o espaço público na cidade contemporânea

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Projeto de Monitoria 2012 - Graduação em Arquitetura e Urbanismo - Universidade Federal Fluminense - Niterói, RJ

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O ESPAÇO PÚBLICO NA CIDADE COMTEMPORÂNEA

APOSTILA AUXILIAR PARA A DISCIPLINA DE PROJETO DE URBANISMO IO ESPAÇO PÚBLICO NA CIDADE COMTEMPORÂNEA

MONITORA: ANNA CAROLINE MONTEIROPROFESSOR ORIENTADOR: LEONARDO MESENTIER

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APOSTILA AUXILIAR PARA A DISCIPLINA DE PROJETO DE URBANISMO IO ESPAÇO PÚBLICO NA CIDADE COMTEMPORÂNEA

MONITORA: ANNA CAROLINE MONTEIROPROFESSOR ORIENTADOR: LEONARDO MESENTIERgaudesivos

APOSTILA AUXILIAR PARA A DISCIPLINA DE PROJETO DE URBANISMO IO ESPAÇO PÚBLICO NA CIDADE COMTEMPORÂNEA

MONITORA: ANNA CAROLINE MONTEIROPROFESSOR ORIENTADOR: LEONARDO MESENTIER

ÍNDICE

Introdução

CAP 1 – O Espaço Público 1.1- Conceitos e Contexto 1.2- Situação do Espaço Público na Contemporaneidade 1.2.1 A interferência do veículo 1.2.2 Diálogo entre público e privado

CAP 2 – Espaço Público -Planejamento e ProjetoCAP 2 – Espaço Público -Planejamento e Projeto 2.1 Qualidades Sociais: Jane Jacobs e o planejamento urbano do século XX. 2.2 Qualidades Físicas: 2.2.1- Contexto Urbano 2.2.2 - Proteção contra mudanças temporais 2.2.3- Iluminação suficiente 2.2.4- Segurança 2.2.5- Mulfuncionalidade 2.2.6- Imagem agradável 2.2.7 - Elementos atravos 2.2.8 - Espaço público para todos os públicos Acessibilidade e Mobilidade

CAP 3 – Estudo de Caso 3.1- Praça Nilo Peçanha, São Domingos, Niterói – RJ

ConclusãoConclusãoBibliografia....................................................................................................................................................................................................................... 19

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01APOSTILA AUXILIAR PARA A DISCIPLINA DE PROJETO DE URBANISMO IO ESPAÇO PÚBLICO NA CIDADE COMTEMPORÂNEA

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INTRODUÇÃO Territórios socialmente segregados, conflitos entre espaços públicos e privados, além da grande difusão do uso invasivo do automóvel e, consequentemente, das soluções viárias impactantes a que foram submedas às cidades em progressivo crescimento, fazem parte do cenário em que o espaço público está inserido na cidade contemporânea. E é este espaço público, em constante transformação, que será o objeto de estudo da presente aposla. A disciplina de Projeto do Urbanismo I tem como ementa o diagnósco e projeto de frações de bairros, onde são escolhidas áreas na cidade do Rio de Janeiro e, a parr de discussões com o professor, essas áreas são divididas entre os grupos para serem trabalhadas durante o período. Em geral, é a parr dos espaços públicos que se iniciam os processos de requalificação da área urbana, e foi a parr da minha experiência como aluna e monitora da disciplina, que percebi comocomo é comum o surgimento de dúvidas a respeito da dinâmica do espaço público, no momento de intervenção nas áreas de estudo. Portanto, a finalidade desta aposla é auxiliar os alunos na disciplina em seus projetos no decorrer do período. Serão apontados aspectos posivos e negavos que caracterizam espaços públicos, para assim, finalizar o caderno com um estudo de caso, onde será feito o diagnósco de uma praça, a fim de representar como por em práca o conteúdo apresentado. práca o conteúdo apresentado. A escolha do tema e o projeto desenvolvido por ele beneficiaram as próximas turmas da disciplina de Projeto de Urbanismo, pois a ideia é que tal estudo apresente aos alunos a problemáca do espaço público, antes mesmo de começarem o projeto urbano. Deste modo, fazer com que os futuros arquitetos urbanistas saibam a necessidade de projetar espaços que se mantenham vivos, não só absortos em beleza e funcionalidade, é um ponto que precisa de atenção. Deste modo, toda cidade será beneficiada, incluindo seus principais componentes: os moradores.

BarcelonaFonte: Viajantecronica

Nova York, Times Square visto do Empire StateFonte: aviewoncies

Siena - ÍtaliaFonte: Google Imagens

Bairro da EncarnaçãoLisboa - Portugal Fonte: arquitetofala

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02APOSTILA AUXILIAR PARA A DISCIPLINA DE PROJETO DE URBANISMO IO ESPAÇO PÚBLICO NA CIDADE COMTEMPORÂNEA

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CAP 1 - O ESPAÇO PÚBLICO1.1 - Conceitos e Contexto

O espaço público é o espaço em que se desenvolve a esfera pública da vida social. Sendo este constuído por elementos sicos (a rua, a praça, avenidas, jardins, entre outros) e elementos sociais. As vivências sociais nestes espaços são muito diversas e variadas, podendo ser de natureza individual ou coleva. As cidades nasceram essencialmente para usufruto do indivíduo enquanto pedestre e ulizador do espaço público exterior. Com o passar dos séculos surgiram novos padrões de mobilidade. E apesar de, inicialmente, o uso dos automóveis ser desnados mais para deslocamentos em distâncias maiores, já em meados do séc. XX a mobilidade dentro das cidades se tornou cada vez mais dependente do transporte individual. Surgiu, assim, uma nova organização do tecido urbano a fim de abrigar a infraestrutura necessária para amparar essa demanda.amparar essa demanda.Piazza Signoria, Florença - Itália

Fonte: Flickr

Avenidas Haussmann, París - FrançaFonte: Flickr

Alabama - EUAFonte: Flickr

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03APOSTILA AUXILIAR PARA A DISCIPLINA DE PROJETO DE URBANISMO IO ESPAÇO PÚBLICO NA CIDADE COMTEMPORÂNEA

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1.2 - Situação do Espaço Público naCidade Contemporânea1

(1) DA CIDADE MODERNA À CIDADE CONTEMPORÂNEA

“(...)“(...) Na cidade Moderna a nova ordem social era construída, justamente, abolindo o tempo, reconstruindo uma cidade nova, ordenada, na qual não apenas o sujo pode ser separado do limpo, mas na qual tudo pode ser predeterminado e, portanto, controlado. (...) Não obstante os planos e, talvez, graças a eles, a desejada ordem da modernidade nãonão apenas não foi alcançada, mas nos parece sempre mais distante. Nunca, como hoje, a cidade pareceu tão caótica, fragmentada, difícil de compreender em suas complexas articulações: como o conjunto de trechos de filme em movimento, parece nos contar histórias multíplices e variegadas; mostra-nos antagonismos e conflitos, ordenações multiformes,multiformes, que parecem não poder ser inseridas nas nítidas classificações às quais a modernidade nos habituou (...).”SCANDURRA, E., CELLAMARE, C. e BOTTARO, P - O

Tempo e o Invisível

Av. das Américas, Barra da Tijuca - RJFonte: nocias.r7.com

Avenida Figueroa Alcorta, Buenos Aires, ArgennaFonte: Flickr

Projeto de Conjunto ResidencialPUCs cada vez mais autosuficientesFonte: Flickr

Compreende-se que o momento de crise do espaço público foi iniciado com o distanciamento crescente dos pedestres com relação à rua. Condomínios fechados em escalas monumentais, fachadas cada vez mais distantes das calçadas, vias expressas cortando a cidade com suas faixas de alta velocidade, passeios cada vez mais estreitos, ruas tomadas pelo automóvel, grandes centros comerciais agregando diversos pos de serviços, entre outros fatores, fazem parte de um grande grupo de elementos que incenvam cada vez mais este distanciamento.vez mais este distanciamento. Sendo assim, esta analise será focada em dois pontos que apresentam maior abrangência dentro deste grupo responsável pela descaracterização do espaço público: a interferência do veículo e o diálogo conflituoso entre público e privado

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Rio de JaneiroEngarrafamentos Fonte: Skyscrapercity

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1.2.1- A interferência do veículo(3) A Avenida Paulista, apesar de seus 30m de largura, se mostra como uma via que agrega e dá vida ao tecido urbano. Composta por diversos usos - do residencial ao comercial - a Avenida é um exemplo de projeto urbano bem sucedido na cidade de São Paulo. Seu passeios largos e convidativos permitem movimento de pedestrespedestres em todos os horários do dia. Além das estações de metrô e o conhecido contraste entre prédios novos e antigos, percebemos, na avenida, a vitalidade do espaço público tão idealizada pelos urbanistas.

(2) Appleyard, D. Liveable Streets. Berkeley: Univ. of California Press, 1981 in Manual de Metodologia e Boas Prácas para a Elaboração de um Plano de Mobilidade Sustentável

O que se observa hoje nas cidades é que o número de interações sociais numa rua está diretamente relacionado ao número dos automóveis que por lá passam. Dizendo de outra forma, a nossa solidão aumenta junto ao número de automóveis à nossa porta2. O esquema seguinte mostra a relação do tráfego com o pedestre.

a) Tráfego calmo – vivências abundantesb) Tráfego moderado – vivências moderadasc) Tráfego pesado – quase inexistências de vivências

Contrariando a situação ideal para que as ruas se mantenham vivas, vias cada vez mais largas vem sendo construídas nas grandes cidades. No entanto, algumas pologias de “boulevard” ou avenida (como a Avenida Paulista em São Paulo3) mostram que quando se trata de uma rua larga está não tem que, obrigatoriamente, ser considerada como uma “autoestrada” e muito menos receber o tratamento de uma. Esta pode ser organizada com elementos não rígidos de separação dos usos, como filas de árvores ou mobiliário urbano que possam acrescentar e desempenhar várias funções no espaço público.possam acrescentar e desempenhar várias funções no espaço público.

Relação entre o tráfego e as vivências ocorridas no espaço público

Av. Paulista, SPBoulevards” que integramFonte: Jornal O Maense

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1.2.2 - Diálogo entre público e privado

(4) Jane Jacobs – Morte e vida de grandes cidades

São Gonçalo, RJRua Comercial tomada por pedestresFonte: Wikipedia

XCondomínos fechados em Campo Grande – MSFonte: Flickr

Janelas e pedestres exercendo os olhos da ruaFonte: Urbanidades.arq

Representada muito bem pelos shoppings centers, a apropriação do público pelo privado, vem se tornando cada vez mais comum e aceita pela sociedade. A priorização do enclausurado, onde seus frequentadores são sulmente selecionados, frente ao espaço público aberto a todos, vem sendo ovacionada pelos invesdores deste po de empreendimento. Ao mesmo tempo em que especialistas de diversas áreas estudam a questão do espaço público, novos pos de espaços semiprivados ou semipúblicos aparecem no cenário da vida urbana. Essa nova ramificação contribui para o abandono dos espaços públicos ao ar livre, tanto por parte do poder público, como dos transeuntes. O resultado desta distância entre o pedestre e o espaço público é a insegurança. Pois, como dito por Jane Jacobs4 em seu conceito de “os olhos da rua”, os frequentadores e moradores de uma rua são seus próprios vigias. Como exemplo, pessoas se sentem mais confortáveis caminhando por uma rua ou espaço com a companhia de outras pessoas, mesmo que estranhas e com algumas janelas as observando, do que circular por um lugar deserto. No entanto, cada vez mais presenciamos situações em que as edificações viram-se de costas para o espaço público,de costas para o espaço público, renegando-o.

Shoppings Centersganham espaço na cidadeFonte: Wikipedia

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Barra da Tijuca, RJFonte: imovelvip

Arranha Céus - São PauloFonte: imovelvip

(5) “Herança do urbanismo moderno, (...) projeto de Lucio Costa, é em área maior que o Plano Piloto de Brasília. Mas, apesar de datar de 1969, permanece até hoje inacabado. O rápido crescimento da área deixou à mostra vários problemas, que na época do projeto não foram considerados ou considerados pouco importantes. O projeto não é compatível comcom um sistema eficiente de transporte público, levando o morador a optar sempre que possível pelo transporte individual. Seu traçado não oferece possibilidade de diferentes trajetos entre dois pontos (digo isto levando em conta o que foi construído até o momento.). Assim, não há como escapar de um engarrafamento. Seus espaços amplos oprimem o transeuntetranseunte mais do que liberam a vista do horizonte. As longas distâncias multiplicam os gastos com infraestrutura. São imensos os espaços vazios. (...) A cidade poderia ser mais densa, poderia ter mais parques. Não há necessidades de se existir tanta área livre dentro dos lotes. “E, pior, não há necessidade de se ter tanto espaço livre nas vias públicas.”públicas.” (Barra da Tijuca e o custo do urbanismo moderno, Daniel Delvaux Jaulino - Vitruvius)

Perdemos aos poucos a relação de vizinhança5, pouco se sabe sobre o que existe do outro lado do corredor do edicio em que moramos, muito menos sobre o que está do outro lado da rua. Talvez o “clima” de cidade pequena esteja irremediavelmente perdido na maioria dos lugares, mas a possibilidade de interação social e de manutenção coleva das condições de segurança parece viável. O público sobrevive do contato com o privado e vice e versa. Ao perdermos esta caracterísca, com o privado cada vez mais autossuficienteautossuficiente e o público às moscas, perdemos grande parte da sociabilidade que dá vida a cidade.

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07APOSTILA AUXILIAR PARA A DISCIPLINA DE PROJETO DE URBANISMO IO ESPAÇO PÚBLICO NA CIDADE COMTEMPORÂNEA

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CAP 2 - PLANEJAMENTO E PROJETO

2.1 - Qualidades Sociais segundoJane Jacobs

(6) As cinco dimensões de desempenho são escalas para medir, dimensionar e analisar o desempenho das cidades, através de suas qualidades espaciais, que devem apresentar níveis importantes capazes de atender a todas as pessoas e culturas (FALCOSKI, 1997).

4) Jane Jacobs – Morte e vida de grandes cidades

Kevin Lynch, no seu livro “A Boa Forma da Cidade”, sustenta a importância do processo de desenho urbano na construção da cidade, onde o espaço público pode propiciar uma intensa vida urbana desde que contenha as cinco dimensões6 de desempenho dos fenômenos sócio-espaciais e da forma urbana: vitalidade, sensação, adequação, acesso e controle. Percebe-se que essas categorias de análise sem dúvida, limitadas, porém genéricas, fazem referencia a todos os aspectos possíveis e importantes da forma urbana, tanto os sicos e/ou como os sociais.os sicos e/ou como os sociais.

Jane Jacobs4 marcou a viragem entre os ideais modernos e as novas ideias sobre o modelo de cidade, fazendo uma críca direta ao que tem caracterizado grande parte do planejamento urbano do século XX, Jacobs enuncia algumas qualidades sociais insdispensáveis para a construção de espaços públicos eficientes, e que até hoje são extremamente válidos:

1. A vivência;2. A idendade;3. O acesso a oportunidades, imaginação e distração;3. O acesso a oportunidades, imaginação e distração;4. A autencidade e significado;5. A vida pública e comunitária;6. A autoconfiança urbana;

Estas qualidades, apesar de terem sido pensadas para as cidades como um todo, aplicam-se facilmente em uma fração menor de um bairro ou um espaço específico. E além das qualidades sociais citadas por Jacobs, para que o espaço público seja notável numa cidade são, certamente, necessárias algumas qualidades sicas, que só resultam se forem pensadas no seu conjunto, e sendo estas, em sua maioria, ligadas a fatores sociais.

Fonte: Apresentação Léonardo Mesener

Fonte: Apresentação Léonardo Mesener

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2.2 - Qualidades Físicas:

2.2.1- Contexto Urbano

Deve exisr diálogo entre o espaço público e seu entorno. Na cidade nenhum espaço pode ser pensado isoladamente, isso é o que impossibilita a fluência do tecido e da vida urbana. O espaço deve ser pensado de acordo com a necessidade do que está a sua volta. Desta maneira, a geometria e a connuidade com o entorno urbano é fundamental para um espaço público bem resolvido.

As qualidades sicas são, na verdade, as que tornam possíveis a ocorrência das qualidades sociais. São as formas de organização do espaço público internamente e com relação ao entorno que, juntas, proporcionam possibilidades.

2.2.2- Proteção contra mudançastemporais

A questão da proteção contra o mau tempo é um ponto importante e indispensável para a agradabilidade de espaços públicos. Os pos de condições atmosféricas variam de acordo com sua localização, e as soluções devem ser obdas em cada caso parcular. De certa forma, a preocupação maior seria em ter sempre abrigos contra dias de chuva e sombras para dias de sol. Grande parte dos espaços exteriores agradáveis para se estar são, normalmente, aqueles que têm árvores.

Praça na R. Barão de Tefé, Saúde - RJFalta de interação com o entorno urbanoFonte: arquivo pessoal

Duque de Caxia - RJPraça arborizadaFonte: panoramio

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2.2.3- Iluminação suficiente

Esta é responsável por assegurar a segurança do tráfego de veículos e pedestres, além de incenvar o recreio ao ar livre, beneficiar o comércio, reforçar as caracteríscas e o significado de elementos urbanos (ruas, edicios, monumentos, vegetação, etc.), favorecer a animação da paisagem urbana e criar condições de agradabilidade e conforto. Sem iluminação pode-se dizer que não exisria vida noturna nos espaços públicos, somente as estritamente necessárias. Haveria somente um clima de insegurança, o que afasta seus frequentadores.

2.2.4- Segurança

A segurança de um espaço público depende quase que por completo de algumas outras qualidades, como iluminação e contexto urbano. Uma boa iluminação dá a sensação de um lugar mais seguro, onde as pessoas se sentem mais a vontade para circular. E quanto mais pessoas circulando em um lugar maior é a segurança que ele passa pra elas. É necessária vida urbana no entorno de um espaço público seguro. Fachadas voltadas para o espaço, diferentes usos e usuários no entorno, permindo avidades durante diferentesdiferentes horas do dia, além de atravos na própria praça que façam com que os transeuntes tenham interessem em permanecer no local.

2.2.5- Multifuncionalidade

Um espaço capaz de exercer diversas funções é diferente de um espaço com funções segregadas. A mulfuncionalidade é a capacidade do espaço de agregar diversas avidades e diferentes públicos, sem criar obstáculos e limites entre eles. Essa caracterísca é atrava e faz com quem os frequentadores tenham interesse em exercer diversas avidades no local.

Valladolid, EspannhaFonte: cidadessustentaveis.org

Camo de São Bento, NiteróiFonte: feiramania.com.br

Camo de São Bento, NiteróiFonte: feiramania.com.br

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2.2.6- Imagem agradável Sem dúvida, um lugar bonito e harmonioso é um bom espaço para se estar. Pessoas se interessam não só pelos usos que o espaço público tem a oferecer, mas também pelo conforto e sensações que este espaço proporciona.

Águeda, PortugalFonte: anne.com.br Campo de São Beno, Niterói

Fonte: arquivo pessoal

Puerto Madero, Buenos AiresFonte: akworld.net

Ouro Preto, MGFonte: fafich.ufmg

Aterro do Flamengo, RJFonte: Urbanamente

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2.2.7- Elementos Atrativos

Os elementos atravos estão relacionados com os usos urbanos que movam trânsito de pedestres, como a localização de equipamentos ou transportes públicos, comércios ou avidades de lazer. Sem a existência deste as pessoas não procuram os espaços públicos, tornando-os inseguros, vazios, inmidantes.

Pontos de onibus e estação de metrôAv. Paulista - SPFonte: wikimedia

Fonte: jornaldetracuateua.blogspot

Fonte: jornaldetracuateua.blogspot Fonte: Flickr

Fonte: jornaldetracuateua.blogspot

Parque do Ibirapuera -SPFonte: cicloviadigital.

Parque do Ibirapuera -SPFonte: cicloviadigital.

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2.2.8 - Espaço público para todos os públicosAcessibilidade e Mobilidade

11) “O Design Universal é um termo que surgiu do "design acessível" - livre de barreiras para dar acessibilidade a pessoas com deficiência. Design Universal, ou Design Total, significa "design que inclui" ou "design para todos", é uma nova corrente de design de produtos, serviços e ambientes que preconiza que o design deva ser utilizadoutilizado pelo maior número de pessoas possível, independente da sua idade, habilidade ou situação física. Vem recuperar os fundamentos básicos do design enquanto elemento democratizante. Está diretamente relacionado ao conceito de sociedade inclusiva e a sua importância tem sido reconhecida pelo governo,governo, empresários e indústria.No Design Universal, o designer estuda uma série de questões que geralmente não são abordadas num projeto comum, porque neste trabalho ele precisa de considerar todas as possibilidades de uso, por usuários muito diferentes. Isso inclui questões sociais, históricas, antropológicas, econômicas,econômicas, políticas, tecnológicas, e principalmente de ergonomia e “usabilidade”. Com o prolongamento da esperança de vida e os avanços da medicina, o papel do Design Universal será mais relevante, nomeadamente com a preocupação de o tornar acessível a grupos que anteriormente não eram determinantes.” determinantes.” Luísa Morgadinho (2007)

(7) Kevin Lynch – A boa forma da cidade

Fazendo referencia novamente a Kevin Lynch7, para este tópico, das cinco dimensões de desempenho dos fenômenos sócio-espaciais e da forma urbana (vitalidade, sensação, adequação, acesso e controle) destaca-se a dimensão acesso às avidades urbanas, aos recursos materiais (alimentos, provimentos, energia), aos serviços e lugares de lazer e às informações. Nessa dimensão, também deve ser considerada a equidade de oportunidade de acesso para todas as pessoas a qualquer ambiente urbano e o controle social dodo sistema de circulação. O termo acesso, ou melhor, acessibilidade, tem uma dimensão não só espacial, mas também social, e, permir o acesso de todos ao espaço público é uma questão que vem ganhando sua merecida importância no planejamento urbano do século XXI. Aos poucos, as cidades de hoje vem incorporando a acessibilidade, mas muito ainda é preciso ser feito pra realmente torná-la acessível a todos. Pois quando se trata de acessibilidade não tratamos somente de deficientes sicos ou visuais, mas também de idosos e crianças. Um design universal8 vem sendo pensado com o intuito de possibilitar o acesso de todos aos espaços. Para o espaço público essa inclusão contribui em muito para a diversidade social do espaço, para que este agregue pessoas de tribos, idades e limitações diferentes.diferentes.

Transporte acessívelFonte: Pernambuco.com

Rampas e piso tálFonte: CampoGrandeCicla.com

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CAP 3 - ESTUDO DE CASO

3.1 - Praça Nilo Peçanha, São DomingosNiterói – RJ

RUA DES. GERA

LDO TOLED

O

RUA PRESIDENTE DOMICINIANO

RUA PASSO DA PÁTRIA

Praça Nilo Peçanha, São Domingos - NiteróiLocalização

Fonte: Google Maps

Fonte: Trabalho de projeto de paisagismo, Adriano Cruz, Bruno Tavares, Lucas Salim, Maria

Alice Schuabb E Natália Santos. 2010.2

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Qualidades Físicas

Contexto Urbano

No geral, o entorno não interage com a praça, pois além da barreira que o gradeado apresenta, duas das fachadas não possuem usos que promovam avidades ao longo do dia. A falta de janelas voltadas para o espaço público causa uma sensação de abandono e insegurança, enquanto a praça também não oferece atravos e/ou funções para despertar o interesse dos moradores do entorno em uliza-la.

Sobrados na Rua Des. Geraldo Toledo, distanciados da praça pela grade que a

cerca.Fonte: Arquivo Pessoal

Restaurante do Jambeiro, edificação que se apropria do espaço público como “quintal” e o que acaba proporcionando maior

movimento na áres.Fonte: Arquivo Pessoal

Entrada para a Escola de Engenharia em frente a uma das entradas da praça na Rua Passo da Patria. Apesar da proximidade, a connuidade do espaço com a faculdade é quebrada pela rua e pelos muros entre

elas..Fonte: Arquivo Pessoal

A fachada da R. Presidente Domiciniano voltada para a praça é uma barreira tanto visial como social. Com um paredão a interação com a praça fica compromeda, .

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Google Maps

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Mulfuncionalidade

A praça, apesar de possuir uma grande área, está em grande parte subulizada, e esse fator além de estar relacionado com a falta de avidades do entorno também se deve a falta de atravos e funções oferecidos pelo espaço aos moradores. As únicas funções percebidas foram a de extensão do restaurante (onde pessoas descansam após o almoço) e do playground que pouco é ulizado por crianças. A falta de mobiliário também é notável, sendo alguns bancos de concretos os únicos existentes.

SegurançaSegurança

Devido a fatores descritos anteriormente como a falta de interação com o entorno e a escassez de atravos na praça, esta encontra-se abandonada por pedestres passantes ou de permanência, o que acaba prejudicando a segurança. A deserficação é exatamente o que passa a sensação de insegurança de um espaço, afastando assim cada vez mais as pessoas. Além desses fatores existe também a iluminação, que contribui ou não para manter o lugar seguro a noite.

IluminaçãoIluminação

O entorno da praça é conhecido pelos estudantes da UFF por ser um local onde as pessoas tornam-se alvos fáceis para assaltos, principalmente nos horários noturnos. Essas ocasiões devem-se muito ao fato das calçadas serem desertas e com pouco, ou nenhum, comércio, mas também pela grande área da praça que se apresenta com uma iluminação insuficiente. Ao invés de cortar caminho pela praça, devido a escuridão, os transeuntes preferem passam por fora dela, nas calçadas do outro lado do gradeado.

Playground em um estado ruim de conservação, e que quase não é uilizado por crianças.

Fonte: Arquivo Pessoal

Avididade mais frequente na praça: pessoas passeando com

seus animais de esmaçãoFonte: Arquivo Pessoal

Iluminação induficienteFonte: Arquivo Pessoal

Iluminação induficienteFonte: Arquivo Pessoal

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Proteção contra mudanças temporais

A praça apresenta-se como um espaço arborizado, o que protege seus frequentadores do contato direto com o sol em alguma áreas, e em parte, protengendo também contra chuvas fracas.

Imagem

A praça, sem dúvida possui uma imagem agradável devido ao seu grande número de canteiros e a proteção oferecida pelas árvores. Sua área livre de equipamentos dá ao espaço uma caracterísca de contemplação, que é posiva em muitos aspectos mas que, talvez para esse caso, poderia fazer parte de um grupo maior de avidades e vivências dentro deste espaço público. Por ser uma área grande e próxima a um polo de ensino que exerce avidades em diversas horas do dia, acredita-se que essa caracterísca poderia ser mais bem aproveitada a fim de proporcionar mais vida ao ambiente. ser mais bem aproveitada a fim de proporcionar mais vida ao ambiente.

Acessibilidade e Mobilidade

Existem rampas nas calçadas que dão acesso a praça, porém não foi notada a presença de nenhum outro po de facilitador a acessibilidade como piso tál ou mobiliário adaptado. Quanto a mobilidade, o ponto de ônibus presente na R. Passo da Pátria atende a uma só linha da viação Araçatuba no sendo ao centro de Niterói, fazendo com que seja mais dicil o acesso a área por outros pontos da cidade.

Arborização na praçaFonte: Arquivo Pessoal

PanorâmicaFonte: Arquivo Pessoal

Ponto de ônibus na Rua Passo da PátriaFonte: Arquivo Pessoal

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Elementos Atravos

Poucos são os elementos atravos na praça, o que explica, em grande parte, a falta de frequentadores.

ComércioRestaurante JambeiroFonte: Arquivo Pessoal

LazerPlaygroundFonte: Arquivo Pessoal

LazerPlayground

Fonte: Arquivo Pessoal

MobiliarioFonte: Arquivo Pessoal

ContemplaçãoBusto do Nilo PeçanhaFonte: Arquivo Pessoal

Transporte PúblicoPonto de ônibus na Rua Passo da PátriaFonte: Arquivo Pessoal

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CONLUSÃO

Após o diagnósco, a visão do observador sobre a local muda, passando a ver os pontos altos e baixos, as ideias de projetos fluem com maior facilidade. O objevo principal desta aposla é que, após as análises das caracteríscas dos espaços públicos, os alunos se sintam mais confiantes a iniciarem seus processos de diagnóscos desses espaços em suas áreas de intervenção, para assim serem capazes de propor soluções eficientes e

realmente necessárias para as nossas cidades contemporâneas.

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BIBLIOGRAFIA

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