o espaço das ciências humanas - d. pereira

Upload: danilo-amorim

Post on 16-Feb-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/23/2019 o Espao Das Cincias Humanas - d. Pereira

    1/10

    O ESPAO DAS CINCIAS HUMANAS

    Diamantino PereiraDepartamento de Geografia - PUCSP

    Na virada dos sculos XIX e XX, no mesmo momento em que se estaeleciam ospressupostos das disciplinas que vieram a compor aquilo que denominamos de ci!ncias"umanas, umas das discuss#es que ali estava colocada era o papel do espa$o na an%lisesocial&

    Nesse amiente, ocorreu uma pol!mica entre alguns ge'grafos que tin"am firmadoalgumas ases te'ricas do que passaram a denominar de (geografia "umana( e, de outrolado, por soci'logos e antrop'logos liderados por Dur)"eim que ac"avam que taldisciplina *% e+istia, era um ramo da Sociologia e c"amava-se (orfologia Social(&

    p's a sistemati.a$/o de 0evre no livroA Terra e a Evoluo Humana, lan$ado na0ran$a em 1233 4com edi$/o portuguesa de 12556, essa discuss/o praticamente sumiudas ci!ncias "umanas de um modo geral, mantendo-se circunscrita 7 Geografia e 708sica, mas com percurso tamm na 9iologia com as no$#es de (meio-amiente( e(ecossistema(&

    Nas ci!ncias sociais, foi :enri ;efevre quem deu 7 discuss/o da espacialidade umnovo significado& Sua e+tensa ora, muitas ve.es com aordagens pioneiras acaouinfluenciando essa discuss/o em v%rias %reas& De uns tempos para c%, entretanto, asquest#es relativas ao espa$o come$aram a reaparecer com mais intensidade& lgunsc"egam a falar que o espa$o perdeu significa$/o, uma ve. que teria sido aniquilado pelotempo repleto de tecnologia do mundo moderno&

  • 7/23/2019 o Espao Das Cincias Humanas - d. Pereira

    2/10

    A muito comum vermos ge'grafos e outros cientistas sociais afirmarem que e+istiria,nas ci!ncias sociais, uma forte tradi$/o de se pensar o espa$o na sua rela$/o imediatacom o meio f8sico&

    =+iste tamm a tradi$/o, nas Ci!ncias Sociais em geral e na Geografia em particular,

    de se imputar essa rela$/o imediata a (escola de Bat.el(, que seria a fonte inspiradorado c"amado determinismo geogr%fico&

    No entanto, atriuir a Bat.el e+clusivamente esse papel implica em simplifica$/o, atporque a sua ora s' recentemente come$ou a ser desvendada no 9rasil& t ent/o otraal"o desse autor tin"a c"egado at n's atravs de uns poucos te+tos originaisesparsos e principalmente atravs da produ$/o francesa, particularmente atravs de;ucien 0evre, que cria os termos (Possiilismo( e (Determinismo(, imputando esteltimo a Bat.el&

    =m sua oraPor uma Geografia Nova412E6, ilton Santos *% apontava para o papel

    desastroso dessa simplifica$/o no que di.ia respeito 7 evolu$/o da ci!ncia geogr%fica416&

  • 7/23/2019 o Espao Das Cincias Humanas - d. Pereira

    3/10

    =ntretanto, tais argumentos dirigem-se soretudo para provar que os diversossignificados sociais do espa$o tem muito pouco a ver com a sua materialidade f8sica, ou,nas palavras do pr'prio autor, com (as e+tens#es concretas( dadas pela (e+peri!nciasens8vel(&

    as, como afirma Smit", (por mais social que ele possa ser, o espa$o geogr%fico manifestamente f8sicoJ o espa$o f8sico das cidades, dos campos, das estradas, dosfurac#es e das f%ricas& < espa$o natural, no sentido de espa$o asoluto "erdado, n/o mais sinnimo de espa$o f8sico, "a*a vista que o espa$o f8sico, por defini$/o, s' podeser social(&4L6

    no$/o apresentada por Smit" tem como uma de suas mais importantes caracter8sticaso fato de apresentar o espa$o como sendo (manifestamente fsico(, mas o f8sico n/o temai o sentido de geografia f8sica ou de primeira nature.a& < f8sico a materialidade, olugar& = o lugar, por mais f8sico 4(natural(6 que aparente, tradu. uma constru$/o social,independentemente das escalas que adotemos como refer!ncia&

    no$/o de espa$o social, contriuiu para sedimentar no ?mito das ci!ncias "umanas apossiilidade de e+ist!ncia de uma espacialidade social apartada de sua materialidadef8sica, entendendo essa materialidade como o sustrato sore o qual se desenrolam

    processos e espa$os aleg'ricos que somente figurariam na elaora$/o mental dasociedade& Nesse sentido, podemos afirmar que isso criou uma possiilidade te'rica dean%lise da sociedade separada de sua concretude, viaili.ando a "egemonia do

    paradigma cartesiano da dicotomia "omem-nature.asu*eito-o*eto na an%lisesociol'gica& =sse entendimento teria muitos seguidores 4n/o apenas na sociologia6como poderemos continuar oservando nos par%grafos seguintes&

    O Tempo da Histria sem Espao

    =ssa forma de entendimento da realidade colocou a discuss/o da espacialidade comouma espcie de n/o necessidade& < que se valori.ou cient8fica e culturalmente foi oestudo do processo e esse processo passou a ser entendido como um desenrolartemporal, onde, quando o espa$o era mencionado, era apenas na forma da deriva$/o&

    =sse modo de pensar, ou de n/o pensar, ou mesmo de n/o entender o espa$o sepropagou por diversas correntes de pensamento& =ntre os ge'grafos, por e+emplo, e+isteuma pol!mica em rela$/o 7 presen$a da discuss/o espacial na ora de ar+&

    Isso tem dado margem a diversas interpreta$#es partindo de referenciais diferenciados&Smit" afirma que ( um erro interpretarem-se as an%lises de ar+ sore o capitalismocomo sendo n/o espaciais& Isto n/o de forma alguma, corretoJ seria mais e+ato di.erque as v8vidas implica$#es espaciais das an%lises de ar+ raramente foram reveladas& (< conflito de classes, areprodu$/o do traal"o, a reprodu$/o das rela$#es de produ$/o, a acumula$/o decapital, a forma$/o de crise etc& *% n/o s/o manifesta$#es do capitalismo que podem seranalisadas como se ocorressem no espa$o, como mostraram os mar+istasJ ao contr%rio,s/o sore o espa$o& Di.em respeito 7s rela$#es espaciais e+atamente como envolvemrela$#es entre capital, traal"o e mudan$a tecnol'gica&(4E6

    < prolema de se fa.erem tais generali.a$#es, acerca de determinadas correntes depensamento, que muitas ve.es se astrai que estas s/o sudivididas e "eterog!neas,pois, quem s/o esses mar+istas que mostraram os fenmenos como ocorrendo noespa$oH Possivelmente se*am os mesmos que, como lt"usser, afirmam que o (odo deProdu$/o( sinnimo de capitalismo& as F"ompson *% afirmara> (Um modocapitalista de produ$/o n/o o capitalismo& Com a troca de duas letras passamos de umad*etivo que caracteri.a um modo de produ$/o, 4um conceito da =conomia Pol8tica,emora dentro da anti-=conomia Pol8tica mar+ista6 para um sustantivo que descreveuma forma$/o social na totalidade de suas rela$#es&(426

    Um outro aspecto ainda deve ser ressaltado em rela$/o ao traal"o de Gottdiener,principalmente porque, muitas de suas elaora$#es arem pistas e+pressivas para adiscuss/o da espacialidade& No entanto, apesar de ser rica em sugest#es tammfreqQentada por armadil"as ou inconsist!ncias& @e*amos a cita$/o a seguir>

    (Nosso efeito final aquele que se manifesta diretamente nos padr#es espaciais de usoda terra caracter8sticos do capitalismo tardio, naquilo que se c"amou desenvolvimentodesigual& :% duas maneiras de e+aminar essa matria> como um fenmeno puramenteeconmico e como um fenmeno geogr%fico& A claro que os dois aspectos est/orelacionados entre si, e um erro separ%-los, especialmente reificando odesenvolvimento desigual como um fenmeno espacial& o enfati.ar o car%ter

    locali.acional desses padr#es 7s custas de suas origens sociais no sistema atual, os

    5

    http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_8_%23N_8_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_9_%23N_9_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_8_%23N_8_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_9_%23N_9_
  • 7/23/2019 o Espao Das Cincias Humanas - d. Pereira

    6/10

    analistas convencionais foram respons%veis por mascarar ideologicamente a cone+/ofundamental entre essas duas dimens#es de organi.a$/o s'cio-espacial&(41R6

    Podemos notar que, apesar de tentar repensar as ases te'ricas que d!em suporte a umateoria do espa$o diferenciada das an%lises denominadas por ele como convencionais, as

    afirma$#es acima colocam um vu de imprecis/o a respeito de sua concep$/o deespa$o& =+aminar o desenvolvimento desigual de uma 'tica (puramente econmica(significa astrair sua espacialidadeH Parece que sim, uma ve. que o autor admite que otema possa ser tratado como um (fenmeno geogr%fico(& as tratar esse fenmenocomo geogr%fico significa astrair suas cone+#es econmicasH =videntemente que n/o,mas aqui o autor se aseou em uma concep$/o de espa$o que, segundo ele, enfati.a o(car%ter locali.acional( e n/o as (origens sociais( do fenmeno estudado& as, evidente que considerar o desenvolvimento desigual como um fenmeno geogr%fico,implica em trata-lo atravs de suas cone+#es econmicas, recon"ecer suas origenssociais e n/o astrair sua e+ist!ncia espacial que , efetivamente local, ao mesmo tempoque universal, uma ve. que n/o se configura de forma asoluta&

    Para dar maior precis/o 7s afirma$#es de Gottdiener e Smit", a respeito daespacialidade, podemos afirmar com Bu oreira que>

    ( sociedade espa$o porque sua organi.a$/o imposs8vel sem a distriui$/o territorialda estrutura dessa organi.a$/o& = uma sociedade sem organi.a$/o morre& Como asociedade necessita de uma estrutura que a organi.e, l"e necess%ria uma urdiduratopol'gica de nature.a territorial& ssim nasce o arran*o espacial da sociedade> aorgani.a$/o espacial da rela$/o "omem-meio&

    < arran*o espacial pode servir de via de organi.a$/o da sociedade porque ele tem apropriedade de ser a pr'pria estrutura da sociedade, e ser, em sua constru$/o, regidopelas pr'prias leis que regem a sociedade& < arran*o pode se tornar uma inst?ncia deorgani.a$/o porque o espa$o a sociedade territorialmente ordenada&(41164oreira,12E6&

    Muando procura definir a din?mica implicada no processo de produ$/o do espa$o,Gottdiener e+plicita o que denomina de estruturacionismo& (4&&&6 locali.arei a produ$/odo espa$o dentro do conte+to geral de uma teoria emergente de organi.a$/o socialclassificada de estruturacionista, uma teoria que estuda o papel da a$/o, de um lado, eda estrutura, de outro, na produ$/o de fenmenos e formas espaciais& eu argumento

    %sico que as formas espaciais s/o produtos contingentes da articula$/o dialtica entrea$/o e estrutura& =las n/o s/o manifesta$#es puras de for$as sociais profundasJ em ve.disso, constituem um mundo de apar!ncias que a an%lise deve penetrar&( 4136

    No momento em que descarta a possiilidade do espa$o ser produ.ido apenas porderiva$#es estruturais, o autor consegue escapar do campo dos determinismos 4muitasve.es economicistas6, ao mesmo tempo em que admite a possiilidade de influ!nciascon*unturais e locais&

    esse respeito convm ainda destacar uma afirma$/o de So*a no sentido de identificaros processos que a8 est/o envolvidos> ( grande quest/o, porm, n/o saer se o capital

    financeiro domina o capital industrial (em ltima inst?ncia(, mas de que modo ele serelaciona, como uma parcela do capital, com outras parcelas do capital dentro de

    http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_10_%23N_10_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_11_%23N_11_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_12_%23N_12_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_10_%23N_10_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_11_%23N_11_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_12_%23N_12_
  • 7/23/2019 o Espao Das Cincias Humanas - d. Pereira

    7/10

    forma$#es sociais espec8ficas, e de que modo isso afeta a a$/o das classes& quest/o,portanto, con*untural, referente ao con*unto das rela$#es de classe que emergem emdeterminados lugares, durante determinados per8odos de tempo& Bedu.ir a an%lisemar+ista 7 afirma$/o das determina$#es estruturais ltimas eliminar toda aespecificidade "ist'rica e geogr%fica e, portanto, eliminar a pr'pria cidade como o*eto

    de an%lise&(41K6

    &Parece-me que a quest/o est% posta& produ$/o do espa$o n/o apenasuma deriva$/o estrutural, apesar da estrutura apresentar influ!ncia& Muando se ficarestrito 7 identifica$/o das determina$#es estruturais ltimas, n/o se pode captar adiversidade de comina$#es que tornam o estrutural uma coisa concreta, ou se*a, a suae+ist!ncia local&

    s manifesta$#es do capitalismo n/o ocorrem no espa$o, pois isso seria o mesmo queconsiderar o espa$o como asoluto e sustrato& o invs disso, os fenmenos possuemuma e+ist!ncia espacial, ou se*a, na medida em que ocorrem, manifestam como uma dasfaces de sua e+ist!ncia, a sua espacialidade& A por isso que se pode afirmar a constru$/osocial do espa$o&

    Porm, a constru$/o social do espa$o somente pode ser afirmada na medida em que n/oeste*amos ali*ando desse processo a nature.a, *% que o espa$o natural, apesar de sersocial, ou vice-versa& Para entender o processo dessa maneira, devemos romper com aconcep$/o cartesiana imperante nos paradigmas da ci!ncia cl%ssica e uscar entenderque a sociedade um dos elementos componentes da nature.a, apesar de ser diferentede muitas outras coisas presentes nessa pr'pria nature.a& Com ase nessa concep$/o, aafirma$/o a respeito da constru$/o social do espa$o, passa a n/o ser t/o parcial comooriginalmente pareceria& 41L6

    Uma ltima afirma$/o de Gottdiener nos c"amou a aten$/o, *ustamente pelo fato de sermuito sugestiva e tentar tra.er a discuss/o do espa$o como um dos elementos decaracteri.a$/o do mundo atual> (Se o momento atual possui uma forma fenomenal decapital - a corpora$/o multinacional -, ent/o a forma fenomenal de espa$o correlata docapitalismo tardio a metr'pole desconcentrada&(4156& Partindo da afirma$/o de andel arespeito da forma fenomenal do capitalismo atual que estaria materiali.ado nacorpora$/o multinacional, o autor afirma que a forma espacial correlata a metr'poledesconcentrada&

    corpora$/o multinacional que assenta sua opera$#es sore o gloo e, em outraspalavras, tem o mundo na palma de sua m/o, uma forma espacial, pois o fato de ser

    econmica, pol8tica e social, n/o fa. com que dei+e de ser espacial, muito pelocontr%rio& pr'pria defini$/o 4multinacional6 vale-se da refer!ncia territorial dasempresas que n/o e+istem apenas nas formas territoriais de uma (na$/o(&

    metr'pole desconcentrada tamm uma forma espacial, mas aqui o autor n/oprecisou que estava se referindo ao que ele mesmo denomina de espa$o deassentamento& Nesse sentido poder8amos afirmar que se trata da forma espacial dametr'pole, emora o autor desenvolva uma srie de argumentos que identifica essaforma particularmente nos =U&

    Fanto a corpora$/o multinacional quanto a metr'pole desconcentrada s/o formas

    espaciais& Se s/o formas fenomenais, isso uma outra discuss/o que n/o o*eto destarefle+/o&

    http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_13_%23N_13_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_13_%23N_13_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_14_%23N_14_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_14_%23N_14_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_15_%23N_15_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_13_%23N_13_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_14_%23N_14_http://www.ub.es/geocrit/b3w-153.htm#N_15_%23N_15_
  • 7/23/2019 o Espao Das Cincias Humanas - d. Pereira

    8/10

    Considero que a discuss/o a respeito do espa$o e da espacialidade come$ourecentemente a ser resgatada dentro das ci!ncias "umanas& valori.a$/o desse aspecto muito importante, *ustamente porque ficou relativamente aandonado "% om tempo eisso fe. com que evolu8ssemos muito pouco no trato dessa quest/o&

    < que quero alertar que n/o conseguiremos grandes progressos se nos mantivermospresos a pr-conceitos e il"ados pelos muros estreitos de cada uma de nossasdisciplinas& discuss/o camin"ou alguns passos em diversos pontos, cae resgat%-la eavan$ar& qui fa$o min"as as palavras de 0reitas 9ranco> ( aut!ntica atitude cient8fica a que repudia os sintomas do narcisismo usando a autodesconfian$a inteligente pr'priado esp8rito moderno que se sae n/o detentor da verdade e por isso mesmo se manifestadisposto a sorevoar-se derramando o riso sore as suas pr'prias conclus#es& A aconvic$/o dialtica do car%ter inacaado das nossas ila$#es, da ine+ist!ncia de um pontode c"egada asoluto e da conseqQente infinitude do processo cognitivo&( 4 0reitas9ranco> 12E26

    !i"io#ra$ia

    CB@;: releituras contempor?neas& Uma reailita$/oH&iblio'() *evista &ibliogr#fica de Geografia + $iencias !ociales, NR35, 122, Universidadede 9arcelona& T"ttp>&u&esgeocritK-35&"tmV&

    CB@;: um legado intelectual de0riedric" Bat.el 41ELL-122RL6&&iblio '(, *evista de Geografia + $iencias !ociales, NR

    KL, 122, Universidade de 9arcelona& T"ttp>&u&esgeocritK-KL&"tmV&

    DUBW:=I, =&As -ormas Elementares da .ida *eligiosa,S/o Paulo> Paulinas, 12E2&

    0=9@B=, ;ucien -A Terra e a evoluo umana& ;isoa> Cosmos, 1255&

    0B=IFS 9BNC =d& Camin"o,12E2&

    G

  • 7/23/2019 o Espao Das Cincias Humanas - d. Pereira

    9/10

    BX, Warl& 5 $a"ital4vol&16& S/o Paulo> ril =d&, 12EK&

    Dois Pontos, 12EE&

    =d& KL, 1225&

    Notas

    1& (Muando @idal de ;a 9lac"e escreve que n/o e+istem necessidades, mas em toda aparte e+istem possiilidades, trata-se de uma verdade anal& < reino do poss8vel n/o omesmo do aleat'rio, mas o da con*un$/o de determina$#es que *untas se reali.am emum dado tempo e lugar& N/o se trata ai de fatalidades, nem no c"amado possiilismonem no determinismo, se a palavra tomada com a conota$/o que os possiilistas l"ederam& verdade que, fora da geografia, antes, durante e depois desse deate, as

    palavras determinismo e possiilismo puderam ser utili.adas sem corruptela& =ssaquerela serviu apenas para retardar a evolu$/o da geografiaJ e a no$/o de possiilismo,

    por isso mesmo, *amais conseguiu se desenvolver de maneira satisfat'ria&( 4Santos,12E> 36&

    3& Carval"o c"ama a aten$/o para os perigos de uma leitura desconte+tuali.ada etendenciosa, afirmando que pensadores (prof8cuos( como o caso de Bat.el,apresentam (4&&&6 uma espcie de supermercado de idias, que nos oferecem em suasgndolas iscoitos e vin"os dos mais finos e saorosos aos mais aratos& escol"aentre uns e outros nossa&( 4op& cit& p&136& escol"a que tem nos sido ofertada, todosn's *% a con"ecemos a ponto de classificarmos Bat.el como o grande pai dodeterminismo e *ustificador te'rico da doutrina do e+pansionismo alem/o& Creio que,

    para variar, podemos saorear um outro tipo de afirma$/o> (0i*aremos nuestra atenci'nen la diversidad de desarrolo de circunstancias 4de los puelos6J por cua ra.'nestudiaremos detalladamente las condiciones e+ternas de los puelos procuraremos,

    en quanto sea possile, "acer derivar de la marc"a "ist'rica sua actual situaci'n& ;anoci'n geogr%fica 4estudio de las circunstancias e+teriores6 la consideraci'n "ist'rica

    2

  • 7/23/2019 o Espao Das Cincias Humanas - d. Pereira

    10/10

    4estudio del desenvolvimento6 deer%n, pues, marc"ar perfectamente unidas, pues s'lola uni'n de una otra puede "acernos apreciar la materia de la manera deida&( 4Bat.el,;as Ba.as :umanas, apud Carval"o, op& cit& p&56

    K& Cf& Dur)"eim, 12E2, p%g& 531&

    L& Smit", 12EE, p%g& 13R

    5& Iid&, p%g& 13

    & ar+, 12EK, p%g& 32

    & Iid&, p%g& 3E&

    E& Gottdiener, 122K, p%g& 12&

    2& F"ompson, 12E, p%g& 11&

    1R& Gottdiener, 122K, p%g& 313

    11& oreira, 12E&

    13& Gottdiener, 122K, p%g& 122&

    1K& So*a, 122K, p%g& 13K&

    1L& aior aprofundamento em rela$/o ao desenvolvimento desse tema pode serencontrado em Smit", 12EE&

    15& Gottdiener, 122K, p%g& 3KR&

    [ Coprig"t> Diamantino Pereira, 1222[ Coprig"t> 9ilio KY, 1222

    1R