua comum supõe um fator multiplicativo do comércio entre os países que a compartilham de 190%. Entre os 51 países considerados, 11 têm o espanhol como língua oficial47.

Compartilhar o espanhol aumenta o comércio bilateral em cerca de 290% e compartilhar o inglês em 240%. Ambos os casos estão muito acima do que supõe a variável genérica “língua comum”, o que indica à importância comercial de ambas as línguas. O idioma comum é uma variável mais importante para explicar o comércio bilateral entre os países de fala hispana que entre os anglo-

46 Juan Carlos Jiménez. “El poder de compra del español en el mundo”. Revista de Occidente, nº 335 (2009). 47 Juan Carlos Jiménez. “El poder de compra del español en el mundo”. Revista de Occidente, nº 335 (2009).

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saxões. O Atlas da língua espanhola no mundo destaca algumas características do espanhol como língua internacional que poderiam explicar o porquê desta conclusão: É um idioma homogêneo. É uma língua geograficamente compacta: a maior parte dos países hispano-parlantes ocupa territórios contíguos. O território hispânico oferece um índice de comunicabilidade muito alto. Tem caráter oficial e veicular em 21 países do mundo. É uma língua em expansão. É língua de uma cultura internacional..

4. Economia da comunidade hispano-parlante dos Estados Unidos

A comunidade hispana nos Estados Unidos apresenta uma vitalidade demográfica extraordinária e geograficamente concentrada na primeira potência econômica mundial. É virtualmente a décima economia do mundo e a segunda, depois da Espanha, dentro do domínio hispânico. O poder de compra dos hispanos é, desde 2007, o mais alto entre os grupos minoritários dos Estados Unidos, superando ao dos afro-americanos. Além disso, sua evolução é muito mais rápida que a de afro-americanos e asiáticos. Em 2008 seu poder aquisitivo era 8,9% do país, 951.000 milhões de dólares e em 2013 alcançarão os 1,4 trilhões de dólares. Em estados como Novo México, seu poder de compra alcança já 30,9% e em estados de grande peso econômico e político, como Texas, a Califórnia e a Flórida, se situa entre o 15,4 e 20,1% do total48.

Tabela 1 e gráfico 1. Poder de compra hispano nos Estados Unidos (%)

1990 2000 2008 2013

Hispano 5.0 6.8 8.9 9.9 Não- Hispano 95.0 93.2 91.1 90.1 Total 100.0 100.0 100.0 100.0

48 Idem

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Fuente: Seling Center for Economic Growth, Terry College of Bussines, The University of Georgia, Julio 2008

O diretor do Selig Center, Jeffrey M. Humphreys, aponta, além disso, que os patrões de consumo dos hispanos ajudam a determinar o sucesso ou o fracasso de muitos produtos e serviços orientados aos jovens. A razão está nas características desse mercado hispano emergente, que cada vez cobra maior importância. A população hispana é mais jovem que a média norte-americana. Em 2006, 33,8% eram menores de 18 anos, contra 21,3% dos brancos não hispanos. O crescimento das companhias hispanas entre 1997 e 2002 foi de 31%, contra 10% de crescimento meio das companhias norte-americanas e o nível de estudos dos hispano-parlantes está em claro e continuado ascensão. Todos estes fatores fazem com que o mercado hispano nos Estados Unidos seja cada vez importante, graças às sua tendência a aceder à classe média da primeira economia do mundo49.

Os hispanos são, além disso, o grupo imigrante que mais mantém o domínio de sua língua através das sucessivas gerações e o que reúne mais falantes adotivos50. Nos meios audiovisuais e de comunicação, muitas empresas têm sua senha de identidade e de marketing no espanhol. Os hispanos norte-americanos destacam pelo acesso e o uso de Internet, mais um rasgo de seu dinamismo econômico que não escapa às empresas. Tanto os bancos como as entidades de crédito levam a cabo estratégias orientadas a atrair o que consideram um segmento importante do mercado. Finalmente, Humberto López Morales mostrou que nos Estados Unidos existe uma forte demanda de força trabalhista usuária da língua espanhola e que o fato de expressar-se em espanhol reveste uma grande importância econômica, o que contribui para divulgar uma imagem do espanhol ligada à prosperidade econômica. Já em 1996 se comprovou que os hispanos de Miami que eram capazes de conduzir o espanhol e o inglês recebiam salários com mais 7000 dólares ao ano que os monolíngües em uma ou outra língua de maiores ingressos51.

49 Idem

50 Nosotros: Hispanos en los EE UU. Informes Especiales del Censo 2000, mayo de 2005.

51 Humberto López Morales. Los cubanos de Miami. Lengua y sociedad. Miami: Universal, 2003.

Page 38: O espanhol uma lingua viva

Capítulo 5. O espanhol na Internet • O espanhol e a terceira língua mais utilizada na Rede.

• 7,9 % dos usuários de Internet se comunicam em espanhol.

• O uso do espanhol na Rede cresceu de 650, 9% entre o ano de 2000 e 2009.

• A penetração da Internet na Espanha é maior entre os países hispano-falantes, mas Chile e Argentina tem níveis de penetração que se aproximam a media da União Europeia.

• Espanha, México e Argentina encontram-se entre os 20 países com o maior número de usuários de Internet.

• A demanda de documentos em espanhol é a quarta em importância entre as línguas do mundo.

1. As línguas mais usadas na Rede por números de usuários

O espanhol é a terceira língua mais utilizada na Rede por número de internautas. Dos mais de 1700 milhões de usuários que têm Internet em todo o mundo, 7,9% se comunica em espanhol. Os dois idiomas que estão na frente do espanhol são o inglês e o chinês. Se prestarmos atenção notaremos que o chinês é uma língua que, em geral, somente é falada por seus nativos, e o espanhol se situa como a segunda língua de comunicação na Internet, depois do inglês.

Tabela 1. Países com o maior número de usuários na Internet População 2009 Usuários Penetração

Crescimento usuários 2000-2009

1 China 1.338.612.968

360.000.000 26,90% 1500,00%

2 Estados Unidos 307.212.123

227.719.000 74,10% 138,80%

3 Japão 127.078.679

95.979.000 75,50% 103,90%

4 India 1.156.897.766

81.000.000 7,00% 1520,00%

Page 39: O espanhol uma lingua viva

5 Brasil 198.739.269

67.510.400 34,00% 1250,20%

6 Alemanha 82.329.758

54.229.325 65,90% 126,00%

7 Reino Unido 61.113.205 46.683.900 76,40% 203,10%

8 Rússia 140.041.247

45.250.000 32,30% 1,359,7 %

9 França 62.150.775

43.100.134 69,30% 407,10%

10 Coreia do Sul 48.508.972

37.475.800 77,30% 96,80%

11 Irã 66.429.284

32.200.000 48,50% 12780,00%

12 Itália 58.126.212

30.026.400 51,70% 127,50%

13 Indonésia 240.271.522

30.000.000 12,50% 1400,00%

14 Espanha 40.525.002

29.093.984 71,80% 440,00%

15 México 111.211.789

27.600.000 24,80% 917,50%

16 Turquia 76.805.524

26.500.000 34,50% 1225,00%

17 Canadá 33.487.208

25.086.000 74,90% 97,50%

18 Filipinas 97.976.603

24.000.000 24,50% 1100,00%

19 Vietnam 88.576.758 21.963.117 24,80% 10881,60%

20 Polônia 38.482.919 20.020.362 52,00% 615,00%

20 principais países

4.374.577.583 1.325.437.422 30,30% 359,90%

Resto do mundo 2.393.227.625 408.556.319 17,10% 461,50%

Total 6.767.805.208 1.733.993.741 25,60% 380,30%

Fonte: World Internet User Statistics, 30 de setembro de 2009.

Tabela 2 e gráfico 1. Línguas mais usadas na Web

NÚMERO DE USUÁRIOS

PENETRAÇÃO DE INTERNET POR LÍNGUA

TOTAL USUÁRIOS (%)

Inglês 478.442.379 37,9 % 27,6 % Chinês 383.650.713 27,9 % 22,1 % Espanhol 136.524.063 33,2 % 7,9 % Japonês 95.979.000 75,5 % 5,5 % Francês 78.972.116 18,6 % 4,6 % Português 73.052.600 29,5 % 4,2 % Alemão 64.593.535 67,0 % 3,7 % Árabe 50.422.300 17,3 % 2,9 %

Page 40: O espanhol uma lingua viva

Russo 45.250.000 32,3 % 2,6 % Coreano 37.475.800 52,7 % 2,2 % 10 línguas mais usadas

1.444.362.506 32,5 % 83,3 %

Outras línguas 289.631.235 12,5 % 16,7 % Total 1.733.993.741 25,6 % 100,0 %

Fonte: World Internet User Statistics, 30 de setembro de 2009.

Fonte: World Internet User Statistcs, 30 de setembro de 2009.

Page 41: O espanhol uma lingua viva

Gráfico 2. Crescimento das línguas mais usadas na Web (2000-2009)

Outras línguas

10 línguas mais usadas Coreano

Russo

Árabe

Alemão Português

Francês

Japonês Espanhol

Chinês

Inglês

2500,00%2000,00%1500,00%1000,00%500,00%0,00%

487,10%

363,50%

96,80%

1359,70%

1907,90%

133,20%

864,30%

547,40%

103,90%

650,90%

1087,70%

237,00%

Fonte: World Internet User Statistics, 30 de setembro de2009.

O espanhol cresceu de 650,9% no período 2000-2009, frente ao crescimento de 237% registrado pelo inglês. Esta diferença deve-se, sobre tudo, a incorporação da Rede de usuários latino-americanos. Somente na América Latina e no Caribe o crescimento de internautas foi de 890,8%.

Page 42: O espanhol uma lingua viva

Tabela 3 e gráfico 3. Usuários de Internet no mundo

População Penetração Porcentagem

global África 991.002.342 6,80% 3,90% Ásia 3.808.070.503 19,40% 42,60% Europa 803.850.858 52,00% 24,10% Oriente Médio 202.687.005 28,30% 3,30% América do Norte 340.831.831 74,20% 14,60% América Latina e Caribe 586.662.468 30,50% 10,30% Oceania e Austrália 34.700.201 60,40% 1,20% Total 6.767.805.208 25,60% 100

Fonte: World Internet User Statistics, 30 de Setembro de 2009 A pesar desta espetacular evolução, o potencial de crescimento de usuários em espanhol segue sendo muito alto. A penetração média de Internet na América Latina, ou porcentagem da população que usa Internet, é de 30,70%, longe da média da União Europeia, de 52%, e de 71,8% da Espanha. Em alguns países, os níveis de penetração se aproximam dos europeus, como Chile, com 50,4%, Argentina, com 48,9%, ou Colômbia, com 45,30%. No outro extremo encontra-se Nicarágua, com 3,10%, Honduras, com 8,4% ou Bolívia, com 10,20%.

Page 43: O espanhol uma lingua viva

Gráfico 4. Uso de Internet na América Latina

28,20%

38,30%

25,20%

25,80%

12,80%

27,80%

3,10%

24,80%

8,40%

14,80%

11,50%

12,10%

31,10%

12,70%

34,30%

45,30%

50,40%

34,00%

10,20%

48,90%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%

Venezuela

Uruguai

Porto Rico

Peru

Paraguai

Panamá

Nicarágua

México

Honduras

Guatemala

El Salvador

Equador

República Dominicana

Cuba

Costa Rica

Colômbia

Chile

Brasil

Bolívia

Argentina

Fonte: World Internet User Statistics, 30 de Setembro de 2009.

Page 44: O espanhol uma lingua viva

Gráfico 5. Crescimento de usuários de Internet na América Latina

695,00%

262,20%

400,00%

205,50%

4371,00%

1976,70%

270,00%

917,50%

1546,30%

2915,40%

1965,00%

877,50%

5354,50%

2316,70%

500,00%

2154,30%

376,20%

1250,20%

733,30%

700,00%

0,00% 1000,00% 2000,00% 3000,00% 4000,00% 5000,00% 6000,00%

Venezuela

Uruguai

Porto Rico

Peru

Paraguai

Panamá

Nicarágua

México

Honduras

Guatemala

El Salvador

Equador

República Dominicana

Cuba

Costa Rica

Colômbia

Chile

Brasil

Bolívia

Argentina

Fonte: World Internet User Statistics, 30 de Setembro de 2009.

Apenas três países hispano-falantes, Espanha, México e Argentina, encontram-se entre os 20 com o maior número de usuários em Internet. Os 20 países que encabeçam a classificação reúnem 76,4% dos internautas.

A tendência desde 1998 demonstra que o predomínio inicial do inglês deu os primeiros passos para uma crescente presença das demais línguas e a uma estabilização da presença do inglês em um 45% total. O peso relativo das línguas romances teve uma queda desde 2002, devido, em parte, ao forte aparecimento na Rede dos países asiáticos, como China e Japão, mais sobre tudo pela mudança de configuração dos motores de busca.

Page 45: O espanhol uma lingua viva

Tabela 4. Evolucão do número de páginas por línguas

PÁG. WEB EN 1998 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2007

INGLÊS 75% 60% 52% 50% 49% 45% 45% 45% ESPANHOL 2,53% 4,79% 5,50% 5,80% 5,31% 4,08% 4,60% 3,80% FRANCÊS 2,81% 4,18% 4,45% 4,80% 4,32% 4,00% 4,95% 4,41% PORTUGUÊS 0,82% 2,25% 2,55% 2,81% 2,23% 2,36% 1,87% 1,39% ITALIANO 1,50% 2,62% 3,08% 3,26% 2,59% 2,66% 3,05% 2,66% ROMENO 0,15% 0,21% 0,18% 0,17% 0,11% 0,11% 0,17% 0,28% ALEMÃO 3,75% 2,85 % 6,75 % 7,21% 6,80% 7,13% 6,94% 5,90% CATALÃO 0,14% RESTO 13,44% 22,20% 23,68% 25,97% 29,65% 31,32% 33,43% 36,54%

Fonte: Funredes y Unión Latina. Lenguas y culturas en la red-Estudio 2007.

O estudo As línguas e culturas na rede, de Funredes e União Latina, inclui as línguas romances, o alemão e o inglês, e afirma que, nos últimos anos, a presença relativa das línguas românicas e o alemão frente ao inglês diminui. A razão principal deste fenômeno não é a redução da presença das línguas latinas no ciberespaço, senão a diminuição da sua presença nos espaços indexados pelos grandes motores de busca.

A porcentagem de páginas indexadas se mantém tradicionalmente entre 60 e 80%. Desde 2005, não alcança os 30%. Os motores não contam com a capacidade suficiente para seguir o crescimento exponencial dos conteúdos (e a chegada massiva das novas línguas da Ásia). Esta situação favorece uma presença do inglês por cima da justa proporcionalidade. No que se refere ao espanhol, o estudo de Funredes afirma que Cuba, Espanha e Nicarágua continuam tendo uma boa produtividade e que Panamá melhorou consideravelmente. Observa-se igualmente que Espanha segue em primeiro lugar com o peso da produção de páginas web em espanhol.

3- A importância dos buscadores para o crescimento do espanhol na Internet

Em um esforço para escapar de critérios elaborados exclusivamente desde o mundo anglo-saxão, vários países europeus e Japão criaram novos buscadores, como Quaero ou Pharos. Uma das razões pelas quais merece a pena desenvolver ferramentas de busca alternativas ao Google é o fato de que as buscas em inglês são muito más simples do que as que requerem o idioma espanhol. As técnicas de busca semântica estão pensadas para o inglês e não para a língua espanhola. Entre os 40 buscadores mais usados na Rede, o único com domínio .es é Google é ocupa o posto número 35.