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O ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA NO (RE) DIRECIONAMENTO DE HÁBITOS DE ESTUDO PARA UM MELHOR DESEMPENHO NO PROCESSO AVALIATIVO
Autor: Celia Piontkievitz de Lima1
Orientadora: Alessandra Sant’Anna Bianchi 2
Resumo
Este artigo, atividade do quarto período do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná, aborda a importância de fomentar hábitos de estudo. Esses devem ser compreendidos como um aspecto da vida acadêmica do aluno que auxilia o mesmo à reflexão, análise e compreensão das atividades desenvolvidas pelo professor proporcionando uma postura atuante e crítica, auxiliando no desempenho do processo ensino-aprendizagem o que reflete diretamente na avaliação. A queixa e a angústia por parte dos professores em relação aos alunos na ausência do cumprimento das atividades propostas e a pouca participação da família em auxiliar hábitos de estudo, interfere no processo ensino-aprendizagem. Assim este trabalho relata uma proposta de orientação para a família ou responsáveis sobre como auxiliar os filhos (as) a desenvolverem hábitos de estudo. A implementação aconteceu em três etapas. Na primeira etapa ocorreu o diagnóstico da realidade onde um questionário foi respondido pelos pais ou responsáveis com a finalidade de verificar seu envolvimento no processo de ensino-aprendizagem, especificamente quanto à promoção de hábitos de estudo. Também proposto um questionário para os alunos responderem com a finalidade de verificar como realizam seus estudos. A segunda etapa foi disponibilizar aos pais ou responsáveis orientações de como acompanhar a vida escolar dos filhos (as) auxiliando nos hábitos de estudo. Sendo que na terceira etapa ocorreu a avaliação dessas orientações por meio de um questionário avaliativo aos pais. Os resultados evidenciaram a necessidade de repassar recomendações aos familiares de como fomentar hábitos de estudo nos filhos (as) influenciando positivamente em sua vida acadêmica.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; Avaliação, Família/Escola; Hábitos de estudo.
1 LIMA, Celia Piontkievitz de. Professora do Colégio Estadual Dom Áttico Eusébio da Rocha, em
Curitiba PR, participante do PDE/2010 junto a SEED-PR, [email protected] 2 BIANCHI, Alessandra Sant’Anna. Professora Doutora em Psicologia orientadora do projeto PDE
pela UFPR, em parceria com a SEED-PR, [email protected]
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1 Introdução
Este artigo faz parte da atividade do quarto período do Programa de
Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná – PDE ofertado pela Secretaria
de Estado da Educação do Paraná – SEED/PR, que aborda a Participação da
Família na Escola: avaliação e contribuição no processo de ensino e aprendizagem.
A finalidade deste Artigo justifica-se na necessidade de oferecer orientação para os
pais sobre a influência de suas atitudes no contexto escolar, bem como apresentar
os resultados obtidos após a implementação das propostas do projeto de
intervenção desenvolvido no terceiro período do programa.
Avaliar o processo ensino aprendizagem pressupõe avaliar todos os
envolvidos com a prática pedagógica. A aprendizagem escolar é condicionada por
diversos fatores que passam pelas possibilidades sociais, econômicas e culturais do
aluno, incluindo a prática pedagógica da escola.
Durante o processo de aprendizagem, a avaliação informa ao professor e
aos alunos se os objetivos e conteúdos propostos estão sendo atingidos ou não, se
os alunos estão aprendendo ou não e, quando houver falhas no processo de ensino-
aprendizagem, esse deve ser reavaliado e retomado o conjunto de ações didático
pedagógicas durante o ano letivo.
Percebe-se a necessidade de oferecer orientação para os pais sobre a
influência de suas atitudes no contexto escolar. A escola e a família são instituições
importantes à socialização e à educação e há efeitos positivos relacionados ao
envolvimento familiar na vida acadêmica dos alunos.
O ideal para o professor é o aluno que tem interesse em aprender e
acumular conhecimentos, valorizando desde cedo a educação. Mas na realidade
muitos alunos estão desmotivados e não se envolvem com as atividades propostas
em sala de aula, por isso, a família deve ter a consciência de que participa da ação
educativa e, juntamente com o professor, atua e se envolve no processo de ensino
aprendizagem, e que deve se expressar e participar efetivamente na apropriação do
conhecimento.
Grande parte do trabalho do professor seria facilitado se o estudante já viesse para a escola predisposto para o estudo e se, em casa, ele pudesse contar com alguém que, convencido da importância da escolaridade, o
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estimulasse a esforçar-se ao máximo para aprender. Mas a escola não pode deixar de fazer a sua parte. Isso inclui - além de um ensino efetivamente agradável – o acolhimento dos pais, o cumprimento do dever de atender a seus interesses educativos e o oferecimento de uma escola da qual possam gostar. (PARO, 2000 contra capa)
Considera-se importante o desenvolvimento de hábitos de estudo, e parece
ser o meio familiar o local privilegiado para desenvolver a iniciação desses hábitos,
mesmo antes de a criança começar a frequentar a escola. Se a importância do
conhecimento for desenvolvida com valor no seio da família, terá força maior do que
quando desenvolvida somente na escola (PARO, 2000, p.26).
Para destacar a importância da relação efetiva da família/escola e o
desempenho escolar dos alunos é necessário citar alguns aspectos legais referente
a essa questão:
De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal:
[...] a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade ao pleno desenvolvimento e da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988, p.137)
A participação dos pais para o desempenho escolar e social dos filhos é
muito importante. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no seu artigo 4º
discorre:
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 1990, p. 9)
O dever da família com o processo de formação escolar e a importância de
seu envolvimento no contexto escolar é reconhecido na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação no seu artigo 1º:
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (BRASIL 1996, p.1)
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Considerando-se que a família e a escola buscam atingir os mesmos
objetivos que são preparar a criança para o mundo e para o trabalho sendo um
cidadão crítico, capaz de construir sua história e atuar no meio em que vive, devem
compartilhar dos mesmos objetivos para superar as dificuldades e as suas próprias
angústias para o sucesso da ação educativa.
O envolvimento da família nos estudos dos filhos participando da avaliação
contribui para o processo ensino-aprendizagem. Propor um conjunto de estratégias
para orientar a família como auxiliar os filhos nos estudos para um melhor
desempenho escolar e a sua socialização se fez necessário. Os objetivos
pretendidos tiveram a finalidade de verificar como os alunos das 5ª séries/6º ano do
período da manhã realizam seus estudos; como os pais ou responsáveis se
envolvem nos estudos dos filhos.
Segundo Fry (2009) a participação, envolvimento e comprometimento dos
pais é essencial para o sucesso escolar dos filhos. Para um bom desempenho é
necessário orientar os pais na organização de hábitos de estudo e valorização do
saber pelo aluno, sendo este parte essencial para que ocorra a ação educativa.
Para o desenvolvimento desse trabalho se faz necessário definir ensino,
aprendizagem, avaliação e refletir sobre a importância do envolvimento dos pais ou
responsáveis em fomentar o desenvolvimento das habilidades de hábitos de estudos
em seus filhos.
1.1 Processo de Ensino
Uma importante tarefa que cabe a escola é de “levar o educando a querer
aprender” (PARO 2000, p.15), pois ele é o objeto da ação educativa, é quem sofre a
ações com que se pretende alcançar o objetivo de apropriação do saber
sistematizado e historicamente produzido.
[...] há razões especiais pelas quais as pessoas devem aprender a estudar e pelas quais precisam aprender a fazê-lo. Para isso é importante desenvolver habilidades adequadas de estudo. [...] Desenvolver bons hábitos de estudo é como estar em uma corrida. Antes de poder ser declarado vencedor, é preciso decidir onde está a linha de chegada. Em
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outras palavras, como medir sua capacidade para usar determinadas habilidades? O que é bom e o que não é? (FRY, 2009, p. vii)
Sendo a educação escolar uma tarefa social, a sociedade necessita munir
as gerações dos conhecimentos e habilidades construídos pela humanidade ao
longo do tempo. Para isto não é só dominar os conhecimentos, é necessário
investigar objetivos e métodos seguros e eficazes para a aquisição dos
conhecimentos por meio do processo do ensino.
O processo de ensino é uma seqüência de atividades do professor e dos alunos, tendo em vista a assimilação de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades, através dos quais os alunos, aprimoram capacidades cognitivas (pensamento independente, observação, análise-síntese e outras). (LIBÂNEO, 1993, p.54)
É necessário compreender a importância do ensino na formação humana, no
conjunto das tarefas educativas exigidas pela vida em sociedade, não podendo ser
tratada somente no espaço da sala de aula (LIBÂNEO, 1993). Para o autor as ações
educativas são intencionais e não-intencionais, recebendo influências do contexto
social e do meio ambiente sobre os indivíduos e influências em que há intenções e
objetivos conscientes. Sendo que o caráter pedagógico da prática educativa é ação
consciente, intencional e planejada no processo de formação humana.
Para Libâneo (1993) as atividades conjuntas de professores e alunos,
organizados pelo professor, com fins de promover as condições e meios pelos quais
os alunos assimilam os conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções
constituem processo de ensino. Para tanto é necessário empenho e
responsabilidade profissional do professor promovendo as condições e os meios
para que os alunos dominem os conhecimentos básicos e as habilidades, e
desenvolvam suas forças, capacidades físicas e intelectuais para enfrentar os
desafios da sociedade.
O processo de ensino inclui “os conteúdos dos programas e dos livros
didáticos, os métodos e formas organizativas do ensino, as atividades do professor e
dos alunos e as diretrizes que regulam e orientam esse processo” (LIBÂNEO, 1993,
p.54).
Para Libâneo (1993) o processo de ensino proporciona aos alunos os meios
para assimilação dos conhecimentos sendo a tarefa do professor mediar à relação
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cognoscitiva entre os alunos e as matérias do ensino. Além da transmissão de
informações, o ensino é organizado por meio das atividades de estudo dos alunos.
Para que alunos e professores obtenham sucesso no processo de ensino é
necessário que unam suas forças intelectuais. Pois ensinar e aprender faz parte do
mesmo processo que se realiza em torno das matérias de ensino, sob a mediação
do professor e a este cabe também a tarefa de “planejar, dirigir e controlar o
processo de ensino” (LIBÂNEO, 1993,p.81). para estimular e dar condições para que
ocorra a aprendizagem do aluno.
1.2 Aprendizagem
Para Falcão (1994) qualquer atividade humana, praticada no ambiente em
que vive, pode levar a uma aprendizagem.
Aprendizagem é fenômeno do dia-a-dia, processo que ocorre desde o
nascimento e continua de uma forma ou de outra, durante toda a vida. Ações como
andar, falar, distinguir barulhos, brincar, andar de bicicleta, se relacionar com o meio
em que se vive, entre outras... e “muito do que se aprende não é aprendizagem
escolar. Aprende-se a ter atitudes em relação a si mesmo e aos outros”
(FALCÃO,1994,p. 25).
[...] Aprendizagem é uma modificação relativamente duradoura do comportamento, através de treino, experiência, observação. Se a pessoa treinou, ou passou por uma experiência especialmente significativa para ela, ou observou alguém na realização de algo, e depois disso mostra-se de alguma forma modificada, podendo demonstrar esta modificação desde que se apresentem condições adequadas, e, além disso, mantiver esta mudança por tempo razoavelmente longo – então podemos dizer que houve aprendizagem. (FALCÃO, 1994, p. 20)
Ocorre a aprendizagem casual quando é espontânea, surge das interação
entre as pessoas com o ambiente em que vivem, pela convivência social, as
pessoas “acumulam experiências, adquirindo conhecimentos, formando atitudes e
convicções” (LIBÂNEO 1993, p.82) .
A aprendizagem organizada ou formal tem por “finalidade aprender
determinados conhecimentos, habilidades, normas de convivência social”
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(LIBÂNEO, 1993, p.82). Sendo tarefa da escola organizar a intencionalidade e
planejar com a finalidade de dar condições aos alunos de adquirir os conhecimentos
necessários por meio da sistematização de tarefas específicas do ensino.
1.3 Avaliação
A avaliação se faz presente no dia a dia escolar de forma a diagnosticar os
avanços do aluno na aquisição de conhecimentos, mas também “como instrumento
de investigação da prática pedagógica (DIRETRIZES CURRICULARES DA
EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, 2008, p. 32). Dessa forma a
avaliação fornece subsídios para que o professor reflita sobre a sua ação
pedagógica e reveja sua metodologia para que o processo ensino-aprendizagem se
efetive com sucesso visando à formação do aluno.
“A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno” (ESCOLAR, 2008, p. 33).
O Artigo 114 do Regimento Escolar do Colégio Estadual Dom Áttico Eusébio
da Rocha cita o seguinte:
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos (ESCOLAR, 2008, p. 33)
As avaliações devem ser usadas para detectar as dificuldades dos alunos
proporcionando descobrir outras formas de processo que visam ajudá-lo no
progresso da aprendizagem.
Sendo assim:
A avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. Os dados relevantes se referem ás várias manifestações das situações didáticas, nas quais o professor e os alunos estão empenhados em atingir os objetivos do ensino. A apreciação qualitativa desses dados, através da análise de provas, exercícios,
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respostas dos alunos, realização de tarefas etc., permite uma tomada de decisão para o que deve ser feito em seguida. Define a avaliação como um componente do processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas seguintes. (LIBÂNEO APUD LUCKESI, 1993, p.196)
A avaliação diagnóstica proporciona informações acerca das capacidades do
aluno antes de iniciar o processo de ensino aprendizagem, que deve ser utilizada
como consulta, registro e interpretação da história escolar do aluno.
“O Artigo 119 cita que avaliação contínua é considerada um método onde o
desempenho do aluno é avaliado ao longo do ano letivo com o intuito de verificar se
está atingindo os objetivos” (ESCOLAR, 2008, p.34). Para isso é necessário criar
instrumentos que possibilitem os alunos e professores a acompanharem o processo
de forma eficaz.
A avaliação é um dos elementos presentes no processo de ensino e
aprendizagem, deve ser “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao
longo do período sobre os de eventuais provas finais” de acordo com a Lei de
Diretrizes e Bases nº 9394/96. (BRASIL, 1996)
Baseado nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do
Paraná (PARANÁ, 2008) a avaliação mais cabível ao processo de ensino-
aprendizagem do educando é aquela que transcende o compromisso do educador
mediante o ato de instruir, relacionando os conceitos de aprendizagem com a
verdadeira finalidade da educação que é de contribuir para a transformação dos
sujeitos em cidadãos conscientes capazes de agir e interagir transformando a
sociedade.
1.4 Envolvimento da família com hábitos de estudos dos filhos
Paro (2000) comenta que uma mudança cultural com relação ao aprender e
estudar não acontece de uma hora para outra, é um valor que deve ser cultivado
desde que a criança nasce. Uma das preocupações da escola também deve ser a
de mobilizar a família no sentido de desenvolver atitudes positivas com relação ao
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aprender e estudar. Pois o trabalho do professor seria facilitado se o aluno já viesse
para a escola com disposição para os estudos, se a família estimulasse e
desenvolvesse em seus filhos a consciência da importância e necessidades das
práticas educativas para a apropriação de seu conhecimento atendendo seus
interesses de cidadãos.
A família é parte fundamental durante a vida acadêmica do aluno e auxilia no
processo ensino-aprendizagem quando se envolve junto com os professores,
pedagogos e direção durante o ano letivo.
A família é um grupo de pessoas ligadas por laços de casamento, consangüíneo e de adoção, constituindo um único lar, interagindo e intercomunicando-se uns com os outros através dos seus respectivos papéis sociais de marido, esposa, pai, mãe, filho, irmão e criando uma cultura comum [...]. (FERREIRA APUD PIERSON, 1993, p. 59)
Para Ferreira (1993) esta definição se restringe às famílias nucleares,
aquelas que agrupam em um só domicílio pais e filhos.
As crianças não nascem com os hábitos de estudos necessários para o
sucesso na escola. Elas precisam aprendê-los. Pois grande parte do sucesso
escolar é decorrente de hábitos de estudos.
Para isso é necessário à participação não só dos alunos, mas dos pais ou
responsáveis para que a escola funcione de acordo com as exigências da sociedade
e realmente possa cumprir com os propósitos educativos visando ações efetivas na
contribuição para o bom desempenho do estudante.
O envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos é um aspecto que deve
ser trabalhado porque pode promover condições que irão favorecer a aprendizagem.
O aluno será mais eficiente se aprender a maximizar as suas capacidades. É
importante que ele consiga desenvolver a autoconfiança, o espírito crítico e a livre
iniciativa.
Segundo o Ministério da Educação (BRASIL, 2009) serão distribuídas para
as famílias de todo o país, cartilhas informativas explicando aos pais como ajudar
seus filhos no processo educativo. Texto de linguagem simples e direta, convocando
as famílias a se envolver na educação das crianças, acompanhando a frequência e
o desempenho na escola, participando de conselhos escolares, verificando se a
escola é bem organizada, entre outras.
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Estamos convocando toda a sociedade civil organizada – igrejas, sindicatos, órgãos do governo, empresários – para se mobilizar e ajudar a difundir a educação como um valor social, ressaltou o ministro da Educação, Fernando Haddad. [...] E se os meios de comunicação são importantes para mobilizar a sociedade, o corpo-a-corpo talvez o seja ainda mais. Falar, olhando nos olhos: Vamos garantir que seu filho se eduque. (BRASIL, 2009))
De acordo com o Ministério da Educação (BRASIL, 2009) o guia foi
apresentado com o plano de mobilização de igrejas cristãs pela educação que visa
definir uma estratégia comum de envolvimento social por uma educação de
qualidade. Tendo participação de entidades como o Conselho Latino Americano de
Igrejas (CLAI), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Conselho
Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Tendo como foco as famílias e as
lideranças comunitárias. O plano de mobilização tem como referência as metas do
Compromisso Todos pela Educação e do Plano de Desenvolvimento da Educação
(PDE).
1.5 Contribuição da família
Para Campbell (2011) o objetivo da Educação é que os professores
ensinem, os alunos aprendam e que toda a comunidade educativa, incluindo os pais
ou responsáveis, se envolvam no processo de ensino-aprendizagem, estabelecendo
dessa forma a interação entre a família e a escola. Sendo assim, a missão de
educar não é exclusiva da escola, mas pertence também à família e à sociedade.
Diante da importância no cotidiano das relações família-escola é necessário que se
criem espaços de socialização e discussão sobre o trabalho realizado, mudando a
concepção de apresentação do conhecimento para a de construção coletiva do
mesmo.
Nesse sentido:
Para que a escola se transforme em comunidade de aprendizagem, exige-se um modelo diferente de ensino no qual os pais têm um importante papel a desempenhar. A família está esquecida no contexto educacional e precisa que seu papel seja valorizado devido a importância estratégica que ocupa, principalmente quando se trata da educação-juvenil.(CAMPBELL, 2011,p 14)
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De acordo com Campbell (2011) formar uma comunidade de aprendizagem
exige compromisso, confiança e vínculo, e isto é construído pelo conhecimento.
Portanto, é preciso que todos os envolvidos sejam informados sobre os caminhos
que estão sendo trilhados, e a escola precisa disponibilizar informações que
orientem e possibilitem o envolvimento dos pais, estabelecendo uma relação
construtiva e produtiva entre ambos, no processo educativo.
Segundo Campbell (2011) a importância da família na educação e sua
participação é de extrema relevância para o sucesso escolar dos filhos. Estar mais
presente na vida escolar estabelece uma relação de troca. Os pais poderão
compartilhar com o professor o cotidiano familiar da criança, possibilitando ao
professor saber como o seu aluno é no convívio familiar, explicitando e, até mesmo,
elucidando questões que são observadas no dia a dia em sala de aula. Observando
ou tendo as informações repassadas pelos pais, algumas tensões ficarão mais
óbvias e possibilitarão ao professor entender e trabalhá-las. Em geral, os pais
conhecem o problema, e o professor, por sua formação, pode dar o
encaminhamento pedagógico mais adequado com vistas à solução.
Quando os pais contribuem, desenvolve-se um clima de cooperação e
parceria entre a família e a escola. Um complementa a ação do outro.
Para Campbell (2011) pais que mantém uma relação próxima com os
profissionais que cuidam da educação de seus filhos têm a oportunidade de estar
com todas as questões esclarecidas e sentirem-se mais seguros. Dessa forma,
escola e família precisam estar em sintonia para obter bons resultados na tarefa
conjunta que têm de educar.
1.5 O dever de casa e as relações família-escola
De acordo com Campbell (2011) vida familiar e vida escolar perpassam por
caminhos concomitantes. É quase impossível separar aluno/filho, por isto, quanto
maior o fortalecimento da relação família/escola, tanto melhor será o desempenho
escolar desses filhos/alunos. Nesse sentido, é importante que família e escola
saibam aproveitar os benefícios desse estreitamento de relações, pois, isto irá
resultar em princípios facilitadores da aprendizagem e formação social do aluno.
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A mesma autora diz que a relação família-escola deve ocorrer buscando
interações qualitativas positivas entre esses ambientes socializadores e educativos.
A melhoria dessas relações é um caminho de mão dupla, mas devido a sua
especificidade educativa deve partir preferencialmente da escola, contemplando não
apenas os problemas escolares, mas conhecer o modo de ser e viver dos pais dos
alunos, sem descaracterizar os papéis das instâncias envolvidas. (CAMPBELL,
2011).
A relação família/escola deve vista de forma harmoniosa.
Nesse sentido:
Hoje em dia há a necessidade de a escola estar em perfeita sintonia com a família. A escola é uma Instituição que complementa a família e juntas tornam-se lugares agradáveis para a convivência de nossos filhos e alunos. A escola não deveria viver sem a família e nem a família deveria viver sem a escola [...] (SILVA, 2009,p 01).
Nesse aspecto a escola deve criar um ambiente receptivo à participação, de
modo que as famílias possam se sentir aceitas, conhecer e compreender o trabalho
realizado e contribuir, dentro de suas possibilidades, com o trabalho escolar. A
relação família-escola deve ser tratada com estratégias específicas para seu real
contexto de ações voltadas para a educação integral da criança e do adolescente.
“O dever de casa é uma prática cultural que há muito integra as relações
família-escola e a divisão de trabalho educacional entre essas duas instituições”
(Carvalho 2004, p.94) É “reconhecido por pais e professores” como uma
necessidade educacional, compreendido “como uma ocupação adequada” para os
filhos em casa; “um componente importante do processo ensino-aprendizagem e do
currículo escolar” e aceito “como uma política tanto da escola e do sistema de
ensino”, visando “ampliar a aprendizagem em quantidade e qualidade, para além do
tempo escolar, quanto da família”, com objetivo de “estimular o progresso
educacional e social” dos alunos (CARVALHO, 2004, p.94).
“O dever de casa é considerado uma estratégia de ensino: de fixação,
revisão, reforço e preparação para aulas e provas, na forma de leituras e exercícios”
(CARVALHO, 2004,p.94).
Dessa forma os pais ou responsáveis devem estar atentos e acompanhar de
perto as tarefas propostas pelos professores no sentido de auxiliar os filhos em sua
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aprendizagem e sanar suas dúvidas conversando com os educadores quando
sentirem dificuldades com relação ao desconhecimento de certos conteúdos.
Segundo Campbell (2011) o dever de casa faz parte do reforço e da fixação
do que foi aprendido na escola, podendo ser uma forma de controle da atuação dos
pais, pelo qual se pode medir o acompanhamento doméstico da educação dos
filhos. Devendo valer nota para que seja encarado como um complemento
educacional, e não apenas como uma tarefa burocrática.
Para Carvalho (2004) o dever de casa é parte integrante do processo
ensino-aprendizagem, fazendo parte do planejamento escolar, devendo
complementar as atividades de sala de aula desenvolvendo no aluno a
responsabilidade de adquirir hábitos de estudo.
[...] O dever de casa é fundamentalmente uma questão política, com graves implicações para um projeto de equidade da educação escolar [...]. Como o principal veículo de interação família-escola, é mais do que uma prática cultural ou uma política informal desenvolvida por famílias e escolas e seus agentes (pais/mães e professoras/es): constitui de fato uma política formal (mais ou menos regulamentada) que articula os esforços educativos destas instituições, portanto através dele a família (e seu acompanhamento ou omissão, do ponto de vista da escola) se torna objeto de política educacional [...]. (CARVALHO, 2006,88)
Dessa forma, “como principal meio de interação família-escola, o dever de
casa passa, de uma política tácita informal desenvolvida por famílias e escolas, a
uma política formal que articula os esforços educativos destas instituições”
(CARVALHO, 2004, p.95).
A participação dos pais nas atividades de casa influencia os resultados por
parte dos estudantes, na medida em que apóia aos filhos criando estruturas e
estratégias para desenvolver as lições de casa. Esse envolvimento parece
influenciar no sucesso do aluno (DEMPSEY,BATTIATO,WALKER, 2010, p.02).
Uma boa relação entre a família e a escola deve estar sempre presente em
qualquer trabalho educativo. Dessa forma a escola deve exercer sua função
educativa junto aos pais, discutindo, informando, orientando sobre os mais variados
assuntos, para que juntos possam facilitar o bom desempenho escolar dos alunos.
3 Desenvolvimento
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A aplicação do Projeto de Intervenção seguiu uma sequência, que é
apresentada nesse artigo em três blocos: Diagnóstico, Intervenção e Avaliação.
O diagnóstico da realidade foi realizado por meio de um questionário de
coleta de dados que os alunos das 5ª séries/6º ano do período da manhã
responderam com a finalidade de verificar como vem realizando seus estudos
(Anexo 2). Da mesma forma os pais ou responsáveis desses alunos responderam
um questionário de coleta de dados com a finalidade de verificar como se envolvem
nos estudos dos filhos (Anexo 4).
A Intervenção Pedagógica foi realizada por meio de material com
orientações aos pais de como auxiliar seus filhos nos estudos.
A avaliação foi feita por meio de questionário aos pais para coleta de dados
da utilização do material contendo orientações de como auxiliar os filhos nos
estudos (Anexo 5).
Inicialmente o professor PDE apresentou o Projeto de Intervenção
Pedagógica para a direção e equipe pedagógica expondo o motivo de ter escolhido
a família ou os responsáveis dos alunos e os objetivos do mesmo. Em seguida
apresentou aos professores e demais funcionários da escola: agente educacional I e
agente educacional II.
Foi enviado um termo de consentimento livre e esclarecido, (Anexo 1) por
meio dos alunos, com a finalidade dos responsáveis autorizarem as crianças a
participarem do questionário de coleta de dados.
Após o recebimento das autorizações, os alunos das 5ª séries/6º ano do
período da manhã responderam o questionário com a finalidade de verificar como
estavam realizando seus estudos.
No momento seguinte foi enviado aos pais ou responsáveis pelos alunos um
termo de consentimento livre e esclarecido, (Anexo 3) com a finalidade da
autorização e participação (do responsável) no projeto, bem como o questionário
para coleta de dados com a finalidade de verificar como se envolvem nos estudos
dos filhos. (Anexo 4)
Na sequência foi enviado por intermédio dos alunos o material para leitura,
(Anexo 5) contendo orientações aos pais ou responsáveis de como podem auxiliar
os filhos nos hábitos de estudo. As orientações aos pais ou responsáveis tiveram
base nas leituras de Tânia Zagury: Escola sem conflito: parceria com os pais (2002);
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Selma Inês Campbell Reunião de Pais e Mestres (2011) e na cartilha informativa
para as famílias, distribuídas pelo Ministério da Educação (BRASIL, 2009).
Finalmente, foi enviado por intermédio dos alunos um questionário avaliativo
(Anexo 6) do material de orientações aos pais.
O desenvolvimento das atividades se deu nos meses de agosto a novembro
de 2011 e alguns desafios na implementação pedagógica do projeto na escola
tiveram de ser superados e uma nova estratégia elaborada, pois ao ser enviado por
intermédio dos alunos, o termo de consentimento livre e esclarecido que tinha a
finalidade dos responsáveis autorizarem as crianças a responderem o questionário
de coleta de dados para verificar como estavam realizando seus estudos, não houve
o retorno esperado.
Pois dos sessenta e dois (62) alunos participantes que levaram para casa o
termo de consentimento, vinte e um (21) foram autorizados pelos pais ou
responsáveis a participarem da pesquisa doze (12) não foram autorizados devido ao
fato de seus responsáveis não terem assinado o termo e vinte e nove (29) alunos
não devolveram o documento.
Dos sessenta e dois (62) pais ou responsáveis dos alunos, trinta e quatro
(34) responderam ao questionário de coleta de dados e devolveram juntamente com
o termo de consentimento livre e esclarecido assinados; sete (7) questionários com
o termo retornaram em branco e sem a assinatura, e, vinte e um (21) questionários
com o termo não retornaram.
Foi enviado aos pais ou responsáveis, por intermédio dos alunos, o material
contendo as orientações que auxiliam os hábitos de estudos. Na sequência foi
enviado o questionário de avaliação sobre as orientações.
Nessa etapa dos sessenta e dois (62) questionários avaliativos enviados aos
pais ou responsáveis retornaram respondidos onze sendo que dois (2) retornaram
em branco.
3.1 Aplicação e resultados obtidos dos alunos
Após aplicação do questionário de coleta de dados aos alunos para verificar
como realizam seus estudos 57,1% responderam que sempre prestam atenção nas
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aulas enquanto 42,9% quase sempre isso acontece. 38,1% dos alunos sempre tiram
as dúvidas em sala de aula e 52,4% deles quase sempre, no entanto é preocupante
que 4,8% quase nunca ou nunca tiram as suas dúvidas. Utilizam o livro texto sempre
para estudar e tirar as dúvidas 38,1% dos alunos, 42,9% quase sempre o fazem,
14,3% quase nunca e 4,8% nunca. 38,1% dos alunos costumam fazer anotações
das explicações que o professor faz, 47,6% quase sempre, mas é um dado a se
pensar que 14,3% dos alunos quase nunca realizam anotações. 47,6% dos alunos
sempre entendem as anotações que fazem na escola, 42,9% quase sempre, porém
4,8% quase nunca e 4,8% nunca entendem as anotações que realizam na escola.
Um dado positivo é que 61,9% dos alunos sempre fazem a revisão para as
avaliações, 28,6% quase sempre, mas é preocupante quando 4,8% quase nunca e
4,8% nunca tem o hábito de revisar para as avaliações. Costumam sempre estudar
em cima da hora para as avaliações 14,3% dos alunos, 23,8% quase sempre, 19,0%
quase nunca e 42,9% nunca. Quando estudam para as avaliações, sempre
esquecem o que estudaram no momento que fazem a prova 9,5% dos alunos, quase
sempre 19,0%, quase nunca 42,9 e nunca 28,6. Sempre estudam com antecedência
para as avaliações 52,4% dos alunos, quase sempre 28,6%, quase nunca 14,3% e
nunca 4,8%. Sempre passam mais tempo estudando do que o necessário 9,5% dos
alunos, 38,1% quase sempre, 23,8% quase nunca e nunca 28,6% deles. Costumam
sempre estudar em qualquer lugar 14,3% dos alunos, quase sempre 9,5%, quase
nunca 14,3 e 61,9% nunca. Sempre estudam com o som e/ou a televisão ligados
14,3% dos alunos, quase sempre 4,8%, quase nunca 19,0% e nunca 61,9%.
Sempre ficam nervosos quando tem muita lição de casa 19,0% dos alunos, quase
sempre 47,6%, quase nunca 19,0% enquanto 14,3% nunca. Sempre fazem toda a
lição de casa 57,1%, quase sempre 33,3% e quase nunca 9,5% o que é um dado
preocupante, pois é considerável o número de alunos que deixam de realizar todas
as lições de casa. Quase sempre esquecem de fazer as lições de casa 28,6, quase
nunca 47,6% e nunca 23,8%. Quase sempre esquecem em casa as lições feitas
4,8%, quase nunca 33,3% e nunca 61,9% dos alunos. Sempre fazem os trabalhos
bem antes do dia da entrega 66,7% dos alunos, sendo que 23,8% quase sempre e
9,5% quase nunca. 4,8% dos alunos quase sempre costumam entregar os trabalhos
pela metade, 19,0% quase nunca, 76,2% nunca. Sempre tem costume de entregar
os trabalhos/pesquisas 66,7% dos alunos e quase sempre 33,3%. Sempre entregam
bilhetes da escola para os pais ou responsáveis 90,5% dos alunos, 9,5% quase
17
sempre. 57,1% dos alunos utilizam 1 hora para fazer a lição de casa, 9,5% utilizam 2
à 4 horas e 33,3% utilizam outro tempo para realização dessa tarefa. 33,3% dos
alunos utilizam 1 hora para estudar em casa, além do tempo para fazer a lição de
casa, 33,3% 2 à 4 horas, 4,8% utilizam 4 à 6 horas e 28,6% utilizam outro tempo.
Disseram morar com o pai/mãe 61,9% dos alunos, 4,8% com o padrasto/madrasta e
33,3% com outros: avós, mãe e irmã, mãe e padrasto, mãe, avó e irmão, pai, mãe e
irmão. Costumam tirar dúvidas ou pedir auxílio nas lições de casa para o pai/mãe
66,7% dos alunos, 9,5% para o irmão e 23,8% para outros: irmãs e mãe, mãe, mãe,
avó e tia, avó, ninguém. 28,6% dos alunos disseram não ter computador, 38,1%
passam 1 hora por dia no computador, 14,3% ficam de 2 à 4horas, 4,8% passam
mais de 6 horas por dia no computador, 14,3% passam outro tempo no computador.
66,7% dos alunos sempre são bons para escrever mensagens (E-mail, Orkut, MSN),
14,3% quase sempre, 9,5% quase nunca e 9,5% nunca. Afirmaram sempre
conseguir encontrar as informações que necessitam na Internet 52,4% dos alunos e
quase sempre 47,6% deles.
3.2. Aplicação e resultados obtidos dos pais
Após aplicação do questionário de coleta de dados para os pais ou
responsáveis com a finalidade de verificar como se envolvem nos estudos dos filhos
obteve-se os seguintes resultados. Em relação aos laços de parentesco no momento
da coleta de dados, 23,5% afirmaram ser o pai, 64,7% a mãe, 2,9% a avó e 8,8%
afirmou outro: irmã ou tia. Em relação ao grau de instrução 17,6% afirmaram possuir
o Ensino Fundamental de 1ª à 4ª série, 20,6% 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental,
17,6%o Ensino Médio incompleto, 32,4% o Ensino Médio completo, 5,9% possui o
Ensino Superior incompleto, e 5,9% Pós-Graduação. Em relação ao questionamento
onde a criança estuda/faz lição 26,5% dos pais ou responsáveis responderam que
no quarto, 5,9% na sala com a televisão ou o som ligados, 8,8% na sala sem a
televisão e sem o som ligados, 41,2% na mesa da cozinha, 2,9% na frente do
computador ligado e 14,7% em outro: não tem local certo, ele não faz lição, na mesa
da sala, mesa da sala com televisão desligada, no começo da lição na cozinha.
Quando questionados qual o horário de estudo da criança 14,7% dos pais ou
18
responsáveis afirmaram à noite quando chegam em casa e ajudam a criança. 2,9%
na escola de manhã, 2,9% das 13:00h às 15:00h, 2,9% às 15:00h, 2,9% das 17:00h
às 18:00h, 2,9% das 7:50h às 11:50h, 8,8% à tarde, 2,9% no meio da tarde até que
acabem as lições ou então já tenha estudado para as avaliações. 2,9% às vezes à
tarde, 2,9% das 17:30h às 18:30h, 2,9% colocou que o filho (a) vai para o colégio de
manhã, ele(a) faz lição estuda à tarde das 14:30h até no máximo 17:00h. 2,9% das
15:00h às 16:00h, 5,9% depois do almoço, 2,9% depois que chega da escola, 2,9
das 7:30h até 11:50h e em casa estuda das 13:30h até 14:30h. 2,9% geralmente à
noite, 5,9% de manhã, 2,9% não coloca horário, mas sempre cobra as tarefas e
revisão das matérias do filho(a).2,9% não tem horário de estudo, mas quando eles
tem tarefas para casa fazem à tarde, 2,9% não tem horário pré-fixado, 2,9% não tem
horário certo, 2,9% nenhum, 2,9% no período da tarde às vezes à noite, 2,9% só de
manhã, 2,9% somente quando tem prova à tarde e 2,9% tarde e noite. Quando
questionado se a escola e a família devem se unir para auxiliar as crianças no
processo de ensino-aprendizagem 87,9% dos pais ou responsáveis afirmaram
concordar totalmente, 9,1% concordaram um pouco e 3,0% discordaram totalmente.
Em relação à seguinte questão: as reuniões que ocorrem na escola são um
momento de orientação aos pais de como contribuir no processo de aprendizagem
67,6% concordaram totalmente, 17,6% concordaram um pouco, 8,8% não
concordaram e nem discordaram, 2,9% discordaram um pouco e 2,9% não
responderam. Quando colocado se a escola, sozinha, dá conta de promover a
formação global da criança 8,8% dos pais ou responsáveis afirmaram concordar um
pouco, 14,7% não concordaram e nem discordaram, 14,7% discordaram um pouco e
61,8% discordaram totalmente. Na questão: a função da escola é propiciar
oportunidade de aprendizagem somente dos conteúdos 32,4% concordaram
totalmente, 11,8% concordaram um pouco, 11,8% não concordaram e nem
discordaram, 23,5% discordaram um pouco e 20,6% discordaram totalmente. Na
seguinte questão: a função da escola é transmitir cultura e valores de geração à
geração 51,6% dos pais ou responsáveis afirmaram concordar totalmente, 22,6%
concordaram um pouco, 3,2% não concordaram e nem discordaram, 12,9%
discordaram um pouco e 9,7% discordaram totalmente. Na afirmação seguinte: as
reuniões que ocorrem na escola são uma ação repetitiva dos assuntos tratados
11,8% dos pais ou responsáveis não opinaram, 20,6% concordaram totalmente,
14,7% concordaram um pouco, 17,6% não concordaram e nem discordaram, 14,7%
19
discordaram um pouco e 20,6% discordaram totalmente. A função da escola é
contribuir para o desenvolvimento global (social, afetivo, cognitivo, cultural, ético,
etc.) do ser humano, 57,6% dos pais ou responsáveis concordaram totalmente,
24,2% concordaram um pouco, 6,1% não concordaram e nem discordaram, 9,1%
discordaram um pouco e 3,0% discordaram totalmente. A função da família é educar
os filhos (as) inserindo-os no contexto social 87,9% dos pais ou responsáveis
concordaram totalmente, 9,1% concordaram um pouco e 3,0% discordaram
totalmente. Em relação à afirmação seguinte: a função da família é desenvolver a
sociabilidade, a afetividade e o bem estar físico dos seus filhos (as) 90,9%
concordaram totalmente, 6,1% concordaram um pouco e 3,0% discordaram
totalmente. 81,3% dos pais ou responsáveis concordaram totalmente na questão
seguinte: a função da família é influenciar positivamente no processo de formação e
desenvolvimento do sujeito, enquanto 9,4% concordaram um pouco, 3,1% não
concordaram e nem discordaram e 6,3% discordaram totalmente. As reuniões que
ocorrem na escola são um momento para tratar de assuntos burocráticos, em
relação a essa questão, 11,8% dos pais ou responsáveis concordaram totalmente,
20,6% concordaram um pouco, 2,9% não concordaram e nem discordaram, 11,8%
discordaram um pouco, 44,1% discordaram totalmente e 8,8% não opinaram. 80,6%
dos pais ou responsáveis afirmaram concordar totalmente que a função da família é
preparar o sujeito para enfrentar as diversas situações de convivência social, 12,9%
concordaram um pouco, 3,2% discordaram um pouco e 3,2% discordaram
totalmente. Nas questões em que os pais ou responsáveis teriam que assinalar sim
ou não ocorreu os seguintes resultados: 76,5% afirmaram ter sim comparecido às
reuniões na escola enquanto 23,5%% não. Confirmaram sim que a escola envia a
família carta de acompanhamento bimestral 54,5% e 45,5% não. 81,3% disseram
que a escola convida sim a família para as reuniões bimestrais e 18,8% disseram
que não. 81,8% disseram que sim, a escola faz contato telefônico com a família e
não 18,2%. 35,5% dos pais ou responsáveis afirmaram que sim, a escola convida a
família para visita às exposições e trabalhos escolares realizados na escola e 64,7%
disse que não. 53,1% confirmaram que a escola convida a família para festas e
46,9% disseram que não convida. 58,8% disseram sim ter tempo suficiente para
auxiliar a criança nos estudos enquanto 41,2% disseram não ter tempo. Em relação
a necessidade da escola dar orientações aos pais ou responsáveis sobre como
auxiliar os filhos nos hábitos de estudo 85,3% disseram sim enquanto 14,7% não.
20
Em relação aos pais ou responsáveis determinarem um horário de
estudo/fazer lição para seu filho(a), 29,4% responderam sempre, 32,4% quase
sempre, 8,8% quase nunca e 29,4% nunca. 17,6% costuma estudar/fazer lição junto
com o filho(a), 50,0% quase sempre, 26,5% quase nunca e 5,9% nunca. 55,9%
sempre tira dúvidas do filho(a) nas lições sempre que pode, 38,2% quase sempre,
2,9% quase nunca enquanto 2,9% nunca. Disseram sempre verificar as lições do
filho(a) 41,2% do pais ou responsáveis, 32,4% quase sempre, 20,6% quase nunca e
5,9% nunca.
3.3 Aplicação e resultados obtidos do questionário avaliativo
Após a avaliação feita por meio de questionário aos pais ou responsáveis
para coleta de dados da utilização do material contendo orientações de como
auxiliar os filhos nos estudos, obteve-se o seguinte resultado. Com relação às
sugestões de como participar da vida escolar dos filhos ajudaram a refletir sobre a
postura com relação aos estudos desses, 100% dos entrevistados concordaram
totalmente. Isso indica que posturas podem ser adotadas no que diz respeito à
participação dos pais na educação dos filhos. 90,9% dos pais ou responsáveis
concordaram totalmente com os itens que sugeriram como poderiam manifestar
interesse pelas atividades dos seus filhos. Em relação às sugestões de estabelecer
uma rotina de estudos 100% dos pais ou responsáveis passaram a utilizar a escolha
de um bom local de estudos ventilado, claro, com luz natural, sem barulhos e
distrações como televisão ou som. Porém, somente 27,3% dos entrevistados
passaram a elaborar um plano semanal, organizando os conteúdos que serão
estudados. 63,6% passaram a programar o horário de estudo dos filhos para os
momentos em que estiverem mais atentos e dispostos. Evitando que sejam
realizados em momentos de sono e cansaço. 100% dos entrevistados afirmaram
fazer pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes,
Internet entre outros, para realizar atividades que foram propostas pelos
professores. 72,7% utilizaram como orientação aos filhos (as) a sugestão de refazer
os exercícios que errou ou apresentou dificuldades. 63,6% utilizaram a sugestão de
recapitular os conteúdos das aulas dadas, mesmo que não seja época de provas.
21
Com relação às atitudes que os pais ou responsáveis passaram a utilizar para ajudar
o filho(a) em casa foi de 100% nas questões que deveriam verificar se ele está
fazendo as tarefas escolares propostas pelos professores, tirar as dúvidas e deixar
que ele faça as tarefas escolares sozinho. Além de entrar em contato com a escola
para tirar as suas dúvidas com relação às tarefas escolares de seu filho. Sendo que
63,6% dos respondentes tem a atitude de ler para o filho e pedir que ele leia. 27,3%
incentiva o filho a frequentar a biblioteca da escola, ou do bairro. 81,8% dizem para
o filho que ele tem direitos e deveres, hora para brincar, jogar, ver televisão,
conversar e estudar.
4 Considerações Finais
É no meio familiar que o indivíduo tem seus primeiros contatos com o mundo
externo, com a linguagem e com a aprendizagem dos primeiros valores e hábitos.
Essa convivência é de extrema importância para que a criança se insira no meio
escolar sem problemas de relacionamento. A sociedade surge por uma parceria de
sucesso entre família e escola, dessa forma poderá acontecer uma educação de
qualidade quando seus agentes cumprem seus papéis no processo educacional.
Em primeira análise é preocupante que um número considerável de alunos
deixam de realizar suas tarefas escolares e não tiram suas dúvidas em sala de aula.
Isso evidencia a necessidade de orientação aos familiares, pois a presente pesquisa
mostra que os pais ou responsáveis concordaram que devem adotar uma postura de
participação na vida escolar dos filhos (as), manifestando interesse pelas atividades
que eles desenvolvem, estabelecendo rotina de estudos, tirando dúvidas, lendo para
os filhos e pedindo para que leiam e que devem adotar um local adequado para a
realização das tarefas escolares, propostas pelos professores.
A integração entre escola, os pais e os alunos é de fundamental importância,
para que se obtenha o resultado esperado, uma forma de interagir é oportunizando a
aproximação de modo que possa ocorrer um diálogo aberto. Isso deve acontecer de
forma planejada, estabelecendo compromissos e acordos mínimos para que o filho
(a) tenha uma educação de qualidade tanto em casa como na escola.
22
A maioria das orientações propostas com o trabalho desenvolvido no artigo
evidenciou a aceitação positiva dos familiares, pois os resultados das avaliações
indicam que posturas foram adotadas e consideradas de suma importância para o
desenvolvimento integral da criança, devendo ser incluída na rotina da família com
total envolvimento, porém mais pesquisas deverão ser realizadas nessa área.
23
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96. Brasília. MEC 1996. _______ Ministério da Educação. Família envolvida na Escola. Todos os direitos reservados. 2009. Disponível em http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com=content&task=view&id=10472 Acesso em: 06/04/2011, 10:18. _______ Ministério da Educação. Estatuto da Criança e do Adolescente 8069/90. Brasília. MEC 2004. _______ Constituição Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Ministérios das Comunicações, 1988. CAMPBELL, Selma Inês. Reunião de Pais e Mestres. Organização e planejamento. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011. CARVALHO, Maria Eulina Pessoa de. O dever de casa como política educacional e objecto de pesquisa. Rev. Lusófona de Educação. [online]. jul. 2006, no.8 [citado 13 Abril 2011], p.85-102. CARVALHO, Maria Eulina Pessoa de. Escola como extensão da família ou família como extensão da escola? O dever de casa e as relações família-escola. Rev. Bras. Educ. [online]. 2004, n.25, pp. 94-104. ISSN 1413-2478. doi: 10.1590/S1413-24782004000100009. CUNHA, Maria Amália de A. ...do modo de socialização nas famílias populares,...escolar em famílias de camadas populares- as razões do improvável. Entrevista Revista Presença Pedagógica. http://www.fae.ufmg.br/osfe/MARIA%20AM%C3%81LIA-Entrevista%Revista%Presen%C3%A7a%20Pedag%C3%B3gica.doc. Acesso em 07/06/2011, 9:14. DEMPSEY, Katleen V. Hoover. BATTIATO, Ângela C. WALKER, Joan M.T. Parental Involvement in Homework. Disponível em http://www.informaworld.com/smpp/titleہ content=t775653642.Publicado em 08/06/2010. Acesso em 19/04/2011, 17:31. ESCOLAR, Regimento. Colégio Estadual Dom Áttico Eusébio da Rocha. Paraná-Curitiba, 2008. FALCÃO, Gérson Marinho. Psicologia da Aprendizagem. 7. ed. São Paulo: Ática, 1994. FRY, Ron. Como estudar melhor. 6. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
24
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. PARO, Vitor Henrique. Qualidade do Ensino: A Contribuição dos Pais. 1. ed. São Paulo: Xamã, 2.000. SILVA, Sonia das Graças Oliveira. A Relação Família/Escola. Artigo publicado em 09/07/2008. Disponível em http://www.artigonal.com/ciência-artigos/ a-relação-famíliaescola-477589.html. Acesso em 23/05/2011, 12:10. SOARES, Maria Rita Zoéga; SOUZA, Sílvia Regina de and MARINHO, Maria Luiza. Envolvimento dos pais: incentivo à habilidade de estudo em crianças. Estud. psicol. (Campinas) [online]. 2004, vol.21, n.3, pp. 253-260. ISSN 0103-166X. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2004000300009. Acesso em 11 de agosto de 2011 às 12:47. ZAGURY, Tânia. Escola Sem Conflito: Parceria com os Pais. Rio de Janeiro: Record, 2002.
25
Anexos
Anexo 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para os pais autorizarem os
filhos a participar da pesquisa
Senhores Pais ou Responsáveis,
Eu, Célia Piontkievitz de Lima, pedagoga do Colégio Estadual Dom Áttico
Eusébio da Rocha-telefone:3246-2896, atualmente participando do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE (Formação Continuada em Rede), sob a
Orientação da Professora Doutora em Psicologia: Alessandra Bianchi que pode
ser encontrada na Universidade Federal do Paraná- Prédio Histórico, sala 214 -
Praça Santos Andrade, telefone:3310-2649. Venho por meio deste termo
esclarecer e pedir consentimento para que seu(sua) filho(filha) participe de uma
pesquisa sobre hábitos de estudo, respondendo um questionário. Também
solicitamos sua autorização para solicitar à escola cópia do boletim escolar do seu
filho.
Está garantida a liberdade da retirada de seu consentimento a qualquer
momento deste estudo, sem qualquer prejuízo ao seu(sua) filho(filha). Sendo
preservada sua identidade, assim como as identidades de todas as pessoas por
você referidas.
Eu,...........................................................................(Pais ou Responsável
Legal), concordo que meu filho (minha filha) participe deste estudo, sabendo que
poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante a
realização do mesmo sem qualquer prejuízo a meu filho.
........................................................................................, Curitiba,......./...../2011.
Assinatura dos Pais ou Responsáveis Legais
26
Anexo 2
Questionário de coleta de dados para os alunos
Esse questionário faz parte de um projeto desenvolvido pela professora
Célia Piontkievitz de Lima e sua colaboração é muito importante. Se você concordar
em participar por favor responda as questões abaixo com sinceridade. Não há
respostas certas ou erradas.
1) Como você estuda em casa?
........................................................................................................................................
2) Você presta atenção nas aulas?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
3) Você tira suas dúvidas em sala de aula?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
4) Você utiliza o livro texto para estudar e tirar dúvidas?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
5) Você costuma fazer anotações das explicações que o professor faz?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
6) Quando você faz as anotações na escola, depois em casa, consegue entendê-
las?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
7) Você faz revisão para as avaliações?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
8) Você estuda em cima da hora para as avaliações?
27
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
9) Quando você estuda para as avaliações, esquece o que estudou no momento que
vai fazer a prova?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
10) Você estuda com antecedência para as avaliações?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
11) Você acha que passa mais tempo estudando do que o necessário?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
12) Você estuda em qualquer lugar?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
13) Você estuda com o som e/ou a televisão ligados?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
14) Você fica nervoso quando tem muita lição de casa?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
15) Você faz toda a lição de casa?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
16) Você esquece de fazer as lições de casa?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
17) Você esquece em casa as lições feitas?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
18) Você faz os trabalhos bem antes do dia da entrega?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
19) Costuma entregar os trabalhos pela metade?
28
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
20) Costuma entregar os trabalhos/pesquisas?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
21) Você costuma entregar bilhetes da escola para os pais ou responsáveis?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
22) Quanto tempo você utilizou para fazer a lição de casa ONTEM?
( ) 1 hora ( ) 2 à 4 horas ( ) 4 à 6 horas ( ) mais de 6 horas ( ) Outro.
23) Quanto tempo você utilizou para estudar em casa, ONTEM, além do tempo para
fazer a lição de casa?
( ) 1 hora ( ) 2 à 4 horas ( ) 4 à 6 horas ( ) mais de 6 horas ( ) Outro.
24) Você mora com quem?
( ) pai/mãe ( ) padrasto/madrasta ( ) outros/quem:........................................
25) Você costuma tirar dúvidas ou pedir auxílio nas lições de casa para quem?
( ) pai/mãe ( ) irmão ( ) outros:.....................................................................
26) Quanto tempo, por dia, você passa no computador?
( ) Não tenho computador ( ) 1 hora ( ) 2 à 4 horas ( ) 4 à 6 horas
( ) mais de 6 horas ( ) Outro.
27) Você é bom para escrever mensagens (E-mail, Orkut, MSN)?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
28) Você consegue encontrar as informações que necessita na Internet?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
Alguns itens do questionário de coleta de dados destinado aos alunos foram
baseados em Fry (2010).
29
Anexo 3
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para os pais participarem da
pesquisa
Senhores Pais ou Responsáveis,
Eu, Célia Piontkievitz de Lima, pedagoga do Colégio Estadual Dom Áttico
Eusébio da Rocha-telefone:3246-2896, atualmente participando do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE (Formação Continuada em Rede), sob a
Orientação da Professora Doutora em Psicologia: Alessandra Bianchi que pode
ser encontrada na Universidade Federal do Paraná- Prédio Histórico, sala 214 -
Praça Santos Andrade, telefone:3310-2649. Venho por meio deste termo
esclarecer e pedir consentimento para que o Senhor ( a Senhora) participe da
coleta de dados respondendo um questionário de pesquisa sobre hábitos de estudo.
Será preservada sua identidade, assim como as identidades de todas as
pessoas por você referidas.
Eu,..........................................................................., concordo em participar
da pesquisa, sabendo que poderei retirar o meu consentimento a qualquer
momento, antes ou durante a realização do mesmo sem qualquer prejuízo a minha
pessoa.
........................................................................................, Curitiba,......./...../2011.
Assinatura dos Pais ou Responsáveis Legais
30
Anexo 4
Questionário de coleta de dados para os pais ou responsáveis
Esse questionário faz parte de um projeto desenvolvido pela professora
Célia Piontkievitz de Lima, sua colaboração é muito importante. Por favor, responda
as questões abaixo com sinceridade. Não há respostas certas ou erradas.
Responda as questões abaixo pensando no seu filho(a) que está cursando a
5ª série/6º ano.
1) Você é:
( ) pai ( ) mãe ( ) avó ( )avô ( ) outro. Quem?__________
2) Qual o seu grau de instrução?
( ) 1ª à 4ª Ensino Fundamental.
( ) 5ª à 8ª Ensino Fundamental.
( ) Ensino Médio incompleto.
( ) Ensino Médio completo.
( ) Ensino Superior incompleto.
( ) Ensino Superior completo.
( ) Pós-Graduação.
( ) Outros.
3) Onde a criança estuda/faz lição?
( ) Quarto.
( ) Sala com a televisão ou o som ligados.
( ) Sala sem a televisão e sem o som ligados.
( ) Mesa da cozinha.
( ) Na frente do computador ligado.
( ) Na frente do computador desligado.
( ) outro:...............................................................................................................
31
4) Qual o horário de estudo da criança?
..............................................................................................................................
Por favor, responda as questões abaixo marcando um X na coluna onde está sua
resposta.
C
on
co
rdo
tota
lme
nte
Con
co
rdo
u
m
po
uco
Não
co
nco
rdo
e
ne
m d
iscord
o
Dis
co
rdo
u
m
po
uco
Dis
co
rdo
tota
lme
nte
A escola e a família devem se unir para auxiliar as
crianças no processo de ensino-aprendizagem
As reuniões que ocorrem na escola são um momento
de orientação aos pais de como contribuir no
processo de aprendizagem
A escola, sozinha, dá conta de promover a formação
global da criança.
A função da escola é propiciar oportunidade de
aprendizagem somente dos conteúdos
A função da escola é transmitir cultura e valores de
geração à geração
As reuniões que ocorrem na escola são uma ação
repetitiva dos assuntos tratados
A função da escola é contribuir para o
desenvolvimento global (social, afetivo, cognitivo,
cultural, ético, etc.) do ser humano
A função da família é educar os filhos(as) inserindo-
os no contexto social
A função da família é desenvolver a sociabilidade, a
afetividade e o bem estar físico dos seus filhos(as)
A função da família é influenciar positivamente no
processo de formação e desenvolvimento do sujeito
As reuniões que ocorrem na escola são um momento
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para tratar de assuntos burocráticos
A função da família é preparar o sujeito para
enfrentar as diversas situações de convivência social
Por favor, responda as questões abaixo marcando X na coluna “Sim” ou “Não”.
Sim Não
Neste ano você compareceu às reuniões na escola?
A escola envia a família carta de acompanhamento
bimestral?
A escola convida a família para reuniões bimestrais.?
A escola faz contato telefônico com a família?
A escola convida a família para visitas às exposições e
trabalhos escolares realizados na escola?
A escola convida a família para festas?
Você tem tempo o suficiente para auxiliar a criança nos
estudos?
Você acha necessário a escola dar orientações aos pais ou
responsáveis sobre como auxiliar os filhos nos hábitos de
estudo?
Por favor, responda as questões abaixo marcando um X na sua resposta.
1) Você determina um horário de estudo/fazer lição para seu filho(a)?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
2) Você costuma estudar/fazer lição junto com seu filho(a)?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
3) Você tira as dúvidas do seu filho(a) nas lições sempre que pode?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
4) Você verifica as lições de seu filho(a)?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca
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Anexo 5
Orientações aos pais
Como participar da vida escolar dos filhos
Algumas atitudes dos familiares podem dar bons resultados na vida escolar
dos filhos. Tratar os filhos com respeito dando-lhes carinho, atenção, amor e colocar
limites são deveres dos pais, pois exercem forte influência sobre eles. Também fazer
com que os filhos vão para a escola e ainda estudem é mais uma tarefa essencial
dos pais (ZAGURY, 2002, p.176).
Para Campbell (2011) algumas posturas podem ser adotadas no que diz
respeito à participação dos pais na educação dos filhos.
a) Se o seu filho tiver algum tipo de problema no ambiente escolar, procure
conversar com ele para depois interferir junto à escola. Ele precisa ver no ambiente
escolar um lugar onde se sinta seguro e confiante.
b) Na saída para a escola deseje-lhe que tenha uma boa aula, aconselhe a
conversar com os amigos, a aprender coisas boas.
c) No retorno da escola, pergunte como foi sua aula, o que aprendeu, se
brincou, conversou com os amigos, qual o assunto falado pelos professores, se foi
somente a respeito das tarefas escolares, procure saber também como as outras
pessoas que trabalham na escola o trataram.
d) Se achar necessário, vá até a escola conversar com os professores de
seu filho, passar-lhes algumas informações importantes.
e) Quando perceber que algo não vai bem com seu filho, converse para
saber como ajudá-lo. Se não conseguir informações com ele vá até a escola, não
espere ver as notas no boletim para perceber que o resultado obtido não é o
desejado.
f) Procure manter com a equipe da escola um clima de harmonia, respeito,
consideração, cumplicidade para uma boa formação acadêmica.
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g) Não esquecer de olhar o material escolar, elogiar e valorizar os aspectos
positivos do seu filho e do professor.
h) Comente com seus familiares os êxitos escolares dos filhos, para que
todos possam reforçar os aspectos positivos, isso vai ajudar na auto-estima, no
auto-conceito e na autoconfiança da criança.
Os pais devem estabelecer condições que propiciem atitudes consideradas
relevantes para a educação dos seus filhos. A criança aprende a ser responsável se
estiver num ambiente que lhe de condições de ter um comportamento adequado.
Como os pais podem manifestar interesse
Os pais devem demonstrar interesse pelas atividades dos seus filhos. Tente
algumas dicas a seguir.
a) Leia os bilhetes que a escola manda e responda quando for necessário.
b) Compareça nas reuniões escolares, participe, pois seu envolvimento é
muito necessário.
c) Participe das atividades que a escola venha a oferecer, isso vai ser
importante, é uma maneira de demonstrar atitude positiva.
d) Converse com os professore para saber como estão nos estudos, se
estiverem com alguma dificuldade peça orientação de como pode ajudar seu filho
em casa.
e) Incentive seu filho a estudar, pois as crianças gostam de saber que seus
esforços nos estudos estão sendo valorizados. Quanto mais estudar, mais
oportunidades profissionais e pessoais irão aparecer.
f) Converse com seu filho a respeito das atividades que desenvolveu na
escola, se aprendeu o que foi tratado, se tirou dúvidas com os professores, com os
colegas. De atenção ao seu relato, pergunte sobre o que a professora contou.
g) Oriente seu filho a cuidar do material escolar, dos livros, do uniforme, do
prédio escolar.
h) Fique atento à saúde de seu filho, se notar algo errado, procure um
médico para que o profissional responsável faça uma avaliação.
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É preciso que a escola e a família sejam parceiros, a escola pouco pode
fazer sem o auxílio e a participação direta dos pais. Educar é preparar para a vida,
para seus desafios e para a realização pessoal.
Como a família pode ajudar a escola em casa
Quando os pais percebem que a escola está preocupada e quer ajudar,
devem combinar algumas atitudes e uma delas é acompanhar seus filhos nas
tarefas de casa.
A criança cria o hábito de fazer as lições de casa, mas algumas são
diferentes. Tem alunos que adoram fazer as tarefas, são caprichosos e responsáveis
por natureza; outros precisam de um empurrãozinho e outros precisam de um
acompanhamento mais longo.
a) Seu filho deve fazer as tarefas escolares que os professores propuserem,
se ele apresentar dúvida explique o que ele quer saber e deixe que faça o resto
sozinho; não faça por ele. Caso você também tenha dúvidas entre em contato com a
escola.
b) Leia e peça que seu filho leia para você, pode ser um livro, revista, jornal,
mensagem da Internet. Os pais podem funcionar como modelos, a criança vai fazer
o que você faz. O hábito de ler pode ser facilitado com a escolha de um momento,
mesmo que seja antes de dormir.
c) Incentive seu filho a freqüentar a biblioteca da escola, ou do bairro.
d) Seu filho precisa saber que tem direitos e deveres, hora para brincar,
jogar, ver televisão, conversar e estudar.
Se os pais estabelecerem normas, exigirem seu cumprimento, isso, ajudará
os filhos a terem um comportamento responsável.
Estabelecer uma rotina organizada para horário das tarefas escolares
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Os pais ou os responsáveis não precisam impor um horário para os estudos,
mas podem combinar com os filhos e decidirem juntos qual o melhor momento, que
vai render mais para desenvolverem as tarefas escolares propostas pelos
professores. Eles sabem em que horário estarão mais dispostos, podem estar
ansiosos por estar perdendo algum programa na TV, ou bate-papo na Internet.
Depois de ouvir e conversar deixe estabelecido o horário.
Uma questão relevante na definição dos horários é que os pais demonstrem
que os estudos são uma das atividades prioritárias e o tempo deve ser respeitado.
a) Escolha um bom local de estudos, de preferência ventilado, claro, com luz
natural, sem barulhos e distrações como televisão ou som.
b) Elabore um plano semanal, organizando os conteúdos que serão
estudados. Poderá se organizar de acordo com o horário das disciplinas que a
equipe escolar entregou para seu filho.
c) Programe o horário de estudo para os momentos em que estiverem mais
atentos e dispostos. Evitando que sejam realizados em momentos de sono e
cansaço, fatos que podem prejudicar o desempenho.
d) Oriente seu filho a: fazer pesquisas buscando diferentes referências,
como revistas, jornais, filmes, Internet entre outros, para realizar atividades que
foram propostas pelos professores.
e) Oriente seu filho refazer os exercícios que errou ou apresentou
dificuldades.
f) Recapitular os conteúdos das aulas dadas, mesmo que não seja época de
provas. Isso lhe permitirá a construção do conhecimento, que levará a uma
compreensão abrangente dos conteúdos.
Hábitos desenvolvidos no meio familiar contribuem para a pré-disposição
para os estudos, o que contribui para o sucesso escolar. Contribuindo para que a
ação educativa se concretize colaborando para o desenvolvimento das capacidades
intelectuais do educando para atuar na sociedade como cidadão responsável de
seus atos podendo interagir no meio em que vive.
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Anexo 6
Questionário Avaliativo
Esse questionário é a avaliação do material de orientação aos pais ou
responsáveis que o senhor recebeu faz algumas semanas, desenvolvido pela
professora Célia Piontkievitz de Lima, sua colaboração é muito importante. Por
favor, responda as questões abaixo com sinceridade. Não há respostas certas ou
erradas.
1) As sugestões de como participar da vida escolar de seus filhos lhe ajudaram a
refletir sobre a sua postura com relação aos estudos dos filhos? Justifique sua
resposta:
( ) sim;
( ) não;
Por que:..........................................................................................................................
2) Você concorda com os itens que sugerem como os pais ou responsáveis podem
manifestar interesse?
( ) concordo totalmente;
( ) concordo parcialmente;
( ) discordo totalmente;
( ) discordo parcialmente;
( ) outro. Por que?.......................................................................................................
3) Quais as sugestões de como estabelecer uma rotina de estudos você passou a
utilizar? Faça um X nas alternativas escolhidas pode marcar mais de uma.
( ) Escolha de um local de estudos ventilado, claro, com luz natural, sem barulhos e
distrações como televisão ou som.
( ) Elaboração de um plano semanal, organizando os conteúdos que serão
estudados.
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( ) Programação do horário de estudo para os momentos em que estiverem mais
atentos e dispostos. Evitando que sejam realizados em momentos de sono e
cansaço.
( ) Fazer pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes,
Internet entre outros, para realizar atividades que foram propostas pelos
professores.
( ) Refazer os exercícios que errou ou apresentou dificuldades.
( ) Recapitular os conteúdos das aulas dadas, mesmo que não seja época de
provas.
4) Qual das atitudes abaixo você está utilizando para ajudar seu filho em casa? Faça
um X nas alternativas escolhidas pode marcar mais de uma.
( ) Verificar se ele está fazendo as tarefas escolares propostas pelos professores.
( ) Tirar as dúvidas do seu filho e deixar que ele faça as tarefas escolares sozinho.
( ) Entrar em contato com a escola para tirar as suas dúvidas com relação as tarefas
escolares de seu filho.
( ) Ler para seu filho.
( ) Pedir para seu filho leia para você.
( ) Incentivar seu filho a freqüentar a biblioteca da escola, ou do bairro.
( ) Dizer para seu filho que ele tem direitos e deveres, hora para brincar, jogar, ver
televisão, conversar e estudar.
5) Em sua opinião o material teve utilidade para você? Justifique a resposta:
( ) sim;
( ) não;
Por que:..........................................................................................................................